PT1359808E - Método e dispositivo para tratamento de peixe, expecialmente peixe branco - Google Patents
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Description
1
Descrição
"MÉTODO E DISPOSITIVO PARA ABATE DE PEIXE, ESPECIALMENTE PEIXE BRANCO" 0 invento diz respeito a um dispositivo para o abate de peixes, nomeadamente peixes brancos, abrangendo, pelo menos, um apoio para peixes para o posicionamento e apoio dos peixes, um aparelho para degolar, para cortar a goela como preparação para o corte das guelras, um aparelho para o corte das guelras para separar completamente as guelras, um aparelho de evisceração para abrir a cavidade abdominal, um aparelho de separar as vísceras para separar as vísceras da cavidade abdominal, assim como um tambor de apoio de peixe circundante através do qual os peixes podem ser movidos para as estações de processamento individuais, sendo que o tambor de apoio do peixe, accionado de forma intermitente, é rotativo à volta de um eixo horizontal.
Além disso, o invento diz respeito a um processo para o abate de peixes, nomeadamente peixes brancos, que abrange os passos de colocação dos peixes em apoios de peixe de um tambor de apoio de peixes, corte da goela como preparação para o corte das guelras por meio de um aparelho para o corte das guelras, separação completa das guelras com um aparelho para a separação das guelras, abertura da cavidade abdominal com um aparelho de evisceração, soltar as vísceras através de um aparelho de separação das vísceras, sendo que os peixes, com o tambor de apoio dos peixes, que gira à volta de um eixo horizontal, de modo a que os peixes sejam deslocados num circuito essencialmente vertical, são movimentados sucessivamente, e de forma intermitente, para as estações de processamento individuais.
Nos dispositivos e processos do tipo conhecido, após um 2 corte de goela manual, os peixes são colocados em apoios de peixe do tambor do apoio de peixes e movimentados continuamente ao lado das estações de trabalho individuais que se encontram na área do circuito do tambor. Também sucede que os peixes são colocados com a goela nos dispositivos conhecidos. 0 tambor de apoio do peixe é giratório à volta de um eixo vertical, de modo a que os peixes são colocados com a cabeça para cima (portanto na posição vertical) e com a cauda para baixo nos apoios do peixe e movimentados num circuito essencialmente horizontal.
Nos dispositivos do tipo conhecido é de especial importância que, por um lado, as condições ergonómicas para o utilizador correspondam às reivindicações e, por outro lado, os peixes com cabeça sejam abertos na área da cavidade da brânquia, sem que os ossos da cintura escapular e a ponta dos ossos da cintura escapular do respectivo peixe sejam feridos, a cavidade abdominal seja aberta com um corte central e as visceras sejam retiradas da cavidade abdominal sem serem danificadas. De forma seleccionável, em função da espécie do peixe, do tamanho do peixe e de outras condições que definem o estado do peixe, o corte de evisceração sucede-se no sentido da cauda até ao ânus ou para além dele. As carcaças dos peixes, as cabeças dos peixes e as visceras devem poder ser removidas separadamente umas das outras. Além disso, o dispositivo deve poder ser utilizado universalmente, p. ex., para evisceração e/ou remoção da cabeça com ou sem retirada prévia das guelras.
Todos os dispositivos e processos mencionados, têm, no entanto, a desvantagem de possuírem uma ergonomia desfavorável para o utilizador, principalmente tendo em conta que os dispositivos são utilizados predominantemente 3 a bordo de barcos de pesca/trawlers que possuem, em parte, uma altura de convés de, no máximo, 2m. Nos dispositivos conhecidos, o utilizador tem de inclinar-se por cima do dispositivo devido à disposição do tambor de apoio do peixe, o que só é dificilmente possível com o espaço estreito. Além disso, o utilizador tem de realizar um trabalho de elevação devido à posição dos peixes no apoio de peixes o que representa uma enorme carga corporal, considerando o dia/o turno devido ao elevado peso. Além disso, os resultados de corte com os dispositivos e processos conhecidos não são satisfatórios, nomeadamente o que diz respeito à preparação dos peixes para o processamento posterior como peixe salgado. Outra desvantagem é que as vísceras são danificadas com os dispositivos habituais ou durante os processos conhecidos de modo a que estas já não sejam utilizáveis ou contaminem o peixe ou a cavidade abdominal com germes. Devido ao facto de os peixes serem transportados e tratados num ajuste vertical, falta um apoio da cabeça, o que provoca cortes não uniformes e não definidos, pois a cabeça é móvel durante todo o processamento. Isto leva também, além disso, a que a cabeça não possa ser eliminada num local específico devido à falta de fixação. 0 transporte contínuo dos peixes para as estações de processamento individuais também leva a que os resultados de corte sejam parcialmente insuficientes, pois é muito difícil um processamento definido num objecto móvel ou que requer uma solicitação construtiva muito elevada. Para o caso de os peixes serem inseridos com goela nos apoios do peixe, o aparelho de esófago corta a goela, a membrana e o esófago de uma só vez. No entanto, isto provoca um corte que fere os ossos da cintura escapular e que é indefinido na condução do corte. Além disso, devido a um processo sem corte de goela prévio, não está assegurado que a membrana é separada das vísceras de forma segura. 4
Da GB 1 048 149 conhece-se um dispositivo para o transporte de peixes para estações de processamento diferentes em que os peixes giram à volta de um eixo horizontal. 0 transporte efectua-se intermitentemente e de modo a que os peixes parem durante o processamento, na respectiva estação de processamento. Deste modo, evitam-se as desvantagens consideráveis mencionadas em cima. De facto, o dispositivo apresenta, de acordo com a GB 1048 149, apenas um aperto da carcaça que agarra lateralmente nos peixes. A cabeça do peixe é móvel durante todo o processamento o que leva a cortes não uniformes e não definidos, nomeadamente em peixes de tamanhos diferentes. Além disso, o transporte dos peixes efectua-se no respectivo sentido de natação, o que dificulta o processamento nas estações de processamento individuais. A função do invento presente é, por essa razão, de propor um dispositivo assim como um processo que assegura um manuseamento simples durante a evisceração, nomeadamente de peixe branco numa grandeza de 35 a 90 cm e, simultaneamente, melhora o resultado da evisceração. Segundo a invenção, a tarefa resolve-se através de um dispositivo do tipo indicado no inicio, o qual permite que os peixes sejam deslocados transversalmente ao seu eixo longitudinal, numa órbita circular, essencialmente vertical; o suporte de peixe inclui suportes de barbatanas peitorais para o seu posicionamento e um dispositivo de fixação do corpo para fixar os corpos dos peixes. Para cada suporte de peixe está prevista adicionalmente uma base para cabeça com um dispositivo de fixação da cabeça, podendo a base para cabeça, sob tensão por meio de uma mola, ser girada em torno de um ponto de rotação. Através da versão do dispositivo, de acordo com a invenção, assegura-se, por um lado, um melhoramento dos aspectos ergonómicos, 5 simplificando-se desta forma o manuseamento, visto que a colocação dos peixes no tambor de suporte é facilitada, podendo os peixes ser colocados nos suportes de peixe sem um considerável trabalho de elevação. Graças ao eixo horizontal do tambor de suporte de peixes, é assegurado um modo de construção compacta, o que facilita a montagem, especialmente, em espaços estreitos. Por outro lado, o accionamento intermitente do tambor de suporte de peixes permite trabalhar os peixes com grande precisão, visto que se encontram parados enquanto estão a ser trabalhados. Melhora-se assim consideravelmente a qualidade do trabalho e, em especial, a qualidade do corte. Para além do suporte do peixe, que fixa o corpo, está prevista uma base para a cabeça. Isto permite que o peixe fique completamente apoiado durante todo o trabalho, o que dá origem a um posicionamento melhorado e simplificado dos peixes. 0 posicionamento melhorado permite conduzir o corte de forma optimizada e reproduzível, garantido melhores resultados de corte. Uma vez que a base para a cabeça tem uma configuração móvel, isso permite trabalhar uma maior variedade de comprimentos de peixe, de preferência, entre 35 a 90 cm, visto que a base para cabeça pode desviar-se consoante o tamanho do peixe. Para além da base para a cabeça, está ainda previsto um dispositivo de fixação da cabeça. Este dispositivo de fixação que permite que a cabeça apresente, em cada posição de trabalho, uma posição definida e esteja fixa, o que dá origem a uma melhor qualidade de corte. Para alem disso, devido à fixação em separado, por um lado, do corpo e, por outro lado, da cabeça, pode configurar-se a posição das partes fixas para as mais diversas posições.
