PT904931E - Processo para a confeccao de uma carcaca em bruto de pneu e tambor servindo de dispositivo para a realizacao daquele processo - Google Patents

Processo para a confeccao de uma carcaca em bruto de pneu e tambor servindo de dispositivo para a realizacao daquele processo Download PDF

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PT904931E
PT904931E PT98117630T PT98117630T PT904931E PT 904931 E PT904931 E PT 904931E PT 98117630 T PT98117630 T PT 98117630T PT 98117630 T PT98117630 T PT 98117630T PT 904931 E PT904931 E PT 904931E
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carcass
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Horst Sergel
Hans Menell
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Continental Ag
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Description

ϊ
DESCRIÇÃO
"PROCESSO PARA A CONFECÇÃO DE UMA CARCAÇA EM BRUTO DE PNEU E TAMBOR SERVINDO DE DISPOSITIVO PARA A REALIZAÇÃO DAQUELE PROCESSO" [0001] De acordo com a reivindicação 1 a invenção refere-se a um processo para a confecção de uma carcaça em bruto de pneu e baseia-se no estado actual da técnica, criado pela patente DE-OS 25 45 381. A invenção refere-se além disso a um tambor expansível, de acordo com o conceito genérico da reivindicação de patente 4, que constitui um dispositivo necessário para a concretização do processo de acordo com a reivindicação 1.
[0002] Em conformidade com a referida patente DE-OS 25 45 381 fabricam-se, para os efeitos da presente invenção, por meio de um primeiro dispositivo, os núcleos de talão - de preferência núcleos Pierce para viaturas ligeiras de passageiros e núcleos hexagonais para viaturas pesadas. De maneira vantajosa aplica-se ainda neste dispositivo, em cada núcleo de talão, da maneira já em si bem conhecida, o perfil de núcleo (também designado por perfil de enchimento do núcleo ou por ápice). Num outro dispositivo, que é um tambor radialmente expansível, com um eixo de rotação no essencial horizontal e com um invólucro de borracha ou de um material similar, que forma a periferia do tambor e que tem uma espessura de parede suficientemente grande para uniformizar a compressão, monta-se (= confecciona-se) primeiro a carcaça, estando a mesma numa posição deitada e plana. A confecção da carcaça inicia-se de preferência com a colocação das paredes laterais e/ou do revestimento interior, que é especialmente hermético. Seguidamente colocam-se de preferência um ou vários perfis de reforço da aba, também designados por "Chafer". Estes perfis podem conter elementos que conferem resistência, que serão têxteis ou metálicos - nomeadamente no caso de se tratar de 1 % p L·, ^ pneumáticos para veículos utilitários, que estão sujeitos a grandes esforços. Seguidamente aplica-se a primeira e eventualmente a segunda camada da carcaça, que da maneira habitual deveria conter elementos que conferem resistência, que serão têxteis e/ou metálicos e que terão uma disposição axial.
[0003] Mais uma vez em concordância com a patente DE-OS 25 45 381, enfiam-se seguidamente no tambor os núcleos de talão, que serão então posicionados axialmente. Depois disso os núcleos de talão prefabricados e a carcaça deitada e plana são radialmente comprimidos um de encontro ao outro, pela expansão do tambor. Esta compressão serve para proporcionar aderência entre a superfície virada para o lado de dentro dos núcleos de talão e a superfície de fora da carcaça. Seguidamente o tambor executa um movimento de contracção para um diâmetro mais pequeno, sendo a carcaça extraída do tambor em conjunto com os núcleos de talão já aplicados, para aquela carcaça ser levada a um equipamento de enformar.
[0004] 0 enfiamento dos núcleos de talão na carcaça que se encontra sobre o tambor, o posicionamento axial dos núcleos de talão naquela carcaça, bem como a compressão radial subsequente dos núcleos de talão de encontro à carcaça são, na linguagem técnica especializada, designados de maneira resumida por "assentamento dos núcleos". A invenção refere-se unicamente à técnica do assentamento dos núcleos, mais precisamente ao tipo de compressão necessário para obter a aderência entre o núcleo prefabricado e a carcaça. Por isso só se referem sucintamente as outras fases do processo - já em si bem conhecidas - necessárias para completar a carcaça em bruto de pneu: [0005] No equipamento de enformar são dobradas para dentro as zonas marginais da carcaça que se encontram do lado de fora dos núcleos de talão aplicados, visto no sentido axial, de modo que aquelas zonas encostam, de maneira a aderir, na superfície axi- 2 r almente situada do lado de fora do correspondente núcleo de talão e na parte axialmente do lado de fora do perfil de núcleo normalmente «AisLenLe, e eventualmente também ainda na parte axialmente situada do lado de fora da própria carcaça. Para este efeito a carcaça é habitualmente apertada concentricamente por baixo dos núcleos de talão, por intermédio de aros expansíveis, podendo esses aros de fixação por aperto ser deslocados axialmente. Um fole disposto no centro axial do dispositivo de enformar - encolhido durante o transporte da carcaça para junto do tambor e durante o transporte da carcaça em bruto de pneu para fora do tambor - é então insuflado, ajustando-se então à parede interior da carcaça, fazendo-a levantar no espaço compreendido entre os núcleos de talão.
[0006] Seguidamente as zonas marginais que se encontram axialmente situadas do lado de fora dos núcleos de talão aplicados são dobradas para o lado de dentro, sendo a carcaça enformada durante aquela operação ou a seguir à mesma. Depois disso a carcaça é completada - nomeadamente com telas de cintura e com o piso de rolamento - para formar a carcaça em bruto de pneu.
[0007] Caso - como é habitual - forem montados perfis de núcleo, estes deverão ser assentes o mais tardar imediatamente antes da operação de dobrar a carcaça para o lado de dentro; como já se referiu, estes perfis são no entanto de preferência aplicados nos núcleos imediatamente após o fabrico desses núcleos. As bandas laterais, de preferência aplicadas logo no inicio da confec-ção da carcaça, só mais tarde, mais precisamente após a operação de enformar, são dobradas para cima por meio de um fole insuflável colocado axialmente do lado de fora de cada núcleo aplicado.
[0008] Em muitos pneus encontra-se disposto, à esquerda e à direita, entre a camada de cintura de baixo e a camada de carcaça de cima, se houver várias, um perfil de ombro. A existência, a configuração e a disposição de também estes perfis de ombro, bem 3 como a questão de os mesmos serem aplicados na carcaça no estado deitado e plano ou no estado enformado, não tem influência sobre α fuuuiunaiidade da invenção.
[0009] Após a operação de dobrar para o lado de dentro e a operação de enformar, a carcaça em bruto continua a ser completada de uma qualquer maneira, de preferência da maneira habitual, isto é, com camadas de cintura, eventualmente ainda com uma bandagem e com paredes laterais - desde que as mesmas não tenham sido aplicadas logo de inicio - e com um piso de rolamento eventualmente composto de várias camadas. Em termos da presente invenção não tem relevância o número de camadas de cintura, a orientação e a configuração dos seus elementos de resistência, a existência e o tipo de bandagem, o tipo e a estrutura da faixa de piso, a sequência de aplicação das camadas da faixa de piso e das paredes laterais, em suma, a maneira como o pneu é completado .
