BR102015031536A2

BR102015031536A2 - método para a manufatura de componentes de veículos/componentes estruturais a partir de material de plástico

Info

Publication number: BR102015031536A2
Application number: BR102015031536A
Authority: BR
Inventors: Günter Wolfsberger; Wolfgang Dietz
Original assignee: Magna Steyr Fahrzeugtechnik Ag
Priority date: 2014-12-22
Filing date: 2015-12-16
Publication date: 2016-12-27
Also published as: EP3037239B1; CA2915639C; PL3037239T3; KR20160076464A; CA2915639A1; EP3037239A1; JP2016120908A; KR101878756B1; BR102015031536B1; RU2015154777A; CN105711108B; RU2633094C2; BR102015031536B8; ES2727473T3; US20160176460A1; JP6294298B2; CN105711108A; MX2015017850A

Abstract

"método para a manufatura de componentes de veículos/componentes estruturais a partir de material de plástico". a presente invenção refere-se a um método que deve ser refinado de uma maneira tal que um dispositivo de posicionamento confiável e reproduzível com precisão possa ser gerado/criado em plástico e em compósitos de fibra-plástico no curso da (própria) manu-fatura dos componentes e usado diretamente para as etapas seguintes de manufatura e montagem em ou de componentes de veícu-los/componentes estruturais, etc., e assegurar um posicionamento dos componentes do veículo no processo de manufatura e montagem, e em que, nos componentes do veículo a ser manufaturados ou monta-dos, o perigo de enfraquecimentos estruturais com relação à interrup-ção linhas de força e/ou fibras, por exemplo, por furos broqueados, é reduzido/evitado. isso é conseguido em virtude do fato que os compo-nentes do veículo/componentes estruturais, para o posicionamento durante a manufatura e/ou o posicionamento durante a montagem com outros componentes do veículo/componentes estruturais e/ou o posici-onamento no veículo motorizado, têm um sistema de pontos de refe-rência que é já introduzido ou aplicado durante a produção dos com-ponentes, em que, para a formação dos pontos de referência, existe uma multiplicidade de opções de desenho, por exemplo, pontos de re-ferência na forma de rebaixos, depressões, elevações, bordas, regiões planares que podem ser formadas.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "MÉTODO PARA A MANUFATURA DE COMPONENTES DE VEÍCU-LOS/COMPONENTES ESTRUTURAIS A PARTIR DE MATERIAL DE PLÁSTICO".

CAMPO TÉCNICO

[001] A presente invenção refere-se a um método para a manufatura de componentes de veículos ou componentes estruturais a partir de um material de plástico.

ANTECEDENTES

[002] Na manufatura e montagem de componentes de veículos na indústria automotiva, é atualmente habitual, a fim de assegurar um posicionamento confiável e exatamente repetível com precisão os componentes e subconjuntos de veículos, o emprego do que é chamado sistema de pontos de referência. Tal sistema de pontos de referência é conhecido pela designação RPS. Esse conceito de pontos de referência permite um posicionamento claro e reproduzível de peças individuais, subconjuntos, no veículo completo. Desse modo, em particular, as tolerâncias dos componentes/subconjuntos de veículos podem ser mutuamente coordenadas e uma posição reproduzível dos componentes do veículo pode ser obtida por todo o processo de manufatura. A base desse RPS é a fixação de posições de pontos específicos (pontos de referência) nos componentes do veículo em ordem para definir por esse meio os planos de referência. O sistema de pontos de referência (RPS) é baseado em um sistema de coordenadas do veículo que tem a sua origem centralmente e em nível com o eixo dianteiro de um veículo. Os pontos de referência de um componente apropriado do veículo, por um lado, formam um sistema de coordenadas orientado para os componentes, o qual é importante para o método de manufatura do componente do veículo, ao passo que, por outro lado, a posição do componente do veículo com relação a outros com- ponentes do veículo, e também dentro do sistema de coordenadas do veículo, é fixa. A definição dos planos de referência é realizada através de elementos geométricos, tais como furos broqueados, bordas ou pontos nos elementos de superfície. A fim de que os planos de referência sejam definidos claramente, todos os seis graus de liberdade devem ser fixados através de elementos geométricos no componente correspondente do veículo. A estrutura de um sistema de pontos de referência orientado para a função baseado no exemplo de uma porta de um carro pode ser apanhada do artigo "Estrutura de um sistema de pontos de referência orientado para a função como uma base de tolerância para a carroceria de um carro", Dr.-Ing.Karin Spors, Dipl.-lng Heiko Henníg, 9th Symposium "Fertigungstechnisches Konstruieren" (Desenho de Produção).

