PT1969099E - Processo e dispositivo para tratamento da biomassa - Google Patents

Processo e dispositivo para tratamento da biomassa Download PDF

Info

Publication number
PT1969099E
PT1969099E PT07709151T PT07709151T PT1969099E PT 1969099 E PT1969099 E PT 1969099E PT 07709151 T PT07709151 T PT 07709151T PT 07709151 T PT07709151 T PT 07709151T PT 1969099 E PT1969099 E PT 1969099E
Authority
PT
Portugal
Prior art keywords
roasting
chamber
gas
drying
reactor
Prior art date
Application number
PT07709151T
Other languages
English (en)
Inventor
Peter Christiaan Albert Bergman
Original Assignee
Stichting Energie
Priority date (The priority date is an assumption and is not a legal conclusion. Google has not performed a legal analysis and makes no representation as to the accuracy of the date listed.)
Filing date
Publication date
Family has litigation
First worldwide family litigation filed litigation Critical https://patents.darts-ip.com/?family=36940727&utm_source=google_patent&utm_medium=platform_link&utm_campaign=public_patent_search&patent=PT1969099(E) "Global patent litigation dataset” by Darts-ip is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Application filed by Stichting Energie filed Critical Stichting Energie
Publication of PT1969099E publication Critical patent/PT1969099E/pt

Links

Classifications

    • CCHEMISTRY; METALLURGY
    • C10PETROLEUM, GAS OR COKE INDUSTRIES; TECHNICAL GASES CONTAINING CARBON MONOXIDE; FUELS; LUBRICANTS; PEAT
    • C10LFUELS NOT OTHERWISE PROVIDED FOR; NATURAL GAS; SYNTHETIC NATURAL GAS OBTAINED BY PROCESSES NOT COVERED BY SUBCLASSES C10G, C10K; LIQUEFIED PETROLEUM GAS; ADDING MATERIALS TO FUELS OR FIRES TO REDUCE SMOKE OR UNDESIRABLE DEPOSITS OR TO FACILITATE SOOT REMOVAL; FIRELIGHTERS
    • C10L5/00Solid fuels
    • C10L5/40Solid fuels essentially based on materials of non-mineral origin
    • CCHEMISTRY; METALLURGY
    • C10PETROLEUM, GAS OR COKE INDUSTRIES; TECHNICAL GASES CONTAINING CARBON MONOXIDE; FUELS; LUBRICANTS; PEAT
    • C10BDESTRUCTIVE DISTILLATION OF CARBONACEOUS MATERIALS FOR PRODUCTION OF GAS, COKE, TAR, OR SIMILAR MATERIALS
    • C10B53/00Destructive distillation, specially adapted for particular solid raw materials or solid raw materials in special form
    • C10B53/02Destructive distillation, specially adapted for particular solid raw materials or solid raw materials in special form of cellulose-containing material
    • CCHEMISTRY; METALLURGY
    • C10PETROLEUM, GAS OR COKE INDUSTRIES; TECHNICAL GASES CONTAINING CARBON MONOXIDE; FUELS; LUBRICANTS; PEAT
    • C10LFUELS NOT OTHERWISE PROVIDED FOR; NATURAL GAS; SYNTHETIC NATURAL GAS OBTAINED BY PROCESSES NOT COVERED BY SUBCLASSES C10G, C10K; LIQUEFIED PETROLEUM GAS; ADDING MATERIALS TO FUELS OR FIRES TO REDUCE SMOKE OR UNDESIRABLE DEPOSITS OR TO FACILITATE SOOT REMOVAL; FIRELIGHTERS
    • C10L5/00Solid fuels
    • C10L5/40Solid fuels essentially based on materials of non-mineral origin
    • C10L5/44Solid fuels essentially based on materials of non-mineral origin on vegetable substances
    • CCHEMISTRY; METALLURGY
    • C10PETROLEUM, GAS OR COKE INDUSTRIES; TECHNICAL GASES CONTAINING CARBON MONOXIDE; FUELS; LUBRICANTS; PEAT
    • C10LFUELS NOT OTHERWISE PROVIDED FOR; NATURAL GAS; SYNTHETIC NATURAL GAS OBTAINED BY PROCESSES NOT COVERED BY SUBCLASSES C10G, C10K; LIQUEFIED PETROLEUM GAS; ADDING MATERIALS TO FUELS OR FIRES TO REDUCE SMOKE OR UNDESIRABLE DEPOSITS OR TO FACILITATE SOOT REMOVAL; FIRELIGHTERS
    • C10L5/00Solid fuels
    • C10L5/40Solid fuels essentially based on materials of non-mineral origin
    • C10L5/44Solid fuels essentially based on materials of non-mineral origin on vegetable substances
    • C10L5/442Wood or forestry waste
    • CCHEMISTRY; METALLURGY
    • C10PETROLEUM, GAS OR COKE INDUSTRIES; TECHNICAL GASES CONTAINING CARBON MONOXIDE; FUELS; LUBRICANTS; PEAT
    • C10LFUELS NOT OTHERWISE PROVIDED FOR; NATURAL GAS; SYNTHETIC NATURAL GAS OBTAINED BY PROCESSES NOT COVERED BY SUBCLASSES C10G, C10K; LIQUEFIED PETROLEUM GAS; ADDING MATERIALS TO FUELS OR FIRES TO REDUCE SMOKE OR UNDESIRABLE DEPOSITS OR TO FACILITATE SOOT REMOVAL; FIRELIGHTERS
    • C10L5/00Solid fuels
    • C10L5/40Solid fuels essentially based on materials of non-mineral origin
    • C10L5/44Solid fuels essentially based on materials of non-mineral origin on vegetable substances
    • C10L5/445Agricultural waste, e.g. corn crops, grass clippings, nut shells or oil pressing residues
    • CCHEMISTRY; METALLURGY
    • C10PETROLEUM, GAS OR COKE INDUSTRIES; TECHNICAL GASES CONTAINING CARBON MONOXIDE; FUELS; LUBRICANTS; PEAT
    • C10LFUELS NOT OTHERWISE PROVIDED FOR; NATURAL GAS; SYNTHETIC NATURAL GAS OBTAINED BY PROCESSES NOT COVERED BY SUBCLASSES C10G, C10K; LIQUEFIED PETROLEUM GAS; ADDING MATERIALS TO FUELS OR FIRES TO REDUCE SMOKE OR UNDESIRABLE DEPOSITS OR TO FACILITATE SOOT REMOVAL; FIRELIGHTERS
    • C10L9/00Treating solid fuels to improve their combustion
    • C10L9/08Treating solid fuels to improve their combustion by heat treatments, e.g. calcining
    • CCHEMISTRY; METALLURGY
    • C10PETROLEUM, GAS OR COKE INDUSTRIES; TECHNICAL GASES CONTAINING CARBON MONOXIDE; FUELS; LUBRICANTS; PEAT
    • C10LFUELS NOT OTHERWISE PROVIDED FOR; NATURAL GAS; SYNTHETIC NATURAL GAS OBTAINED BY PROCESSES NOT COVERED BY SUBCLASSES C10G, C10K; LIQUEFIED PETROLEUM GAS; ADDING MATERIALS TO FUELS OR FIRES TO REDUCE SMOKE OR UNDESIRABLE DEPOSITS OR TO FACILITATE SOOT REMOVAL; FIRELIGHTERS
    • C10L9/00Treating solid fuels to improve their combustion
    • C10L9/08Treating solid fuels to improve their combustion by heat treatments, e.g. calcining
    • C10L9/083Torrefaction
    • YGENERAL TAGGING OF NEW TECHNOLOGICAL DEVELOPMENTS; GENERAL TAGGING OF CROSS-SECTIONAL TECHNOLOGIES SPANNING OVER SEVERAL SECTIONS OF THE IPC; TECHNICAL SUBJECTS COVERED BY FORMER USPC CROSS-REFERENCE ART COLLECTIONS [XRACs] AND DIGESTS
    • Y02TECHNOLOGIES OR APPLICATIONS FOR MITIGATION OR ADAPTATION AGAINST CLIMATE CHANGE
    • Y02EREDUCTION OF GREENHOUSE GAS [GHG] EMISSIONS, RELATED TO ENERGY GENERATION, TRANSMISSION OR DISTRIBUTION
    • Y02E50/00Technologies for the production of fuel of non-fossil origin
    • Y02E50/10Biofuels, e.g. bio-diesel
    • YGENERAL TAGGING OF NEW TECHNOLOGICAL DEVELOPMENTS; GENERAL TAGGING OF CROSS-SECTIONAL TECHNOLOGIES SPANNING OVER SEVERAL SECTIONS OF THE IPC; TECHNICAL SUBJECTS COVERED BY FORMER USPC CROSS-REFERENCE ART COLLECTIONS [XRACs] AND DIGESTS
    • Y02TECHNOLOGIES OR APPLICATIONS FOR MITIGATION OR ADAPTATION AGAINST CLIMATE CHANGE
    • Y02EREDUCTION OF GREENHOUSE GAS [GHG] EMISSIONS, RELATED TO ENERGY GENERATION, TRANSMISSION OR DISTRIBUTION
    • Y02E50/00Technologies for the production of fuel of non-fossil origin
    • Y02E50/30Fuel from waste, e.g. synthetic alcohol or diesel

Landscapes

  • Chemical & Material Sciences (AREA)
  • Oil, Petroleum & Natural Gas (AREA)
  • Organic Chemistry (AREA)
  • Engineering & Computer Science (AREA)
  • Physics & Mathematics (AREA)
  • Combustion & Propulsion (AREA)
  • Thermal Sciences (AREA)
  • Materials Engineering (AREA)
  • Life Sciences & Earth Sciences (AREA)
  • Forests & Forestry (AREA)
  • Wood Science & Technology (AREA)
  • Ecology (AREA)
  • Biodiversity & Conservation Biology (AREA)
  • Agronomy & Crop Science (AREA)
  • Drying Of Solid Materials (AREA)
  • Processing Of Solid Wastes (AREA)
  • Coke Industry (AREA)

