PT2186664E - Método e um aparelho para cortar um painel de vidro de veículo - Google Patents

Description

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DESCRIÇÃO "Método e um aparelho para cortar um painel de vidro de veiculo" 0 presente invento refere a uma técnica de corte de painel de vidro de veiculo de acordo com reivindicação 1 e a um método de acordo com a reivindicação 13.

Os painéis de vidros de veiculos, tais como os pára-brisas de veiculo (pára-brisas) estão tipicamente colados em molduras de suporte por material adesivo de colagem, tal como o poliuretano, aplicado num cordão continuo na periferia do painel de vidro e na moldura.

Foram anteriormente propostas e utilizadas técnicas de corte por arame para efectuar a remoção de painéis de vidro (para substituição ou outras finalidades). São divulgadas técnicas exemplificativas, por exemplo, em EP-A-0093283, na especificação de patente canadiana 2034221, na patente US 6616800, na patente alemã 4012207 e nas publicações dos pedidos de patente PCT W086/07017 e W098/58779.

Em W02004/014678 é divulgado um método e aparelho para remoção de elementos de janela fixos de veiculos. Um arame de corte é colocado numa alça em torno do perímetro da janela e as extremidades do arame de corte são presas aos respectivos mecanismos de guincho de uma única ferramenta. As extremidades do arame são então puxadas pelos guinchos até o arame cortar o adesivo em torno do perímetro do elemento j anela.

Uma técnica e um aparelho aperfeiçoados foram agora concebidos. O presente invento proporciona uma unidade enroladora. O elemento de guia de enrolamento compreende, de preferência, uma roda de guia ou polia montada rotativamente em relação à unidade. De preferência, as bobinas enroladoras estão dispostas numa disposição lado a lado, uma respectiva roda de guia ou polia está posicionada exteriormente a cada uma das respectivas bobinas enroladoras. A roda de guia está, de preferência, montada rotativamente em relação à unidade. 2

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As rodas ou polias de guia estão todas, de preferência, no mesmo plano, definido pela posição do arame.

Os meios de montagem compreendem, desejavelmente, uma ou mais bases de ventosa. Numa concretização a unidade pode incluir quatro rodas ou polias de guia, para guiar o arame, estando as rodas ou polias de guia proporcionadas substancialmente nos cantos de um polígono imaginário. A unidade pode ser utilizada com um arame para remover um painel de vidro. Tipicamente as extremidades do arame cruzam-se por cima e estão ligadas às respectivas bobinas enroladoras.

Em certas técnicas e concretizações a unidade enroladora pode vantajosamente ser utilizada em combinação com uma disposição de guia.

Vantajosamente, as bobinas de bobinador estão espaçadas e as porções de extremidade opostas do arame de corte são enroladas em torno das respectivas bobinas, de tal modo que é criada uma porção de cruzamento por cima do arame adjacente às bobinas enroladoras. É preferido que um ou mais elementos de guia de enrolamento compreendam rodas de guia montadas rotativamente.

Numa concretização preferida, a unidade enroladora de arame inclui uma disposição de montagem que compreende uma ou mais bases de ventosa. Vantajosamente, quando da montagem, o arame de corte é inserido de modo a passar através do material de colagem numa posição próxima de um canto do painel de vidro, mais de preferência, numa posição no mesmo lado do painel de vidro que a unidade enroladora de arame, ainda mais de preferência, substancialmente numa posição directamente por debaixo da unidade enroladora de arame. É preferido que os elementos de guia de enrolamento de arame da disposição de guia estejam posicionados no mesmo lado do painel de vidro.

Numa técnica preferida, quando da montagem, um comprimento mais longo de arame de corte prolonga-se em torno dos elementos de guia de enrolamento da disposição de guia e 3 ΕΡ 2 186 664 /PT é enrolado numa primeira bobina enroladora da unidade enroladora, um comprimento mais curto do arame de corte, que se prolonga em torno um elemento de guia de enrolamento da unidade enroladora e que é enrolado numa segunda bobina enroladora da unidade enroladora. 0 arame define vantajosamente um ponto de cruzamento por cima próximo das bobinas enroladoras. É preferido que a bobina ligada ao comprimento mais curto do arame seja primeiro enrolada para efectuar uma primeira fase de corte; sendo a bobina ligada ao comprimento do arame mais longo subsequentemente enrolado.