[003] A partir da patente DE 100 48 774 B4, um módulo de porta e um método para a montagem de módulo de porta são conhecidos. O módulo de porta neste caso compreende o suporte do módulo de porta, bem como a parte central do forro interno da porta. O forro interno da porta tem uma unidade de função, em que na unidade de função são providos pontos de referência do RPS para a montagem posicio-nalmente precisa dos componentes. Esses pontos de referência são obtidos como furos broqueados. Além disso, a partir da patente DE 10 2006 002 815 A1, uma porta de veículo e um método para a sua montagem com um RPS são conhecidos. Os pontos de referência do RPS são formados por emparelhamentos de furos de parafuso. Por meio do RPS, a posição funcional da placa de suporte no painel interno da porta é definida e presa.

[004] Os componentes do veículo conhecidos a partir das publicações impressas acima mencionadas são obtidos como componentes de plástico ou componentes de metal, em que os pontos de referência obtidos como furos broqueados são introduzidos através de perfuração ou fresagem. Hoje em dia, na indústria automotiva, os plásticos reforçados com fibras também são usados para componentes de veículos. Esse compósíto de fibras-plástico é um material que consiste em fibras de reforço e uma matriz de plástico. Devido à baixa densidade do material e às propriedades mecânicas extraordinárias, esse material é usado para muitos componentes do veículo. No entanto, a introdução de furos broqueados ou rebaixos nesses materiais deve acarretar uma destruição das fibras e, desse modo, o enfraquecimento do componente do veículo. Atualmente, os componentes compósitos de fibras, principalmente em virtude do seu formato e geometria, são posicionados para etapas de usinagem adicionais. Isso é realizado normalmente por meio de etapas de trabalho manual, o que envolve bastante esforço e significa uma reproducibilidade inexata.

SUMÁRIO

[005] O objetivo da presente invenção, portanto, consiste na provisão de um método para a manufatura de componentes de veículos/ componentes estruturais e semelhantes, em que o método é simples e assegura em particular o posicionamento simples e exato dos componentes do veículo ou componentes estruturais no processo de manufatura e montagem, e em que, nos componentes do veículo ou componentes estruturais a ser produzidos, feitos de materiais de plástico ou compósitos de fibras, o perigo de enfraquecimentos estruturais é reduzido. Além disso, a partir de um aspecto adicional, um objetivo consiste na provisão de um componente do veículo que pode ser posicionado facilmente e com precisão, tanto na manufatura quanto na montagem adicional, e de um método para a manufatura de um veículo ao usar tal componente do veículo.

[006] Esse objetivo é atingido por um método para a manufatura, em particular, de componentes de veículos e/ou componentes estruturais a partir de um material de plástico, em que os componentes do veículo ou componentes estruturais, para o posicionamento durante a manufatura e/ou posicionamento durante a montagem com componentes adicionais do veículo, e/ou o posicionamento no veículo motorizado, têm um sistema de pontos de referência, em que este é formado por uma multiplicidade de pontos de referência na forma de rebaixos, depressões, elevações, bordas, regiões planares.

[007] O objetivo também é atingido por um componente do veículo ou componente estrutural feito de um material de plástico, o qual é manufaturado de acordo com o dito método para a manufatura, em que o componente do veículo (2) ou o componente estrutural, para o posicionamento durante a manufatura e/ou o posicionamento durante a montagem com componentes adicionais do veículo e/ou o posicionamento no veículo motorizado, têm um sistema de pontos de referência, em que este é formado por uma multiplicidade de pontos de referência na forma de rebaixos, depressões, elevações, bordas, regiões planares.

[008] O objeto também é atingido por um método para a manufatura de um veículo, em que pelo menos um tal componente do veículo é posicionado em referência a outros componentes do veículo durante a manufatura do veículo ao usar os pontos de referência.