[0010] Uma outra técnica já conhecida para a consecução de uma aderência isenta de bolhas de ar entre a carcaça e o núcleo de talão consiste em não fabricar o núcleo num dispositivo separado, mas sim - após aplicação das camadas de carcaça a assentar até à colocação dos núcleos - fabricá-lo directamente no tambor por um processo de bobinagem. Esta técnica já antiga tem no entanto diversos inconvenientes.
[0011] Em primeiro lugar só é possível, desta maneira, obter secções transversais de núcleo de talão que apresentam um lado de dentro que se estende paralelamente à superfície do tambor, não sendo portanto possível conseguir, sem tomar medidas especiais, núcleos hexagonais do tipo a que se dá preferência para pneumáticos de viaturas pesadas.
[0012] Em segundo lugar o ciclo de produção do muito oneroso tambor utilizado em conjunto com os seus aparelhos periféricos, 4 V ^^
tais como o equipamento de assistência, a unidade de accionamen-to, o rolo de encosto, etc., para formar a carcaça em bruto, torna-se muito mais lento devido ao tempo necessário para constituir o núcleo; a disponibilização de um dispositivo separado para a constituição do núcleo já é, devido ao reduzido espaço ocupado, muito mais barato do que a disponibilização de tambores suplementares para a confecção de carcaças em bruto, necessários para conseguir a mesma produção de carcaças em bruto por unidade de tempo.
[0013] Em terceiro lugar é especialmente conveniente bobinar os núcleos directamente a jusante da extrusora que reveste de borracha os fios de aço do núcleo; ai a borracha ainda é especialmente plástica e ainda não existe o perigo de se depositarem poeiras na sua superfície. Face aos numerosos dispositivos de alimentação necessários junto do tambor para a confecção de pneus é praticamente impossível dispor de lugar para uma ou duas destas extrusoras na proximidade do tambor de confecção.
[0014] Utilizando a técnica mencionada em primeiro lugar, na qual se produzem mediante um primeiro dispositivo os núcleos de talão e se confecciona a carcaça num segundo dispositivo, que é um tambor radialmente expansível, a confecção da carcaça começa de acordo com a variante mais corrente do processo com o tambor a um diâmetro que é menor do que o máximo possível desse tambor.
[0015] Este diâmetro de tambor mais pequeno está dimensionado de tal maneira que até ao assentamento dos núcleos o diâmetro exterior da carcaça é ainda um pouco menor do que o diâmetro interior dos núcleos de talão a assentar; o técnico especializado conhece, com base numa experiência de decénios, o dimensionamento da folga mínima necessária entre o lado de fora da carcaça e o lado de dentro do núcleo de talão, para evitar um contacto prematuro entre ambas as partes. 5
V
u ^ [0016] Depois disso os núcleos de talão são enfiados no tambor e posicionados axialmente. Seguidamente o tambor é expandido pelo menos na zona axial em que se encontram posicionados os núcleos de talão para um diâmetro tal que o diâmetro exterior não expandido da carcaça é nesta zona maior do que o diâmetro interior não expandido dos núcleos de talão prefabricados; esta diferença de medidas faz com que os núcleos de talão prefabricados e a carcaça, que se estende em superfície, sejam radialmente comprimidos um contra o outro. A compressão deste modo criada permite obter uma aderência suficientemente grande entre a superfície do lado de dentro dos núcleos de talão prefabricados e a superfície do lado de fora da carcaça, que até aí se encontra estendida em superfície.
[0017] Diferindo desta sequência de diâmetros, habitual até à altura do registo, a patente DE-OS 25 45 381, do ano de 1975, propõe para uma disposição mais compacta dos elementos de resistência - que a carcaça seja confeccionada sobre um diâmetro de tambor que é maior do que o diâmetro interior dos núcleos de talão e - que antes do enfiamento dos núcleos de talão no tambor o diâmetro desse tambor seja tornado menor, ao que se verifica um recalcamento periférico da carcaça montada no tambor, de tal maneira que os núcleos de talão podem ser movidos livremente sobre a carcaça.
[0018] Tanto numa como na outra das variantes do processo já conhecidas o tambor contrai-se seguidamente para um diâmetro mais pequeno, sendo a carcaça depois extraída do tambor em conjunto com os núcleos de talão aplicados. A carcaça é então levada até a um dispositivo de enformar.
[0019] Os fabricantes de pneus estão sujeitos a pressões por parte dos seus clientes - especialmente dos fabricantes de equipamento original - para continuarem a melhorar a marcha concên- 6 t Γ trica dos pneus. Até ao presente tomam-se para este efeito medidas após a vulcanização dos pneus, medidas das quais a mais conhecida é a esiueriiagem ao piso de rolamento nos locais em que a força radial é demasiado grande.
[0020] Os inventores tiveram o objectivo de melhorar a marcha concêntrica do pneu após a sua vulcanização através de medidas que são tomadas antes de se realizar a vulcanização do pneu.
[0021] Este objectivo atinge-se pela adopção de um processo de acordo com a reivindicação 1.
[0022] Um pressuposto essencial, que é novo, em relação à aparelhagem utilizada, é o de dispor negativos de qualquer tipo na periferia do tambor, negativos esses que podem ser evacuados. De maneira apropriada estes negativos têm a configuração de um sistema de ranhuras que confluem em alguns pontos, que são poucos e que a seguir são designados por escoadouros, sendo esses pontos ligados através de um canal, que se estende a partir da periferia radialmente para o lado de dentro, a uma bomba para a obtenção de vácuo.
[0023] É óbvio que em vez da configuração de ranhuras é também possível utilizar um maior número de negativos cegos, que por intermédio de um sistema de canais mais ramificado, existente no interior do tambor, são então ligados a uma bomba para a obtenção de vácuo - de preferência intercalando um reservatório tampão; o importante é que o afastamento entre um negativo e o seguinte, visto na direcção periférica do tambor, seja suficientemente pequeno em relação à rigidez à flexão da carcaça no seu estado bruto, de maneira que a carcaça não fique amolgada devido aos esforços de pressão internos, que se verificam quando o tambor é contraído para um diâmetro mais pequeno. 7 L·, r [0024] 0 fabrico da carcaça em bruto de pneu inicia-se, fazendo com que o tambor - de preferência uniformemente ao longo de toda o oua extèiisãu a*icii - seja levado a um diâmetro tal que a partir do mesmo é ainda possível reduzi-lo, diâmetro esse que coincide no essencial com o diâmetro ao qual o tambor é mais tarde de novo levado, isto é, no fim da aplicação dos núcleos.
[0025] Aplica-se então a primeira camada da carcaça - conforme o tipo de estrutura do pneu trata-se habitualmente de uma parede lateral esquerda e de uma parede lateral direita ou do revestimento interior da carcaça ou também de um combinado destas três partes individuais. Seguidamente são assentes as outras camadas da carcaça, eventualmente com inclusão de mais outra tela de carcaça, até ser atingida a última camada antes de se tornar necessária a aplicação dos núcleos de talão. (Por tela designa-se cada camada que contém elementos de resistência compridos - regra geral fios têxteis ou fios de aço numa disposição tecida.) [0026] Seguidamente cria-se nos negativos atrás mencionados um vácuo a pelo menos 30 %. A uma pressão ambiente de 1 bar um vácuo a pelo menos 30 % significa uma depressão de pelo menos 0,3 bar nos negativos em relação ao exterior, isto é, uma pressão absoluta de 0,7 bar no máximo.
