Relatório Descritivo da Patente de Invenção para COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL LÍQUIDA E SÓLIDA COM ALTO TEOR DE PROTEÍNA E BAIXA CALORIA.
CAMPO DA INVENÇÃO [001] A presente invenção refere-se ao uso de uma composição nutricional com alto teor de proteína e baixa caloria adequada para a prevenção ou para o tratamento de uma doença ou um estado de saúde em um mamífero, que envolve deterioração muscular, bem como às composições nutricionais com alto teor de proteína e baixa caloria específicas adequadas para estimular a síntese de proteína muscular em um mamífero.
ANTECEDENTE DA INVENÇÃO [002] A perda involuntária relacionada com a idade de massa e força muscular ocorre durante o envelhecimento e é chamada de sarcopenia [1]. Em relação à perda degenerativa de massa de músculo esquelético, esta ocorre a uma taxa de 3-8% por década após a idade de 30 anos e acelera partindo dos 60 anos de idade. Tanto a massa muscular quanto a força muscular prejudicadas estão relacionadas à perda relacionada com a idade de função muscular.
[003] Os condutores principais de manutenção de massa de músculo esquelético são o estímulo de síntese de proteína muscular e a inibição de quebra de proteínas musculares. A síntese de proteína muscular é estimulada pela disponibilidade biológica de aminoácidos (em particular de leucina) e atividade física. Assim, ambos contribuem para um equilíbrio líquido positivo de proteína muscular (isto é, a diferença entre a síntese de proteína muscular e a quebra de proteínas; síntese líquida de proteína muscular). É importante manter a massa muscular e prevenir a deterioração muscular e desgaste muscular. A inanição proteica e a inatividade muscular, que frequentemente ocorrem com envelhecimento e doença, resultam em uma falha em manter
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2/52 a massa muscular, com desgaste muscular. Com envelhecimento, existe um desequilíbrio entre a síntese e a quebra de proteína muscular. Além disso, a resposta anabólica aos decréscimos de alimentação, que contribui adicionalmente para uma síntese líquida de proteína muscular insuficiente e deterioração muscular subsequente com envelhecimento. [1-6]. Comparados com adultos mais jovens, os idosos necessitam de níveis mais altos de aminoácidos no sangue - especialmente leucina - para estimular a síntese de proteína muscular. Este fenômeno de capacidade de resposta reduzida de músculo, que ocorre nos idosos, é chamado de resistência anabólica que leva à deterioração muscular. Assim, é benéfico ter uma composição nutricional, especialmente para os idosos, para vencer esta resistência e estimular a síntese de proteína muscular (líquida). Na verdade, uma assim chamada fonte de proteína rápida com alto teor de leucina provou ser mais eficiente nos idosos que uma quantidade de proteína similar com baixo teor de leucina ou uma proteína lenta [7, 8]. Assim, um estímulo anabólico adequado no músculo ainda tem o potencial de ativar a via de sinalização de proteínas musculares e dessa maneira provocar a síntese de proteína muscular em um mamífero, especialmente em um mamífero idoso.
[004] Aminoácidos específicos são conhecidos por seu efeito estimulador sobre a síntese de proteína muscular; estes aminoácidos são considerados anabólicos. Dos aminoácidos, os aminoácidos essenciais (EAAs) em particular são capazes de estimular a síntese de proteína muscular nos idosos, enquanto que não EAAs podem ter menor benefício para o anabolismo muscular [9, 10]. Os idosos necessitam de uma dose mais alta de EAAs (> 6,7 g de EAAs), fornecida na forma de um bolo, para estimular o anabolismo muscular [11, 12]. Assim, a menor capacidade de resposta relacionada com a idade poderia também ser resolvida através do aumento da ingestão de leucina (de
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1,7 g até 2,8 g leucina em uma mistura de 6,7 g de EAAs) [8]. A leucina também atua como uma molécula de sinalização [13]. A importância da leucina para a síntese de proteína muscular também foi confirmada para fontes de proteínas intactas com vários níveis de leucina (fontes de proteínas do soro do leite e caseína) em um estudo com animais. Neste estudo, ratos idosos mostraram um aumento gradual na síntese de proteína muscular concomitante com um aumento do nível de leucina na fonte de proteínas, como é o caso para proteína do soro do leite [14]. Nos idosos saudáveis, a proteína do soro do leite também resultou em uma taxa de síntese de proteína do corpo total maior com a proteína caseína [15].
[005] A síntese de proteína muscular está positivamente relacionada com a concentração de aminoácidos extracelular [16] e o aparecimento de aminoácidos intracelulares no músculo [17]. Um aumento na concentração de aminoácidos do soro pode estimular a síntese de proteína muscular, mas níveis mais altos de aminoácidos essenciais e especialmente leucina, são necessários nos idosos [8, 11]. Portanto, as estratégias que podem aumentar significativamente os níveis de leucina no sangue parecem úteis para ajudar a restaurar a resposta anabólica aguda à alimentação nos idosos. Os níveis de aminoácidos no sangue após a alimentação podem ser influenciados pelo tipo de alimento. Parte dos aminoácidos da dieta é extraída no intestino e no fígado para síntese local de proteínas (isto é, extração ou sequestro esplâncnico). O restante dos aminoácidos aparece na circulação do sangue sistêmico e atinge outros órgãos, com o músculo como o maior reservatório de proteínas [18]. As proteínas da dieta variam na composição de aminoácidos, na taxa de digestão e no nível de extração esplâncnica, todos influenciando o aparecimento subsequente de aminoácidos na circulação. Devido ao fato de que a proteína do soro do leite contém níveis mais altos de leucina que a proteína caseína, os níveis
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4/52 de leucina no soro são maiores após a ingestão de proteína do soro do leite [15]. Estudos anteriores comparando a proteína caseína e a proteína do soro do leite identificaram a caseína como uma proteína lenta e a proteína do soro do leite como uma proteína rápida, com referência à taxa de aparecimento na circulação dos aminoácidos [7, 19]. A taxa de digestão é um fator importante neste conceito de lentidão/rapidez [20] e é determinado parcialmente pela taxa de esvaziamento gástrico. Nos idosos, o aparecimento de aminoácidos no sangue é reduzido [15], porque a extração esplâncnica é mais alta [21, 22] e a taxa de digestão/esvaziamento gástrico é mais lenta [23] que nos jovens.
[006] Seguindo a necessidade de fornecer níveis mais altos de aminoácidos para aumentar a disponibilidade biológica de aminoácidos anabólicos para estimular a síntese de proteína muscular em um mamífero, especialmente em um humano idoso, os níveis de aminoácidos no soro nos idosos após a ingestão de formulações nutricionais de baixa caloria contendo alto teor de proteínas do soro do leite foram estudados. O estudo clínico avaliou a disponibilidade biológica de aminoácidos nos idosos após a ingestão de tal formulação nutricional. SUMÁRIO DA DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO [007] De forma surpreendente, os inventores descobriram que os aminoácidos essenciais, em particular leucina, exibiam uma maior disponibilidade biológica de aminoácidos para estimular a síntese de proteína muscular e a massa muscular subsequente através do uso de uma nova formulação nutricional com alto teor de proteína de baixa caloria. Sem ficar ligado à teoria, foi levantada a hipótese de que os aminoácidos atingem a circulação mais rapidamente e atingem níveis mais altos no sangue quando a proteína da dieta é fornecida em uma composição de baixa caloria comparada com uma composição de alta caloria, preferencialmente utilizando proteína do soro do leite, embora
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5/52 o efeito seja o mesmo, mas menor para a caseína. No curso deste pedido de patente, este efeito será chamado de o efeito de baixa energia. Este efeito de baixa energia poderia de forma benéfica ser utilizado para o tratamento de pessoas sofrendo de qualquer doença ou estado de saúde, cuja prevenção e tratamento estão relacionados com a síntese de proteína muscular, em particular, sarcopenia, uma doença que envolve a deterioração muscular com síntese de proteína muscular (líquida) insuficiente e deterioração muscular, associadas como envelhecimento.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO [008] De acordo com um aspecto, a presente invenção está relacionada com uma composição nutricional que compreende por 100 kcal:
(i) pelo menos aproximadamente 12 g de matéria proteinácea que compreende pelo menos aproximadamente 80% em peso de proteína do soro do leite, em relação à matéria proteinácea total e que compreende pelo menos aproximadamente 11% em peso de leucina, em relação à matéria proteinácea total, dos quais pelo menos aproximadamente 20% em peso estão em uma forma livre, em relação à leucina total, (ii) uma fonte de gordura e uma fonte de carboidratos que podem ser digeridos, para uso na prevenção ou no tratamento de uma doença ou um estado de saúde que envolve deterioração muscular em um mamífero, em que a composição nutricional é administrada na forma de 1 até 2 porções diárias, cada porção compreendendo entre 80 e 200 kcal.
[009] No contexto deste pedido de patente, o termo pelo menos inclui ainda o ponto de partida da faixa aberta. Por exemplo, uma quantidade de pelo menos 95% em peso significa qualquer quantidaPetição 870190088424, de 06/09/2019, pág. 18/90
6/52 de igual a 95% em peso ou superior.
[0010] No contexto deste pedido de patente, o termo aproximadamente significa um desvio de 5% ou menos do valor fornecido, tal como 4%, 3%, 2%, 1% ou menos que 1%. Por exemplo, uma quantidade de aproximadamente 12 g significa qualquer quantidade igual a 12 g ± 0,6 g, isto é, qualquer quantidade na faixa de 11,4 até 12,6 g. A razão para o uso do termo aproximadamente é para levar em consideração a incerteza associada com o método de detecção ou a variabilidade do método de produção quando este se refere à produção de uma composição nutricional.
[0011] No contexto deste pedido de patente, o termo ou é definido como e/ou a não ser que seja especificado o contrário. Assim, a expressão A ou B compreende os membros individuais A e B, bem como os membros combinados A e B.
[0012] No contexto deste pedido de patente, as expressões um, uma, o e a implicam tanto o singular quanto o plural do nome ao qual se referem. Assim, a expressão uma proteína significa uma ou mais proteínas.
Matéria proteinácea [0013] A composição nutricional de acordo com a invenção compreende pelo menos aproximadamente 12 g de matéria proteinácea por 100 kcal. Pelo termo matéria proteinácea entende-se uma proteína ou qualquer parte de uma proteína, tal como, mas não limitada a proteína não hidrolisada, proteína nativa, proteína hidrolisada, peptídeos, tais como oligopeptídeos e dipeptídeos e aminoácidos. Preferencialmente, a matéria proteinácea se origina de proteínas de laticínios, tais como a proteína do soro do leite e a caseína. Os aminoácidos são essencialmente L-aminoácidos uma vez que apenas os Laminoácidos estão disponíveis metabolicamente.
[0014] Preferencialmente, a composição compreende pelo menos
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7/52 aproximadamente 12,5 g, pelo menos aproximadamente 13 g, pelo menos aproximadamente 13,5 g e mais preferencialmente aproximadamente 14 g de matéria proteinácea por 100 kcal.