Bastante vantajosa é a forma de construção, na qual o aparelho de corte, para além da foice também inclui uma lâmina circular. Com isto assegura-se que, ao efectuar o 6 corte, a parede abdominal é cortada por completo, independentemente do tamanho do peixe, sendo efectuado um corte centrado e recto, o qual é necessário, por exemplo, para a produção de peixe salgado.
Bastante vantajoso é o facto da foice ser constituída por duas partes, sendo composta por uma parte principal e uma parte da ponta. Deste modo é assegurado, de um modo eficaz, que as influências exteriores que actuam sobre a foice, como, por exemplo, a aceleração devido ao movimento de ondulação num barco, não têm influência sobre o modo de trabalho ou resultado de trabalho, visto que a foice é conduzida através da parte principal, enquanto que a deflexão da foice se restringe à parte da ponta. Para o efeito, pelo menos, a parte da ponta da foice pode estar sob tensão por meio de uma mola e pode ser girada ou deflectida em torno de um ponto de rotação. 0 grau de liberdade adicional da foice torna-a insensível a influências perturbadoras exteriores. Por outras palavras, a massa móvel que, por exemplo, está exposta a uma aceleração, é nitidamente menor.
No tipo de processo especificado no início, a tarefa supracitada é solucionada graças ao facto dos peixes serem transportados transversalmente ao seu eixo longitudinal, posicionados através das suas barbatanas peitorais, fixados na zona do corpo e apoiados adicionalmente na cabeça nos suportes de peixe do tambor de suporte de peixes, sendo a cabeça fixada numa base para a cabeça. Consegue-se assim um manuseamento simplificado, visto que os suportes de peixe estão mais facilmente acessíveis para a colocação do peixe, sendo claramente reduzido o trabalho de elevação. Para além disso, o posicionamento e a fixação foram consideravelmente melhorados, em particular também através da fixação do corpo e da cabeça, sendo assegurado um trabalho exacto em 7 cada estação de trabalho, e isso para peixes de diversos tamanhos.
Num procedimento vantajoso, a cabeça e a nervura entre a ponta dos ossos da cintura escapular e o ponto de união das guelras, antes do corte da goela, são pressionados para baixo, de modo a que a pele seja esticada na zona da ponta dos ossos da cintura escapular. Através do esticar consegue-se, por um lado, que o dispositivo para degolar consiga cortar a pele de forma mais simples e perfeita. Por outro lado, o dispositivo para degolar actua com a lâmina circular quase na vertical, na nervura de união, sendo assegurado o corte seguro.
Outras versões e modos de procedimento preferenciais resultam das reivindicações subordinadas e da descrição.
Com base nos desenhos em anexo são descritas pormenorizadamente as formas construtivas e modos de procedimento seleccionados. No desenho:
Fig. 1 Mostra uma vista de frente de um dispositivo segundo a invenção,
Fig. 2 Mostra uma vista de topo sobre um corte do dispositivo de acordo com a Fig.l,
Fig. 3 Mostra um pormenor do dispositivo, nomeadamente o dispositivo para degolar na sua posição inicial, antes do corte de um peixe, numa representação ampliada, a partir do ponto de vista do utilizador,
Fig. 4 Mostra o dispositivo para degolar de acordo com a Fig. 3, na sua posição de trabalho, estando a cabeça do peixe presa, 8
Fig. 5 Mostra uma outra particularidade do dispositivo, nomeadamente, a condução entre o dispositivo para degolar e o dispositivo para cortar as guelras, numa posição sem carga
Fig. 6 Mostra a condução, de acordo com a Figura 5, numa posição com carga, nomeadamente, virada para cima através do peixe
Fig. 7 Mostra uma outra particularidade do dispositivo, nomeadamente, o dispositivo para cortar as guelras, na sua posição inicial, antes do corte do estômago, numa representação ampliada, vista a partir do utilizador
Fig. 8 Mostra o dispositivo para cortar as guelras, de acordo com a Figura 7, na sua posição de trabalho, estando a cabeça do peixe presa
Fig. 9 Mostra uma outra particularidade do dispositivo, nomeadamente, o dispositivo de descabeçar na sua posição de trabalho, numa representação ampliada, vista a partir do utilizador
Fig. 10 Mostra uma outra particularidade do dispositivo, nomeadamente, o aparelho de corte numa posição pouco após o afundamento na cavidade abdominal aberta, numa representação ampliada, a partir da vista segundo a Figura 9
Fig. 11 Mostra o aparelho de corte, de acordo com a Figura 10, numa próxima posição de trabalho
Fig. 12
Mostra o aparelho de corte, de acordo com a 9
Figura 10, numa próxima posição de trabalho Fig. 13 Mostra o aparelho de corte, de acordo com a Figura 10, numa próxima posição de trabalho
Fig. 14 Mostra uma outra particularidade do dispositivo, nomeadamente, o dispositivo de corte da tripa, numa representação ampliada, a partir da vista segundo a
Figura 9 Fig. 15 Mostra o dispositivo de corte da tripa, de acordo com a Figura 14, numa vista de frente Fig. 16 Mostra as particularidades de um peixe durante a operação de corte da goela, vista lateral
Fig. 17 Mostra uma outra versão do aparelho de corte, numa posição pouco depois de afundar na cavidade abdominal aberta, numa representação ampliada, a partir da vista segundo a Figura 9
Fig. 18 Mostra o aparelho de corte, de acordo com a Figura 17, numa próxima posição de trabalho Fig. 19 Mostra o aparelho de corte, de acordo com a Figura 17, numa próxima posição de trabalho, e Fig. 20 Mostra o aparelho de corte, de acordo com a Figura 17, numa próxima posição de trabalho. 0 dispositivo 10 descrito nas figuras 1 a 15 ou 17 a 20 serve para cortar peixe, particularmente, peixes brancos e de preferência, com tamanhos entre 35 e 90 cm. O dispositivo 10 inclui vários suportes de peixe 11 para 10 colocar os peixes. Os suportes de peixe estão dispostos de forma circular e formam um tambor de suporte de peixes 12 accionado rotativamente. Através do tambor de suporte de peixes 12 é possível mover os peixes para cada uma das posições de trabalho do dispositivo 10. No sentido de transporte do tambor de suporte de peixes 12, a seguir a uma estação para a colocação dos peixes no suporte de peixe 11, na zona da alimentação de produto, encontra-se um dispositivo para degolar 13 gue serve para cortar a goela, como preparação para o corte das guelras. Ao dispositivo para degolar 13 segue-se um dispositivo para cortar as guelras 14 que serve para cortar as guelras. Entre o dispositivo para degolar 13 e o dispositivo para cortar as guelras 14 existem guias 15 (ver especialmente as figuras 5 e 6). No exemplo de versão apresentado, por trás do dispositivo para cortar as guelras 14 existe um dispositivo de descabeçar 16 que serve para separar a cabeça do corpo. No entanto, a máquina de descabeçar 16 também pode ser desactivada ou desmontada, de modo a que a evisceração e/ou o descabeçar seja possível com o dispositivo 10. Uma máquina de evisceração 17 é conectada à máquina de descabeçar 16 para abrir a cavidade abdominal. Como última etapa de trabalho antes da colocação do peixe num sistema de escoamento de produtos 18 está prevista uma máquina de eviscerar 19 que permite retirar completamente as vísceras da cavidade abdominal.
