PT2142042E

PT2142042E - Meio de ligação e processo para a produção de uma ligação de um primeiro componente e de um segundo componente

Info

Publication number: PT2142042E
Application number: PT87493128T
Authority: PT
Inventors: Franz Haser; Wilfried Schneider; Franz Baur; Patrick Jeker
Original assignee: Lamello Ag
Priority date: 2007-05-08
Filing date: 2008-05-03
Publication date: 2014-05-23
Also published as: CN101674754B; CN102248213B; DE202008016178U1; EP2712519A3; ES2332086T1; DK2142042T3; US20120328386A1; US20100111599A1; PL1989956T3; US8240942B2; CN101674754A; ES2317821T1; EP2142042B1; WO2008135250A2; US20140321934A1; EP1989956B1; EP1989956A3; EP2712519A2; EP2142042A2; CN102248213A

Description

DESCRIÇÃO "MEIO DE LIGAÇÃO E PROCESSO PARA A PRODUÇÃO DE UMA LIGAÇÃO DE UM PRIMEIRO COMPONENTE E DE UM SEGUNDO COMPONENTE" A presente invenção refere-se a um meio de ligação para a ligação de um primeiro componente e de um segundo componente, em particular para a ligação de peças de móveis ou de máguinas, compreendendo um primeiro elemento de ligação disposto no primeiro componente no estado ligado dos componentes e um segundo elemento de ligação disposto no segundo componente no estado ligado dos componentes.

Um meio de ligação deste género é, por exemplo, conhecido a partir do documento DE 19604243 C2. O documento DE 19604243 C2 divulga uma ferragem para a ligação de componentes, constituída por duas metades de ferragem que são respectivamente fixadas a um dos componentes a ligar e apresentam elementos encaixáveis uns nos outros que proporcionam a ligação dos componentes, sendo que cada uma das metades de ferragem apresenta uma secção em forma de um segmento de círculo com arestas salientes auto-cortantes, de modo que cada metade de ferragem pode ser ancorada no respectivo componente através da cravação no respectivo componente associado, ao longo das arestas auto-cortantes. No caso de materiais duros, tais como, por exemplo, madeira dura ou materiais metálicos, a cravação das metades de ferragem nos componentes ao longo das arestas auto-cortantes é extremamente difícil ou mesmo impossível. Para além disso, na ferragem de acordo com o documento DE 19604243 C2 1 existe o risco de que as paredes laterais do respectivo componente se possam quebrar aquando da cravação das metades de ferragem em consequência das forças que se originam devido às arestas auto-cortantes salientes. 0 documento FR 2172552 A divulga um meio de ligação de acordo com o conceito genérico da reivindicação 1. 0 documento GB 2076104 A divulga um meio de ligação para a ligação de um primeiro componente e de um segundo componente, compreendendo um primeiro elemento de ligação disposto no primeiro componente no estado ligado dos componentes e um segundo elemento de ligação disposto no segundo componente no estado ligado dos componentes, sendo que os elementos de ligação compreendem respectivamente uma superfície de encosto curvada que é em forma de arco de círculo num corte longitudinal, sendo que o primeiro elemento de ligação e o segundo elemento de ligação estão ligados entre si de forma amovível no estado ligado dos componentes, e o primeiro elemento de ligação compreende uma caixa e um elemento de fixação móvel relativamente à caixa que, numa posição de fixação, interage de tal modo com o segundo elemento de ligação que é impedido um movimento relativo do primeiro elemento de ligação e do segundo elemento de ligação ao longo de uma direcção de ligação, e que, numa posição de desbloqueio, permite um movimento relativo do primeiro elemento de ligação e do segundo elemento de ligação ao longo da direcção de ligação, sendo que o elemento de fixação pode ser movido a partir da posição de fixação para a posição de desbloqueio e a partir da posição de desbloqueio para a posição de fixação através de uma acção a partir do exterior do meio de ligação, e sendo que a caixa do primeiro elemento de ligação apresenta uma superfície de encosto no essencial plana oposta à 2 superfície de encosto curvada que se pode encostar ao segundo elemento de ligação no estado ligado dos componentes. A presente invenção tem como objectivo subjacente o de criar um meio de ligação do género referido no início que possibilita uma ligação segura entre si de dois componentes de uma multiplicidade de materiais, sem provocar o risco de danos nos dois componentes durante a montagem.

Este objectivo é solucionado através de um meio de ligação de acordo com a reivindicação 1. A solução de acordo com a invenção tem como conceito subjacente o de introduzir o elemento de ligação com o ressalto de fixação, que é pelo menos um, segundo a direcção longitudinal da ranhura, numa ranhura com uma secção de rebaixo no correspondente componente, já produzida antes da introdução do elemento de ligação no componente. Por este meio, o ressalto de fixação pode ser deslocado, com pouco esforço, na secção de rebaixo da ranhura, segundo a direcção tangencial, de modo que o elemento de ligação possui ainda um grau de liberdade de movimento segundo esta direcção e, por conseguinte, ainda são possíveis correcções em relação às posições recíprocas durante a ligação dos componentes.

Além disso, o ressalto de fixação pode apoiar-se, com a sua superfície de apoio curvada, na superfície de rebaixo igualmente curvada da secção de rebaixo da ranhura no correspondente componente, sendo que esta superfície de rebaixo é igualmente em forma de arco de círculo num corte longitudinal e apresenta o mesmo raio de curvatura que a superfície de apoio curvada do ressalto de fixação. Através do encaixe entre o ressalto de 3 fixação e a secção de rebaixo da ranhura resulta uma ligação por encaixe perfeito entre o componente e o elemento de ligação.

Por este meio é obtida uma ancoragem particularmente eficaz de pelo menos um dos elementos de ligação no correspondente componente, sem que para tal seja necessária aplicar uma força grande aquando da introdução do elemento de ligação no componente associado, força essa que poderia provocar danos no componente.

Ao contrário do anterior, aquando da introdução nos componentes das metades de ferragem, da ferragem do documento DE 19604243 C2, as ranhuras de fixação para as metades de ferragem têm que em primeiro lugar ser produzidas mediante as arestas salientes auto-cortantes, através da cravação das metades de ferragem nos componentes. Para este efeito é necessária uma força muito considerável. Além disso, as arestas salientes auto-cortantes têm que estar optimizadas geometricamente em matéria do efeito auto-cortante, em particular ser suficientemente finas, de modo a possibilitar uma deslocação do material removido. Além disso, aquando da cravação das metades de ferragem nos componentes, pode facilmente ocorrer uma rebentação de material das arestas exteriores dos componentes, em particular quando as metades de ferragem são cravadas no bordo do componente. No caso de materiais duros, tais como, por exemplo, madeira dura, a cravação das metades de ferragem é extremamente difícil; no caso de outros materiais, tais como, por exemplo, plexiglass ou no caso de materiais metálicos, a cravação auto-cortante das metades de ferragem falha completamente. Além disso, após a cravação no respectivo componente, as metades de ferragem ficam aí presas de forma imóvel e já não podem ser mais deslocadas ao longo da ranhura de 4 fixação, de modo a possibilitar uma correcção da posição e, deste modo, uma compensação de tolerâncias.

Pelo contrário, o meio de ligação de acordo com a invenção pode ser utilizado para a ligação de componentes em materiais facultativos, em particular também em madeira dura, plexiglass ou em materiais metálicos, e possibilita, através da deslocabilidade de, pelo menos, um elemento de ligação segundo a direcção longitudinal da ranhura, na gual se encontra alojado o elemento de ligação, uma correcção da posição e, deste modo, uma compensação de tolerâncias de posição das ranhuras nos componentes e/ou uma compensação de tolerâncias de fabrico dos elementos de ligação.

Cada um dos elementos de ligação compreende uma superfície de encosto curvada que é em forma de arco de círculo num corte longitudinal, de modo que esta superfície de encosto pode deslizar numa superfície de base, igualmente em forma de arco de círculo no corte longitudinal, de uma ranhura prevista num dos componentes, facto pelo qual a orientação do respectivo elemento de ligação relativamente ao respectivo outro elemento de ligação pode ser alterada dentro de determinados limites aquando da ligação dos elementos de ligação, de modo a compensar tolerâncias de posição das ranhuras, nas quais se encontram dispostos os elementos de ligação, e/ou tolerâncias de fabrico dos elementos de ligação.