[0015] De acordo com outra modalidade, a composição nutricional de acordo com a invenção compreende pelo menos aproximadamente 48 en% de matéria proteinácea por 100 kcal. Preferencialmente, a composição compreende pelo menos aproximadamente 50 en%, pelo menos aproximadamente 52 en%, pelo menos aproximadamente 54 en% e mais preferencialmente aproximadamente 56 en% de matéria proteinácea por 100 kcal.
[0016] A matéria proteinácea de acordo com a invenção compreende pelo menos aproximadamente 80% em peso de proteína do soro do leite, preferencialmente pelo menos aproximadamente 85% em peso de proteína do soro do leite, preferencialmente pelo menos aproximadamente 90% em peso e mais preferencialmente aproximadamente 95% em peso de proteína do soro do leite.
[0017] Como discutido anteriormente, a proteína do soro do leite é considerada uma proteína rápida se referindo à taxa de aparecimento na circulação dos aminoácidos. A proteína do soro do leite pode ser uma proteína do soro do leite intacta, uma proteína do soro do leite hidrolisada, uma proteína do soro do leite microparticular, uma proteína do soro do leite nanoparticular, uma proteína do soro do leite micelar e similares. Preferencialmente, a proteína do soro do leite é uma proteína do soro do leite intacta, isto é, uma proteína do soro do leite em sua forma intacta, tal como presente no leite fresco. A proteína do soro do leite hidrolisada sofre do inconveniente de que possui um sabor desagradável.
[0018] Como uma fonte de proteína do soro do leite que será utilizada na presente invenção, qualquer fonte de proteínas de proteína do soro do leite disponível comercialmente pode ser utilizada, isto é, a
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8/52 proteína do soro do leite obtida por qualquer processo para a preparação de proteína do soro do leite conhecido na arte, bem como frações de proteína do soro do leite preparadas partindo da mesma ou as proteínas que constituem a massa das proteínas do soro do leite que são β-lactoglobulina, α-lactalbumina e albumina do soro, tal como proteína do soro do leite líquido ou proteína do soro do leite na forma de pó, tal como isolado de proteínas do soro do leite (WPI) ou concentrado de proteínas do soro do leite (WPC). O concentrado de proteínas do soro do leite é rico em proteínas do soro do leite, mas contém ainda outros componentes tais como gordura, lactose e glicomacroproteína (GMP), uma proteína não globular relacionada com a caseína. Tipicamente, o concentrado de proteínas do soro do leite é produzido por filtração em membrana. Por outro lado, o isolado de proteínas do soro do leite consiste primariamente de proteínas do soro do leite com quantidades mínimas de gordura e lactose. O isolado de proteínas do soro do leite geralmente requer um processo de separação mais rigoroso tal como uma combinação de microfiltração e ultrafiltração ou cromatografia de troca iônica. É geralmente entendido que um isolado de proteínas do soro do leite refere-se a uma mistura em que pelo menos 90% em peso dos sólidos são proteínas do soro do leite. Um concentrado de proteínas do soro do leite é entendido como possuindo uma porcentagem de proteínas do soro do leite entre a quantidade inicial no subproduto (aproximadamente 12% em peso) e um isolado de proteínas do soro do leite. Em particular, o soro de leite doce, obtido como um subproduto na fabricação de queijo, o soro de leite ácido, obtido como um subproduto na fabricação de caseína ácida, proteína nativa do soro do leite, obtida através da microfiltração do leite ou o soro de leite de coalho, obtido como um subproduto na fabricação de caseína de coalho, pode ser utilizado como uma fonte de proteínas do soro do leite.
[0019] Além disso, as proteínas do soro do leite podem ser origi
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9/52 nadas de todos os tipos de espécies de animais mamíferos, tais como, por exemplo, vacas, ovelha, cabras, equinos, búfalos e camelos. Preferencialmente, a proteína do soro do leite é de origem bovina.
[0020] Preferencialmente, a fonte de proteínas de proteína do soro do leite está disponível na forma de um pó, preferencialmente a fonte de proteínas de proteína do soro do leite é um WPC ou WPI.
[0021] De acordo com outra modalidade, a matéria proteinácea de acordo com a invenção compreende pelo menos aproximadamente 45% em peso de aminoácidos essenciais (EAA), preferencialmente pelo menos aproximadamente 47% em peso e mais preferencialmente pelo menos aproximadamente 50% em peso de EAA. Os aminoácidos essenciais são aminoácidos selecionados do grupo de isoleucina (Ile), leucina (Leu), lisina (Lys), metionina (Met), fenilalanina (Phe), treonina (Thr), triptofano (Trp) e valina (Val).
[0022] Uma vez que a proteína nativa do soro do leite compreende no máximo (dependendo da fonte) aproximadamente 45% em peso de EAA, pode ser necessário adicionar EAA's na composição nutricional, tal como na forma de aminoácidos ou peptídeos. Foi observado que aproximadamente 45% em peso de EAA total é uma quantidade mínima presente na composição nutricional.
[0023] A matéria proteinácea de acordo com a invenção compreende pelo menos aproximadamente 11% em peso de leucina. Uma vez que a proteína do soro do leite natural compreende no máximo (dependendo da fonte) aproximadamente 11% em peso de leucina, pode ser necessário adicionar leucina na composição nutricional, tal como na forma de aminoácidos ou peptídeos. Foi observado que aproximadamente 11% em peso de leucina total é uma quantidade mínima presente na composição nutricional.
[0024] Preferencialmente, a matéria proteinácea de acordo com a invenção compreende pelo menos aproximadamente 12% em peso,
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10/52 preferencialmente pelo menos aproximadamente 12,5% em peso, mais preferencialmente pelo menos aproximadamente 13% em peso de leucina, mais preferencialmente pelo menos aproximadamente 14% em peso de leucina.
[0025] A leucina total compreende pelo menos aproximadamente 20% em peso, preferencialmente pelo menos aproximadamente 22,5% em peso, preferencialmente pelo menos aproximadamente 26% em peso de leucina em uma forma livre, em relação à quantidade de leucina total. A leucina total compreende no máximo aproximadamente 70% em peso, preferencialmente no máximo aproximadamente 60%, preferencialmente no máximo aproximadamente 50% de leucina em uma forma livre, em relação à quantidade de leucina total. Por forma livre entende-se um peptídeo que compreende 1 até 5 aminoácidos, preferencialmente 1 até 3 aminoácidos, mais preferencialmente 1 aminoácido. Preferencialmente, a leucina é um aminoácido livre, na forma de uma base, um sal ou um quelato.
[0026] De acordo com outra modalidade, a matéria proteinácea de acordo com a invenção compreende uma quantidade total de leucina, valina e isoleucina em uma proporção de leucina: valina:isoleucina de aproximadamente 1,7-3:1:1. Alternativamente, a proporção em peso de leucina : (valina + isoleucina) é de aproximadamente 0,9 ou maior, preferencialmente 1,0 ou maior. Os níveis adequados de valina e isoleucina podem ser fornecidos pela proteína do soro do leite ou podem ser fornecidos por aminoácidos adicionados, na forma livre como bases ou sais ou como peptídeos.
Gordura e carboidratos [0027] A composição nutricional de baixa caloria de acordo com a invenção deve compreender uma fonte de gordura e uma fonte de carboidratos. A presença destes componentes proíbe o uso excessivo da proteína como uma fonte de energia ao invés de estimular a síntese
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[0028] A quantidade total de energia fornecida pela gordura e pelos carboidratos (digestível e indigerível) deve combinar a energia total fornecida pela matéria proteinácea. Portanto, a quantidade total de gordura e carboidratos por 100 kcal deve ser no máximo aproximadamente 52 en%, em particular no máximo aproximadamente 50 en%, preferencialmente no máximo aproximadamente 48 en%, mais preferencialmente no máximo aproximadamente 46 en% ou aproximadamente 44 en%.
[0029] A quantidade de energia fornecida respectivamente pela gordura e pelos carboidratos pode variar dentro de limites amplos, contanto que ambos os componentes estejam presentes. De acordo com uma modalidade, a quantidade de gordura pode variar entre 10 e 35 en%, preferencialmente entre 15 e 30 en%. De acordo com uma modalidade, a quantidade de carboidrato pode variar entre 10 e 35 en%, preferencialmente entre 15 e 30 en%. De acordo com uma modalidade, a soma das quantidades de gordura e carboidrato pode variar entre 10 e 60 en%.
[0030] Em uma modalidade preferida, a composição nutricional de acordo com a invenção compreende aproximadamente 2 g de gordura e aproximadamente 6,2 até aproximadamente 6,4 g de carboidratos que podem ser digeridos por 100 kcal.
[0031] Em uma modalidade adicionalmente preferida, a composição nutricional de acordo com a invenção compreende aproximadamente 2 g de gordura e aproximadamente 6,4 g de carboidratos que podem ser digeridos por 100 kcal.
[0032] Em relação ao tipo de gordura, é possível uma escolha ampla, contanto que a gordura seja de qualidade alimentícia.
[0033] A gordura pode ser uma gordura animal ou uma gordura vegetal ou ambas. Embora as gorduras animais tal como banha de
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12/52 porco ou manteiga tenham essencialmente valores calóricos e nutricionais equivalentes e possam ser utilizadas de maneira intercambiável, os óleos vegetais são altamente preferidos na prática da presente invenção devido a sua fácil disponibilidade, facilidade de formulação, ausência de colesterol e menor concentração de ácidos graxos saturados. Em uma modalidade, a presente composição compreende óleo de semente de colza, óleo de milho ou óleo de girassol. A gordura pode incluir uma fonte de ácidos graxos de cadeia média (principalmente 8 até 10 átomos de carbono de comprimento), tais como triglicerídeos de cadeia média (MCT), uma fonte de ácidos graxos de cadeia longa (principalmente pelo menos 18 átomos de carbono de comprimento), tais como ácidos graxos poli-insaturados (PUFA's) como ácidos graxos ômega-3 e ômega-6, incluindo EPA, DHA e triglicerídeos de cadeia longa (LCT) e ácidos graxos ligados a fosfolipídeos tal como EPA ou DHA ligado a fosfolipídeo ou qualquer combinação dos dois tipos de fontes. Os MCTs são benéficos porque são facilmente absorvidos e metabolizados em um paciente estressado metabolicamente. Além disso, o uso de MCTs reduzirá o risco de absorção deficiente de nutrientes. As fontes de LCT, tal como óleo de canola, óleo de semente de colza, óleo de girassol, óleo de soja, azeite de oliva, óleo de coco, óleo de palmeira, óleo de semente de linhaça, óleo marinho ou óleo de milho são benéficas porque é sabido que os LCTs podem modular a resposta imunológica no corpo humano. Independente das propriedades anti-inflamatórias dos ácidos graxos ômega-3, os ácidos graxos ômega-3, tais como EPA e DHA, podem estimular a síntese de proteína muscular através do aumento da atividade de sinalização anabólica muscular. Assim, de acordo com uma modalidade preferida, a fonte de gordura compreende ácidos graxos ômega-3, em particular EPA e DHA.