[0027] Ao criar esta depressão a carcaça é aspirada pela periferia do tambor, fazendo com que a posição da carcaça seja tornada fixa. - É naturalmente possível criar o vácuo já mais cedo, sendo esta no entanto uma forma de realização menos vantajosa, na medida em que a bomba para a obtenção de vácuo teria um tempo de funcionamento e um consumo de energia desnecessariamente elevados .
[0028] É óbvio que, havendo um número especialmente elevado de negativos de sucção, é possível prever uma depressão especialmente fraca. Dispondo os escoadouros ao longo de duas linhas pe- 8
V
U riféricas axialmente afastadas entre si e prevendo 6 escoadouros por linha periférica, verificou-se que dá provas da sua eficácia um arranjo em que desembocam em cada escoadouro 7 ranhuras que se estendem no essencial na direcção axial. Já com um vácuo a 60 %, que pode ser obtido de maneira muito económica, obtêm-se resultados excelentes com uma disposição de negativos deste tipo.
[0029] Depois de ter sido atingido o vácuo acima descrito e enquanto o mesmo é mantido, o tambor é contraído para um diâmetro mais pequeno, isto é, o tambor é encolhido radialmente ao ponto de os núcleos de talão prefabricados poderem ser enfiados na carcaça radialmente contraída em conjunto com a periferia do tambor, sem entrar em contacto com aquela carcaça.
[0030] Se o núcleo de talão a posicionar do lado esquerdo fosse enfiado no tambor a partir do lado esquerdo e o núcleo de talão a posicionar do lado direito enfiado no tambor a partir do lado direito, bastaria que o tambor só fosse contraído nas duas zonas previstas para o posicionamento dos núcleos de talão e nas zonas que se estendem axialmente de ambos os lados para as extremidades, até as zonas marginais do tambor.
[0031] Dado que seria demasiado complexo fixar o tambor - que em qualquer altura tem de ser suportado em consola a partir de pelo menos um lado frontal (mas poderia também ser suportado por apoios de ambos os lados) - uma vez do lado esquerdo outra vez do lado direito, isto é, com mudança de posição de fixação, um tal encurtamento do trajecto de transporte do núcleo de talão por cima da carcaça só é possível quando o núcleo de talão, que se pretende aplicar na carcaça a partir do lado de apoio do tambor, for já transportado para cima do tambor antes da colocação da primeira camada da carcaça, ficando numa posição de espera que se encontra ainda mais perto do apoio do tambor do que o bordo virado para o apoio do tambor das camadas de carcaça a colocar seguidamente. 9
[0032] Para evitar uma tal complexidade e para impedir uma maior divisão em segmentos do tambor, as variações de diâmetro do tambor, que constituem o objecto da invenção, são no entanto de preferência executadas ao longo de toda a extensão axial do tambor, mesmo que depois - como se explicou no parágrafo anterior -não seja necessário fazer passar nenhum núcleo de talão por cima da zona central da carcaça.
[0033] Da maneira já conhecida o tambor contém uma multiplicidade de segmentos - por exemplo 24 - que no essencial são feitos de metal, de preferência de alumínio. Estes segmentos estão habitualmente acoplados uns aos outros por um mecanismo, de tal maneira que todos eles só se podem deslocar do mesmo curso na direcção radial; nenhum dos segmentos deve portanto executar um curso diferente do de todos os outros segmentos, de modo que para todos os ajustes do diâmetro do tambor o centro do mesmo permanece sempre numa posição inalterada.
[0034] Sobre estes segmentos de metal encontra-se aplicado um invólucro de grande espessura, feito de borracha ou de um material similar. 0 lado de fora deste invólucro forma a periferia do tambor. De uma maneira já bem conhecida este invólucro tem -entre outras - a função de se sobrepor às frestas estreitas que de maneira inevitável são criadas durante a expansão radial dos segmentos, de modo que a periferia do tambor permanece no essencial circular, mesmo quando os segmentos estiverem na sua posição avançada. A espessura de parede deste invólucro deve ser dimensionado em função da largura máxima da fresta a vencer, da dureza do material utilizado para o invólucro e do rigor da exigência em relação a um contorno interno isento de amolgaduras da carcaça em bruto; uma espessura de parede que deu provas da sua eficácia situa-se nos 2 cm.
[0035] De acordo com a invenção encontram-se dispostos do lado de fora deste invólucro (também designado por manga) os negati- 10 r L-Cj vos de sucção já referidos, importantes para a realização do processo, negativos esses que imobilizam a carcaça sobre este invólucro.
[0036] O tambor deveria poder ser contraído ainda mais do que o necessário para o enfiamento e o posicionamento dos núcleos de talão prefabricados, para que o invólucro possa ser montado sobre os segmentos deste tambor num estado ainda mais contraído. Durante a movimentação e o posicionamento dos núcleos de talão o tambor encontra-se menos contraído, tendo portanto um diâmetro maior do que durante a montagem do invólucro. Para que o invólucro se encontre ainda sujeito durante a alimentação dos núcleos de talão a um esforço interno tal que, devido à sua expansão elástica, permanece em contacto com os segmentos dispostos radialmente do lado de dentro durante a contracção da carcaça. Por outro lado o invólucro deveria ser fixado sobre os segmentos de tal maneira que esse invólucro não se pode soltar dos segmentos; isto poderia conseguir-se colando ou aparafusando o invólucro. Para assegurar o - necessário - contacto entre o invólucro e os segmentos seria além disso possível dispor negativos de sucção também do lado de dentro do invólucro.
[0037] No estado suficientemente contraído do tambor, já anteri-ormente descrito, e estando a carcaça radialmente contraída de modo a assentar sem fazer pregas no tambor, devido à existência de vácuo, os núcleos de talão são então levados à sua posição correcta sobre o tambor. Durante essa operação evita-se qualquer contacto - da maneira já bem conhecida - entre a periferia do tambor e o lado de dentro dos núcleos de talão.
[0038] Depois disso o tambor é de novo expandido, de preferência para um diâmetro que no essencial coincide com o diâmetro com o qual a carcaça foi originalmente confeccionada. Isto tem o seguinte efeito novo e importante: neste estado de compressão de encontro aos núcleos de talão a carcaça - que devido ao seu es- 11
V
L-Cj tado em bruto ainda é muito sensível quanto a esforços internos - está no essencial isenta de tensões, estando pelo menos niti-dauusni_e menos sujeita a tensões do que na solução já conhecida, em que a carcaça está isenta de esforços internos antes da aplicação dos núcleos de talão, mas já não depois.
[0039] A variação do diâmetro do tambor está de tal maneira harmonizada com o diâmetro interno do núcleo de talão, que durante esta expansão do tambor os núcleos de talão prefabricados e a carcaça ainda deitada e plana são comprimidos radialmente um contra o outro com a força necessária para produzir a aderência.
[0040] Seguidamente o tambor é de novo contraído para um diâmetro mais pequeno, sendo a carcaça extraída do tambor em conjunto com os núcleos de talão já aplicados, para ser então levada até a um equipamento de enformar.
[0041] A invenção tem como base o conhecimento de que a carcaça - durante o seu transporte até ao dispositivo de enformar e durante a sua permanência nesse dispositivo de enformar, até à realização da operação de enformar - inflecte para o lado de baixo por acção da força da gravidade. Este efeito está patente nas carcaças radiais hoje em dia usadas de maneira largamente predominante, a que a presente invenção se refere, e isto devido aos elementos de resistência que se estendem no essencial na direc-ção axial. Na zona axial média a carcaça encontra-se portanto na parte de cima mais perto do eixo de rotação do que na parte de baixo.
