PT824498E - Dispositivo de ligacao de escoamento de fluidos e distribuidor de fluidos para fluidos com substancias adesivas - Google Patents

Description

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DESCRIÇÃO " DISPOSITIVO DE LIGAÇÃO DE ESCOAMENTO DE FLUIDOS E DISTRIBUIDOR DE FLUIDOS, PARA FLUIDOS COM SUBSTÂNCIAS ADESIVAS "

Campo de aplicação da invenção

Esta invenção diz respeito a um dispositivo de ligação/desligação do escoamento, para comunicar um saco flexível contendo um fluido a uma linha de abastecimento de fluido, incluindo de uma forma combinada: um bocal para montagem no saco flexível; uma válvula do tipo das que integram um corpo de válvula e um obturador, para montagem no terminal da linha de abastecimento do fluido; meios de vedação para fornecer a vedação entre o corpo da válvula e o bocal; e meios de comunicação do fluido para permitir a comunicação do fluido entre o interior do saco flexível e o interior do corpo da válvula.

Esta invenção diz ainda respeito a um distribuidor para enviar o fluido a partir de um saco flexível, consistindo de um alojamento para o saco e de meios de aplicação de pressão, para aplicação de uma pressão externa sobre a superfície exterior do saco no alojamento. O dispositivo de ligação e distribuidor da invenção serão, de aqui em diante, descritos com referência à sua utilização com substâncias adesivas activáveis por ar, mas deve ser compreendido que o dispositivo de ligação do escoamento e o mecanismo de pressão podem ser usados com uma grande variedade de fluidos. - 2 -

Breve Descrição do estado da Tecnologia - Dispositivo de Ligação de Escoamento O Pedido de Patente Europeia No. 92 301 899.8, partilhado conjuntamente, denominado "Air Activatable Polymerizable Compositions", descreve recentes composições, adequadas para utilização como sistemas de componente único para formar polímeros, não necessitando de primários. Estas composições são utilizáveis como adesivos, meios de vedação, revestimento de superfícies, resinas de moldagem e matrizes compósitas, como exemplos. Estas composições são particularmente adequadas para utilização como compostos para travamento de roscas, ou seja, para fixar porcas em veios roscados, casquilhos nos seus alojamentos e coisas semelhantes. Uma característica destas recentes composições é uma rápida secagem, quando em contacto com a mais pequena quantidade de ar. Esta característica é particularmente útil em montagens automatizadas de produção em série, usando autómatos, uma vez que uma destas composições pode ser usada como um adesivo para prender dois componentes de montagem, um ao outro, requerendo um curto tempo de secagem, de forma que se podem atingir elevados volumes de produção. A reactividade excepcional-mente elevada destas composições requer que o armazenamento, distribuição e aplicação das composições sejam executados, usando equipamento que tenha um elevado grau de vedação contra qualquer entrada de ar ou de outros gases. A introdução de ar ou de outros gases num sistema de armazenamento, distribuição e aplicação tem duas desvantagens. Em primeiro lugar o ar pode activar, ou parcialmente activar, o adesivo líquido, provocando espessamento local do adesivo líquido, o que é indesejável e provoca aderência entre componentes que deveriam ter movimento relativo. Em segundo lugar, existe a possibilidade de que um gás não possa activar o adesivo líquido e nesse caso, durante a aplicação do adesivo líquido, uma bolha de gás pode introduzir-se - 3 - no escoamento do líquido e ser aplicada, através de um aplicador, a uma superfície a ser ligada, o que terá possivelmente sérias consequências na qualidade da ligação produzida.

As tentativas de aplicação das recentes composições, utilizando os aplicadores já existentes, resultaram em secagens prematuras no interior dos aplicadores, provocando o seu entupimento. Essa secagem prematura é inaceitável no fabrico automatizado. A secagem ocorre devido à introdução de pequenas quantidades de ar para o interior do aplicador, por exemplo nas juntas ou vedações, através de tubagens com fracas propriedades de isolamento, ou através de membranas tais como foles ou diafragmas. De igual modo a secagem ocorre no bico do aplicador a jusante da válvula, no caso do aplicador incluir este dispositivo. Nós ultrapassámos estes problemas, com a invenção de um aplicador que tem um elevado grau de vedação, o qual é objecto do Pedido de Patente Irlandesa No. 940 697, partilhado conjuntamente, cuja divulgação é por este meio aqui expressamente incorporada, por referência.

Para armazenamento, descobriu-se que um acessório altamente desejável é um saco hermético, flexível e de utilização única (descartável), contido no interior de um alojamento rígido. As composições podem ser distribuídas a partir do saco, através de um dispositivo de ligação do escoamento, ao longo de uma linha de abastecimento do fluido, até ao aplicador. Quando o saco estiver vazio, ele é desligado da linha de abastecimento e retirado, e um saco cheio é então ligado à linha de abastecimento do fluido. O documento DE 44 41 414 AI de Henkel KGaA, descreve um sistema deste tipo, mas não descreve, com qualquer detalhe, nem o dispositivo de ligação do escoamento, nem o aplicador.

Falando agora dos dispositivos de ligação de escoamento, a Patente U.S. No. 4 421 146 de Bond et al., descreve um dispositivo de ligação de escoamento, de acordo com o preâmbulo da reivindicação 1, para utilização num sistema de distribuição de bebidas ou equivalente, fazendo a ligação de uma linha de serviço a uma válvula de bocal de serviço único, para acoplamento e distribuição, montada num saco flexível contendo um líquido ou um produto semilíquido a ser distribuído. O dispositivo de ligação de escoamento de Bond et al. contém um grampo, que permite uma rápida montagem/desmontagem no bocal. O grampo contém uma estrutura de guiamento para um corpo de bico. O corpo de bico pode mover-se axialmente em relação ao bocal, introduzindo-se no bocal de modo a empurrar um obturador de válvula, de uma posição fechada para uma posição aberta. Simultaneamente, o corpo de bico prende o obturador da válvula do bocal, de forma que, à medida que o corpo de bico é retirado, vai mover o obturador da válvula do bocal novamente para a posição fechada. No corpo de bico está uma válvula de regulação de escoamento, normalmente fechada, que é accionada para abrir, quando o corpo de bico é introduzido no bocal, e que é fechada automaticamente assim que o corpo de bico é retirado do bocal.

As tentativas para distribuir as recentes composições a partir de um saco, usando um dispositivo de ligação de escoamento conforme descrito em Bond et al., resultaram em secagem prematura. Em particular, nós descobrimos que as duas principais partes do bocal, ou seja, a parte que está fixada no saco e o obturador da válvula de bocal que se move axialmente no seu interior, tendem a prender-se uma à outra. Essa ligação tem lugar entre as duas superfícies que mutuamente contactam de forma deslizante, ou seja, a superfície interior da parte que está fixada no saco e a superfície exterior do obturador da válvula de bocal, e tem lugar sobre praticamente toda a área de contacto mútuo. Não se sabe exactamente como é que o ar entra para o dispositivo de ligação de escoamento, mas uma possibilidade é a de que o ar passe através - 5 -

dos componentes que são feitos de polietileno de baixa densidade, o qual tem fracas propriedades de isolamento.