[009] Em consequência do método de acordo com a invenção para a manufatura de componentes de veículos e componentes estruturais a partir de um material de plástico, em que os componentes do veículo têm uma multiplicidade de pontos de referência, é possível posicionar os componentes do veículo nos processos de manufatura nas ferramentas apropriadas e dispositivos de recepção das etapas de usinagem individuais de uma maneira rápida e reproduzível em virtude do sistema de pontos de referência. Isto é possível em virtude do fato que os pontos de referência já são gerados no curso de manufatura dos componentes, e de preferência são criados na ferramenta ou no molde do processo de moldagem para a manufatura do componente de veículo a partir de um material de plástico. Além disso, em consequência dos pontos de referência no componente manufaturado ou semiacabado do veículo por meio do sistema de pontos de referência, um posicionamento confiável no processo de manufatura de um componente e/ou no processo adicional de instalação de um subconjunto ou de instalação ou posicionamento de um subconjunto no veículo completo é possível. Os mesmos pontos de referência podem ser usados para a manufatura e a montagem. O posicionamento no plano X/Y/Z com base nos pontos de referência permite um posicionamento uniforme e confiável dos componentes do veículo em um processo de manufatura totalmente automatizado. A título de exemplo, a moldagem com pressão durante a cura, o posicionamento durante o contorno ou a usínagem de fresagem, o posicionamento de etapas de uni-ão/conexão/montagem, o posicionamento relativo dos componentes do veículo no veículo completo, citadas como etapas do processo. Tal como pode ser visto a partir da representação relacionada a uma modalidade ilustrativa, 3 pontos de referência são de preferência providos no componente do veículo.

[0010] Os componentes de veículos ou componentes estruturais são de construção planar e têm um contorno plano ou um contorno tridimensional predefinido pelo respectivo desenho. Por componentes de veículos ou componentes estruturais entende-se os componentes tanto maiores quanto menores tais como, por exemplo, perfis ocos, membros longitudinais. Tal como já foi descrito acima, esses componentes de veículos/componentes estruturais são produzidos em um processo de manufatura a partir de plásticos ou um material de plástico reforçado com fibras. Na manufatura dos materiais compósitos de fibras, laminados que consistem em uma pluralidade de produtos de fibras semiacabados colocados uns sobre os outros (tecidos trança- dos, tecidos não trançados, esteiras, velocinos) com direções de fibras diferentes são normalmente produzidos. Os métodos conhecidos são métodos de colocação manual, em que os produtos de fibras semia-cabados são colocados em um molde e impregnados com resina sintética e deareados por compressão e subsequentemente curados. Além disso, a tecnologia de pré-impregnados é conhecida. Neste caso, as esteiras de fibras pré-impregnadas são colocadas no molde. O com-pósito de material é deareado em seguida por meio de um saco de vácuo e curado subsequentemente em uma autoclave sob pressão e temperatura. Em vez de um componente compósito de fibra laminar, um componente de sanduíche com núcleo também pode ser manufaturado como um componente de veículo.

[0011] Um método adicional para a manufatura de componentes de plástico e para a manufatura de materiais compósítos de fibras é a moldagem a injeção. Na manufatura de componentes de veículos a partir de um material compósito de fibras, o material de plásticos contendo fibras é derretido no extrusor e injetado no molde e curado.