No exemplo apresentado na figura 1, oito apoios para peixe 11 estão distribuídos de forma uniforme sobre uma pista circular do tambor-recolhedor de peixe 12. 0 tambor-recolhedor de peixe 12 pode ser girado em volta de um eixo horizontal 20, de modo a que os peixes possam ser movidos sobre um transportador contínuo o mais vertical possível. Encontra-se também posicionado sobre o eixo 20 um segundo tambor 21, mas afastado do tambor-recolhedor de peixe 12. 11
No tambor 21 encontram-se apoios para cabeça 22, sendo que cada um corresponde a um apoio para peixe 11, pelo que, na forma privilegiada, estão também previstos oito apoios para cabeça. Graças à disposição do tambor-recolhedor de peixe 12 e do tambor 21 sobre o mesmo eixo 20, os tambores 12 e 21 rodam de forma síncrona. O tambor-recolhedor de peixe 12 e, por conseguinte, também o tambor 21, são accionados de modo intermitente. Garante-se assim uma imobilização em determinadas posições, de preferência na área das etapas de trabalho.
Cada apoio para peixe 11 possui um elemento de bloqueio 23 composto por um apoio para barbatanas peitorais 24 e por um dispositivo de aperto do tronco 25. Existem dois apoios para barbatanas peitorais 24, para ambos os lados de um peixe a introduzir, e possuem dispositivos para que o peixe fique previamente posicionado de forma longitudinal no apoio para peixe 11.De forma correspondente aos apoios para peixe 11, os apoios para cabeça 22 estão posicionados no sentido das estações de preparação colocadas num porta-ferramentas 2 6 fixo. Os apoios para cabeça 22 podem ser girados em volta de um ponto rotativo 27, de modo a que os apoios para cabeça 22 possam mover-se para baixo, a partir de uma posição de batente superior. Em alternativa, pode também imaginar-se que o movimento dos apoios para cabeça 22 se efectue sobre uma pista linear. Além disso, os apoios para cabeça 22 estão submetidos à força elástica, sendo concebidos de forma a ceder sobre a pressão elástica para que possam ser novamente movidos da posição de desvio inferior para a posição inicial superior, contra um batente. Em cada apoio para cabeça 22 está colocado um dispositivo de aperto da cabeça 28 que aperta a cabeça como uma sanduíche entre esta e o apoio para cabeça 22. No exemplo apresentado, o dispositivo de aperto da cabeça 28 está comandado de forma curva. No entanto, também são 12 possíveis outros comandos. 0 modo de funcionamento exacto do dispositivo de aperto da cabeça 28 será explicado de forma mais pormenorizada de seguida, na parte dedicada à descrição do processo. 0 dispositivo de aperto do tronco 25 é essencialmente constituído por uma bucha de três grampos, nomeadamente por dois mordentes laterais que agarram o peixe de lado e por um apoio do dorso. Através da rotação do tambor-recolhedor de peixe 12 no sentido da máquina de degolar 13, os mordentes laterais movem um sobre o outro e apertam o peixe. 0 apoio do dorso é inevitavelmente accionado pelos mordentes laterais, de tal forma que é elevado quando os mordentes laterais são comprimidos. De preferência, os mordentes laterais possuem, nas partes internas viradas para o peixe, elementos de retenção ou outros dispositivos semelhantes que servem para que o peixe fique bem preso no apoio para peixe 11. A máquina de degolar 13 é composta por uma lâmina circular 29 e por uma capa de lâmina 30 correspondente à lâmina circular 30. Toda a máquina de degolar 13 pode ser movida sobre um transportador contínuo 60. Este transportador contínuo 60 foi determinado de forma experimental, de modo a que o transportador contínuo 60 seja um transportador optimizado para peixes de diversos tamanhos. Na forma privilegiada, o movimento rotativo da máquina de degolar 13 efectua-se através de um paralelograma. No entanto, é também possível aplicar outros dispositivos de rotação e accionamento usuais. A máquina de degolar 13 está montada de forma fixa sobre o porta-ferramentas 26. Na posição de repouso, a máquina de degolar 13 encontra-se fora da área de transporte e acção dos peixes. Através de um dispositivo de comando adequado, a máquina de degolar 13 pode ser movida no transportador contínuo do tambor-recolhedor de 13 peixe. A capa de lâmina 30 está posicionada por debaixo da lâmina circular 29, ou seja, sobre o lado virado para o peixe. Na posição de corte, a capa de lâmina 30 e a lâmina circular 29 estão situadas de forma acutângula em relação ao eixo 20 e, portanto, em relação aos peixes.
As guias 15 posicionadas entre a máquina de degolar 13 e a máquina de cortar as guelras 14 para conduzir e/ou desviar os ossos da cintura escapular antes de se alcançar a máquina de cortar as guelras 14 devem, pelo menos, ser compostas por duas partes e possuir um elemento fixo ou rígido 31 e um elemento móvel 32. O elemento rígido 31 é formado por uma chapa simples e serve para entrar no corte previamente efectuado na goela. O elemento 31 está posicionado de forma tão profunda que encosta imediatamente nos ossos da cintura escapular dos peixes, sendo que o posicionamento do elemento 31 parte do peixe mais pequeno a preparar. O elemento móvel 32 pode ser encaixado sem qualquer fio ao elemento rígido 31, de forma a garantir uma condução contínua dos peixes. O elemento móvel 32 está configurado em forma de L, sendo que um braço 33 fica apoiado no ventre do peixe e um outro braço 34 cobre a extremidade dos ossos da cintura escapular. Por conseguinte, a extremidade dos ossos da cintura escapular 35 é mantida na goela 36 formada pelos braços 33, 34. No exemplo apresentado, o comprimento do braço 34 é de apenas 15 a 20 cm. São também possíveis outros comprimentos. Deve apenas garantir-se que o braço 34 não cubra a zona do ventre, para que a lâmina de cortar as guelras possa ser movida para a posição desejada. Por conseguinte, o comprimento do braço 34 volta a depender do peixe mais pequeno a preparar. 0 elemento móvel 32 pode ser girado em volta de um ponto rotativo e é submetido à força elástica, de forma a poder mover-se para cima através dos ossos da cintura escapular. 14 A máquina de cortar as guelras 14 é formada por uma lâmina circular 37 e por uma capa de lâmina 38 concebida de forma a corresponder à lâmina circular 27. A máquina de cortar as guelras 14 está também fixa ao porta-ferramentas 26 e pode ser movida sobre um transportador continuo 61, também ele determinado de forma experimental, de uma posição de repouso para uma posição de trabalho. Com a máquina de cortar as guelras 14, é possível aplicar a mesma pressão sobre os ossos da cintura escapular do que com os anteriores elementos flexíveis 32, e isto através da capa de lâmina 38. Deste modo, garante-se que os ossos da cintura escapular sejam mantidos fora da zona de corte, para que fiquem intactos. A máquina de descabeçar 16 está fixa no porta-ferramentas 26. A própria máquina de descabeçar 16 está colocada num lugar fixo e possui uma lâmina circular 39 accionável de forma rotativa. À lâmina circular 39 está atribuída uma capa de lâmina correspondente 40 que entra no corte efectuado nas guelras. Garante-se assim a separação da cabeça e do tronco do peixe. À máquina de descabeçar 16 segue-se, no sentido do transporte, a máquina de evisceração 17 que abrange uma foice de evisceração 41 . A foice de evisceração 41 apresenta um cortador 43 no lado interior 42, que se estende até à zona da ponta da foice 44. No entanto, a zona da ponta da foice 44 está configurada de forma truncada. No exemplo apresentado, a ponta da foice 44 possui uma esfera 45. No entanto, podem imaginar-se outras formas truncadas na ponta da foice 44. O cortador 43 possui capas de lâmina 46, 47 em ambos os lados, sendo que as capas 46, 47 estão submetidas à força elástica. Na posição inicial, ou seja, em posição relaxada, as capas de lâmina 46, 47 cobrem o 15 cortador 43. Através de uma pressão sobre as capas de lâmina 46, 47, exercida, por exemplo, pela pele do ventre do peixe, as capas de lâmina 46, 47 podem ser movidas para cima, de modo a que o cortador 43 seja expulso das capas de lâmina 46, 47. Num modelo não apresentado, a foice de evisceração 41 apresenta uns chamados removedores nas partes exteriores. Os removedores estão concebidos em forma de pente e garantem que as vísceras 67 sejam extraídas por completo da cavidade abdominal, por exemplo, quando as vísceras 67 estão ainda unidas ao peixe através de coalescências, de modo a que já só estejam em contacto com o tronco do peixe através das vísceras na zona do ânus. A foice de evisceração 41 está configurada de forma a poder mover-se e girar em volta de um ponto rotativo 48. A foice de evisceração 41 também está submetida a força elástica. 0 ponto rotativo 48 da foice de evisceração 41 encontra-se na zona de um braço oscilante 49 que também está configurado de forma a poder girar em volta de um ponto rotativo 50. Deste modo, garante-se um movimento sobreposto da foice de evisceração 41, nomeadamente um movimento sobre um transportador contínuo e/ou um movimento linear, dado que todo o braço oscilante 49 levanta ou gira em volta do ponto rotativo 50, logo que a foice de evisceração 41 seja bloqueada por uma resistência no seu movimento de rotação. Isto provoca então um movimento linear da ponta da foice 44 .