Description

DESCRIÇÃO
PROCESSO E DISPOSITIVO PARA TRATAMENTO DA BIOMASSA A invenção refere-se a um processo para o tratamento de um material, tal como biomassa ou residuos, que compreende: - a provisão de um material que contém uma quantidade de humidade residual, - a provisão de um reactor de torrefação, o aquecimento do material no reactor de torrefação a uma temperatura de torrefação numa atmosfera baixa de oxiqénio no reactor de torrefação, onde o material é convertido num material torrado. 0 Pedido de Patente alemã DE 3211590 refere-se a um processo para a torrefação de um material, como a biomassa. 0 material é fornecido desde cima a um reactor 1 (página 9, segundo parágrafo; ver figura 2) . 0 reactor 1 está provido com um tubo interno 3, que se estende sobre a totalidade da altura do reactor 1 e o qual está fechado nas suas extremidades superiores e inferiores. 0 reactor 1 está dividido em 13 numa zona de secagem superior e numa zona de torrefação inferior. Um gás quente é introduzido no tubo interno 3 via o tubo de fornecimento 5. O gás flui transversalmente 8 ("quer") através do material na câmara de processamento 2 (ver página 9, último parágrafo) . O gás é retirado na câmara anular externa 11 via as aberturas cobertas 9. O Pedido de Patente francesa FR 2624876 descreve um reactor 1 com uma câmara de secagem 2 e uma câmara de torrefação 3 (ver figura 1) . O fluxo do gás na câmara de torrefação 3 está em contracorrente ao material (página 12, linhas 12-17) . De acordo com a página 10, linha 32 página 11, linha 2 é vantajoso que o 1/25 fluxo de gás na câmara de secagem 2 também esteja em contracorrente ao material. 0 Pedido de Patente alemã DE3041627 descreve um sistema similar ao do descrito no Pedido de Patente francesa FR2624876, no qual é descrito um fluxo de contracorrente na câmara de torrefação. 0 termo "matéria-prima" ou "material" é usado neste documento para indicar vários tipos de materiais ou matérias-primas. Neste Pedido de Patente, o termo "matéria-prima" ou "material" não só se refere à biomassa ou resíduos, mas também a qualquer material orgânico. Devido a que o material contém carbono ele geralmente é combustível. 0 material pode ser derivado, por exemplo, de resíduos ou restos (agrícolas) .
Este processo é conhecido. No estado não tratado, muitos materiais são relativamente húmidos. Geralmente o material contém água livre (não ligada) e ligada (debilmente). A água ligada ou debilmente ligada é absorvida pela própria matéria-prima natural. Por exemplo, a biomassa de origem vegetal, como podas e grama cortada, contêm uma quantidade considerável de humidade por natureza.
Além disso, a biomassa pode estar muito molhada como resultado de ter sido lavada ou submetida a um tratamento de água alternativo para reduzir o teor de sal da biomassa. A remoção de sais é desejável, porque os sais na biomassa usada como combustível conduzem mais rapidamente à formação da corrosão na câmara de combustão de uma central eléctrica. Estes sais também reduzem a qualidade da cinza produzida durante a combustão do combustível de biomassa, o que dificulta a utilização desta cinza. Os sais solúveis na água podem em particular ser lavados da biomassa de origem vegetal, como palha.
Normalmente a matéria-prima tem um teor de humidade de 5-15%, isto é, uma quantidade de humidade residual está contida no material. Este material com a humidade residual é introduzido no 2/25 reactor de torrefação. A torrefação é um método de tratamento termoquímico para o material. Neste método o material é aquecido numa atmosfera gasosa de baixo oxigénio (com quantidades subestequiométricas de oxigénio) ou sem oxigénio, normalmente sob pressão atmosférica a uma temperatura de 200-320 °C. A falta de oxigénio impede que o material arda. Em vez disso o material é torrado, o que conduz à perda de massa devido à eliminação de gases. Esta perda de massa geralmente é de cerca de 30%, enquanto o valor de energia é apenas reduzido 10%. Portanto, o combustível produzido por torrefação tem um alto valor calorífico. A torrefação também causa mudanças químicas na estrutura do material. 0 material perde a sua resistência mecânica e elasticidade, assim ele é muito mais fácil de triturar. Além disso, o material torrado é hidrofóbico e este, portanto, mantém-se seco e é insensível à humidade atmosférica. O risco de putrefacção e de sobreaquecimento é muito pequeno quando o material que foi produzido por torrefação é armazenado. A temperatura do material é elevada no reactor de torrefação.
Antes de que a torrefação do material se possa dar, a humidade residual deve, no entanto, primeiro ser evaporada do material. O material é praticamente seco por completo no reactor de torrefação evaporando a humidade residual. A torrefação real do material só se dá depois de que a humidade residual se tenha evaporado. A torrefação começa logo que a temperatura do material exceda cerca de 200 °C. No entanto a temperatura de torrefação é geralmente mais alta sendo de cerca de 250 °C.
Uma quantidade considerável de vapor é gerada no reactor de torrefação quando a humidade residual é evaporada no reactor de torrefação. Isto pode conduzir a uma corrente de gás que se move relativamente rápida fluindo no reactor, que aumenta a queda de pressão no reactor. Além disso, a energia necessária para evaporar a humidade residual é muito maior do que a energia 3/25 requerida para a torrefação. Em particular, num reactor de torrefação baseado no contacto directo entre o gás e o material, uma quantidade relativamente grande de gás quente tem de ser introduzido no reactor de torrefação a uma alta temperatura de entrada, que aumenta ainda mais a quantidade de gás que tem que passar através do reactor de torrefação. Isto dificulta a implementação do método de tratamento.
Um objecto da invenção é o de prover um processo melhorado para o tratamento do material.
Este objecto é obtido de acordo com a invenção pelo material com a humidade residual nele contido secando essencialmente por completo numa câmara de secagem por evaporação da humidade residual, e sendo a torrefação do material seco essencialmente executada numa câmara de torrefação do reactor de torrefação, e sendo o material conduzido através do reactor de torrefação numa direcção de transporte, e sendo a secagem do material na câmara de secagem executada introduzindo-o num gás de secagem quente que flui através da câmara de secagem em co-corrente com o material, e sendo a torrefação do material na câmara de torrefação do reactor de torrefação executada pela introdução de um gás de torrefação quente que flui através da câmara de torrefação do reactor de torrefação em contracorrente ao material.
De acordo com a invenção, o material é seco na câmara de secagem, depois do qual o material é torrado na câmara de torrefação. Aqui, a câmara de secagem e a câmara de torrefação formam dois espaços separados. Ao contrário dos processos conhecidos, a evaporação da humidade residual do material e a torrefação do material de acordo com a invenção, portanto, formam duas fases separadas, cada uma das quais pode ser optimizada. 4/25 0 material é quase completamente seco na câmara de secagem, o que requer uma quantidade relativamente grande de energia. A evaporação da humidade residual do material é eficiente, porque o material e o gás quente movem-se em corrente paralela um em relação ao outro. A câmara de secagem está especificamente desenhada para a secagem do material.
Quando um gás quente é introduzido, que está, por exemplo, em contacto directo com o material, a temperatura do material no reactor de torrefação aumenta até a temperatura de torrefação. Como este gás quente flui em contracorrente ao material, a temperatura do gás quente "segue" a temperatura do material. A temperatura do material e a temperatura do gás quente aumentam ambas na direcção do transporte do material. A temperatura de entrada do gás quente então só precisa de estar um pouco acima da temperatura do material na saída. Há somente um pequeno risco de que se desenvolvam "pontos quentes" no material seco, ou de que se dê a torrefação descontrolada ou pirólise. Só uma quantidade relativamente pequena de energia necessita de ser introduzida na câmara de torrefação o que permite uma melhor dosagem e/ou ajuste fino da entrada de energia. Como resultado disto, a temperatura de torrefação na câmara de torrefação pode ser ajustada e controlada com precisão.
Outra vantagem da invenção é que as temperaturas requeridas dos gases quentes introduzidos - gás de secagem e gás de torrefação são relativamente baixas. Isto facilita a produção destes gases quentes. Por exemplo, a temperatura do gás quente introduzido na câmara de torrefação é na faixa de 200-400 °C, sendo, por exemplo de cerca de 300 °C. A torrefação controlada pode ser levada a cabo na câmara de torrefação a essa temperatura. Além disso, a temperatura do gás quente introduzido na câmara de secagem pode ser na faixa de 150-600 °C, sendo, por exemplo de cerca de 350 °C. Esta temperatura é particularmente adequada para a secagem quase completa do material, tal como a 5/25 um teor de humidade < 3%. Estas temperaturas são suficientemente baixas para a produção usando, por exemplo, um óleo térmico. 0 reactor de torrefação pode compreender a câmara de secagem e a câmara de torrefação. Quando a câmara de secagem e a câmara de torrefação são acomodadas no reactor de torrefação, a câmara de secagem e a câmara de torrefação formam dois espaços de reacção do reactor de torrefação. A secagem do material pela evaporação da humidade residual é essencialmente realizada no primeiro espaço de reacção, isto é, na câmara de secagem, e a torrefação do material é essencialmente realizada no segundo espaço de reacção, isto é, na câmara de torrefação. 0 material é de facto guase completamente seco aqui pela evaporação da humidade residual no reactor de torrefação, mas o processo no reactor de torrefação é separado de acordo com a invenção em duas fases, cada uma das quais pode ser optimizada.
No entanto, é também possível de acordo com a invenção alojar a câmara de secagem num secador de humidade residual, e alojar a câmara de torrefação no reactor de torrefação. Neste caso, o secador de humidade residual forma um dispositivo separado, que é alojado separadamente do reactor de torrefação. 0 secador de humidade residual pode assim ser desenhado de forma a assegurar a evaporação eficiente da humidade residual do material. 0 secador de humidade residual é conectado com o reactor de torrefação para a transferência do material quase completamente seco do secador de humidade residual na câmara de torrefação. É possível de acordo com a invenção que o gás de secagem, depois que ele se tenha movido em co-corrente com o material e tenha assim sido arrefecido deixe a câmara de secagem e seja introduzido num primeiro permutador de calor, o qual aquece este gás de secagem, depois do que o gás de secagem aquecido pelo primeiro permutador de calor é introduzido na câmara de secagem, e o gás de torrefação depois de ele se tenha movimentado em contracorrente com o material e tiver assim sido arrefecido, 6/25 deixe a câmara de torrefação e ser introduzido num segundo permutador de calor, que aquece este gás de torrefação, depois do que o gás de torrefação que foi aquecido pelo segundo permutador de calor é introduzido na câmara de torrefação. Neste caso, o gás de secagem circula num primeiro circuito, enquanto o gás de torrefação circula num segundo circuito. Com o uso dos dois circuitos, cada um com o seu próprio permutador de calor, é possivel assegurar uma recuperação de energia eficiente do gás de secagem e do gás de torrefação.
Em particular, a provisão do material pelo processo de acordo com a invenção compreende a introdução de uma matéria-prima relativamente húmida num secador, e o aquecimento do material no secador para evaporar a humidade do material até que a quantidade da humidade residual permaneça nele, sendo o material que foi seco no secador introduzido na câmara de secagem. 0 material relativamente húmido tem um teor de humidade de por exemplo mais de 15%. 0 material relativamente húmido pode então ser termicamente seco num secador, tal como um secador de tambor rotativo, antes de ser introduzido na câmara de secagem do reactor de torrefação ou no secador de humidade residual. À medida que o material é aquecido no secador, a temperatura aumenta suficientemente para evaporar a humidade do material. 0 material não é completamente seco no secador, isto é, uma quantidade de humidade residual é deixada no material. A humidade residual é principalmente formada por água ligada no material. Na prática, a energia é introduzida no secador até que o teor de humidade do material seja de cerca de 10-15%. A biomassa é então 85-90% seca. A redução do teor de humidade no secador também reduzirá o rendimento de todo o método de tratamento. Por exemplo, o secador não é adequado para secar o material ainda numa maneira economicamente eficiente.
Incidentalmente, o material com um teor de humidade maior do que 15% pode naturalmente também ser alimentado no reactor de torrefação sem secagem ou pré-secagem preliminar num secador 7/25 separado. Por exemplo, a palha geralmente tem um teor de humidade de cerca de 20%. Esta palha pode ser alimentada directamente no reactor de torrefação de acordo com a invenção sem secagem preliminar. A secagem desta palha então dá-se completamente na câmara de secagem do reactor de torrefação de acordo com a invenção. Ao contrário, algumas vezes pode ser desejável primeiro pré-secar o material do secador que contém somente uma quantidade relativamente pequena de humidade, tal como 5% ou menos. O material de acordo com a invenção deve preferencialmente conter partículas sólidas que passem através do reactor de torrefação na forma de um leito móvel compactado. Neste caso, o reactor de torrefação é operado com base no principio da tecnologia de leito móvel. A invenção refere-se também a um dispositivo para o tratamento do material, compreendendo um reactor de torrefação, no qual o material pode ser alimentado, o qual contém uma quantidade de humidade residual, este reactor de torrefação é provido com uma entrada para a introdução deste material no reactor de torrefação, meios de aquecimento para aquecer o material no reactor de torrefação até uma temperatura de torrefação, meios de tratamento de ar para criar um ambiente de baixo oxigénio (com quantidades subestequiométricas de oxigénio) no reactor de torrefação, onde o material pode ser convertido num material torado durante a operação, e uma saida para remover o material torrado.