[0012] Vantajosamente, o molde para a manufatura dos componentes de veículos pode neste caso ser construído de acordo com um dos métodos acima mencionados de maneira tal que, em lugares pre-definidos na superfície que forma o componente do veículo, são providos elementos na forma de rebaixos, depressões, elevações, em que os pontos de referência são formados no componente do veículo por esses elementos de moldagem. Uma opção adicional para a formação de tais pontos de referência no componente do veículo é a introdução de componentes adicionais no material compósito ainda líquido. Os componentes adicionais podem ser configurados coma incrustações, inserções ou inserções sobrepostas. Como material para os componentes adicionais, madeira, metal (por exemplo, ferro ou metais não terrosos), plástico, etc., são usados. Uma vantagem da formação aci- ma mencionada dos pontos de referência já na ferramenta de cura ou na manufatura de moidagem do componente compósito de fibra de acordo com um dos métodos acima mencionados é neste caso que não ocorre nenhum enfraquecimento estrutural ou destruição estrutural causados pela usinagem de remoção de material subsequente tal como, por exemplo, a introdução subsequente de furos broqueados na região dos pontos de referência. O enfraquecimento das linhas de força presentes no componente é evitado por esse meio. Similarmente, a formação dos pontos de referência é realizada sem a destruição ou danos causados às fibras possivelmente presentes no material de plástico. Dada a introdução de componentes adicionais na matriz ainda líquida de material compósito de fibras, as fibras podem enrolar ao redor, ou envelopar ou então enlaçar os componentes adicionais. Isto se aplica, em particular, se o componente adicional for pressionado no material compósito de fibras ainda mole. Se os pontos de referência forem formados por elementos de moidagem providos na ferramenta de formação, a destruição ou danos ou rompimento das fibras são impedidos, uma vez que o material de plástico esteja mole durante a formação dos pontos de referência e as fibras no compósito mole ainda podem escoar. Se inserções sobrepostas forem usadas, um componente adicional é introduzido em uma cavidade provida para a finalidade na ferramenta de formação e é moldado por compressão com o componente compósito de fibras ainda mole por meio de uma ferramenta de formação. A inserção sobreposta neste caso é conectada ao componente compósito de fibras ou é ligada ao mesmo. As camadas de fibra neste caso permanecem não danificadas ou a inserção sobrepostas é colada na camada de fibras ou na camada de cobertura sem deslocar as fibras ou sem deslocar as fibras de maneira significativa e desse modo influenciando a direção de fluxo da força.

[0013] Nesse ponto, deve ser observado que o termo "materiais de plástico" engloba tanto os plásticos termoplásticos, tais como o poli-propíleno, o polícarbonato, o polietileno, etc., quanto os plásticos duro-plásticos, ou os plásticos reforçados com fibras tanto termoplásticos quanto duroplásticos (materiais compósitos de fibras). Os materiais compósitos de fibras englobam os materiais compósitos ou os compósitos de materiais que consistem em um material de matriz ou sistema de matriz com fibras embutidas. Devido a esse compósíto, a resistência à tração das fibras na direção da fibra pode ser utilizada conjuntamente com a opção de moldagem pela matriz. Como material da matriz, plásticos termoplásticos, tais como o polipropileno (PP), a poliami-da (PA), o polícarbonato (PC), ou então plásticos duroplásticos, tais como a resina epóxi, os poliésteres insaturados (UP), o poliuretano (PUR), etc., podem, por exemplo, ser usados. Como fibras, as fibras de vidro, as fibras de carbono, as fibras de cerâmica, as fibras naturais, as fibras têxteis, etc., podem ser usadas. Os componentes compósitos de fibras podem neste caso ser obtidos tanto na forma de laminados quanto ou camadas laminadas conectadas e como componentes de sanduíche, com núcleos diferentes. Neste caso, as camadas de cobertura são feitas de um material compósito de fibras e a camada do núcleo pode consistir, por exemplo, em um material celular ou em espuma, por exemplo, de poliuretano (PUR). O material do núcleo pode consistir, por exemplo, em plástico, papel ou metais. Se núcleos celulares forem usados, todas as formas de colmeia, por exemplo, no formato de colmeia, retangular, quadrado, redondo, poligonal, ondulado, podem ser consideradas.

[0014] Esses pontos de referência são de preferência providos como entalhes, sulcos, grânulos, elevações, impressões, rebaixos ou algo do gênero, mas também por componentes adicionais tais coma incrustações, inserções ou inserções sobrepostas.

[0015] Outras modalidade e refinamentos vantajosos do método de acordo com a invenção para a manufatura e/ou montagem de componentes de veículos, componentes estruturais a partir de um material de plástico emergem das sub-reivindicações.