Através deste grau de liberdade de movimento adicional, aquando da montagem dos dois componentes, são ainda possíveis correcções em relação às posições recíprocas, o que reduz nitidamente os requisitos à precisão em relação à posição das 5 ranhuras nos componentes e conduz a uma considerável facilidade para o utilizador. 0 ressalto de fixação pode apresentar, em particular, extremidades rombas e/ou chanfros de entrada arredondados nas suas zonas de extremidade.

Um ressalto de fixação não auto-cortante pode além disso apresentar uma área de secção transversal com dimensões facultativas, de modo a aumentar a estabilidade mecânica do ressalto de fixação.

Em particular, a área de secção transversal do ressalto de fixação pode perfazer pelo menos 1 mm2. 0 ressalto de fixação pode apresentar uma secção transversal, no essencial rectangular, ou uma no essencial trapezoidal.

Em alternativa ou suplementarmente a este respeito pode estar previsto que pelo menos um ressalto de fixação se estreite com o aumento da distância em relação a um corpo de base do respectivo elemento de ligação.

Por outro lado pode estar previsto que pelo menos um ressalto de fixação se estreite com a redução da distância em relação a um corpo de base do respectivo elemento de ligação.

Em alternativa ou suplementarmente a este respeito é também concebível que pelo menos um ressalto de fixação apresente uma secção transversal com um contorno exterior curvado, pelo menos por secções. 6

Numa configuração preferida da invenção está previsto que pelo menos um ressalto de fixação esteja contíguo, no essencial, de forma nivelada a uma superfície de encosto curvada de um corpo de base do respectivo elemento de ligação. Neste caso, o ressalto de fixação encontra-se portanto disposto no bordo mais exterior, virado para o fundo da ranhura, do correspondente elemento de ligação.

Em alternativa ou suplementarmente a este respeito pode também estar previsto que pelo menos um ressalto de fixação se encontre disposto de forma deslocada em relação à superfície de encosto curvada de um corpo de base do respectivo elemento de ligação. 0 ressalto de fixação pode portanto apresentar, em particular, um raio de curvatura inferior ao da superfície de encosto curvada do respectivo elemento de ligação.

Além disso pode estar previsto que no mesmo elemento de ligação se encontrem dispostos vários ressaltos de fixação que apresentam diferentes raios de curvatura.

Em particular, vários ressaltos de fixação com diferentes raios de curvatura podem encontrar-se dispostos no mesmo lado do respectivo elemento de ligação. A superfície de encosto curvada do corpo de base do respectivo elemento de ligação pode ser, em particular, em forma de arco de círculo num corte longitudinal. A superfície de encosto curvada de pelo menos um elemento de ligação pode ser configurada, em particular, no essencial, em forma de uma secção da superfície lateral de um cilindro circular. 7

Na invenção está previsto que, no estado ligado dos componentes, o primeiro elemento de ligação e o segundo elemento de ligação estejam ligados entre si de forma amovível e pelo menos o primeiro elemento de ligação compreenda, pelo menos, um elemento de fixação móvel relativamente a uma caixa do primeiro elemento de ligação, que, numa posição de fixação, interage de tal modo com o segundo elemento de ligação que é impedido um movimento relativo do primeiro elemento de ligação e do segundo elemento de ligação ao longo de uma direcção de ligação, e que, numa posição de desbloqueio, permite um movimento relativo do primeiro elemento de ligação e do segundo elemento de ligação ao longo da direcção de ligação, sendo que pelo menos um elemento de fixação pode ser movido a partir da posição de fixação para a posição de desbloqueio e/ou a partir da posição de desbloqueio para a posição de fixação através de uma acção a partir do exterior do meio de ligação.

Neste caso, a ligação dos dois elementos de ligação não é produzida através de uma deslocação relativa dos dois elementos de ligação como um tudo, mas antes em vez disso é provocada através de um movimento relativo do elemento de fixação relativamente a uma caixa do primeiro elemento de ligação a partir da posição de desbloqueio para a posição de fixação. Em alternativa ou suplementarmente a este respeito, a ligação entre os elementos de ligação pode ser separada através de um movimento do elemento de fixação relativamente à caixa do primeiro elemento de ligação a partir da posição de fixação para a posição de desbloqueio.

Quando os elementos de ligação são bloqueados entre si através do movimento do elemento de fixação para a posição de fixação, então, através de forças de tracção que actuam sobre os 8 elementos de ligação segundo uma direcção de ligação transversal orientada transversalmente, de um modo preferido perpendicularmente, em relação a superfícies de encosto dos elementos de ligação, é activado tanto atrito que é eliminada a deslocabilidade do ressalto de fixação no interior da secção de rebaixo da ranhura e é produzida uma ligação totalmente fixa entre os componentes a ligar.

Os elementos de ligação do meio de ligação de acordo com a invenção são introduzidos em ranhuras já existentes nos componentes, de modo que não é necessário nenhum grande esforço para a introdução dos elementos e ligação nos componentes e, por este motivo, não existe nenhum risco de danos nesses componentes.

Quando o elemento de fixação do meio de ligação de acordo com a invenção foi movido a partir da posição de fixação para a posição de desbloqueio, os elementos de ligação podem ser afastados um do outro segundo uma direcção de ligação orientada perpendicularmente em relação a superfícies de encosto dos elementos de ligação, nas quais os elementos de ligação se encostam um ao outro no estado ligado dos componentes, sem que os elementos de ligação tenham que anteriormente ser movidos um relativamente ao outro segundo uma direcção paralela em relação às superfícies de encosto.

Na invenção está previsto que a caixa do primeiro elemento de ligação apresente uma superfície de encosto curvada que é em forma de arco de círculo num corte longitudinal e uma superfície de encosto no essencial plana oposta a essa superfície de encosto curvada que se pode encostar ao segundo elemento de ligação. 9

Está previsto que a superfície de encosto no essencial plana do primeiro elemento de ligação se possa encostar a uma superfície de encosto, igualmente no essencial plana do segundo elemento de ligação. A superfície de encosto no essencial plana do primeiro elemento de ligação e/ou do segundo elemento de ligação está orientada, de um modo preferido, no estado ligado dos componentes, no essencial, paralelamente em relação a superfícies de contacto dos componentes, nas quais os componentes se encostam um ao outro.

Além disso, no estado ligado dos componentes, a superfície de encosto curvada e a superfície de encosto plana do primeiro elemento de ligação e do segundo elemento de ligação estão orientadas, no essencial, perpendicularmente em relação à direção de ligação.

Na invenção está previsto que pelo menos um elemento de fixação esteja fixado de forma oscilante ao primeiro elemento de ligação.

De modo a proporcionar a ligação dos dois elementos de ligação na posição de fixação do elemento de fixação, pode estar previsto que pelo menos um elemento de fixação apresente um primeiro contorno de fixação que, na posição de fixação, engate por detrás de um segundo contorno de fixação previsto no segundo elemento de ligação.

Neste caso, o primeiro contorno de fixação e/ou o segundo contorno de fixação podem ser configurados em forma de arco. 10

Em particular pode estar previsto que o primeiro contorno de fixação e o segundo contorno de fixação não sejam configurados de uma forma concêntrica entre si, de modo que os dois elementos de ligação são puxados na direcção um do outro, aquando do movimento do elemento de fixação a partir da posição de desbloqueio para a posição de fixação.

Ainda não forma feitas nenhumas indicações mais detalhadas relativamente ao modo como o elemento de fixação pode ser movido a partir da posição de fixação para a posição de desbloqueio ou em direcção contrária, através de uma acção a partir do exterior do meio de ligação.

Por exemplo, pode estar previsto que pelo menos um elemento de fixação possa ser movido a partir da posição de fixação para a posição de desbloqueio e/ou a partir da posição de desbloqueio para a posição de fixação, mediante um meio de accionamento mecânico que pode ser encaixado no elemento de fixação a partir do exterior do meio de ligação.

Para este efeito é favorável quando pelo menos um elemento de fixação apresenta um encaixe para uma secção de accionamento de um meio de accionamento mecânico.

Em particular pode estar previsto que pelo menos um elemento de fixação apresente um encaixe para uma chave poligonal, uma chave sextavada e/ou uma chave de fendas.

De modo a possibilitar uma acção do meio de accionamento mecânico sobre o elemento de fixação, pode estar previsto que o primeiro elemento de ligação compreenda uma caixa com uma 11 abertura de passagem, para a passagem de um meio de accionamento mecânico para um elemento de fixação.

Em particular pode estar previsto que a caixa apresente uma parede lateral que se prolonga transversalmente em relação à superfície de encosto curvada do primeiro elemento de ligação e a abertura de passagem se encontre disposta na parede lateral.