Uma outra possibilidade para a introdução de ar vem da estrutura do dispositivo de ligação de escoamento de Bond et al.. O corpo de bico é geralmente de forma cilíndrica, mas com uma extremidade hemisférica. O bocal, em particular o seu corpo, tem uma geometria correspondente. Uma vedação entre ambos é fornecida através de uma anilha de borracha ("O ring") externa, montada sobre a parte cilíndrica do corpo de bico. A medida que o corpo de bico vai entrando no bocal, nas fases iniciais do movimento, forma-se uma vedação entre as superfícies cilíndricas do corpo de bico e do bocal, assim prendendo uma almofada de ar no espaço morto em frente da extremidade do corpo de bico. Um posterior movimento do corpo de bico para dentro do bocal comprime o ar preso, aumentando a sua pressão. A continuação do movimento vai provocar a abertura da válvula no corpo de bico, contrariando a pressão exercida pela mola. Finalmente, o obturador da válvula do bocal desloca-se axialmente para dentro do bocal, permitindo o acesso ao saco flexível.

Uma vez que o ar tenha entrado num dispositivo de ligação de escoamento descrito em Bond et al., qualquer que seja o processo, então devido ao número de componentes no dispositivo de ligação de escoamento e à extensão da superfície de contacto entre esses componentes, o ar vai provavelmente provocar não apenas um espessamento local ( que é, só por si, indesejável), mas também levará o dispositivo de ligação de escoamento a gripar.

Uma outra desvantagem do dispositivo de ligação de escoamento descrito por Bond et al., provém das operações combinadas de fixação do dispositivo de ligação de escoamento ao bocal, e de estabelecimento de comunicação fluida entre o interior do dispositivo de ligação de escoamento e o - 6 - interior do saco flexível. Com efeito, com o fim de interromper tal comunicação fluida, será necessário desligar do saco flexível, o dispositivo de ligação de escoamento.

Ainda uma outra desvantagem do conjunto de Bond et al., está em que o bocal, que é descartado com o saco depois de este ter sido esvaziado, é relativamente complexo, incluindo, por exemplo, peças móveis.

Mecanismo de Criação de Pressão do Fluido

Um dos mecanismos de criação de pressão de fluidos conhecidos, para enviar fluidos a partir de um saco flexível, consiste num depósito de pressão para alojamento do saco, um guiamento para o saco no interior do depósito de pressão e meios para produzir o aumento de pressão de ar no interior do depósito de pressão, de modo a enviar o fluido, a partir do saco. Um dispositivo de ligação de escoamento, que existe no extremo superior do saco, é ligado, através de uma mangueira flexível helicoidal ou em espiral, a um outro dispositivo de ligação de escoamento no extremo superior do depósito de pressão. Existe um peso, colocado centralmente no extremo superior do saco, com o fim de manter o saco numa condição de habitualmente "expandido" ou "cheio de ar", no interior do guiamento. A medida que o saco é gradualmente esvaziado e o extremo superior desce de uma forma correspondente, a mangueira helicoidal desenrola-se, assim garantindo a continuidade do escoamento entre o dispositivo de ligação de escoamento, no extremo superior do saco e o dispositivo de ligação de escoamento, no extremo superior do depósito de pressão.

Uma desvantagem do mecanismo de condução de fluido atrás descrito, é a de que uma dobra do saco pode empecilhar o guiamento dentro do depósito de pressão, por isso impedindo o peso de se mover para baixo e - 7 - possivelmente estragando o saco. Outra desvantagem do mecanismo de condução de fluido atrás descrito é a de que, quando em funcionamento, com o saco contido no interior do depósito de pressão, o utilizador não pode controlar a mudança de condição (cheio para vazio) do saco, e só uma interrupção do escoamento do fluido liquido poderá dar a primeira indicação de que o saco está vazio. Uma outra desvantagem é que uma considerável proporção da pressão de ar produzida é utilizada para conduzir o fluido ao longo da mangueira flexível helicoidal. Decisivamente este sistema não é satisfatório para ser utilizado em linhas de produção. A Patente U.S. No. 4 886 189 de Vandeijagt, apresenta um dispositivo para guardar e distribuir fluidos, incluindo um alojamento e um diafragma do tipo flexível ou móvel, estando o fluido contido no diafragma que é movível por um accionador, de forma que o fluido é distribuído a partir do alojamento. Essencialmente o dispositivo contém um fole móvel, e é conveniente para um contentor que não seja flexível ou descartável. O contentor é um depósito rígido que pode suportar pressão interiormente, isto é, uma espécie de recipiente de pressão com um fole montado no seu interior, o qual não seria adequado para usar na distribuição feita a partir de um saco de plástico, que é o tipo de contentor usado para muitos componentes adesivos e equivalentes. A área móvel do diafragma iria criar uma superfície não apoiada depara um saco de plástico, o que iria provocar que o saco rebentasse durante o funcionamento do dispositivo. O documento EP-A-0 579 051 apresenta um sistema para esvaziar, de forma asséptica, contentores flexíveis, tais como sacos, para esterilização de produtos alimentares, contendo um alojamento com tampa e com meios de criar pressão para comprimir o saco e assim expelir o seu conteúdo. Os produtos alimentares são líquidos e cremes de pastelaria, mas não é evidente que o - 8 - dispositivo possa ser utilizado para distribuir substâncias adesivas anaeróbias ou sensíveis ao ar. O dispositivo tem outra limitação, que é a de depender apenas da pressão mecânica para expelir o conteúdo do saco. Isto limita a pressão que pode ser aplicada no saco, já que aumentar a pressão mecânica poderá eventualmente romper o saco.

Sumário da invenção A presente invenção fornece, de acordo com uma das suas vertentes, um dispositivo de ligação/desligação adequado para ser utilizado associado às recentes composições que se podem polimerizar se activadas por ar, ou por outras palavras, um dispositivo de ligação com um elevado grau de vedação contra a entrada de ar. A invenção proporciona um dispositivo de ligação/desligação do escoamento de um fluido, para comunicar um saco flexível contendo fluido a uma linha de abastecimento de fluido, abrangendo de uma forma combinada: um bocal para ser montado no saco flexível; uma válvula de saída do tipo das que incluem um corpo de válvula e obturador, para ser montada no terminal da linha de abastecimento do fluido; meios de vedação para estabelecer uma vedação entre o corpo da válvula e o bocal; e meios de comunicação do fluido, que permitem a comunicação do fluido entre o interior do saco flexível e o interior do corpo da válvula; - 9 - caracterizado por o bocal possuir uma membrana que se pode perfurar (penetrável) para permitir a comunicação do fluido com o interior do saco flexível; a válvula de saída ter uma ponta capaz de perfurar a membrana, seguindo o movimento da válvula de saída para dentro do bocal; o corpo da válvula ter uma extremidade de secção variável que pode vedar a membrana penetrável e ter um orifício, nessa mesma extremidade, para permitir o escoamento do fluido a partir do saco flexível para dentro do corpo da válvula; o obturador da válvula se poder mover entre uma posição avançada (válvula fechada) na qual ele tapa o orifício, assim evitando que o fluido entre no corpo da válvula, e uma posição recolhida (válvula aberta) na qual permite que o fluido entre no corpo da válvula; e serem fornecidos meios de accionamento do obturador da válvula, os quais podem ser operados independentemente do movimento relativo ou da posição da válvula de saída e do bocal.