Durante o procedimento, um roquete de uma das bobinas é solto, facilitando o afrouxamento ou, de preferência, o desenrolamento (enrolamento inverso) de uma porção previamente enrolada do arame de corte. A disposição de guia inclui, de preferência, uma base e um par de membros de posicionamento que se prolongam desde a base num vértice, definido pelas extremidades proximais dos membros, carregando cada referido membro na sua extremidade distai um respectivo elemento de guia de enrolamento para o arame de corte. Desejavelmente, os elementos de guia de enrolamento compreendem rodas de guia montadas rotativamente nos respectivos membros. Vantajosamente, os membros estão ligados articuladamente à base, de tal modo que o ângulo entre os membros pode variar. Os membros estão, de preferência, ligados articuladamente à base, de tal modo que os membros podem ser articulados em dois eixos perpendiculares entre si. Numa concretização preferida, a base articulada compreende uma ligação do tipo esfera e encaixe. É preferido que a base do vértice compreenda uma base de ventosa. É preferido que um ou ambos os membros (de preferência ambos) estejam providos com uma base adicional entre as extremidades opostas do membro. Desejavelmente, a base adicional inclui uma base de ventosa. A base adicional é, de preferência, ajustável de modo a ser fixa em várias posições ao longo do comprimento do membro. Em alternativa ou adicionalmente, a base adicional é ajustável em relação à sua orientação angular em torno do eixo longitudinal do membro. É preferido que a base adicional seja ajustável para a posição da base por debaixo do membro. 4

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Vantajosamente, o elemento de guia de enrolamento compreende uma roda de guia montada rotativamente em relação à unidade. Desejavelmente, os meios de montagem compreendem uma ou mais (de preferência um par de) bases de ventosa.

As caracteristicas preferidas do aparelho são como descrito e exemplificado aqui. 0 invento será agora descrito, a titulo apenas de exemplo, por meio de uma concretização especifica e com referência aos desenhos anexos, nos quais: a FIG. 1 é uma vista plana esquemática de uma unidade enroladora de um sistema corte exemplificativo, de acordo com o invento; a FIG. 2 é uma representação esquemática de uma disposição de guia para utilização com uma unidade enroladora de acordo com um sistema corte exemplificativo do invento; as FIGS. 3a e 3b são vistas pormenorizadas de partes da disposição de guia da FIG. 2; as FIGS. 4 a 8 são representações esquemáticas em sequência de uma técnica de corte de acordo com o invento; as FIGS. 9 a 11 são representações esquemáticas em sequência de uma técnica alternativa de acordo com o invento; a FIG. 12 é uma representação esquemática de uma técnica adicional de acordo com o invento; e as FIGS. 13 e 14 são representações esquemáticas de uma técnica alternativa adicional de acordo com o invento.