Em alternativa a este respeito pode também estar previsto que a abertura de passagem se encontre disposta na superfície de encosto curvada do primeiro elemento de ligação.

Numa configuração particular da invenção pode estar previsto que pelo menos o primeiro elemento de ligação compreenda pelo menos dois elementos de fixação que estão fixados de forma oscilante ao primeiro elemento de ligação.

De modo a assegurar a ligação dos dois elementos de ligação na posição de fixação dos elementos de fixação, pode estar previsto que, na posição de fixação, pelo menos dois elementos de fixação engatem por detrás de respectivamente um elemento de retenção que se encontra disposto no segundo elemento de ligação.

De modo a poder oscilar os elementos de fixação a partir da posição de desbloqueio para a posição de fixação, pode estar previsto, em particular, que uma zona de apoio de um primeiro elemento de fixação e uma zona de apoio de um segundo elemento de fixação possam ser movidas uma relativamente à outra mediante um mecanismo de expansão. 12

Um mecanismo de expansão deste género pode compreender um elemento magnético que pode ser accionado, de modo a executar um movimento no interior do meio de ligação, mediante um campo magnético de accionamento variável no tempo, que actua sobre o elemento magnético a partir do exterior do meio de ligação.

Numa configuração preferida da invenção está previsto que o mecanismo de expansão compreenda pelo menos dois elementos de expansão que estão encaixados uns nos outros.

Os elementos de expansão podem estar encaixados uns nos outros, em particular, mediante duas roscas complementares entre si. É particularmente favorável quando pelo menos um dos elementos de expansão pode ser accionado, de modo a executar um movimento de rotação relativamente ao outro elemento de expansão, mediante o elemento magnético.

Neste caso, o elemento magnético pode apresentar, em particular, um elemento de arrasto que actua sobre um elemento de arrastamento num dos elementos de expansão.

Além disso, numa configuração particular da invenção, pode estar previsto que pelo menos um elemento de fixação apresente uma rosca.

Neste caso pode estar previsto que, na posição de fixação, pelo menos um elemento de fixação esteja enroscado num elemento de retenção que se encontra disposto no segundo elemento de ligação, sendo que o elemento de retenção apresenta uma rosca complementar à rosca do elemento de fixação. 13

De modo a facilitar o encaixe do elemento de fixação no elemento de retenção, pode estar previsto que o meio de ligação compreenda pelo menos um elemento elástico, em particular uma mola, através do qual o elemento de fixação e o elemento de retenção estão pré-tensionados um contra o outro.

Além disso, no estado ligado dos componentes, um eixo da rosca do elemento de fixação pode estar orientado, no essencial, paralelamente em relação à direcção de ligação.

Numa configuração particular da invenção pode estar previsto que o meio de ligação compreenda um elemento magnético que pode ser accionado, de modo a executar um movimento de rotação no interior do meio de ligação, mediante um campo magnético de accionamento variável no tempo, que actua sobre o elemento magnético a partir do exterior do meio de ligação.

Mediante um elemento magnético deste género pode ser accionado, em particular, pelo menos um elemento de fixação, de modo a executar um movimento de rotação relativamente à caixa do primeiro elemento de ligação.

Neste caso, o elemento magnético pode apresentar um elemento de arrasto que actua sobre um elemento de arrastamento no elemento de fixação.

De modo a poder também absorver forças de cisalhamento mediante a ligação entre os elementos de ligação, é vantajoso quando pelo menos um dos elementos de ligação compreende pelo menos um ressalto de encaixe e o respectivo outro elemento de ligação compreende pelo menos uma reentrância de encaixe que aloja o ressalto de encaixe no estado ligado dos componentes. 14

Por este meio pode prescindir-se de cavilhas adicionais, tal como são necessárias na maioria dos outros meios de ligação.

Quando pelo menos uma reentrância de encaixe apresenta, segundo uma direcção longitudinal do meio de ligação, uma extensão superior à do ressalto de encaixe encaixado na mesma, então este facto proporciona a vantagem de que o primeiro elemento de ligação e o segundo elemento de ligação podem ser deslocados um em relação ao outro segundo a direcção longitudinal, de modo a possibilitar desta maneira uma compensação de tolerâncias da ligação entre os componentes. A presente invenção refere-se além disso a um processo para a produção de uma ligação de um primeiro componente e de um segundo componente, em particular de uma ligação de peças de móveis ou de máquinas. A presente invenção tem como objectivo subjacente o de criar um processo deste género que possibilita uma ligação segura entre si de componentes de uma multiplicidade de materiais, sem provocar o risco de danos num dos componentes.

Este objectivo é solucionado através de um processo de acordo com a reivindicação 22.

Configurações particulares do processo de acordo com a invenção são objecto das reivindicações 23 e 24, cujas vantagens já foram explicadas anteriormente no contexto com as configurações particulares do meio de ligação de acordo com a invenção. 15 A reivindicação 25 refere-se à utilização de um meio de ligação de acordo com a invenção num processo para a produção de uma ligação de um primeiro componente e de um segundo componente.

Um dispositivo de fresagem de ranhuras para fresar uma ranhura num componente, que compreende um disco de fresar rotativo em torno de um eixo de rotação, em particular para a execução do processo de acordo com qualquer uma das reivindicações 22 até 24, e com o qual pode ser produzida de uma forma fácil e precisa uma ranhura que apresenta pelo menos uma secção de rebaixo com uma superfície de rebaixo curvada, compreende um dispositivo de elevação para mover o disco de fresar ao longo do eixo de rotação durante a operação de fresagem.

Mediante um dispositivo de fresagem de ranhuras deste género pode ser fresada, em primeiro lugar, uma secção base da ranhura e depois, quando a secção base tenha atingido uma profundidade previamente definida, o disco de fresar pode ser movido ao longo do eixo de rotação, de modo a fresar pelo menos uma secção de rebaixo. 0 dispositivo de fresagem de ranhuras pode compreender, em particular, um batente para a delimitação da profundidade da ranhura fresada.

Além disso, o dispositivo de fresagem de ranhuras pode compreender um interruptor para o accionamento do dispositivo de elevação por um operador durante a operação de fresagem, de modo a poder activar manualmente o movimento do disco de fresar ao longo do eixo de rotação. 16

Em alternativa ou suplementarmente a este respeito pode também estar previsto que o dispositivo de fresagem de ranhuras compreenda um dispositivo de controlo que acciona automaticamente o dispositivo de elevação durante a operação de fresagem quando é atingida uma profundidade previamente definida da ranhura fresada. Deste modo é conseguido que o disco de fresar pode ser imediatamente movido ao longo do eixo de rotação para a produção da secção de rebaixo, logo que a profundidade de ranhura previamente definida tenha sido atingida; este facto pode reduzir consideravelmente o tempo necessário para toda a operação de fresagem de ranhuras.

Numa configuração preferida do dispositivo de fresagem de ranhuras está previsto que o disco de fresar possa ser movido, mediante o dispositivo de elevação, a partir de uma posição inicial, ao longo do eixo de rotação, para uma primeira posição de rebaixo e, em seguida, na direcção contrária, para além da posição inicial, para uma segunda posição de rebaixo. Deste modo pode ser produzida uma ranhura com duas secções de rebaixo que se projectam a partir de uma secção base da ranhura em direcções opostas.

De um modo preferido, o percurso pelo qual o disco de fresar pode ser movido ao longo do eixo de rotação mediante o dispositivo de elevação pode ser ajustado em diferentes valores. A energia necessária para o accionamento do dispositivo de elevação pode ser produzida, por exemplo, mediante um gerador acoplado a um fuso de accionamento principal do dispositivo de fresagem de ranhuras. 17

Neste caso, o gerador pode ser concebido, em particular, como uma embraiagem por correntes parasitas.

Um dispositivo de fresagem de ranhuras para fresar uma ranhura num componente, que compreende uma fresa para ranhuras em T que pode rodar em torno de uma direcção radial da ranhura, em particular para a execução do processo de acordo com qualquer uma das reivindicações 22 até 24, e com o qual pode ser produzida de uma forma fácil e precisa uma ranhura com pelo menos uma secção de rebaixo com uma superfície de rebaixo curvada que é em forma de arco de circulo num corte longitudinal, compreende um dispositivo de guia para o guiamento do dispositivo de fresagem de ranhuras numa ranhura de guia previamente fresada com uma superfície de base curvada da ranhura que é em forma de arco de circulo num corte longitudinal.

Com este dispositivo de fresagem de ranhuras, uma ranhura de guia previamente fresada sem secções de rebaixo, pode ser alargada formando a ranhura pretendida com secções de rebaixo.