Durante o funcionamento, a válvula de saída e o bocal são actuados para terem movimento relativo, de um em direcção ao outro, estando o obturador da válvula em posição fechada, durante esse movimento. A ponta da válvula de saída perfura a membrana do bocal. A extremidade de secção variável do corpo da válvula proporciona uma vedação, sob a forma de uma linha de contacto, entre o corpo da válvula e a membrana perfurada. Quando se pretende permitir o escoamento do liquido, o obturador da válvula é recolhido para a posição aberta, - 10 - e o líquido pode então escoar-se a partir do saco flexível, através do orifício, em direcção áo interior do corpo válvula. Quando não se deseja que haja escoamento de liquido, o obturador da válvula volta para a posição fechada. A disposição acima descrita apresenta um certo número de vantagens. Em primeiro lugar, o bocal e a válvula de saída entram em contacto um com o outro apenas através de uma linha de contacto, onde o corpo de secção variável da válvula penetra na membrana. Se houver lugar a aderência, ela será mais facilmente quebrada do que uma aderência que ocorresse entre duas áreas sobrepostas de superfícies de contacto. Pelo contrário, o conjunto de Bond et al. inclui bastantes áreas sobrepostas nas superfícies de contacto, onde a aderência pode ocorrer. Em segundo lugar, a vedação entre o bocal e a válvula de saída é constituída por um acasalamento justo dos componentes. Por isso não há folga ou "espaço morto", onde o ar possa ser preso entre a vedação e o contacto, como acontecia no conjunto de Bond et al.. Em terceiro lugar, a fase de ligação da válvula de saída ao bocal e a fase de permissão de comunicação do fluido, foram separadas, podendo a válvula permanecer fechada enquanto é fixada ao bocal e ser aberta só quando, e à medida que, é requerido o escoamento do fluido. Em quarto lugar, a parte do dispositivo de ligação de escoamento que está agarrada ao saco flexível descartável e que é descartada com o saco, é constituída por componentes relativamente simples, e particularmente não inclui nenhumas peças móveis, ao contrário do conjunto de Bond et al., no qual o bocal inclui um obturador móvel da válvula do bocal. A membrana pode incluir uma zona enfraquecida para facilitar a perfuração. - 11 - A membrana pode integrar uma charneira de forma que, ao ser perfurada, os elementos da membrana perfurada sejam deflectidos em direcção ao interior do saco. O obturador da válvula pode incluir uma ponta, a qual, na posição fechada, passa através do orifício na extremidade do corpo da válvula A extremidade de secção variável da válvula pode ser cónica e o bocal pode integrar uma sede cónica para a extremidade da válvula, com a membrana estendendo-se através da base da sede, sendo o ângulo de abertura do cone da sede muito ligeiramente superior ao ângulo de abertura do cone da extremidade da válvula.

Uma outra vertente da presente invenção, proporciona um distribuidor adequado para utilização em aplicações industriais, particularmente um distribuidor que garante que todo o conteúdo do saco pode ser despejado ininterruptamente e que a condição do saco seja conhecida, de forma que, assim que o saco esteja próximo de ficar vazio, ele possa ser retirado e substituído.

Esta vertente da invenção proporciona um distribuidor compreendendo um dispositivo de ligação de escoamento conforme descrito anteriormente e um mecanismo de criação de pressão do fluido para enviar a substância adesiva a partir de um saco flexível tendo um bocal; neste mecanismo estão incluídos, um alojamento para o saco, meios de fixação do bocal, meios de perfuração do bocal e meios para aplicação da pressão, aplicando uma pressão externa sobre a superfície exterior do saco no alojamento. Os meios de aplicação de pressão podem incluir uma parede de fecho do alojamento que pode ser movida ao longo do comprimento do alojamento e meios de comando para manobrar a referida parede de fecho. - 12 -

Uma outra vertente da invenção proporciona um mecanismo de pressão composto de duas unidades, o que permite superar as limitações da pressurização mecânica. Isto é conseguido pela utilização conjunta de pressurização mecânica e pneumática, cuja combinação não rompe do saco adesivo. A invenção proporciona muitas vantagens. Em primeiro lugar, o saco não terá tendência para desabar ou dobrar-se sobre si próprio, já que o movimento da parede de fecho, móvel, ao longo do alojamento durante o esvaziamento, garante que o saco se mantém sempre na condição de "expandido", em concordância com a forma interna do volume confinado do alojamento. Em segundo lugar, a localização da parede de fecho, móvel, ao longo do comprimento do alojamento dá uma indicação clara da condição do saco (por exemplo cheio, vazio) .

Os meios de comando e a parede de fecho do alojamento, podem fornecer a totalidade da pressão para enviar o fluido a partir do saco. A vantagem deste conjunto está em que a utilização de um depósito de pressão é desnecessária. A utilização de um depósito de pressão contendo ar sobre pressão, implica o cumprimento de regulamentos de segurança rígidos, que são variáveis de país para país. O alojamento pode ser envolvido por um depósito de pressão, podendo ser fornecidos os meios para gerar uma pressão mais elevada no interior do depósito de pressão, de forma a apoiar o envio do conteúdo a partir do saco. Como alternativa, o próprio alojamento pode constituir o depósito de pressão.

Pode ser providenciado um dispositivo de ligação de escoamento sobre o saco, montado numa parede de fecho do alojamento. - 13 -

Os meios de comando podem incluir um dispositivo compressor o qual pode ser accionado pneumaticamente, hidraulicamente ou de outra forma

Podem ser fornecidos meios de medição no dispositivo compressor, para medir o movimento do êmbolo, e podem também ser proporcionados meios de sinalização ou indicação, para sinalizar ou indicar os resultados da medição.

Os meios de fixação do bocal podem incluir um par de peças de retenção, que encaixam uma na outra formando uma gola que prende o bocal do saco, sendo a gola posicionada no interior do alojamento. As peças de retenção podem encaixar uma na outra, por deslizamento.

Os meios de perfuração do bocal podem incluir um elemento tubular pontiagudo, que se move entre uma posição de perfuração e uma posição retraída, na qual não perfura o bocal, sendo este elemento tubular seguro por uma gola, que pode ser ligada com a tampa do mecanismo de pressão.