De acordo com a invenção, o reactor de torrefação compreende uma câmara de secagem e uma câmara de torrefação, cuja câmara de secagem é adaptada para a secagem essencialmente completa do material pela evaporação da humidade residual e cuja câmara de torrefação é adaptada para torrar o material, e em que a câmara de torrefação está situada a jusante da câmara de secagem quando vista na direcção do fluxo do material, e onde a câmara de 8/25 secagem tem pelo menos um orifício de entrada para gás de secagem e pelo menos um orifício de saída para o dito gás de secagem e qualquer gás e/ou vapor formado durante a evaporação da humidade residual, este orifício de entrada para o gás de secagem está situado na extremidade da câmara de secagem que está voltada para a entrada, e o orifício de saída está situado na extremidade oposta da câmara de secagem, e em que a câmara de torrefação tem pelo menos um orifício de entrada para o gás de torrefação e pelo menos um orifício de saída para o dito gás de torrefação e o gás de torrefação formado no processo de torrefação, este orifício de entrada para gás de torrefação está situado na extremidade da câmara de torrefação que fica voltada para a saída, e o orifício de saída está situado na extremidade oposta da câmara de torrefação. 0 gás de secagem e o gás de torrefação são ambos gases quentes. 0 gás de secagem quente é destinado para a evaporação da humidade residual na câmara de secagem, enquanto que o gás de torrefação quente é destinado para o aquecimento do material quase completamente seco na câmara de torrefação até à temperatura de torrefação exigida. Os gases de torrefação combustíveis são formados durante o processo de torrefação na câmara de torrefação e podem ser removidos através do orifício de saída.
Durante a operação, o material é conduzido através do reactor de torrefação numa direcção de transporte. 0 material é seco na câmara de secagem pela introdução de um gás de secagem quente nele através de um ou mais orifícios de entrada na câmara de secagem. 0 gás de secagem quente flui através da câmara de secagem em co-corrente com o material. A torrefação do material na câmara de torrefação do reactor de torrefação é realizada introduzindo nele um gás de torrefação quente através de um ou mais orifícios de entrada na câmara de torrefação. 0 gás de torrefação quente flui através da câmara de torrefação do reactor de torrefação em contracorrente com o material. 0 gás de 9/25 secagem e o gás de torrefação fluem um em direcção ao outro pelas extremidades opostas do reactor de torrefação. Estes gases encontram-se nos orifícios de saída situados entre os orifícios de entrada de gás de secagem e os orifícios de entrada de gás de torrefação. Isto assegura uma separação de gás entre a câmara de secagem e a câmara de torrefação. A câmara de secagem e a câmara de torrefação estão situadas nas extremidades opostas da separação de gás - a separação de gás delimita a câmara de secagem e a câmara de torrefação uma em relação à outra.
Diferente da técnica anterior, onde o material pode ser quase completamente seco pela evaporação da humidade residual no reactor de torrefação, o processo no dispositivo de acordo com a invenção pode ser dividido em duas fases que podem ser ajustadas de uma maneira óptima.
Quando a câmara de secagem e a câmara de torrefação estão alojadas no reactor de torrefação, a câmara de secagem e a câmara de torrefação formam dois espaços separados no mesmo reactor de torrefação. Numa forma alternativa de realizar a invenção, a câmara de torrefação está por exemplo situada numa camada de humidade residual, e a câmara de torrefação está situada no reactor de torrefação. Neste caso, o secador de humidade residual forma uma entidade separada que está alojada separadamente em relação ao reactor de torrefação. É possível, de acordo com a invenção, prover um secador no qual um material relativamente húmido pode ser fornecido, este secador tem meios de aquecimento para aquecer este material com o fim de evaporar humidade do material até que a quantidade da humidade residual permaneça nele, e o material seco no secador podendo ser alimentado na câmara de secagem do reactor de torrefação. Isto faz com que o dispositivo de acordo com a invenção seja adequado para manipular o material relativamente húmido, por exemplo, material com um teor de humidade de cerca de 15%, 25% ou mais. 0 material relativamente húmido pode ser 10/25 termicamente pré-seco no secador antes de ele ser alimentado na câmara de torrefação. 0 dispositivo de acordo com a invenção pode portanto compreender dois secadores e uma câmara de torrefação. 0 primeiro secador forma um secador preliminar que é usado para reduzir o teor de humidade, por exemplo, para cerca de 5-15%. 0 segundo secador está formado pela câmara de secagem no reactor de torrefação ou pelo secador de humidade residual como o acima descrito.
Numa forma de realização da invenção, o reactor de torrefação está unido por uma parede periférica, estendendo-se a câmara de secagem e a câmara de torrefação como uma continuação uma da outra dentro da parede periférica. Quando vista na direcção do fluxo do material, a câmara de secagem está situada entre a entrada para o material e a câmara de torrefação, e a câmara de torrefação está situada entre a câmara de secagem e a saída do material torrado.
Numa forma de realizar a invenção, o reactor de torrefação é montado na posição vertical, sendo vários orifícios de entrada providos dentro da parede periférica, um por cima do outro, para o gás de secagem. Este reactor de torrefação pode ser, por exemplo, vertical, ou ele pode ser erigido em ângulo. Devido a que estes orifícios estão distribuídos à volta da periferia da parede periférica, o gás pode penetrar no material que está situado centralmente dentro da parede periférica. Ao material é dada a oportunidade suficiente de secar sobre toda a sua secção transversal no interior da parede periférica. 0 material pode mover-se de cima para baixo no interior da parede periférica pela acção da gravidade. No entanto, é também possível que o material flua através do reactor de torrefação de baixo para cima. Com este propósito, um dispositivo de alimentação é provido, por exemplo, como um elemento de parafuso ou um pistão, que pode ser movido para cima e para baixo no 11/25 interior da parede periférica. 0 dispositivo de alimentação pode estar situado fora da parede periférica quente do reactor de torrefação. A carga térmica do dispositivo de alimentação é assim reduzida.
Numa forma de realizar a invenção , a saída é conectada a uma câmara de arrefecimento e o material torrado pode ser introduzido pela câmara de torrefação na câmara de arrefecimento. Por exemplo, o dispositivo de alimentação empurra o material no interior da parede periférica do reactor de torrefação para cima até que o material atinja uma parte de derramamento. 0 material torrado desequilibra ao longo da borda da parte de derramamento e cai além dela na câmara de arrefecimento. A câmara de arrefecimento está geralmente provida com orifícios de entrada para o gás de arrefecimento. 0 gás de arrefecimento arrefece o material torrado. A invenção será agora explicada mais detalhadamente com referência a uma forma de realização exemplificativa ilustrada nas figuras. A figura 1 mostra um diagrama de fluxo do processo esquemático para o processo do tratamento da biomassa de acordo com a invenção. A figura 2 mostra um gráfico no qual a temperatura da biomassa, o teor da humidade da biomassa e a energia introduzida no processo (em uma base acumulativa) são colocados num gráfico em função do tempo. A figura 3 mostra uma vista em secção transversal de um reactor de torrefação de acordo com a invenção. A figura 4 mostra um gráfico no qual a temperatura do gás de secagem, do gás de torrefação e da biomassa é colocada num 12/25 gráfico em função da distância vertical no reactor de torrefação. A figura 5 mostra um diagrama de processo esquemático no caso de uma segunda forma de realização de um processo para o tratamento da biomassa de acordo com a invenção. 0 desenho do processo e do dispositivo de acordo com a invenção será abaixo descrito com a ajuda das figuras para o tratamento biomassa. No entanto, a invenção não está limitada à biomassa, mas pode ser aplicada a todos os tipos de materiais. Por exemplo, vários materiais de baixa mobilidade, tal como os residuos não biodegradáveis podem ser tratados de acordo com a invenção. 0 dispositivo para o tratamento da biomassa de acordo com a invenção está indicado na sua totalidade por 1. 0 dispositivo para o tratamento da biomassa 1 compreende nesta modalidade um secador 3, que age como um secador preliminar. 0 secador 3 tem uma entrada 5 para a introdução da biomassa húmida no secador 3. 0 secador 3 tem também uma entrada 6 para o gás quente, que está a uma temperatura de por exemplo cerca de 800 °C. O gás quente introduzido eleva a temperatura da biomassa no secador 3, mas não reduz o teor de humidade na biomassa inicialmente. Esta fase é denominada de "pré-aquecimento" na figura 2. À medida que a temperatura vai aumentado, a humidade começa evaporar-se da biomassa. Quando a temperatura da biomassa atinge a temperatura de evaporação, a água livre e debilmente ligada evapora-se da biomassa, enquanto a temperatura permanece virtualmente constante. Esta fase é denominada de "pré-secagem" na figura 2. A biomassa é seca no secador 3 até que cerca de 7- 15% do teor de humidade residual se mantenha nela. A biomassa pré-seca deixa então o secador 3 por uma sarda 7. A maior parte da energia dos gases quentes introduzidos é usada para a secagem da biomassa, de maneira que sua própria temperatura caia para 13/25 70-80 °C. Os gases arrefecidos são removidos do secador 3 através de uma saída 8. O dispositivo 1 para o tratamento da biomassa compreende também um reactor de torrefação 10. O reactor de torrefação de acordo com a invenção tem uma entrada 11 que está conectada à saída 7 do secador 3. A biomassa pré-seca pode portanto ser introduzida no reactor de torrefação 10 através da entrada 11. O reactor de torrefação 10 tem também pelo menos um orifício de entrada 12. Um gás quente flui pelo orifício de entrada 12 no reactor de torrefação 10, de forma que a transferência de calor se dá pelo contacto directo entre o gás quente e a biomassa. No entanto, de acordo com a invenção, o reactor de torrefação pode também ser construído para uma troca de calor indirecta entre o gás quente e a biomassa. A figura 2 mostra que a temperatura da biomassa tem primeiramente que aumentar antes de que a torrefação se dê. Depois de tudo, a temperatura mínima necessária para a torrefação é de cerca de 200 °C. À medida que a temperatura aumenta, a água ligada evapora-se da biomassa até que a biomassa fique praticamente sem humidade. Esta fase é denominada "pós-secagem e aquecimento" na figura 2. Esta pós-secagem e aquecimento são realizadas de acordo com a invenção numa câmara de secagem do reactor de torrefação, que será explicada mais detalhadamente mais tarde com ajuda da figura 3.
Seguidamente a biomassa será torrada (ver "torrefação" na figura 2) numa câmara de torrefação do reactor de torrefação. Durante o processo de torrefação, a temperatura aumenta de cerca de 200 °C até que uma temperatura de torrefação máxima Ttorr seja atingida no ponto A na figura 2. A temperatura Ttorr pode ser regulada e afecta as propriedades do combustível de biomassa. A qualidade do produto da biomassa torrada é atingida no ponto A, mas geralmente ainda não estão formados os gases de torrefação 14/25 combustíveis suficientes. A temperatura de torrefação máxima Ttorr é mantida para além deste ponto A, de forma que a quantidade de gases de torrefação combustíveis aumenta no reactor de torrefação 10. A qualidade da biomassa torrada é também melhorada ainda mais aqui. Os gases de torrefação combustíveis deixam o reactor de torrefação 10 através de pelo menos um orifício de saída 14. O orifício de saída 14 está conectado a uma unidade de combustão 20 com a ajuda de um tubo 16. A unidade de combustão 20 tem uma entrada de ar 22. Os gases de torrefação introduzidos na unidade de combustão 2 0 são nela queimados o que dá origem a um gás de combustão muito quente. O gás de combustão tem uma temperatura, por exemplo, que fica na faixa de 1000-1600 °C, sendo, por exemplo, 12 0 0 °C. A humidade de combustão 2 0 tem uma saída 2 4 para a remoção deste gás de combustão. A unidade de combustão 20 pode também ter uma entrada 23 para combustível adicional. A entrada 23 é desejável, por exemplo, quando os gases de torrefação não são combustíveis , ou dão origem a um gás de combustão que nao é suficientemente quente. O dispositivo 1 mostrado na figura 1 para o tratamento da biomassa compreende também um permutador de calor 30. O permutador de calor 30 tem uma entrada 32 para o gás de combustão quente, cuja entrada está conectada na saída 24 da unidade de combustão 20 com a ajuda de um tubo 25. Adicionalmente, o permutador de calor 30 tem uma entrada 33 para gás de torrefação. Do tubo 16 que conecta o reactor de torrefação 10 na câmara de combustão 20, há um tubo de derivação 17 que vai até à entrada 33 do permutador de calor 30. Um ventilador 18 é provido no tubo de derivação 17. Portanto, parte do gás de torrefação que deixa o reactor de torrefação 10 flui no permutador de calor 30 através do tubo de derivação 17, do ventilador 18 e da entrada 33. O gás de combustão que entra através da entrada 32 aumenta a temperatura do gás de torrefação 15/25 para cerca de 200-400 °C. Como resultado disto, o próprio gás de combustão arrefece para cerca de 500-1000 °C. Seguidamente o gás de combustão arrefecido deixa o permutador de calor 30 através da saida 34, que está conectada na entrada 6 do secador 3. O permutador de calor pode ser tanto do tipo directo quanto indirecto. No caso do permutador de calor directo, o gás de torrefação e o gás de combustão ficam em contacto directo um com o outro. Num permutador de calor indirecto, o gás de combustão quente a uma temperatura de 1000-1600 °C é usado para aquecer, por exemplo, um óleo a 250-400 °C, e o óleo quente então aquece o gás de torrefação. Depois disso, este gás de torrefação aquecido escoa para a câmara de torrefação pelo orificio de entrada 12 . A biomassa torrada é removida do reactor de torrefação 10 através de uma saida 13. Seguidamente a biomassa torrada é enviada a um arrefecedor 40, onde a biomassa é arrefecida até à temperatura ambiente. Isto está indicado por "arrefecimento" na figura 2.