Referindo os desenhos e inicialmente as FIGS. 1 a 3, é mostrado nas mesmas um sistema de corte, em particular, para utilização no corte de painéis de vidro de veículos colados, tais como os pára-brisas. 0 sistema de corte compreende uma unidade enroladora 1 e uma disposição de guia 2. Um arame de corte flexível é passado em torno do exterior de um painel de vidro de pára-brisas de modo a assentar perifericamente adjacente ao cordão de cola (tipicamente um cordão de cola de poliuretano), o qual se encontra ensanduichado entre o painel 5 ΕΡ 2 186 664 /PT de vidro e a moldura de suporte do veículo. As extremidades opostas do arame de corte são alimentadas através de um canal perfurado, feito através do cordão de cola, como será descrito em pormenor, e as extremidades livres são, então, cada uma enrolada em torno de uma bobina enroladora separada 4, 5 da unidade enroladora. Como será descrito a extremidade longa do arame é passada em torno das rodas de polia de guia 6, 7 da disposição de guia 2 e de uma primeira polia 8 das polias de guia da unidade enroladora 1; sendo a extremidade mais curta do arame de corte passada em torno da outra das polias de guia 9 da unidade enroladora. A unidade enroladora inclui um par de bases de ventosa soltáveis 10, 11 que permitem que a unidade enroladora seja fixa de modo soltável ao pára-brisas. As bases de ventosa compreendem uma taça de plástico rígido 12 e uma membrana de saia de borracha flexível subjacente 13. As respectivas alavancas actuação/libertação 14 permitem que seja aplicada sucção consistente e a mesma seja liberta. Tais bases de ventosa são comumente empregues na tecnologia substituição e de reparação de pára-brisas. As bases de ventosa 10, 11 são montadas de modo articulado/oscilante na armação de suporte 15 da unidade enroladora para assegurar que ambas as bases 10, 11 possam ser localizadas e bem engatadas no pára-brisas apesar da curvatura do pára-brisas. O corpo principal da armação de suporte 15 suporta um par de bobinas enroladoras suspensas 4, 5, em relação lado a lado. As bobinas estão ligadas a veios de enrolamento axiais, os quais são suportados pelos rolamentos 16, 17, proporcionados na unidade enroladora. As bobinas 4, 5 são accionadas axialmente de modo rotativo ou manual por meio de um enrolador manual ou por meio de um actuador mecânico, tal como uma ferramenta motorizada de enrolamento ou guincho. As bossas de accionamento 18 estão providas com encaixes fêmea 19 (orifícios quadrados), para receberem a ferramenta de accionamento macho. Posicionadas externamente em relação às bobinas enroladoras encontram-se as respectivas rodas de polia de guia de arame 8, 9 de material de plástico de baixo atrito. As rodas de polia são montadas de modo a poderem rodar em torno dos respectivos eixos de rotação. As polias de guia rodam à medida que o arame de corte é puxado tangencialmente através de polias como será descrito. As bobinas enroladoras 4, 5 são retidas para rodarem apenas num único sentido (cada uma em sentidos opostos) pelos 6 ΕΡ 2 186 664 /PT respectivos mecanismos de roquete. Cada mecanismo inclui a protecção do roquete, que permite que os arames apertados anteriormente sejam afrouxados, ou desenrolados (enrolamento inverso). A disposição de quia 2 compreende uma base de ventosa de vértice 20, a partir da qual se prolonqam os braços espaçados angularmente 21, 22, cada um dos quais suporta nas suas respectivas extremidades distais uma respectiva roda de polia de guia distai 6, 7. As rodas de polia de guia distais 6, 7 são fabricadas em material de plástico de baixo atrito e estão montadas rotativamente nas extremidades distais dos braços nas respectivas bossas de suporte 23, 24. Cada roda de polia inclui um canal periférico 25, no interior do qual está localizado o arame de corte. Cada braço 21, 22 está provido com uma respectiva base de ventosa distai 26, 27. As bases de ventosa distais 26, 27 podem deslizar ao longo dos respectivos braços 21, 22 e estão providas com grampos de fixação 28 accionados por uma pega rotativa 29 para fixar a respectiva base de ventosa distai na posição desejada ao longo do comprimento do respectivo braço. Os grampos de fixação permitem também a rotação angular das ventosas distais em torno da superfície circunferencial externa da haste (seta A nas FIGS. 2 e 3a), que compreende o respectivo braço. A profundidade das bases de ventosa por debaixo dos respectivos braços é também ajustável (seta B nas FIGS. 2 e 3a) por meio da base de ventosa, que inclui uma coluna vertical 31, em torno da qual o grampo 28 desliza relativamente e prende por meio de um parafuso sem cabeça 30. A base de ventosa 26, 27 pode também articular-se em torno da coluna de suporte vertical 31 (seta C na FIG. 3a) . As extremidades proximais dos braços estão montadas na base de ventosa de vértice 20, por meio das respectivas bossas perfiladas com superfícies esféricas 35 em torno das quais estão montados rolamentos com casquilhos anulares esféricos 37. Estas bases permitem que o ângulo entre os braços seja ajustado (seta D na FIG. 2) para se adequar à configuração e ao tamanho do pára-brisas em questão. O ângulo entre o eixo do braço e a superfície do pára-brisas pode também variar, de modo a adequar-se à curvatura do pára-brisas (seta E na FIG. 3b). A disposição do sistema de guia, como descrito, assegura que as rodas de polia de guia distais 6, 7 possam ser posicionadas com precisão muito próximas dos cantos do pára-brisas e que as bases de ventosa distais 28 possam ser 7 ΕΡ 2 186 664 /PT convenientemente localizadas, de modo a proporcionarem suporte próximo às rodas de polia distais 6, 7. Devido aos braços 21, 22 estarem ambos montados na base de ventosa de vértice 20 toda a disposição de guia é retida com segurança no pára-brisas, aguentando os braços forças de envolvimento consideráveis, exercidas pelo arame de corte em tensão. Tendo em vista as grandes forças geradas no arame durante o enrolamento, é importante que a disposição de guia seja retida com suficiente segurança no pára-brisas e tenha integridade estrutural suficiente.