[0042] Esta inflexão por acção da força da gravidade provoca um mecanismo de erro sistemático no procedimento até agora seguido; para compreender este erro os inventores descreveram primeiro teoricamente o comportamento da carcaça, na suposição de que o fabrico do pneu se iria efectuar na ausência da gravidade e que seriam impossíveis outros erros fortuitos, analisando depois os 12 Γ L-Cj efeitos da força da gravidade, que apesar de tudo se faz sentir, estabelecendo portanto uma hipótese em que se distingue entre as CÍXÍCjTGIil.c:o uauí>ciiJ.U.C1CIGS « [0043] Durante o transporte da carcaça, desde o tambor de montagem até ao dispositivo de enformar, após junção com os núcleos de talão, é libertada uma força de reposição dentro da borracha expandida - devido ao alargamento da carcaça, efectuado na zona do núcleo, para atingir o diâmetro interior do núcleo de talão -dado que agora falta a força expansora do tambor de montagem, À expansão da carcaça opõe-se um esforço de tracção no interior da borracha, que se faz sentir na direcção periférica, esforço esse que é provocado pelo anterior alongamento da borracha. Este esforço de tracção actua na borracha à maneira de um espartilho, isto é, tende a apertar a borracha, [0044] Este efeito pode também ser titulado como sendo de "reposição", dado que tem tendência para, onde possível (isto é, entre os núcleos de talão, uma vez que por baixo dos núcleos de talão tal é impossível devido à aderência conseguida), levar a carcaça à forma que tinha antes da expansão imposta por baixo dos núcleos de talão. Em resultado deste efeito os elementos de resistência da carcaça - habitualmente finos cabos de aço nos pneus para viaturas ligeiras de passageiros, fios têxteis naturais e/ou criados por via química nos pneus para bicicletas, motas ou viaturas ligeiras de passageiros - estendem-se à maneira de um U entre os núcleos de talão, situando-se o afastamento mínimo de cada um desses fios em relação ao eixo de rotação a meio dos dois núcleos de talão. A inflexão de todos os elementos de resistência aponta portanto na direcção do eixo de rotação.
[0045] A forma da carcaça deduzida teoricamente do modo acima indicado é agora exposta à força da gravidade existente na realidade, estando o eixo de rotação do tambor de montagem - da maneira habitual - situado horizontalmente no espaço. Também a 13
V Γ força da gravidade provoca, uma inflexão dos elementos de resistência, que será para o lado de baixo para todos os elementos de resistência; a inflexão por este motivo criada só aponta portanto para o elemento de resistência mais alto, igualmente na di-recção do eixo de rotação, enquanto que o elemento mais baixo, escolhido como segundo exemplo, aponta para o lado oposto ao do eixo de rotação.
[0046] Na metade superior do tambor, com maior incidência no ponto mais alto, ambas as deformações de elementos de resistência actuam portanto em conjunto, intensificando o efeito, enquanto que na metade inferior do tambor, com maior incidência no ponto mais baixo, as duas deformações actuam de modo a atenuarem-se· reciprocamenteo Se os núcleos de talão pudessem ajustar-se livremente um em relação ao outro, iriam ocupar um em relação ao outro uma posição oscilante, que será do tipo de os núcleos de talão apresentarem na parte de cima um afastamento menor entre si do que na parte de baixo.
[0047] A força da gravidade actua no entanto também sobre os núcleos de talão, que são relativamente pesados. Em virtude disso os núcleos opõem-se à acima mencionada posição oscilante e ocupam durante o transporte ambos uma posição praticamente vertical e deste modo praticamente coaxial. Em consequência disso cria-se nos elementos de resistência da metade superior do tambor, com maior incidência no ponto mais alto, um esforço de tracção maior do que nos elementos de resistência da metade inferior do tambor, sendo ai a incidência mais fraca no ponto mais baixo.
[0048] Uma vez que a borracha, cuja elasticidade é decisiva para o efeito de repulsão, ainda não está vulcanizada, esta apresenta, para além da sua elasticidade, ainda uma nítida plasticidade. Isto tem dois efeitos: por um lado o efeito de reposição torna-se mais fraco ao longo do tempo e por outro a ancoragem dos elementos de resistência, na medida em que esta se encontra 14
V t sob o efeito da tracção, cede com o tempo junto do núcleo de talão, pelo motivo desta ancoragem não ser outra coisa do que uma colagem por meio da borracha que se encontra entre o núcleo e o elemento de resistência, borracha essa que também neste ponto consegue fluir e sobre a qual se exerce um esforço de compressão. Durante o efeito de "cedência" acabado de referir um elemento de resistência sujeito a um esforço de tracção é gradualmente puxado em torno do núcleo de talão, e isto tanto mais rapidamente quanto mais forte for a tracção a que o elemento de resistência está sujeito.
[0049] Indiferentemente do momento em que o processo de fluência em torno do núcleo, atrás descrito, é interrompido pela continuação da montagem do pneu e finalmente pela vulcanização, produziu-se até lá um efeito, que consiste em os elementos de resistência da metade superior do pneu terem sido puxados de um tra-jecto maior em torno do núcleo - o que anteriormente tinha sido erradamente considerado como sendo uma maior distensão do elemento de resistência - do que os da metade inferior. Deste modo verifica-se também que lamentavelmente no produto final assim fabricado, que é o pneu, existe no ponto que anteriormente era o mais alto um maior comprimento do elemento de resistência de núcleo a núcleo e deste modo um maior raio de rolamento do que no ponto que anteriormente era o mais baixo.
[0050] A parte do pneu que anteriormente se encontrava do lado de baixo no dispositivo de armazenagem e de transporte desde o tambor de montagem até à cabeça de enformar apresenta portanto um mínimo de força radial, enquanto que a parte do pneu que anteriormente se encontrava no dispositivo de enformar do lado de cima apresenta um máximo de força radial. 0 registo da força radial mostra na análise de Fourier, como os inventores puderam constatar, uma primeira harmónica não de uma forma fortuita e não reproduzível, mas sim com uma correlação sistemática em relação ao posicionamento da peça em bruto sobre o dispositivo de 15 L-Cí Γ transporte. Esta relação foi posta a descoberto pelos inventores e analisada da maneira acima descrita.
[0051] Um obstáculo importante no caminho apontado para a aquisição do conhecimento foi o de ter sido necessário abandonar a velha ideia de que os elementos de resistência seriam distendidos de maneira diferente no lado de cima e no lado de baixo. Esta velha ideia só pôde ser posta de parte ao analisar os comprimentos da dobra, o que permitiu apurar que, nos pontos em que os elementos de resistência eram aparentemente distendidos entre os núcleos, os comprimentos da dobra no produto final eram em verdade um pouco mais curtos.
[0052] Mas também esta análise não conduziu directamente a uma solução, já que a força da gravidade não pode ser pura e simplesmente anulada.
[0053] Seguindo a causalidade descoberta, pareceu primeiramente ser muito promissor prever o tambor de montagem e o dispositivo de enformar com um eixo de rotação vertical em vez de horizontal, de modo a poder transportar e eventualmente proceder a uma armazenagem intermédia das carcaças em bruto com uma disposição vertical do eixo de rotação. Foi no entanto necessário rejeitar esta ideia, dado que a montagem precedente da carcaça, do mesmo modo que a montagem subsequente da cintura, só parece ser praticável com a disposição tradicional do eixo de rotação dos tambores destinados à montagem, que é uma disposição horizontal,- devido ao facto de ser dificil assentar de outra maneira as diversas camadas a aplicar.