Embora a figura 1 mostre o reactor de torrefação 10 esquematicamente na forma de um único diagrama de blocos, o reactor de torrefação 10 de acordo com a invenção compreende pelo menos dois espaços do reactor. O primeiro espaço do reactor provê a câmara de secagem, enquanto que o segundo espaço do reactor forma a câmara de torrefação. O reactor de torrefação 10 de acordo com a invenção está mostrado na figura 3 com mais detalhes. O reactor de torrefação 1 está essencialmente na posição vertical quando ele está em funcionamento. O reactor de torrefação 10 compreende uma parede periférica 50, uma secção inferior 51 e uma secção superior 52. A entrada 11 para introdução da biomassa no reactor de torrefação 10 está situada num lado da secção inferior 51. A secção inferior 51 compreende 16/25 um dispositivo de alimentação 53 para enviar a biomassa para cima dentro da parede periférica 50. O dispositivo de alimentação 53 está mostrado esquematicamente na figura 3. A parede periférica 50 no reactor de torrefação é enchida com biomassa durante operação. O dispositivo de alimentação 53 pode ter vários desenhos. Por exemplo, o dispositivo de alimentação compreende dois pistões e uma válvula de suporte. O primeiro pistão pode mover-se através da entrada 11 para empurrar a biomassa para o segundo pistão, que pode ser movido para cima e para baixo dentro da parede periférica. A válvula de suporte pode mover-se entre uma posição de suporte e uma posição livre. Quando o pistão tiver atingido o final do seu curso, a válvula de suporte move-se para a posição de suporte para suportar a biomassa dentro da parede periférica. O segundo pistão pode então mover-se para baixo, depois do que o primeiro pistão pode novamente carregar uma quantidade de biomassa nele. Entretanto, o dispositivo de alimentação pode também ser desenhado como uma rosca transportadora. O desenho do dispositivo de alimentação 3 depende da orientação da reacção de torrefação, que pode ser essencialmente vertical, horizontal ou inclinada em ângulo entre as duas.
Dentro da parede periférica 50, o reactor de torrefação 10 está dividido num primeiro espaço de reacção ou câmara de secagem 54 para a evaporação de humidade residual da biomassa, e um segundo espaço de reacção ou câmara de torrefação 55 para torrefação da biomassa. Nesta foram de realização exemplificativa, não há separação física entre a câmara de secagem 54 e a câmara de torrefação 55, e os espaços de reacção 54 e 55 são contínuos. A transição entre os espaços de reacção 54 e 55 está indicada pela linha tracejada C. Assim, nesta forma de realização exemplificativa, a câmara de secagem 54 e a câmara de torrefação 55 não são câmaras encerradas, mas formam um espaço de secagem 54 e espaço de torrefação 55 contínuos. 17/25 A câmara de secagem 54 fica, portanto, está situada entre a entrada da biomassa 11 e a câmara de torrefação 55. A câmara de secagem 54 tem vários orifícios de entrada 12a para a introdução de um gás de secagem quente. 0 gás de secagem introduzido vem do permutador de calor 30 (ver figura 1) e tem uma temperatura, por exemplo, de 100-400 °C. O gás de secagem e a biomassa movem-se em co-corrente um em relação ao outro na câmara de secagem 54.
Devido a que vários orifícios de entrada 12a estão colocados uns sobre os outros, o gás de secagem pode penetrar na biomassa no lugar do núcleo dentro da parede periférica. O gás de secagem que é introduzido pelo orifício de entrada superior 12a forma uma corrente de gás quente ao longo do interior da parede periférica 50. Por causa deste fluxo, o gás de secagem que foi introduzido pelo orifício de entrada 12a por baixo do primeiro é forçado a afastar-se da parede periférica 50 e é direccionado radialmente para dentro. Isto está indicado esquematicamente pelas setas D. Isto assegura que não só a biomassa pode ser completamente seca pela parede periférica, mas também a biomassa no meio. O vapor é gerado durante a secagem da biomassa na câmara de secagem 54. Parte deste vapor e do gás de secagem arrefecidos pela evaporação deixa o reactor de torrefação 10 pelos orifícios de saída 15, situados dentro da parede periférica 50. O vapor produzido preferivelmente passa amplamente para a câmara de torrefação 55 do reactor de torrefação 10, devido a que o vapor geralmente contém uma quantidade considerável de compostos orgânicos.
Quando a biomassa ultrapassa o nível indicado pela linha tracejada e, a biomassa está quase totalmente seca, isto é, a humidade residual foi quase completamente evaporada da biomassa.
O teor de humidade da biomassa é então preferivelmente ^3%. A temperatura da biomassa aumentou para cerca de 200 °C ao mesmo tempo. Portanto, o que acontece acima do nível mostrado pela 18/25 linha tracejada é a torrefação. Seguidamente a biomassa fica situada na câmara de torrefação 55 para a torrefação da biomassa. A câmara de torrefação 55 tem orifícios de entrada 12b para o gás de torrefação, situados na secção superior 52 do reactor de torrefação 10. O gás de torrefação é o gás quente introduzido na câmara de torrefação para torrar a biomassa. O gás de torrefação é derivado do permutador de calor 30 (ver figura 1), tal como o gás de secagem. O gás de torrefação flui dos orifícios de entrada 12b para baixo através da biomassa. O gás de torrefação move-se em contracorrente à da biomassa. No segundo espaço de reacção 55, a biomassa é torrada à medida que ela se move para cima. À medida que a biomassa é aquecida até à temperatura de torrefação máxima Ttorr, os gases de torrefação combustíveis são formados no segundo espaço de reacção 55. A quantidade de gás de torrefação combustível aumenta, mantendo-se esta temperatura durante algum tempo. O gás de torrefação introduzido e os gases de torrefação formados deixam o segundo espaço de reacção 55 através dos orifícios de saída 14. A mistura de gás que deixa o reactor de torrefação 10 através dos orifícios de saída 14 portanto conterá relativamente pouco vapor de acordo com a invenção. O fluxo no tubo 16 no tubo de derivação 17 (ver figura 1) é portanto relativamente limitado, o que reduz a potência requerida do ventilador 18. Além disso, o gás de torrefação combustível descarregado e no caso de que isto possa acontecer dificilmente se diluirá com o vapor proveniente da câmara de secagem 54. Isto tem um efeito favorável nas propriedades de queima na unidade de combustão 20 (ver figura 1) · O reactor de torrefação 10 tem uma parte de trasbordamento 58. À medida que a biomassa torrada é empurrada sobre a borda da parte de trasbordamento 58, ela desequilibra-se ao longo da parte de 19/25
trasbordamento 58 e cai na unidade de arrefecimento 40. A unidade de arrefecimento tem um orificio de entrada 41 para a introdução do gás de arrefecimento. A temperatura da biomassa torrada diminui até à temperatura ambiente na câmara de arrefecimento 40. A biomassa arrefecida deixa a unidade de arrefecimento 40 através sarda 42. A figura 4 mostra a temperatura da biomassa, do gás de secagem e do gás de torrefação em função da altura z dentro do reactor de torrefação (ver figura 3). A temperatura da biomassa é mostrada pela linha inferior E, enquanto que a temperatura do gás de secagem e a temperatura do gás de torrefação são mostradas pelas linhas F e G, respectivamente. A separação entre a câmara de secagem 54 e a câmara de torrefação 55 é novamente mostrada por uma linha tracejada C. A figura 4 refere-se ao processo de acordo com a invenção como o descrito no caso da figura 3. A biomassa e o gás de secagem movem-se na câmara de secagem 54 em co-corrente uma em relação à outra. Como resultado, a humidade residual pode ser eliminada da biomassa de forma rápida e eficiente. Na câmara de torrefação 55, a biomassa e o gás de torrefação introduzido movem-se em contracorrente um em relação ao outro. Isto possibilita controlar a temperatura de torrefação máxima com precisão. A figura 5 mostra uma segunda forma de realização de um dispositivo para tratar a biomassa, onde os mesmos números de referência indicam as mesmas partes. A operação e a construção correspondem essencialmente ao processo e ao dispositivo para o tratamento da biomassa como os acima descritos, e esta forma de realizar a invenção tem também as vantagens acima mencionadas. A forma de realização ilustrada na figura 5 será descrita a seguir da seguinte maneira. O secador usado para pré—secar a biomassa não está mostrado na figura 5. A biomassa, quer pré-seca ou não, é introduzida no 20/25 reactor de torrefação 10 através da entrada 11. O reactor de torrefação 10 é essencialmente vertical. Na parede periférica 50, a biomassa move-se para baixo sob a acção da gravidade. Depois de tudo, a entrada 11 está situada na secção superior 52 do reactor de torrefação 10, enquanto que a saída 13 está na sua secção inferior 51. A secção superior do reactor de torrefação 10 forma a câmara de secagem 54, enquanto que a secção inferior do reactor de torrefação 10 define a câmara de torrefação 55. A câmara de secagem 54 está situada entre a entrada de biomassa 11 e a câmara de torrefação 55. A câmara de torrefação 55 está delimitada entre a câmara de secagem 54 e a saída de biomassa 13 . A câmara de secagem 54 tem um ou mais orifícios de entrada 12a. Um gás de secagem quente flui na câmara de secagem 54 do reactor de torrefação 10 através dos orifícios de entrada 12a, de maneira que a transferência de calor se dá pelo contacto directo entre o gás de secagem quente e a biomassa. No entanto, a câmara de secagem pode também ser desenhada de acordo com a invenção para a troca de calor indirecta entre o gás de secagem quente e a biomassa. 0 gás de secagem e a biomassa movem-se na câmara de secagem 54 em co-corrente um em relação ao outro. Preferencialmente, vários orifícios de entrada 12a são providos, uns encima de outros, para que o gás de secagem possa penetrar na biomassa no lugar do núcleo (não mostrado na figura 5). O gás de secagem quente eleva a temperatura da biomassa na câmara de secagem 54 e evapora a água ligada da biomassa até que a biomassa fique praticamente sem humidade. Esta fase está indicada na figura 2 por "pós-secagem e aquecimento". O gás de secagem quente é arrefecido no processo. O gás de secagem arrefecido, e possivelmente o gás e/ou o vapor formado na evaporação da humidade residual, deixam a câmara de secagem 54 através dos orifícios de saída 15. O gás de secagem arrefecido é 21/25 então introduzido num primeiro permutador de calor 200. 0 primeiro permutador de calor 200 aquece o gás de secagem, e este gás de secagem aquecido é então novamente introduzido na câmara de secagem 54 através dos orifícios de entrada 12a. Isto forma um primeiro circuito 203, no qual o gás de secagem circula. A biomassa desce da câmara de secagem 54 para a câmara de torrefação 55 do reactor de torrefação, isto é, a biomassa ultrapassa o nível indicado pela linha tracejada C. Seguidamente, a biomassa é quase completamente seca, isto é, a humidade residual foi quase completamente evaporada da biomassa. A biomassa agora contém, por exemplo, < 3% de humidade. A temperatura da biomassa terá aumentada para cerca de 200 °C ao mesmo tempo.
Um gás de torrefação quente passa para a câmara de torrefação 55 pelos orifícios de entrada 12b. O gás de torrefação é o gás quente que é introduzido na câmara de torrefação 55 para torrar a biomassa. O gás de torrefação move-se dos orifícios de entrada 12b para cima através da biomassa. O gás de torrefação e a biomassa movem-se em contracorrente um em relação ao outro. No segundo espaço da reacção 55, isto é, abaixo do nível indicado pela linha tracejada C. A biomassa será torrada à medida que ela se vai movendo para baixo.
Os Gases de torrefação combustíveis são formados quando a biomassa é aquecida até à temperatura de torrefação máxima Ttorr no segundo espaço da reacção 55. A quantidade de gás de torrefação combustível aumenta, mantendo esta temperatura durante algum tempo. O gás de torrefação introduzido e os gases de torrefação formados deixam a câmara de torrefação 55 através dos orifícios de saída 14.
Os orifícios de saída 14 estão conectados ao tubo 16 com a ajuda de um tubo de derivação, e o tubo 16 está conectado a uma 22/25 unidade de combustão 20 (não mostrada na figura 5). Os orifícios de saída 14 estão igualmente conectados a um segundo permutador de calor 201, e parte do gás de torrefação formado passa para o segundo permutador de calor 201. O permutador de calor 201 aquece o gás de torrefação, e o gás de torrefação aquecido é introduzido na câmara de torrefação 55 através dos orifícios de entrada 12b. Nesta forma de realização exemplificativa, o gás de torrefação formado é usado como o gás de torrefação. Este gás é recirculado num segundo circuito 205. O perfil da temperatura mostrado na figura 4 é também aplicado à forma de realização ilustrada na figura 5. A biomassa e o gás de secagem movem-se na câmara de secagem 54 em co-corrente um em relação ao outro. Como resultado, a humidade residual pode ser eliminada da biomassa de forma rápida e eficiente. Na câmara de torrefação 55, a biomassa e o gás de torrefação fornecidos movem-se em contracorrente um em relação ao outro. Isto torna possível controlar a temperatura de torrefação máxima com precisão. O aquecimento do gás de secagem e do gás de torrefação nos respectivos permutadores de calor 200 e 201 pode ser levado a cabo com a ajuda de um terceiro circuito 209, que compreende uma unidade de aquecimento 207. A unidade de aquecimento 207 pode ser, por exemplo, uma caldeira a óleo, neste caso o óleo quente é circulado no terceiro circuito 209, incluindo os permutadores de calor 200 e 201. Isto é possível usando um fluxo co-corrente na câmara de secagem 54 e um fluxo contracorrente na câmara de torrefação 55, no caso de que as temperaturas do gás de secagem e do gás de torrefação permaneçam relativamente baixas. A biomassa torrada é removida do reactor de torrefação 10 através da saída 13. A biomassa torrada é então transferida a um arrefecedor 40 (não mostrado na figura 5), onde a biomassa pode ser arrefecida até à temperatura ambiente. Isto está indicado na figura 2 por "arrefecimento". 23/25 É evidente que a invenção não está restrita às formas de a realizar acima descrita. Com base nos processos conhecidos, por exemplo, os técnicos especializados serão capazes de introduzir várias modificações de acordo com o âmbito da invenção. Por exemplo, a câmara de secagem 54 e a câmara de torrefação 55 podem ser feitas como entidades separadas, conectadas uma à outra por um tubo. Seguidamente a câmara de secagem 54 é alojada num secador de humidade residual separado, enquanto que a câmara de torrefação 55 é incorporada no reactor de torrefação 10. Neste caso, o secador de humidade residual no sistema ilustrado na figura 1 é inserido entre o secador preliminar 3 e o reactor de torrefação 10. Existe então também uma separação física entre a câmara de secagem 54 e a câmara de torrefação 55, diferente da forma de realização mostrada na figura 3.
Lisboa, 12 de Abril de 2012 24/25
REFERENCIAS CITADAS NA DESCRIÇÃO
Esta lista de referências citadas pelo Titular tem como único objectivo ajudar o leitor e não forma parte do documento de patente europeia. Ainda que na sua elaboração se tenha tido o máximo cuidado, não se podem excluir erros ou omissões e a EPO não assume qualquer responsabilidade a este respeito.
Documentos de Pedidos de Patente citadas na descrição •DE 3211590 · DE 3041627 • FR 2624876 25/25