[0034] Em relação ao tipo de carboidratos, é possível uma escolha
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13/52 ampla, contanto que os carboidratos sejam de qualidade alimentícia. Os carboidratos que podem ser digeridos influenciam positivamente o nível de energia de um indivíduo e adicionam o efeito vantajoso da composição nutricional de acordo com a invenção. O carboidrato que pode ser digerido pode compreender carboidratos simples ou complexos ou qualquer mistura dos mesmos. São adequados para uso na presente invenção glicose, frutose, sacarose, lactose, trealose, palatinose, xarope de milho, malte, maltose, isomaltose, amido de milho hidrolisado parcialmente, maltodextrinas, glicose oligo- e polissacarídeos.
[0035] A composição nutricional entérica líquida de acordo com a invenção pode opcionalmente ser fortificada com fibras dietéticas (ou fibras pré-bióticas) tais como não carboidratos que podem ser digeridos tais como galacto-oligossacarídeos, fruto-oligossacarídeos, inulina e pectina (pectina hidrolisada, pectina de baixa viscosidade (um produto de degradação da pectina com um DP de 2 - 250) ou outros produtos de degradação da pectina). Em uma modalidade da presente invenção, a composição de acordo com a invenção compreende 0,5 g/100 kcal até 6 g/100 kcal de não carboidratos que podem ser digeridos. As fibras dietéticas incluem oligossacarídeos que não podem ser digeridos que possui um DP de 2 até 20, preferencialmente 2 até 10. Mais preferencialmente, estes oligossacarídeos não contêm quantidades substanciais (menos de 5% em peso) de sacarídeos fora destas faixas de DP e são solúveis. Estes oligossacarídeos podem compreender fruto-oligossacarídeos (FOS), trans-galacto-oligossacarídeos (TOS), xilo-oligossacarídeos (XOS), oligossacarídeos de soja e similares. Opcionalmente, ainda compostos de peso molecular mais alto tais como inulina, polissacarídeos de soja, polissacarídeos de acácia (fibra de acácia ou goma arábica), celulose, amido resistente e similares podem ser incorporados na composição de acordo com a invenção. A
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14/52 quantidade de fibra insolúvel tal como celulose é preferencialmente menor que 20% em peso da fração de fibra dietética da composição de acordo com a invenção ou abaixo de 0,6 g/100 kcal. A quantidade de polissacarídeos espessantes tais como carrageninas, xantanas, pectinas, galactomananas e outros polissacarídeos que não podem ser digeridos de alto peso molecular (DP > 50) é preferencialmente baixa, isto é, menos de 20% do peso da fração de fibra ou menos de 1 g/100 kcal. Ao invés disso, os polissacarídeos hidrolisados tais como pectinas hidrolisadas e galactomananas podem ser vantajosamente incluídos.
[0036] Um componente de fibra preferido é um oligossacarídeo que não pode ser digerido com um comprimento de cadeia (DP) de 2 até 10, por exemplo, Fibersol® (oligoglicose resistente), em particular Fibersol® hidrogenada ou uma mistura de oligossacarídeos que possuem um DP de 2 até 10, tal como fruto-oligossacarídeos ou galactooligossacarídeos (GOS), que também podem conter uma pequena quantidade de sacarídeos superiores (por exemplo, com um DP de 11 até 20). Tais oligossacarídeos compreendem preferencialmente 50% em peso até 90% em peso da fração de fibra ou 0,5 g/100 kcal até 3 g/100 kcal da composição de acordo com a invenção. Outros componentes de fibra adequados incluem sacarídeos que possuem apenas digestibilidade parcial.
[0037] Em uma modalidade particular, a composição de acordo com a invenção compreende um ou mais de fruto-oligossacarídeos, inulina, polissacarídeos de acácia, polissacarídeos de soja, celulose e amido resistente.
[0038] Em outra modalidade da presente invenção, a composição de acordo com a invenção pode compreender uma mistura de oligossacarídeos neutros e ácidos como divulgado na WO 2005/039597 (N.V. Nutricia), que é incorporada aqui como referência em sua totali
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15/52 dade. Mais particularmente, o oligossacarídeo ácido possui um grau de polimerização (DP) entre 1 e 5000, preferencialmente entre 1 e 1000, mais preferencialmente entre 2 e 250, ainda mais preferencialmente entre 2 e 50, mais preferencialmente entre 2 e 10. Se uma mistura de oligossacarídeos ácidos com graus diferentes de polimerização for utilizada, o DP médio da mistura de oligossacarídeo ácido fica preferencialmente entre 2 e 1000, mais preferencialmente entre 3 e 250, ainda mais preferencialmente entre 3 e 50. O oligossacarídeo ácido pode ser um carboidrato homogêneo ou heterogêneo. Os oligossacarídeos ácidos podem ser preparados partindo de pectina, pectato, alginato, condroitina, ácidos hialurônicos, heparina, heparana, carboidratos bacterianos, sialoglicanas, fucoidana, fuco-oligossacarídeos ou carragenina e são preferencialmente preparados partindo de pectina ou alginato. Os oligossacarídeos ácidos podem ser preparados através dos métodos descritos na WO 01/60378, que são incorporados aqui como referência. O oligossacarídeo ácido é preferencialmente preparado partindo de pectina altamente metoxilada, que é caracterizada por um grau de metoxilação acima de 50%. Como utilizado aqui, é pretendido que grau de metoxilação (também referido como DE ou grau de esterificação) signifique a extensão até a qual os grupos de ácidos carboxílicos livres contidos na cadeia de ácido poligalacturônico foram esterificados (por exemplo, através de metilação). Os oligossacarídeos ácidos são preferencialmente caracterizados por um grau de metoxilação acima de 20%, preferencialmente acima de 50% ainda mais preferencialmente acima de 70%. Preferencialmente os oligossacarídeos ácidos possuem um grau de metilação acima de 20%, preferencialmente acima de 50% ainda mais preferencialmente acima de 70%. O oligossacarídeo ácido is preferencialmente administrado em uma quantidade de entre 10 mg e 100 gramas por dia, preferencialmente entre 100 mg e 50 gramas por dia.
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16/52 [0039] O termo oligossacarídeos neutros como utilizado na presente invenção refere-se a sacarídeos que possuem um grau de polimerização de unidades de monose que excede 2, mais preferencialmente que excede 3, ainda mais preferencialmente que excede 4, mais preferencialmente que excede 10, que não são ou são apenas parcialmente digeridos no intestino pela ação de ácidos ou enzimas digestivas presentes no trato digestivo superior humano (intestino delgado e estômago), mas que são fermentados pela flora intestinal flora humana e preferencialmente não possuem grupos ácidos. O oligossacarídeo neutro é estruturalmente (quimicamente) diferente do oligossacarídeo ácido. O termo oligossacarídeos neutros como utilizado na presente invenção preferencialmente refere-se a sacarídeos que possuem um grau de polimerização do oligossacarídeo abaixo de 60 unidades de monose, preferencialmente abaixo de 40, ainda mais preferencialmente abaixo de 20, mais preferencialmente abaixo de 10. O termo unidades de monose refere-se a unidades que possuem uma estrutura de anel fechado, preferencialmente hexose, por exemplo, as formas de piranose ou furanose. O oligossacarídeo neutro preferencialmente compreende pelo menos 90%, mais preferencialmente pelo menos 95% de unidades de monose selecionadas do grupo que consiste em manose, arabinose, frutose, fucose, ramnose, galactose, Dgalactopiranose, ribose, glicose, xilose e derivados das mesmas, calculados sobre o número total de unidades de monose contidas ali. Os oligossacarídeos neutros adequados são preferencialmente fermentados pela flora intestinal. Preferencialmente, o oligossacarídeo é selecionado do grupo que consiste em: celobiose (4-O-3-D-glucopiranosil-Dglicose), celodextrinas ((4-O-3-D-glucopiranosil)n-D-glicose), B-ciclodextrinas (Moléculas cíclicas de D-glicose com ligação α-1-4; αciclodextrina-hexâmero, β-ciclodextrina-heptâmero e γ-ciclodextrinaoctâmero), dextrina que não pode ser digerida , gentiooligossacarídeos
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17/52 (mistura de resíduos de glicose com ligação β-1-6, algumas ligações 14 ), gluco-oligossacarídeos (mistura de α-D-glicose), isomaltooligossacarídeos (resíduos de glicose lineares com ligação α-1-6 com algumas ligações 1-4), isomaltose (6-O-a-D-glucopiranosil-D-glicose); isomaltriose (6-O-a-D-glucopiranosil-(1-6)-a-D-glucopiranosil-D-glicose), panose (6-O-a-D-glucopiranosil-(1 -6)-a-D-glucopiranosil-(1-4)D-glicose), leucrose (5-O-a-D-glucopiranosil-D-frutopiranosídeo), palatinose ou isomaltulose (6-O-a-D-glucopiranosil-D-frutose), teanderose (O-a-D-glucopiranosil-(1-6)-O-a-D-glucopiranosil-(1-2)-B-Dfrutofuranosídeo), D-agatose, D-/yxo-hexulose, lactossacarose (O-3-Dgalactopiranosil-(1-4)-O-a-D-glucopiranosil-(1-2)-e-D-frutofuranosídeo), α-galacto-oligossacarídeos incluindo rafinose, estaquiose e outros oligossacarídeos de soja (O-a-D-galactopiranosil-(1-6)-a-Dglucopiranosil-e-D-frutofuranosídeo), β-galacto-oligossacarídeos ou transgalacto-oligossacarídeos (e-D-galactopiranosil-(1-6)-[e-D-glucopiranosil]n-(1-4) α-D glicose), lactulose (4-O-e-D-galactopiranosil-Dfrutose), 4'-galatossilactose (O-D-galactopiranosil-(1-4)-O-e-Dglucopiranosil-(1-4)-D-glucopiranose), galacto-oligossacarídeo sintético (neogalactobiose, isogalactobiose, galsacarose, isolactose I, II e III), fructanas - do tipo Levana (3-D-(2A6)-frutofuranosil)n α-Dglucopiranosídeo), fructanas - do tipo Inulina (3-D-((2A1)frutofuranosil)n α-D-glucopiranosídeo), 1 f-e-frutofuranosilnistose (β-D((2A1)-frutofuranosil)n B-D-frutofuranosídeo), xilo-oligossacarídeos (BD-((1 A4)-xilose)n, lafinose, lactosacarose e arabinooligossacarídeos.
[0040] De acordo com uma modalidade preferida adicional, o oligossacarídeo neutro é selecionado do grupo que consiste em fructanas, frutooligossacarídeos, dextrinas que não podem ser digeridas galacto-oligossacarídeos (incluindo transgalacto-oligossacarídeos), xilooligossacarídeos, arabinooligossacarídeos, gluco-oligossacarídeos,
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18/52 manooligossacarídeos, fuco-oligossacarídeos e misturas dos mesmos. Mais preferencialmente, o oligossacarídeo neutro é selecionado do grupo que consiste em frutooligossacarídeos, galacto-oligossacarídeos e transgalacto-oligossacarídeos.
