PT1845786E - Formulações que contêm óleos essenciais microencapsulados - Google Patents

Description

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DESCRIÇÃO "FORMULAÇÕES QUE CONTÊM ÓLEOS ESSENCIAIS MICROENCAPSULADOS" A presente invenção refere-se a formulações que contêm óleos essenciais encapsulados.

Antes do desenvolvimento das indústrias química e farmacêutica modernas, os óleos essenciais eram usados em muitas áreas da vida diária como agentes anti-sépticos e desinfectantes em aplicações farmacêuticas e cosméticas tais como agentes antimicrobianos e larvicidas. Verificou-se que formulações com base em óleos essenciais com um espectro amplo de actividade antimicrobiana são relativamente não tóxicos para os mamíferos. Estes óleos foram substituídos por produtos químicos sintéticos mais potentes e por antibióticos, que são mais baratos e altamente eficazes e podem ser utilizados em concentrações mais baixas. No entanto, com o tempo, revelou-se a toxicidade e os efeitos ambientais destes produtos químicos sintéticos e há agora um esforço para os substituir com os mesmos agentes de óleos essenciais que aqueles tinham originalmente substituído. como A utilização destas formulações com base nestes óleos essenciais na agricultura foi também descrita. A Publicação PCT N.° WO 04/098767 (Pedido de Patente N.° PCT/IL2004/000384), dos inventores do presente pedido de patente, descreve microcápsulas de óleos essenciais que podem ser utilizadas como produtos desinfectantes para o mercado de consumo como agentes de limpeza de superfícies duras, detergentes e amaciadores para roupa, 2 pesticidas, repelentes de insectos e como agentes antivirais ou antifúngicos. Quando as microcápsulas são aplicadas a determinados substratos, o óleo essencial nelas contido é libertado a uma velocidade constante durante um período de tempo. A eficácia destas microcápsulas depende apenas de parâmetros relacionados com as próprias microcápsulas, isto é, dimensão, espessura da membrana de encapsulação, capacidade de libertação retardada do óleo essencial nelas contido, etc., e não do meio aquoso que as transporta até ao ambiente alvo e que seca imediatamente depois. A preparação de cápsulas antivirais compostas por óleos essenciais de Curcuma zedoaria, um éster semi-sintético de ácido gordo e de glicerol, polietilenoglicol e agente tensio-activo é descrita no pedido de patente chinês N.° 1430981 (número de pedido de patente 2002-144675). O óleo essencial aquecido é filtrado e é misturado com polietilenoglicol fundido e agente tensio-activo de modo a obter um óleo essencial encapsulado que é utilizado para encher as cápsulas. Também se descrevem comprimidos revestidos e comprimidos com libertação retardada e pomadas que contêm o óleo essencial.

Verificou-se, de acordo com a presente invenção, que a eficácia de óleos essenciais voláteis encapsulados como pesticidas, repelentes, ovicidas, larvicidas e agentes antivirais pode aumentar se estes foram suspensos ou dispersos num veículo não-volátil, que pode conter estes agentes sob a forma de óleos essenciais e lípidos de alto ponto de ebulição ou de fusão. De modo mais específico, determinou-se que a eficácia destes óleos voláteis 3 encapsulados aumenta, se, no momento da aplicação ao substrato ou ambiente alvo, ficam, por exemplo, por evaporação de um meio aquoso, em contacto com um agente não-volátil, que possui a capacidade de intensificar o efeito exercido. Verificou-se também surpreendentemente que o efeito do veiculo não-volátil pode ser aditivo ou sinergistico.

Deste modo, a presente invenção proporciona uma formulação insecticida repelente, pesticida, ovicida ou larvicida que compreende pelo menos um óleo essencial volátil encapsulado e um veículo não-volátil, no qual o referido pelo menos um óleo essencial volátil encapsulado está contido, e em que o referido veículo não-volátil está sob uma forma sólida ou sob uma forma líquida, em que o veiculo não-volátil intensifica o efeito repelente, insecticida, pesticida, ovicida ou larvicida exercido pelo óleo essencial volátil. A expressão "óleo essencial encapsulado" ou "encapsulação" ou qualquer variação desta expressão refere-se na presente descrição a um grânulo de qualquer forma e dimensão, que possui a capacidade de conter um ou mais óleos essenciais. Um exemplo desta encapsulação é a microencapsulação. Se bem que a formulação agrícola do presente pedido de patente possa, sem afectar os seus benefícios, utilizar quaisquer grânulos de óleos essenciais encapsulados conhecidos da técnica, a forma de grânulo preferida é a de uma microcápsula. A microcápsula preferida é uma microcápsula que contém desde 30 a 98%, ou mais, de preferência de 60-95%, do seu peso de um óleo essencial volátil e que é preparada por polimerização interfacial de 4 isocianatos. Esta polimerização dá origem a uma concha de microencapsulação de poliuretanos, poliureias ou combinações destes, conforme descrito, por exemplo, em WO 04/098767. Esta microcápsula tem tipicamente uma dimensão média de entre 0,1 e 100 microns. Outras microcápsulas adequadas podem ser preparadas por métodos conforme descritos, por exemplo, em WO 94/13139, EP0252897, US5576009 e US5925464. O termo "veiculo não-volátil" conforme utilizado na presente descrição refere-se em geral a um agente orgânico que se mantém com a microcápsula no ambiente alvo após aplicação e que exerce um efeito aditivo ou sinergistico. Este veiculo pode ser um liquido ou um sólido (puro ou em mistura) que tem um ponto de ebulição ou de fusão elevado e cuja velocidade de evaporação a partir da superfície do ambiente alvo, após aplicação sobre esta, é mais reduzida em comparação com o óleo essencial encapsulado. Estes veículos podem por exemplo ser óleos essenciais não-voláteis, óleos botânicos não-voláteis, terpenos não-voláteis ou sólidos, e lípidos. 0 veículo nunca é apenas água. No entanto, em várias formas de realização pode ser necessário que seja água o componente principal da formulação. Nestes casos exemplares em que as microcápsulas são preparadas em soluções aquosas, ou quando é adicionada água para permitir uma fluidez e uma capacidade de pulverização maiores ou quando a formulação é embalada ou conservada em água, o veículo não-volátil pode ser adicionado à solução em água que actua como um meio e não tem qualquer efeito benéfico sobre as características repelentes, insecticidas, pesticidas, larvicidas ou 5 ovicidas da formulação. Conforme será descrito mais adiante, após aplicação da formulação, a água evapora-se deixando como residuo a microcápsula suspensa no veiculo não-volátil. Noutras formas de realização, pode não ser necessária água.

Quando o referido veiculo é um óleo essencial liquido ou um lipido, o termo refere-se aos que possuem pontos de ebulição superiores a 300°C. Estes óleos essenciais de ponto de ebulição elevado podem ser, por exemplo, piretrinas. Um exemplo de um lipido é óleo de sésamo ou óleo de sementes de algodão. 0 termo "veiculo sólido" refere-se a um agente sólido, puro ou em mistura, no qual as microcápsulas estão misturadas e que pode estar dissolvido, suspenso ou disperso de modo homogéneo num meio liquido, por exemplo água, antes da aplicação sobre o alvo. Os veículos sólidos podem, por exemplo, estar sob a forma de pós. 0 termo "veículo líquido" refere-se a um líquido puro, a uma mistura líquida homogénea de agentes (cada uma dos quais antes de misturado pode ser um sólido, um líquido ou um gás) ou a uma mistura heterogénea destes agentes, por exemplo suspensão, em que os referidos óleos essenciais encapsulados, por exemplo, microcápsulas, podem ser suspensos. A suspensão das microcápsulas no veículo líquido ou na solução preparada por dissolução ou dispersão de um veículo sólido num meio apropriado, como por exemplo água, deve ser tal que a consistência, a distribuição, o estado físico ou a concentração do óleo essencial volátil no interior da microcápsula não são afectados. Este veículo é adicionalmente tal que as referidas microcápsulas não se 6 dissolvem, não se deterioram, não se decompõem, não se lixiviam nem sofrem qualquer outra transformação fisica ou quimica. 0 termo "suspenso" ou qualquer outra variação desta expressão refere-se a um estado de dispersão das microcápsulas no veiculo ou a uma dispersão das microcápsulas e do veiculo num liquido não miscivel; como exemplo não limitativo a dispersão é de óleo de sementes de algodão e de microcápsulas em água. 0 termo pode em alternativa referir-se a um estado coloidal, dependendo da dimensão das microcápsulas.