Claims (16)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Processo para o tratamento de um material, tal como uma biomassa ou resíduo, compreendendo: - a provisão de um material que contém uma quantidade de humidade residual, - a provisão de um reactor de torrefação (10), - o aquecimento do material no reactor de torrefação (10) a uma temperatura de torrefação numa atmosfera baixa de oxigénio no reactor de torrefação (10), onde o material é convertido num material torrado, caracterizado por o reactor de torrefação (10) compreender uma câmara de secagem (54) e uma câmara de torrefação (55), em que o material com a humidade residual nele contido ser essencialmente seco por completo na câmara de secagem (54) pela evaporação da humidade residual, e a torrefação do material seco ser essencialmente levada a cabo na câmara de torrefação (55) do reactor de torrefação (10), e o material ser enviado através do reactor de torrefação (10) numa direcção de transporte (B) , e a secagem do material na câmara de secagem (54) ser levada a cabo introduzindo nesta um gás de secagem quente que flui através da câmara de secagem (54) em co-corrente com o material, e a torrefação do material na câmara de torrefação (55) do reactor de torrefação ser levada a cabo introduzindo nesta um gás de torrefação quente que flui através da câmara de torrefação (55) do reactor de torrefação (10) em contracorrente com o material.
  2. 2. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o reactor de torrefação (10) compreender a câmara de secagem (54) e a câmara de torrefação (55) . 1/5
  3. 3. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a câmara de secagem estar alojada num secador de humidade residual e a câmara de torrefação estar alojada no reactor de torrefação.
  4. 4. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por o material conter partículas sólidas que se movem através do reactor de torrefação (10) na forma de um leito móvel compactado.
  5. 5. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por o gás de secagem depois de ter sido movido em co-corrente com o material e tendo assim arrefecido, deixa a câmara de secagem e é introduzido num primeiro permutador de calor, que aquece este gás de secagem, depois do qual o gás de secagem aquecido pelo primeiro permutador de calor é introduzido na câmara de secagem (54), e o gás de torrefação, depois de ter sido movido em contracorrente com o material e ter sido então arrefecido deixa a câmara de torrefação e é introduzido num segundo permutador de calor, que aquece este gás de torrefação, depois do qual o gás de torrefação que foi aquecido pelo segundo permutador de calor é introduzido na câmara de torrefação (54).
  6. 6. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por a provisão do material compreender a introdução de uma matéria-prima relativamente húmida num secador (3), e o aquecimento do material no secador (3) para evaporar a humidade do material até que a quantidade de humidade residual permaneça no material, sendo o material que foi seco no secador (3) introduzido na câmara de secagem (54).
  7. 7. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por a temperatura do gás quente introduzido na câmara de torrefação (55) estar na faixa de 200-400 °C, por exemplo de cerca de 300 °C. 2/5
  8. 8. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por a temperatura do gás quente introduzido na câmara de secagem (54) estar na faixa de 150-600 °C, por exemplo de cerca de 350 °C.
  9. 9. Dispositivo para o tratamento de um material, tal como uma biomassa ou produto residual, este dispositivo compreende um reactor de torrefação (10) que pode ser alimentado com o material que contém uma quantidade de humidade residual, este reactor de torrefação (10) está provido com uma entrada (11) para a introdução deste material no reactor de torrefação (10), meios de aquecimento (12) para o aquecimento do material no reactor de torrefação (10) a uma temperatura de torrefação, meios de tratamento do ar para a criação de uma atmosfera baixa em oxigénio no reactor de torrefação onde o material pode ser convertido em material torrado durante a operação, e uma saída (13) para a remoção do material torrado, caracterizado por o reactor de torrefação (10) compreender uma câmara de secagem (54) e uma câmara de torrefação (55), cuja câmara de secagem (54) está adaptada para a secagem essencialmente completa do material pela evaporação da humidade residual e cuja câmara de torrefação (55) está adaptada para a torrefação do material, e a câmara de torrefação (55) estar situada a jusante da câmara de secagem (54) quando vista na direcção do fluxo do material, e a câmara de secagem (54) ter pelo menos um orifício de entrada (12a) para o gás de secagem e pelo menos um orifício de saída (15) para o dito gás de secagem e possivelmente gás e/ou vapor formados durante a evaporação da humidade residual, este orifício de entrada (12a) para o gás de secagem está situado na extremidade da câmara de secagem (54) que está virada para a entrada (11), e o orifício de saída (15) está situado na extremidade oposta da câmara de secagem (54), e onde a câmara de torrefação (55) tem pelo menos um orifício de entrada (12b) para o gás de torrefação e pelo menos um orifício de saída (14) para o dito gás de torrefação e para o gás de torrefação formado no processo de torrefação, este orifício de entrada (12b) para o 3/5 gás de torrefação está situado na extremidade da câmara de torrefação (55) que está virada para a saida (13), e o orifício de saída (14) está situado na extremidade oposta da câmara de torrefação (55).
  10. 10. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado por este compreender dois permutadores de calor, onde o primeiro permutador de calor é provido para aquecer o gás de secagem e está conectado ao orifício de entrada e ao orifício de saída da câmara de secagem para formar um circuito de gás de secagem, e o segundo permutador de calor é provido para aquecer o gás de torrefação e está conectado ao orifício de entrada e ao orifício de saída da câmara de torrefação para formar um circuito de gás de torrefação.
  11. 11. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 9 ou 10, caracterizado por um secador (3) ser provido que pode ser alimentado com um material relativamente húmido, que está equipado com meios de aquecimento (6) para aquecer este material para evaporar a humidade do material até que a quantidade de humidade residual permaneça nele, e onde o secador (3) está conectado à câmara de secagem (54) para a introdução do material seco no secador (3) na câmara de secagem (54).
  12. 12. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 9 a 11, caracterizado por, quando visto na direcção do fluxo do material, a câmara de secagem (54) está situada entre a entrada (11) para o material e para a câmara de torrefação (55), e a câmara de torrefação (55) está situada entre a câmara de secagem (54) e a saída (13) para o material torrado.
  13. 13. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 9 a 12, caracterizado por o reactor de torrefação (10) estar ligado por uma parede periférica (50), e a câmara de secagem (54) e a câmara de torrefação (55) estendem-se como uma continuação uma da outra dentro da parede periférica (50). 4/5
  14. 14. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 13, caracterizado por o reactor de torrefação (10) estar montado na posição vertical, e onde vários orifícios de entrada (12a) estão providos na parede periférica (50), um acima do outro, para a introdução do gás de secagem.
  15. 15. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 9 a 14, caracterizado por a saída (13) estar conectada a uma câmara de arrefecimento (40), e o material torrado poder ser introduzido da câmara de torrefação (55) na câmara de arrefecimento (40).
  16. 16. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 15, caracterizado por a câmara de arrefecimento (40) estar provida com orifícios de entrada (41) para a introdução do gás de arrefecimento. Lisboa, 12 de Abril de 2012 5/5
PT07709151T 2006-01-06 2007-01-08 Processo e dispositivo para tratamento da biomassa PT1969099E (pt)