[0041] Os oligossacarídeos adequados e seus métodos de produção são adicionalmente descritos em Laere K.J.M. (Laere, K.J.M., Degradation of structurally different non-digestible oligosacharides by intestinal bacteria: glicosylhydrolases of Bi. adolescentis. PhD-thesis (2000), Wageningen Agricultural University, Wageningen, Holanda), cujo conteúdo total é incorporado aqui como referência. Os transgalacto-oligossacarídeos (TOS) são, por exemplo, vendidos sob o nome comercial VivinalTM (Borculo Domo Ingredientes, Holanda). A dextrina que não pode ser digerida, que pode ser produzida através da pirólise de amido de milho, compreende ligações glicosídicas α(1^4) e α(1 ->6), que estão presentes no amido nativo e contém ligações 1^2 e 1^3 e levoglucosana. Devido a estas características estruturais, a dextrina que não pode ser digerida contém partículas ramificadas bem desenvolvidas que são parcialmente hidrolisadas por enzimas digestivas humanas. Várias outras fontes comerciais de oligossacarídeos que não podem ser digeridos são facilmente disponíveis e são conhecidas pelo perito na arte. Por exemplo, o transgalactooligossacarídeo está disponível na Yakult Honsha Co., Tóquio, Japão. O oligossacarídeo de soja está disponível na Calpis Corporation distribuída pela Ajinomoto U.S.A. Inc., Teaneck, N.J.
[0042] Em uma modalidade adicionalmente preferida, a composição de acordo com a invenção compreende um oligossacarídeo ácido com um DP entre 2 e 250, preparado partindo de pectina (tal como pectina hidrolisada (um oligossacarídeo ácido (AOS)) e pectina de baixa viscosidade), alginato e misturas dos mesmos; e um oligossacarídeo neutro, selecionado do grupo de fructanas, frutooligossacarídeos,
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19/52 dextrinas que não podem ser digeridas, galacto-oligossacarídeos incluindo transgalacto-oligossacarídeos, xilo-oligossacarídeos, arabinooligossacarídeos, gluco-oligossacarídeos, manooligossacarídeos, fucooligossacarídeos e misturas dos mesmos.
[0043] Em uma modalidade adicionalmente preferida a composição de acordo com a invenção compreende dos oligossacarídeos neutros quimicamente distintos. Foi observado que a administração de oligossacarídeos ácidos combinados com dois oligossacarídeos neutros quimicamente distintos fornece um efeito estimulador imunológico sinérgico ótimo. Preferencialmente a composição de acordo com a invenção compreende:
- oligossacarídeos ácidos como definido anteriormente (preferencialmente pectina de baixa viscosidade);
- um oligossacarídeo neutro à base de galactose (do qual mais de 50% das unidades de monose são unidades de galactose), preferencialmente selecionado do grupo que consiste em galactooligossacarídeo e transgalacto-oligossacarídeo; e
- um oligossacarídeo neutro à base de frutose ou glicose (do qual mais de 50% das unidades de monose são frutose ou glicose, preferencialmente unidades de frutose), preferencialmente inulina, fructana ou frutooligossacarídeo, mais preferencialmente frutooligossacarídeo de cadeia longa (com um DP médio de 10 até 60).
[0044] Preferencialmente, a composição nutricional compreende ainda uma ou mais fibras dietéticas selecionadas do grupo de GOS de cadeia curta, FOS de cadeia longa, inulina e pectina de baixa viscosidade.
[0045] Em uma modalidade preferida particular, a composição nutricional compreende por 100 kcal:
(ii) aproximadamente 14 g de matéria proteinácea que compreende aproximadamente 95% em peso de proteína do soro do
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20/52 leite, em relação à matéria proteinácea total e que compreende pelo menos aproximadamente 14% em peso de leucina, em relação à matéria proteinácea total, dos quais pelo menos aproximadamente 26% em peso estão em uma forma livre, em relação à leucina total, (iii) aproximadamente 2 g de gordura e aproximadamente
6,2 até aproximadamente 6,4 g de carboidratos que podem ser digeridos, para a prevenção ou para o tratamento de uma doença ou um estado de saúde que envolve deterioração muscular em um mamífero, em que a composição nutricional é administrada na forma de 1 até 2 porções diárias, cada porção compreendendo aproximadamente 150 kcal.
[0046] Em outra modalidade preferida particular, a composição nutricional compreende por 100 kcal:
(ii) aproximadamente 14 g de matéria proteinácea que compreende aproximadamente 95% em peso de proteína do soro do leite, em relação à matéria proteinácea total e que compreende pelo menos aproximadamente 14% em peso de leucina, em relação à matéria proteinácea total, dos quais pelo menos aproximadamente 26% em peso estão em uma forma livre, em relação à leucina total, (iii) aproximadamente 2 g de gordura e aproximadamente
6,2 g de carboidratos que podem ser digeridos, para uso na prevenção ou no tratamento de uma doença ou um estado de saúde que envolve deterioração muscular em um mamífero, em que a composição nutricional é administrada na forma de 1 até 2 porções diárias, cada porção compreendendo aproximadamente 150 kcal.
Micronutrientes [0047] Os idosos estão em risco de deficiências de micronutrientes, que é parcialmente devido ao fato de que sua captação de energia
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21/52 é frequentemente reduzida enquanto que muitas recomendações de micronutrientes aumentam [24]. Como um resultado, 25-60% dos idosos não satisfazem as recomendações para ingestão de micronutrientes e deficiências de vitaminas A, C, D, E, B6, ácido fólico, B12, cálcio, magnésio e zinco são comumente relatadas [25-27]. Além disso, as deficiências de micronutrientes estão associadas com a fragilidade. A baixa ingestão de vitamina D, E, C e folato foi associada com a fragilidade [28] e baixos níveis no soro de carotenoides, vitamina E, vitamina D, selênio e zinco foram observados nos idosos com fragilidade versus sem fragilidade [29].
[0048] Dos micronutrientes, selênio, zinco, carotenoides, vitamina A, vitamina C e vitamina E todos possuem propriedades antioxidantes. Em relação à observação publicada sobre a reversão pela suplementação de antioxidantes da menor capacidade da leucina de estimular a síntese de proteína muscular nos ratos idosos [30], uma mistura de antioxidantes é incluída na composição nutricional.
[0049] A vitamina D3 está presente na composição por sua associação demonstrada à força muscular e para a incidência reduzida de quedas e fraturas nos idosos com suplementação com vitamina D; a dose aconselhada mínima para reduzir o risco de quedas fica entre 700-1000 IU/dia de vitamina D (equivalente a 17,5 e 25 pg/dia) [31-33]. Esta dose de vitamina D é atingida com a composição nutricional proposta.
[0050] As vitaminas B de ácido fólico, vitamina B6 e vitamina B12 estão envolvidas na via metabólica de homocisteína, um fator de risco conhecido para doenças comuns nos idosos [34] e são comumente deficientes nos idosos [27]. Devido ao efeito benéfico do ácido fólico, da vitamina B6 e da vitamina B12 sobre a diminuição dos níveis sanguíneos de homocisteína, estas vitaminas estão presentes na composição nutricional.
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22/52 [0051] Assim, a composição nutricional de acordo com a invenção pode compreender opcionalmente um ou mais micronutrientes, definidos como minerais, elementos traços e vitaminas, selecionados do grupo de sódio, potássio, cloreto, cálcio, fósforo, magnésio, carotenoides, vitamina A, vitamina D3, vitamina E, vitamina K, vitamina B1, vitamina B2, vitamina B3, vitamina B5, vitamina B6, ácido fólico, vitamina B12, biotina, vitamina C, zinco, ferro, cobre, manganês, molibdênio, selênio, cromo, fluoreto e iodeto, preferencialmente selecionados do grupo de carotenoides, vitamina A, vitamina B6, vitamina B12, vitamina C, vitamina D3, vitamina E, ácido fólico, cálcio, fósforo, magnésio, selênio e zinco. Preferencialmente, a composição nutricional de acordo com a invenção compreende carotenoides, vitamina A, vitamina D3, vitamina E, vitamina B6, vitamina C, ácido fólico, vitamina B12, selênio e zinco. Preferencialmente, a composição nutricional de acordo com a invenção compreende por 100 kcal 10 até 500 pg de carotenoides, 80 até 140 pg de vitamina A, 8 até 750 pg de vitamina B6, 2 até 25 mg de vitamina C, 0,5 até 25 pg de vitamina D3, 0,5 até 10 mg de vitamina E, 10 até 150 pg de ácido fólico, 0,05 até 5 pg, em particular 0,07 até 5 pg de vitamina B12, 2,5 até 20 pg de selênio e 0,5 até 2,0 mg de zinco. Uso medicinal [0052] A composição nutricional de acordo com a invenção pode ser vantajosamente utilizada para a prevenção ou para o tratamento de uma doença ou um estado de saúde que envolve deterioração muscular em um mamífero, preferencialmente um ser humano de 30 anos de idade ou mais, mais preferencialmente de 50 anos de idade ou mais, mais preferencialmente em um humano idoso. A deterioração muscular compreende qualquer doença ou estado de saúde selecionado do grupo de sarcopenia; perda de massa muscular relacionada com o envelhecimento, durante ou após manutenção do peso corporal, durante ou após restrição de energia, durante ou após repouso na ca
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23/52 ma, durante ou após tratamento de trauma físico (tal como fraturas) ou durante ou após ausência de peso; síntese insuficiente de proteína muscular; degradação muscular; recuperação muscular prejudicada; danos nos músculos; proteólise muscular; atrofia muscular; distrofia muscular; catabolismo muscular; desgaste muscular; perda de força muscular; perda de função muscular; perda de capacidade física; perda de desempenho físico; mobilidade prejudicada; fragilidade; incapacidade; e risco de queda.
[0053] A recuperação muscular refere-se ao reparo estrutural ou funcional do tecido muscular (células, fibras, sarcômeros). Os danos nos músculos é a interrupção mecânica da fibra muscular, sua membrana ou o tecido conjuntivo circundante ou tendões. A degradação muscular refere-se à quebra ou à perda de qualidade de tecido muscular. A atrofia muscular refere-se ao desgaste ou à perda de tecido muscular resultante de doença ou falta de uso. A distrofia muscular é caracterizada pela fraqueza muscular progressiva e pela perda de tecido muscular. O desgaste muscular é a perda de tecido muscular resultante de doença ou falta de uso. A capacidade física é a capacidade de realizar atividade física. O desempenho físico é a capacidade de realizar uma tarefa física (por exemplo, equilíbrio, modo de andar, força ou resistência) em um nível desejado. A fragilidade é um estado de saúde que se refere à coleção de sintomas ou marcadores primariamente devidos à perda e à disfunção do músculo esquelético relacionadas com o envelhecimento, tal como: atividade física reduzida, fraqueza muscular, menor desempenho, fraqueza física, fraca resistência, exaustão, velocidade de caminhada lenta, baixa força muscular. Nos idosos, a fragilidade aumentará o risco de eventos adversos tais como morte, incapacidade e institucionalização. A incapacidade referese à incapacidade de realizar uma atividade física.
[0054] De acordo com uma modalidade adicional, a composição
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24/52 nutricional de acordo com a invenção pode ser vantajosamente utilizada para o controle dietético de sarcopenia, da perda relacionada com a idade de massa muscular, força e função.