Referindo as FIGS. 4 a 8, nas quais é descrita a operação do sistema para cortar um corpo exemplificativo, tal como um pára-brisas do veiculo. A presente técnica permite o posicionamento do aparelho do sistema, de modo a conseguir cortar com pouco ou nenhum novo posicionamento subsequente do aparelho do sistema. A montagem é, por conseguinte, uma fase importante da técnica. A disposição de guia 2 é inicialmente fixa através das bases de ventosa 20, 28 ao lado de dentro do pára-brisas, como mostrado na FIG. 4. O objectivo é posicionar as rodas de polia 6, 7, tão longe quanto possível nos cantos mais acima e inferior de um lado do pára-brisas, com tão pouca separação quanto possível entre o vidro e a roda de polia. Normalmente o rodas de polia 6, 7 da disposição de guia são posicionadas no lado oposto do condutor do veículo. Na concretização de accionamento direita mostrada, as rodas de polia 6, 7 da disposição de guia estão posicionadas nos cantos esquerdos mais acima e mais abaixo do pára-brisas. As ventosas são posicionadas tendo isto em consideração e os grampos ajustáveis são utilizados para afinação fina do posicionamento. A unidade enroladora 1 é fixa ao lado de baixo do pára-brisas no lado oposto do pára-brisas, ao longo do bordo de topo com as polias em relação lado a lado, de tal modo que uma das rodas de polia (roda de polia 9) fica posicionada tão longe quanto possível no canto de topo. Esta disposição é mostrada na FIG. 5. O arame de corte preferido para utilização tem em geral secção transversal quadrada, como é conhecido para utilização noutras modalidades de remoção de pára-brisas. Com a unidade 8 ΕΡ 2 186 664 /PT enroladora e a disposição de guia em posição, como descrito, o arame de corte é passado em torno do exterior do pára-brisas de modo a assentar perifericamente adjacente ao cordão de cola, o qual se encontra ensanduichado entre o painel de vidro e a moldura de suporte do veiculo. As extremidades opostas do arame de corte são alimentadas através de um canal perfurado, feito através do cordão de cola no canto do pára-brisas (x) por debaixo da posição da unidade enroladora 1. Um comprimento de extremidade mais longo 40 do arame é puxado através do interior do veículo e passado em torno de duas rodas de polia 6, 7 da disposição de guia e ligado para enrolamento à bobina enroladora 4 da unidade enroladora mais próxima do canto, no qual está montada a unidade enroladora. O comprimento de extremidade mais curto 41 do arame é alimentado adjacente ao lado de dentro do pára-brisas e passado em torno da roda de polia 9 da unidade enroladora mais próxima do canto, no qual está montada a unidade enroladora antes de ser ligada para enrolamento à outra bobina enroladora 5 (as extremidades do arame cruzam-se, por conseguinte, a fim de se ligarem às respectivas bobinas enroladoras 4, 5 da unidade enroladora). A situação como descrita está mostrada na FIG. 6. Isto conclui a fase de montagem da técnica. A primeira fase do procedimento de corte consiste em enrolar o comprimento de extremidade mais curto de arame 41 pelo enrolamento na bobina enroladora esquerda 5; isso faz com que a linha de corte se mova para cima através do cordão de cola e em torno do canto mais acima do pára-brisas próximo da unidade enroladora, passando ao longo de uma porção curta do bordo mais acima do pára-brisas. O comprimento de extremidade mais curto ocupa as posições sequenciais, como mostrado pela linha a tracejado na FIG. 7. Neste ponto, o roquete é solto e a bobina é enrolada de novo um pouco até o arame se tornar ligeiramente frouxo. A razão para isto é descrita mais tarde durante o procedimento. A operação da outra bobina enroladora 4 da unidade enroladora 1 efectua um corte ao longo do bordo de fundo do pára-brisas até ao lado do pára-brisas próximo da disposição de guia e ao longo do bordo de topo do pára-brisas. As posições do comprimento do arame interiores sequenciais são mostradas pela linha a tracejado na FIG. 8. Inicialmente, após o arame ter ficado livre da roda de polia de guia 9 ΕΡ 2 186 664 /PT inferior, o roquete previamente solto da primeira bobina enroladora operada é reactivado. A operação continuada da segunda de bobina enroladora 4 move a linha de corte em torno do canto de topo do pára-brisas e ao longo do bordo de topo do pára-brisas (da esquerda para a direita, como mostrado nos desenhos) atravessando por cima a porção de comprimento de arame mais curta acima da unidade enroladora para efectuar o corte completo do pára-brisas.