Neste caso, a ranhura de guia pode ser previamente fresada com um dispositivo de fresagem de ranhuras convencional.

Numa configuração preferida do dispositivo de fresagem de ranhuras está previsto que o dispositivo de guia compreenda um elemento de guia dianteiro no essencial em forma de uma secção de um disco circular, que se encontra disposto durante a operação de fresagem à frente da fresa para ranhuras em T segundo a direcção de movimento do dispositivo de fresagem de ranhuras. 18

De modo a se obter um guiamento estável do dispositivo de fresagem de ranhuras mediante o elemento de guia dianteiro na ranhura de guia previamente fresada, é favorável quando a espessura do elemento de guia dianteiro tem no essencial o mesmo valor que a largura da ranhura de guia previamente fresada.

Além disso é favorável quando o dispositivo de guia compreende um elemento de guia posterior no essencial em forma de uma secção de um disco circular, que se encontra disposto durante a operação de fresagem atrás da fresa para ranhuras em T segundo a direcção de movimento do dispositivo de fresagem de ranhuras. Deste modo é possibilitado um guiamento adicional do dispositivo de fresagem de ranhuras na ranhura produzida mediante a fresa para ranhuras em T.

De modo a possibilitar um guiamento particularmente estável na secção base da ranhura fresada pela fresa para ranhuras em T, é favorável quando a espessura do elemento de guia posterior tem no essencial o mesmo valor que a largura de uma secção base da ranhura fresada pela fresa para ranhuras em T.

Além disso, o elemento de guia posterior pode estar provido de pelo menos um dente de guia que durante a operação de fresagem encaixa numa secção de rebaixo da ranhura fresada pela fresa para ranhuras em T e, por este meio, guia o dispositivo de fresagem de ranhuras. Por este meio é possibilitado um guiamento particularmente estável do dispositivo de fresagem de ranhuras na secção de rebaixo fresada pela fresa para ranhuras em T.

Outras caracteristicas e vantagens da invenção são objecto da descrição que se segue e da representação gráfica de exemplos de realização. 19

Nos desenhos mostram:

Figura 1

Figura 2

Figura 3

Figura 4

Figura 5

Figura 6 uma representação esquemática em perspectiva de dois componentes a ligar entre si, no estado não ligado, sendo que cada componente apresenta respectivamente uma ranhura com uma secção base central e duas secções de rebaixo em forma de arco que se projectam a partir da secção base; uma representação esquemática em perspectiva, correspondente à Figura 1, na qual se encontram desenhadas adicionalmente arestas invisíveis em linhas a tracejado; um corte transversal esquemático através do primeiro componente das Figuras 1 e 2, na zona de um furo de acesso; uma vista lateral esquemática do primeiro componente das Figuras 1 e 2; uma representação esquemática em perspectiva de um meio de ligação para a ligação dos dois componentes das Figuras 1 até 4, que compreende um primeiro elemento de ligação com um elemento de fixação e um segundo elemento de ligação com um encaixe para o elemento de fixação; uma representação esquemática em perspectiva, correspondente à Figura 5, na 20 qual se encontram desenhadas adicionalmente arestas invisíveis em linhas a tracejado;

Figura 7 uma vista lateral esquemática em perspectiva dos componentes ligados entre si através do meio de ligação das Figuras 5 e 6;

Figura 8 uma representação esquemática em perspectiva dos dois componentes a ligar entre si, no estado não ligado, sendo que na ranhura de cada componente se encontra inserido respectivamente um dos elementos de ligação;

Figura 9 uma representação esquemática em perspectiva, correspondente à Figura 8, na qual se encontram desenhadas adicionalmente arestas invisíveis em linhas a tracejado;

Figura 10 uma representação esquemática em perspectiva de um dispositivo de fresagem de ranhuras com dispositivo de elevação, sendo que um disco de fresar rotativo do dispositivo de fresagem de ranhuras se encontra retraído numa caixa do dispositivo de fresagem de ranhuras;

Figura 11 uma representação esquemática em perspectiva, correspondente à Figura 10, do dispositivo de fresagem de ranhuras, sendo que o disco de fresar rotativo se encontra parcialmente avançado para fora da caixa do dispositivo de fresagem de ranhuras; 21

Figuras 12 até 15 uma sequência de cortes transversais esquemáticos através de um componente, pelo qual é fresada, mediante o dispositivo de fresagem de ranhuras das Figuras 10 e 11, uma ranhura com uma secção base e duas secções de rebaixo que se projectam a partir da secção base;

Figura 16 uma representação esquemática em perspectiva de um dispositivo de fresagem de ranhuras com uma fresa para ranhuras em T e um dispositivo de guia para o guiamento do dispositivo de fresagem de ranhuras numa ranhura de guia previamente fresada;

Figuras 17 , 19 e 21 vistas laterais esquemáticas de um componente, no qual é fresada, mediante o dispositivo de fresagem de ranhuras da Figura 16, uma ranhura com uma secção base e duas secções de rebaixo em forma de arco que se projectam a partir da secção base;

Figuras 18 , 20 e 22 cortes transversais esquemáticos, correspondentes às Figuras 17, 19 e 21, respectivamente, através da ranhura formada no componente;

Figura 23 uma vista lateral esquemática do primeiro componente, em cuja ranhura é inserido o primeiro elemento de ligação; 22

Figura 24 uma vista lateral esguemática de ambos os componentes com elementos de ligação inseridos gue são movidos um na direcção do outro; Figura 25 uma vista lateral esquemática dos componentes encostados um ao outro com as suas superfícies de contacto e de uma chave poligonal que está encaixada no elemento de fixação do primeiro elemento de ligação através de um furo de acesso; Figura 26 uma vista lateral esquemática dos dois componentes e da chave poligonal, mediante a qual o elemento de fixação é movido a partir de uma posição de desbloqueio para uma posição de fixação; Figura 27 uma vista lateral esquemática de uma caixa do primeiro elemento de ligação; Figura 28 um corte esquemático através da caixa do elemento de ligação da Figura 27, ao longo da linha 28-28 na Figura 27; Figuras 29 até 31 cortes transversais esquemáticos, correspondentes à Figura 28, através da caixa do elemento de ligação da Figura 27, sendo que os ressaltos de fixação da caixa apresentam respectivamente perfis diferentes; 23

Figura 32 uma representação esquemática em perspectiva de uma segunda forma de realização do meio de ligação, na qual a peça de fixação do primeiro elemento de ligação é configurada como um elemento roscado que pode enroscar num elemento de retenção previsto no segundo elemento de ligação;

Figura 33 uma representação esquemática em perspectiva, correspondente à Figura 32, na qual se encontram desenhadas adicionalmente arestas invisíveis em linhas a tracejado;

Figura 34 uma vista lateral esquemática dos dois componentes que estão ligados entre si através da segunda forma de realização do meio de ligação;

Figura 35 uma representação esquemática em perspectiva de uma terceira forma de realização do meio de ligação, na qual um elemento magnético para o accionamento de um movimento de rotação de um elemento de fixação está previsto no primeiro elemento de ligação;

Figura 36 uma representação esquemática em perspectiva, correspondente à Figura 35, na qual se encontram desenhadas adicionalmente arestas invisíveis em linhas a tracejado;

Figura 37 uma vista lateral esquemática dos dois componentes que estão ligados entre si através da terceira forma de realização do meio de ligação;

Figura 38 uma vista lateral esquemática de um elemento magnético e de um elemento de fixação da terceira forma de realização do meio de ligação das Figuras 35 até 37 e de um dispositivo de accionamento para a produção de um movimento de rotação do elemento magnético;

Figura 39 uma vista esquemática em planta a partir de baixo sobre o elemento magnético e o dispositivo de accionamento da Figura 38, observada na direcção da seta 39 na Figura 38;

Figura 40 uma representação esquemática em perspectiva de uma quarta forma de realização do meio de ligação, na qual dois elementos de fixação oscilantes e um mecanismo de expansão para afastar zonas de extremidade dos elementos de fixação estão previstos no primeiro elemento de ligação;

Figura 41 uma vista lateral esquemática da quarta forma de realização do meio de ligação, no estado não ligado dos componentes;

Figura 42 uma vista lateral esquemática, correspondente à Figura 41, sendo que os componentes a ligar entre si estão 25 encostados um ao outro e os elementos de fixação se encontram na sua posição de desbloqueio;

Figura 43 uma vista lateral esquemática, correspondente à Figura 42, da quarta forma de realização do meio de ligação, sendo que os elementos de fixação se encontram na posição de fixação;

Figura 44 uma vista lateral esquemática da quarta forma de realização do meio de ligação, de um elemento magnético do mecanismo de expansão e de um dispositivo de accionamento para a rotação do elemento magnético;

Figura 45 uma vista esquemática em planta sobre o elemento magnético e o dispositivo de accionamento da Figura 44, observada na direcção da seta 45 na Figura 44;

Figura 46 uma representação esquemática em perspectiva de uma quinta forma de realização do meio de ligação que não está abrangida pelo âmbito da protecção conferida pelas reivindicações em anexo e na qual o primeiro elemento de ligação e o segundo elemento de ligação são colados entre si;

Figura 47 uma representação esquemática em perspectiva, correspondente à Figura 46, na 26 qual se encontram desenhadas adicionalmente arestas invisíveis em linhas a tracejado; e

Figura 48 uma vista lateral esquemática do meio de ligação das Figuras 46 e 47, no estado ligado dos componentes.

