BRPI0920558B1 - película para uso em uma cavidade oral - Google Patents

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Stewart Gibson Alan
Kirsten Burwell Anora
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Novamin Tech Inc
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Description

“PELÍCULA PARA USO EM UMA CAVIDADE ORAL” CAMPO DA INVENÇÃO
A presente invenção diz respeito a uma película e a um método de uso de uma película para remineralização dos dentes. Mais particularmente, a presente invenção diz respeito a uma película compreendendo um vidro bioativo e um polímero solúvel em água, e a um método de uso de uma tal película para remineralização dos dentes. FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO É bem conhecido o fato de que a estrutura dos dentes compreende uma camada interna de dentina e ma camada externa de esmalte duro que serve para proteger o dente. A camada de esmalte é composta de cristais minerais densos de hidroxiapatita de cálcio; na forma de grandes cristais de “esmalte prismático” circundados pelos cristais menores que preenchem os espaços “interprismáticos”. A fórmula da hidroxiapatita de cálcio é nominalmente CasfPQOsOH. A dentina, entretanto, é composta tanto de hidroxiapatita quanto de proteínas estruturais que resultem em uma estrutura muito mais macia e menos densa do que o esmalte, e que é muito mais fácil de danificar-se. A estrutura da dentina também consiste em poros ou “túbulos” que criam aberturas da superfície dos dentes que se desenvolvem para baixo dentro da cavidade da polpa dos dentes na qual o nervo dos dentes se acha localizado. Normalmente esta estrutura da dentina porosa mais macia é coberta pela camada de esmalte mais densa, ou pelo tecido gengival macio, o qual protege o nervo dos estímulos externos. A hipersensibilidade dos dentes acha-se associada com a exposição destes túbulos, através da perda da camada de esmalte protetora ou da recessão das gengivas, que tende a aumentar com a idade. A recessão das gengivas pode também ser causada pelo excesso de escovação, bem como por doença periodontal. A perda do esmalte pode ocorrer como um resultado da erosão ácida dos alimentos ácidos ou das bactérias cariogênicas e da abrasão do excesso de escovação ou de outros efeitos mecânicos. Os desgastes dos aparelhos ortodônticos são também suscetíveis da perda do esmalte dos dentes, levando a lesões de pontos brancos. A desmineralização do esmalte dos dentes tende a revelar os túbulos. Os túbulos dentinais se acham naturalmente presentes no esmalte e eles incluem um fluxo osmótico de líquido entre a região da polpa interna dos dentes e das superfícies das raízes externas. Entretanto, quando a desmineralização da camada de esmalte ocorre, estes túbulos tendem a tomar-se expostos. Quando calor, frio ou pressão são aplicados, os fluidos tendem a obter acesso direto aos nervos dos dentes, causando dor. É possível aliviar esta condição mediante o revestimento dos dentes dom vernizes, lacas etc, porém isto tende a ser um remédio de curto prazo, uma vez que as lacas se tomam rapidamente desgastadas.
Os vidros bioativos, sozinhos ou incorporados nas composições de cuidados orais, são conhecidos para remineralizar os dentes. Quando aplicados aos dentes, eles têm o efeito de reconstmir a estrutura da hidroxiapatita. Por exemplo, as Patentes U.S. n— 6.338.751 e 6.086.374, aqui incorporadas como referência, dizem respeito a produtos de cuidados orais que compreendem composições de remineralização (tipicamente contendo íons de cálcio, fósforo, sílica e sódio na forma de vidro bioativo). O vidro bioativo incorporado nestes produtos libera íons de remineralização sobre a superfície dos dentes e ajuda a ocluir os túbulos abertos, reduzindo a sensibilidade dos dentes, e reconstruindo a camada de esmalte. Entretanto, uma desvantagem destas composições é que o tempo de contato para as pastas de dentes ou dentifrícios fica limitado ao tempo de escovação e, assim, pode apenas ser de um minuto ou dois. A U.S. 6.365.132 e a WO 99/13852, aqui incorporadas como referência, detalham métodos de branquear os dentes pelo contato da superfície dos dentes com uma quantidade eficaz de vidro bioativo particulado. Entretanto, as composições definidas provocam obstrução (isto é, perceptíveis) e não adequadas para uso em todas as situações. A U.S. 6.190.643, aqui incorporada como referência, descreve um método para reduzir a viabilidade dos microorganismos orais prejudiciais e para o branqueamento dos dentes mediante tratamento com vidro bioativo. A publicação de patente WO 02/49578 Henkel Corporation (corrrespondente à U.S. 2003/0219388), aqui incorporada como referência, descreve uma película solúvel em água ou intumescível em água contendo vários sais de cálcio solúveis para remineralização dos dentes. Entretanto, estes sais são “fracamente solúveis” em água e a hidroxiapatita é pré-formada na película que resulta na capacidade de remineralizar a superfície dos dentes.
Além disso, muitos documentos da técnica anterior afastam-se do uso dos vidros bioativos nos sistemas de base aquosa por causa da sua bioatividade inerente. Por exemplo, referimo-nos ao Capítulo 3 de “An Introduction to Bioceramics”, L. L. Hench e J. Wilson, aqui incorporado como referência, o qual estabelece que as espécies alcalinas no vidro podem esgotar-se dentro de uns poucos minutos de exposição a uma solução aquosa.
Adicionalmente, a WO 2006/055317, aqui incorporada como referência, descreve composições dos dentes que liberam cálcio e fósforo na cavidade oral através de um período prolongado. Estes produtos foram elaborados para permanecer sobre a superfície dos dentes por vários meses e podem ser preparados dos materiais polimerizáveis que se endurecem sobre a superfície dos dentes. Outras composições são preparadas de formulações à base de solvente (etanol). E um objeto de pelo menos um aspecto da presente invenção prevenir ou mitigar pelo menos um ou mais dos problemas acima mencionados. É um outro objeto de pelo menos um aspecto da presente invenção prover uma película capaz de remineralização dos dentes. É um outro objeto de pelo menos um aspecto da presente invenção prover um método de remineralização dos dentes com o uso de uma película.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
De acordo com um primeiro aspecto da presente invenção, é fornecida uma película para uso em uma cavidade oral, referida película compreendendo: um formador de película polimérica solúvel em água; e um vidro bioativo.
De acordo com um segundo aspecto da presente invenção, é fornecida uma película para uso em uma cavidade oral, referida película compreendendo: um formador de película polimérica solúvel em água; e um vidro bioativo; em que a película seja capaz de aderir a pelo menos um dente na cavidade oral por um tempo máximo de cerca de 60 minutos antes que a película se dissolva ou substancialmente se dissolva, e em que referida película seja capaz de realizar a remineralização dos dentes.
De acordo com um terceiro aspecto da presente invenção, é provida uma película para uso em uma cavidade oral, referida película compreendendo: um formador de película polimérica solúvel em água; e um vidro bioativo; em que a película seja capaz de dissolver-se ou de pelo menos substancialmente dissolver-se dentro de um tempo máximo de cerca de 60 minutos, e em que referida película seja capaz de realizar a remineralização dos dentes.