Applications Claiming Priority (1)

Application Number Priority Date Filing Date Title
NL1030864A NL1030864C2 (nl) 2006-01-06 2006-01-06 Werkwijze en inrichting voor het behandelen van biomassa.

Publications (1)

Publication Number Publication Date
PT1969099E true PT1969099E (pt) 2012-04-26

Family

ID=36940727

Family Applications (1)

Application Number Title Priority Date Filing Date
PT07709151T PT1969099E (pt) 2006-01-06 2007-01-08 Processo e dispositivo para tratamento da biomassa

Country Status (27)

Country Link
US (1) US8105400B2 (pt)
EP (1) EP1969099B2 (pt)
JP (1) JP5118060B2 (pt)
CN (1) CN101379167B (pt)
AP (1) AP2469A (pt)
AT (1) ATE544835T2 (pt)
AU (1) AU2007203837B2 (pt)
BR (1) BRPI0706225B1 (pt)
CA (1) CA2636285C (pt)
CR (1) CR10131A (pt)
DK (1) DK1969099T4 (pt)
EA (1) EA012806B1 (pt)
ES (1) ES2380961T5 (pt)
HN (1) HN2008001023A (pt)
HR (1) HRP20120203T1 (pt)
MX (1) MX2008008751A (pt)
MY (1) MY162050A (pt)
NL (1) NL1030864C2 (pt)
NO (1) NO341548B1 (pt)
NZ (1) NZ569611A (pt)
PL (1) PL1969099T5 (pt)
PT (1) PT1969099E (pt)
RS (1) RS52254B (pt)
SI (1) SI1969099T1 (pt)
UA (1) UA91888C2 (pt)
WO (1) WO2007078199A1 (pt)
ZA (1) ZA200805887B (pt)