Os elementos idênticos ou funcionalmente equivalentes encontram-se designados pelos mesmos índices de referência em todas as Figuras.

No que se segue, uma primeira forma de realização, representada nas Figuras 1 até 9, de um meio de ligação designado como um todo por 100 é explicada com base no exemplo de uma ligação de um primeiro componente 102 no essencial em forma de placa a um segundo componente 104, igualmente no essencial, em forma de placa (ver as Figuras 1 até 4).

Os dois componentes 102 e 104 são, por exemplo, constituídos por madeira ou contraplacado, podendo no entanto também ser constituídos por outros materiais facultativos, por exemplo, por um material metálico ou um material plástico (por exemplo plexiglass). Além disso pode estar previsto que o primeiro componente 102 e o segundo componente 104 sejam constituídos por materiais diferentes uns dos outros.

No estado ligado dos dois componentes 102 e 104, representado na Figura 7, uma superfície 106 de contacto que forma um lado estreito do primeiro componente 102 encosta-se a uma superfície 108 de contacto do segundo componente 104, que forma uma superfície principal do segundo componente 104 em forma de placa. 27

Em cada uma das superfícies 106, 108 de contacto desemboca respectivamente uma ranhura 110 formada no respectivo componente 102 e 104, que compreende uma secção 112 base em forma de um segmento de um cilindro circular ou de uma secção de um cilindro circular e duas secções 114 de rebaixo que se prolongam a partir da secção 112 base segundo uma direcção 116 da espessura. 0 raio de curvatura da secção 112 base é superior à profundidade T da ranhura (ver a Figura 4), de modo que a superfície 118 de base abaulada da ranhura intersecta a respectiva superfície 106, 108 de contacto segundo um ângulo agudo. A secção 112 base da ranhura 110 apresenta, segundo a direcção 116 da espessura, uma largura B de, por exemplo, aproximadamente 8 mm.

No seu lado afastado da respectiva superfície 106 e 108 de contacto, cada uma das secções 114 de rebaixo da ranhura 110 é delimitada por uma superfície 120 de base nivelada com a superfície 118 de base da ranhura, que é configurada em forma de uma secção da superfície lateral de um cilindro circular e apresenta o mesmo raio de curvatura que a superfície 118 de base da secção 112 base da ranhura.

Na direcção da superfície 106 e 108 de contacto, cada secção 114 de rebaixo é delimitada por uma superfície 122 de rebaixo igualmente em forma de uma secção da superfície lateral de um cilindro circular, que é configurada concentricamente em relação à superfície 120 de base e apresenta um raio de curvatura menor. 28

Lateralmente, cada uma das secções 114 de rebaixo é delimitada por uma superfície 124 de delimitação lateral que se prolonga perpendicularmente em relação à respectiva superfície 106 e 108 de contacto. A largura b, isto é, a extensão segundo a direcção 116 da espessura, perfaz, por exemplo, aproximadamente 1 mm para cada uma das secções 114 de rebaixo. A altura h, isto é, a distância entre a superfície 120 de base e a superfície 122 de rebaixo, perfaz, por exemplo, aproximadamente 2 mm para cada uma das secções 114 de rebaixo. A secção 112 base de cada ranhura 110 é delimitada por paredes 126 de delimitação laterais que se prolongam, no essencial, perpendicularmente em relação à respectiva superfície 106 e 108 de contacto e que apresentam entre si a distância da largura B da ranhura.

Tal como se pode deduzir, por exemplo, da Figura 3, na ranhura 110 do primeiro componente 102 desemboca um furo 128 de acesso, no essencial cilíndrico, que se prolonga perpendicularmente em relação a uma das paredes 126 de delimitação laterais e cuja outra extremidade desemboca numa superfície 129 principal do primeiro componente 102 em forma de placa e possibilita assim um acesso à secção 112 base da ranhura 110 a partir do espaço exterior do primeiro componente 102.

De modo a formar as ranhuras 110 anteriormente descritas nos componentes 102 e 104, pode ,por exemplo, ser utilizado o 29 dispositivo 130 de fresagem de ranhuras representado esquematicamente nas Figuras 10 e 11.

Este dispositivo 130 de fresagem de ranhuras compreende uma caixa 132 electricamente isolada com uma superfície 134 de encosto inferior, no essencial plana, e uma superfície 136 de encosto dianteira, no essencial plana, orientada de forma rectangular em relação a essa. A superfície 136 de encosto dianteira apresenta uma fenda 138 de passagem, através da qual pode passar uma secção de um disco 140 de fresar que está fixado de forma rotativa em torno de um eixo 142 de rotação vertical no espaço interior da caixa 132 e pode ser accionado, de modo a executar um movimento de rotação em torno do eixo 142 de rotação, mediante um motor 144 eléctrico de accionamento. O disco 140 de fresar apresenta, no seu perímetro, dentes 146 de fresagem que se salientam segundo a direcção radial, para fresar a secção 112 base de uma ranhura 110 e dentes 148 de ranhura anelar que se salientam segundo a direcção axial e que servem para fresar as secções 114 de rebaixo. O motor 144 de accionamento e o disco 140 de fresar a este fixado podem ser elevados ou rebaixados automaticamente ao longo da direcção 151 axial do disco 140 de fresar mediante um dispositivo 150 de elevação. O dispositivo 150 de elevação e o motor 144 de accionamento encontram-se alojados numa unidade 152 de accionamento do dispositivo 130 de fresagem de ranhuras que, mediante uma pega 154 disposta na mesma, pode ser deslocada relativamente à caixa 132 ao longo de uma direcção 156 de deslocação que se prolonga radialmente em relação ao eixo 142 de 30 rotaçao do disco 140 de fresar e perpendicularmente em relaçao à superfície 136 de encosto dianteira. O dispositivo 150 de elevação para o movimento axial do disco 140 de fresar pode ser concebido como motor eléctrico normal com engrenagem ou como motor passo a passo. A energia necessária para o movimento de elevação pode ser produzida mediante uma fonte de alimentação ou um gerador que está acoplado ao fuso de accionamento principal do dispositivo 130 de fresagem de ranhuras. O gerador pode ser concebido, em particular, como uma embraiagem por correntes parasitas eletricamente controlável, sendo que um binário facultativamente regulável pode ser transmitido para um mecanismo de elevação que transforma este binário mecanicamente, sem utilização de um motor adicional, num movimento de elevação do disco 140 de fresar, por exemplo mediante um comando por corrediça ou com o auxílio de uma placa oscilante regulável. O curso, pelo qual o disco 140 de fresar é elevado ou rebaixado ao longo da direcção 151 axial aquando do accionamento do dispositivo 150 de elevação, pode ser regulado manualmente mediante um interruptor selector ou mediante um comando CNC. O modo de funcionamento do dispositivo 130 de fresagem de ranhuras anteriormente descrito é o seguinte: O dispositivo 130 de fresagem de ranhuras é encostado, com a superfície 136 de encosto dianteira, à superfície 106 de 31 contacto do componente (por exemplo do primeiro componente 102), no qual deve ser formada a ranhura 110.

Em seguida, o disco 140 de fresar é colocado em rotação e, mediante a pega 154, deslocado para fora da caixa 132, na direcção do componente 102 a ser processado, de modo que o disco 140 de fresar fresa no componente 102 uma secção 112 base em forma de uma secção de um cilindro circular com o aumento da profundidade da ranhura (ver a Figura 12).