Breve Descrição dos Desenhos A invenção será agora descrita em maior detalhe, com referência aos desenhos anexos que ilustram uma configuração de um dispositivo de ligação/desligação de escoamento, conforme a invenção. Nos desenhos: A Figura 1 é um alçado frontal, em corte, do dispositivo de ligação de escoamento, em combinação com uma configuração de um mecanismo de pressão; - 14 -

As Figuras 2A, 2B e 2C mostram um pormenor da Figura 1, numa escala maior, e em fases sucessivas da operação do dispositivo de ligação/desligação de escoamento; A Figura 3 é uma vista, em perspectiva expandida, do bocal do dispositivo de ligação de escoamento, que é constituído por dois componentes e inclui a membrana penetrável; A Figura 4 é uma vista, em planta, de um componente do dispositivo de ligação de escoamento, especificamente uma gola em duas metades que podem ser montadas do lado exterior do bocal; A Figura 5 é um pormenor da Figura 2B, aí indicada pela linha circular a traço interrompido X, numa escala muito maior A Figura 6A é um alçado frontal, em corte, do dispositivo de ligação de escoamento em combinação com uma segunda configuração do mecanismo de pressão, estando o saco cheio; A Figura 6B é equivalente à Figura 6A mas com o saco vazio; A Figura 7 é uma vista, em perspectiva, do lado de baixo de um componente de uma configuração de um mecanismo de pressão; A Figura 8 é um alçado frontal de uma terceira configuração de um mecanismo de pressão, conforme a presente invenção; - 15 - A Figura 9 é um pormenor da Figura 8, numa escala muito maior, mostrando os meios de fixação do bocal e os meios de perfuração do bocal em maior detalhe; e A Figura 10 é uma vista, em perspectiva, de uma metade de uma segunda configuração dos meios de fixação do bocal.

Descrição pormenorizada da invenção

Tomando como referência inicialmente as Figuras 1 a 5, um saco 1 flexível hermético (mostrado na Figura 1) contém uma substância adesiva para ser distribuída. Como se pode ver nas Figuras 2A, 2B, 2C e 5, o saco 1 possui uma saída no seu extremo superior, incluindo uma gola 2 e um bujão 3 que no seu conjunto definem um bocal. O bujão 3 integra uma sede de válvula 4 de secção variável na abertura do bocal, e uma membrana 5 impermeável e penetrável, estendida sobre a base da sede 4 de secção variável.

Uma válvula de saída, com a referência genérica 10, é fixada ao terminal de uma linha de fluido 100. A válvula 10 trabalha em conjunto com a saída do saco, para permitir o escoamento do fluido a partir do saco 1 para a linha de fluido 100, prosseguindo até um aplicador (não representado). Como se vê nas Figuras 2A, 2B, 2C e 5, a válvula 10 compreende um corpo de válvula 11, tendo uma extremidade inferior 12 cónica e orifício de entrada 13, e um obturador de válvula 14 quase todo colocado no interior do corpo, mas tendo uma ponta 15 que, na posição fechada do obturador, passa através e veda o orifício 13, e que pode ser usada para perfurar a membrana 5. A válvula 10 tem uma alavanca 16 que pode ser accionada, para permitir o escoamento do fluido através da válvula. - 16 - Λ A substância adesiva dentro do saco 1 é mantida sobre pressão, submetendo a superfície exterior do saco 1 a ar comprimido. Um recipiente de pressão (ver Figura 1), com a referência genérica 20, para contenção do ar sob pressão, é constituído por uma base 21, uma parede lateral cilíndrica 22, uma tampa 23, parafusos 24 de fixação da tampa 23 e uma entrada de ar 25, na parede lateral, 22 para admissão e extracção de ar sob pressão. Uma abertura central na tampa 23 do recipiente de pressão recebe uma gola exterior fixa 28, que é nela montada por enroscamento. A localização da gola 28 pode ser ajustada na posição desejável, antes da utilização, e essa posição pode então ser fixada por meio da contraporca 28a. Uma gola central móvel 26, integrando a válvula 10 é enroscada na gola fixa 28, fornecendo esta última um batente inferior 28b, que limita a extensão até à qual a gola móvel 26 pode mover-se no sentido descendente, para dentro do recipiente de pressão 20. A válvula 10 pode girar livremente no interior da gola central móvel 26, e é impedida de ser retirada, no sentido ascendente, pelo batente superior 26a do colar central móvel 26, e é impedida de cair, no sentido descendente, pela anilha de retenção 28c na gola exterior fixa 28. O recipiente de pressão 20 é montado num suporte 27. No caso de pressão excessiva, uma válvula de descarga de pressão 29 é fornecida como dispositivo de segurança. A pressão normalmente aplicada é de cerca de quatro bar, mas pode ser elevada até cerca de oito bar.

Existe um suporte para o saco no interior do recipiente de pressão 20, para alinhar correctamente o saco 1 dentro do recipiente de pressão 20, permitindo que a membrana 5 seja perfurada, e assegurando que o saco 1 mantém uma forma adequada, à medida que a substância adesiva vai sendo distribuída. O suporte do saco (ver Figura 1) inclui uma parede cilíndrica lateral 30 que assenta na base 21 do recipiente de pressão 20, uma tampa 31 contendo uma abertura com um rebordo com chanfro 32 e uma gola com chanfro macho-fêmea 33 embutida. Um chão móvel 34 contacta com a parte de baixo do saco 1 e move-se - 17 - uniformemente no sentido ascendente, à medida que o saco é esvaziado. A aresta exterior da chão móvel 34 tem uma montagem com aperto, no interior da parede lateral cilíndrica 30. Um mecanismo de comando do chão, que inclui um cilindro pneumático 35 e êmbolo (a Figura 1 não mostra o êmbolo propriamente dito, mas mostra a sua haste 36), movimenta o chão 34. A montagem do equipamento é agora descrita. O bocal 2, 3 do saco 1 é montado na gola embutida 33, na tampa do suporte do saco. Com esse propósito, a gola embutida 33 é formada por duas metades 33a, 33b (ver Figura 4) as quais, quando apertadas uma à outra, formam uma gola que abraça o bocal 3. Com o recipiente de pressão 20 aberto (isto é, retirada a tampa 23), o saco 1 é introduzido no interior do recipiente de pressão, e dentro do suporte do saco, com o rebordo com chanfro 32 da abertura na tampa 31 do suporte do saco, servindo de assento para a gola embutida 33, segurando conjuntamente as duas metades 33a, 33b. A tampa 23 do recipiente de pressão é então colocada na sua posição, sobre o recipiente de pressão 20, e os parafusos 24 são apertados para fechar e vedar o recipiente de pressão 20.