Numa forma de realização, o referido veiculo não-volátil é seleccionado do grupo de óleos essenciais não-voláteis, óleos botânicos nãovoláteis ou qualquer combinação destes. Estas combinações podem por exemplo ser, sem se limitarem a estas: (a) uma combinação de dois ou mais óleos essenciais não-voláteis diferentes; (b) uma combinação de dois ou mais óleos essenciais não-voláteis diferentes com pelo menos um óleo botânico; (c) uma combinação de um óleo essencial não-volátil com um óleo botânico não-volátil; (d) uma combinação de dois óleos botânicos não-voláteis diferentes, e combinações semelhantes. Podem também ser feitas variações semelhantes com qualquer subgrupo específico, por exemplo lípidos, e com qualquer representante específico respectivo, como por exemplo diferentes triglicéridos. 0 termo "volátil", "moderadamente volátil" e "não-volátil" refere-se ao grau de capacidade evaporativa do agente químico sob temperatura e pressão ambientes. Tipicamente, quanto mais baixo for o ponto de ebulição do agente, mais volátil se diz ser o agente. Em referência a 7 óleos essenciais, os óleos voláteis de baixo ponto de ebulição são os definidos como tendo pontos de ebulição inferiores a cerca de 250°C. Os óleos moderadamente voláteis são os definidos como tendo pontos de ebulição de entre 250°C e 300°C. Os óleos não-voláteis ou menos voláteis são os definidos como tendo pontos de ebulição superiores a 300°C. "Óleos botânicos" são misturas complexas naturais de óleos produzidas por plantas. "Óleos essenciais" são os que em geral dão às plantas os seus odores e perfumes caracteristicos ou outras propriedades relacionadas. Os óleos botânicos encontram-se em várias partes do corpo da planta (nas sementes, flores, casca ou folhas) e estão também concentrados em certas células ou grupos de células (glândulas) especiais. Em geral, são misturas complexas que podem ser obtidas a partir da planta de vários modos, dependendo da natureza do órgão em que se encontram. Estes métodos podem, for exemplo, ser por compressão, por destilação por arrastamento de vapor, por dissolução de óleos com separação (extracção) ou por absorção destes, e por pressão e maceração. 0 termo refere-se também a misturas de óleos preparadas por enriquecimento de óleos botânicos obtidos de forma natural com um ou vários componentes específicos tais como monoterpenos, diterpenos, triterpenos, tetraterpenos, sesquiterpenos e outros politerpenos bem como álcoois, aldeídos cetonas, ácidos e ésteres orgânicos.

Se bem que os termos "óleos essenciais" e "óleos botânicos" sejam utilizados em diferentes fontes literárias de modo permutável, no âmbito da presente invenção estes 8 termos referem-se a grupo mais amplo de compostos que também inclui lípidos. "Lípidos", conforme referidos na presente descrição, incluem os ácidos gordos, os lípidos derivados do glicerol (incluindo as gorduras e os óleos e os fosfolipidos), os lípidos derivados da esfingosina (incluindo as ceramidas, os cerebrosídeos, os gangliosideos e as esfingomielinas), os esteróides e os seus derivados, os terpenos e os seus derivados, certos compostos aromáticos, e álcoois de cadeia longa e ceras. 0 termo refere-se também a lipoproteinas (lípidos conjugados com proteínas ou carbo-hidratos), a lipopolisacáridos e a vitaminas tais como vitaminas solúveis em gorduras.

Numa forma de realização preferida, os óleos botânicos são seleccionados de óleo sésamo, piretro, lípidos derivados do glicerol ou derivados do glicerol com ácidos gordos e o referido pelo menos um óleo essencial encapsulado é seleccionado de canela, cedro, rícino, cravo-da-índia, gerânio, erva-limão, mentol, óleo de tomilho, óleo de cúrcuma, óleo de gualtéria, alecrim, óleo de erva-doce, óleo de cardamomo, óleo de camomila, óleo de coentro, óleo de cominho, óleo de aneto, óleo de hortelã, óleo de salsa, manjericão, cânfora, erva-cidreira, eucalipto, funcho, gengibre, lima, limão, mandarina, laranja, agulhas de pinheiro, óleo pimenta, óleo de rosas, óleo de laranja doce, tangerina, planta do chá, sementes de chá, alcaravia, alho, óleo de hortelã-pimenta, cebola e óleo de hortelã verde. De preferência, os óleos essenciais são voláteis e podem ser seleccionados sem limitação de erva-cidreira, 9 gerânio, planta do chá, alfazema, cravo da índia pinheiro e eucalipto.

Numa outra forma de realização da presente invenção, as formulações da presente invenção podem também compreender adjuvantes, adesivos, antioxidantes, agentes resistentes a água, agentes tensio-activos, polímeros de barreira estéricos que evitam a agregação das microcápsulas e agentes de quebra de gel, como parte do veículo ou no interior da microcápsula.

Podem ser utilizados adjuvantes por exemplo para melhorar a estabilidade durante o armazenamento, a capacidade de pulverização e a adsorção ao substrato. Estes adjuvantes podem ser seleccionados tanto de polímeros naturais e sintéticos tais como álcool polivinílico, polivinilpirrolidona, óxidos de polietileno, copolímeros de etileno ou anidrido maleico, copolímero de éter metilvinílico e anidrido maleico, celulose solúvel em água, poliamidas ou poliésteres solúveis em água, copolímeros ou homopolímeros de ácidos acrílicos, amidos solúveis em água e amidos modificados, gomas naturais tais como alginatos, dextrinas e proteínas tais como gelatinas e caseínas.