Quando tenha sido atingida a profundidade T pretendida da ranhura, uma operação de elevação do disco 140 de fresar é activada mediante o dispositivo 150 de elevação, depois da qual o disco 140 de fresar é movido para cima, ao longo da direcção 151 axial, pela largura b pretendida da secção 114 de rebaixo e fresa neste caso a secção 114 de rebaixo superior da ranhura 110 mediante os dentes 148 de ranhura anelar (ver a Figura 13) .

Em seguida, o disco 140 de fresar é movido na direcção contrária, para baixo, de volta à posição inicial e para além desta, mais para baixo pela largura b pretendida da secção 114 de rebaixo, sendo que os dentes 148 de ranhura anelar do disco 140 de fresar fresam agora a secção 114 de rebaixo inferior (ver a Figura 14).

Quando também tenha sido fresada a secção 114 de rebaixo inferior, o disco 140 de fresar é movido para cima de volta à sua posição inicial, ao longo da direcção 151 axial, e é movido para fora da ranhura 110 concluída, retirando-se a pega 154 ao longo da direcção 156 de deslocação (ver a Figura 15). 32 A activação da operação de elevação pode, por exemplo, ser efectuada mediante um interruptor a accionar manualmente, no dispositivo 130 de fresagem de ranhuras.

Em alternativa a este respeito pode também estar previsto que o dispositivo 130 de fresagem de ranhuras compreenda um calibre de profundidade que activa automaticamente a operação de elevação do dispositivo 150 de elevação quando é atingida a profundidade T pretendida da ranhura, isto é, quando o disco 140 de fresar se moveu para fora da caixa 132 por um percurso previamente definido.

Logo que a operação de elevação tenha sido uma vez activada, a subsequente sequência temporal da operação de elevação, isto é, o movimento do disco 140 de fresar para cima pelo percurso b, o subsequente movimento do disco 140 de fresar para baixo pelo percurso 2b e o movimento final do disco 140 de fresar para cima, para a posição inicial, pelo percurso b, ocorre automaticamente através de um correspondente controlo do dispositivo de elevação mediante um dispositivo de controlo (não representado) do dispositivo 130 de fresagem de ranhuras.

Deste modo, a ranhura 110 com as secções 114 de rebaixo pode ser produzida de uma forma fácil numa única etapa de trabalho.

Para a produção das ranhuras 110 nos componentes 102 e 104, em alternativa ao dispositivo 130 de fresagem de ranhuras representado nas Figuras 10 e 11, pode também ser utilizado o dispositivo 158 de fresagem de ranhuras representado na Figura 16. 33

Este dispositivo 158 de fresagem de ranhuras compreende uma unidade eléctrica de accionamento numa caixa 160 isolada e uma cabeça 162 de máquina a esta fixada com uma fresa 164 para ranhuras em T que pode rodar em torno de um eixo 166 de rotação. A fresa 164 para ranhuras em T compreende uma parte 168 de haste com um diâmetro que corresponde ao diâmetro B da secção 112 base da ranhura 110 a fresar, e uma parte 170 de cabeça, cujo diâmetro corresponde à soma B + 2b das larguras da secção 112 base e das secções 114 de rebaixo. O dispositivo 158 de fresagem de ranhuras compreende além disso um dispositivo 172 de guia para o guiamento do dispositivo 158 de fresagem de ranhuras numa ranhura 174 de guia previamente fresada (ver as Figuras 17 e 18).

Este dispositivo 174 de guia compreende um elemento 174 de guia dianteiro em forma de um disco de quadrante de um círculo, que se encontra disposto durante a operação de fresagem à frente da fresa 164 para ranhuras em T segundo a direcção de movimento do dispositivo 158 de fresagem de ranhuras e cuja espessura tem no essencial o mesmo valor que a largura B' da ranhura 174 de guia previamente fresada.

Além disso, o dispositivo 172 de guia compreende um elemento 178 de guia posterior no essencial em forma de um disco de quadrante de um círculo, que se encontra disposto durante a operação de fresagem atrás da fresa 164 para ranhuras em T segundo a direcção de movimento do dispositivo 158 de fresagem de ranhuras e cuja espessura tem no essencial o mesmo valor que a largura B da secção 112 base da ranhura 110 a fresar. 34

Além disso, o elemento 178 de guia posterior está provido de dois dentes 180 de guia que se encontram dispostos directamente atrás da parte 170 de cabeça da fresa 164 para ranhuras em T e se prolongam para cima e para baixo segundo a direcção da espessura do elemento 178 de guia posterior, respectivamente pela largura b pretendida das secções 114 de rebaixo da ranhura 110 a fresar.

Com o dispositivo 158 de fresagem de ranhuras anteriormente descrito, a ranhura 110 é produzida na superfície 106 de contacto, por exemplo, do primeiro componente 102 como o que se segue:

Em primeiro lugar, mediante um dispositivo de fresagem de ranhuras em princípio conhecido e por este motivo não descrito mais ao pormenor aqui, é produzida uma ranhura 174 de guia em forma de uma secção de um cilindro circular, cuja profundidade T da ranhura corresponde à profundidade da ranhura 110 a produzir e cuja largura B' é inferior à largura B da secção 112 base da ranhura 110 a produzir (ver as Figuras 17 e 18).

Em particular, a largura B' da ranhura 174 de guia pode, por exemplo, perfazer aproximadamente 4 mm.

Em seguida, a ranhura 174 de guia é alargada formando a ranhura 110 pretendida com as secções 114 de rebaixo, mediante o dispositivo 158 de fresagem de ranhuras.

Para este efeito, o elemento 176 de guia dianteiro do dispositivo 172 de guia é inserido na ranhura 174 de guia até a uma profundidade tal que a superfície 182 lateral em forma de uma secção da superfície lateral de um cilindro circular, do 35 elemento 176 de guia dianteiro, que apresenta o mesmo raio de curvatura que a ranhura 174 de guia, se encoste de forma plana à superfície de base da ranhura 174 de guia e a fresa 164 para ranhuras em T se encontre ainda à frente da superfície 106 de contacto.

Em seguida, o dispositivo 158 de fresagem de ranhuras é oscilado de tal modo que a superfície 182 lateral do elemento 176 de guia dianteiro desliza ao longo da superfície de base curvada em forma de arco da ranhura 174 de guia e, por este meio, a fresa 164 para ranhuras em T se insere no primeiro componente 102 e fresa tanto a secção 112 base alargada da ranhura 110, como também as suas secções 114 de rebaixo (ver as Figuras 19 e 20) .

Os dentes 180 de guia dispostos no elemento 178 de guia posterior deslocam-se neste caso nas secções 114 de rebaixo da ranhura 110, produzidas pela fresa 164 para ranhuras em T, e proporcionam por este meio um guiamento adicional do dispositivo 158 de fresagem de ranhuras. O dispositivo 158 de fresagem de ranhuras continua a ser oscilado ao longo da ranhura 174 de guia até que a fresa 164 para ranhuras em T saia do componente 102, na extremidade da ranhura 174 de guia, oposta ao ponto inicial e também os dentes 180 de guia já não se encontrem mais encaixados nas secções 114 de rebaixo da ranhura 110 produzida. 0 dispositivo 158 de fresagem de ranhuras pode agora ser removido do componente 102 e a ranhura 110 com as secções 114 de rebaixo está concluída (ver as Figuras 21 e 22). 36

Após a produção das ranhuras 110 no primeiro componente 102 e no segundo componente 104, é ainda produzido, no primeiro componente 102, o furo 128 de acesso que liga uma superfície 129 principal à secção 112 base da ranhura 110. O meio 100 de ligação que liga entre si os dois componentes 102 e 104 compreende um primeiro elemento 184 de ligação para a inserção na ranhura do primeiro componente 102 e um segundo elemento 186 de ligação para a inserção na ranhura 110 do segundo componente 104, tal como se encontram representados nas Figuras 5 até 7. O primeiro elemento 184 de ligação compreende uma caixa 188 no essencial em forma de uma secção de um cilindro circular, com uma superfície 190 de encosto curvada em forma de arco que é em forma de arco de círculo num corte longitudinal tomado segundo a direcção 192 longitudinal do elemento 184 de ligação, e uma superfície 194 de encosto plana oposta à superfície 190 de encosto curvada, bem como duas superfícies 198 laterais que se prolongam, no essencial, paralelamente em relação a uma direcção 196 de ligaçao. A partir do bordo inferior das superfícies 198 laterais salienta-se respectivamente um ressalto 200 de fixação curvado em forma de arco, segundo uma direcção 202 da espessura perpendicular em relação à direcção 192 longitudinal e à direcção 196 de ligação.

