PT2300581E - Composição de lubrificantes à base de matérias-primas naturais e renováveis - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO EPí GRAFE: "COMPOSIÇÃO DE LUBRIFICANTES À BASE DE MATÉRIAS-PRIMAS NATURAIS E RENOVÁVEIS"

Descrição 0 invento refere-se a uma composição de lubrificantes à base de matérias-primas modificadas, naturais e renováveis, cuja viscosidade pode ser ajustada consoante a aplicação. 0 invento refere-se especialmente a composições de lubrificantes biodegradáveis. A partir da EP0968262 são conhecidos lubrificantes à base de um óleo não modificado nativo à base de triglicéridos e aditivos e agente espessante. A partir da DE 103 29 761 AI é conhecido, modificar óleos

naturais e renováveis através de irradiação ionizante. A reacção da irradiação ionizante ocorre aqui em vários períodos de reacção, estando respectivamente previstas entre estes passos de tratamento pausas para descanso. Esta reacção de modificação é realizada mediante adição de iniciadores de 1 arranque, tais como aditivos quimico-catalíticos, composições químicas complexas e/ou aceleradores orgânicos. É ainda conhecido, que a dimensão da modificação dos óleos a tratar através da irradiação ionizante é influenciada através da dosagem, da temperatura, da intensidade da dose, do oxigénio, bem como através do efeito de iniciadores ou inibidores.

Prejudicial nos processos de modificação conhecidos é, todavia, o facto de estes não poderem ser efectuados em grandes dimensões técnicas e de conduzirem, em regra, a resultados passíveis de serem totalmente reproduzidos.

Assim, a US 4 327 030 A descreve um processo para a alteração de óleos nativos à base de triglicéridos, sendo estes transformados com peróxido a uma temperatura de 100 a 200°C. Os ésteres do ácido gordo poli-insaturados polimerizados são separados e eliminados no estado residual. O processo destina-se à redução do teor de ácido linoleico, de modo a aumentar o teor de ácido oleico. Obtém-se assim um óleo com um teor de ácido oleico mais elevado.

Para além disso, é descrita a oxidação natural de óleos vegetais. Basicamente, chama-se a atenção para a boa capacidade lubrificante dos triglicéridos naturais. Isto é, todavia, fortemente limitado, uma vez que, devido à sua elevada quota de combinações duplas, estes óleos tendem 2 fortemente para a oxidação, estando assim os seus campos de aplicação fortemente limitados. Para além disso, os resíduos oxidantes podem ser responsáveis pela falha dos componentes, por exemplo mancais de rolamentos, devido ao desgaste.

Para melhorar a resistência à oxidação destes óleos foi sugerido, misturá-los com antioxidantes amínicos, fenólicos e aromáticos, ou adicionar compostos cúpricos solúveis em óleo.

Devido à escassez cada vez maior de petróleo em rama, cujos componentes de óleo mineral como elementos para o fabrico de composições de lubrificantes continuarão, como até agora a ter aplicação, será necessário poder substituir, no futuro, estes componentes de óleo mineral por matérias-primas renováveis. A utilização de óleos nativos à base de matérias-primas naturais e renováveis como lubrificantes fica, contudo, devido a sua reduzida viscosidade, limitada a poucos campos de aplicação.

Um objectivo do presente invento é a disponibilização de uma composição de lubrificantes à base de óleos nativos renováveis à base de triglicéridos, cuja viscosidade pode ser ajustada de acordo com a aplicação pretendida. Um outro objectivo do presente invento é a disponibilização de uma composição de lubrificantes, que contém o óleo nativo modificado e que a temperaturas extremas na área das altas temperaturas e das 3 baixas temperaturas apresenta boas características tribológicas e uma boa resistência face à oxidação.