Nesta fase, como mostra a Figura 2A, a membrana 5 não foi ainda perfurada e a válvula 10 está fechada. A gola móvel 26 é então aparafusada no sentido descendente, de modo que a válvula 10 se move gradualmente no mesmo sentido para dentro do bocal 2, 3. O suporte do saco não tem restrições a movimentar-se na direcção horizontal e o movimento descendente da gola embutida 33, indo ao encontro do rebordo com chanfro 32, pode proporcionar o movimento lateral deste último, assim centrando o suporte do saco dentro do recipiente de pressão 20. Na fase final do seu movimento descendente, como é mostrado nas Figuras 2B e 5, a extremidade inferior cónica 12 da válvula 10 contacta e depois assenta, ligando-se-lhe ao longo de uma linha, na sede 4 de secção variável do bujão 3, e a ponta 13 da válvula 10 perfura a membrana 5, de - 18 -

forma que a extremidade inferior cónica 12 mal penetre no saco 1. Um terminal da linha de fluido 100, é então comunicada ao extremo superior da válvula 10, estando o outro terminal da linha de fluido 100 ligado a um aplicador (não representado). Aplica-se então pressão de ar ao interior do recipiente de pressão 20, de modo a criar pressão sobre a superfície exterior do saco flexível 1, de forma a empurrar a substância adesiva para fora do saco 1. Ao mesmo tempo o mecanismo de comando 35, 36 é accionado, para que o chão 34 do suporte do saco exerça uma ligeira pressão de baixo para cima, sobre a parte de baixo do saco flexível 1. Como consequência o saco 1 assume e subsequentemente mantém a forma bem definida do espaço no qual está confinado. Isto reduz ao mínimo os resíduos e por esse meio evita o aparecimento de entupimentos, como poderia acontecer se o saco desabasse parcialmente, e também permite que os gases presos se escoem para uma câmara, como será adiante descrito mais minuciosamente. A pressão aplicada pelo chão 34 é normalmente de cerca de 0,3 bar. Até aqui não ocorreu nenhum escoamento de líquido, porque o obturador 14 da válvula está na posição avançada (válvula fechada) O arranque do funcionamento do equipamento passa a ser seguidamente descrito. O aplicador é colocado na posição aberta (aplicação de líquido). A alavanca 16 é então accionada de forma que, como mostra a Figura 2C, o obturador da válvula 14 é recolhido para o interior do corpo 11 da válvula. O líquido sob pressão escoa-se a partir do saco flexível 1 através da válvula 10, ao longo da linha de fluido 100 e é distribuído a partir do aplicador. Este escoamento deve ser mantido até que todos os gases tenham sido purgados do sistema (válvula 10, linha de fluido 100 e aplicador). Quando o líquido deixa de escoar no sistema, qualquer pequeno vestígio de ar no interior do sistema poderia activar o líquido adesivo estacionário, provocando por isso a secagem prematura; ou o mais ligeiro vestígio de ar ou qualquer outro gás poderia ser arrastado sob a forma de bolha, o que poderia ter consequências negativas no funcionamento do - 19 - equipamento. Depois de todos os gases terem sido expulsos do sistema, o aplicador pode ser colocado na posição fechada (não aplicação). Como resultado dos passos anteriores, existe uma continuidade de substância adesiva sob pressão no saco flexível 1 e no sistema. O arranque está completo e o equipamento está pronto para funcionamento. O funcionamento do equipamento passa agora a ser descrito. O aplicador pode ser operado de uma forma contínua ou intermitente, para aplicar a substância adesiva nas superfícies, conforme necessário. Devido à pressão de ar que é mantida sobre a superfície exterior do saco flexível 1, existe uma pressão de reserva da substância adesiva no saco flexível e no sistema. À medida que mais substância adesiva é aplicada, o conteúdo do saco flexível 1 vai diminuindo gradualmente. O chão móvel 34 do suporte do saco, que exerce uma suave pressão sobre a parte de baixo do saco, move-se gradualmente para cima, de modo a que o saco mantenha a sua forma desejada e não obstrua a saída do saco, à medida que o seu conteúdo vai diminuindo. O funcionamento, no modo atrás descrito, prossegue, até que o conteúdo do saco flexível 1 esteja praticamente esgotado.

Numa situação de linha de montagem é desejável saber quando o saco 1 está praticamente esgotado, para que o saco possa ser substituído, sem interrupção do processo de produção. Para esta finalidade, existem dois interruptores de fim de curso 41,42 de disparo magnético, no extremo superior do cilindro 35, que trabalham em conjunto com um íman permanente (não representado) que é parte integrante do êmbolo, para fornecer sinais indicativos de "quase vazio" e "vazio".

Estão previstos dois dispositivos para garantir que, mesmo quando o saco 1 está quase completamente esgotado, não entrem nenhuns gases para o - 20 - sistema, e o saco 1 não obstrua a saída. Em primeiro lugar, a gola embutida 32 da tampa do suporte do saco inclui uma saliência 39, de tal forma que toda a parte de cima do saco 1, com excepção da sua zona central, se encontra a um nível ligeiramente mais elevado que o da membrana perfurada 5. Como resultado, qualquer pequena quantidade residual de gás inerte que se mantenha no saco flexível 1, proveniente da operação de enchimento do saco, fica presa junto da parte superior do saco, a um nível acima do da membrana perfurada 5. Em segundo lugar, o chão móvel 34 inclui uma depressão central 40, para receber a zona central da parte de baixo do saco. O principal objectivo da depressão é o de assegurar que, quando o chão móvel 34 está próximo do terminal superior do seu percurso, a parte de baixo do saco 1 não seja perfurada pela ponta 15 do obturador 14 da válvula. A substituição de um saco vazio por um saco cheio irá agora ser descrita. Em primeiro lugar, o aplicador é desligado. A alavanca 16 é accionada para fechar a válvula 10. Como resultado, o interior da válvula 10, a linha de fluido Íleo interior do aplicador constituem um sistema hermético, contendo substância adesiva sob pressão. A pressão do ar no recipiente de pressão 20 é reduzida para a pressão atmosférica, e o cilindro e êmbolo pneumáticos são accionados para baixar o chão móvel 34, de modo que qualquer líquido remanescente no interior do saco flexível 1 deixe de estar submetido a pressão. A gola móvel 26 e a válvula 10 são então desenroscados da gola fixa 28 de uma certa quantidade, suficiente para que, quando um novo saco flexível estiver a ser instalado, a membrana penetrável desse saco novo, não seja perfurada pela válvula 10 durante a instalação. Os parafusos 24 são desapertados e a tampa 23 do recipiente de pressão é retirada, assim se fazendo a separação entre a ponta 15 do obturador da válvula 14 e a membrana 5 do saco vazio. A gola embutida 33 e o saco 1 vazio são retirados do recipiente de pressão 23, fazendo uso da pega anelar 37 que é parte integrante da gola embutida 33. O saco 1 vazio é separado fLi fc'l" - 21 - da gola embutida 33 por divisão desta nas suas duas metades constituintes 33 a, 33b, e é montado um saco cheio. A montagem da válvula de saída 10 é semelhante à montagem do aplicador, que é descrita no Pedido de Patente Irlandesa No. 940 697, partilhado conjuntamente. A válvula de saída 10 é constituída pelo corpo 11 da válvula que tem um furo interior 50 terminando, num dos seus extremos, no orifício de saída 13. O obturador 14 da válvula é instalado no furo interior 50, movendo-se por deslizamento entre a posição aberta (escoamento de líquido) e a posição fechada. Nesta última posição a ponta 15 do obturador 14 da válvula veda o orifício de saída 13 do corpo da válvula. A extremidade traseira do obturador 14 da válvula prolonga-se, para além da outra extremidade do corpo 11 da válvula. O obturador 14 da válvula possui, ele próprio, um furo interior longitudinal 51 para escoamento da substância adesiva líquida. O obturador 14 da válvula é provido de uma ou mais janelas 52, através das quais o líquido se pode escoar, a partir do furo interior 51 do obturador 14 da válvula, para dentro do furo interior 50 do corpo 11 da válvula. A alavanca 16 proporciona a movimentação do obturador 14 entre a posição fechada e a posição aberta. É estabelecida uma vedação 53, entre o obturador 14 da válvula e o corpo 11 da válvula, para evitar a entrada de ar. A vedação 53 é uma vedação de barreira líquida. Na posição aberta (Fig. 2C), a ponta 15 do obturador 14 da válvula, está recolhida no interior do corpo 11 da válvula. Quando o obturador 14 da válvula está na posição completamente aberta, o furo interior 50 do corpo 11 da válvula e o furo interior 51 do obturador 14 da válvula, acertam posições no sentido de proporcionar um percurso de escoamento dinâmico. Todas as precedentes características estruturais da válvula de saída, estão presentes no aplicador, o qual é o tema do acima mencionado Pedido de Patente. Contudo, o escoamento da substância adesiva realiza-se no sentido oposto. Enquanto, no aplicador da invenção anterior, a ponta do obturador serve apenas para fechar a extremidade cónica do aplicador, e a extremidade cónica - 22 - serve como bico para distribuir um jacto restrito de substância adesiva, na válvula de saída da presente invenção, a ponta do obturador é usada na função adicional de perfuração da membrana, e a extremidade cónica do corpo serve de vedação e serve de entrada para a substância adesiva. A única diferença estrutural entre a válvula de saída da presente invenção e o aplicador da anterior invenção, está em que, na presente invenção, o obturador 14 é actuado pela alavanca 16, de operação manual, em vez de ser actuado por um sistema pneumático ou hidráulico.