Numa concepção diferente da foice de evisceração 41 está previsto um dispositivo de corte 62 na zona da ponta da foice 44, nomeadamente atrás da esfera 45. Este dispositivo permite separar o intestino e o ânus. Para este efeito, o dispositivo de corte 62 está configurado de forma circular, como um perfurador em forma de panela, um ferro redondo ou semelhantes, sendo que o dispositivo de corte 62 ou o nível 16 do cortador se encontram o mais possível na vertical em relação à foice de evisceração 41.
Com base nas figuras 17 a 20, será explicada, de seguida, uma máquina de evisceração 17 de modelo diferente.
Este modelo de máquina de evisceração 17 é composto essencialmente por uma foice de evisceração 70 e por uma lâmina circular 71. A foice de evisceração 70 possui um cortador 73 na parte interna 72 que se estende quase até à área da ponta da foice 74. No entanto, a própria área da ponta da foice 74 está configurada de forma truncada. O cortador 73 possui uma capa de lâmina 75 submetida à força elástica. A foice de evisceração 70 está configurada de forma bipartida e apresenta uma peça principal fixa 76 e uma peça móvel na ponta 77. A peça da ponta 77 está configurada de forma a poder girar em volta de um ponto rotativo 78, de modo a que o raio formado pelo cortador 73 se possa quase "abrir" quando é submetido à força elástica. Toda a foice de evisceração 70 é móvel e está posicionada de forma a poder ser rodada ou girada em volta de um ponto rotativo 79. O ponto rotativo 79 encontra-se na área de um braço oscilante 80 que também está configurado de forma a poder girar em volta de um ponto rotativo 81. O braço oscilante 80 é mantido, por norma, numa posição inferior através de uma mola 82 (consultar, p. ex., a figura 17), sendo que, em relação ao ponto rotativo 81, a força da mola actua sobre o braço oscilante 80 no sentido dos ponteiros do relógio.
No eixo 83 sobre o qual a foice de evisceração 70 está posicionada situa-se ainda um prato excêntrico 84 e um braço articulado 85. Graças ao posicionamento sobre o mesmo veio 83, a foice de evisceração 70, o prato excêntrico 84 e 17 o braço articulado 85 deslocam-se de forma síncrona numa posição determinada, em volta do ponto rotativo 79. Na extremidade livre do braço articulado 85 está posicionada a lâmina circular 71 cujo movimento rotativo pode ser accionado por um dispositivo de accionamento não apresentado. Em relação à foice de evisceração 70, o braço articulado 85 ou a lâmina circular 71 estão posicionados de forma a que a lâmina circular 71 se encontre ligeiramente na zona da peça principal 76 da foice de evisceração 70. O prato excêntrico 84 desloca-se sobre uma polia 86 fixa que se encontra, por exemplo, no quadro da máquina. A forma do prato excêntrico está ajustada ao peixe mais pequeno a preparar, podendo este ser substituído conforme a necessidade. O prato excêntrico 84 de um lado e a polia 86 do outro lado estão sempre em contacto, pelo menos, enquanto a foice de evisceração 70 se encontra no interior do tronco do peixe. Por um lado, este contacto garante uma condução exacta da foice de evisceração 70 e, por outro lado, estabiliza toda a máquina de evisceração 17. É conseguido através da mola 82 que, graças a força elástica, permite puxar continuamente o braço oscilante 80 e, logo, o prato excêntrico 84 para baixo, sobre a polia 86. No caso de um desvio da foice de evisceração 70, por exemplo, quando a foice de evisceração embate numa resistência como a parede abdominal, a peça da extremidade 77 é apenas girada em volta do ponto rotativo 78, enquanto a peça principal 76 continua a ser encaminhada ao longo do prato excêntrico 84. Por isso, o grau de liberdade adicional da foice de evisceração 70 está determinada para uma área definida, de forma a que a massa que se move livremente seja diminuta e, logo, insensível a perturbações exteriores. A peça móvel da extremidade 77 da foice de evisceração 70 apresenta um braço de alavanca 87 que está unido com a peça 18 principal 76 através de uma mola 89. A mola 89 permite manter a peça da extremidade 77 sobre o braço da alavanca 87, na posição apresentada na figura 17. Nesta posição, o cortador 73 descreve um ligeiro raio. Ao esforçar a ponta da foice de evisceração 74 no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio (tendo como referência o ponto rotativo 78), a mola expande enquanto o raio "abre". Mal o esforço diminui, a mola 89 permite puxar novamente a peça da extremidade 77 para a sua posição inicial. Outra mola 88 está tensionada entre o braço de alavanca 87 e a capa de lâmina 75, num chamado sistema "fechado". A mola 88 faz com que, em caso de desvio da peça de extremidade 77, a capa de lâmina 75 se mova de forma síncrona, ou seja, paralelamente à peça da extremidade 77, ou se movimente com ela. A mola 88 é tensionada apenas quando existe esforço sobre a capa de lâmina 75, por exemplo, no início do corte de evisceração. Mal o esforço diminui, a mola 88 volta a puxar a capa de lâmina 75 para a frente do cortador 73.
Tal como a foice de evisceração 41, a foice de evisceração 70 pode também possuir um dispositivo de corte adicional 90 na zona da ponta da foice 74, para separar a união entre o intestino e o ânus. A ponta da foice 74 truncada pode também estar configurada com uma esfera 91 ou outras formas truncadas.
Na posição mais baixa do tambor-recolhedor de peixe 12 estão situados dispositivos para remover as vísceras, nomeadamente a máquina de eviscerar 19. A máquina de eviscerar 19 possui portinholas rotativas, nomeadamente as chamadas patilhas 51. No exemplo apresentado, existem duas patilhas 51 deslocadas em 180° que podem rodadas em volta de um eixo 52. No entanto, é possível qualquer outra quantidade de patilhas 51, distribuídas uniformemente em volta do eixo 52. Adicionalmente, está previsto um contra- 19 apoio 53, para que as vísceras possam ser apertadas entre uma das patilhas 51 e o contra-apoio 53. 0 contra-apoio 53 está submetido a força magnética e a força elástica. A força elástica e/ou a força magnética permitem ajustar a força de aperto entre as patilhas 51 por um lado, e o contra-apoio por outro lado.
De seguida, explica-se o modo de funcionamento ou o processo de um evisceração de peixe com o dispositivo descrito:
Os peixes são transportados para a área do dispositivo 10 sobre um sistema de escoamento de produtos 63. Um operador retira os peixes um a um do sistema de escoamento de produtos 63 e coloca cada peixe no apoio para peixe 11 previsto para este efeito no tambor-recolhedor de peixe 12. Na posição de introdução, a abertura para inserção do apoio para peixe 11 deve apontar para o operador. Quando o peixe é introduzido, o operador deve ver o dorso do peixe a apontar para a frente e a cabeça deve estar posicionada do lado direito no apoio para peixe 11 fixo e aberto do tambor-recolhedor de peixe 12. Ao ser introduzido, o peixe e as barbatanas peitorais 64 laterais são pressionados contra batentes no sentido da cauda, os chamados apoios para barbatanas peitorais 24, de forma a que o peixe fique posicionado no seu comprimento. Durante a introdução do peixe, o dispositivo de aperto do tronco 25 está aberto na posição máxima. Isto significa que os mordentes laterais de um lado e o apoio do dorso do outro estão na posição mais afastada. Assim, o peixe só é segurado pelos apoios para barbatanas peitorais 24 e, ao mesmo tempo, a cabeça do peixe assenta de forma solta, sem aperto no apoio para cabeça 22. Durante o deslocamento do tambor-recolhedor de peixe 12 para a posição de degolar, na qual o peixe está orientado para cima, com o seu ventre quase na vertical, os 20 mordentes laterais do dispositivo de aperto do tronco 25 sobrepõem-se. O movimento dos mordentes laterais obriga o apoio do dorso a levantar. Graças a este movimento síncrono dos mordentes laterais por um lado, e ao apoio do dorso por outro lado, a espinha central do peixe fica mais ou menos à mesma altura, independentemente do tamanho do peixe. Os mordentes laterais continuam a sobrepor-se até o peixe estar fixo.