Este objectivo é alcançado através de uma composição de lubrificantes, na qual óleos nativos à base de triglicéridos são transformados com peróxidos e, através de uma reacção de adição radical, as partes insaturadas dos ácidos gordos são ligadas entre si. Através desta transformação é alterada a viscosidade do óleo modificado. A viscosidade pode ser ajustada consoante a relação peróxido/óleo para o valor pretendido e, por conseguinte, adaptada às exigências da respectiva aplicação. Consoante a viscosidade do óleo modificado a composição de lubrificantes pode ser aplicada como graxa fluida das classes NLGI 000, 00 e como graxa fluida para instalações de lubrificação central e no âmbito de lubrificação de engrenagens bem como como a assim chamada graxa mole em mancais de deslize, mancais de rolamentos e para bombas de água das classes NGLI 1 a 4, ou como as assim chamadas graxas mais duras das classes NGLI 5 e 6, como graxas de estanqueidade ou graxas em bloco. A base para as composições de lubrificantes do presente invento é um processo para a alteração da viscosidade de um óleo nativo à base de triglicéridos, sendo o óleo nativo transformado com uma combinação de peróxidos a uma temperatura 4 de 165°C até 190°C durante 3 até 5 horas, e em seguida ligadas as combinações duplas insaturadas através de reacção radical de adição. Em seguida os subprodutos que se formam aquando da polimerização são removidos a alto vácuo. Os óleos de viscosidade variada assim fabricados podem continuar a ser transformados então in situ para o fabrico de lubrificantes. Para a transformação do óleo nativo com a composição de peróxido, são introduzidas, consoante a viscosidade pretendida do óleo a fabricar, 4,8 % até 10,3 % das respectivas combinações de peróxido. Obtém-se assim um óleo com uma viscosidade de 100 até 1250 mm2/s. A Figura 1 mostra a dependência da viscosidade da concentração de peróxido. Através das diferentes quantidades na composição de peróxido é, pois, possível, de forma simples, o fabrico reproduzível tanto de um óleo de alta viscosidade, como também de um óleo de baixa viscosidade.

Os peróxidos utilizados podem ser tanto combinações de peróxidos aromáticos como alifáticos. A combinação de peróxido é preferencialmente seleccionada a partir do grupo composto por l,3-bis(terc(terciário)-butil-peroxi-isopropil)benzeno, 1,4-Bis(terc-butil-peroxi-isopropil)benzeno, dicumilperóxido, terc-butil-cumil-peróxido, 2,5-dimetil-2,5-di-(terc-butil-peroxi)hexano, n-butil-4,4 '-di(terc-butil-peroxi)valerato, 1,1'-di-(terc-butil-peroxi)-3,3,5-trimetilciclohexano, 2,5- 5 dimetil-2,5-di-(terc-butil-peroxi)hexano. São especialmente preferidas combinações de peróxido alifáticas, como p. ex. 2,5-dimetil-2,5-di-(terc-butil-peroxi)hexano ou peróxido de di-ter-butilo.

Para a transformação com os peróxidos acima referidos e subsequente reacção radical de adição são especialmente adequados óleos com um elevado teor de componentes insaturados, que podem ser insaturados uma ou múltiplas vezes. Os óleos vegetais com um elevado teor de ácido oleico são especialmente adequados. Como óleo natural não geneticamente modificado é especialmente adequado o azeite, que apresenta um teor de ácido oleico de 65 até 85 %. Além disso, são preferidos óleos vegetais com um teor de ácido oleico de pelo menos 60%. Estes podem ser também geneticamente modificados, de forma a aumentarem o teor de ácido oleico. Os óleos nativos são seleccionados a partir do grupo composto por óleo de açafrão bastardo com elevado teor de ácido oleico, óleo de milho com elevado teor de ácido oleico, óleo de colza com elevado teor de ácido oleico, óleo de girassol com elevado teor de ácido oleico, óleo de soja com elevado teor de ácido oleico, óleo de linhaça com elevado teor de ácido oleico, óleo de amendoim com elevado teor de ácido oleico, óleo de "Lesquerella" com elevado teor de ácido oleico, óleo de palma com elevado teor de ácido oleico, óleo de rícino com elevado 6 teor de ácido oleico, óleo de linhaça com elevado teor de ácido oleico ou azeite com elevado teor de ácido oleico, bem como misturas dos óleos anteriormente referidos.

Os óleos modificados assim obtidos, que comparados com os óleos básicos apresentam uma viscosidade mais elevada, podem, no que se refere às suas características tribológicas, a sua resistência à oxidação e ao seu campo de aplicação a temperaturas de -30° C até 180° C, ser fabricados de forma passível de reprodução de forma económica. Face aos óleos minerais têm a vantagem de serem biodegradáveis estarem disponíveis sem limite de tempo.