DESENHOS

[0016] As modalidade preferidas do método são descritas a título de exemplo, em que é feita referência para finalidades ilustrativas aos desenhos anexos, nos quais: [0017] a Figura 1 mostra um componente de veículo com pontos de referência em uma vista lateral, [0018] a Figura 2 mostra um detalhe de uma seção transversal através de uma ferramenta de formação durante a manufatura de um componente de veículo de múltiplas camadas em uma primeira modalidade, em que os pontos de referência são formados por meio de relevo, [0019] a Figura 3 mostra um detalhe de uma seção transversal através de uma ferramenta de formação durante a manufatura de um componente de veículo de múltiplas camadas em uma segunda modalidade, em que os pontos de referência são formados por meio de inserções, [0020] a Figura 4 mostra um detalhe de uma seção transversal através de uma ferramenta de formação durante a manufatura de um componente de veículo de múltiplas camadas em uma terceira modalidade, em que os pontos de referência são formados por meio de in-crustações, [0021] a Figura 5 mostra um detalhe de uma seção transversal através de uma ferramenta de formação durante a manufatura de um componente de veículo de múltiplas camadas em uma quarta modalidade, em que os pontos de referência são formados por meio de inserções sobrepostas; e [0022] a Figura 6 mostra um detalhe de uma seção transversal através de uma ferramenta de formação durante a manufatura de um componente de veículo de múltiplas camadas em uma quinta modalidade, em que os pontos de referência são formados por meio de inserções sobrepostas.

DESCRIÇÃO

[0023] O componente de veículo 2 é desenhado como uma peça de formato planar e tem uma formação de superfície tridimensional definida pelo respectivo desenho. O componente de veículo 2 compreende os pontos de referência apropriadamente configurados RP1, RP2 e RP3 do sistema de ponto de referência RPS predefinido. Os pontos de referência são neste caso providos como depressões circulares, em que na depressão é provida respectivamente uma depressão adicional. O ponto de referência RP1 tem como depressão adicional uma outra depressão circular de um diâmetro menor. Por RP1, as direções X, Y e Z são definidas. O ponto de referência RP2 tem como depressão adicional uma depressão na forma de um furo longo. Por RP2, as direções X, Z ou Y, Z são definidas. O ponto de referência RP3 tem como depressão adicional um entalhe redondo pequeno. Por RPS, a direção Z é definida. As direções X, Y e Z são fixadas pelo sistema de coordenadas K.

[0024] Em consequência dos pontos de referência acima indicados RP1, RP2 e RPS, um posicionamento relativo claro dos componentes a ser montados, e um posicionamento claro dos componentes no veículo completo, são assegurados.

[0025] Os componentes do veículo são feitos de um material de plástico e podem ser manufaturados, por exemplo, em um processo de moldagem a injeção conhecido.

[0026] Para a manufatura do componente de veículo 2, um molde de injeção, o qual compreende as metades de ferramenta superior e inferior, é usado neste caso. Nesse método de moldagem a injeção conhecido, que não é representado diagramaticamente, em uma primeira etapa do processo as metades de ferramenta (ferramenta superior e inferior) são colocadas uma junto da outra, de modo que uma cavidade fechada é formada. Em uma etapa de processo adicional, o plástico reforçado com fibras plastificado é injetado em seguida na cavidade por meio de um número de bocais de injeção. A formação do componente de suporte 2 é realizada a altas temperaturas (dependendo do material, por exemplo, a 240 graus no caso do polipropileno) e a uma pressão que é selecionada dependendo do material, do trajeto do fluxo e da espessura da parede (no caso do polipropileno, cerca de 600 bar). Em consequência disto, o plástico é distribuído na cavidade. A ferramenta superior e/ou inferior é/são neste caso provida(s) nas regiões de superfície predefinidas a ser formadas no componente do veículo, com elementos de moldagem. Esses elementos de moldagem são, por exemplo, elevações, depressões, impressões ou relevos, abóbadas etc., que, no processo de moldagem a injeção descrito acima, em lugares predefinidos no componente do veículo, geram pontos de referência na forma de rebaixos, elevações, etc. Em vez da formação de elementos de moldagem na região do molde, componentes adicionais tais coma incrustações, inserções ou inserções sobrepostas também podem ser posicionados nos lugares predefinidos na ferramenta.

[0027] Em um método de manufatura alternativo, é produzido um componente de veículo de múltiplas camadas 2 com pontos de referência. Para a manufatura do componente de veículo 2, um material de núcleo 3 ou é primeiramente revestido ou então embutido no lado superior e inferior com esteiras de fibras secas 4a, 4b e impregnado, as-pergido e/ou umedecido com um material de matriz, ou revestido com pré-impregnados ou produtos de fibra semiacabados pré-impregnados. Em seguida, a pilha, ou amontoado, é moldado por compressão em uma ferramenta de moldagem por compressão de uma só peça ou de múltiplas peças, de preferência aquecida, e de preferência curado na ferramenta.