Tomando agora como referência a Figura 3, conforme mencionado o bocal é constituído por uma gola 2 e um bujão 3. A gola 2 é um produto disponível comercialmente. A gola 2 inclui uma flange inferior 70 que é fixada à parede flexível do saco 1 ( não representado na Figura 3), uma flange circular 71 (ver Figuras 2A, 2B e 2C) que entra na correspondente ranhura 72 na gola embutida 33, e uma flange superior 73. O bujão 3 é feito por encomenda e corporiza importantes características da invenção. O bujão 3 é montado à pressão na gola 2 e inclui uma flange superior 74 que encosta à flange superior 73 da gola 2. O bujão 2 contém uma guarnição externa 75 que entra nas ranhuras internas 76 da gola 2, proporcionando o ajuste de pressão. O bujão 3 tem um rebordo inferior com chanfro 77 e um perímetro de rebarbas 78, para facilitar a entrada do bujão 3 para dentro da gola 2 durante a montagem, e para evitar a subsequente retirada. O bujão 3 integra a membrana 5 impermeável e penetrável, e possui um certo número de características que permitem que a membrana 5 seja perfurada de uma forma consistente, possibilitando a criação de uma boa vedação. Como se pode ver nas Figuras 2B e 2C, quando a válvula 10 é movida no sentido descendente para perfurar a membrana 5, a ponta da válvula perfura o ponto central da zona enfraquecida em forma de cruz 5 a, e a membrana 5 divide-se em quatro segmentos, cada um dos quais se dobra para baixo, graças à existência de uma - 23 - charneira periférica 5b (ver Figura 3). Como se vê na Figura 5 o ângulo de abertura do cone da ponta da válvula 10 é ligeiramente diferente do ângulo do cone da sede 4. Como resultado a ponta da válvula 10 contacta com a membrana perfurada 5, ao longo de uma linha anelar estreita, ou costura. A configuração representada nas Figuras 6A e 6B difere da que é apresentada nas Figuras 1 a 5, pelo facto de haver um chão móvel que aplica toda a pressão necessária a um saco contido num suporte de saco, não sendo usado nenhum recipiente de pressão. O suporte de saco é composto por uma parede lateral cilíndrica 130, uma tampa 131 mantida em posição por quatro parafusos 132, uma base 133, um chão móvel 134, e um mecanismo de comando do chão, que consiste num cilindro pneumático 135 e num êmbolo com a respectiva haste 136.

Passa-se agora a descrever a montagem, arranque, funcionamento e a substituição de saco. O bocal 2, 3 do saco 1 é colocado na tampa 131 do suporte de saco. Para este fim, como pode ser melhor observado na Figura 7, a tampa 131 é formada por duas partes, a parte principal 13 la e a parte mais pequena 131b, as quais podem ser montadas uma na outra por deslizamento, formando uma gola que prende o bocal 2, 3. A tampa 131 com o saco 1 nela pendurado ou suspenso, é então colocada em posição, no topo da parede cilíndrica lateral 130, e depois fixada nessa posição, através dos parafusos 132. Poderá ser observado que o rebordo interno superior 130a da parede lateral cilíndrica, tem um chanfro, que vai trabalhar com o correspondente chanfro do rebordo externo inferior 131c, existente nas duas partes da tampa 131.

Da mesma forma que na configuração ilustrada pelas Figuras 1 a 5, a válvula é então movida para baixo, e o mecanismo de comando 135, 136 é

actuado para exercer pressão sobre o saco 1, equivalente à pressão total exercida na configuração das Figuras 1 a 5. Faz-se então o arranque e entrada em funcionamento do equipamento, da mesma forma como na configuração das Figuras 1 a 5. A substituição do saco é também realizada da mesma maneira que na configuração das Figuras 1 a 5, com excepção de que a redução de pressão envolve apenas a fase de abaixamento do chão móvel 134, e a remoção do saco vazio envolve o desaperto dos parafusos 132, a retirada da tampa 131, e a separação desta nas suas partes constituintes 131ae 131b. A válvula de saída 10 é idêntica à da configuração das Figuras 1 a 5. Dá-se agora atenção à forma da superfície superior do chão móvel 134. Pode-se ver que na borda exterior há uma depressão anelar 134a que se eleva para uma cúspide (extremidade aguda) anelar 134b. Este contorno tem uma dupla função. Em primeiro lugar, como pode ser melhor observado na Figura 6B, quando o chão móvel está na posição de completamente elevado, a depressão anelar trabalha conjuntamente com uma correspondente saliência 13ld sobre a superfície inferior da rampa 131, definindo uma câmara anelar para acomodação das dobras do saco 1 vazio. Em segundo lugar, como pode ser melhor observado na Figura 6A, a curva ascendente que conduz à cúspide 134b, tem como objectivo proporcionar um correspondente contorno ao saco, de modo a reduzir ao mínimo o risco de que uma dobra do saco possa penetrar pela folga existente, entre a aresta exterior do chão móvel 134 e a parede cilíndrica lateral 130. A configuração mostrada na Figura 8 é uma alternativa à representada na Figura 1, com o alojamento ou suporte do saco incluindo nele próprio o recipiente de pressão, sendo esta configuração de mais fácil construção do que a representada pela Figura 1. - 25 - O suporte do saco inclui paredes laterais 200, as quais no seu conjunto delimitam, um canudo 201, uma placa de base 202, uma placa de topo 203 e uma tampa 204. O canudo 201 é ligado num dos extremos à placa de topo 203, para criar uma vedação hermética, enquanto que a placa de base 202 acasala com o outro extremo do canudo 201, sendo a vedação feita com uma anilha de borracha ("O-ring") 205. A placa de base 202 e a tampa 204 são apertadas uma à outra através de quatro tirantes de união 206 e quatro porcas 207. Os tirantes de união 206 são aparafusados no interior da placa de topo 203, e passam através de furos na placa de base 202, sendo apertados pelas porcas 207 por debaixo da placa de base 202. A tampa 204 é aparafusada por cima do conjunto, por quatro botões 209. Os tirantes de união 206 são concebidos de forma a sobressaírem suficientemente acima da placa de topo 203, de modo que possam ser usados como pemos roscados. Os botões 209 aparafusam sobre os pemos ou tirantes de união 206. A tampa 204 é vedada na placa de topo 203 com uma anilha de borracha ("O-ring") 210.