Tipicamente, a película pode ser capaz de realizar a remineralização dos dentes na aplicação a um dente ou a vários dentes. Falando de uma maneira geral, a presente invenção pode situar-se no fornecimento de uma composição de remineralização contendo um vidro bioativo na forma de uma película fina, o qual possa ficar aderido a um ou mais dentes, e provê um método conveniente e não obstrutivo de gerar uma elevada e prolongada concentração local de componentes de remineralização sobre a superfície dos dentes.
Quando hidratada, a película da presente invenção pode liberar íons de remineralização formando, por exemplo, uma camada de hidroxicarbonato de apatita cristalina estável sobre uma superfície dos dentes, proporcionando redução a longo prazo da sensibilidade dos dentes. A película também pode compreender um formador de película naturalmente derivado, o qual possa, por exemplo, ser quimicamente modificada. Por exemplo, o formador de película quimicamente modificado naturalmente derivada pode ser qualquer polímero solúvel em água adequado, mas, preferivelmente, um derivado de celulose não iônico naturalmente derivado, tal como hidroxipropil celulose, que possibilita uma faixa de pH entre cerca de 6,0 e 11,0, entre cerca de 7,0 e 10,5, ou preferivelmente entre cerca de 7,5 e 9,5, que seja favorável para a formação do mineral de hidroxicarbonato de apatita.
Foi observado ser também vantajosamente que a película da presente invenção preferivelmente se fixa aos dentes sem fixar-se ao tecido macio dentro da boca. Embora não se pretenda ficar ligados à teoria, o formador de película polimérica solúvel em água, tal como a hidroxipropil celulose, pode ser classificada como um polímero tensoativo. As soluções à base de água do formador de película polimérica solúvel em água podem apresentar superfície e tensão interfacial muito reduzidas. As camadas hidratadas do formador de película polimérica solúvel em água podem efetivamente lubrificar o tecido macio dentro de uma boca, por esse meio possibilitando que o formador de película polimérica solúvel em água, hidratada, deslize facilmente, por exemplo, do lado interno dos lábios. A película da presente invenção pode ser também extremamente útil quando a película seja capaz de acumular-se e hidratar ao redor dos suportes ortodônticos, liberando uma alta concentração dos íons necessários para ajudar a gerar o hidroxicarbonato de apatita em um ponto de necessidade.
Por água solúvel, aqui, com referência ao formador de película polimérica solúvel em água, denota-se qualquer material polimérico que forme uma solução, ou solução coloidal, em que o volume aproximado de solvente em mililitros por grama do soluto, situa-se na faixa de cerca de 0,01 a 10.000. O vidro bioativo pode, por exemplo, ser um vidro particulado que possa ser capaz de liberar uma composição de remineralização. O vidro bioativo pode ser um vidro inorgânico ou material cerâmico tendo um óxido de silício como seu principal componente, e que possa ser capaz de ligar-se com o tecido em desenvolvimento quando em contato com fluidos fisiológicos. O vidro bioativo pode, portanto, conter os íons essenciais, por exemplo, de cálcio e fósforo, e quando a saliva dissolva a película (por exemplo, uma tira), estes íons sejam liberados para ajudar a formar o hidroxicarbonato de apatita sobre o dente. A película pode, portanto, compreender: átomos e/ou íons de cálcio, fósforo, sílica e/ou sódio, ou qualquer combinação destes, na forma de um vidro bioativo. A película pode formar uma camada de hidroxicarbonato de apatita in vitro quando colocada em um fluído corporal ou em um fluido corporal simulado. Convenientemente, a película não deflagra qualquer resposta imune adversa significativa no corpo, tal como na cavidade oral. A película pode compreender um formador de película polimérica solúvel em água em uma quantidade de cerca de 1 a 90 % em peso de, cerca de 20 a 80 % em peso, cerca de 30 a 70 % em peso, cerca de 40 a 80 % em peso ou cerca de 50 a 60 % em peso. Altemativamente, a película pode compreender um formador de película polimérica solúvel em água em uma quantidade de pelo menos cerca de 10 % em peso, pelo menos cerca de 30 % em peso, pelo menos cerca de 50 % em peso, pelo menos cerca de 70 % em peso ou pelo menos cerca de 90 % em peso. A película pode compreender vidro bioativo em uma quantidade de cerca de 10 a 90 % em peso, cerca de 20 a 80 % em peso, cerca de 30 a 70 % em peso, cerca de 40 a 80 % em peso ou cerca de 50 a 60 % em peso. Altemativamente, a película pode compreender vidro bioativo em uma quantidade de pelo menos cerca de 10 % em peso, cerca de 30 % em peso, cerca de 50 % em peso, cerca de 70 % em peso ou cerca de 90 % em peso. Geralmente falando, o vidro particulado pode compreender de cerca de 1 a 60 %, cerca de 1 a 30 %, tipicamente de cerca de 2 a 25 %, especialmente de cerca de 5 a 20 %, e notavelmente de cerca de 8 a 16 % em peso de uma película.
Uma composição típica para uma película pode, por exemplo, ser de cerca de 40 a 80 % em peso de dióxido de silício (Si02), cerca de 0 a 35 % em peso de óxido de sódio (Na20), cerca de 4 a 46 % em peso óxido de cálcio (CaO) e cerca de 1 a 15 % em peso de óxido de fósforo (P205). Quando produzido por um processo de fusão tradicional do vidro, faixas preferidas podem ser: cerca de 40 a 60 % em peso de sílica; cerca de 10 a 30 % em peso de óxido de sódio; cerca de 10 a 30 % em peso de óxido de cálcio; e cerca de 2 a 8 % em peso de óxido de fósforo.
Em formas de realização particulares, o formador de película polimérica solúvel em água pode ser produzido de um polímero tendo uma faixa de pelo molecular médio de cerca de 1.000 a 1.500.000, cerca de 1.000 a 500.000, cerca de 50.000 a 500.000, cerca de 100.000 a 200.000, cerca de 1.000 a 100.000, cerca de 1.000 a 50.000, cerca de 1000 a 20000 ou cerca de 10.000 a 20.000. Preferivelmente, o peso molecular médio pode ser de cerca de 50.000 a 250.000 ou mais preferível de cerca de 140.000. O peso molecular médio pode ser determinado por cromatografia de exclusão de tamanho.
Assim como fornece uma matriz para o vidro bioativo, a sílica pode atuar como um abrasivo quando uma película gelifícada é removida dos dentes mediante escovação. O vidro bioativo pode ser produzido por um processo de fusão de um vidro tradicional (quando o óxido de sódio se ache usualmente presente); ou por uma precipitação ou processo de gelação referido como um processo de “sol-gel” na técnica anterior (quando o óxido de sódio pode estar ausente). Outros componentes tais como o fluoreto de cálcio, o óxido de boro, o óxido de alumínio, o óxido de magnésio e o óxido de potássio podem também ser incluídos. O vidro bioativo pode ser um vidro de liberação de cálcio e de fósforo que preferivelmente possivelmente permita que eles sejam liberados quando colocados no ambiente oral. Tais vidros têm sido descritos na literatura como “remineralizantes” ou, com relação às aplicações médicas, “bioativos”. Tais vidros podem ser fundidos ou derivados de sol-gel. Tais vidros podem também ser amorfos ou incluir uma ou mais fases cristalinas (isto é, parcialmente cristalinas, algumas vezes descritas como “cerâmicas de vidro”).