[0055] De acordo com uma modalidade adicional, a composição nutricional de acordo com a invenção pode ser vantajosamente utilizada para qualquer um dos seguintes em um mamífero, isoladamente ou em combinação:
- auxiliar na reconstrução de massa muscular ou de força muscular;
- controlar sarcopenia;
- estimular a síntese de proteína muscular, força muscular ou função muscular;
- sustentar maior síntese de proteína muscular, força muscular ou função muscular;
- aprimorar ou manter a mobilidade;
- satisfazer as necessidades de um mamífero sarcopênico;
- estimular a síntese de proteína muscular;
- aumentar a massa muscular ou a força muscular;
- aprimorar a força muscular ou a função muscular; e
- aprimorar o desempenho físico.
[0056] De acordo com uma modalidade, o dito mamífero é um ser humano de 30 anos de idade ou mais, mais preferencialmente de 50 anos de idade ou mais. Mais preferencialmente, o dito mamífero é um ser humano idoso. Sob este aspecto, é sugerido que no contexto deste pedido de patente um ser humano idoso seja uma pessoa de 50 anos de idade anos ou mais, em particular de 55 anos de idade ou mais, mais particularmente de 60 anos de idade ou mais, mais particularmente de 65 anos de idade ou mais. Esta definição bastante ampla leva em consideração o fato de que a média de idade varia entre populações diferentes, em continentes diferentes etc. Os países mais
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25/52 desenvolvidos no mundo aceitaram a idade cronológica de 65 anos como uma definição de 'idoso' ou pessoa mais velha (associada com a idade em que se pode começar a receber benefícios de pensão), mas como muitos conceitos ocidentalizados, isto não se adapta bem, por exemplo, à situação na África. No momento, não há um critério numérico padronizado para as Nações Unidas (UN), mas a faixa de acordo com a UN é de 60+ anos para se referir à população mais idosa no mundo ocidental. As definições africanas mais tradicionais de uma pessoa mais velha ou 'idosa' se correlacionam com as idades cronológicas de 50 até 65 anos, dependendo do cenário, da região e do país. Dosagem [0057] A composição nutricional é administrada na forma de 1 até 2 porções diárias, cada porção compreendendo entre 80 e 200 kcal, preferencialmente aproximadamente 150 kcal. Preferencialmente, a composição nutricional é administrada na forma de uma porção diária. Utilizando a composição nutricional em uma forma líquida, a porção pode compreender 50 até 250 mL de composição nutricional de acordo com a invenção, mais preferencialmente 200 mL por porção. Utilizando a composição nutricional em uma forma sólida, tal como um pó, a porção pode compreender 20 até 100 g de composição nutricional de acordo com a invenção, mais preferencialmente 30 até 70 g por porção, mais preferencialmente aproximadamente 40 g por porção. [0058] A composição nutricional pode ser administrada em um regime de dosagem, que pode variar em tempo e de acordo com as necessidades do paciente. Um regime típico compreende a administração de 2 porções diárias durante o período de tratamento, por exemplo, durante aproximadamente 3 meses, seguidas pela administração de uma porção diária para prevenção ou como uma dosagem de manutenção. Preferencialmente, a composição nutricional é administrada na forma de uma porção diária para prevenção ou como uma dosagem
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26/52 de manutenção.
Composições nutricionais [0059] A presente invenção refere-se ainda a composições nutricionais com alto teor de proteína e baixa caloria específicas para estimular a síntese de proteína muscular, na forma de um líquido ou de um sólido.
[0060] De acordo com uma modalidade, a invenção refere-se a uma composição nutricional líquida, adequada para estimular a síntese de proteína muscular, que compreende por 100 mL:
(i) menos de aproximadamente 100 kcal de energia, (ii) pelo menos aproximadamente 10 g de matéria proteinácea compreendendo pelo menos aproximadamente 80% em peso de proteína do soro do leite, em relação à matéria proteinácea total e que compreende pelo menos aproximadamente 11% em peso de leucina, em relação à matéria proteinácea total, dos quais pelo menos aproximadamente 20% em peso estão em uma forma livre, em relação à leucina total, (iii) uma fonte de gordura e uma fonte de carboidratos que podem ser digeridos e (iv) um ou mais micronutrientes selecionados do grupo de carotenoides, vitamina A, cálcio, magnésio, vitamina B6, vitamina C, vitamina D3, vitamina E, ácido fólico, vitamina B12, selênio e zinco. [0061] Preferencialmente, a composição nutricional líquida de acordo com a invenção compreende menos de 90 kcal, preferencialmente menos de 80 kcal de energia por 100 mL.
[0062] De acordo com uma modalidade adicional, a invenção refere-se a uma composição nutricional líquida que compreende por 100 mL:
(i) aproximadamente 75 kcal de energia, (ii) aproximadamente 10,5 g de matéria proteinácea com-
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27/52 preendendo aproximadamente 10 g de proteína do soro do leite e compreendendo aproximadamente 1,4 até aproximadamente 1,5 g de leucina do qual aproximadamente 0,4 g está em uma forma livre, (iii) aproximadamente 1,5 g de gordura e aproximadamente
4,4 até aproximadamente 4,8 g de carboidratos que podem ser digeridos, (iv) aproximadamente 0,15 mg de carotenoides, aproximadamente 75 pg de vitamina A, aproximadamente 375 pg de vitamina B6, aproximadamente 1,5 pg de vitamina B12, aproximadamente 16 mg de vitamina C, aproximadamente 10 pg de vitamina D3, aproximadamente 3,8 mg de vitamina E, aproximadamente 100 pg de ácido fólico, aproximadamente 7,5 pg de selênio, aproximadamente 1,1 mg de zinco e (v) opcionalmente, uma fonte de fibra dietética.
[0063] De acordo com uma modalidade adicional, a invenção refere-se a uma composição nutricional líquida que compreende por 100 mL:
(i) aproximadamente 75 kcal de energia, (ii) aproximadamente 10,5 g de matéria proteinácea compreendendo aproximadamente 10 g de proteína do soro do leite e compreendendo aproximadamente 1,5 g de leucina do qual aproximadamente 0,4 g está em uma forma livre, (iii) aproximadamente 1,5 g de gordura e aproximadamente
4,4 g de carboidratos que podem ser digeridos, (iv) aproximadamente 0,15 mg de carotenoides, aproximadamente 75 pg de vitamina A, aproximadamente 375 pg de vitamina B6, aproximadamente 1,5 pg de vitamina B12, aproximadamente 16 mg de vitamina C, aproximadamente 10 pg de vitamina D3, aproximadamente 3,8 mg de vitamina E, aproximadamente 100 pg de ácido fólico, aproximadamente 7,5 pg de selênio, aproximadamente 1,1 mg de
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28/52 zinco e (v) opcionalmente, uma fonte de fibra dietética.
[0064] De acordo com uma modalidade adicional, a invenção refere-se a uma composição nutricional líquida que compreende por 100 mL:
(i) aproximadamente 75 kcal de energia, (ii) aproximadamente 10,5 g de matéria proteinácea compreendendo aproximadamente 10 g de proteína do soro do leite e compreendendo aproximadamente 1,4 g de leucina do qual aproximadamente 0,4 g está em uma forma livre, (iii) aproximadamente 1,5 g de gordura e aproximadamente
4,4 g de carboidratos que podem ser digeridos, (iv) aproximadamente 0,15 mg de carotenoides, aproximadamente 75 pg de vitamina A, aproximadamente 375 pg de vitamina B6, aproximadamente 1,5 pg de vitamina B12, aproximadamente 16 mg de vitamina C, aproximadamente 10 pg de vitamina D3, aproximadamente 3,8 mg de vitamina E, aproximadamente 100 pg de ácido fólico, aproximadamente 7,5 pg de selênio, aproximadamente 1,1 mg de zinco e (v) opcionalmente, uma fonte de fibra dietética.
[0065] Quando uma fonte de fibra dietética é adicionada na composição anterior, é preferível adicionar uma quantidade total de aproximadamente 0,83 g de fibra dietética por 100 mL compreendendo 0,63 g de GOS, 0,07 g de FOS/inulina e 0,14 g de pectina de baixa viscosidade.
[0066] As ditas altas quantidades de proteína do soro do leite podem ser atingidas utilizando processos da invenção tais como os divulgados na WO 2009/113858, cujo conteúdo é incorporado aqui como referência.
[0067] De acordo com uma modalidade, a composição nutricional
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29/52 é embalada na forma de uma porção de 100 até 300 mL, mais preferencialmente na forma de uma porção de 200 mL.
[0068] De acordo com uma modalidade, a invenção refere-se uma composição nutricional sólida, adequada para estimular a síntese de proteína muscular, que compreende por 100 g de peso seco:
(i) menos de 500 kcal de energia, (ii) pelo menos 49 g de matéria proteinácea compreendendo pelo menos aproximadamente 80% em peso de proteína do soro do leite, em relação à matéria proteinácea total e que compreende pelo menos aproximadamente 11% em peso de leucina, em relação à matéria proteinácea total, dos quais pelo menos aproximadamente 20% em peso estão em uma forma livre, em relação à leucina total, (iii) uma fonte de gordura e uma fonte de carboidratos que podem ser digeridos, (iv) um ou mais micronutrientes selecionados do grupo de carotenoides, vitamina A, cálcio, magnésio, vitamina B6, vitamina C, vitamina D3, vitamina E, ácido fólico, vitamina B12, selênio e zinco. [0069] A composição nutricional sólida de acordo com a invenção compreende por 100 g, menos de 445 kcal, preferencialmente menos de 395 kcal de energia.
[0070] De acordo com uma modalidade, a invenção refere-se uma composição nutricional sólida, adequada para estimular a síntese de proteína muscular, que compreende por 100 g de peso seco:
(i) aproximadamente 375 kcal de energia, (ii) aproximadamente 52 até aproximadamente 53 g de matéria proteinácea que compreende aproximadamente 50 g de proteína do soro do leite e que compreende aproximadamente 7,2 até aproximadamente 7,5 g de leucina dos quais aproximadamente 1,8 até aproximadamente 2 g estão em uma forma livre, (iii) aproximadamente 7,5 g de gordura e aproximadamente
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30/52 até aproximadamente 24 g de carboidratos que podem ser digeridos, (iv) aproximadamente 0,75 mg de carotenoides, aproximadamente 376 pg de vitamina A, aproximadamente 1,88 mg de vitamina B6, aproximadamente 80 mg de vitamina C, aproximadamente 50 pg de vitamina D3, aproximadamente 18,8 mg de vitamina E, aproximadamente 500 pg de ácido fólico, aproximadamente 7,5 pg de vitamina B12, aproximadamente 38 pg de selênio, aproximadamente 5,5 mg de zinco e (v) opcionalmente, uma fonte de fibra dietética.