As paredes 200, a tampa 204 e a placa de base 202 definem no seu conjunto uma cavidade 211, no interior da qual o saco pode ser colocado. A cavidade 211 dispõe de um chão móvel 212, o qual é um mecanismo de comando do chão, constituído pelo chão 212, um cilindro pneumático 213 e uma haste de êmbolo 214. O cilindro pneumático 213 é aparafusado à placa de base 202 e vedado pela utilização de uma rosca de vedação (disponibilizada pela Loctite Ireland Limited, Whitestown Industrial Estate, Dublin 24, Irlanda). O chão móvel 212 tem uma montagem justa no diâmetro interior do canudo 201 o que evita que o saco empecilhe sobre o chão 212, à medida que o chão se movimenta no interior do canudo 201, e também evita que o saco seja expulso pelo espaço entre o canudo 201 e o chão 212. Contudo, o chão 212 e o canudo 201 não formam uma vedação hermética e a pressão de ar será igual de ambos os lados do chão 212, durante o funcionamento. A placa de baixo 202 está também equipada com - 26 - - 26 -

uma ligação de ar 215 que vai ligar a uma válvula ( não representada) que conduz o ar para dentro ou para fora do alojamento. Por sua vez a válvula pode ser ligada a uma fonte de ar comprimido, de um modo que é bem conhecido nos depósitos de pressão. A fonte de ar comprimido regula a pressão de ar para um valor apropriado à distribuição do conteúdo do saco. O extremo superior do alojamento ou do suporte do saco, dispõe de um suporte de bocal 216, que prende o bocal do saco numa posição em que possa ser ligado a uma válvula de saída, genericamente designada por 217. Se o distribuidor é para ser utilizado com substâncias adesivas activadas por ar, podem então ser utilizados um bocal, bujão e dispositivo de ligação do tipo ilustrado na Figura 2A. Para substâncias adesivas sensíveis ao ar, o suporte de bocal mostrado nas Figuras 8, 9 e 10 pode ser utilizado. O suporte de bocal é formado por duas peças 216a e 216b, que são montadas à volta do bocal 224 do saco adesivo. O bocal 224 do saco é fechado por uma cápsula aparafusada 225. Cada uma das peças 216a e 216b possui um rebordo 226 que sustém o bocal 224. Por sua vez as peças de suporte do bocal 216a e 216b assentam sobre um rebordo 227 da placa de topo 203. Nesta configuração as peças 216a e 216b não têm um encaixe deslizante, mas simplesmente encostam-se uma à outra para prender o bocal. Com esta construção, há a vantagem de ser menos provável que a substância adesiva derramada, una as duas peças uma à outra. A válvula de saída 217 é mostrada com maior pormenor na Figura 9. Esta configuração diz respeito a um dispositivo de ligação de um tipo apropriado para ser usado com um produto não sensível ao ar. A válvula 217 do dispositivo de ligação tem três elementos principais, uma peça de inserção 218, um elemento de perfuração 219 e uma gola aparafusada 220. A peça de inserção 218 é vedada e presa na tampa 204. A gola 220 pode ser aparafusada sobre a peça de inserção 218, de forma que o elemento de perfuração 219 se move para cima e - 27 - para baixo. Ao mover o elemento de perfuração 219 para baixo, a cobertura do saco adesivo é perfurada. Uma anilha de retenção 221, montada sobre o elemento de perfuração 219, provoca a recolha do elemento de perfuração, quando a gola 220 é aparafusada no sentido ascendente. O elemento de perfuração é vedado, de encontro à peça de inserção 218, com uma anilha de borracha ("O-ring") 222. A tampa 204 é vedada, de encontro à cobertura do saco adesivo, com uma anilha de borracha ("O-ring") 223. Na configuração particular ilustrada pela Figura 8, a anilha de borracha ("O-ring") 223 está localizada na peça de inserção 218, mas não tem de ser constituído desta maneira. A anilha de borracha ("O-ring") 223 faz o isolamento entre o produto e o depósito de pressão. A tampa 204 tem, por isso, duas anilhas de borracha ("O-rings"), a maior 223 veda a tampa 204 de encontro à placa de topo 203, e a mais pequena 222 isola o produto no interior do conjunto.

Para pôr o distribuidor em funcionamento, as duas metades do suporte do bocal 216a e 216 b são montadas à volta do bocal 224. O saco de substância adesiva é então elevado no interior da cavidade 211, dentro do distribuidor, segurando conjuntamente os dois suportes do bocal 216a e 216b. Os suportes são então colocados sobre o rebordo 227 da placa de topo 203. A tampa 204 é então colocada e fechada, usando os botões 209. A gola aparafusada 220 é depois apertada, perfurando a cobertura. A pressão de ar é comunicada e o cilindro pneumático 213 recebe a energia. O ar é introduzido no depósito de pressão, através da ligação de ar 211. O saco é removido invertendo a operação anterior.

Podem ser ligados ao cilindro pneumático interruptores de fim de curso vulgares, actuados magneticamente, para indicar quando o saco está com pouco ou nenhum produto. - 28 - A presente invenção foi acima ilustrada, mas não fica por isso limitada. O objectivo desta invenção apenas será limitado pelas reivindicações.

Lisboa, 3 de Outubro de 2000

JORGE CRUZ

Agente Oficial da Propriedade Industriai RUA VICTOR CORDON, 14 1200 LISBOA

Claims (17)