Os vidros remineralizantes ou bioativos são bem conhecidos de uma pessoa habilitada na técnica, e vidros típicos são descritos, por exemplo, nas Patentes U.S. n~ 4.698.318 (Vogei et al.), 5.074.916 (Hench et al.), 5.162.267 (Smyth), 5.296.026 (Monroe et al.), 6.338.751 (Litkowski et al.) e 6.709.744 (Day et al.), e nas Publicações dos Pedidos de Patentes U.S. n- 2003/0167967 (Narhi et al.), 2004/0241238 (Sepulveda et al.) e 2004/0065228 (Kessler et al.), que são aqui incorporados como referência. Vidros de exemplo remineralizantes ou bioativos acham-se disponíveis, por exemplo, da NovaMin (US) sob seus nomes comerciais e, também, sob as designações comerciais de CERABONE A/W da Nippon Electric Glass Co., Ltd. (Shiga, Japão), BIOVERIT como descrito por Vogei em Introduction to Bioceramics, L. L. Hench e J. Wilson, editores., World Scientific Publishing (1993), 45 S5 e 45S5F como descrito por Hench e Andersson em Introduction to Bioceramics, L. L. Hench e J. Wilson, editores., World Scientific Publishing (1993), que são aqui incorporados como referência. O vidro de liberação bioativa não pode incluir altos níveis de óxido de alumínio (por exemplo, alumina), que á conhecido por impedir os reparos ósseos nas aplicações médicas. Tais vidros, sem os altos níveis de óxido de alumínio, podem incluir menos do que cerca de 5 %, e algumas vezes menos do que cerca de 3 %, 2 % ou mesmo cerca de 1 % em peso de óxido de alumínio. Ao contrário, as composições de vidro ionomérico geralmente dependem de um nível suficientemente elevado de íons de alumínio lixiviáveis para a reação de reticulação ionomérica, tipicamente de 10 a 45 % em peso de A1203.
Em algumas formas de realização, o vidro bioativo pode incluir pelo menos cerca de 15 % e, algumas vezes, pelo menos cerca de 20 %, 25 %, 30 %, 35 %, ou mesmo 40 % em peso de pentóxido de fósforo (P2O5). Em tais formas de realização, o vidro de liberação bioativa pode incluir no máximo cerca de 80 %, e algumas vezes no máximo cerca de 75 %, 70 %, 65 %, 60 %, 55 %, 50 %, 45 %, ou mesmo cerca de 40 % em peso de pentóxido de fósforo (P205).
Em algumas formas de realização, o vidro bioativo pode incluir pelo menos cerca de 10 %, e algumas vezes cerca de 15 %, 20 %, 25 %, ou mesmo cerca de 30 % em peso de óxido de cálcio. Em tais formas de realização, vidro bioativo pode incluir no máximo cerca de 70 % e, algumas vezes, no máximo, cerca de 60 %, 50 %, 40 %, ou mesmo cerca de 35 % em peso óxido de cálcio. O vidro bioativo opcionalmente inclui no máximo cerca de 25 %, e algumas vezes no máximo cerca de 20 %, 15 %, 10 %, ou mesmo cerca de 5 % em peso fluoreto.
Em algumas formas de realização, o vidro bioativo inclui opcionalmente no máximo cerca de 60 %, e algumas vezes no máximo cerca de 55 %, 50 %, 45 %, 40 %, 35 %, ou mesmo cerca de 30 % em peso de SrO, MgO, BaO, ZnO, ou combinações dos mesmos. Em algumas formas de realização, o vidro bioativo opcionalmente includes pelo menos cerca de 0,5 %, e algumas vezes pelo menos cerca de 1 %, 5 %, 10 %, 15 %, ou mesmo 20 % em peso de SrO, MgO, BaO, ZnO, ou combinações dos mesmos. O vidro bioativo opcionalmente inclui no máximo cerca de 40 %, e algumas vezes no máximo cerca de 35 %, 30 %, 25 %, 20 %, 15 %, 10 %, ou mesmo cerca de 5 % em peso de óxido de terras raras. O vidro bioativo opcionalmente inclui no máximo cerca de 45 %, e algumas vezes no máximo cerca de 40 %, 30 %, 20 %, 10 %, 8 %, 6 %, 4 %, 3 %, ou mesmo cerca de 2 % em peso de Li20, Na20, K20, ou combinações dos mesmos. O vidro bioativo opcionalmente includes no máximo cerca de 40 %, e algumas vezes no máximo cerca de 30 %, 25 %, 20 %, 15 %, 10 %, ou mesmo cerca de 5 % em peso of B203. O vidro bioativo pode incluir menos do que cerca de 15 %, e algumas vezes menos do que cerca de 10 %, 5 %, ou mesmo cerca de 2 % em peso of Zr02. O vidro bioativo pode incluir cerca de 40 a 60 % em peso de Si02, cerca de 10 a 35 % em peso de CaO, cerca de 1 a 20 % em peso de P205, cerca de 0 a 35 % em peso de Na20, e menos do que cerca de 5 % em peso A1203. O vidro bioativo pode incluir cerca de 10 a 70 % em peso de CaO; cerca de 20 a 60 % em peso de P2O5; menos do que cerca de 3 % em peso AI2O3; cerca de 0 a 50 % em peso de SrO, MgO, BaO, ZnO, ou combinações dos mesmos; e menos do que cerca de 10 % em peso de L12O, Na20 e K20 combinados. O vidro bioativo pode incluir cerca de 10 a 70 % em peso CaO; cerca de 20 a 50 % em peso de P2O5; menos do que cerca de 3 % em peso AI2O3; cerca de 0 a 50 % em peso de SrO, MgO, BaO, ZnO, ou combinações dos mesmos; e menos do que cerca de 10 % em peso Li20, Na2Ü e K20 combinados. O vidro bioativo pode incluir cerca de 10 a 50 % em peso CaO, pelo menos 15 % e menos do que cerca de 50 % em peso de P2O5, menos do que cerca de 3 % em peso de A1203, menos do que cerca de 10 % em peso de L12O, Na20 e K20 combinados, e cerca de 0 a 60 % em peso de SrO, MgO, BaO, ZnO, ou combinações dos mesmos. O vidro pode estar em uma variedade de formas finamente divididas, incluindo partículas, fibras ou plaquetas. O tamanho médio de partículas preferido para aplicações em dentes e ortodônticas é de menos do que cerca de 50 micrômetros, mais preferivelmente de menos do que cerca de 10 micrômetros, o mais preferível de menos do que cerca de 3 micrômetros. Os tamanhos da nanoescala (por exemplo, de menos do que cerca de 0,5 micrômetros) são também altamente preferidos. As combinações das diferentes faixas de tamanhos também podem ser usadas. O vidro bioativo pode opcionalmente ser tratado superficialmente (por exemplo, com silano; ácido metacrílico ou monômeros de ácido metacrílico, ou polímeros; outros polímeros, etc.) como aqui descrito mais abaixo. Tais tratamentos superficiais podem resultar, por exemplo, em ligação melhorada das partículas a uma matriz. Preferivelmente, o vidro é tratado superficialmente por métodos semelhantes àqueles descritos, por exemplo, na Patente U.S. ns 5.332.429 (Mitra et al., aqui incorporada como referência. Em resumo, o vidro pode ser tratado superficialmente pela combinação do vidro com um ou mais líquidos tendo neles dissolvidos, dispersos ou em suspensão um agente de tratamento superficial (por exemplo, precursores de íons de flúor, silanos, titanatos etc.). Opcionalmente o um ou mais líquidos incluem água, e, se um líquido aquoso for usado, ele pode ser ácido ou básico. Uma vez tratado, em pelo menos uma parte de um ou mais líquidos, pode ser removido do vidro tratado superficialmente com o uso de qualquer técnica conveniente (por exemplo secagem por pulverização, secagem em forno, secagem por separação, liofilização, e combinações destas). Ver, por exemplo, a Patente U.S. ne 5.980.697 (Kolb et al.), aqui incorporada como referência quanto a uma descrição da secagem por separação. Em uma forma de realização, o vidro tratado pode ser secado no forno, tipicamente nas temperaturas de secagem de cerca de 30 °C a cerca de 100°c, por exemplo durante a noite. O vidro superficialmente tratado pode ser ainda aquecido conforme desejável. O vidro tratado e secado pode então ser peneirado ou levemente triturado em aglomerados fragmentados.