Numa outra forma de realização, a formulação pode também compreender pesticidas tais como reguladores do crescimento de insectos (RCI), herbicidas, insecticidas, acaracidas, fungicidas, nematicidas, ectoparasiticidas, e/ou herbicidas quer no interior da microcápsula ou como parte do veículo. De preferência, a referida formulação pode conter pesticidas que são solúveis seja no referido pelo menos um óleo essencial encapsulado seja no veículo 10 não-volátil. Estes pesticidas podem, por examplo, ser carbamatos, ureias, triazinas, triazoles, uracilos, organofosfatos, morfolinas, dinitroanilinas, acilalaninas, piretróides e cloretos orgânicos. Exemplos específicos incluem carbofurano, azinfos-metilo, sulfentrazona, carfentrazona-etilo, cipermetrina, ciromazina, beta-ciflutrina, endosulfano, fosmet, clorobromurão, cloroxurão, clorotolurão, fluometurão, metobromurão, tiazaflurão, teflubenzurão, hexaflumurão, diflubenzurão, flufenoxurão, lufenurão, clorfluazurão, novalurão, dimetaclor, metolaclor, pretilaclor, 2-cloro-n-(l-metil-2-metoxietil)-acet-2,6-xilidida, alaclor, butaclor, propaclor, dimetenamida, bifenox, éter 4-(4-pentin-l-iloxi)difenílico, acifluorfeno, oxifluorfeno, fluoroglicofeno-etilo, fomesafeno, cis,trans-(+)-2-eti1-5-(4-fenoxifenoximetil)-1,3-dioxolano, ftuazifop-butilo, haloxifop-metilo, haloxifop-(2-etoxietilo), fluorotopic, fenoxapropetilo, quizalofop-etilo, propaquizafop, diclofop-metilo, butralina, etalfluralina, fluchloralina, isopropalina, pendimetalina, profluralina, trifluralina, imidocloprid, aclalaninas furalaxilo, metalaxilo, benzoilprop etilo, flamprop metilo, difenoconazole, etaconazole, propiconazole, 1,2-(2,4-diclorofenil)-pent-l-il-lh-1,2,4-triazole, triadimefão, dioxacarb, furatiocarb, aldicarb, benomil, endosulfano, 2-sec-butilfenilmetilcarbamato, etiofencarb, fenoxicarb, isoprocarb, propoxur, carbetamida, butilato, di-alat, eptc, molinato, tiobencarb, trialato, vemolato, piperofos, anilofos, butamifos, azametifos, clorfenvinfos, diclorvos, diazinão, metidatião, azinfos etilo, azinfos metilo, clorpirifos, clortiofos, crotoxifos, cianofos, demetão, dialifos, dimetoato, disulfotão, 11 etrinfos, fanfur, flusulfotião, flutião, fonofos, formotião, heptenofos, isofenfos, isoxatião, malatião, mefosfolan, mevinfos, naled, oxidemetão metilo, oxideprofos, paratião, foxim, pirimifos metilo, profenofos, propafos, propetanfos, protiofos, quinalfos, sulprofos, femefos, terbufos, triazofos, tricloronato, fenamipos, isazofos, s-benzil-o, o-diisopropilfosforotioato, edinfos e pirazofos. 0 estado físico da formulação, nomeadamente como um sólido ou líquido, depende de se o veículo não-volátil é um líquido ou um sólido ou de se o veículo não-volátil e as microcápsulas estão suspensas ou dispersas num líquido não miscível tal como água. Independentemente do seu estado físico, a formulação pode ser preparada para utilização dando-lhe de seguida uma forma de preparação desejável, tal como um concentrado emulsificável, um pó humectável, um pó humectável granular, uma preparação fluidificável, uma suspensão, um grânulo, um pó, um fumigante e semelhantes. A natureza da forma de preparação pode ser decidida com base nestes parâmetros como do ambiente alvo, do método de aplicação, das condições sob as quais a aplicação é efectuada, da concentração relativa das microcápsulas no veículo não volátil, etc.

Se bem que a concentração das microcápsulas no veículo não-volátil possa ser controlada, a concentração do óleo essencial encapsulado pode variar dependendo das condições de armazenamento e de clima, da forma de preparação, do método de aplicação, do local de aplicação, dos parasitas objecto a serem controlados, das plantas objectivo e de outros factores. A concentração de óleos essenciais 12 voláteis na formulação pode variar entre 0,01 e 90%, ou de preferência desde 0,1 a 25%. Com respeito a aplicação ao ambiente alvo, p.ex. um campo agricola, os óleos essenciais voláteis podem ser seleccionados de modo apropriado de entre uma gama de 0,1 % e de preferência 0,25% em termos de peso de óleo essencial volátil, por campo.

Sem pretender limitar-se à teoria, quando, por exemplo, uma formulação de base aquosa é aplicada ao ambiente alvo, a água contida seca à superfície, deixando uma camada do veículo não-volátil no qual os óleos essenciais voláteis encapsulados estão embebidos. O efeito inicial no ambiente tratado é exercido pelo veículo não-volátil; em seguida, lentamente, seja através de libertação espontânea ou por qualquer outra libertação iniciada, as microcápsulas começam a libertar o seu conteúdo, afectando assim tanto qualquer aditivo como efeito sinergístico sobre o ambiente.

As formulações da presente invenção podem ser adaptáveis aos quatro perfis de libertação de microcápsulas, nomeadamente (1) um perfil de libertação rápida; (2) um perfil de libertação sustida ou retardada;(3) um perfil de efeito biológico conhecido como "knock-down" no qual a microcápsula liberta o seu conteúdo como uma porção ou ao longo de um período relativamente curto; (4) um perfil de residualidade no qual o efeito conhecido como "knock-down" é seguido por um perfil de libertação retardada.

A formulação da presente invenção pode ser utilizada para vários fins na agricultura, horticultura e agronomia, conforme os óleos essenciais específicos utilizados. O 13 termo "formulação agrícola" refere-se também a formulações hortícolas e agronómicas. Se pretender ficar vinculado a uma teoria e modos de operação, as formulações poderão actuar como repelentes, afastando as pragas sem lhes causar a morte, como os insecticidas (ou pesticidas) matando uma parte ou a totalidade da população de insectos ou outras pragas e como os ovicidas que matam parte ou a totalidade dos ovos de insectos. 0 termo "praga" refere-se também a insectos, nemátodos e qualquer outro animal prejudicial para seres humanos, animais e variedades vegetais. Exemplos de pragas são aqueles pertencentes à ordem heteroptera das hemiptera, homoptera, coleoptera, leopidoptera, thysanoptera, hymenoptera, isoptera, orthoptera, acarina, dolylamida, gstopoda e tylenchida.

Exemplos de pragas pertencentes à ordem heteroptera são Megacopta punctatissimum, Eysarcoris parvus, percevejo verde das plantas (Nezara viridula) , Plautia stali, Leptocorisa chinensis, Riptortus clavatus, Togo hemipteruss Stephanitis nashi, mosca da renda (Stephanitis pyrioides), Apolygus spinolai, Cletus puctiger, Stenotus rubrovittalus, Eysarcoris lewisi e Trigonotylus coelestialium.

Exemplos de pragas pertencentes à ordem coleopetera são Anómala cuprea, caruncho exótico da madeira (Lyctus brunneus) , escaravelho confuso da farinha (Tribolium confusum), Epilachna vigintioctopunctata, escaravelho Japonês (Popillia japonica), Anoplophora malasiaca, Monochamus alteratus, Callosobruchus chinensis, Diabrotica spp., bicudo do algodoeiro (Anthonomus grandis grandis), Anthonomus eugenii, Aulacophora femoralis, Epilachna varivestis, escaravelho da batateira (Leptinotarsa 14 decemlineata), Lissorhoptrus oryzophylus, Oulema oryzae e Sphenophrus venatus vestitus.

Exemplos de pragas pertencentes à ordem homoptera são Arboridia apicalis, Empoasca onukii, Nephotettix cincticeps, Nephotettix virescens, Laodelphax striatellus, Nilaparvata lugens, Sogatella furei fera, Diaphorina citri, Aleurocanthus spiniferus, Bemisia argentifolli, Bemisia tabaci, mosca branca dos citrinos (Dialeurodes citri), Viteus vitifolli, pulgão lanígero das macieiras, (Eriosoma lanigerum) , cochonilha pinta vermelha (Aonidiella aurantii), piolho negro do feijoeiro (Aphis craccivora) , piolho da batateira (Aulacorthum solani), piolho das couves (Brevicoryne brassicae), piolho cor-de-rosa (Macrosiphum euphorbiae), mosca branca das estufas (Trialeurodes vaporariorum), piolho verde do pessegueiro (Myzus persicae), piolho da cerejeira brava (Rhopalosiphum padi), Sitobion akebiae, Pseudococcus comstocki, Ceroplastes ceriferus, cochonilha branca do pessegueiro (Pseudaulacapsis pentagoa), Aphis gossipii e Unaspis yanonensis.