Cada ressalto 200 de fixação é delimitado, na direcção da superfície 194 de encosto, por uma superfície 204 de apoio curvada em forma de arco que é em forma de arco de círculo num corte longitudinal tomado ao longo da direcção 192 longitudinal. 37

No lado afastado da superfície 194 de encosto, cada ressalto 200 de fixação é delimitado por uma superfície de encosto igualmente curvada em forma de arco que é em forma de arco de círculo num corte longitudinal tomado ao longo da direcção 192 longitudinal e se liga de forma nivelada à superfície 190 de encosto da caixa 188. A superfície 204 de apoio e a superfície 206 de encosto de cada ressalto 200 de fixação estão ligadas entre si através de uma superfície 208 lateral que se prolonga, no essencial, paralelamente em relação à direcção 192 longitudinal e paralelamente em relação à direcção 196 de ligação. O perfil de cada ressalto 200 de fixação corresponde, no essencial, ao perfil da respectiva secção 114 de rebaixo associada da ranhura 110, e a curvatura do ressalto 200 de fixação corresponde à curvatura da secção 114 de rebaixo associada, de modo que o primeiro elemento 184 de ligação pode ser inserido, com os seus ressaltos 200 de fixação, nas secções 114 de rebaixo da ranhura 110 e pode ser deslocado de forma deslizante nas mesmas. O primeiro elemento 184 de ligação compreende além disso uma câmara 210 de alojamento envolvida pela caixa 188, para o alojamento de um elemento 212 de fixação que pode sair da câmara 210 de alojamento através de uma abertura 214 de desembocadura, na qual a câmara 210 de alojamento desemboca na superfície 194 de encosto do primeiro elemento 184 de ligação. 38

No seu lado afastado da superfície 194 de encosto, a câmara 210 de alojamento pode prolongar-se até para dentro da superfície 190 de encosto curvada. O elemento 212 de fixação compreende um corpo 216 de base em forma de placa que, numa extremidade, está provido de saliências 218 anelares que envolvem uma abertura 220 de encaixe com uma secção transversal poligonal, que está alinhada com uma abertura 222 de passagem, no essencial circular, numa das superfícies 198 laterais da caixa 188.

As saliências 218 anelares apoiam-se em suportes dispostos na câmara 210 de alojamento, de modo que o elemento 212 de fixação está fixado à caixa 188 de forma rotativa em torno do eixo 224 central da abertura 220 de encaixe. A extremidade livre do elemento 212 de fixação, afastada das saliências 218 anelares, está provida de ressaltos 226 em forma de arco que, segundo a direcção 202 da espessura, se projectam a partir do corpo 216 de base em ambos os lados do mesmo.

Além disso, o primeiro elemento 184 de ligação compreende, em ambos os lados da abertura 214 de desembocadura da câmara 210 de alojamento, respectivamente um ressalto 228 de encaixe sob a forma de uma cavilha 230 no essencial em forma de paralelepípedo que se prolonga, a partir da superfície 194 de encosto, ao longo da direcção 196 de ligação e se estreita na direcção da sua extremidade afastada da superfície 194 de encosto, de modo a facilitar a introdução em respectivamente uma reentrância 232 de encaixe complementar à cavilha 230, do segundo elemento 186 de ligação. 39

Neste caso, os ressaltos 228 de encaixe do primeiro elemento 184 de ligação cabem segundo a direcção 202 da espessura de uma forma muito exacta nas reentrâncias 232 de encaixe do segundo elemento 186 de ligação, de modo que os ressaltos 228 de encaixe podem absorver, segundo a direcção 202 da espessura, as forças de cisalhamento da ligação entre os componentes 102 e 104 e se pode prescindir de cavilhas adicionais, tal como é necessário no caso da maioria dos outros meios de ligação.

Pelo contrário, as reentrâncias 232 de encaixe apresentam, segundo a direcção 192 longitudinal, uma extensão superior à dos ressaltos 228 de encaixe, de modo que o primeiro elemento 184 de ligação e o segundo elemento 186 de ligação podem ser deslocados um em relação ao outro segundo a direcção 192 longitudinal, de modo a possibilitar desta forma uma compensação de tolerâncias da ligação entre os componentes 102 e 104. O segundo elemento 186 de ligação compreende igualmente uma caixa 234 no essencial em forma de uma secção de um cilindro circular, com uma superfície 190 de encosto curvada em forma de arco que é em forma de arco de círculo num corte longitudinal tomado ao longo da direcção 192 longitudinal do elemento 186 de ligação, uma superfície 194 de encosto plana oposta à superfície 190 de encosto curvada, superfícies 198 laterais e ressaltos 200 de fixação salientes a partir das superfícies 198 laterais segundo a direcção 202 da espessura, com uma superfície 204 de apoio curvada orientada para a superfície 194 de encosto, uma superfície 206 de encosto curvada nivelada com a superfície 190 de encosto e uma superfície 208 lateral. 40

Tal como se pode deduzir melhor da Figura 6, a caixa 234 do segundo elemento 186 de ligação apresenta além disso, para além das reentrâncias 232 de encaixe para os ressaltos 228 de encaixe do primeiro elemento 184 de ligação, uma câmara 236 de entrada disposta centralmente entre as reentrâncias 233 de encaixe, que, numa abertura 238 de desembocadura, desemboca na superfície 194 de encosto e, no lado oposto, se pode prolongar até à superfície 190 de encosto. A partir de ambos os lados da abertura 238 de desembocadura, respectivamente um ressalto 240 de retenção em forma de uma secção de um cilindro circular, com uma superfície 242 de retenção curvada em forma de arco salienta-se segundo a direcção 202 da espessura para o interior da câmara 236 de entrada, de modo que entre os dois ressaltos 240 de retenção permanece uma fenda, cuja largura é insignificativamente superior à largura do corpo 216 de base do elemento 212 de fixação do primeiro elemento 184 de ligação.

Para a produção da ligação amovível entre o primeiro componente 102 e o segundo componente 104 mediante o meio 100 de ligação constituído pelo primeiro elemento 184 de ligação e pelo segundo elemento 186 de ligação procede-se como o que se segue:

Em primeiro lugar, tal como se encontra representado na Figura 23, o primeiro elemento 184 de ligação é de tal modo introduzido na ranhura 110 do primeiro componente 102 que os ressaltos 200 de fixação do primeiro elemento 184 de ligação encaixam nas secções 114 de rebaixo da ranhura 110 e as aberturas 222 de passagem na superfície 198 lateral da caixa 188 se encontram alinhadas com o furo 128 de acesso no primeiro componente 102 (ver a Figura 24). 41

De igual modo, o segundo elemento 186 de ligação é de tal modo introduzido na ranhura 110 do segundo componente 104 que os seus ressaltos 200 de fixação encaixam nas secções 114 de rebaixo da ranhura 110 e a caixa 234 do segundo elemento 186 de ligação se encontra alojada, no essencial, completamente na ranhura 110 (ver a Figura 24). O elemento 212 de fixação do primeiro elemento 184 de ligação encontra-se oscilado, em primeiro lugar, completamente para dentro da câmara 210 de alojamento do primeiro elemento 184 de ligação (ver a Figura 24).

Nesta posição de desbloqueio do elemento 212 de fixação, os dois componentes 102 e 104 podem ser movidos um em relação ao outro, até que as suas superfícies 106 e 108 de contacto, bem como as superfícies 194 de encosto dos elementos 184 e 186 de ligação se encostem de forma plana uma à outra e os ressaltos 228 de encaixe do primeiro elemento 184 de ligação encaixem nas reentrâncias 232 de encaixe do segundo elemento 186 de ligação (ver a Figura 25).

Agora, a extremidade de accionamento de uma chave 244 poligonal angulada é introduzida na abertura 220 de encaixe do elemento 212 de fixação através do furo 128 de acesso no primeiro componente 102 e da abertura 22 de passagem na caixa 188 e encaixada na primeira (ver a Figura 25).

Em seguida, o elemento 212 de fixação é oscilado para fora da câmara 210 de alojamento do primeiro elemento 184 de ligação mediante a chave 244 poligonal, de modo que os ressaltos 226 em forma de arco do elemento 212 de fixação chegam, através da 42 abertura 238 de desembocadura, à câmara 236 de entrada do segundo elemento 186 de ligação e engatam neste caso por detrás dos ressaltos 240 de retenção. A curvatura dos ressaltos 226 em forma de arco do elemento 212 de fixação, por um lado, e a curvatura das superfícies 242 de retenção dos ressaltos 240 de retenção estão neste caso de tal modo ajustadas uma à outra que, aquando da oscilação do elemento 212 de fixação para dentro da câmara 236 de entrada, os dois elementos 184 e 186 de ligação são progressivamente puxados na direcção um do outro ao longo da direcção 196 de ligação, resultando uma superfície de contacto o maior possível entre as superfícies 242 de retenção e os ressaltos 226 em forma de arco do elemento 212 de fixação.