Tipicamente, o tamanho médio de partículas do vidro bioativo pode ter um efeito sobre o índice de liberação dos íons, quando em contato com a água, e pode tipicamente ser de menos do que 100 mícrons, cerca de 75 mícrons, cerca de 50 mícrons, cerca de 20 mícrons, usualmente menos do que cerca de 10 mícrons, e frequentemente menos do que cerca de 5 mícrons. Altemativamente, o tamanho médio de partículas do vidro bioativo pode variar de cerca de 0,01 a 200 mícrons; de cerca de 0,01 a 50 mícrons; de cerca de 0,01 a 20 mícrons; de cerca de 0,1 a 10 mícrons; ou de cerca de 0,1 a 5 mícrons.
Em formas de realização particulares, o 50s percentil de diâmetro do vidro bioativo pode usualmente situar-se na faixa de cerca de 2 a 20 mícrons; ou, por exemplo, de cerca de 5 a 10 mícrons. Vidros bioativos adequados acham-se disponíveis sob a marca comercial de NovaMin®, mas outros vidros bioativos podem ser usados. O vidro bioativo pode ser misturado com outros materiais tais como qualquer um, ou uma combinação, dentre os seguintes: edulcorantes; flavorizantes; agentes antimicrobianos; agentes plasticizantes; agentes colorantes; agentes estimuladores da saliva; agentes de esfriamento; tensoativos; agentes estabilizadores; agentes emulsificantes; agentes espessantes; preservativos; agentes de volume; umectantes; vitaminas; minerais; fluoretos; e enchedores. A película pode estar na forma de uma tira fina adequada para consumo oral. A película, preferivelmente na forma de uma tira, é planejada para intumescer ou dissolver em uma cavidade oral liberando a composição de remineralização através de um período de tempo. A película é planejada para ser aderida a uma superfície do dente, ou por suas próprias propriedades ou pelo uso de um adesivo. O vidro particulado na tira pode ser fornecido em uma camada única, incorporado em uma ou mais camadas de um produto de múltiplas camadas, ou pode, altemativamente, ser depositado sobre a superfície de uma tira do formador de película (preferivelmente de material comestível dispersável em água).
Tipicamente, a película pode ser uma tira que possa ser substancialmente retangular na conformação, mas qualquer forma da tira (por exemplo retângulo substancialmente arredondado, substancialmente oval, substancialmente quadrado, substancialmente circular) pode ser usada. A tira pode ter uma espessura mínima de cerca de 10 pm para possibilitar a facilidade de manuseio. A tira pode ter uma espessura máxima preferida de cerca de 500 pm, ou mais preferivelmente de cerca de 200 pm, de modo que as dimensões físicas da tira não impeçam que o corpo a dissolva, em um período de tempo desejado em uma cavidade oral, por exemplo, pela ação da saliva. Geralmente, a espessura da tira pode situar-se na faixa de cerca de 20 a 100 pm, e mais usualmente de cerca de 40 a 80 pm. A largura da tira pode ser de aproximadamente cerca de 0,05 a 5 cm ou, preferivelmente, cerca de 1 a 2,5 cm, e o comprimento pode ser de cerca de 0,05 a 10 cm ou, preferivelmente, de cerca de 4 a 8 cm.
Geralmente, a tira será projetada para aplicação a um ou dois ou mais dentes, mas peças menores podem ser incorporadas dentro de outros produtos (por exemplo, dentifrícios, pastas de dentes etc.). A tira pode ser seca, o que significa que a tira é seca ao toque. Entretanto, a tira pode conter aproximadamente cerca de 1 a 20 % em peso, ou cerca de 1 a 15 % em peso, de água residual, a qual permaneça após o processo de fabricação. Quando seca, a película adere eficazmente ao dente (pela absorção de água da superfície do dente e da cavidade oral) e é, assim, fixada no lugar por um período de tempo. Isto ajuda a proporcionar um longo tempo de contato (em comparação, por exemplo, com as pastas de dentes). A tira pode dissolver-se rapidamente na água/saliva na cavidade oral. Por dissolução rápida denota-se que os componentes solúveis em água (por exemplo, o formador de película polimérica solúvel em água) da tira preferivelmente se dissolve; ou substancialmente se dissolve, em um período de cerca de 1 a 30 minutos, de cerca de 5 a 20 minutos, de cerca de 5 a 15 minutos, ou de cerca de 5 a 10 minutos. Tipicamente, o tempo para a dissolução da tira em uma cavidade oral pode ser de cerca de 60 minutos no máximo, e o tempo mínimo deve ser de cerca de 1 segundo. Geralmente, a tira substancialmente se dissolve em cerca de 10 segundos a cerca de 10 minutos. Dentro desse tempo, a liberação de uma porção substancial da composição de remineralização contendo o vidro bioativo terá ocorrido. A película é geralmente formada de material comestível. Por “material comestível” é denotado um material que seja aceitável para consumo por um usuário. Normalmente, este é um material aprovado para uso pelas autoridades reguladoras apropriadas. A tira pode ser formada de qualquer material de formação de película adequado ou combinação deste. Por exemplo, qualquer hidrocolóide adequado pode ser usado. Em particular, a tira pode ser formada de quaisquer materiais poliméricos adequados solúveis em água comestíveis, tais como qualquer um ou uma combinação dos seguintes: carragenano; derivados de celulose ou celuloses modificadas, tais como as metilceluloses (por exemplo, a carboximetil celulose sódica); a hidroxipropilmetil celulose; a hidroxietil celulose; a hidroxipropil celulose; a carboximetil celulose; alginatos (por exemplo o alginato de sódio); gomas (por exemplo a goma xantana, a goma de tragacanto, a goma guar, a goma de acácia, a goma arábica), amidos e amidos modificados; gelatina; copolímeros de éter metil vinílico e anidrido maléico, por exemplo o Gantrez (marca registrada); carbopóis (isto é, carbômeros); acetato de polivinila; álcool polivinílico; polímeros de base acrílica, tais como os poliacrilatos de metilmetacrilato e polimetacrilatos e seus ésteres e sais e copolímeros; policarbófilos; proteínas; pululano; ácido poliacrílico; polímero carboxivinílico; amilase; amido de alta amilase; amido de alta amilase hidroxipropilado; dextrina; pectina; quitina; quitosana; levana; elsinana; colágeno; gelatina; zeína; isolado proteico de glúten de soja; isolado proteico de soro do leite e caseína.