Exemplos de pragas pertencentes à ordem lepidoptera são Adoxophyes orana fasciata, Adoxophyes honmai, Archips fusococupreanus, traça oriental do pessegueiro (Grapholita molesta), Homona magnanima, Caloptilia theivora, Ascotis selenaria, Endopiza viteana, bichado da fruta (Laspeyresia pomonella), Phyllonorycter ringoniella, Lyonetia prunifoliella malinella, traça da couve (Plutella xylostella), lagarta rosada (Pectinophora gossypiella), Carposina niponensis, Chilo supperssalis, lagarta mineira dos citrinos (Phyllocnistis citrella), Scirpophaga 15 incertulas, Cnaphalocrosis medimalis, Hellulla undalis, borboleta cauda de andorinha (Papilio xuthus), Pieris rapae crucivora, Hyphantria cunea, Parapediasia tererrella, lagarta do tomate (Helicoverpa armigera), nóctua cinzenta (Agrotis segetum), Autographa nigrisigna, Mamestra brassicae, Spodoptera exígua, lagarta do tomate (Heliothis spp.) e Spodoptera litura.

Exemplos de pragas pertencentes à ordem hymenoptera são Athalia rosae ruficornis, vespa serradora de folhas (Arge pagana) e Formica japonica. Exemplos de pragas pertencentes à ordem diptera são Agromyza oryzae, Hydrellia griseola, lagarta mineira da folha (Liriomyza trifolii), mosca da cebola (Delia antiqua), mosca doméstica (Musca domestica), Culex pipiens molestus e Culex pipiens pallens.

Exemplos de pragas pertencentes à ordem thysanoptera são Scirtothrips dorsalis, Thrips palmi, tripe da cebola (Thrips tabaci) e Frankliniella occídentalís.

Exemplos de pragas pertencentes à ordem isoptera são Coptotermes formosanus, Reticulitermes speratus; e exemplos de pragas pertencentes à ordem Psocoptera são various spp. e Liposcelis bostrychophilus.

Exemplos de pragas pertencentes à ordem orthoptera são Oxya yezoensis, ralo (Gryllotalpa sp.), barata americana (Periplaneta americana) e barata alemã (Blattella germanica).

Exemplos de pragas pertencentes à ordem acarina são aranhiço vermelho dos citrinos (Panonychus citri), aranhiço amarelo (Tetranychus utícae), ácaro vermelho dos citrinos 16 (Polyphagotarsonemus latus), Brevipalpus phoenicis, ácaro dos trevos (Bryobia praetiosa) , Aculops pelekassi, Eriophyes chibaensis, Rhizoglyphus robini, aranhiço vermelho (Panonychus ulmi) e ácaro do queijo (Tyrophagus putrescentiae) .

Exemplos de pragas pertencentes à ordem tylenchida são Pratylenchus coffeae, Pratylenchus penetrans, nemátode de quistos da batateira (Globodera rosfochiensis) e nemátode das galhas radiculares (Meloidogyne incógnita) . Um exemplo de pragas pertencentes à ordem dolylamida é Longidorus sp. e um exemplo de pragas pertencentes à ordem gastropoda é Incilaria bilineata.

Ao afectar a população de insectos capazes de infligir danos no ambiente alvo, as formulações podem também ajudar na redução dos danos provocados pelos vírus das plantas, limitando a transmissão virai por insectos vectores. Os prejuízos mais graves que afectam os ambientes ocorrem através da transmissão de vírus de plantas, principalmente begomovírus, dos quais um dos mais prejudiciais, especificamente no tomate é o vírus do frisado amarelo do tomateiro (TYLCV, do inglês "Tomato yellow leaf curl") .

Constatou-se também durante a investigação que conduziu à invenção do presente pedido de patente que o veículo não-volátil intensifica o efeito repelente insecticida, pesticida, ovicida ou antiviral exercido pelo óleo essencial volátil e que o efeito exercido pelo veículo não-volátil é intensificado pelo óleo essencial volátil. 17 São também divulgadas formulações insecticidas, pesticidas, ovicidas e antivirais compreendendo cada uma quantidade eficaz da formulação da presente invenção.

Numa concretização, a formulação pode ser utilizada como repelente de insectos contra insectos tal como a mosca branca e como ovicida contra pragas tal como a mosca branca, tuta absoluta e Anthonomus Eugenii.

Numa concretização especifica, é apresentada uma formulação repelentes contra a mosca branca, a qual inclui óleo de citronela e/ou óleo de gerânio e/ou óleo de árvore do chá e/ou óleo de lavanda e/ou óleo de cravinho num veiculo liquido não-volátil compreendendo piretro e óleo de sésamo.

Noutra concretização especifica, a formulação contra a mosca branca inclui óleo de gengibre encapsulado em veículo líquido não-volátil, compreendendo óleo de semente de algodão.

Noutra concretização ainda, é apresentada uma formulação repelente contra a tuta absoluta Kelferla lycopersicella (Wals.), a qual inclui óleo de citronela e/ou óleo de gerânio e/ou óleo de árvore do chá e/ou óleo de lavanda e/ou óleo de cravinho num veículo líquido não-volátil compreendendo piretro e óleo de sésamo.

Noutra concretização, é apresentada uma formulação ovicida ou repelente contra o Anthonomus Eugenii Cano, a qual inclui óleo de citronela e/ou óleo de gerânio e/ou óleo de árvore do chá e/ou óleo de lavanda e/ou óleo de 18 cravinho num veículo líquido não-volátil compreendendo piretro e óleo de sésamo.

Noutra concretização, a formulação da presente invenção pode ser empregue contra pragas transmissoras de vírus, capazes de actuar como vectores virais de infecção. 0 termo "vector virai" refere-se a qualquer praga, tal como definida e exemplificada, capaz de transportar e transmitir um organismo patogénico virai para plantas.

Como se afirma no presente documento, a formulação ad presente invenção faz uso de qualquer óleo essencial contido nas microcápsulas que possa ser preparado por qualquer método conhecido. As microcápsulas, que são preparadas deste modo, podem ser recuperadas da mistura reaccional e ressuspensas no veículo não-volátil mencionado ou numa solução contendo as mesmas. Em alternativa, qualquer meio, aquoso ou outro, que compreenda as microcápsulas pode ser tratado sem separação inicial do meio no qual estas são preparadas com pelo menos um veículo não-volátil. Na maioria dos casos, este meio é água.

Nos casos em que é preferida a separação, a recuperação das microcápsulas pode ser atingida, dependendo da dimensão, por centrifugação ou filtração e lavagem com várias porções de um solvente apropriado, por exemplo, água destilada, para remover reagentes livres da superfície. Se necessário, as microcápsulas podem ser aquecidas sob pressão reduzida para remover mais profundamente quaisquer reagentes residuais do interior das microcápsulas. De preferência, este procedimento é executado por meio de aquecimento da microcápsula a uma temperatura acima da 19 temperatura de transição vítrea média do polímero que constitui o invólucro da microcápsula.

Estas microcápsulas podem agora ser dispersas ou suspensas no veículo líquido não-volátil ou sólido mencionado. Nalguns casos, este veículo não-volátil é um sólido particulado, isto é pó, mediante o qual a dispersão é preferivelmente efectuada por meio de mistura de uma quantidade eficaz de microcápsulas secas com o veículo mencionado. Nalguns casos, este veículo não-volátil é um líquido, mediante o qual a suspensão é preferivelmente preparada por meio de agitação mecânica de uma quantidade eficaz das microcápsulas no veículo mencionado. 0 termo "quantidade eficaz" tal como presentemente utilizado refere-se a uma quantidade determinada empiricamente que provoca o efeito desejado no ambiente alvo, tal como descrito seguidamente.