Como descrito acima o roquete da primeira bobina enroladora utilizada 5 é solto a seguir ao primeiro corte de comprimento curto. Isto é devido à segunda fase de corte, na qual o arame de comprimento mais longo é enrolado e na qual a linha de corte, nos desenhos, é movida da direita para a esquerda ao longo do bordo inferior do pára-brisas, o material de colagem em excesso mais grosso que é provável ser encontrado nesta região do pára-brisas será difícil de cortar, aumentando as forças transmitidas através do sistema. Pela desactivação do roquete da primeira bobina enroladora 5, o arame irá escorregar/deslizar neste ponto, alimentando para fora da primeira bobina numa medida que resulta numa acção de corte em fatia que auxilia a eficácia do corte neste ponto. Quando já tiver sido conseguido o corte mais difícil, o arame irá seguir de novo o percurso de menor resistência e retomar normalmente o corte (e o arame irá parar a alimentação da primeira bobina enroladora). Este sistema de aperto reduz a probabilidade de quebra do arame devida a tensão excessiva. 0 roquete pode então ser aplicado de novo. 0 ponto em que o roquete deve ser aplicado de novo e desactivado depende tipicamente da habilidade, experiência e julgamento do operador.

Na técnica mostrada nas FIGS. 9 e 10, o painel de vidro é removido utilizando apenas um arame 41 e a unidade enroladora 1 (não é requerida a guia adicional, tal como a guia 2). Nesta técnica, a unidade enroladora está inicialmente fixa ao lado do volante do painel de vidro, posicionada acima do volante, como mostrado na FIG. 9. Com a unidade enroladora e a disposição de guia em posição, como descrito, o arame de corte é passado em torno do exterior do pára-brisas de modo a assentar perifericamente adjacente ao cordão de cola, o qual se encontra ensanduichado entre o painel de vidro e a moldura de suporte do veículo. As extremidades opostas do arame de corte são alimentadas 10 ΕΡ 2 186 664 /PT através de um canal perfurado, feito através do cordão de cola no canto do pára-brisas (x) por debaixo da posição da unidade enroladora 1.