Qualquer combinação adequada dos compostos acima, tal como uma mistura de dois, três, quatro ou mais, dos materiais, pode ser empregada. Adicionalmente, diferentes camadas em uma tira de múltiplas camadas podem ser empregadas. Adicionalmente, diferentes camadas em uma tira de múltiplas camadas podem compreender diferentes combinações de materiais. É preferível usar um formador de película não iônica, tal como um derivado de celulose (por exemplo a hidroxipropil celulose, a hidroxipropil metilcelulose, e outros). A natureza não iônica do formador de película evita reação indesejável com a composição de remineralização.
Em uso, a película hidrata e absorve água e intumesce, por esse meio permitindo a liberação dos íons de remineralização da película sobre a superfície dos dentes. O formador de película pode simplesmente intumescer, mas permanece essencialmente intacto para remoção mais tarde, ou o formador de película pode tomar-se dissolvido ou disperso na saliva dentro da cavidade oral. A própria composição de remineralização foi observada apresentar propriedades antimicrobianas úteis. No entanto, a tira pode também conter agentes antimicrobianos (isto é, bactericidas) em qualquer forma adequada. Os agentes antimicrobianos podem estar presentes em uma quantidade até os níveis máximos permitidos pelas autoridades reguladoras apropriadas. Por exemplo, qualquer um, ou combinação, dos seguintes agentes antimicrobianos pode ser usado: triclosan; cloreto de cetil piridínio (CPC); brometo de domifeno; sais de amônio quaternário; sanguinarina; fluoretos adequados; alexidina; octonidina; e EDTA.
Os flavorizantes também podem ser incluídos. Flavorizantes adequados podem apresentar propriedades odoríferas. Flavorizantes adequados podem ser adicionados durante o processo de fabricação na forma de óleos flavorizados. Os flavorizantes podem formar quantidades de cerca de 0 a 30 % em peso ou cerca de 0 a 10 % em peso da película.
Os flavorizantes podem ser escolhidos de óleos naturais, óleos flavorizantes sintéticos, aromáticos flavorizantes, resinas e extratos oleosos derivados de plantas, folhas, flores, frutas, e assim por diante, e combinações dos mesmos.
Os óleos flavorizantes que podem ser usados incluem qualquer um, ou combinação, dos seguintes: óleo de hortelã; óleo de canela; óleo de hortelã-pimenta; óleo de cravo-da-índia; óleo de louro; óleo de tomilho; óleo de folha de cedro; óleo de nós moscada; óleo de sálvia; e óleo de amêndoas amargas.
Igualmente úteis são os sabores de frutas artificiais, naturais ou sintéticas tais como a baunilha, o chocolate, o café, o cacau e o óleo de frutas cítricas, incluindo o limão, a laranja, a uva, a lima e a toronja. e essências de frutas, incluindo maçã, pêra, pêssego, morango, framboesa, cereja, ameixa, abacaxi, damasco, e assim por diante. Estes flavorizantes podem ser usados individualmente ou em uma mistura. Sabores comumente usados incluem a hortelãs, tais como a hortelã-pimenta, a baunilha artificial, os derivados da canela, e vários sabores de frutas ou empregados individualmente ou em mistura. Flavorizantes tais como os aldeídos e os ésteres que incluam acetato cinamílico, cinamaldeído, citral, dietilacetal, acetato de di-hidrocarvila, formiato de eugenila e p-metilanisol, e assim por diante, também podem ser usados.
Outros exemplos de flavorizantes de aldeído incluem, porém sem limitar, qualquer um, ou a combinação, do seguinte: acetaldeído (maçã); benzaldeído (cereja, amêndoa); aldeído dinâmico (canela); citral, isto é, alfa citral (limão, lima); neral, isto é, beta citral (limão, lima); decanal (laranja, limão); vanilina etílica (baunilha, creme); heliotropina, isto é piperonal (baunilha, creme); vanilina (baunilha, creme); cinamaldeído alfa-amílica (sabores condimentados de frutas); butiraldeído (manteiga, queijo), valeraldeído (manteiga, queijo); citronelal; decanal (frutas cítricas); aldeído C-8 (frutas cítricas); aldeído C-9 (frutas cítricas); aldeído C-12 (frutas cítricas); butiraldeído 2-etílico (frutas de bagas); hexenal, isto é, trans-2 (frutas de bagas); tolilaldeído (cereja, amêndoa); veratraldeído (baunilha); 2,6-dimetiloctanal (fruta verde); e 2-dodecenal (cítrico, tangerina); cereja; uva; misturas destes; e outros.
Quando necessário, a película pode compreender um agente edulcorante ou uma combinação de agentes edulcorantes. Os agentes edulcorantes podem estar presentes em uma quantidade de menos do que 30 % em peso, porém mais tipicamente de menos do que cerca de 20 % em peso.
Edulcorantes típicos incluem monossacarídeos, dissacarídeos e polissacarídeos tais como qualquer um ou uma combinação dos seguintes: xilose; ribose; glicose (dextrose); manose; galactose; frutose (isto é, levulose); sacarose (isto é, açúcar); e maltose; um açúcar invertido (isto é, uma mistura de frutose e glicose derivadas da sacarose); amido parcialmente hidrolisado; sólidos de xarope de milho; di-hidrocalconas; monelina; esteviosídeos; e glicirrizina.
Adicionalmente, os edulcorantes artificiais solúveis em água, tais como os sais de sacarina solúveis, podem ser usados. Por exemplo, qualquer um, ou uma combinação, dos seguintes edulcorantes artificiais, podem ser usados: sais de sacarina sódica ou cálcica; sais de ciclamato; sais de sódio, de amônio ou de cálcio de 3,4-di-hidro-6-metil-l,2,3-oxatiazina-4-ona-2,2-dióxido; os sais de potássio de 3,4-di-hidro-6-metil-l,2,3-oxatiazina-4-ona-2,2-dióxido (acessulfame-K); sacarose; e a forma ácida livre da sacarina.