Assim, a presente invenção apresenta ainda um método para a produção da formulação da presente invenção, compreendendo este método pelo menos um óleo essencial encapsulado num veículo não-volátil ou num meio contendo estes, intensificando o veículo não-volátil o efeito insecticida, pesticida, ovicida ou larvicida exercido pelo óleo essencial volátil. A presente invenção apresenta adicionalmente um método para a produção da formulação da presente invenção, compreendendo este método a adição a qualquer preparação aquosa de óleos essenciais encapsulados uma quantidade de um veículo não-volátil como anteriormente definido, intensificando o veículo não-volátil o efeito insecticida, 20 pesticida, ovicida ou larvicida exercido pelo óleo essencial volátil. A "preparação aquosa de óleos essenciais voláteis" é uma preparação preparada por qualquer processo conhecido de um especialista na técnica. De preferência, esta preparação aquosa de óleos essenciais voláteis é uma preparação preparada de acordo com o processo reivindicado na W004/98767, compreendendo este processo em qeral a dissolução de um diisocianato ou poliisocianato num óleo essencial, emulsionando a mistura resultante numa solução aquosa contendo uma diamina ou poliamina e/ou um composto di-hidroxilo ou poli-hidroxilo para efectuar a polimerização, formando-se assim uma pelicula de poliureia e/ou poliuretano em torno das qotículas de óleo essencial, pelicula essa que aumenta a estabilidade do óleo essencial mencionado, reduz a sua taxa de evaporação e controla a velocidade de libertação quando aplicada num substrato.

Uma vez preparado, a formulação liquida ou sólida (por exemplo sólidos solúveis) pode ser conservada até ser libertada de alguma forma para o ambiente. Frequentemente é mais adequado encerrar a suspensão contendo o óleo essencial encapsulado num frasco ou lata, nesse caso será desejável adicionar adjuvantes de formulação à formulação, "adjuvantes de formulação", tal como agentes de equilíbrio da densidade, surfactantes, espessantes, biocidas, dispersantes, anticongelantes, sais e semelhantes podem ser adicionados para melhorar a estabilidade da suspensão e a facilidade de aplicação. Um adjuvante de formulação destes pode ser adicionado à suspensão de microcápsulas a uma 21 concentração entre cerca de 0,01 % a cerca de 30 % em peso da suspensão. 0 método de preparação da formulação pode incluir também a adição ao veiculo liquido ou ao meio, por exemplo água contendo um surfactante iónico ou não iónico. Este surfactante pode ser adicionado durante a preparação das microcápsulas, a fim de facilitar ou controlar o tamanho das microcápsulas e/ou pode ser adicionado depois das microcápsulas serem preparadas, a fim de fragmentar um gel resultante da microencapsulação e produzir uma formulação fluida, sem aspecto de gel. Um surfactante especialmente preferido é dodecilsulfato de sódio (SDS). Pode ser preferencialmente adicionado em concentrações de 0, 1 a 10 % e mais preferencialmente em concentrações de 0,5 % a 5 %.

Outros exemplos não limitativos de aditivos preferidos na adição a surfactantes são polímeros de barreira estérica que ajudam a manter a separação de partículas, tal como polivinilpirrolidona (PVP), álcool polivinílico (PVA) e poli(etoxi)nonilfenol. Nalguns casos será desejável ajustar o pH da formulação de microcápsula terminada como por exemplo quando a solução da microcápsula acabada é combinada com outros pesticidas. Podem ser utilizados reagentes convencionais para ajuste da acidez ou alcalinidade, incluindo, por exemplo, ácido clorídrico, hidróxido de sódio, carbonato de sódio e bicarbonato de sódio.

Noutro aspecto da presente invenção apresenta-se um método de gestão de uma população de parasitas, compreendendo a aplicação no ambiente alvo ou na população 22 de parasitas mencionada nos próprios locais da formulação da presente invenção. "Gestão da população de parasitas" designa um ou vários dos seguintes: Repelir uma parte ou a totalidade de uma população de parasitas de um ambiente alvo seleccionado, controlo de gerações futuras, extermínio de uma parte ou da totalidade de uma população parasita, eliminação de locais de reprodução; exposição do ambiente alvo antes da infestação à formulação repelente ou insecticida; limitação de adultos, larvas ou ovos de parasitas antes da infestação causar danos e dedução de sinais de danos. 0 termo "população de parasitas" refere-se a uma população de parasitas adultos, população de larvas ou ninfas, população de ovos, populações mistas ou quaisquer combinações destes, em que o número de parasitas na população pode variar de um até vários milhões. 0 termo "ambiente alvo" tal como presentemente utilizado refere-se tanto a ambientes primários que são susceptíveis de serem danificados pela população parasita como a ambientes secundários que envolvem os ambientes primários e que não incluem nenhum alvo desejável do ponto de vista agrícola ou hortícola. Os ambientes primários são, por exemplo folhas, casca, fruto, flor, semente ou raízes de cereais, tal como o arroz, cevada, trigo, centeio, aveia, milho, etc; feijões e ervilhas tais como soja, feijão vermelho, fava, ervilha, feijão, amendoim, etc; árvores de fruto como macieira, limoeiro, pereira, vinha, pessegueiro, cerejeira, nogueira, castanheiro, amendoeira, bananeira, morangueiro, etc; vegetais folhosos e frutos hortícolas, tais como couve, tomate, espinafre, bróculos, 23 alface, cebola, cebolinha, pimentão-doce, beringela, pimenta, etc; raízes e tubérculos tal como cenoura, batata, batata-doce, taro, rábano, rizoma de lótus, nabo, bardana, alho, etc; culturas para processamento, tal como algodão, linho, beterraba, lúpulo, cana de açúcar, beterraba sacarina, azeitona, goma, café, tabaco, chá, etc., cucurbitáceas tal como a abóbora, pepino, melão-de-casca-de-carvalho, melancia, melão, etc; plantas de pastagem tal como panasco, sorgo, rabo-de-gato, trevo, alfafa, etc; relva de relvado, culturas odoríferas, flores e plantas ornamentais, árvores de jardim tal como a árvore do gingko, cerejeira, leycesteria, etc.; e madeiras como abeto concolor, abeto branco, pinheiro, Falsa-tuia-do-Japão, cedro do Japão, cipreste japonês, etc. 0 ambiente alvo pode também ser uma determinada população de parasitas contra a qual se pode empregar a formulação.

Para controlar variadas pragas, a formulação da presente invenção pode ser aplicada nas plantas nas quais se prevê o aparecimento da praga, seja como está ou como uma diluição ou suspensão numa quantidade adequada de água ou semelhante, a uma concentração eficaz para o controlo da população de parasitas. Por exemplo, para o controlo do aparecimento de pragas em produtos agrícolas comestíveis, tal como árvores de fruto, cereais e vegetais, a formulação pode ser utilizada no espaço envolvente e não directamente no ambiente alvo. A formulação pode ainda ser adaptável para tratamento da folhagem, tratamento de sementes, tal como imersão das sementes na formulação para revestimento 24 da semente, incorporação no solo, tratamento por impregnação, aplicação na caixa de cultivo, etc. A formulação da presente invenção pode ser apresentada, armazenada, embalada ou aplicada sob a forma de formulação única, em que o óleo essencial volátil encapsulado se encontra pré-misturado com um veiculo não-volátil, ou como formulação de dois componentes que compreende o óleo essencial volátil encapsulado como um dos componentes, por exemplo, num recipiente em separado ou aplicado separadamente e um veiculo não volátil como segundo componente.