Tal como já foi anteriormente exposto, os ácidos gordos insaturados são total ou parcialmente ligados entre si mediante a utilização dos componentes insaturados nos óleos através da transformação com peróxido mediante uma reacção radical de adição. Neste processo o grau de polimerização do óleo modificado está dependente da relação entre o óleo e o peróxido. Tem também influência sobre a dimensão da polimerização a temperatura de reacção e a duração da reacção. Os óleos modificados assim obtidos têm um comportamento a baixas temperaturas fortemente melhorado, mas podem ser também aplicados a temperaturas elevadas e apresentam um VI muito elevado, que se situa a > 210. Para além disso, apresentam 7 muito boas características tribológicas e uma excelente resistência à oxidaçao. A composição de lubrificantes à base de óleos modificados nativos do presente invento tem características polares e podem ser aplicados como finas películas aderentes sobre superfície metálica, obtendo-se um excelente efeito lubrificante. Ao contrário do que acontece com os lubrificantes à base de óleo mineral ou hidrocarboneto, esta película lubrificante não pode ser facilmente separada da superfície de metal, o que alarga o campo de aplicação dos lubrificantes de acordo com o presente invento também a aplicações hidráulicas. Especialmente devido à sua estrutura reticulada face a cargas térmicas e mecânicas, eles são mais estáveis que as composições de hidrocarboneto lineares.

Os óleos altamente viscosos à base matérias-primas renováveis são também adequados para substituir total ou parcialmente o assim chamado "Brightstock", o qual é aplicado como componente de base em muitos lubrificantes.

As composições de lubrificantes com óleos modificados nativos à base de triglicéridos têm, resumindo, as vantagens de serem fabricados a partir de matérias-primas renováveis, de as matérias-primas serem biodegradáveis e não serem tóxicas, de 8 possuírem pontos de inflamação elevados, serem termicamente estáveis e de terem um excelente comportamento a baixas temperaturas. Acresce ainda uma capacidade melhorada de aderência a superfícies metálicas. A viscosidade cinemática de óleos renováveis e naturais situa-se, tal como descrito em seguida, de acordo com a utilização pretendida da composição de lubrificantes, numa área de 100 até 1250 mm2/s a 40° C. A composição de lubrificantes fabricada com o óleo nativo modificado engloba (a) 50 até 90 de percentagem em peso de um óleo nativo modificado à base de triglicéridos com um elevado teor de ácido oleico seleccionado a partir do grupo composto por óleo de girassol, óleo de colza, óleo de rícino, óleo de milho, óleo de açafrão bastardo, óleo de soja, óleo de linhaça, óleo de amendoim, óleo de "Lesquerella", óleo de palma, azeite ou misturas dos óleos anteriormente referidos, sendo o óleo nativo transformado com um peróxido e as combinações duplas insaturadas ligadas através de reacção de adição radical, e (b) 5 até 10 de percentagem em peso de aditivos ou 9 misturas de aditivos, situando-se a viscosidade do óleo nativo modificado na área de 100 até 1250 mm2/s. (c) 5 até 30 de percentagem em peso de agente espessante.

Uma tal composição é, em regra, utilizada como graxa fluida.

Se a composição de lubrificantes contém, para além dos componentes (a) até (c), adicionalmente também (d) 5 até 10 de percentagem em peso de lubrificantes sólidos, é preferencialmente aplicável como graxa fluida para engrenagens.

Tal como já foi descrito acima, é possível substituir uma parte do chamado "Brightstock" por óleo nativo modificado.

Numa composição de lubrificantes deste tipo estão contidos, adicionalmente aos componentes (a) até (d), (e) 5 até 45 de percentagem em peso de uma outra componente do óleo de base ou de várias componentes do óleo de base. 10 0 agente espessante da composição de lubrificantes é seleccionado a partir do grupo composto por ureia, sabões complexos de alumínio, sabões metálicos simples dos elementos do Io e 2o grupo principal da tabela periódica, sabões complexos de metal dos elementos do Io e 2o grupo principal da tabela periódica, bentonite, sulfonato, silicato, poliimida ou PTFE ou uma mistura dos agentes espessantes anteriormente referidos. 0 lubrificante sólido é seleccionado a partir do grupo composto por grafita, nitreto de boro, MoS2, WS2, SnS SnS2 ou Bi2S3 ou por uma mistura dos lubrificantes sólidos anteriormente referidos. 0 aditivo ou mistura de aditivo é seleccionado a partir do grupo composto por hidroxitolueno de butilo, dialquil difenilaminas, fenil-alfa-naftilaminas alquiladas, trimetil dihidroquinolina polímera, éster do ácido gordo sulfurado, fosfato de difenil cresilo, fosfatos amino-neutralizados, fosfatos de triaril alquilados e não alquilados, tiofosfatos de triaril alquilados e não alquilados, dialquilditiofostafos de zinco, carbamatos, tiocarbamatos, ditiocarbamatos de zinco, dimercapto-thiadiazol, semi-éster do ácido succínico, sulfonatos de cálcio, derivados de benzotriazol, K-pentaboratos, tiossulfato de sódio e pirofosfato de sódio. 11