Mal o tambor-recolhedor de peixe 12 tenha alcançado a posição de trabalho, imobiliza-se para que o corte seja efectuado na goela do peixe inerte. Para o efeito, a máquina de degolar 13 ou a lâmina circular 29 com a capa de lâmina 30 desloca-se para baixo. Nessa ocasião, a máquina de degolar 13 move-se sobre um transportador contínuo 60 determinado de forma experimental, sendo que o transportador contínuo 60 é escolhido de modo a que seja possível preparar peixes de diferentes tamanhos, preferencialmente entre 35 e 90 cm, sem ajuste da máquina ou reequipamento. De seguida, o transportador contínuo 60 coloca primeiro a capa de lâmina 30 sobre o peixe e pressiona a cabeça do peixe em volta da aresta fixa do apoio do dorso. O apoio para cabeça 22 concebido de forma elástica cede e é também pressionado para baixo. A seguir, a capa de lâmina 30 agarra o peixe pelo exterior, ou seja, na ponte de união 65 entre a extremidade dos ossos da cintura escapular 35 e o ponto de união 66 das guelras (consultar a figura 16) . Deste modo, a pele diante da extremidade dos ossos da cintura escapular 35, ou seja, a área virada para a lâmina circular 29, é esticada, de modo a que possa ser efectuado o corte na goela sem danificar a extremidade dos ossos no pescoço 35 e sem que permaneçam restos de guelras no osso da cintura escapular. Durante o corte na goela, o arco branquial é repelido através da capa de lâmina 30, ou seja, é mantido fora da área de corte ou 21 de acção da lâmina circular 29.
Através do processo inventado, a máquina de degolar 13 ou a lâmina circular 29 procura o ponto ideal para o corte na goela, estando este processo optimizado para peixes de comprimento entre os cerca de 35 e 90 cm. Logo que a lâmina circular 29, que toca na pela esticada em ângulo quase recto, tenha efectuada o primeiro corte no peixe, o dispositivo de aperto da cabeça 28 desloca-se para baixo e aperta a cabeça entre o apoio para cabeça 22 e o dispositivo de aperto da cabeça 28. A par da fixação, efectua-se um alinhamento/posicionamento da cabeça, em função da forma do apoio para cabeça 22 e do dispositivo de aperto da cabeça 28. O corte na goela ou a profundidade do corte na goela está definida e é igual independentemente do tamanho do peixe. A profundidade do corte é determinada em função do peixe mais pequeno a preparar. Por outras palavras, isto significa que quanto maior for o peixe, mais profundo será o corte na goela. O transportador contínuo 60 sobre o qual a máquina de degolar 13 e, assim, a lâmina circular 29 se move está o mais afastado possível da extremidade dos ossos da cintura escapular 35. A vantagem disto é o facto de as tolerâncias que os ossos da cintura escapular apresentam em termos de comprimento, mesmo dentro de uma faixa de tamanho de peixe, poderem não ser consideradas ou de todas as tolerâncias se situarem diante do transportador contínuo 60, de modo a que a extremidade dos ossos da cintura escapular não sofra, de certeza, danos.
Após o corte na goela, a máquina de degolar 13 volta para a sua posição inicial, a posição que liberta o peixe. Só então é que o tambor-recolhedor de peixe 12 roda cerca de 45° para a posição de trabalho seguinte. Durante o 22 movimento do tambor-recolhedor de peixe 12 na zona da máquina de cortar as guelras 14, a guia 15 entra no corte na goela, primeiro com o elemento rigido 31 e, então, com o elemento móvel 32. Nessa ocasião, as extremidades dos ossos da cintura escapular 35 ficam quase desfiadas e pressionadas no sentido da cauda ou para fora da sua posição inicial, de tal forma que a posição do próprio peixe permanece inalterada devido ao dispositivo de aperto do tronco 25. 0 elemento fixo e rigido 31 permite apenas alinhar e pré-posicionar os ossos da cintura escapular. 0 elemento móvel 32 apoiado de forma rotativa garante que peixes de diferentes tamanhos e, logo, com ossos da cintura escapular ou respectivas extremidades 35 posicionados de forma diferente, sejam levados para uma determinada posição. No entanto, ao mesmo tempo, deve garantir-se que a área entre a extremidade dos ossos da cintura escapular 35 e a espinha central esteja o mais livre possível, ou seja, que não seja coberta pela guia 15 ou pelo braço 34 do elemento móvel 32. Dado que o osso da cintura escapular ou a extremidade dos ossos da cintura escapular 35 desviam o elemento móvel 32 para cima, a área para o corte nas guelras fica suficientemente livre. Por outras palavras, o osso da cintura escapular transporta o elemento móvel 32, de forma a que, com um peixe grande, o elemento 32 seja desviado ainda mais para cima do que com um peixe pequeno. No entanto, é importante que o elemento 32 proteja a extremidade dos ossos da cintura escapular 35 por um lado e mantenha a área de corte livre, por outro lado. Deste modo, garante-se que a lâmina circular 37 chegue à membrana que está unida ao fígado. Pois, se a membrana não puder ser solta do tronco do peixe, será difícil retirar as vísceras num momento posterior. 23
Logo que o tambor-recolhedor de peixe 12 se encontre em posição de repouso, a máquina de cortar as guelras 14 desloca-se sobre um transportador continuo 61, também ele experimental. Nessa ocasião, a lâmina circular 37 coberta pela capa de lâmina 38 move-se ao longo do osso da cintura escapular,m de modo a que a capa de lâmina 38 se desloque de forma dura ao longo do osso da cintura escapular. A lâmina circular 37 com a capa de lâmina 38 mergulha então na zona entre o osso da pescoço e a espinha central, por debaixo do elemento móvel 32 ou por debaixo do braço 34. Este corte permite primeiro cortar a membrana, e então as guelras. Para garantir que as guelras também seja separadas por completo, a máquina de cortar as guelras 14 imobiliza-se no ponto mais baixo do transportador continuo 61, sendo que o tambor-recolhedor de peixe 12 já passa para a posição de trabalho seguinte. A posição imobilizada da máquina de cortar as guelras 14 no ponto mais inferior está ligeiramente desfasada de forma lateral em relação à linha central do peixe. Nesta posição atrás da espinha central, quando visto no sentido do transporte, a máquina de cortar as guelras 14 imobiliza-se no ponto mais inferior do transportador contínuo 61, no entanto com a lâmina circular 37 em rotação. 0 movimento do peixe provocado pela lâmina circular 37 fixa, mas em rotação, permite obter uma linha de corte quase linear, de modo a que as guelras sejam separadas também nas áreas laterais. Antes de o peixe seguinte alcançar a máquina de cortar as guelras 14, esta move-se novamente para a sua posição inicial, fora da área de transporte ou acçâo da tambor-recolhedor de peixe 12.