Além disso, os edulcorantes à base de dipeptídeos, tais como qualquer um, ou combinação, dos seguintes, podem ser usados: edulcorantes derivados do ácido L-aspártico, tais como o éster metílico de L-aspartil-L-fenilalanina (aspartame); hidrato de L-alfa-aspartil-7V-(2, 2,4,4-tetrametil-3-tietanil)-D-alaninamida; os ésteres metílicos de L-aspartil-L-fenilglicerina e L-aspartil-L-2,5-di-hidrofenil-glicina; L-aspartil-2,5-di-hidro-L-fenilalanina; e L-aspartil-L-( 1 -cicloexien)-alanina.
Edulcorantes solúveis em água derivados de edulcorantes solúveis em água de ocorrência natural, tais como um derivado clorato de açúcar comum (isto é, sacarose), podem também ser usados.
Além disso, os edulcorantes à base de proteína, tais como o thaumatoccous danielli (isto é, Thaumatin I e II) podem ser usados.
Agentes plasticizantes podem também ser incluídos. Os agentes plasticizantes podem estar presentes em uma quantidade de cerca de 0 a 25 % em peso ou de cerca de 0 a 15 % em peso da película. Por exemplo, os agentes plasticizantes tais como a triacetina, a monoacetina, a diacetina, e polióis, por exemplo glicerol, sorbitol e manitol podem ser usados.
Tipicamente, o processo de fabricação para formar a película pode envolver dispersar o vidro bioativo em uma solução polimérica contendo todos os outros ingredientes. Altemativamente, o solvente pode ser omitido se um processo adequado de fusão a quente for usado. É surpreendente que a película da presente invenção possa ser produzida de uma mistura aquosa de seus componentes. A suposição prévia foi que, na mistura aquosa, o vidro particulado pudesse liberar prematuramente íons que pudessem formar hidroxiapatita na película. Entretanto, foi surpreendentemente observado que o ambiente de produção aquosa não prejudica significativamente a bioatividade do vidro bioativo; contanto que os tempos de processamento prolongados sejam evitados. A relação do solvente para o vidro particulado e outros ingredientes pode ser alterada durante o processamento, para se obter a viscosidade apropriada para a formação da película. O liquido resultante pode ser tomado homogêneo por mistura apropriada e adição em etapas do material formador da película polimérica solúvel em água. Uma película pode então ser formada com o uso de procedimentos patenteados em que o líquido obtido contendo o vidro bioativo pode ser depositado (por exemplo, por extrusão) ou outra película formando técnicas conhecidas daqueles versados na técnica sobre papel portador ou uma correia contínua, que possa ser usada como um apoio à medida que a película úmida seja carregada através de um secador. O material de apoio da película pode ser uma película polimérica ou papel, mas é preferivelmente um papel kraft revestido de polietileno de baixa densidade.
Para evitar reações adversas, é preferível minimizar o tempo entre a formação da solução/suspensão aquosa e a formação da película. O secador pode compreender um túnel de ar quente de baixa umidade ou utilizar outras fontes de calor, tais como as lâmpadas infravermelhas (IV), para evaporar o solvente e formar uma trama seca. Altemativamente, a película pode ser fundida em folhas e secada em um forno. Tipicamente, a temperatura máxima do ar em um secador ou forno pode ser de cerca de 100 °C, e a temperatura mínima pode ser de cerca de 20 °C. Preferivelmente, a temperatura máxima do ar em um secador ou forno deve ser de cerca de 80 °C e uma temperatura mínima pode ser de 30 °C. A película resultante pode então ser cortada e embalada diretamente, ou armazenada no formato de carretei ou de folha para processamento futuro. A mistura contendo o vidro bioativo, solvente e o material polimérico comestível solúvel em água pode ser secada para formar um corpo laminar e, depois disso, formada em uma tira com o uso de técnicas padrão.
Em termos da liberação da composição de remineralização, uma tira tipicamente conterá cerca de 1 a 100 mg, cerca de 1 a 50 mg, cerca de 1 a cerca de 20 mg, ou cerca de 1 a 10 mg, de vidro bioativo por dente ou, por exemplo, de cerca de 1 a 100 mg ou cerca de 3 a 30 mg, dentro de uma película para uso sobre dentes múltiplos. Uma vantagem particular da película é que ela permite que os dentes sejam cobertos completamente com uma camada uniforme ou substancialmente uniforme de material de remineralização. A película pode também conter outros agentes remineralizantes, tais como o fluoreto ou outros agentes que liberem cálcio e fósforo que possam estar disponíveis para a remineralização dos dentes, por exemplo, durante um ataque ácido da superfície dos dentes. Exemplos de outros agentes remineralizantes podem incluir, porém sem limitar, qualquer um, ou a combinação, dos seguintes: fluoreto de sódio (NaF), monofluorofosfato de sódio (MFP); fluoreto estanhoso; fosfato de cálcio amorfo (ACP); fosfopeptídeo de caseína (Recaldent®) ou outras composições de fosfato de cálcio solúvel. A película pode também ser usada para a prevenção e tratamento da gengivite (doença das gengivas) e da cárie das raízes, e tem sido demonstrado que inibe o crescimento das bactérias orais associadas com o desenvolvimento das cáries e com a doença periodontal. Uma fonte particular de desmineralização dos dentes se acha associada com o desgaste da órtese ortodôntica, em que o contato entre o dente e a órtese (usualmente metal) leva à erosão do esmalte dos dentes mediante a criação de interfaces em que as bactérias cariogênicas podem viver. As áreas desmineralizadas são referidas como “lesões de pontos brancos” porque o esmalte desmineralizado é muito mais branco do que o esmalte circundante. A película da presente invenção pode, assim, ser usada em uma capacidade profilática ou terapêutica.
De acordo com um quarto aspecto da presente invenção, é fornecida uma composição dental para uso na cavidade oral, referida composição dental compreendendo: um formador de película polimérica solúvel em água; e um vidro bioativo. O formador de película polimérica solúvel em água e o vidro bioativo podem ser como definido acima.
Tipicamente, a composição dental pode ser na forma de uma película (por exemplo, uma tira), pasta de dentes e/ou alguma forma de dentifrício.
De acordo com um quinto aspecto da presente invenção, é provida uma película para uso na cavidade oral para remineralização dos dentes, a qual compreende: um formador de película polimérica solúvel em água; e Um vidro particulado compreendendo óxido de cálcio, óxido de silício e/ou óxido fosforoso, o qual libera componentes iônicos de cálcio e de fósforo em contato com a água, e é eficaz para produzir hidroxiapatita cristalina sobre um dente. O vidro particulado pode ser um vidro bioativo. O formador de película polimérica solúvel em água e o vidro bioativo podem ser conforme definido acima.
De acordo comum sexto aspecto da presente invenção, é fornecida uma película para uso na cavidade oral, referida película compreendendo: um formador de película solúvel em água; e um vidro bioativo. O formador de película solúvel em água pode ser qualquer formador de película adequada, tal como um formador de película polimérica solúvel em água. O formador de película polimérica solúvel em água e o vidro bioativo podem ser conforme definido acima.