[0071] De acordo com uma modalidade, a invenção refere-se uma composição nutricional sólida, adequada para estimular a síntese de proteína muscular, que compreende por 100 g de peso seco:
(i) aproximadamente 375 kcal de energia, (ii) aproximadamente 52 g de matéria proteinácea que compreende aproximadamente 50 g de proteína do soro do leite e que compreende aproximadamente 7,5 g de leucina dos quais aproximadamente 1,9 g está em uma forma livre, (iii) aproximadamente 7,5 g de gordura e aproximadamente 23 g de carboidratos que podem ser digeridos, (iv) aproximadamente 0,75 mg de carotenoides, aproximadamente 376 pg de vitamina A, aproximadamente 1,88 mg de vitamina B6, aproximadamente 80 mg de vitamina C, aproximadamente 50 pg de vitamina D3, aproximadamente 18,8 mg de vitamina E, aproximadamente 500 pg de ácido fólico, aproximadamente 7,5 pg de vitamina B12, aproximadamente 38 pg de selênio, aproximadamente 5,5 mg de zinco e, (v) opcionalmente, uma fonte de fibra dietética.
[0072] De acordo com uma modalidade, a invenção refere-se uma composição nutricional sólida, adequada para estimular a síntese de
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31/52 proteína muscular, que compreende por 100 g de peso seco:
(i) aproximadamente 375 kcal de energia, (ii) aproximadamente 52 g de matéria proteinácea que compreende aproximadamente 50 g de proteína do soro do leite e que compreende aproximadamente 7,2 g de leucina dos quais aproximadamente 2 g estão em uma forma livre, (iii) aproximadamente 7,5 g de gordura e aproximadamente 23 g de carboidratos que podem ser digeridos, (iv) aproximadamente 0,75 mg de carotenoides, aproximadamente 376 pg de vitamina A, aproximadamente 1,88 mg de vitamina B6, aproximadamente 80 mg de vitamina C, aproximadamente 50 pg de vitamina D3, aproximadamente 18,8 mg de vitamina E, aproximadamente 500 pg de ácido fólico, aproximadamente 7,5 pg de vitamina B12, aproximadamente 38 pg de selênio, aproximadamente 5,5 mg de zinco e, (v) opcionalmente, uma fonte de fibra dietética.
[0073] Quando uma fonte de fibra dietética é adicionada na composição anterior, é preferível adicionar uma quantidade total de 4,13 g de fibra dietética compreendendo aproximadamente 3,1 g de GOS, 0,34 g de FOS/inulina e 0,69 g de pectina de baixa viscosidade por 100 g de peso seco.
[0074] Preferencialmente, a composição nutricional sólida de acordo com a invenção é formada na forma de um pó, capaz de ser dissolvida em uma solução aquosa.
[0075] Preferencialmente, a composição nutricional sólida de acordo com a invenção é apresentada na forma de uma porção de aproximadamente 20 até 70 g, mais preferencialmente de aproximadamente 40 g.
[0076] O pó pode ser apresentado na forma de um sachê, um copo e similares, possuindo o tamanho de aproximadamente o tamanho de
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32/52 uma porção ou pode ser apresentado em um recipiente, compreendendo várias porções, tais como 7 até 25 porções, por exemplo, 10 até 25 porções, opcionalmente acompanhadas com um dispositivo de medida tal como uma colher.
[0077] Em relação tanto à composição nutricional líquida quanto sólida de acordo com a invenção, uma ou mais das especificações a seguir se aplicam:
- a quantidade de gordura pode variar entre 10 e 35 en%, preferencialmente entre 15 e 30 en%;
- a quantidade de carboidrato pode variar entre 10 e 35 en%, preferencialmente entre 15 e 30 en%;
- as quantidade relativas da soma de gordura e carboidrato variam entre 10 e 60 en%, por exemplo, entre 30 e 60 en%;
- a matéria proteinácea compreende pelo menos aproximadamente 85% em peso de proteína do soro do leite, preferencialmente pelo menos aproximadamente 90% em peso e mais preferencialmente aproximadamente 95% em peso de proteína do soro do leite.
- a matéria proteinácea compreende pelo menos 45% em peso, preferencialmente pelo menos 47% em peso e mais preferencialmente pelo menos aproximadamente 50% em peso de aminoácidos essenciais (EAA).
- a matéria proteinácea compreende pelo menos aproximadamente 12% em peso, preferencialmente pelo menos aproximadamente 12,5% em peso, mais preferencialmente pelo menos aproximadamente 13% em peso de leucina.
- a matéria proteinácea compreende pelo menos aproximadamente 22,5% em peso, preferencialmente pelo menos aproximadamente 26% em peso de leucina em uma forma livre, em relação à quantidade de leucina total.
- a matéria proteinácea compreende leucina total, valina to
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33/52 tal e isoleucina total em uma proporção de leucina: valina:isoleucina total de aproximadamente 1,7-3:1:1.
- a composição nutricional compreende ainda uma ou mais fibras dietéticas selecionadas do grupo de GOS de cadeia curta, FOS de cadeia longa, inulina e pectina de baixa viscosidade.
[0078] As composições de acordo com a invenção podem ser preparadas através dos métodos conhecidos pelos peritos na arte, em particular como divulgado na WO 2009/113858, que é incorporada aqui como referência em sua totalidade. Os pós podem ser produzidos através de métodos comumente conhecidos na arte pelo perito na arte, tal como secagem por spray da composição líquida ou mistura a seco de ingredientes em pó ou uma combinação de ambos.
[0079] A invenção será agora adicionalmente elucidada por vários exemplos, sem ficar limitada ou ligada aos mesmos.
DESCRIÇÃO DAS FIGURAS [0080] Figura 1: Curvas de tempo para concentrações médias de leucina no soro.
[0081] Figura 2: Curvas de tempo para concentrações totais médias de aminoácidos essenciais no soro.
[0082] Figura 3: Curvas de tempo para concentração total média de aminoácidos do soro.
[0083] Figura 4: Diagrama esquemático de estudo clínico. EXPERIMENTAL
1. ESTUDO CLÍNICO [0084] Foi realizado um estudo clínico com o objetivo de avaliar o efeito agudo da fonte de proteínas e a densidade calórica da composição nutricional oral com alto teor de proteína sobre is níveis de aminoácidos no soro nos idosos. Para isto, foi comparado um soro do leiteproteína (21 g) com alto teor de proteína, rico em leucina (3 g), composição de baixo teor calórico (composição de acordo com a invenção
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- Ativo) com uma composição nutricional oral isonitrogenada com caseína-proteína (Controle 1, baixo calórico) ou com alta densidade calórica (Controle 2, caseína-proteína; Controle 3, proteína do soro do leite-proteína). Um projeto aleatório, controlado, cego, cruzado em 12 sujeitos idosos saudáveis (5 do sexo masculino, 7 do sexo feminino), recrutados em um banco de dados de voluntários em uma unidade de pesquisa clínica na Holanda como utilizado. Os sujeitos estavam entre 65 e 70 anos de idade e possuíam peso normal ou um pouco acima do peso (Índice de Massa Corpórea (BMI) na faixa de 21,7 - 29,7 kg/m2). Foi realizada estatística utilizando uma análise de modelo mista de variância com efeito aleatório para sujeitos, efeito fixo para fonte de proteínas (2 níveis: proteína do soro do leite, caseína) e densidade calórica (2 níveis: baixo, alto) e interação fixa de fonte de proteínas * densidade calórica. O modelo estatístico incluiu albumina do soro, proteína C-reativa de soro (CRP) e concentração de parâmetro de resultado no soro de linha de base como covariáveis. Foram realizadas análises adicionais sobre a concentração máxima de leucina no soro (Leumax), que utiliza idade, nível de atividade física, sexo ou BMI (categorias < 25 e > 25 kg/m2) como covariável adicional. Foram utilizados testes bilaterais com α=0,05.
[0085] Leumax era significativamente maior para Ativo comparado ao Controle 1 (521 vs. 260 pmoles/L, p < 0,001). O efeito de fonte de proteínas foi similar para os produtos altamente calóricos; Leumax foi significativamente mais alto para o Controle 3 comparado ao Controle 2 (406 vs. 228 pmoles/L, p < 0,001). A ingestão dos produtos de baixa caloria levou a Leumax significativamente mais alto comparado aos produtos de alta caloria (p < 0,001 para análises agrupadas). O efeito da fonte de proteínas era mais forte para os produtos de baixa caloria (p < 0,001 para efeito de interação). Estes efeitos (de fonte de proteínas, densidade calórica e interação) também foram apresentados para
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35/52 concentração de aminoácido essencial máximo total do soro (EAAmax) e concentração de aminoácidos do soro máxima total (AAmax). A fonte de proteínas e a densidade calórica também afetaram a área incremental sob a curva (iAUC) durante 4 horas depois da ingestão do produto para leucina (44.588 pmoles/L*min [Ativo] vs. 22,207 pmoles/L*min [Controle 1], p < 0,001; 35,952 pmoles/L*min [Controle 3] vs. 15,793 pmoles/L*min [Controle 2], p < 0,001 e p < 0,001 para análises agrupadas de produtos de baixa caloria vs. de alta caloria). Os mesmos efeitos foram apresentados para iAUC EAA e iAUC AA. O tempo necessário para atingir metade da iAUC (t/) para leucina foi significativamente mais curto para Ativo comparado com o Controle 1 (87 vs. 119 min, p < 0,001) e foi significativamente mais curto para o Controle 3 comparado com o Controle 2 (101 vs. 118 min, p=0,003). O efeito da fonte de proteínas sobre t/ também foi descoberto para EAA e AA. A concentração máxima de insulina no soro não diferiu entre Ativo nem Controle 1 (p = 0,915), nem entre Controle 3 e Controle 2 (p = 0,989). Não houve efeito de interação entre fonte de proteínas e densidade calórica para a concentração máxima de insulina no soro (p = 0,933). A ausência de efeito de fonte de proteínas e o efeito da interação também foi descoberto para iAUC de insulina no soro. A concentração máxima de glicose no soro era significativamente menor para Ativo comparada com o Controle 1: 5,54 vs. 6,05 mmoles/L (p=0,013). O efeito de fonte de proteínas estava ausente para os produtos de alta caloria (Controle 3 [6,42 mmoles/L] vs. Controle 2 [6,66 mmoles/L], p=0.195). Não houve efeito de interação entre a fonte de proteínas e a densidade calórica para a concentração máxima de glicose no soro (p=0.314). O efeito de fonte de proteínas e o efeito de interação estavam ausentes para a iAUC de glicose no soro. O efeito de densidade calórica foi apresentado para concentração máxima e iAUC, tanto para insulina como para glicose, com valores menores para os produtos de
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36/52 baixa caloria (todos os valores de p <0,001 para análises agrupadas). Não houve diferenças clinicamente relevantes em eventos adversos nem sintomas GI observados. Os sinais vitais e os perfis de valina e isoleucina no soro não levam a preocupações com segurança. Ativo estava associado com menos saciedade do que o Controle 1; especialmente a fome era maior, durante 4 horas após a ingestão.