[0054] Além disso, pelo menos do lado da carcaça em bruto que durante a montagem vertical anteriormente ponderada e posta de parte ficaria do lado de cima, não se deveria encontrar unida nenhuma parede lateral - isto é, uma banda de borracha isenta de elementos de resistência, destinada à cobertura lateral da tela 16 t de carcaça - uma vez que aquela parede poderia então cair de forma não controlada sobre a tela de carcaça. Este método de eliminar a influência do erro sistemático da força da gravidade sobre a marcha concêntrica dos pneus a fabricar não conduz portanto a nenhuma solução vantajosa.
[0055] Em vez disso o cerne da invenção consiste em eliminar em larga medida o efeito de reposição, para o que em primeiro lugar só se sujeita a carcaça a um esforço que incide pelo lado de baixo dos núcleos de talão e não adicionalmente a um esforço que continua a produzir efeito entre os núcleos de talão, e em segundo lugar se reduz fortemente o tempo durante o qual este esforço - que no âmbito da presente invenção é um recalcamento e não uma distensão - é mantido de pé, esforço esse que além disso não está sujeito a oscilações, e por em terceiro lugar o referido esforço ter sido eliminado antes de a carcaça ser libertada pelo tambor de montagem, fazendo com que o mesmo se contraia. Este conjunto de procedimentos de acordo com a invenção, que estão interligados, conduziu a uma nítida melhoria dos pneus assim fabricados, o que ficou provado pelo teste de marcha concêntrica.
[0056] De preferência o recalcamento da carcaça sem formação de pregas, que é um atributo da invenção, destinado a permitir o enfiamento e o posicionamento dos núcleos de talão, só se efec-tua imediatamente antes desse enfiamento e posicionamento e da subsequente distensão para o valor anterior, por meio da expansão do tambor, até este atingir um diâmetro designado por D5, imediatamente antes do posicionamento. Para tal o diâmetro D5 é de preferência igual ao diâmetro do tambor a seguir designado por D3, que é o diâmetro sobre o qual a carcaça é de início montada. Nestas condições torna-se máximo o efeito pretendido, que é o de afectar em menor grau a rigidez intrínseca da carcaça ainda no estado bruto, rigidez essa que é muito débil. 17 L-Cj [0057] Em consequência desta redução do efeito perturbador - que será ainda menor se para o tempo que medeia entre o extrair da carcaça a partir do tambor de montagem e o enformar for escolhido um valor muito curto, dando-se especial preferência a um tempo inferior a 30 s - a inflexão da carcaça durante o transporte até ao dispositivo de enformar, que também é designado por cabeça de enformar, e durante a permanência ainda sem insuflação no dispositivo de enformar, com um eixo de rotação horizontal, é fortemente reduzida; a carcaça tem um comportamento mais rígido. Por isso o fole de enformar adere quase simultaneamente do lado de cima e do lado de baixo à parte de dentro da carcaça a insuflar (= a enformar). 0 erro sistemático residual devido à influência da força da gravidade é nitidamente menor do que os erros fortuitos.
[0058] Na sua melhor concretização a invenção é portanto capaz de conseguir que a carcaça, que é sensível, não seja, para criar a necessária compressão entre os núcleos de talão e a carcaça no fim da operação de assentamento dos núcleos, expandida em relação ao diâmetro de montagem isento de tensões, sendo em vez disso descomprimida, isto é, liberta do seu esforço intrínseco de compressão, que é temporário e de curta duração, atingindo um estado no essencial isento de tensões.
[0059] É possível observar uma grande melhoria das propriedades de marcha concêntrica, independentemente de a vulcanização se efectuar com ou sem fole; pelo facto de pelo menos os erros fortuitos de onda longa parecerem ser menores na vulcanização sem fole, obtém-se tendencialmente uma marcha concêntrica ainda melhor quando a vulcanização se efectuar sem fole.
[0060] Um pressuposto necessário para a realização do processo de acordo com a invenção é uma fixação tal da carcaça a recalcar durante um curto tempo em relação à periferia do tambor que aquela carcaça não pode ser amolgada ou fazer pregas. No caso 18
V
dos pneus para veículos utilitários pesados, que têm uma carcaça de cabos de aço, teve de ser ponderada uma fixação magnética. Tomando em consideração os custos e a segurança de funcionamento e tomando também em consideração a protecção do pessoal, a fixação magnética, que em princípio é possível, é no entanto nitidamente menos vantajosa que a solução encontrada, que prevê a sucção da carcaça.
[0061] Para implementar esta solução é de recomendar o fabrico e a utilização de um tambor expansível, que - da maneira já em si bem conhecida - comporta um invólucro de borracha ou de um material similar, cujo lado de fora forma a periferia do tambor. No dispositivo de acordo com a presente invenção o referido invólucro do tambor deverá apresentar negativos do seu lado de fora.
[0062] Para não ter que criar, por exemplo, uma sobrepressão pelo lado de fora, o que tornaria necessário fazer incidir essa pressão sobre um volume bastante maior e acarretaria maiores problemas de vedação, cria-se de preferência uma depressão pelo lado de dentro. Para esse efeito e de acordo com a reivindicação 5 os negativos do tambor devem estar em comunicação com uma bom-ba para a obtenção de vácuo.
[0063] A invenção é de seguida descrita mais em pormenor mediante algumas figuras; estas mostram:
Fig. 1 uma vista sobre a metade de cima do tambor de montagem de acordo com a invenção, no estado em que está contraído ao máximo, que é durante o enfiamento de um correspondente invólucro de borracha no tambor de montagem,
Fig. 2 uma vista sobre a metade de cima do mesmo tambor de montagem, após conclusão do enfiamento do correspondente invólucro de borracha, estando aquele tambor expandido para um diâmetro D2, 19 p L_^ ^^
Fig. 3 uma vista sobre a metade de cima do mesmo tambor de mon-
Fig. 4 tagem, agora expandido para o diâmetro D3, sobre o qual, de acordo com a invenção, se deve iniciar a montagem da carcaça, uma vista idêntica à da fig. 3, mas após o assentamento dos primeiros componentes do pneu, que são mostrados em corte, e que são as paredes laterais, o revestimento interior feito de uma mistura de borracha butilica, o "Cha-fer" para a futura zona do talão, a tela de carcaça e os perfis de enchimento dos ombros, Fig. 5 uma vista idêntica à da fig. 4, mas após a contracção, que é típica da invenção, para um diâmetro mais pequeno (D4=D2), Fig. 6 uma vista idêntica à da fig. 5, mas após o posicionamento axial dos núcleos de talão, Fig. 7 uma vista idêntica à da fig. 6, mas após a expansão do tambor para um diâmetro maior (D5=D3), para ligação dos núcleos de talão, Fig. 8 uma vista idêntica à da fig. 7, mas após a contracção para um diâmetro mais pequeno (D6=D2), e Fig. 9 uma vista idêntica à da fig. 8, mas durante a extracção da carcaça então completada. [0064] A fig. 1 mostra uma vista sobre a metade de cima de um tambor de montagem 1 de acordo com a invenção, com doze segmen- tos metálicos 2 no seu estado de contracção máxima, que é durante o enfiamento do correspondente invólucro de borracha 3 no tambor de montagem 1. Neste exemplo parte-se do principio de que o apoio do tambor - não representado na figura - se encontra do 20 f u lado esquerdo, pelo que o invólucro de borracha 3 é enfiado da direita para a esquerda.