Assim, é apresentado um método de gestão de uma população de parasitas, compreendendo o método mencionado:

Aplicação no ambiente alvo de uma formulação microencapsulada, compreendendo pelo menos um óleo essencial volátil e aplicação no ambiente alvo de uma segunda formulação compreendendo um agente não-volátil. A aplicação da segunda formulação pode ser realizada imediatamente após a aplicação da primeira formulação ou posteriormente, em qualquer momento. Um perito na especialidade será capaz de decidir entre os dois métodos de gestão das populações de parasitas apresentados, qual será mais adequado para o caso especifico. A formulação da presente invenção pode ser aplicada no ambiente alvo mediante qualquer método conhecido de um especialista na técnica. Estes métodos podem incluir, por exemplo: (a) aplicação manual ou mecânica da formulação no solo aplicando, por exemplo, a preparação liquida diluída 25 ou pura com água na base da planta; (b) aplicação de um agente de granulação, tal como poeira ou um pó humectável na base da planta, cavidade da planta ou plantação em linha; (c) pulverização terrestre ou aérea de uma formulação líquida na totalidade do campo ou áreas especificamente seleccionadas; (d) enterrar a formulação na camada superficial do solo, etc. A formulação pode ser aplicada em frutos e vegetais pré-colheita ou pós-colheita e pode ainda ser aplicada contra pragas nos grãos armazenados, pragas domésticas, pragas de insectos sanitários e pragas florestais. Pode-se ainda aplicar em material de construção de casa, utilizando fumigação, isco, etc. 0 modo de libertação do óleo essencial a partir da microcápsula e o efeito provocado no ambiente depende das características físicas da microcápsula. De acordo com a presente invenção, o óleo essencial volátil pode ser um depósito liquido encapsulado pela membrana da microcápsula e transportado num veiculo não-volátil, o que intensifica o efeito provocado seja por adição seja por sinergia. No momento da administração da formulação no ambiente alvo, pensa-se que a libertação do conteúdo da microcápsula, quando aplicado no substrato tem inicio devido ao gradiente de concentração dos óleos essenciais voláteis no interior e exterior da microcápsula. Este processo de libertação e respectiva cinética pode ser influenciado por: (a) secagem das microcápsulas; (b) contacto com um meio aquoso, por exemplo água ou chuva, que provoca uma lenta decomposição do invólucro da microcápsula; (c) altas temperaturas e (d) luz do sol directa. No entanto, poderá dar-se o caso de nenhuma destas condições ser necessária para provocar 26 qualquer início, na medida em que a libertação do conteúdo da microcápsula pode ser espontâneo e independente. A formulação pode também ser utilizada na gestão de populações de parasitas em pequenos jardins, estufas domésticas, canteiros de vegetais ou de flores e nalguns espécimes específicos, tal como plantas decorativas de interior.

Apresenta-se, assim, um conjunto comercial que compreende uma formulação da presente invenção.

Um kit de dois componentes que compreende um primeiro recipiente contendo uma suspensão de pelo menos um óleo essencial volátil encapsulado e contempla-se ainda um segundo recipiente contendo um veículo não-volátil. Opcionalmente, os kits podem ainda incluir instruções sobre a forma de aplicação dos dois componentes no ambiente alvo de modo a atingir o efeito desejado. A formulação em kit ou formulações de componente único podem ser apresentadas sob forma sólida ou líquida e em estado concentrado ou diluído e podem ser aplicadas no ambiente alvo com, por exemplo, um esponja ou um pano que é previamente ensopado na formulação ou com um pulverizador manual. A invenção passa agora a se ilustrada or meio de exemplos com referências às figuras anexas. Exemplo 1: Formulações repelentes contra a mosca branca, a tuta absoluta e o Anthonomus Eugenii.

Formulação 1: A formação de microcápsulas de óleo essencial é tipicamente levada a cabo por polimerização 27 interfacial. Por exemplo num caso, 17,5 g TDI (diisocianato de tolueno) é misturado em 125 g de óleo de citronela, o qual é adicionado a 250 g de água contendo 2,5 g de PVA usando uma misturadora de alto cisalhamento. A isto é adicionado 70 ml de água com 27,8 g de PEG 4000. A mistura prossegue durante duas horas à temperatura ambiente. A este dispersante é adicionado 0,4 g de goma de xantana (rodopol) e 2 g de um fungicida (nefocide). Para fragmentar o carácter hidrogel desta emulsão, são adicionados 5 g de SDS (dodecilsulfato de sódio, 1%). A esta suspensão de microcápsulas em água é agora adicionado 10 g de óleo de piretro (concentrado 50%) e 1 g de óleo de sésamo por cada 89 g de suspensão.

Este procedimento geral foi usado para preparar um grande número de outras formulações repelentes, referidos doravante como Formulações 2 a 15.

Formulação 2: Esta formulação foi preparada de maneira similar à Formulação 1 usando 93 g de óleo de citronela, 10 g de piretro e 1 g de óleo de sésamo.

Formulação 3: Esta formulação foi preparada de maneira similar à Formulação 1 usando óleo de gerânio como o óleo essencial volátil encapsulado.

Formulação 4: Esta formulação foi preparada de maneira similar à Formulação 1 usando óleo de árvore do chá como o óleo essencial volátil encapsulado.

Formulação 5: Esta formulação foi também preparada de maneira similar à Formulação 1 usando óleo de lavanda ou 28 óleo de cravinho como os óleos essenciais voláteis encapsulados.

Formulação 6: Esta formulação foi preparada de maneira similar à Formulação 1 usando 24,3 ml de óleo de semente de algodão e 0,62 ml de óleo de gengibre encapsulado.

Formulação 7: Esta formulação foi preparada de maneira similar à Formulação 1 usando 23,7 ml de óleo de semente de algodão e 1,25 ml de óleo de gengibre encapsulado.

Formulação 8: Esta formulação foi preparada de maneira similar à Formulação 1 usando 22,5 ml de óleo de semente de algodão e 2,5 ml de óleo de gengibre encapsulado.

Formulação 9: Esta formulação foi preparada de maneira similar à Formulação 1 usando 21,2 ml de óleo de semente de algodão e 3,7 ml de óleo de gengibre encapsulado.

Formulação 10: Esta formulação foi preparada usando os seguintes ingredientes e quantidades num processo essencialmente idêntico àquele divulgado para a anterior Formulação 1: 25 g de PVA, 250 g de óleo de gengibre, 35g de TDI, 55,6 g de PEG 4000, 4 g de Nefocide, 10 g de SDS e 0,8 g de Rodopol.

Formulação 11: Esta formulação foi preparada usando os seguintes ingredientes e quantidades num processo essencialmente idêntico àquele divulgado para a anterior Formulação 1: 2,1 g de PVA, 110 g de óleo de gengibre, 10,1 g de TDI, 12,5g de PEG 2000, 1,8 g de Nefocide e 0,8 g de Rodopol. 29

Formulação 12: Esta formulação foi preparada usando os seguintes ingredientes e quantidades num processo essencialmente idêntico àquele divulgado para a anterior Formulação 1: 2,0 g de PVA, 90 g de óleo de gengibre, 3,5 g de TDI, 0,8 g de EDA, 0,7g de EDTA, l,3g de Nefocide, l,2g de Rodopol.

Formulação 13: Esta formulação foi preparada usando os seguintes ingredientes e quantidades num processo essencialmente idêntico àquele divulgado para a anterior Formulação 1: 2,1 g de PVA, 88 g de óleo de gengibre, 22 g de óleo parafínico, 10,1 g de TDI, 24,4 g de PEG 4000, 1,8 g de Nefocide e 0,5 g de Rodopol.

Formulação 14: Esta formulação foi preparada usando os seguintes ingredientes e quantidades num processo essencialmente idêntico àquele divulgado para a anterior Formulação 1: 2,1 g de PVA, 88 g de óleo de gengibre, 22 g de óleo de semente de algodão, 15,3 g de TDI, 24,4 g de PEG 4000, 1,8 g de Nefocide e 0,5 g de Rodopol.