Os componentes do óleo de base da composição de lubrificantes são seleccionados a partir do grupo composto por óleos minerais à base de parafina e à base de cicloexano, hidrocarbonetos sintéticos, poli-alfa-olefina (PAO), poli-internal-olefina (PIO), copolimeros de etileno-propileno, óleos do grupo III, ésteres sintéticos, polialquilenoglicois ou compostos aromáticos de alquila bem como suas misturas. É especialmente vantajoso que o óleo seja transformado com o peróxido antes da aplicação, sendo depois os respectivos aditivos, tais como agentes espessantes, silicatos, sulfonatos, poliimidas, sabões metálicos, complexos de sabões metálicos, ureias e bentonites introduzidos in situ no óleo anteriormente polimerizado Os óleos polimerizados podem ser também misturados com outros componentes do óleo de base tais como óleos minerais à base de parafina e à base de cicloexano, hidrocarbonetos sintéticos (poli-alfa-olefina, poli-internal-olefina, copolimeros de etileno-propileno), óleos do grupo III, ésteres sintéticos, polialquilenoglicois (PAG) e compostos aromáticos de alquila em formulações de lubrificantes. Os usuais aditivos para protecção contra o desgaste e aditivos de lubrificantes sólidos tais como fosfatos de triaril, tiofosfatos de triaril, dialquilditiofosfatos de zinco, carbamatos, tiocarbamatos, ditiocarbamatos de zinco, M0S2, grafita, nitreto de boro, PTFE, 12 tiossulfatos de sódio, pirofosfatos de sódio etc. podem ser aqui utilizados. Como agentes antioxidantes servem habitualmente antioxidantes fenólicos e aminicos, sendo preferencialmente utilizados trimetil dihidroquinolina polimerizada ou éster do ácido gordo sulfurado.

As composições de lubrificantes de acordo com o presente invento podem ser misturadas preferencialmente numa assim chamada reacção "one-pot", de forma rápida e passível de ser reproduzida, pouco antes da aplicação.

Em seguida é descrita a utilização da composição de lubrificantes de acordo com o presente invento como óleos para engrenagens para uma engrenagem helicoidal. Em conjunto com aditivos adequados à base de fósforo e de enxofre, bem como hidroxitolueno de butilo, dialquil difenilamina, fosfato de difenil cresol, fosfato amino-neutralizado, semi-éster de ácido succínico e derivado de triazol, é desenvolvido um óleo de girassol polimerizado com elevado teor de ácido oleico baseado na norma ISO VG 460. A quota na mistura de aditivos atrás referida importa em cerca de 6%. A composição de lubrificantes é testada durante 300 horas num banco de ensaio de engrenagem helicoidal. Desta pesquisa resultou, que o óleo de girassol modificado possui um rendimento, que se situa entre os 70 a 80 %, alcançando assim o rendimento de 13 convencionais óleos para engrenagens à base de poli-alfa-olefina e polialquilenoglicol. No que se refere à redução do desgaste e à rápida estrutura de uma película lubrificante hidrodinâmica no local de atrito, a composição de lubrificantes de acordo com o presente invento supera largamente os convencionais óleos para engrenagens. Os resultados apresentados na Figura 2 e obtidos no banco de ensaio de engrenagem helicoidal demonstram-no.

Sobretudo o desgaste muito reduzido ao longo do período de funcionamento de 300 h e a lubrificação hidrodinâmica que se ajusta muito rapidamente são esclarecedoras das boas características lubrificantes de um tal óleo para engrenagens nativo.

Como outro exemplo da composição de lubrificantes de acordo com o presente invento foi desenvolvido uma ureia da classe NLGI 1. Esta graxa para mancais de rolamento contém 52 de percentagem em peso ISO VG 460 óleo de girassol modificado polimerizado com elevado teor de ácido oleico, 38,3 de percentagem em peso de óleo mineral (Brightstock), bem como 6,59 de percentagem em peso de espessante e 3,05 de percentagem em peso de uma mistura de aditivos composta por dialquilditiofosfato de zinco, éster do ácido gordo sulfurado, benzotriazol e antioxidante para a estabilização térmica. Com 14 este conceito de graxa é possível alcançar na máquina de ensaio FE9 a 140° C valores L 50 de > lOOh. A Figura 3 mostra as condições de teste e os resultados do teste FE9.