[0065] Pelo facto de o eixo de rotação RA, disposto horizontalmente, ser simultaneamente também um eixo de simetria, torna-se desnecessário mostrar a metade de baixo da figura.
[0066] 0 diâmetro, que neste caso deverá ser medido do lado de fora dos segmentos metálicos 2 do tambor de montagem 1, é o diâmetro DO. O diâmetro exterior do invólucro 3 no estado não expandido que aqui se mostra será Dl; para obter uma pequena folga entre o invólucro 3 e os segmentos metálicos 2, que facilita o enfiamento do invólucro 3, o diâmetro Dl é de preferência um pouco maior do que o diâmetro DO, adicionado ao dobro da espessura de parede do invólucro.
[0067] 0 invólucro 3 apresenta sobre o seu contorno exterior um sistema de negativos 6. No presente exemplo de realização encontram-se dispostos em cada um dos dois sulcos periféricos 6 escoadouros (sumidouros) 6a, a cada um dos quais se encontram ligadas dez ranhuras 6b, que se estendem no essencial na direcção axial, e duas ranhuras 6c entre cada dois escoadouros 6a, que se estendem na direcção periférica. Em ambos os bordos situados axialmente do lado de fora todas as ranhuras 6b que se estendem axialmente estão interligadas por uma ranhura 6d que se estende na direcção periférica. Obtém-se assim uma rede densa de negativos 6 em toda a periferia 4 do tambor. Esta rede de negativos serve para efectuar a sucção da carcaça num estágio posterior do processo.
[0068] De maneira conveniente os negativos 6 têm uma largura e uma profundidade, aqui reproduzidas à escala, cada uma das quais é de cerca de 3 % do diâmetro do tambor; se o dimensionamento da área de secção transversal das ranhuras for nitidamente menor, não se consegue obter um efeito de sucção suficientemente forte. 21 p ^ Só os escoadouros 6a se encontram representados de maneira excessivamente grande, para maior clareza; no restante esta figura - tal como as seguintes - está desenhada à escala, na medida em que a precisão do desenho o permite.
[0069] A fig. 2 mostra uma vista sobre a metade de cima do mesmo tambor de montagem 1, após conclusão do enfiamento do correspondente invólucro de borracha 3 e após expansão até ao diâmetro D2. 0 invólucro de borracha 3 fica então a constituir um componente funcional essencial do tambor de montagem ls a superfície exterior do invólucro de borracha 3 forma simultaneamente a periferia 4 do tambor 1. 0 invólucro 3 passa por cima das frestas 13 existentes entre os segmentos metálicos 2 do tambor 1, que se abrem por acção da expansão.
[0070] Devido ao esforço prévio obtido pela expansão do invólucro 3 ao passar do diâmetro Dl para o diâmetro D2, o invólucro 3 não se destaca dos segmentos metálicos 2 do tambor 1 que se encontram por baixo daquele invólucro, mesmo que sobre aquele invólucro incida uma força dirigida radialmente para o lado de fora; este é o significado essencial da diferença de diâmetros relativamente grande entre Dl e D2. A impossibilidade o invólucro se destacar, obtida pelo menos em larga medida- seja qual for a maneira como tal é conseguido - é um dos pressupostos para que o invólucro 3 possa no ulterior decurso do processo de acordo com a invenção levar a carcaça - recalcando a mesma na direc-ção periférica - a um diâmetro D4, que é menor do que o diâmetro de montagem D3 que as fig. 3 e 4 mostram e que de preferência coincide com D2.
[0071] 0 invólucro 3 encontra-se posicionado não só axialmente mas também na sua direcção periférica, de tal maneira que por baixo de cada escoadouro 6a, que atravessa o invólucro 3 radialmente para o lado de dentro, se encontra aberto no respectivo segmento metálico 2 um furo de ligação 14 (também designado por 22 V ^^
"abertura de passagem" 14).Cada um destes furos de ligação 14 encontra-se em comunicação - de preferência através de mangueiras flexíveis 15 - com uma bomba para a obtenção de vácuo 5 (de preferência uma bomba comum a todos os escoadouros). Para esta forma de realização torna-se portanto necessário que em cada segundo segmento metálico 2 existam dois destes furos de ligação 14, com um determinado afastamento axial entre si, que corresponde ao afastamento axial dos escoadouros.
[0072] Durante a produção de uma série de pneus o diâmetro de tambor D2 aqui mostrado é o diâmetro mais pequeno ao qual alguma vez se leva o tambor; só se leva o tambor ao diâmetro Dl para fins de controlo e de reparação.
[0073] É recomendável enfiar já agora e em primeiro lugar o núcleo de talão 111 a aplicar na proximidade do apoio do tambor -neste caso portanto à esquerda - deslocando-o da direita para a esquerda, ao ponto de ocupar uma posição de espera intermédia entre o bordo - neste caso do lado direito - do apoio do tambor (como já mencionado, não representado na figura) e o bordo da carcaça a montar - neste caso do lado esquerdo; é este o motivo pelo qual o núcleo se encontra representado na posição em questão.
[0074] A fig. 3 mostra uma vista sobre a metade de cima do mesmo tambor de montagem 1, expandido até ser atingido um diâmetro D3, ao qual de acordo com a invenção se deve iniciar a montagem da carcaça.
[0075] A montagem da carcaça em bruto de pneu - que na especialidade é designada por confecção - inicia-se na variante do processo de acordo com a invenção, a que se dá preferência e que aqui é mostrada, com a colocação das paredes laterais 7. 23 Γ [0076] A fig. 4 mostra uma vista idêntica à da fig. 3, mas já após a colocação dos primeiros componentes do pneu, no presente exemplo de realização começando com as já referidas paredes laterais 7o As bandas de borracha 7 têm uma secção transversal que no essencial tem a forma de um trapézio.
[0077] Por "paredes laterais" 7 designam-se neste contexto as bandas 7 que cobrem o lado da tela de carcaça 10 localizado do lado contrário ao da caverna de ar, nas zonas compreendidas entre os núcleos e o piso de rolamento. A terminologia aqui utilizada pelos técnicos de produção distingue-se portanto um pouco da terminologia de muitos construtores, os quais designam toda a zona do pneu compreendida entre o talão e a zona de topo - isto é, inclusive a zona correspondente da tela de carcaça 10 - por parede lateral.
[0078] Tal como também nas figuras que se seguem, cada uma ou todas as partes de pneu aplicadas estão representadas em corte transversal; em contrapartida o tambor de montagem é, como também nas figuras anteriores, representado numa vista de frente, em analogia com a maneira habitual de representar um parafuso que não tem corte no interior de uma rosca interior desenhada em corte.
[0079] A seguir às paredes laterais 7 colocou-se - como a fig. 4 mostra além disso - o revestimento interior 8 feito de uma mistura de borracha butilica e o "Chafer" 9 na futura zona do talão; é óbvio que se poderiam utilizar também vários "Chafers".