Formulação 15: Esta formulação foi preparada usando os seguintes ingredientes e quantidades num processo essencialmente idêntico àquele divulgado para a anterior Formulação 1: 2,1 g de PVA, 88 g de óleo de gengibre, 22 g de óleo de sésamo, 22 g de TDI, 24,4 g de PEG 4000, 1,8 g de Nefocide e 0,5 g de Rodopol.

Exemplo 2: Aplicação de formulação repelente num ambiente alvo. 30

As formulações anteriores foram testadas em moscas brancas do meloeiro adultas e em ovos destas. Foram usadas como controlos as seguintes soluções: água Óleo Ultra-Fine - um produto comercial gue contém óleo parafínico e piretrum.

Foram tratadas várias folhas de rebentos de tomate, face superior ou face inferior, com uma das anteriores formulações preparadas, e a eficácia da formulação como repelente foi medida com base no número de moscas brancas adultas repelidas dai, e com base no número de ovos postos na referida folha tratada. Em termos gerais, e como pode ser notado nos quadros abaixo apresentados, a eficácia das formulações foi muito mais alta em comparação com os 3 controlos usados. Além disso, os testes a longo prazo mostraram que os controlos não tinham nenhum efeito substancial. O Quadro 1 mostra que a Formulação 1 foi eficaz a repelir a mosca branca, tanto em termos do número de moscas que pousaram na folha tratada como em termos do número de ovos postos. Por exemplo, como pode ser notado na Réplica 1 do Quadro 1 o número de moscas reduziu no global (face superior da folha + face inferior) em 87 % de 29 para 4 em comparação com uma redução de 50 % quando tratada apenas com Ultra-Fine.

Resultados semelhantes foram observados também para as Formulações 3 e 4, tal como apresentado no Quadro 2 (alguns dos quais não são apresentados) 31

Quadro 1: Efeito da Formulação 1 na mosca branca do meloeiro.

Formulação RÉPLICA 1 Folha não tratada Folha Tratada Folha Não Tratada (f de ovos postos) Folha Tratada (f de ovos postos) Adulto Não Tratado (área foliar) Adulto Tratado (área foliar) Face Superior Face Inferior Face Superior Face Inferior Ultra-Fine 0 0 8 672 323 260 240 Piretro 0 14 0 10 381 341 213 199 Água 0 18 0 28 579 803 232 201 Form.l 0 29 0 4 696 89 230 225 RÉPLICA 2 Folha não tratada Folha Tratada Folha Não Tratada (t de ovos postos) Folha Tratada (f de ovos postos) Adulto Não Tratado (folha) Adulto Tratado (folha) Face Superior Face Inferior Face Superior Face Inferior Ultra-Fine 0 35 1 13 403 93 159 155 32

Piretro 0 27 0 14 184 101 203 192 Água 0 30 0 17 302 183 170 158 Form. 1 0 39 0 3 224 14 219 201 3 RÉPLICA 3 Folha não tratada Folha Tratada Folha não Folha Tratada (# de ovos postos) Folha Não Tratada Adulto (folha) Adulto Tratado (folha) Face Superior Face Inferior Face Superior Face Inferior L laL ada (# de ovos postos) Ultra- Fine 0 12 0 4 572 233 187 131 Piretro 0 8 0 0 565 1 170 135 Água 0 6 0 8 4 66 297 183 143 Form.1 0 7 0 1 343 4 143 118

Quadro 2: Efeito das Formulações 3 e 4 na mosca branca.

Formulação RÉPLICA 1 NÃO TRATADO TRATADO ADULTOS OVOS Área foliar (cm2) ADULTOS OVOS Área foliar Formulação N° . Face Superior Face Inferior Face Superior Face Inferior Ultra-Fine 0 4 243 85, 18 0 3 167 126,33 Piretro 0 3 47 57,59 0 3 139 88, 61 Água 0 2 114 68, 76 0 8 172 77, 44 Formulação 0 3 95 100,83 0 0 29 119,64 4 3: RÉPLICA 2 Ultra-Fine 0 4 117 69, 07 0 3 108 32, 95 Piretro 0 7 224 50, 33 0 7 202 51, 06 Água 0 5 238 62,27 0 11 384 66, 37 Formulação 3: 0 11 335 81,22 0 0 58 60, 03 RÉPLICA 3 Ultra-Fine 0 8 312 105,53 0 2 48 80, 89 Piretro 0 4 110 105,2 0 0 0 58, 96 Água 0 11 227 101,41 0 9 247 5 6,86 Formulação 3: 0 11 242 59, 35 0 4 117 77, 37 Ultra-Fine 0 0 12 18, 92 0 1 0 23, 48 Piretro 0 3 3 20, 3 0 1 0 20,23 Água 0 1 19 26, 25 0 6 6 32,28 Formulação 4 : 0 2 38 16, 83 0 2 16 15, 03 5

Quadro 3: 0 efeito de Formulações Encapsuladas nas populações de mosca branca na Planta do Tomate.

Formulação Plantas Tratadas Plantas Não Tratadas Número de moscas brancas N° . de ovos Número de moscas brancas N° . de ovos Face Superior da Folha Face Inferior da Folha Face Superior da Folha Face Inferior da Folha A 0 3 25 0 15 61 B 0 0 0 0 18 150 C 0 0 12 0 23 93 D 0 5 0 0 18 35 E 0 2 10 0 15 64 F 0 10 44 0 11 21 G 0 12 20 0 10 39

Para o próximo conjunto de experiências, as sete seguintes formulações foram preparadas e usadas: 95 ml de óleo de semente de algodão e 5 ml de Tween 24,4ml de óleo de semente de algodão e 0,63ml de óleo de gengibre encapsulado 23,71 de óleo de semente de algodão e 1,21 de óleo de gengibre encapsulado 22,5ml de óleo de semente de algodão e 2,5ml de óleo de gengibre encapsulado 6 21,2 1 de óleo de semente de algodão e 3,75 ml de óleo de gengibre encapsulado Óleo Ultra-Fine Água.

Os resultados das experiências realizadas no que respeita ao repelir da população de mosca branca das plantas de tomate são apresentados no Quadro 3. Como pode ser observado, as formulações que foram preparadas de acordo com a presente invenção foram muito mais efectivas a repelir as moscas brancas e na redução do número de ovos postos. 7

REFERÊNCIAS CITADAS NA DESCRIÇÃO

Esta lista das referências citadas pelo requerente serve apenas para conveniência do leitor. Não faz parte do documento da patente europeia. Apesar da compilação cuidadosa das referências, os erros ou as omissões não podem ser excluídos e o IEP rejeita toda a responsabilidade a este respeito.

Documentos de patente citados na descrição: EP 0252897 A[0007] US 5576009 A [0007] US 5925464 A [0007] WO 0498767 A [0050] WO 04098767 A [0003] [0007] IL 2004000384 W [0003] CN 1430981 [0004] CN 2002144675 [0004] WO 9413139 A [0007]

Lisboa, 7/06/2010

Claims (19)

1 REIVINDICAÇÕES 1. Formulação repelente, insecticida, pesticida, ovicida ou larvicida compreendendo: (i) pelo menos um óleo essencial volátil encapsulado e (ii) um veiculo não volátil no qual é transportado o pelo menos um óleo essencial volátil encapsulado mencionado e em que o veiculo não volátil mencionado se encontra numa forma sólida ou liquida, em que o veiculo não-volátil intensifica o efeito repelente, insecticida, pesticida, ovicida ou larvicida exercido pelo óleo essencial volátil.