Families Citing this family (82)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
US8197561B2 (en) * 2001-10-10 2012-06-12 River Basin Energy, Inc. Process for drying coal
JP2007533434A (ja) * 2004-04-02 2007-11-22 スキル アソシエイツ インコーポレイテッド バイオマス変換装置及びプロセス
US9264976B2 (en) 2007-11-16 2016-02-16 Qualcomm Incorporated Preamble design for a wireless signal
US8918112B2 (en) 2007-11-16 2014-12-23 Qualcomm Incorporated Preamble design for a wireless signal
US9215669B2 (en) 2007-11-16 2015-12-15 Qualcomm Incorporated Preamble design for a wireless signal
US9801188B2 (en) 2008-02-01 2017-10-24 Qualcomm Incorporated Backhaul signaling for interference avoidance
US8768372B2 (en) 2008-02-13 2014-07-01 Qualcomm Incorporated Sector interference management based on inter-sector performance
EP2276989A2 (en) 2008-04-03 2011-01-26 North Carolina State University Autothermal and mobile torrefaction devices
US20090293303A1 (en) * 2008-06-03 2009-12-03 Synagro Technologies, Inc. Biosolid Drying and Utilization in Cement Processes
SE532746C2 (sv) * 2008-06-11 2010-03-30 Bio Energy Dev North Ab Förfarande och apparatur för framställning av torrefierat lignocellulosamaterial
US8161663B2 (en) 2008-10-03 2012-04-24 Wyssmont Co. Inc. System and method for drying and torrefaction
US8669404B2 (en) * 2008-10-15 2014-03-11 Renewable Fuel Technologies, Inc. Method for conversion of biomass to biofuel
EP2189512A1 (fr) 2008-11-24 2010-05-26 Sa Cockerill Maintenance Et Ingenierie Procédé de torrefaction de la biomasse et controle de celui-ci
US8276289B2 (en) * 2009-03-27 2012-10-02 Terra Green Energy, Llc System and method for preparation of solid biomass by torrefaction
FI20090183A0 (fi) 2009-05-08 2009-05-08 Markku Olavi Raiko Menetelmä biomassan termiseksi käsittelemiseksi lämpökattilan yhteydessä
WO2011001410A1 (en) * 2009-07-02 2011-01-06 Gershon Ben-Tovim Torrefaction apparatus
CN102548492B (zh) 2009-07-16 2016-05-25 西尔克医疗科技有限公司 包皮环切装置以及用于大量包皮环切的方法
US8449724B2 (en) * 2009-08-19 2013-05-28 Andritz Technology And Asset Management Gmbh Method and system for the torrefaction of lignocellulosic material
FR2952068B1 (fr) * 2009-10-30 2012-09-28 Olivecoal Concept Procede de fabrication d'un combustible par torrefaction de grignon d'olive
CN102822322B (zh) * 2009-11-16 2015-12-09 蒂森克虏伯伍德公司 借助焙烧和粉碎由固体或糊状能量原料来生产细粒燃料的设备和方法
DE102009053059A1 (de) 2009-11-16 2011-05-19 Schäfer Elektrotechnik und Sondermaschinen GmbH Vorrichtung und Verfahren zur Erzeugung eines feinkörnigen Brennstoffs aus festen oder pastösen Energierohstoffen durch Torrefizierung und Zerkleinerung
WO2011112526A2 (en) 2010-03-08 2011-09-15 Shulenberger Arthur M Device and method for conversion of biomass to biofuel
US20110252698A1 (en) * 2010-04-20 2011-10-20 River Basin Energy, Inc. Method of Drying Biomass
US9057037B2 (en) 2010-04-20 2015-06-16 River Basin Energy, Inc. Post torrefaction biomass pelletization
US8956426B2 (en) 2010-04-20 2015-02-17 River Basin Energy, Inc. Method of drying biomass
US20110314728A1 (en) * 2010-06-24 2011-12-29 River Basin Energy, Inc. Method of Simultaneously Drying Coal and Torrefying Biomass
RU2549876C2 (ru) 2010-07-29 2015-05-10 Академия Синика Система высушивания биомассы (варианты)
US8246788B2 (en) * 2010-10-08 2012-08-21 Teal Sales Incorporated Biomass torrefaction system and method
US10377954B2 (en) * 2010-11-09 2019-08-13 Board Of Regents Of The Nevada System Of Higher Education, On Behalf Of The University Of Nevada, Reno Method for wet torrefaction of a biomass
NL2005716C2 (en) * 2010-11-18 2012-03-12 Stichting Energie Torrefying device and process for the thermal treatment of organic material.
JP5584647B2 (ja) * 2011-04-08 2014-09-03 株式会社日立製作所 バイオマスの半炭化燃料の製造装置と製造方法、及び半炭化燃料を用いた発電システム
BR112013026553B1 (pt) * 2011-04-15 2020-01-28 Biogenic Reagents LLC processos para produzir reagentes biogênicos ricos em carbono
PL2710099T3 (pl) 2011-05-18 2017-03-31 Bioendev Ab Sposób monitorowania i kontroli temperatury prażenia
EP2710098B1 (en) * 2011-05-18 2020-03-18 Bioendev AB Method of cooling a torrefied material
CN103608436B (zh) * 2011-05-18 2016-01-13 拜奥恩德夫有限责任公司 用于高效烘焙生物质的方法和装置
WO2012158115A2 (en) * 2011-05-18 2012-11-22 Bioendev Ab Moisture control of a predrying step in a torrefaction process
US9580665B2 (en) 2011-05-18 2017-02-28 Bioendev Ab Countercurrent oxygen enhanced torrefaction
WO2012166771A2 (en) 2011-05-30 2012-12-06 Washington State University Research Foundation Processing biomass using thermochemical processing and anaerobic digestion in combination
WO2013019111A1 (en) 2011-08-01 2013-02-07 Stichting Energieonderzoek Centrum Nederland Use of torrefaction condensate
US8203024B2 (en) * 2011-08-23 2012-06-19 Advanced Toffefaction Systems, LLC Torrefaction systems and methods including catalytic oxidation and/or reuse of combustion gases directly in a torrefaction reactor, cooler, and/or dryer/preheater
US9127227B2 (en) 2011-09-16 2015-09-08 Astec, Inc. Method and apparatus for processing biomass material
WO2013040305A1 (en) * 2011-09-16 2013-03-21 Astec, Inc. Method and apparatus for processing biomass material
US8198493B1 (en) 2012-01-11 2012-06-12 Earth Care Products, Inc. High energy efficiency biomass conversion process
NL2008682C2 (en) 2012-04-23 2013-10-31 Stichting Energie Wet biomass treatment.
BR112014027978A2 (pt) 2012-05-07 2017-07-18 Biogenic Reagent Ventures Llc carbono ativado biogênico e métodos de produção e utilização do mesmo
TWI447598B (zh) * 2012-06-13 2014-08-01 China Steel Corp 生質物之乾燥方法與其電腦程式產品
US9562204B2 (en) 2012-09-14 2017-02-07 Astec, Inc. Method and apparatus for pelletizing blends of biomass materials for use as fuel
PL2912150T3 (pl) * 2012-10-25 2018-06-29 Astec, Inc. Sposób i urządzenie do granulacji mieszaniny materiału biomasy przeznaczonych do użycia jako paliwo
US9175235B2 (en) 2012-11-15 2015-11-03 University Of Georgia Research Foundation, Inc. Torrefaction reduction of coke formation on catalysts used in esterification and cracking of biofuels from pyrolysed lignocellulosic feedstocks
NO342736B1 (no) * 2013-02-20 2018-08-06 Arbaflame Tech As Fremgangsmåte og apparatur for fremstilling av brensel fra biomasse
PL404037A1 (pl) 2013-05-22 2014-11-24 Boneffice Spółka Z Ograniczoną Odpowiedzialnością Sposób prowadzenia procesu toryfikacji biomasy, instalacja do prowadzenia procesu toryfikacji biomasy, toryfikowana biomasa oraz sposób oczyszczania gazów wylotowych z procesu toryfikacji
JP5603477B1 (ja) * 2013-08-05 2014-10-08 株式会社アイエムティ 連続炭化装置
US20150126362A1 (en) 2013-10-24 2015-05-07 Biogenic Reagent Ventures, Llc Methods and apparatus for producing activated carbon from biomass through carbonized ash intermediates
FR3015513B1 (fr) * 2013-12-19 2016-01-01 Axens Procede de torrefaction d'une charge carbonee comprenant une etape de sechage optimisee
CN103756745B (zh) * 2014-01-03 2015-09-02 张家港天源生物能源科技有限公司 生物质烘焙方法
PL3094593T3 (pl) 2014-01-16 2022-05-30 Carbon Technology Holdings, LLC Mikroinstalacja węglowa
CN104841338A (zh) * 2014-02-14 2015-08-19 上海金匙环保科技股份有限公司 出料装置及具有出料装置的热解处理系统
CA2977092C (en) 2014-02-24 2022-12-13 Biogenic Reagents Ventures, Llc Highly mesoporous activated carbon
CN105018123B (zh) * 2014-04-30 2017-12-19 代建军 一种提高生物质受热均匀性和热效率的烘焙方法和系统
SE538488C2 (en) * 2014-09-18 2016-08-02 Tomas Åbyhammar Med Enskild Firma Scandry Method for thermal treatment of raw materials comprising lignocellulose
WO2016046580A1 (en) 2014-09-23 2016-03-31 Bon Effice Sp. Z O.O. A device for treating materials; and an assembly, an installation and a method for conducting a torrefaction process
KR101573677B1 (ko) * 2014-10-10 2015-12-02 한국에너지기술연구원 바이오매스 반탄화를 위한 역흐름 다중 방해판 열분해장치
WO2016065357A1 (en) 2014-10-24 2016-04-28 Biogenic Reagent Ventures, Llc Halogenated activated carbon compositions and methods of making and using same
WO2016065477A1 (en) * 2014-10-29 2016-05-06 Gestion Viateur Girard Inc. Process for wood torrefaction, and construction material produced therefrom
US10584296B2 (en) 2015-01-23 2020-03-10 Bioendev Ab Method and system for energy efficient torrefaction of biomass
CN104629850B (zh) * 2015-02-06 2017-04-05 江苏大学 一种生物质发电装置及方法
US10167428B2 (en) * 2015-06-01 2019-01-01 Central Michigan University Methods for biomass torrefaction with carbon dioxide capture
CN104975167B (zh) * 2015-07-24 2017-09-12 长沙矿冶研究院有限责任公司 一种含锰的多物相组成的复合锰矿提取锰的方法
US10221359B2 (en) 2016-09-20 2019-03-05 Anthony Phan Biomass treatment process and apparatus
JP2018075561A (ja) * 2016-10-31 2018-05-17 北川工業株式会社 植物由来疎水化材料の製造方法、及び植物由来疎水化材料
IT201700083676A1 (it) * 2017-07-21 2019-01-21 Sea Servizi Ecologici Ambientali S R L Procedimento di torrefazione di fanghi biologici e relativo sistema.
GB2571991A (en) * 2018-03-16 2019-09-18 Wilson Bio Chemical Ltd Processing waste into carbon char
HU231095B1 (hu) 2018-03-29 2020-08-28 Agricarbon Kft. Eljárás és berendezés biomassza kezelésére
JP6843107B2 (ja) * 2018-12-13 2021-03-17 中外炉工業株式会社 トレファクション燃料製造システム
RU2707227C1 (ru) * 2019-03-13 2019-11-25 Федеральное государственное бюджетное образовательное учреждение высшего образования "Казанский государственный энергетический университет" (ФГБОУ ВО "КГЭУ") Пиролизная установка
RU2714648C1 (ru) * 2019-07-16 2020-02-18 Смышляев Сергей Владимирович Реактор для торрефикации древесного сырья
CA3194777A1 (en) 2020-09-25 2022-03-31 Carbon Technology Holdings, LLC Bio-reduction of metal ores integrated with biomass pyrolysis
CN112710146B (zh) * 2021-02-01 2022-05-13 中国科学院广州能源研究所 一种混流两用的立式高湿有机固废烘干装置及方法
EP4294955A1 (en) 2021-02-18 2023-12-27 Carbon Technology Holdings, LLC Carbon-negative metallurgical products
BR112023022197A2 (pt) 2021-04-27 2024-02-06 Carbon Tech Holdings Llc Composições de biocarbono com carbono fixo otimizado e processos para produzir o mesmo
US11987763B2 (en) 2021-07-09 2024-05-21 Carbon Technology Holdings, LLC Processes for producing biocarbon pellets with high fixed-carbon content and optimized reactivity, and biocarbon pellets obtained therefrom
CN115508174B (zh) * 2022-08-18 2023-07-14 同济大学 热空气强制对流的有机固废新型热预处理方法及装备