[0080] Seguidamente assentou-se a tela de carcaça 10. Nos pneus para veículos ligeiros de passageiros esta tela contém habitualmente elementos de resistência têxteis, nos pneus para viaturas pesadas contém cabos de fio de aço, e isto numa disposição de tecido aproximadamente axial em cada um dos casos, isto é, com uma orientação paralela entre si de todos os elementos de resis- 24 p U, ^^ \ tência, não havendo elementos de resistência que se cruzam, estendendo-se os elementos de resistência numa direcção pelo menos [0081] Depois disso aplicam-se os perfis 12 de enchimento dos ombros, que no pneu já pronto têm a função de estabelecer a concordância de um contorno de cintura plano - também nos bordos laterais - com um contorno de carcaça já mais arqueado junto dos bordos da cintura.
[0082] A fig. 5 mostra uma vista idêntica à da fig. 4, mas já após a contracção, decisiva em termos da presente invenção, do tambor 1 para um diâmetro mais pequeno D4, servindo de preparação para a aplicação dos núcleos. Para tal - como se encontra representado - o diâmetro D4 é de preferência igual ao diâmetro D2, como se mostra na fig. 2. A carcaça acompanha esta contracção por acção da aplicação de vácuo.
[0083] Do lado de fora dos perfis 12 de enchimento dos ombros a carcaça até aqui montada e agora submetida a sucção para assumir um diâmetro interior mais pequeno D4, tem o seu maior diâmetro DKmàx. Se o núcleo de talão esquerdo 111 não tiver sido já enfiado logo de inicio, o diâmetro D4 do tambor 1 deverá, para o subsequente assentamento dos núcleos, tornar-se tão pequeno que o diâmetro DKmáx se torna menor do que o diâmetro interior d dos núcleos de talão 11, de modo que também o núcleo de talão 111 pode passar por estes perfis 12 de enchimento de ombro sem entrar em contacto com os mesmos.
[0084] Se em contrapartida o núcleo de talão esquerdo 111 foi enfiado antes, tal como se recomenda e como é mostrado nesta sequência de figuras, então não deverá ser vencida pelos núcleos de talão 11 - nomeadamente pelo núcleo esquerdo 111 - a extensão axial mais longa E do tambor 1, antes da aplicação daqueles núcleos, mas somente as zonas mais curtas do tambor, que na fig. 25 6, apresentada mais tarde, são designadas por A; pelo facto de os perfis 12 de enchimento de ombro se situarem, com o seu diâmetro máximo DKmáx, fora aas zonas A do tambor ainda a vencer, isto é, já só interessando agora o diâmetro máximo DK da carcaça - que é mais pequeno - nas zonas A, a diferença entre D3 e D4 já não necessita de ser tão grande; a carcaça pode portanto ser montada sobre um diâmetro D3 mais pequeno.
[0085] Esta última característica tem a vantagem de as frestas 13 a vencer entre os segmentos metálicos 2 não se tornarem tão grandes. Além disso um diâmetro D4 (e deste modo um diâmetro D2) comparativamente maior que D3 tem a vantagem de se poder escolher uma posição um pouco mais apertada dos elementos de resistência por baixo dos núcleos de talão 11 a seguir aplicados, sem que os elementos de resistência sejam apertados na direcção periférica do pneu, o que, tratando-se nomeadamente de elementos de resistência metálicos, deverá ser evitado.
[0086] A fig. 6 mostra uma vista idêntica à da fig. 5, mas já após o posicionamento axial correcto dos núcleos, isto é, após a primeira parte da aplicação desses núcleos. Para esse efeito os núcleos foram deslocados axialmente para o lado de dentro. Para não desviar a atenção daquilo que é essencial, os dispositivos de retenção para os núcleos, que são móveis e que têm uma construção convencional, foram omitidos em toda a sequência de figuras .
[0087] A fig. 7 mostra uma vista idêntica à da fig. 6, mas já após a expansão do tambor de montagem 1 até ao diâmetro D5, que é tão grande que se consegue criar uma compressão suficientemente forte para obter uma suficiente aderência entre a camada de carcaça 10 e os núcleos de talão 11. De preferência - como aqui está representado - o equipamento de fabrico e os produtos semiacabados utilizados estão harmonizados uns com os outros de tal maneira que é possível prever D5=D3. 26 [0088] A fig. 8 mostra uma vista idêntica à da fig. 7, mas já após a contracção do tambor de montagem 1 para um diâmetro mais pequeno D6. De preferência o diâmetro D6 - como aqui está representado - é igual ao diâmetro D2. Nesta posição apertada do tambor a carcaça então já completada pode ser extraída do tambor para o lado da direita, como a fig. 9 o mostra. Depois de ter sido extraída a carcaça até aqui confeccionada, pode iniciar-se já sobre o tambor 1 a montagem da carcaça seguinte.
[0089] Seguidamente a carcaça semi-acabada é transportada da maneira já bem conhecida até ao dispositivo de enformar, onde os bordos 10.1 da tela de carcaça 10, que sobressaem axialmente para o lado de fora dos núcleos de talão 11, são dobrados na di-recção radial para o lado de fora, sendo de preferência e ao mesmo tempo a zona da carcaça compreendida entre os núcleos de talão igualmente distendida radialmente para o lado de fora. Ao fazê-lo forma-se, de uma maneira já em si bem conhecida, um firme laço de forca, que confere mais tarde à tela de carcaça 10 no pneu já pronto uma ancoragem segura em relação aos núcleos de talão 11.
[0090] Uma vez que o tratamento dado à carcaça no dispositivo de enformar, bem como também o procedimento subsequente para o fabrico de uma carcaça em bruto de pneu, isto é, a aplicação das camadas de cintura, eventualmente ainda de uma bandagem e do piso de rolamento se realizarem de preferência da maneira já em si bem conhecida, não se mostra a este respeito qualquer nova figura, do mesmo modo que tal não se faz em relação à vulcanização que finaliza o fabrico do pneu, operação essa que se efectua numa prensa de vulcanização, na qual é prensado o piso da superfície de rolamento.
[0091] A vantagem essencial do processo de acordo com a invenção reside no facto de a carcaça semi-acabada se apresentar totalmente isenta de esforços internos durante o seu transporte desde 27
J 0 tambor de montagem até ao dispositivo de enformar e durante a sua armazenagem intercalar, que eventualmente é necessária, o que reciuz a um mínimo uma compensação dos esforços através de movimentos de fluência, movimentos esses que afectam a precisão do fabrico. Isto consegue-se fazendo com que o diâmetro (D5) , ao qual a carcaça é levada ao ser fixada ao lado de dentro dos núcleos de talão, seja pelo menos no essencial - de preferência no entanto exactamente - igual ao diâmetro (D3) , sobre o qual a dita carcaça foi montada. Para entretanto poder posicionar axialmente os núcleos de talão, encolhe-se a carcaça para um diâmetro mais pequeno (D4), por meio da contracção do tambor de montagem e da aplicação de vácuo. Em consequência disto os pneus equipados de carcaças fabricadas desta maneira apresentam excelentes propriedades de marcha concêntrica.
[0092] A lista de índices de referência que se segue é parte integrante da descrição.