De acordo com um sétimo aspecto da presente invenção, é fornecido um método para formar uma película para uso na cavidade oral e capaz de realizar a remineralização dos dentes, referido método compreendendo: prover um formador de película polimérica solúvel em água; e prover um vidro bioativo; misturar o formador de película polimérica solúvel em água e o vidro bioativo; e em que a mistura do formador de película polimérica solúvel em água e do vidro bioativo é capaz de ser formada em uma película capaz de realizar a remineralização dos dentes.
Tipicamente, a película pode ser como definida no primeiro aspecto da presente invenção. O formador de película polimérica solúvel em água e o vidro bioativo podem, portanto, ser conforme definidos acima. O método pode compreender adicionar o vidro bioativo a uma mistura aquosa contendo um polímero solúvel em água. Esta mistura pode também conter plasticizantes, umectantes, flavorizantes, emulsificantes, enchedores, edulcorantes e cores ou combinações dos mesmos.
Uma mistura líquida resultante pode então ser passada através de um misturador de elevado cisalhamento para produzir uma dispersão homogênea que, por sua vez, possa ser desaerada antes de ser aplicada sobre um papel portador, e o ar secado em temperatura acima da ambiente, não excedendo, por exemplo, cerca de 60 °C. Não obstante não se deseje estar limitados pela teoria, o ponto de adição do vidro bioativo à solução polimérica é julgado ser importante, tendo em vista que sua adição após o polímero limita a quantidade de água livre no sistema. O vidro bioativo pode ser mantido neste ambiente por cerca de 1 a 120 horas ou mais, preferivelmente cerca de 1 a 60 horas, antes que o conteúdo de água seja reduzido a cerca de 5 a 70 %, 5 a 50 %, cerca de 5 a 25 %, ou cerca de 20 % ou cerca de 10 %, em peso. Neste ponto, a atividade da água da película secada é, por exemplo, abaixo de cerca 0,8 e, usualmente, abaixo de cerca 0,6. O resultado inesperado e surpreendente é que o vidro bioativo permanece relativamente intacto durante o processo de fabricação, mantendo um alto nível de reatividade através do produto acabado. A preservação da reatividade é demonstrada por uma elevação no pH, quando as películas são dissolvidas em água, causada pelos íons que migram do vidro, e é apoiada pelos estudos de FTIR que indicam que a estrutura vítrea permanece substancialmente intacta através do processo de fabricação (isto é demonstrado pela presença de faixas associadas com as ligações de Si-O pela ausência relativa daquelas associadas com a estrutura do hidroxicarbonato de apatita). Várias vantagens podem ser obtidas pelo preparo das películas a partir dos polímeros solúveis em água, e um meio de fusão aquosa conforme definido na presente invenção. Por exemplo, • Os polímeros solúveis em água se dissolvem/dispersam rapidamente na boca, proporcionando uma alta concentração do vidro bioativo e, assim, os íons necessários para formar o hidroxicarbonato de apatita, na superfície dos dentes. • O uso de uma base aquosa (isto é, polímero solúvel em água) remove a necessidade de solventes não aquosos dispendiosos e os custos de capital adicionais associados com a recuperação de solventes, ou assegurando que o equipamento seja à prova de explosão. • Os solventes presentes mesmo em pequenas quantidades podem causar irritação da mucosa oral em indivíduos sensíveis. A utilização de apenas água reduz este risco. • Nenhum problema em relação ao ambiente com as emissões de solvente.
De acordo com um oitavo aspecto da presente invenção, é fornecido o uso de uma película conforme definido em qualquer dentre o primeiro, o segundo, o terceiro, o quarto e o quinto aspectos para prover remineralização dos dentes.
De acordo com um nono aspecto da presente invenção, é fornecido um método de tratar dos dentes proporcionando a remineralização dos dentes com o uso de uma película, como definido em qualquer dentre os primeiro, segundo, terceiro, quarto e quinto aspectos da presente invenção. BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
As formas de realização da presente invenção serão agora descritas, por meio de exemplos apenas, com referência aos desenhos anexos, nos quais: A Figura 1 mostra o endurecimento do esmalte resultante do uso das quatro composições (1 a 4) de acordo com uma forma de realização da presente invenção;
As Figuras 2a e 2b são imagens de SEM de lesões de manchas brancas pré-formadas de acordo com uma forma de realização da presente invenção;
As Figuras 3a e 3b são imagens de SEM do esmalte tratado com película de controle negativo (composição 2) de acordo com uma forma de realização da presente invenção;
As Figuras 4a e 4b são imagens de SEM do esmalte tratado com a pasta MI de comparação (composição 4) de acordo com uma forma de realização da presente invenção;
As Figuras 5a e 5b são imagens de SEM do esmalte tratado com a composição NovaMin da invenção, de acordo com uma forma de realização da presente invenção;
As Figuras 6a e 6b são imagens de SEM do esmalte tratado com SootheRx (composição 3) de acordo com uma forma de realização da presente invenção. A Figura 7 mostra uma imagem de SEM de uma superfície de dentina atacada quimicamente; A Figura 8 é uma imagem de SEM de uma superfície de dentina atacada quimicamente tratada com uma película polimérica contendo NovaMin de acordo com uma forma de realização da presente invenção; A Figura 9 mostra a comparação entre uma superfície de dentina trata e não tratada; e A Figura 10 detalha os resultados de um estudo in vitro sobre os efeitos das películas contendo NovaMin sobre o crescimento de bactérias orais que são associadas com o desenvolvimento das cáries e com a doença periodontal.
BREVE DESCRIÇÃO
Em geral, a presente invenção situa-se no fornecimento de uma composição de remineralização na forma de uma película, a qual pode ser aderida a um ou mais dentes, e fornece um método conveniente e não obstrutivo de gerar uma elevada e prolongada concentração local dos componentes remineralizantes sobre a superfície dos dentes. Quando hidratada, a película libera íons remineralizantes que formam uma camada de hidroxicarbonato de apatita cristalina estável sobre a superfície dos dentes, proporcionando redução a longo prazo da sensibilidade dos dentes. A película também tem a capacidade de inibir o crescimento das bactérias orais associadas com o desenvolvimento das cáries e a doença periodontal.
A película compreende um formador de película solúvel em água, tal como um formador de película polimérica e um vidro bioativo. EXEMPLOS
Testes Da Microdureza Superficial Os resultados dos testes da microdureza superficial são apresentados na Figura 1. Os resultados são apresentados como dureza relativa das lesões de pontos brancos (isto é, todos os dados foram normalizados até a dureza medida do esmalte prejudicado). O tratamento com uma película NovaMin de 16 % em peso de acordo com a invenção e uma pasta de dentes NovaMin de 7,5 % em peso (SootheRx, controle positivo) resultou em um endurecimento significativo das lesões de pontos brancos artificiais. O tratamento com as amostra de BioFilm de controle (controle negativo) e a pasta MI (produto competitivo, contém Recaldent) não mudaram a dureza superficial das lesões.