[0028] Na Figura 2, a pilha inserida ou o amontoado de esteiras de fibras 4a, 4b e a camada de núcleo 3 são mostrados durante a moldagem por compressão em um molde 5. O molde 5 tem neste caso uma metade de ferramenta superior 5a e uma metade de ferramenta inferior 5b. Tal como pode ser visto a partir da Figura 2, a metade de ferramenta inferior 5b tem regiões de superfície predefinidas com elementos de moldagem 6. Nas modalidades ilustrativas, esses elementos de moldagem são providos como elevações e têm uma geometria do tipo lata na seção transversal. Tal como pode ser visto a partir da representação secíonal, as fibras da esteira de fibras inferior 4a, no curso da moldagem por compressão do componente compósito de fibras, passam a colidir contra as bordas do molde inferior 5b na região dos elementos de moldagem 6, mas não são danificadas com isso. Na região de superfície correspondente do componente compósito de fi-bras/componente do veículo 2, os pontos de referência predefinidos são desse modo formados.

[0029] A Figura 3 mostra um detalhe de uma seção transversal através de uma ferramenta de formação com as metades de ferramenta superior e inferior 5a, 5b durante a manufatura de um componente de veículo de múltiplas camadas 2/componente compósito de fibras em uma segunda modalidade, em que os pontos de referência são formados pelas inserções 7. Tal como pode ser visto a partir da representação, as inserções 7 são inseridas conjuntamente no molde adicionalmente à pilha/amontoado de camadas de cobertura 4a, 4b e camada de núcleo 5 que deve ser moldada por compressão. O posicionamento das inserções é neste caso realizado através dos pinos de posição 8 arranjados no molde. No curso da moldagem por compres- são, as inserções 7 são pressionadas no componente de veículo de múltiplas camadas. A camada de fibra é deslocada localmente nesse lugar, mas não interrompida.

[0030] A Figura 4 mostra um detalhe de uma seção transversal através de uma ferramenta de formação com as metades de ferramenta superior e inferior durante a manufatura de um componente de veículo de múltiplas camadas/componente compósito de fibras em uma terceira modalidade, em que os pontos de referência são formados pelas incrustações 9. As incrustações 9 são vantajosas quando os pontos de fixação de resistência considerável têm que ser introduzidas no componente de veículo 2. Isso é necessário em relação à fixação de dobradiças, fechaduras e outros do gênero.

[0031] A Figura 5 mostra um detalhe de uma seção transversal através de uma ferramenta de formação com as metades de ferramenta superior e inferior 5a, 5b durante a manufatura de um componente de veículo de múltiplas camadas 2/componente compósito de fibras em uma quarta modalidade, em que os pontos de referência são formados pelas inserções sobrepostas 10. Tal como pode ser visto a partir da representação, as inserções sobrepostas 10 são posicionadas nas depressões no molde por meio dos pinos de posição adicionais 11. Além das inserções sobrepostas, a pilha a ser moldada por compressão, ou o amontoado de camadas de cobertura 4a, 4b e a camada de núcleo 5 que deve ser moldada por compressão, são colocados conjuntamente no molde. Um posicionamento das inserções é neste caso provido através dos pinos de posição 11 arranjados no molde. No curso da moldagem por compressão, as inserções sobrepostas 10 são então comprimidas na superfície do componente de múltiplas camadas 2 e são ali fixadas.

[0032] A Figura 6 mostra um detalhe de uma seção transversal através de uma ferramenta de formação com as metades de ferramen- ta superior e inferior 5a, 5b durante a manufatura de um componente de veículo de múltiplas camadas 2/componente compósito de fibras em uma quinta modalidade, em que os pontos de referência são formados pelas inserções sobrepostas 10. Tal como pode ser visto a partir da representação, as inserções sobrepostas 10 são posicionadas nas depressões no molde por meio dos pinos de posição adicionais 11. Além das inserções sobrepostas, a pilha de duas camadas de fibras 12a, 12b que devem ser moldadas por compressão é colocada conjuntamente no molde. Um posicionamento das inserções sobrepostas é neste caso realizado através dos pinos de posição 11 arranjados no molde. No curso da moldagem por compressão, as inserções sobrepostas 10 são então comprimidas na superfície do componente de múltiplas camadas 2 e alí são fixadas.