[0086] Este estudo confirmou que a proteína do soro do leite é uma fonte mais rápida de aminoácidos do que a proteína caseína, resultando em níveis mais altos de aminoácidos no soro. De forma surpreendente, a baixa densidade calórica também confirma o efeito de fonte de proteínas sobre os níveis de aminoácidos. A combinação de proteína do soro do leite e baixa densidade calórica forneceu o efeito mais acentuado sobre a concentração máxima de leucina. Portanto, o produto Ativo é preferido para provocar a síntese de proteína muscular; pelo menos em relação aos produtos de caseína e provavelmente também em relação a um equivalente de alta caloria. Nenhuma diferença clinicamente relevante em níveis de insulina e de glicose foi observada entre os produtos que contêm proteína do soro do leite e caseína. Não houve preocupações de segurança relacionadas ao consumo de 1 dosagem de qualquer um dos produtos do estudo. O estudo clínico demonstrou que a composição (150 kcal no estudo clínico) resultou em mais altos níveis no sangue (nível máximo/pico e iAUC) de leucina, aminoácidos essenciais e aminoácidos totais comparados com uma composição proteinácea similar em 320 kcal (aproximadamente 26 en% de proteína). A composição resulta e maiores e mais rápidos níveis no sangue (nível máximo/pico e iAUC) de leucina, aminoácidos essenciais e aminoácidos totais comparados com uma composição proteinácea que contenha 100% de proteína caseína lenta, seja como 150 kcal ou 320 kcal.
[0087] Estes dados sugerem que a disponibilidade biológica (peri
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37/52 férica) de aminoácidos anabólicos (leucina e aminoácidos essenciais) é ótima com a composição compreendendo proteína do soro do leiteleucina como a fonte de proteínas em uma formulação que contém baixas calorias (em parte originando-se de gordura e CHO). Como é sabido pela literatura que os níveis de leucina e de aminoácidos essenciais no sangue estão relacionados positivamente ao estímulo da síntese de proteínas no músculo, é antecipado que o estímulo de síntese de proteína muscular é ótimo com a composição nutricional proposta.
Detalhes
Sujeitos e Métodos
Sujeitos [0088] 12 sujeitos idosos saudáveis (5 do sexo masculino, 7 do sexo feminino; de idade entre 65 e 70 anos faixa de BMI 21,7 - 29,7 kg/m2) participaram deste estudo aleatório, controlado, cego, cruzado. Os sujeitos com conhecimento ou suspeita de Diabetes Mellitus (concentração de glicose > 7,0 mmoles/L) foram excluídos do estudo. Além disso, foram excluídos os sujeitos no caso de qualquer (histórico de) doença gastrintestinal que interfira na função gastrintestinal, notória alergia a leite e a produtos do leite ou galactosemia, atual ou recente (dentro dos últimos três meses) com perfuração, infecção atual ou febre nos últimos 7 dias a critério do médico, uso de antibióticos dentro de 3 semanas do inicio do estudo, uso atual de corticoesteroides, hormônios, anti-ácidos ou de qualquer medicação que influenciasse a produção de ácido gástrico, requisito para qualquer reforço nutricional ou adesão a qualquer dieta específica (por exemplo, para perda de peso, vegetariana).
[0089] Todos os sujeitos assinaram um termo de consentimento informado e foram aleatoriamente atribuídos para receber uma única ordem dos 4 produtos de estudo. Os produtos de estudo eram: 1) O
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38/52 produto de acordo com a invenção : Ativo: alto teor de proteína do soro do leite-leucina, 150 kcal; 2) Controle 1: alto teor de caseína, 150 kcal; 3) Controle 2: alto teor de caseína, 320 kcal; 4) Controle 3: alto teor de proteína do soro do leite-leucina, 320 kcal (Tabela 1). Cada produto de estudo foi administrado como um bolo (consumido dentro de 5 minutos) em uma formulação líquida.
Tabela 1. Composição nutricional dos produtos do estudo
Nutrientes |
Unidade |
Ativo |
Controle 1 |
Controle 2 |
Controle 3 |
|
|
Alto teor de soro do leite/Leu 150kcal |
Alto teor de Caseína 150kcal |
Alto teor de Caseína 320kcal |
Alto teor de soro do leite/Leu alta 320kcal |
Energia |
kcal |
150 |
150 |
320 |
320 |
Proteína |
g |
21 |
21 |
21 |
21 |
- soro do leite intacta |
g |
20 |
- |
- |
20 |
- caseína |
g |
- |
21 |
21 |
- |
- Leucina (total) |
g |
3 |
2 |
2 |
3 |
- EAA (total) |
|
10 |
9 |
9 |
10 |
Carboidrato |
g |
10,5 |
10,1 |
32,0 |
32,9 |
Gordura |
_ |
3 |
3 |
12 |
12 |
Protocolo experimental [0090] Os sujeitos visitaram o local para a pesquisa em um estado de jejum em 4 manhãs separadas. Depois de ingerir o produto do estudo, os sujeitos permaneceram no local durante 4 horas para serem submetidos a avaliações do estudo. As consultas foram de pelo menos 1 semana de intervalo (7-10 dias após a consulta anterior). A Figura 4 apresenta um diagrama esquemático do estudo.
[0091] Em cada consulta, os sujeitos foram questionados a respeito de doenças intercorrentes, uso intercorrente de medicação e de suplementos nutricionais e ingestão de dieta e atividades físicas durante as últimas 24 horas. Se os sujeitos a) experimentaram uma infecção ou uma febre durante os últimos 7 dias, b) utilizaram antibióticos, corticosteroides, hormônios, antiácidos ou qualquer medicação que influenciasse a produção de ácido gástrico ou c) se não estavam em um
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39/52 estado de jejum3 a consulta foi remarcada.
[0092] O protocolo em cada consulta foi idêntico e incluiu: a tolerância GI foi avaliada na linha base (-30 min), pressão sanguínea (BP) e taxa de batimentos cardíacos (HR) a t= -20 min. Uma cânula flexível para retirada de sangue foi colocada em uma veia do antebraço para retirada de amostra de sangue. O produto do estudo foi consumido (T0) e foram retiradas amostras de sangue (5 ml) durante todo o período de estudo de 4 horas: 2 amostras a t= -15 min e as outras 13 amostras a t= : 0 min (antes da ingestão do produto), 15 min, 30 min, 45 min, 1 h, 1 h 15 min, 1 h 30 min, 1 h 45 min, 2 h, 2 h 30 min, 3 h, 3 h 30 min e 4 horas. As amostras de sangue foram retiradas com o sujeito na posição sentada. Pressão sanguínea, taxa de batimentos cardíacos e tolerância GI foram medidas de novo a t=4 h.
Análise da amostra [0093] O sangue foi centrifugado para obter soro, que foi armazenado subsequentemente a -20 graus Celsius até a análise. As concentrações de soro de 21 aminoácidos (leucina, isoleucina, valina, histidina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina, triptofano, alanina, arginina, asparaginas, ácido aspártico, citrulina, cisteina, ácido glutâmico, glutamina, glicina, serina, taurina e tirosina) foram analisadas para todos os pontos do tempo, utilizando HPLC, como é bem sabido a pessoa perita na técnica. As concentrações dos 9 aminoácidos essenciais: histidina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina, triptofano e valina são somadas (EAA). As concentrações de todos os 21 aminoácidos são somadas (AA).
Análise estatística [0094] Todas as variáveis dependentes foram analisadas utilizando um modelo misto com um efeito desordenado para sujeitos, um efeito fixo para os fatores proteína (2 níveis: proteína do soro do leite, caseína) e densidade calórica (2 níveis: baixo, alto) e uma interação
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40/52 fixas de densidade calórica da proteína*. Em análises separadas, para analisar as diferenças entre os tratamentos, a diferença entre o produto Ativo e o Controle 1 foi analisada, bem como Ativo vs. Controle 3 e Controle 1 vs. Controle 2.
Resultados
Leucina do Soro [0095] As curvas do tempo para concentração média de leucina no soro são apresentadas na figura 1.
[0096] A concentração máxima de leucina no soro era significativamente mais alta em Ativo do que no Controle 1: 521 vs. 260 pmoles/L (p<0,001).
[0097] Esta diferença entre a proteína do soro do leite + leucina vs. caseína para os produtos de baixa caloria foi, até uma menor extensão, também observada para os produtos de alta caloria (Controle 3 [406 pmoles/L] vs. Controle 2 [228 pmoles/L], p<0,001).
[0098] As análises agrupadas dos produtos de baixa caloria vs. os produtos de alta caloria (Ativo e Controle 1 vs. Controle 2 e Controle 3) apresentaram Leumax significativamente mais alta para a baixa densidade calórica (p < 0,001). Este efeito foi mais forte para os produtos ricos em leucina com proteína do soro do leite alta (Ativo vs. Controle 3, p<0,001), do que para os produtos com alto teor de caseínaproteína (Controle 1 e Controle 2, p=0,042), refletidos pelo efeito de interação significativo entre a fonte de proteínas e a densidade calórica (p < 0,001).
[0099] iAUC Leu era significativamente mais alta em Ativo do que no Controle 1: 44588 vs. 22207 pmoles/L*min (p<0,001). Esta diferença entre proteína do soro do leite + leucina vs. caseína para os produtos de baixa caloria também foi observada para os produtos de alta caloria (Controle 3 [35952 pmoles/L*min] vs. Controle 2 [15793 pmoles/L*min], p<0,001). A análise agrupada dos produtos de baixa caloria
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41/52 vs. os produtos de alta caloria apresentou iAUC Leu significativamente mais alta para baixa densidade calórica (p<0,001). Não houve efeito de interação significativo entre a fonte de proteínas e a densidade calórica para iAUC Leu (p=0,286).
[00100] t/ Leu era significativamente mais baixa em Ativo do que no Controle 1: 87 vs. 119 min (p<0,001). A diferença entre proteína do soro do leite + leucina vs. caseína também foi observada para os produtos de alta caloria (Controle 3 [101 minutos] vs. Controle 2 [118 min], p=0,003). Não houve diferença significativa entre baixa e alta densidade calórica (p=0.100). Houve uma tendência para o efeito de interação entre fonte de proteínas e densidade calórica (p=0,074).
Aminoácidos essenciais no Soro (EAA) [00101] As curvas do tempo para a concentração média total de aminoácido essencial no soro são apresentadas na figura 2.
[00102] A concentração total de aminoácido essencial no soro na linha base (EAAlinha de base) estava a um nível similar para todos os produtos (860 - 890 μ moles/L). EAAlinha de base foi incluida como covariável no modelo estatístico.
[00103] A concentração máxima de aminoácido essencial no soro (EAAmax) era significativamente mais alta em Ativo do que no Controle 1: 2187 vs. 1540 pmoles/L (p<0,001). Esta diferença entre a proteína do soro do leite + leucina vs. caseína para os produtos de baixa caloria foi, até uma menor extensão, também observada para os produtos de alta caloria (Controle 3 [1792 pmoles/L] vs. Controle 2 [1420 pmoles/L], p<0,001).
[00104] A análise agrupada dos produtos de baixa caloria vs. os produtos de alta caloria apresentou EAAmax significativamente mais alta para a baixa densidade calórica (p<0,001). Este efeito era mais forte para os produtos ricos em leucina com proteína do soro do leite alta (Ativo vs. Controle 3, p<0,001), do que para os produtos com pro
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42/52 teína caseína alta (Controle 1 e Controle 2, p=0,023), refletidos pelo efeito de interação significativo entre a fonte de proteínas e a densidade calórica (p<0,001).