Com o movimento do peixe da máquina de cortar as guelras 14 para a máquina de descabeçar 16 no tambor-recolhedor de peixe 12, inicia-se o descabeçar do peixe. Para este efeito, uma guia entra no nível do corte nas guelras. Esta guia passa para a capa de lâmina 40 da lâmina circular 39 24 que continua a condução. Durante o movimento do peixe pela lâmina circular 39 fixa, mas em rotação, a cabeça é totalmente solta do tronco, e isto antes de o tambor-recolhedor de peixe 12 ter alcançado a posição de imobilização seguinte na máquina de evisceração 17. Dado que a cabeça e o tronco estão fixos para que não seja possível nenhum deslocamento de uma das partes, a linha de corte é definida. Após a separação, a cabeça pode ser movida para a posição desejada depois de se abrir o dispositivo de aperto da cabeça 28. Durante a fase de imobilização do tambor-recolhedor de peixe 12 na zona da lâmina circular 39, o que é provocado pelo sistema (movimento intermitente) , a lâmina 39 roda sem função no corte já efectuado para o descabeçar. 0 percurso do tambor-recolhedor de peixe 12 da máquina de descabeçar 16 para a máquina de evisceração 17 faz-se também sem função. Durante a evisceração dos peixes na zona da máquina de evisceração 17, o tambor-recolhedor de peixe 12 está imobilizado. Logo que é alcançada a posição de imobilização, novamente desfasada cerca de 45° em relação à posição de descabeçar, a foice de evisceração 41 e a sua ponta 44 entram na cavidade abdominal aberta entre os ossos da cintura escapular, pelo lado da cabeça. Mal a ponta da foice 44 esteja mergulhada na cavidade abdominal, toda a foice de evisceração 41 desce, de modo a que a ponta da foice 44 assente no lado interno da parede abdominal do peixe. Devido à posição já descrita anteriormente da foice de evisceração 41, esta move-se por rotação, primeiro no sentido longitudinal, ou seja, no sentido da cauda do peixe. Nessa ocasião, todo o braço 49 move-se em volta do ponto rotativo 50, no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio. Portanto, através da elevação da foice de evisceração 41, o movimento rotacional desta última é transformado num movimento linear, pelo menos na zona da 25 ponta da foice 44. Nessa ocasião, o prato excêntrico através do qual a foice de evisceração 41 é normalmente conduzida, abandona a polia correspondente, para que a foice de evisceração 41 ou toda a máquina de evisceração 17, incluindo o braço 49 se possa mover livremente, pelo menos, de vez em quando, durante o movimento linear da ponta da foice 44. 0 desvio da foice de evisceração 41 aumenta se o peixe a preparar for maior. A ponta da foice 44 escorrega/entra quase em contacto com a parede abdominal no sentido da abertura do ânus. Logo que a esfera 45 na ponta da foice 44 tenha alcançado o ânus, a foice de evisceração 41 embate de dentro para fora na parede abdominal ou no ânus. Com a continuação da rotação da foice de evisceração 41, o cortador 43 no lado interior 42 da foice de evisceração 41 começa a cortar a parede abdominal, desde a cabeça até ao ânus. Para o caso de estarem posicionados dispositivos adicionais 62 imediatamente atrás da esfera 45, o elemento de união entre o intestino e o ânus é separado antes do corte do ventre propriamente dito, de forma a que a união entre o intestino e o tronco do peixe fique interrompida.
No entanto, o corte imediato da parede abdominal é primeiro impedido pelas capas de lâmina 46, 47 situadas de ambos os lados do cortador 43. 0 cortador 43 só é libertado quando a pele do ventre tiver desviado para cima as capas de lâmina 46, 47 elásticas e giratórias. A pele do ventre é esticada através da pressão das capas de lâmina 46, 47 sobre a pele. Por conseguinte, esta pressão provoca uma centragem dos peixes e, em particular, da parede abdominal, de forma a que o corte de evisceração seja efectuado de forma central ou simétrica. Agora, as visceras 67 caem da cavidade abdominal aberta, devido ao seu peso. Para o caso de as vísceras 67 permanecerem na cavidade abdominal devido a 26 coalescências, os removedores nas partes exteriores da foice de evisceração 41 permitem que as visceras 67 saiam pela parede abdominal aberta.
No modelo de apresentação descrito nas figuras 17 a 20 da máquina de evisceração 17, a foice de evisceração 70 e a ponta da foice 74 entram na cavidade abdominal aberta entre os ossos da cintura escapular pelo lado da cabeça. Através da rotação da foice de evisceração 70 no sentido dos ponteiros do relógio, em volta do ponto rotativo 79, a ponta da foice 74 baixa e assenta na parte interna da parede abdominal do peixe. O ponto em que a ponta da foice 74 entra em contacto com a parede abdominal está definido pela forma curva do prato excêntrico 84. Garante-se sempre que a ponta da foice 74 assente diante do ânus ou da abertura do ânus sobre a parede abdominal. Depois de a ponta da foice 74 assentar, a foice de evisceração 70 continua a mover-se em volta do ponto rotativo 79, enquanto a ponta da foice 74 se move, essencialmente, no sentido linear. A resistência da parede abdominal provoca novamente uma transformação da rotação num movimento linear. No entanto, neste modelo de apresentação, o braço 80 não gira por inteiro em volta do ponto rotativo 81; só a peça da extremidade 77 gira em volta do ponto rotativo 78. O grau de liberdade da foice de evisceração 70 limita-se portanto apenas a uma área limitada. Por outras palavras, isto significa que apenas a peça da extremidade 77 da foice de evisceração 70 é girada em volta do ponto rotativo 78 ou desviada, em função do tamanho do peixe, enquanto a peça principal 76 continua a executar um determinado movimento de rotação ao longo do prato excêntrico 84.
Logo que o esforço sobre a peça da extremidade 77 diminua, ou porque a ponta da foice 74 entrou pelo ânus, ou porque a ponta da foice 74 saiu atrás do ânus através da ou parede 27 abdominal (e, logo, porque a contra-pressão criada pela parede abdominal deixar de existir), a mola 89 faz com que a peça da extremidade 77 se mova de volta para a sua posição inicial. Para o caso de a foice de evisceração 70 só sair da parede abdominal atrás do ânus, por exemplo, no caso do salmão com parede abdominal estável, está previsto um batente 92 que limita o desvio da peça da extremidade 77, ou seja, a "abertura" do raio, através do embate do braço da alavanca 87 contra o batente 92. Logo que a peça da extremidade 77 embater no batente 92, a ponta da foice 77 volta a seguir o movimento rotativo da peça principal 76. A posição ou configuração do batente 92 depende da posição de saída desejada da foice de evisceração 70 e é variável. O batente 92 garante que a foice de evisceração 70 saia sempre da parede abdominal.
Através de uma nova rotação da foice de evisceração 70, o cortador 73 começa a cortar a parede abdominal no sentido da cabeça, a partir da parte traseira, de dentro para fora. No entanto, o corte imediato da parede abdominal é impedido pela capa de lâmina 75 situada de ambos os lados. O cortador 73 só é libertado quando a parede abdominal tiver desviado para cima as capas de lâmina 75 elásticas e giratórias. Nessa ocasião, a mola 88 é tensionada. Os efeitos provocados pela capa de lâmina 75 já foram explicados no primeiro modelo de apresentação da máquina de evisceração 17. Após o corte no ventre, quando a pressão sobre a capa de lâmina 75 diminui, a mola 88 faz com que a capa de lâmina 75 seja puxada novamente para baixo, ou seja, diante do cortador 73.
Devido à rotação contínua da foice de evisceração 70 em volta do ponto rotativo 79 e em função do tamanho do peixe a preparar, a lâmina circular 71 entra finalmente em acção e abre a parede abdominal por completo. No caso de peixes 28 mais pequenos, a parede abdominal já é separada por completo ou aberta pelo cortador 73. No caso de peixes maiores, pode permanecer uma pequena ponte entre o ânus e a abertura da cavidade abdominal, que então é separada de forma fiável pela lâmina circular 71, para que as vísceras ainda restantes na cavidade abdominal possam ficar penduradas para fora do tronco do peixe. 0 percurso do tambor-recolhedor de peixe 12 da máquina de evisceração 17 para a máquina de eviscerar 19 desviado em cerca de 45° faz-se sem função. Na zona da máquina de eviscerar 19, o peixe permanece então na horizontal, com a cavidade abdominal aberta apontada para baixo.