Dos resultados apresentados na Figura 4 torna-se evidente que já a partir de um teor de Brightstock de < 20 % é possível um prolongamento significativo do período de funcionamento, e que o óleo de girassol modificado pode ser termicamente estabilizado através de aditivos adequados.

Um exemplo de uma graxa fluida para engrenagens incolor, biodegradável é uma composição de um óleo de girassol modificado, ao qual foi adicionado como agente espessante um sabão de cálcio, que apresenta uma viscosidade de 700 mm2/s a 40°. Esta composição de lubrificantes foi comparada com uma composição de lubrificantes à base de óleo mineral e um sabão de alumínio como agente espessante, que para além disso continha ainda grafita como lubrificante sólido. 15

Tabela 1

Nome do método/Morm Condições Parâmetros Graxa fluida Standard Graxa fluida biodegradável Estrutura quimica Óleo(s) de base Óleo mineral Óleo de girassol polimerizado Agente espessante Sabão de alumínio Sabão de cálcio Viscosidade do óleo de base Grau kin Visk 40 (mm2/s) 700 700 FZG Níveis de potência de danos; Teste contínuo 30h Nível de potência de danos Desgaste após 30h > 12 < 0,2 mg/kwh >12 0,05 mg/kwh Penetração do cone segundo DIN ISO 2137 Quantidade tempos duplos 60 Profundidade de penetração (0,1 mm) 370 372 Temperatura de ensaio25°C Cone: quarto de cone Avaliação óptica Cor preto com grafita bege claro sem grafita Estrutura sem oclusões de ar homogéneo, contínuo Aspecto sem oclusões de ar sem oclusões de ar Emcor Grau de corrosão 2 2.3 Apreciação LV LV Poder lubrificante / Capacidade de aderência a baixas temperaturas AA 558 parte 1; 2; 3; 4; 5 Tempo de refrigeração: 18h Temperatura: -2 0 °C Avaliação sem fendas ou rebent ament o sem fendas ou rebentamento Temperatura: -2 0 °C Desgaste contínuo VKA Processo: 400 N Diâmetro da calota (mm) 0,78 0,47 Desgaste contínuo VKA Processo: 1000 (E 1 min) N Diâmetro da calota (mm) 0,66 0.44 VKA Qualidade (N) 6500 0000 Carga de soldadura (N) 7000 8500 Resistência à água Temperatura de ensaio 40°C Nível de avaliação 0 0

Tal como mostra a tabela 1, a composição de lubrificantes de acordo com o presente invento, baseada num óleo de girassol 16 modificado biodegradável, conduz a iguais, quando não a melhores, resultados do que uma graxa fluida Standard. Para além disso, é biodegradável e incolor, i.e. pode prescindir-se de um lubrificante sólido como grafita. É, pois, possível satisfazer os pedidos dos clientes de graxas não pretas.

Uma outra utilização dos óleos nativos modificados à base de triglicéridos é a utilização num kit de aplicação contendo 70 a 90 de percentagem em peso de polimerizado de óleo de girassol modificado com uma viscosidade cinemática na área dos 100 até 1250 mm2/s a 40° C, especialmente na área dos 350 até 550 mm2/s a 40° C, e 30 até 10 de percentagem em peso de um sabão à base de lítio, sendo os componentes misturados entre si directamente antes da aplicação, obtendo-se assim uma graxa da classe NLGI entre 0 e 2, e sendo o sabão á base de lítio fabricado através de saponificação directa de polimerizado de óleo de girassol modificado através de LiOH x H2O em relação mol 1:1. Um kit deste tipo pode ser aplicado por exemplo em mancais de deslize.