Análise De Sem As Figuras 2 a-b são imagens do eletromicrógrafo de varredura (SEM) das lesões de pontos brancos pré-formadas sobre o esmalte bovino. A Figura 2a é uma vista de baixa ampliação do rompimento grave superficial que foi causado pela formação da lesão. A Figura 2b é uma imagem em elevada ampliação da estrutura prismática do esmalte que permaneceu intacto ao longo das bordas dos pontos brancos e dentro das “barras” do esmalte observadas na Figura 2a. As imagens das superfícies tratadas com as amostras de controle de BioFilm (Figuras 3a-b) e daquelas tratadas com a pasta MI (Figuras 4a-b) mostram os mesmos aspectos.
As Figuras 5a-b são imagens do esmalte prejudicado tratado com as amostras de 16 % de NovaMin BioFilm de acordo com a invenção. Na baixa ampliação (Figura 5a) está claro que uma grande quantidade de particulado de NovaMin foi depositada sobre a superfície das lesões (especialmente ao longo das bordas). Uma vista em ampliação mais elevada (Figura 5b) mostra que o particulado de NovaMin aderiu ao tecido e começou a formar uma camada de hidroxicarbonato de apatita tenaz que é quimicamente semelhante ao mineral nativo dos dentes e que obscurece completamente a visão da superfície de esmalte prejudicada. As imagens das amostras tratadas com SootheRx (Figuras 6a-b) mostram que o tratamento com uma pasta de dentes com 7,5 % de NovaMin produziu resultados muito semelhantes. A Figura 7 mostra a dentina não tratada com túbulos a abertos claramente visíveis. A Figura 8 mostra uma superfície da dentina da mesma forma preparada, que foi tratada com uma única aplicação de uma película polimérica contendo o particulado de NovaMin. É evidente que a película polimérica depositou vidro bioativo sobre a superfície da dentina. A Figura 9 mostra uma placa da dentina que foi fragmentada em duas, a metade superior tratada com uma película polimérica contendo NovaMin, e a porção inferior permaneceu não tratada. As áreas realçadas em verde, amarelo e laranja destacam o local onde a NovaMin foi depositada. Inibição Do Crescimento Bacteriano Os resultados dos testes in vitro das películas contendo o particulado de NovaMin, e sua capacidade de inibir o crescimento das bactérias orais, são detalhados na Figura 10. As soluções aquosas de 1,0 % e 0,5 % de NovaMin foram preparadas das tiras poliméricas de hidroxipropil metilcelulose reabsorvíveis que continham 15 % de NovaMin. Seis conjuntos de 100 %, 50 % e 25 % de diluições em série foram preparados de cada solução, e alíquotas de 5 ml inoculadas com aproximadamente 0,02 ml de Streptococcus mutans ATCC 25175, Streptococcus sanguinus ATCC 10556 e Staphylococcus aureus NCTC 10418. Os controles positivos e negativos foram também preparados. Todas as diluições e controles do teste foram incubados durante a noite em 35 °C e depois estriados sobre placas de ágar de soja de triptona (TSA). As placas de ágar foram então incubadas em 35 °C durante a noite e examinadas quanto ao crescimento. Em comprimento completo (100 %), as soluções de 1,0 % e 0,5 % inibiram completamente o crescimento de todas as três espécies bacterianas. A diluição das soluções reduziram levemente o efeito inibidor, mas este foi apenas esparso em comparação com o controle.
CONCLUSÃO
Os resultados aqui apresentados indicam que uma tira polimérica reabsorvível contendo 16 % de particulado de NovaMin de acordo com a invenção (Produto de Teste 1) tem potencial para tratar eficazmente as lesões de pontos brancos que se tenham formado sobre as superfícies do esmalte. O tratamento com as amostras de BioFilm contendo NovaMin teve um efeito semelhante como tratamento com a pasta de dentes contendo NovaMin (Produto de Teste 3 - comparação) e, neste modelo, tiras muito superiores reabsorvíveis apenas poliméricas (Produto de Teste 2) e pasta de dentes contendo Recaldent (Produto de Teste 4).
Entretanto, no uso prático, deve ser esperado que a película de acordo com a presente invenção deva permanecer no lugar sobre o dente por um período de tempo mais longo do que a pasta de dentes (comparação), levando a eficácia de remineralização mais elevada.
Foi também demonstrado que um produto polimérico reabsorvível contendo NovaMin tem o potencial de inibir o crescimento de bactérias cariogênicas e periodontais sobre as superfícies dos dentes e dos tecidos gengivais adjacentes. Não obstante formas de realização específicas da presente invenção tenham sido acima descritas, deve ser observado que afastamentos das formas de realização descritas podem ainda situar-se dentro do escopo da presente invenção. Por exemplo, qualquer tipo adequado de formador de película solúvel e vidro bioativo pode ser usado.
REIVINDICAÇÕES

Claims (6)

1. Película para uso em uma cavidade oral, caracterizada pelo fato de ser produzida a partir de uma mistura aquosa dos seus componentes e compreende: um formador de película polimérico solúvel em água, o qual é um derivado comestível de celulose não iônico selecionado a partir de qualquer um ou combinação de metilceluloses, hidroxipropilmetil celulose, hidroxietil celulose, hidroxipropil celulose e carboximetil celulose; e um vidro bioativo compreendendo 40-80% em peso de dióxido de silício (SiCb), 0 a 35% em peso de oxido de sódio (Na:0), 4 a 46% em peso de óxido de cálcio (CaO) e 1 a 15% em peso de óxido de fósforo (P2O5); e em que o vidro bioativo é adicionado a uma solução do formador de película polimérico para formar a mistura aquosa e o vidro bioativo é mantido neste ambiente por não mais do que 1 a 120 horas ou mais preferencial mente de I a 60 horas, antes que o conteúdo de água seja reduzido a 5 a 70%, em peso para minimizar reações adversas entre o formador de película polimérico e o vidro bioativo.
2. Película para uso em uma cavidade oral de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a película é produzida a partir de uma mistura aquosa dos seus componentes e em que a mistura do formador de película polimérico solúvel em água com o vidro bioativo é passada através de um misturador de alto cisalhamento para produzir uma dispersão homogênea que, por sua vez, é desaerada antes de ser revestida sobre um papel portador, e secada ao ar nas temperaturas acima da ambiente.
3. Película para uso em uma cavidade oral de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizada pelo fato de que o derivado comestível de celulose não iônico é selecionado a partir de hidroxipropil celulose e hidroxipropilmetil celulose.
4. Película para uso em uma cavidade oral de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizada pelo fato de que a película compreende o formador de película polimérico solúvel em água em uma quantidade de 1 a 90%, 20 a 80%, 30 a 70% ou 50 a 60% em peso da película.
5. Película para uso em uma cavidade oral de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizada pelo fato de que as partículas que formam o vidro bioativo têm um tamanho médio de partícula de menos de 100 mícrons, menos de 75 mícrons, menos de 50 mícrons, menos de 20 mícrons, menos de 10 mícrons, ou menos de 5 mícrons.
6. Película de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizada pelo fato de que é para remineralização dos dentes.
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