1. REIVINDICAÇÕES 1. Um dispositivo de ligação/desligação do escoamento de um fluido, para comunicar um saco flexível (1) contendo fluido a uma linha de abastecimento de fluido (100), abrangendo de uma forma combinada: um bocal (2, 3) para montagem no saco flexível(l); uma válvula (10) do tipo das que incluem um corpo (11) de válvula e obturador (14), para montagem no terminal da linha de abastecimento (100) de fluido ; meios de vedação para estabelecer uma vedação entre o corpo da válvula e o bocal (2, 3); meios de comunicação do fluido para permitir a comunicação do fluido entre o interior do saco flexível (1) e o interior do corpo da válvula (11); caracterizado por o bocal (2, 3) incluir uma membrana (5) que se pode perfurar (penetrável) para permitir a comunicação do fluido com o interior do saco flexível (1); a válvula (10) ter uma ponta (15) capaz de perfurar a membrana (5) seguindo o movimento da válvula (10) para dentro do bocal (2, 3); o corpo (11) da válvula ter uma extremidade (12) de secção variável que pode vedar a membrana penetrável (5), e ter um orifício (13), nessa mesma - 2 - extremidade, para permitir o escoamento do fluido a partir do saco flexível (1) para dentro do corpo (11) da válvula; o obturador (14) da válvula se mover entre uma posição avançada (válvula fechada) na qual ele tapa o orifício (13), assim evitando que o fluido entre no corpo (14) da válvula, e uma posição recolhida (válvula aberta) na qual permite que o fluido entre no corpo (14) da válvula; e serem fornecidos meios de accionamento (16) do obturador da válvula, os quais podem ser operados independentemente do movimento relativo ou da posição da válvula (10) e do bocal (2, 3).
2. 2. Um dispositivo de ligação de escoamento conforme reivindicação 1, caracterizado por a membrana (5) incluir uma zona enfraquecida (5a) para facilitar a perfuração.
3. 3. Um dispositivo de ligação de escoamento conforme reivindicação 1, caracterizado por a membrana (5) incluir uma charneira (5b) de forma que, ao ser perfurada, os elementos da membrana (5) perfurada sejam deflectidos em direcção ao interior do saco (1).
4. 4. Um dispositivo de ligação de escoamento conforme reivindicação 1 caracterizado por o obturador (14) da válvula incluir uma ponta (15) a qual, na posição fechada, passa através do orifício (13) na extremidade do corpo (11) da válvula.
5. 5. Um dispositivo de ligação de escoamento conforme reivindicação 1 caracterizado por a extremidade de secção variável (12) da válvula (10) ser cónica e o bocal (2, 3) integrar uma sede cónica (4) para a - 3 - extremidade (12) da válvula (10), com a membrana (5) estendendo-se através da base da sede (4), sendo o ângulo de abertura do cone da sede (4) muito ligeiramente superior ao ângulo de abertura do cone da extremidade (12) da válvula (10).
6. 6. Um distribuidor para enviar o conteúdo fluido de um saco flexível (1) incluindo um dispositivo de ligação/desligação do escoamento de fluido, para comunicar um saco flexível (1) contendo fluido a uma linha de abastecimento de fluido (100), abrangendo de uma forma combinada: um bocal (2, 3) para montagem no saco flexível (1); uma válvula (10) do tipo das que incluem um corpo (11) de válvula e obturador (14), para montagem no terminal da linha de abastecimento (100) de fluido; meios de vedação para estabelecer uma vedação entre o corpo da válvula e o bocal (2, 3); meios de comunicação do fluido para permitir a comunicação do fluido entre o interior do saco flexível (1) e o interior do corpo (11) da válvula ; caracterizado por o bocal (2, 3) incluir uma membrana (5) a qual se pode perfurar para permitir a comunicação do fluido com o interior do saco flexível (1); a válvula (10) ter uma ponta (15) capaz de perfurar a membrana (5) seguindo o movimento da válvula (10) para dentro do bocal (2, 3); - 4 - o corpo (11) da válvula ter uma extremidade (12) de secção variável que pode vedar a membrana penetrável (5), e ter um orifício (13), nessa mesma extremidade, para permitir o escoamento do fluido a partir do saco flexível (1) para dentro do corpo (11) da válvula; o obturador (14) da válvula se mover entre uma posição avançada (válvula fechada) na qual ele tapa o orifício (13) assim evitando que o fluido entre no corpo (14) da válvula, e uma posição recolhida (válvula aberta) na qual permite que o fluido entre no corpo (14) da válvula; e serem fornecidos meios de accionamento (16) do obturador da válvula, os quais podem ser operados independentemente do movimento relativo ou da posição da válvula (10) e do bocal (2, 3). e um mecanismo criador de pressão no fluido compreendendo um alojamento (130) para o saco (1), meios de fixação do bocal, meios de perfuração (219) do bocal e meios de aplicação de pressão (134) para aplicação de pressão externa sobre a superfície exterior do saco no alojamento.
7. 7. Um distribuidor conforme reivindicado na reivindicação 6, para o qual o fluido contido no saco (1) inclui substância adesiva.
8. 8. Um distribuidor conforme reivindicado na reivindicação 6, ou reivindicação 7 para o qual os meios de aplicação de pressão compreendem uma parede de fecho (134) do alojamento, a qual é móvel ao longo do comprimento do alojamento (130) e meios de comando (135, 136) para manobrar a referida parede de fecho (134).
9. 9. Um distribuidor conforme reivindicação 8, no qual os meios de comando (135, 136) e a parede de fecho (134) do alojamento fornecem a totalidade da pressão necessária para enviar o fluido a partir do saco (1).
10. 10. Um distribuidor conforme reivindicação 6 ou reivindicação 7, no qual o alojamento é um depósito de pressão e são fornecidos meios para criação de uma pressão mais elevada no interior do depósito de pressão (20), de forma a auxiliar no envio do conteúdo a partir do saco (1).
11. 11. Um distribuidor conforme reivindicação 6 ou reivindicação 7, no qual o alojamento (30) é envolvido por um depósito de pressão (20) e são fornecidos meios para criação de uma pressão mais elevada no interior do depósito de pressão (20), de forma a auxiliar no envio do conteúdo a partir do saco (1).
12. 12. Um distribuidor de acordo com qualquer uma das reivindicações 6 a 11, no qual existe um dispositivo de ligação de escoamento montado numa parede de fecho (131) do alojamento.
13. 13. Um distribuidor de acordo com qualquer uma das reivindicações 6 a 12, no qual os meios de comando incluem um dispositivo compressor (135, 136), o qual pode ser accionado pneumaticamente, hidraulicamente ou de outra forma.
14. 14. Um distribuidor de acordo com qualquer uma das reivindicações 6 a 13, no qual existem meios de medição (41,42) no dispositivo compressor (135, 136), para medir o movimento do êmbolo, e são também proporcionados meios de sinalização ou indicação, para sinalizar ou indicar os resultados da medição. - 6 -
15. 15. Um distribuidor conforme reivindicado em qualquer uma das reivindicações 6 a 14, no qual os meios de fixação do bocal incluem um par de peças de retenção, que encaixam por deslize uma na outra, formando uma gola que prende o bocal do saco, sendo regulável a posição da gola no interior do alojamento.
16. 16. Um distribuidor conforme reivindicado em qualquer uma das reivindicações 6 a 15, no qual os meios de perfuração do bocal incluem um elemento tubular pontiagudo (219), que se move entre uma posição de perfuração e uma posição retraída, na qual não perfura o bocal, sendo este elemento tubular (219) seguro por uma gola (220) que se pode ligar à tampa (204) do mecanismo de pressão.
17. 17. Um distribuidor conforme reivindicado na reivindicação 6, para o qual os meios de fixação do bocal e os meios de perfuração do bocal incluem um dispositivo de ligação do escoamento, conforme reivindicado em qualquer uma das reivindicações 2 a 5. Lisboa, 3 de Outubro de 2000

    Agente Oficial da Propriedade Industrial RUA VICTOR CORDON, 14 1200 LISBOA