Um comprimento 41 do arame é puxado através do interior do veiculo e passado em torno da roda de polia 9 da unidade enroladora e ligado para enrolamento na bobina enroladora 5 da unidade enroladora. Um comprimento extremidade livre do arame 47 é puxado através do vidro, tendo o comprimento suficiente para alcançar o canto esquerdo mais acima do painel de vidro. A bobina enroladora 5 é então operada para fazer com que o comprimento do arame 41 corte através do cordão de cola para cima ao longo do lado do pára-brisas, até a linha de corte ter passado em torno do canto direito mais acima do pára-brisas. Nesta junção, a unidade 1 é removida do pára-brisas e posicionada de novo no painel de vidro no canto esquerdo mais acima, como mostrado na FIG. 10. Antes de novo posicionamento da unidade 1, o roquete da bobina enroladora 5 é solto de modo a permitir que o arame seja desenrolado da bobina, à medida que o mesmo é movido através do painel de vidro de modo a ser posicionado de novo. 0 roquete é subsequentemente engatado de novo e a bobina 5 é de novo operada para enrolar o arame a partir da posição mostrada na FIG. 10 até o mesmo atingir a posição mostrada pela linha a tracejado na FIG. 10. A seguir, a unidade 1 é movida em torno do canto do painel de vidro e substancialmente através de um ângulo recto, para a posição mostrada na FIG. 11, onde a mesma é fixa ao painel de vidro. A fim de permitir isto, o roquete da bobina 5 é de novo solto e, subsequentemente, engatado de novo quando a unidade está na posição como mostrado na FIG. 11. A extremidade do comprimento livre do arame 47 é então enrolada em torno da polia 8 e ligada à bobina enroladora 4 e as bobinas 4 e 5 operadas quer sequencialmente, quer simultaneamente, para completar o corte. Como mostrado na FIG. 11 os comprimentos de arame cruzam-se em Z, a fim de completarem o corte. A presença das polias 8, 9 espaçadas para fora a partir das respectivas bobinas 4, 5 auxilia a operação da unidade enroladora durante o processo de corte.

Na FIG. 12 é mostrada uma unidade enroladora modificada 1 que tem as polias de enrolamento adicionais 108, 109, posicionadas de modo a proporcionarem uma respectiva polia 11 ΕΡ 2 186 664 /PT nos quatro respectivos cantos. A unidade é montada como mostrado na FIG. 12, aproximadamente central em relação ao painel de vidro. 0 arame é passado em torno do exterior do painel, passando as duas extremidades do arame através de um canal em X no interior do veiculo. As extremidades livres são fixas às respectivas bobinas 4, 5 com um cruzamento por cima do arame em 115. A operação das bobinas 4, 5 para enrolar os respectivos comprimentos de arame a partir da posição mostrada resulta no corte através do vidro que é efectuado junto de toda a periferia do painel de vidro.

Numa modificação desta técnica é utilizada a unidade enroladora de quatro polias como mostrado nas FIGS. 13 e 14. A unidade é inicialmente posicionada como mostrado na FIG. 13, e a roda de polia 4 é inicialmente operada de modo a enrolar o arame em torno do canto esquerdo mais acima do painel de vidro. Subsequentemente, a unidade é posicionada de novo na posição mostrada na FIG. 14 e ambas as bobinas enroladoras 4 e 5 operadas (tipicamente em sequência) para completar o processo de corte através do vidro. 0 presente invento proporciona as vantagens dos sistemas de corte de arame sem disposições de sistemas de aparelhos muitos complexos ou a necessidade de configurar de novo o aparelho significativamente a seguir à montagem inicial. A técnica pode ser utilizada pelos operadores com relativamente pouca experiência ou força física depois de uma rotina de montagem inicial com complexidade mínima.

Lisboa, 2011-12-09

Claims (13)