Lisboa, 26 de Setembro de 2012 17

Claims (2)

1. REIVINDICAÇÕES Ia - Composição de lubrificantes caracterizada pelo facto de englobar (a) 50 até 90 de percentagem em peso de um óleo nativo modificado à base de triglicéridos com um teor de ácido oleico de pelo menos 60 % seleccionado a partir do grupo composto por óleo de girassol, óleo de colza, óleo de rícino, óleo de milho, óleo de açafrão bastardo, óleo de soja, óleo de linhaça, óleo de amendoim, óleo de "Lesquerella", óleo de palma, azeite ou misturas dos óleos anteriormente referidos, sendo o óleo nativo transformado com um peróxido e as combinações duplas insaturadas ligadas através de reacção de adição radical, e (b) 5 até 10 de percentagem em peso de aditivos ou misturas de aditivos, (c) 5 até 30 de percentagem em peso de agente espessante situando-se a viscosidade cinemática do óleo nativo modificado na área dos 100 até 1250 mm2/s a 40° C. 1 2a - Composição de lubrificantes de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo facto de conter adicionalmente (d) 5 até 10 de percentagem em peso de lubrificantes sólidos. 3a - Composição de lubrificantes de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizada pelo facto de nela 5 até 45 de percentagem em peso do óleo nativo modificado serem substituídos por uma outra componente do óleo de base ou por várias componentes do óleo de base. 4a - Composição de lubrificantes de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizada pelo facto de na mesma o agente espessante ser seleccionado a partir do grupo composto por ureia, sabões complexos de alumínio, sabões metálicos simples dos der elementos do Io e do 2 o grupo principal da tabela periódica, complexos de sabões metálicos dos elementos do Io e do 2o grupo principal da tabela periódica, bentonite, sulfonato, silicato, poliimida ou PTFE ou uma mistura dos agentes espessantes anteriormente referidos. 5a - Composição de lubrificantes de acordo com uma das reivindicações 2 ou 3 anteriores, caracterizada pelo facto de na mesma o lubrificante sólido ser seleccionado a partir do grupo composto por grafita, nitreto de boro, MoS2, WS2, SnS,
2. 2 SnS2 ou Bi2S3 ou de uma mistura dos lubrificantes sólidos atrás referidos. 6a - Composição de lubrificantes de acordo com uma das reivindicações anteriores caracterizada pelo facto de nela o aditivo ou mistura de aditivos ser seleccionado a partir do grupo composto por hidroxitolueno de butilo, dialquil difenilaminas, fenil-alfa-naftilaminas alquiladas, trimetil dihidroquinolina polímera, éster do ácido gordo sulfurado, fosfato de difenil cresilo, fosfatos amino-neutralizados, fosfatos de triaril alquilados e não alquilados, tiofosfatos de triaril alquilados e não-alquilados, dialquilditiofosfatos de zinco, carbamatos, tiocarbamatos, ditiocarbamatos de zinco, dimercapto-thiadiazol, semi-éster de ácido succínico, sulfonatos de cálcio, derivados de benzotriazol, K-pentaboratos, tiossulfatos de sódio, pirofosfatos de sódio. 7a - Composição de lubrificantes de acordo com uma das reivindicações 3 até 6 anteriores, caracterizada pelo facto de nela serem seleccionados os componentes do óleo de base a partir do grupo composto por óleos minerais à base de parafina e à base de cicloexano, hidrocarbonetos sintéticos, poli-alfa-olefina, poli-internal-olefina, copolímeros de etileno-propileno, óleos do grupo III, ésteres sintéticos, polialquilenoglicois ou compostos aromáticos de alquila bem 3 como suas misturas. 8â - Composição de lubrificantes de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizada pelo facto de nela o óleo nativo ser transformado com um peróxido aromático ou alifático seleccionado a partir do grupo composto por 1,3-Bis(terc-butil-peroxi-isopropil)benzeno, 1,4-Bis(terc-butil- peroxi-isopropil)-benzeno, dicumilperóxido, terc.-butil cumil peróxido, 2,5-dimetil-2,5-di-(terc-butil-peroxi)hexano, n- butil-4,4'-di(terc-butil-peroxi)valerato, 1,1'-di(terc-butil-peroxi )-3,3,5-trimetilciclohexano ou 2,5-dimetil-2,5-di(terc-but il-peroxi ) hexano ou peróxido de di-terc-butilo. 9- - Utilização da composição de lubrificantes, de acordo com uma das reivindicações anteriores, como óleo para engrenagens, para a lubrificação a óleo de engrenagens cónicas e engrenagens de dentes rectos, como graxa para mancais de rolamentos para a lubrificação de mancais de polias em instalações de fundição contínua e mancais de rolos de transporte em fornos contínuos ou como graça fluida para engrenagens para a lubrificação de rodas dentadas abertas em fornos tubulares rotativos, trituradores de tubos, tambores e misturadores na indústria de cimento, calcário, gesso, indústria mineira e indústria química. Lisboa, 26 de Setembro de 2012 4