[00105] iAUC EAA foi significativamente mais alta em Ativo do que no Controle 1: 129793 vs. 100516 pmoles/L*min (p<0,001). Esta diferença entre proteína do soro do leite + leucina vs. caseína para os produtos de baixa caloria também foi observada para os produtos de alta caloria (Controle 3 [101181 pmoles/L*min] vs. Controle 2 [75181 pmoles/L*min], p<0,001). A análise agrupada dos produtos de baixa caloria vs. os produtos de alta caloria apresentou iAUC EAA significativamente mais alta para a baixa densidade calórica (p<0,001). Não houve efeito de interação significativo entre a fonte de proteínas e a densidade calórica para iAUC EAA (p=0,673).
[00106] t/ EAA foi significativamente mais baixa em Ativo do que no Controle 1: 83 vs. 115 min (p<0,001). A diferença entre proteína do soro do leite + leucina vs. caseína também foi observada para os produtos de alta caloria (Controle 3 [94 min] vs. Controle 2 [117 min], p<0,001). Houve uma tendência para um efeito de densidade calórica sobre t/ EAA (p=0,093). O efeito de interação entre a fonte de proteínas e a densidade calórica estava ausente (p=0,223).
Aminoácidos Totais (AA) [00107] As curvas de tempo para concentração total média de aminoácidos do soro são mostradas na figura 3.
[00108] A concentração total de aminoácidos do soro na linha de base (AAlinha de base) era similar para todos os produtos (2780 - 2880 μmol/L). A AAlinha de base foi incluída como covariante no modelo estatístico.
[00109] A concentração máxima de aminoácidos do soro (AAmax) era significativamente maior em Ativo do que no Controle 1:4687 vs. 3946 μmol/L (p<0,001). Esta diferença entre proteína do soro do leite +
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43/52 leucina vs. caseína para os produtos de baixa caloria também foi observada para os produtos de alta caloria (Controle 3 [4141 μ mol/L] vs. Controle 2 [3699 μmol/L], p<0,001).
[00110] A análise de grupos dos produtos de baixa caloria vs. de alta caloria mostrou significativamente AAmax maior para a densidade de baixa caloria (p<0,001). Este efeito era mais forte para os produtos ricos em leucina com proteína do soro do leite alta (Ativo vs. Controle 3, p<0,001), do que para os produtos com alto teor de proteína caseína (Controle 1 e Controle 2, p=0,003), refletido pelo efeito de interação significativo entre fonte de proteínas e densidade calórica (p=0,015).
[00111] iAUC AA era significativamente maior em Ativo do que no Controle 1:162702 vs. 143018 μ mol/L*min (p=0,032). Esta diferença entre proteína do soro do leite + leucina vs. caseína para os produtos de baixa caloria também foi observada para os produtos de alta caloria (Controle 3 [128047 μmol/L*min] vs. Controle 2 [105525 μmol/L*min], p=0,008). A análise de grupos dos produtos de baixa caloria vs. de alta caloria exibia iAUC AA significativamente maior para a densidade de baixa caloria (p<0,001). Não há um efeito de interação significativo entre a fonte de proteínas e a densidade calórica para iAUC AA (p=0,819).
[00112] t/ AA era significativamente menor em Ativo do que no Controle 1:78 vs. 101 min (p<0,001). A diferença entre proteína do soro do leite + leucina vs. caseína também foi observada para os produtos de alta caloria (Controle 3 [87 min] vs. Controle 2 [103 min], p=0,007). Não havia diferença significativa entre densidade calórica baixa e alta (p=0,199). O efeito de interação entre a fonte de proteínas e a densidade calórica para t/ AA era ausente (p=0,413).
Conclusão [00113] A concentração de leucina no soro aumentou até acima de 500 μmols/L após a ingestão do produto de baixa caloria rico em leuci
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44/52 na com proteína do soro do leite alta. A diferença em Leumax com o produto de baixa caloria com alto teor de caseína (520 vs. 260 qmol/L) era maior que o esperado. A suposição a priori sobre o efeito de intervenção era uma diferença de 100 qmol/L em Leumax entre Ativo e Controle 1, estimada partindo de Dangin e outros. [15]. As concentrações de EAA no soro eram também mais altas após a ingestão do produto de baixa caloria rico em leucina com proteína do soro do leite alta comparado com o produto de baixa caloria com alto teor de caseína.
[00114] Este estudo confirmava que a proteína do soro do leite é uma fonte de aminoácidos mais rápida que a proteína caseína, que é considerada uma proteína lenta [7]. A taxa de aparecimento de aminoácidos na circulação era muito maior, refletida pelo tempo até a metade da iAUC. t/ era mais curto para os produtos ricos em leucina com proteína do soro do leite alta; não somente para leucina e aminoácidos essenciais totais, mas também para aminoácidos totais. As curvas de tempo para aminoácidos individuais, sem ser leucina, confirmaram isto.
[00115] O pico de leucina alto para os produtos ricos em leucina com proteína do soro do leite alta era mais pronunciado para o produto de baixa caloria. Os valores de Leumax para os produtos de alta caloria eram 406 (ricos em leucina com proteína do soro do leite alta) e 228 (proteína caseína alta) qmol/L. As concentrações de leucina acima de 300 qmol/L pareciam eficientes no estímulo da síntese de proteína muscular nos idosos [35] [infusão de aminoácidos]; [36] [nutrição suplementada com leucina]). Embora não existam dados evidentes sobre a relação de resposta à dose entre leucina do soro e síntese de proteína muscular, foi levantada a hipótese de que o produto rico em leucina com proteína do soro do leite alta de baixa caloria é o produto preferido para estimular a síntese de proteína muscular.
2. COMPOSIÇÕES NUTRICIONAIS
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45/52 [00116] As composições nutricionais a seguir de acordo com a invenção são adequadas para a prevenção ou para o tratamento de uma doença ou um estado de saúde em um mamífero, por exemplo, um mamífero idoso, que envolve a síntese de proteína muscular.
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Ingrediente |
Mais preferido por 100 kcal |
Líquido alimentado por goles I (por 100 mL) |
Líquido alimentado por goles II (por 100 mL) |
Líquido alimentado por goles III (por 100 mL) |
Pó I (por 100 g) |
Pó II (por 100 g) |
Pó III (por 100 g) |
Energia (kcal) |
100 |
75 |
75 |
75 |
375 |
375 |
375 |
proteína (En%) |
55 |
56 |
55 |
55 |
56 |
55 |
55 |
gordura (En%) |
18 |
18 |
18 |
18 |
18 |
18 |
18 |
carbs que podem ser digeridos (En%) |
25 |
23 |
24 |
24 |
23 |
25 |
25 |
carbs que não podem ser digeridos (En%) |
2 |
3 |
3 |
3 |
3 |
2 |
2 |
Proteína total (g) |
14,0 |
10,5 |
10,5 |
10,5 |
52,7 |
51,9 |
51,9 |
Proteína do soro do leite intacta (g) |
13,3 |
10,0 |
10 |
10 |
50,0 |
49,1 |
49,1 |
(% em peso de p.m.) |
(95% |
(95% em |
(95% |
(95% |
(95% |
(95% |
(95% |
|
em peso) |
peso) |
em peso) |
em peso) |
em peso) |
em peso) |
em peso) |
Leucina livre (g) |
0,5 |
0,4 |
0,4 |
0,4 |
2,0 |
1,8 |
1,9 |
(% em peso de Leu total) |
(26% |
(26% |
(26% |
(26% |
(26% |
(26% |
(26% |
|
em peso) |
em peso) |
em peso) |
em peso) |
em peso) |
em peso) |
em peso) |
Leucina total (g) |
2,0 |
1,5 |
1,4 |
1,5 |
7,5 |
7,2 |
7,5 |
(% em peso de p.m.) |
(14% |
(14% |
(14% |
(14% |
(14% |
(14% |
(14% |
|
em peso) |
em peso) |
em peso) |
em peso) |
em peso) |
em peso) |
em peso) |
Isoleucina total (g) |
1,0 |
0,75 |
0,7 |
0,7 |
3,75 |
3,5 |
3,5 |
Valina total (g) |
1,0 |
0,75 |
0,7 |
0,7 |
3,75 |
3,5 |
3,5 |
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Ingrediente |
Mais preferido por 100 kcal |
Líquido alimentado por goles I (por 100 mL) |
Líquido alimentado por goles II (por 100 mL) |
Líquido alimentado por goles III (por 100 mL) |
Pó I (por 100 g) |
Pó II (por 100 g) |
Pó III (por 100 g) |
EAA (g)
(% em peso de p.m.) |
7,0 (50% em peso) |
5,3 (50% em peso) |
5,3 (50% em peso) |
5,3 (50% em peso) |
26,4 (50% em peso) |
26 (50% em peso) |
26 (50% em peso) |
Gordura (g) |
2,0 |
1,5 |
1,5 |
1,5 |
7,5 |
7,5 |
7,5 |
Carboidratos que podem ser digeridos (g) |
6,4 |
4,8 |
4,4 |
4,4 |
23,9 |
23,1 |
23,1 |
Carboidratos que não podem ser ingeridos (g) |
1,11 |
0,84 |
0,98 |
0,98 |
4,17 |
4,17 |
4,17 |
GOS (g) |
0,83 |
0,63 |
0,63 |
0,63 |
3,13 |
3,13 |
3,13 |
FOS/inulina (g) |
0,09 |
0,07 |
0,07 |
0,07 |
0,35 |
0,35 |
0,35 |
Pectina de baixa viscosidade (g) |
0,19 |
0,14 |
0,14 |
0,14 |
0,69 |
0,69 |
0,69 |
Zinco (mg) |
1,5 |
1,1 |
1,1 |
1,1 |
5,5 |
5,5 |
5,5 |
Selênio (pg) |
10 |
7,5 |
7,5 |
7,5 |
37,5 |
38 |
38 |
Carotenoides (pg) |
200 |
150 |
150 |
150 |
750 |
750 |
750 |
Vitamina C (mg) |
21,3 |
16,0 |
16,0 |
16,0 |
80,0 |
80,0 |
80,0 |
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Ingrediente |
Mais preferido por 100 kcal |
Líquido alimentado por goles I (por 100 mL) |
Líquido alimentado por goles II (por 100 mL) |
Líquido alimentado por goles III (por 100 mL) |
Pó I (por 100 g) |
Pó II (por 100 g) |
Pó III (por 100 g) |
Vitamina E (mg-a-TE) |
5,0 |
3,8 |
3,8 |
3,8 |
18,8 |
19 |
19 |
Vitamina D3 ^g) |
13,3 |
10,0 |
10,0 |
10,0 |
50,0 |
50,0 |
50,0 |
Vitamina B6 ^g) |
500 |
375 |
375 |
375 |
1875 |
1882 |
1882 |
Ácido fólico (pg) |
133 |
100 |
100 |
100 |
500 |
501 |
501 |
Vitamina B12 (pg) |
2,0 |
1,5 |
1,5 |
1,5 |
7,5 |
7,5 |
7,5 |
Vitamina A (pg) |
100 |
75 |
75 |
75 |
375 |
376 |
376 |
Tamanho da porção |
- |
200 mL |
200 mL |
200 mL |
40 g |
40 g |
40 g |
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