1. ΕΡ 2 186 664/ΡΤ 1/3 REIVINDICAÇÕES 1 - Unidade enroladora (1) para utilização num método de corte de um painel de vidro de veiculo, tendo a unidade, meios de montagem (10, 11) para montagem da unidade (1) no painel de vidro durante o corte; primeira e segunda bobinas enroladoras (4, 5) para enrolamento de arame de corte, e, pelo menos, um enrolamento de arame, caracterizada por o arame ser enrolado em torno de elemento de guia (8, 9, 108, 109) espaçado das bobinas enroladoras e/ou dos meios de montagem; em gue: i) o arame é fixo apenas a uma única bobina (5) da unidade e, com o arame ligado apenas à única bobina ligada (5), é efectuado um corte com a unidade numa primeira posição montada; e a unidade é movida para uma segunda posição montada, permanecendo o arame ligado apenas ao remanescente da única bobina ligada, antes de continuar o corte; e/ou ii) uma ou ambas as bobinas (4, 5) estão providas com um respectivo mecanismo de roquete, sendo o mecanismo de roquete solto durante o procedimento, de tal modo que o arame fica frouxo.
2. 2 - Unidade enroladora para utilização de acordo com a reivindicação 1, em que uma ou ambas as bobinas (4, 5) estão providas com um respectivo mecanismo de roquete, sendo o mecanismo de roquete de uma ou ambas as bobinas libertado durante o procedimento, antes de novo posicionamento da unidade enroladora no painel de vidro, para permitir ao arame a ser desenrolado da bobina, à medida que é movido através do painel de vidro para ser posicionado de novo entre as posições de montagem espaçadas.
3. 3 - Unidade enroladora para utilização de acordo com a reivindicação 1 ou a reivindicação 2, em que: a unidade é posicionada de novo duas vezes durante o procedimento de corte, incluindo um dos novos posicionamentos a rotação da unidade enroladora substancialmente através de um ângulo recto; e/ou uma primeira extremidade do arame está ligada a um das bobinas antes de novo posicionamento da unidade, sendo a ΕΡ 2 186 664/ΡΤ 2/3 segunda extremidade do arame ligada à outra das bobinas a seguir ao novo posicionamento da unidade.
4. 4 - Unidade enroladora para utilização de acordo com qualquer reivindicação anterior, em que as extremidades dos arames cruzam-se e estão ligadas às respectivas bobinas das bobinas enroladoras (4, 5).
5. 5 - Unidade enroladora para utilização de acordo com qualquer reivindicação anterior, em que a unidade é posicionada de novo entre uma primeira posição próxima de um canto de topo do painel de vidro e uma segunda posição próxima de um canto oposto mais acima do painel de vidro.
6. 6 - Unidade enroladora para utilização de acordo com qualquer reivindicação anterior, em que o elemento de guia de enrolamento (8, 9, 108, 109) compreende uma roda ou polia de guia montada rotativamente em relação à unidade.
7. 7 - Unidade enroladora para utilização de acordo com qualquer reivindicação anterior, em que as bobinas enroladoras estão dispostas em disposição lado a lado e uma respectiva roda ou polia de guia (8, 9) é posicionada externamente em relação a cada uma das respectivas bobinas enroladoras (4, 5).
8. 8 - Unidade enroladora para utilização de acordo com qualquer reivindicação anterior, em que a roda de guia está montada rotativamente em relação à unidade.
9. 9 - Unidade enroladora para utilização de acordo com qualquer reivindicação anterior, em que a unidade inclui quatro rodas ou polias de guia, para guiar o arame, estando as rodas ou polias substancialmente providas nos cantos de um polígono imaginário.
10. 10 - Unidade enroladora para utilização de acordo com qualquer reivindicação anterior, em que, na montagem, o arame de corte passa através do material de colagem numa posição próxima de um canto do painel de vidro.
11. 11 - Unidade enroladora para utilização de acordo com qualquer reivindicação anterior, em que, na montagem, o arame de corte passa através do material de colagem numa posição no ΕΡ 2 186 664/PT 3/3 mesmo lado do painel de vidro que a unidade enroladora de arame.
12. 12 - Unidade enroladora para utilização de acordo com qualquer reivindicação anterior, em que, na montagem, o arame de corte passa através do material de colagem substancialmente numa posição directamente por debaixo da unidade enroladora de arame.
13. 13 - Método de corte de um painel de vidro de veiculo, que utiliza uma unidade (1) que tem meios de montagem (10, 11), para montagem da unidade no painel de vidro durante o corte; primeira e segunda bobinas enroladoras (4, 5) para enrolamento do arame de corte; e, pelo menos um elemento de guia de enrolamento de arame, espaçado das bobinas enroladoras e/ou dos meios de montagem; em que: i) o arame é fixo apenas a uma única bobina (5) da unidade e, com o arame ligado apenas à única bobina ligada, é efectuado um corte com a unidade numa primeira posição montada; e a unidade é movida para uma segunda posição montada, permanecendo o arame ligado apenas à única bobina ligada (5), antes de continuar o corte; e/ou ii) uma ou ambas as bobinas (4, 5) estão providas com um respectivo mecanismo de roquete, sendo o mecanismo de roquete solto durante o procedimento, de tal modo que o arame fica frouxo. Lisboa, 2011-12-09