[0033] Tal como explicado em mais profundidade mais acima, os componentes de veículos também podem ser produzidos por meio de outros métodos de manufatura conhecidos, É de importância fundamental neste caso que os pontos de referência na forma de rebaixos, elevações, recortes, componentes adicionais tais como incrustações, inserções ou inserções sobrepostas já sejam criados na ferramenta de cura (molde) ou durante a manufatura de moldagem do componente de veículo a partir do material de plástico real, em particular o próprio material compósito de fibras real.

REIVINDICAÇÕES

Claims

1. Método para a manufatura, em particular de componentes de veículos (2) e/ou componentes estruturais a partir de um material de plástico, caracterizado pelo fato de que os componentes do veículo ou componentes estruturais, para o posicionamento durante a manufatura e/ou o posicionamento durante a montagem com outros componentes do veículo, e/ou o posicionamento em veículo motorizado, têm um sistema de pontos de referência (RPS), em que este é formado por uma multiplicidade de pontos de referência (RP1, RP2, RPS) na forma de rebaixos, depressões, elevações, bordas, regiões planares.

2. Método para a manufatura de componentes de veículos (2) e componentes estruturais, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que os pontos de referência do sistema de pontos de referência são criados na manufatura de moldagem do componente de veículo, de preferência no molde (5),

3. Método para a manufatura e montagem de componentes de veículos e componentes estruturais, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que, para a criação dos pontos de referência (RP1, RP2, RPS) no componente de veículo (2), o molde (5) é provido com elementos de moldagem (6), em que os elementos de moldagem (6) são configurados na forma de elevações, depressões, impressões, abóbadas, etc.

4. Método para a manufatura e montagem de componentes de veículos (2) e componentes estruturais, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que, para a criação dos pontos de referência (RP1, RP2, RPS) no componente do veículo, componentes adicionais, tais como de preferência inserções (7), incrustações (9) ou inserções sobrepostas (10), são posicionados no molde (5).

5. Método para a manufatura e montagem de componentes de veículos e componentes estruturais, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que os componentes adicionais consistem em materiais de madeira, metal e plástico,

6. Método para a manufatura e montagem de componentes de veículos e componentes estruturais, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que os pontos de referência (RP1, RP2, RP3) são providos como pelo menos três depressões circulares, de preferência exatamente três depressões circulares.

7. Método para a manufatura e montagem de componentes de veículos e componentes estruturais, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que em cada uma dos depressões circulares uma depressão adicional de um diâmetro menor é provida, em que a depressão adicional de diâmetro menor é circular ou tem a forma de um furo longo.

8. Método para a manufatura e montagem de componentes de veículos e componentes estruturais, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o material de plástico é um material compósito de fibras.

9. Método para a manufatura e montagem de componentes de veículos e componentes estruturais, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que os componentes do veículo (2) são manufaturados a partir de materiais compósitos de fibras como laminados ou componentes de sanduíche,

10. Método para a manufatura e montagem de componentes de veículo e componentes estruturais, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que o método de manufatura para os componentes do veículo (2) a partir de um material compósito de fibras compreende os processos de moldagem a injeção, compressão, injeção, cura em autoclave, deaeração por meio de sacos de vácuo, e semelhantes.

11. Componente de veículo (2) ou componente estrutural feito a partir de um material de plástico, o qual é manufaturado pelo método como definido na reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o componente do veículo (2) ou o componente estrutural, para o posicionamento durante a manufatura e/ou o posicionamento durante a montagem com componentes adicionais do veículo e/ou o posicionamento no veículo motorizado, têm um sistema de pontos de referência (RPS), em que este é formado por uma multiplicidade de pontos de referência (RP1, RP2, RPS) na forma de rebaixos, depressões, elevações, bordas, regiões planares.

12. Componente do veículo (2), de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de que o componente do veículo (2) ou componente estrutural é um laminado de materiais compósitos de fibra ou um componente de sanduíche.

13. Método para a manufatura de um veículo, caracterizado pelo fato de que pelo menos um componente do veículo (2) como definido na reivindicação 11 é posicionado em referência a outros componentes do veículo durante a manufatura do veículo ao usar os pontos de referência (RP1, RP2, RPS).