2. Formulação de acordo com a reivindicação 1, em que o referido veiculo não volátil é seleccionado a partir do grupo de óleos essenciais não voláteis, óleos botânicos não voláteis ou qualquer combinação destes.

3. Formulação de acordo com a reivindicação 2, em que os óleos botânicos não voláteis são seleccionados de óleo sésamo, piretro, lípidos derivados do glicerol ou derivados do glicerol com ácidos gordos e o referido pelo menos um óleo essencial é seleccionado de canela, cedro, rícino, cravo-da-índia, gerânio, erva-limão, hortelã, óleo de tomilho, óleo de cúrcuma, óleo de gualtéria, alecrim, óleo de erva-doce, óleo de cardamomo, óleo de camomila, óleo de coentro, óleo de cominho, óleo de aneto, óleo de hortelã, óleo de salsa, manjericão, cânfora, citronela, eucalipto, funcho, 2 gengibre, toranja, limão, mandarina, laranja, agulhas de pinheiro, óleo de pimenta, óleo de rosas, óleo de laranja doce, tangerina, árvore do chá, sementes de chá, alcaravia, alho, óleo de hortelã-pimenta, cebola e óleo de hortelã verde.

4. Formulação de acordo com a reivindicação 1, compreendo ainda pelo menos um agente seleccionado a partir do grupo dos adjuvantes, adesivos, antioxidantes, agentes resistentes a água, agentes tensio-activos, polímeros de barreira estérica que evitam a agregação das microcápsulas e agentes de quebra de gel, como parte do veículo ou no interior da microcápsula.

5. Formulação de acordo com a reivindicação 1, compreendendo ainda pelo menos um agente seleccionado a partir de pesticidas, reguladores de crescimento de insectos, herbicidas, insecticidas, acaricidas, fungicidas, nematicidas, ectoparasiticidas e herbicidas.

6. Formulação de acordo com a reivindicação 5, em que o agente mencionado é um pesticida seleccionado a partir do grupo dos carbamatos, ureias, triazinas, triazóis, uracilos, organofosfatos, morfolinas, dinitroanilinas, acilalaninas, piretróides e cloretos orgânicos, carbofurano, azinfos-metilo, sulfentrazona, carfentrazona-etilo, cipermetrina, ciromazina, beta-ciflutrina, endosulfano, fosmete, clorobromurão, cloroxurão, clorotolurão, fluometurão, metobromurão, tiazaflurão, teflubenzurão, hexaflumurão, diflubenzurão, flufenoxurão, lufenurão, clorfluazurão, novalurão, 3 dimetaclor, metolaclor, pretilaclor, 2-cloro-n-(1-metil-2-metoxietil)-acet-2,6-xilidida, imidocloprid, alaclor, butaclor, propaclor, dimetenamida, bifenox, éter 4—(4— pentin-l-iloxi)difenilico, acifluorfeno, oxifluorofeno, fluoroglicofeno-etilo, fomesafeno, cis,trans-(+)-2-etil-5- (4-fenoxifenoximetil)-1,3-dioxolano, ftuazifop-butilo, haloxifop-metilo, haloxifop-(2-etoxietilo) , endosulfano, fluorotopic, fenoxapropetilo, quizalofop-etilo, propaquizafop, diclofop-metilo, butralina, etalfluralina, flucloralina, isopropalina, pendimetalina, profluralina, trifluralina, aclalaninas furalaxilo, metalaxilo, benzoilprop etilo, flamprop metilo, difenoconazol, etaconazol, propiconazol, 1,2- (2,4-diclorofenil)-pent-l-il-lh-1,2,4-triazol, triadimefão, dioxacarb, furatiocarb, aldicarb, benomil, 2-sec-butilfenilmetilcarbamato, etiofencarb, fenoxicarb, isoprocarb, propoxur, carbetamida, butilato, di-alato, eptc, molinato, tiobencarb, trialato, vemolato, piperofos, anilofos, butamifos, azametifos, clorfenvinfos, diclorvos, diazinão, metidatião, azinfos etilo, azinfos metilo, clorpirifos, clortiofos, crotoxifos, cianofos, demetão, dialifos, dimetoato, disulfotão, etrinfos, fanfur, flusulfotião, flutião, fonofos, formotião, heptenofos, isofenfos, isoxatião, malatião, mefosfolan, mevinfos, naled, oxidemetão metilo, oxideprofos, paratião, foxim, pirimifos metilo, profenofos, propafos, propetanfos, protiofos, quinalfos, sulprofos, femefos, terbufos, triazofos, tricloronato, fenamipos, isazofos, s-benzil-o,o- diisopropilfosforotioato, edinfos e pirazofos. 4

7. Formulação da reivindicação 1 numa forma de preparação seleccionada de entre pó emulsionável, concentrado, humectável, pó humectável granular, preparação fluida, suspensão, granulado, pó, fumigante, solução e solução aquosa.

8. Formulação de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes para a gestão de populações de pragas.

9. Formulação da reivindicação 1 para utilização contra as pragas de mosca branca, Keiferia lycopersicella e Anthonomus eugenii.

10. Formulação de acordo com a reivindicação 9, compreendendo óleo essencial volátil encapsulado de óleo de citronela, óleo de gerânio, óleo de árvore do chá, óleo de lavanda, óleo de cravinho num veiculo liquido compreendendo um agente não volátil seleccionado de entre piretro, óleo de semente de algodão e óleo de sésamo.

11. Formulação de acordo com a reivindicação 10, em que o óleo essencial volátil mencionado é óleo de gengibre e o veiculo liquido mencionado é óleo de semente de algodão.

12. Método para a produção da formulação de qualquer uma das reivindicações anteriores, compreendendo a dispersão de pelo menos um óleo essencial encapsulado volátil num veiculo não volátil ou num meio contendo este, em que o veiculo não volátil intensifica o efeito reprelente, 5 insecticida, pesticida, ovicida ou larvicida exercido pelo óleo essencial volátil.

13. Método para a produção da formulação de qualquer uma das reivindicações anteriores, compreendendo a adição a qualquer preparação aquosa de óleos essenciais encapsulados voláteis numa quantidade de um veiculo não volátil, em que o veiculo não volátil intensifica o efeito repelente, insecticida, pesticida, ovicida ou larvicida exercido pelo óleo essencial volátil.

14. Método de acordo com a reivindicação 13, em que os óleos essenciais voláteis encapsulados são preparados através de polimerização interfacial.

15. Método de acordo com a reivindicação 14, em que a polimerização interfacial mencionada afecta o encapsulamento do óleo essencial volátil mencionado, formando-se assim uma película de poliureia e/ou poliuretano em volta das gotículas do óleo essencial volátil mencionado.

16. Método de gestão da população de uma praga, compreendendo a aplicação num ambiente alvo ou na população da praga mencionada ou nos seus próprios locais de uma formulação de acordo com a reivindicação 1.

17. 0 método de acordo com qualquer uma das reivindicações, em que o ambiente alvo mencionado é um ambiente primário ou um ambiente secundário. 6

18. Método de acordo com a reivindicação 17, em que o ambiente primário é seleccionado de entre folhas, casca, fruto, flores, sementes ou raizes de cereais, feijões e ervilhas, árvores de fruto e os próprios frutos, árvores de citrinos e frutos, pêra, uva, pêssego, ameixa, cereja, noz, castanha, amêndoa, banana, morango, vegetais folhosos e frutos hortícolas, raízes e tubérculos, culturas para processamento, plantas cucurbitáceas, plantas de pastagem, relvas, culturas odoríferas, flores e plantas ornamentais, árvores de jardim e árvores para madeira.

19. Embalagem comercial compreendendo a formulação de acordo com a reivindicação 1. Lisboa 7/06/2010