As patilhas 51 situadas por debaixo do tambor-recolhedor de peixe 12 rodam de forma contínua. As patilhas 51 recolhem as vísceras 67 penduradas e apertam-nas entre elas e o contra-apoio 53. Para este efeito, o contra-apoio 53 está submetido a uma força magnética. Isto significa que a força de aperto torna-se menor à medida que o afastamento entre a patilha 51 e o contra-apoio 53 vai aumentando, até ficar totalmente anulada a partir de um determinado afastamento. Deste modo, garante-se que corpos estranhos presos entre a patilha 51 e o contra-apoio 53 não provoquem danos na máquina ou uma avaria. Adicionalmente, o contra-apoio 53 está submetido a força elástica, sendo que a força da mola serve apenas para puxar o contra-apoio 53 para trás, para a posição de aperto propriamente dita, caso a força magnética seja vencida. 0 movimento rotativo das patilhas 51, combinado com o dispositivo de aperto permite que as vísceras 67 que apenas estão unidas ao tronco através da tripa no ânus sejam extraídas em bloco da cavidade abdominal. As vísceras 67 soltas da cavidade abdominal através da força de tracção 29 são recolhidas num recipiente e transportadas para fora. Ao rodar o tambor-recolhedor de peixe 12 para a posição seguinte, o dispositivo de aperto do tronco 25 abre-se, de forma a que os troncos sejam libertados e caiam para fora do apoio para peixe 11. Os troncos são assim recolhidos e escoados.
Continua a ser possível excluir etapas de trabalho individuais, principalmente, o descabeçar, por exemplo, através da desmontagem de máquinas individuais, como a máquina de descabeçar 16. Também o degolar pode ser excluído através da desmontagem da máquina de degolar 13. 0 processo ou as etapas de trabalho individuais definem-se em função das necessidades. Por norma, a preparação dos peixes faz-se de forma paralela nas etapas de preparação individuais, de forma a que os períodos de imobilização nas etapas de preparação individuais possam ser aproveitados de modo particularmente efectivo. 30
REFERÊNCIAS CITADAS NA DESCRIÇÃO
Esta lista de referências citadas pelo requerente destina-se apenas à conveniência do leitor. Não constitui parte do documento de patente Europeia. Mesmo tendo tomado um enorme cuidado na compilação das referências, não podem ser excluídos erros ou omissões, pelo que o EPO renuncia a todas as responsabilidades que daí possam advir.
Documentos de patente citados na descrição • GB 1048149 A [0006] [0006]
Lisboa, 14/11/2007
Claims (62)
1 REIVINDICAÇÕES 1. Dispositivo para o abate de peixe, especialmente peixe branco, englobando, no mínimo um suporte de peixe (11) para posicionar e receber os peixes, um dispositivo para degolar (13) para cortar a goela como preparação para o corte das guelras, um dispositivo para cortar as guelras (14), para cortar por completo as guelras, um aparelho de evisceração (17) para abrir a cavidade abdominal, um dispositivo de corte das vísceras (19) para soltar as vísceras para fora da cavidade abdominal e um tambor de recepção dos peixes (12) rotativo, através do qual os peixes são movidos para cada uma das estações de trabalho, em que o tambor de suporte de peixe (12), que é accionado de modo intermitente, pode ser girado em torno de um eixo horizontal (20), caracterizado pelo facto de os peixes serem movidos transversalmente ao seu eixo longitudinal, numa órbita circular, essencialmente vertical, em que o suporte de peixe (11) inclui os suportes das barbatanas peitorais (24) para posicionar o peixe e um dispositivo de fixação do corpo (25) para fixar os corpos dos peixes e, para além de cada suporte do peixe (11), está ainda munido com uma base para a cabeça (22) e um dispositivo de fixação da cabeça (28), e a base para a cabeça que está sob tensão por meio de uma mola (22) poder ser girada em torno de um ponto de rotação (27).
2. Dispositivo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de existir adicionalmente uma máquina de descabeçar (16) que serve para separar a cabeça do corpo.
3. Dispositivo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de a base para cabeça (22) 2 estar configurada de forma móvel.
4. Dispositivo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto do dispositivo de fixação da cabeça (28) ser controlado por excêntrico.
5. Dispositivo de acordo com a reivindicação 1 ou 4, caracterizado pelo facto do dispositivo de fixação da cabeça (28) estar sob tensão por meio de uma mola e poder ser girado em torno de um ponto de rotação.
6. Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 1 até 5, caracterizado pelo facto do dispositivo para degolar (13) incluir uma lâmina circular (29) com correspondente cobertura da lâmina (30) .
7. Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 1 até 6, caracterizado pelo facto do dispositivo para degolar (13) ou a lâmina circular (29) poderem ser movidos numa órbita circular (60).
8. Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 1 até 7, caracterizado pelo facto de entre o dispositivo para degolar (13) e o dispositivo para cortar as guelras (14) existirem meios para posicionar os ossos da cintura escapular.
9. Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 1 até 8, caracterizado pelo facto do dispositivo para cortar as guelras (14) incluir uma lâmina circular (37) com correspondente cobertura de lâmina (38).
10. Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 1 até 9, caracterizado pelo facto do dispositivo para cortar as guelras (14) ou a lâmina circular (37) 3 poderem ser movidos numa órbita circular (61).
11. Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 1 até 10, caracterizado pelo facto de se poder posicionar os ossos da cintura escapular imediatamente à frente do dispositivo para cortar as guelras, por meio do dispositivo para cortar as guelras (14) ou por meio de uma guia (15).
12. Dispositivo de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo facto de o dispositivo de descabeçar (16) incluir uma lâmina circular (39) fixa, com uma respectiva cobertura de lâmina (40).
13. Dispositivo de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo facto de a lâmina circular (39) poder ser accionada de forma rotativa.
14. Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 1 até 13, caracterizado pelo facto do aparelho de corte (17) incluir uma foice (41, 70).
15. Dispositivo de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo facto da foice (41, 70), na sua ponta (44, 74), ser romba, em particular com uma forma esférica.
16. Dispositivo de acordo com a reivindicação 14 ou 15, caracterizado pelo facto da foice (41, 70), no seu lado interior (42, 72), ser afiada, sendo que o lado cortante da foice (43, 73) é coberto por uma cobertura de lâmina (75; 4 6, 47) .
17. Dispositivo de acordo com a reivindicação 16, caracterizado pelo facto da cobertura de lâmina (75; 4 46, 47) estar sob tensão por meio de uma mola.
18. Dispositivo de acordo com a reivindicação 16 e 17, caracterizado pelo facto da cobertura de lâmina (75; 46, 47) estar posicionada de ambos os lados da lâmina (43, 73).
19. Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 14 até 18, caracterizado pelo facto da foice (41, 70) apresentar extractores nos seus lados exteriores.
20. Dispositivo de acordo com a reivindicação 15, caracterizado pelo facto de na zona por trás da ponta da foice (44, 74) estarem previstos meios de corte (62, 90) adicionais.
21. Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 14 até 20, caracterizado pelo facto da foice (41, 70) ter uma configuração móvel, podendo ser baixada.
22. Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 14 até 21, caracterizado pelo facto da foice (41, 70) ter, adicionalmente, uma configuração rotativa em torno do ponto de rotação (48, 79).
23. Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 14 até 22, caracterizado pelo facto da foice (41, 70) estar posicionada num braço de oscilante (49, 80), girável em torno de um ponto de rotação (50, 81).
24. Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 14 até 23, caracterizado pelo facto do aparelho de corte (17), para além da foice (70) incluir também uma lâmina circular (71). 5
25. Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 14 até 24, caracterizado pelo facto da foice (70) se encontrar dividida em duas partes e ser constituída por uma parte principal (76) e uma parte da ponta (77) .
26. Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 14 até 25, caracterizado pelo facto da foice (70) estar localizada num veio (83) .
27. Dispositivo de acordo com a reivindicação 26, caracterizado pelo facto de no veio (83) estar localizado adicionalmente um disco excêntrico (84) e um braço oscilante (85) .
28. Dispositivo de acordo com a reivindicação 27, caracterizado pelo facto de, correspondentemente ao disco excêntrico (84), estar prevista uma polia (86), onde o disco excêntrico (84) pode rolar, estando a polia (86) disposta de modo fixo.
29. Dispositivo de acordo com a reivindicação 27 ou 28, caracterizado pelo facto da foice (70), durante o movimento de rotação, seguir uma curva fixa, correspondente ao disco excêntrico (84).
30. Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 25 até 29, caracterizado pelo facto de pelo menos a parte da ponta (77) da foice (79) estar sob tensão por meio de uma mola e poder ser girada ou deflectida em torno de um ponto de rotação (78). Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 25 até 30, caracterizado pelo facto da parte da ponta (77) possuir um batente (92).
31. 6
32. Dispositivo de acordo com a reivindicação 31, caracterizado pelo facto da parte da ponta (77)possuir um braço de alavanca (87) , que actua em conjunto com o batente (92).
33. Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 27 até 32, caracterizado pelo facto de a lâmina circular (71) estar localizada na extremidade livre do braço oscilante (85) .
34. Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 1 até 33, caracterizado pelo facto de na posição inferior do tambor de suporte de peixes (12), nomeadamente por trás do aparelho de corte (17), no sentido de transporte, estarem localizados meios para retirar as vísceras (67).
35. Dispositivo de acordo com a reivindicação 34, caracterizado pelo facto dos meios incluírem abas móveis e um contra-apoio (53).
36. Dispositivo de acordo com a reivindicação 35, caracterizado pelo facto do contra-apoio (53) estar em tensão por meio de um magneto e por meio de uma mola.
37. Procedimento para a evisceração de peixes, em especial, de peixe branco, englobando os seguintes passos: - colocação do peixe no suporte de peixe (11) de um tambor de suporte de peixes (12), - degola do peixes como preparação para o corte das guelras por meio de um dispositivo para degolar (13), - corte completo das guelras por meio de um dispositivo 7 para cortar as guelras (14), - abertura da cavidade abdominal por meio de um aparelho de corte (17), - separação das vísceras por meio de um dispositivo de corte das vísceras (19), - em que os peixes são deslocados com o tambor de suporte de peixes (12), que gira em torno de um eixo horizontal (20), de modo a que os peixes sejam movidos numa órbita circular, essencialmente, vertical, de forma sucessiva e intermitente, para cada uma das estações de trabalho individuais, caracterizado pelo facto de os peixes - serem transportados transversalmente ao seu eixo longitudinal, - serem posicionados por meio das suas barbatanas peitorais, - serem fixos na zona do corpo, - serem apoiados adicionalmente na cabeça nos suportes de peixe (11) do tambor de suporte de peixes (12) , sendo que -a cabeça é fixada numa base para a cabeça (22) .
38. Procedimento de acordo com a reivindicação 37, caracterizado pelo facto do corte da goela ser efectuado pelo lado de fora, de tal modo que, o dispositivo para degolar (13) é aplicado pelo lado de fora no peixe.
39. Procedimento de acordo com uma das reivindicações 37 até 38, caracterizado pelo facto da cabeça e a nervura (65), entre a ponta dos ossos da cintura escapular (35) e o ponto de união (66) das guelras, serem pressionadas para baixo antes da degola, de modo a que a pele na região da ponta dos ossos da cintura escapular (35) seja esticada. 8
40. Procedimento de acordo com uma das reivindicações 37 até 39, caracterizado pelo facto do dispositivo para degolar (13), após a degola, se mover para a sua posição original, para que o tambor de suporte de peixes possa continuar a ser deslocado.
41. Procedimento de acordo com uma das reivindicações 37 até 40, caracterizado pelo facto de, durante o movimento do peixe, desde o dispositivo para degolar (13) até ao dispositivo para cortar as guelras (14), intervir uma guia (15) no corte da goela, a qual pressiona os ossos da cintura escapular numa posição precisa.
42. Procedimento de acordo com uma das reivindicações 37 até 41, caracterizado pelo facto do dispositivo para cortar as guelras (14), seguindo uma órbita circular, cortar primeiro a membrana entre a ponta dos ossos da cintura escapular e só depois cortar as guelras.
43. Procedimento de acordo com uma das reivindicações 37 até 42, caracterizado pelo facto do dispositivo para cortar as guelras (14) permanecer numa posição inferior da órbita circular (61), enquanto o tambor de suporte de peixes (12) se continua a mover em direcção ao dispositivo de descabeçar (16).
44. Procedimento de acordo com uma das reivindicações 37 até 43, caracterizado pelo facto do dispositivo para cortar as guelras (14) ser movido para a sua posição original, antes de chegar o próximo peixe para cortar as guelras. 9
45. Procedimento de acordo com uma das reivindicações 37 até 44, caracterizado pelo facto de a cabeça dos peixes ser cortada por meio de um dispositivo de descabeçar (16), após o corte das guelras.
46. Procedimento de acordo a reivindicação 45, caracterizado pelo facto de, durante o movimento do peixe, desde o dispositivo para cortar as guelras (14) até ao dispositivo de descabeçar (16) , intervir uma guia no corte das guelras.
47. Procedimento de acordo com a reivindicação 45 ou 46, caracterizado pelo facto de o peixe, a fim de lhe ser cortada a cabeça, ser movido por meio de uma lâmina circular (39) rotativa, disposta de modo estacionário.
48. Procedimento de acordo com uma das reivindicações 37 até 47, caracterizado pelo facto da cavidade abdominal ser aberta por meio de uma foice (41, 70), sendo o corte efectuado de dentro para fora.
49. Procedimento de acordo com uma das reivindicações 37 até 48, caracterizado pelo facto da abertura da cavidade abdominal ser efectuada pelo lado de trás, ou seja, do rabo para a frente, isto é, em direcção à cabeça.
50. Procedimento de acordo com uma das reivindicações 37 até 49, caracterizado pelo facto da foice (41, 70) afundar pelo lado da cabeça na cavidade abdominal, a qual foi aberta entre os ossos da cintura escapular.
51. Procedimento de acordo com uma das reivindicações 37 até 50, caracterizado pelo facto da foice (41, 70) 10 ser baixada após penetrar na cavidade abdominal, de modo a ficar encostada à parte interna da cavidade abdominal.
52. Procedimento de acordo com a reivindicação 51, caracterizado pelo facto da foice (41, 70), ao prosseguir a rotação, pelo menos em parte, ser movida, essencialmente, de forma linear.
53. Procedimento de acordo com a reivindicação 52, caracterizado pelo facto da foice (70) apenas ser deflectida na zona da ponta (74).
54 . Procedimento de acordo com uma das reivindicações 37 até 53, caracterizado pelo facto da foice (41, 70) ser movida, com a ponta (44, 74) primeiro, em direcção ao ânus ou, para além deste, em direcção ao rabo.
55. Procedimento de acordo com uma das reivindicações 37 até 54, caracterizado pelo facto da foice (41, 70), na zona do ânus ou posteriormente a este, trespassar a pele abdominal, de dentro para fora.
56. Procedimento de acordo com uma das reivindicações 37 até 55, caracterizado pelo facto da foice (41, 70), ao prosseguir a rotação, cortar a parede abdominal.
57. Procedimento de acordo com uma das reivindicações 37 até 56, caracterizado pelo facto da pele abdominal, na zona da abertura da cavidade abdominal, ser finalmente cortada definitivamente por meio de uma lâmina circular (71) .
58. Procedimento de acordo com uma das reivindicações 37 até 57, caracterizado pelo facto de, após o corte 11 da pele abdominal, se separarem as vísceras (67), de tal modo que estas já só fiquem liqadas ao peixe através da tripa na zona do ânus.
59. Procedimento de acordo com uma das reivindicações 37 até 58, caracterizado pelo facto das vísceras (67) serem soltas em conjunto, como um bloco, do corpo do peixe.
60. Procedimento de acordo com uma das reivindicações 37 até 59, caracterizado pelo facto das vísceras (67) serem apanhadas e puxadas por meio de um movimento/força de puxão.
61. Procedimento de acordo com uma das reivindicações 37 até 60, caracterizado pelo facto da cabeça e/ou o corpo do peixe poderem ser descarregados em qualquer posição do tambor de suporte de peixes (12).
62. Procedimento de acordo com uma das reivindicações 37 até 61, caracterizado pelo facto dos peixes serem trabalhados em paralelo nas respectivas estações de trabalho (13, 14, 16, 17, 19) . Lisboa, 14/11/2007
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