Family Cites Families (32)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
BE444413A (pt) *
DE413817C (de) 1921-11-20 1925-05-22 Buettner Werke Akt Ges Fa Verfahren zum Trocknen und Roesten von Stoffen
DE2802213A1 (de) 1978-01-19 1979-07-26 Fink Gerdinand Verfahren und vorrichtung fuer die direktreduktion von eisenerz mit holz als reduktionsmittel
US4177740A (en) * 1978-03-10 1979-12-11 Enterprises International, Inc. Apparatus for generating heat from waste fuel
US4347156A (en) 1979-04-02 1982-08-31 Lurgi Corporation System and process for reactivating carbon
DE3041627A1 (de) 1980-11-05 1982-06-09 Artur Richard 6000 Frankfurt Greul Verfahren zum aufarbeiten von zellulosehaltigen biomassen bzw. braunkohle und lignit zu einem einheitlichenk stark reaktionsfaehigen, staubfoermigen brennstoff
DE3172228D1 (en) 1981-06-25 1985-10-17 Deutsche Kommunal Anlagen Process for manufacturing a solid, storable, non smelling fuel from refuse
FR2512053B1 (fr) * 1981-08-28 1985-08-02 Armines Procede de transformation de matiere ligneuse d'origine vegetale et matiere d'origine vegetale ligneuse transformee par torrefaction
DE3211590A1 (de) * 1982-03-30 1983-10-13 Artur Richard 6000 Frankfurt Greul Verfahren und vorrichtung zum bertinisieren von biomassen
CN1015921B (zh) * 1984-10-01 1992-03-18 佩勒伦·米尔诺公司 滚筒干燥机
US4728339A (en) 1984-12-19 1988-03-01 K-Fuel Partnership Multiple hearth apparatus and process for thermal treatment of carbonaceous materials
ATE80415T1 (de) * 1985-05-24 1992-09-15 Clerc De Bussy Le Verfahren zum erzeugen von geroestetem holz, auf diese weise hergestelltes produkt und dessen verwendung zum erzeugen von energie.
FR2591611B1 (fr) * 1985-12-18 1988-11-10 Armines Nouveau materiau ligno-cellulosique thermocondense, procede et four pour l'obtenir.
FR2624876B1 (fr) * 1987-12-22 1994-03-11 Technology Exports Ltd Procede et dispositif de torrefaction de matiere ligneuse vegetale
DE3803109C2 (de) * 1988-02-03 1998-10-08 Eirich Maschf Gustav Verfahren zum Trocknen von feuchtem Material
DE3820913A1 (de) 1988-06-21 1989-12-28 Metallgesellschaft Ag Verfahren zum schwelen von holz zur erzeugung von holzkohle
CN1044333A (zh) * 1989-01-17 1990-08-01 佐藤次郎 木材干燥的方法及其装置
JP2969417B2 (ja) * 1993-02-01 1999-11-02 健 黒木 廃プラスチックの分解方法
DE4319828A1 (de) 1993-06-16 1994-12-22 Henkel Kgaa Modifiziertes Trocknungsverfahren unter Mitverwendung von Heißdampf im Trocknungsmedium und seine Anwendung
DE4408455A1 (de) 1994-03-12 1995-09-14 Metallgesellschaft Ag Verfahren zum Erzeugen von Holzkohle im Wanderbett
US5993751A (en) * 1998-06-02 1999-11-30 Moriarty; Jack Pyrolizer
DE60015129T2 (de) 1999-05-21 2006-03-09 Ebara Corp. System zur erzeugen von elektrischer energie mittels vergasung
DE10030778C2 (de) 2000-06-23 2002-11-14 Nachhaltige Stoffnutzung Mbh G Verfahren und Vorrichtung zur Erzeugung eines Brenngases aus Biomassen
JP3502339B2 (ja) * 2000-10-04 2004-03-02 アジアプラントサービス株式会社 廃棄物処理装置
JP2003129062A (ja) * 2001-10-23 2003-05-08 Shizuoka Prefecture 炭化物製造装置
US20030221363A1 (en) * 2002-05-21 2003-12-04 Reed Thomas B. Process and apparatus for making a densified torrefied fuel
JP3830096B2 (ja) * 2002-06-04 2006-10-04 日本碍子株式会社 炭化システム
JP2004174426A (ja) * 2002-11-28 2004-06-24 Asia Plant Service Kk 廃棄物処理装置
JP2004330092A (ja) * 2003-05-08 2004-11-25 Hamada Seisakusho:Kk 含水廃棄処理物の乾燥炭化処理方法及び乾燥炭化処理装置
NL1025027C2 (nl) * 2003-12-15 2005-06-21 Stichting Energie Werkwijze en stelsel voor de productie van vaste stoffen uit grondstoffen.
JP4472380B2 (ja) * 2004-02-27 2010-06-02 住友大阪セメント株式会社 バイオマス半炭化燃料の製造方法及び装置
KR100569120B1 (ko) * 2004-08-05 2006-04-10 한국에너지기술연구원 바이오메스 정제연료의 저온 촉매가스화 장치 및가스제조방법

Also Published As

Publication number Publication date
EP1969099B1 (en) 2012-02-08
AU2007203837B2 (en) 2010-12-16
EP1969099B2 (en) 2017-03-22
MY162050A (en) 2017-05-31
ES2380961T3 (es) 2012-05-21
JP5118060B2 (ja) 2013-01-16
US20090084029A1 (en) 2009-04-02
EA200870159A1 (ru) 2009-02-27
PL1969099T5 (pl) 2017-10-31
CN101379167B (zh) 2013-03-13
RS52254B (en) 2012-10-31
ATE544835T2 (de) 2012-02-15
DK1969099T4 (en) 2017-07-03
BRPI0706225B1 (pt) 2016-12-13
CR10131A (es) 2008-11-06
SI1969099T1 (sl) 2012-05-31
UA91888C2 (ru) 2010-09-10
AU2007203837A1 (en) 2007-07-12
AP2469A (en) 2012-09-17
BRPI0706225A2 (pt) 2011-03-22
EA012806B1 (ru) 2009-12-30
JP2009522097A (ja) 2009-06-11
ZA200805887B (en) 2009-10-28
DK1969099T3 (da) 2012-05-07
PL1969099T3 (pl) 2012-07-31
US8105400B2 (en) 2012-01-31
CN101379167A (zh) 2009-03-04
NO20083129L (no) 2008-10-03
WO2007078199A1 (en) 2007-07-12
HRP20120203T1 (hr) 2012-03-31
NO341548B1 (no) 2017-12-04
EP1969099A1 (en) 2008-09-17
MX2008008751A (es) 2008-11-27
NZ569611A (en) 2010-09-30
CA2636285A1 (en) 2007-07-12
AP2008004557A0 (en) 2008-08-31
NL1030864C2 (nl) 2007-07-09
CA2636285C (en) 2014-10-28
HN2008001023A (es) 2011-04-08
ES2380961T5 (es) 2017-07-19

Similar Documents

Publication Publication Date Title
PT1969099E (pt) Processo e dispositivo para tratamento da biomassa
JP2009522097A5 (pt)
US8549769B2 (en) System for drying and torrefaction
JP2015505862A (ja) バイオマス、好ましくはリグノセルロースバイオマスを乾燥および焙焼する反応炉
JP2007536392A (ja) 炭素質材料の熱的増大方法および装置
BR112013018884B1 (pt) método para o tratamento de biomassa com um sistema de torrefação
US9964303B2 (en) Combustion boiler with pre-drying fuel chute
RU2505765C2 (ru) Способ и устройство для сушки органического материала
ES2949075T3 (es) Método de torrefacción de biomasa con un reactor de lecho ciclónico
FI122692B (fi) Kuivauslaite
CA2681282C (en) System and method for drying and torrefaction
ES2582035T3 (es) Procedimiento continuo de secado irreversible de biomasa lignocelulosica mediante despolimeración térmica
NL2005716C2 (en) Torrefying device and process for the thermal treatment of organic material.
BR112021001268A2 (pt) método para tratamento de lignina.