Lista de índices de referência [0093] 1 Tambor 2 Segmentos metálicos do tambor 1 3 Invólucro do tambor 1 4 Periferia do tambor 5 Bomba para a obtenção de vácuo 6 Negativos no invólucro 3 do tambor 6a Escoadouros (sumidouros) 6b Negativos que no essencial se estendem transversalmente 6c Negativos que se estendem na direcção periférica entre um escoadouro e o seguinte 6d Negativos que se estendem na direcção periférica junto dos bordos 28 Γ 7 Parede lateral 8 Revestimento interior q "Chofer" 10 Tela de carcaça 10.1 Bordos 10.1 da tela de carcaça 10 que sobressaem axialmente para o lado de fora em relação aos núcleos de talão 11 11 Núcleos de talão 111 Núcleo de talão esquerdo llr Núcleo de talão direito 12 Perfis de enchimento dos ombros 13 Frestas formadas entre os segmentos 2 no estado expandido do tambor 14 Orifícios de passagem (também chamados furos de ligação) nos segmentos 2, para sucção 15 Mangueiras para ligação dos furos de ligação 14 à bomba para a obtenção de vácuo 5 d Diâmetro interior dos núcleos de talão 11 A Zona axial do tambor ao longo da qual os núcleos 11 passam ao ser posicionados DO Diâmetro mínimo possível do tambor de montagem 1, medido do lado de fora dos seus segmentos metálicos 2 (para montagem do invólucro 3)
Dl Diâmetro exterior não expandido do invólucro 3 (durante a montagem do invólucro 3) D2 (D2>D1) Diâmetro mínimo do tambor 1 na zona A, ajustado durante o processo (para o deslocamento e o posicionamento dos núcleos de talão) 29 D3 (D3>D2) Diâmetro do tambor 1 sobre o qual a carcaça é de acordo com a invenção montada até à aplicação dos núcleos 11 D* Diâmetro qus u tambor i assume depois disso, ao ser contraído para serem aplicados os núcleos de talão 11, sendo de preferência D4=D2 D5 Diâmetro para o qual o tambor 1 é seguidamente movido - isto é, expandido - para prender os núcleos de talão 11 por compressão, sendo de preferência D5=D3 D6 Diâmetro do tambor 1 para poder extrair a carcaça 10 (sendo de preferência, e de acordo com a invenção, D6=D2) DK Diâmetro exterior da carcaça nas zonas A, durante o ajuste do seu diâmetro interior para o diâmetro D4; ver fig. 5, sendo este diâmetro medido nesta figura do lado de fora da tela de carcaça 10 DKmáx Diâmetro exterior máximo da carcaça durante o ajuste do seu diâmetro interior para o diâmetro D4; ver fig. 5, sendo este diâmetro medido nesta figura do lado de fora dos perfis 12 de enchimento de ombro E Extensão axial do tambor 1 RA Eixo de rotação
Lisboa, 10 de Setembro de 2001 QfAGBWTE OFICIAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL 30

Claims (4)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Processo para a confecção de uma carcaça em bruto de pneu, a) segundo o qual se produzem com um primeiro dispositivo os núcleos de talão (11) b) e segundo o qual se confecciona a carcaça mediante um segundo dispositivo, que é um tambor (1) radialmente expansível, com um eixo de rotação (RA) no essencial horizontal, c) estando o tambor para tal equipado de um invólucro (3) de borracha ou de um material similar, formando a periferia (4) do tambor e possuindo uma parede suficientemente espessa para uniformizar a compressão, d) estando a periferia (4) do tambor provida de negativos (6), que estão ligados a uma bomba para a obtenção de vácuo (5) , com que a carcaça em bruto de pneu é confeccionada passando pelas seguintes etapas de processo e com a seguinte sequência : A) o tambor (1) expansível é levado a um diâmetro (D3), B) ao que a carcaça é primeiro confeccionada na posição deitada e plana, começando de preferência pelas paredes laterais (7) e/ou pelo revestimento interior (8) especialmente hermético, seguindo-se a primeira e depois eventualmente a segunda tela de carcaça (10), C) ao que é criado nos negativos (6) da periferia (4) do tambor um vácuo a pelo menos 30 % - de preferência compreendido entre 55 % e 80 %, D) ao que o tambor (1) é radialmente contraído para um diâmetro (D4), e isto pelo menos na ou nas zonas axiais (A), pelas quais os núcleos de talão (11) passam ao serem enfi- 1
    ados e posicionados - de preferência, no entanto, ao longo de toda a sua extensão axial (E) - sendo o diâmetro (D4) mais pequeno do que o diâmetro (D3) anteriormente ajustado para o assentamento dos componentes da carcaça (7, 8, 9, 10, 12), E) ao que a carcaça, na medida em que foi até então formada pelo assentamento dos componentes da carcaça (7, 8, 9, 10, 12) sobre o tambor (1), acompanha, sem formar ondas ou pregas, o movimento de contracção do tambor (1), em consequência da criação de vácuo, F) ao que o diâmetro exterior da carcaça ainda plana é reduzido para um valor tão pequeno (DK ou DKmáx) que seguidamente é possível enfiar e posicionar os núcleos de talão (11) sem que os mesmos entrem em contacto com a carcaça, G) ao que os núcleos de talão (11) prefabricados são enfiados no tambor (1) já provido da carcaça e posicionados axialmente, podendo o vácuo de acordo com a característica C ser então desligado, H) ao que após o posicionamento dos núcleos de talão (11) prefabricados o tambor (1) é expandido pelo menos nas zonas axiais (A), que são ocupadas pelos núcleos de talão (11) já posicionados, para um diâmetro (D5), que é pelo menos igual ao diâmetro (D3), para o qual o tambor (1) foi ajustado no início da confecção da carcaça, - tendo como efeito que a carcaça fica seguidamente no essencial isenta de tensões de recalcamento e de distensão ao longo de toda a sua extensão axial - e é maior do que o diâmetro (D4) anteriormente ajustado para o posicionamento axial dos núcleos de talão (11), - tendo como consequência que a carcaça confeccionada na posição deitada e plana seja comprimida radialmente con- 2
    tra os núcleos de talão (11), fazendo com que seja adquirida uma aderência reciproca suficientemente grande - I) ao que o tambor (1) é de novo contraído para um diâmetro (D6) mais pequeno, sendo a carcaça extraída do tambor (1) em conjunto com os núcleos de talão (11) aplicados, para seguidamente ser transportada até junto de um dispositivo de enformar.
  2. 2. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a expansão do tambor (1), exigida para a compressão [de acordo com a característica H da reivindicação 1], abranger pelo menos as duas zonas (A) situadas do lado de fora do tambor (1), visto no sentido axial, que se estendem respectivamente [ver fig. 6] do bordo do tambor axialmente situado do lado de fora até ao lado axialmente situado da parte de dentro do respec-tivo núcleo de talão (11).
  3. 3. Tambor (1) expansível, destinado à realização de um processo de acordo com as reivindicações 1 ou 2, que do seu lado de fora apresenta negativos (6) que (6) estão em comunicação com uma bomba para a obtenção de vácuo (5) , caracterizado por o tambor (1) comportar do lado de fora um invólucro (3) de borracha ou de um material similar, cujo lado de fora forma a periferia (4) do tambor e por o invólucro (3) referido apresentar do seu lado de fora os negativos (6) mencionados.
  4. 4. Dispositivo de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por o invólucro (3) apresentar em toda a sua periferia (4) uma densa rede formada por um grande número de ranhuras (6b, 6c), podendo estas ranhuras (6b, 6c) ser sujeitas a uma de pressão a partir de um pequeno número de escoadouros (6a). 3 Dispositivo de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por as ranhuras (6b, 6c) terem uma largura e uma profundidade de cerca de 3 % do diâmetro do tambor. Lisboa, 10 de Setembro de 2001 AGENTE OFICIAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL
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