Por este meio evitam-se picos de tensão de compressão nas superfícies de contacto entre os ressaltos 240 de retenção e os ressaltos 226 em forma de arco do elemento 212 de fixação, e a resistência do material, a partir do qual são fabricados o elemento 212 de fixação e a caixa 234 do segundo elemento 186 de ligação, é aproveitada de uma forma o mais uniforme possível.

Por este motivo, o elemento 212 de fixação e as caixas 188 e 234 dos elementos 184 e 186 de ligação, respectivamente, podem ser fabricados, em particular, a partir de um plástico de injecção.

No caso de uma carga sobre a ligação entre os elementos 184 e 186 de ligação ao longo da direcção 196 de ligação, o elemento 212 de fixação sofre, no essencial, apenas forças de tracção e de compressão, mas apenas sofre momentos de flexão reduzidos e negligenciáveis. 43 A câmara 210 de alojamento do primeiro elemento 184 de ligação , a câmara 236 de entrada do segundo elemento 186 de ligação e os contornos exteriores dos elementos 184 e 186 de ligaçao estão moldados de tal modo que podem ser fabricados numa só peça. 0 elemento 212 de fixação pode ser introduzido na câmara 210 de alojamento através da abertura de desembocadura da câmara 210 de alojamento na superfície 190 de encosto do primeiro elemento 184 de ligação, de modo que a caixa 188 do primeiro elemento 184 de ligação não tem que ser separável.

Por este motivo, pode prescindir-se de uma estrutura em duas metades da caixa 188 do primeiro elemento 184 de ligação, o que aumenta a resistência do primeiro elemento 184 de ligação.

Devido ao facto de as superfícies 190 de encosto curvadas dos elementos 184 e 186 de ligação apresentarem o mesmo raio de curvatura que as superfícies 118 de base das ranhuras 110, às quais as superfícies 190 de encosto se podem encostar de forma plana e deslizar, e devido ao facto de os ressaltos 200 de fixação em forma de arco de círculo dos elementos 184 e 186 de ligação poderem ser deslocados tangencialmente, com pouco esforço, nas respectivas secções 114 de rebaixo associadas das ranhuras 110 e, por este motivo, os elementos 184 e 186 de ligação possuírem ainda um grau de liberdade de movimento aquando da produção da ligação, são ainda possíveis correcções em relação às posições recíprocas dos elementos 184 e 186 de ligação aquando da ligação dos componentes 102 e 104. 44

Este facto reduz nitidamente os requisitos à precisão em relação à posição das ranhuras 110 nos componentes 102 e 104 e conduz a uma considerável facilidade para o utilizador.

Quando o elemento 212 de fixação tenha sido colocado a partir da posição de desbloqueio representada na Figura 25 para a posição de fixação representada na Figura 26, então, através das forças de tracção que actuam sobre os elementos 184 e 186 de ligação segundo a direcção 196 de ligação, é produzida uma força de aderência, de tal modo grande, entre as superfícies 204 de apoio dos ressaltos 200 de fixação, por um lado, e as superfícies 122 de rebaixo das secções 114 de rebaixo, que se encontram em contacto com essas, por outro lado, que é eliminado o grau de liberdade de movimento residual anteriormente descrito e é produzida uma ligação totalmente fixa entre os componentes 102 e 104.

Por conseguinte, através do apoio dos ressaltos 200 de fixação nas superfícies 122 de rebaixo das secções 114 de rebaixo das ranhuras 110 nos componentes 102 e 104, os elementos 184 e 186 de ligaçao encontram-se ancorados de forma segura no respectivo componente 102 e 104 associado.

Na posição de fixação representada nas Figuras 7 e 26, o elemento 212 de fixação impede, em interacção com os ressaltos 240 de retenção, um movimento relativo do primeiro elemento 184 de ligação e do segundo elemento 186 de ligação ao longo da direcção 196 de ligação.

De modo a separar o primeiro componente 102 e o segundo componente 104 novamente um do outro, é somente necessário encaixar novamente uma chave 244 poligonal na abertura 220 de 45 encaixe do elemento 212 de fixação através do furo 128 de acesso no primeiro componente 102 e mover o elemento 212 de fixação através da oscilação na direcção contrária, a partir da posição de fixação para a posição de desbloqueio representada na Figura 25, na qual os ressaltos 226 em forma de arco do elemento 212 de fixação já não engatam mais por detrás dos ressaltos 240 de retenção do segundo elemento 186 de ligação, de modo que os elementos 184 e 186 de ligação podem ser afastados sem dificuldades um do outro ao longo da direcção 196 de ligação.

Tal como se pode deduzir das Figuras 27 até 31, os perfis dos ressaltos 200 de fixação não têm, de modo algum, que ser sempre configurados de uma forma exactamente rectangular, tal como se encontra representado na Figura 28.

Antes pelo contrário pode também estar previsto que os ressaltos 200 de fixação apresentem um perfil trapezoidal que se estreita com o aumento da distância em relação às superfícies 198 laterais da respectiva caixa 188 e 234, tal como se encontra representado na Figura 29.

Em alternativa a este respeito pode também estar previsto que o perfil dos ressaltos 200 de fixação se estreite com a redução da distância em relação à respectiva superfície 198 lateral associada, tal como se encontra representado na Figura 30.

Além disso pode estar previsto que o perfil dos ressaltos 200 de fixação apresente um contorno exterior curvado, pelo menos por secções, por exemplo, um contorno exterior em 46 forma de um semicírculo, tal como se encontra representado na Figura 31.

Uma segunda forma de realização representada nas Figuras 32 até 34, de um meio 100 de ligação difere da primeira forma de realização anteriormente descrita por o elemento 212 de fixação na segunda forma de realização ser configurado como um elemento 246 roscado com uma rosca 248 exterior que, para a ligação dos dois componentes 102, 104, é enroscado numa rosca 250 interior de um elemento 252 de retenção do segundo elemento 186 de ligação.

Tal como se pode deduzir melhor da Figura 33, o elemento 246 roscado do primeiro elemento 184 de ligação compreende, para além da rosca 248 exterior, uma parte 254 de cabeça cilíndrica com um encaixe 256 central para uma secção de accionamento de um elemento de accionamento (não representado), por exemplo, de uma chave poligonal ou de uma chave de fendas, sendo que o encaixe 256 apresenta uma secção transversal poligonal complementar à secção transversal da secção de accionamento.

Entre a parte 254 de cabeça e a rosca 248 exterior do elemento 246 roscado encontra-se disposta uma parte 258 de haste cilíndrica que apresenta um diâmetro inferior ao da parte 254 de cabeça. A parte 254 de cabeça e a parte 258 de haste encontram-se dispostas numa câmara 260 de alojamento escalonada da caixa 188 do primeiro elemento 184 de ligação, que apresenta uma secção 262 de câmara inferior com um diâmetro maior e uma secção 264 de câmara superior com um diâmetro menor, sendo que 47 as duas secções 262, 264 de câmara transitam uma na outra num ombro 266, no qual se apoia a parte 254 de cabeça do elemento 246 roscado. A secção 264 de câmara superior prolonga-se para cima, ao longo da direcção 196 de ligação e desemboca na superfície 194 de encosto do primeiro elemento 184 de ligação. 0 elemento 246 roscado que serve como elemento 212 de fixação encontra-se por conseguinte disposto no primeiro elemento 184 de ligação de forma rotativa em torno de um eixo 268 de rotação orientado paralelamente em relação à direcção 196 de ligação. 0 elemento 252 de retenção do segundo elemento 186 de ligação apresenta um contorno exterior em forma de paralelepípedo e está fixado de forma deslocável ao longo da direcção 192 longitudinal e de forma não rotativa numa câmara 270 de alojamento igualmente em forma de paralelepípedo na caixa 234 do segundo elemento 186 de ligação. A câmara 270 de alojamento é atravessada por um canal 272 de acesso que se prolonga ao longo da direcção 196 de ligação, a partir da superfície 194 de encosto do segundo elemento 186 de ligação, através da câmara 270 de alojamento, até à superfície 190 de encosto curvada do segundo elemento 186 de ligação e apresenta uma secção transversal alongada, em particular oval.

Para a ligação do primeiro componente 102 e do segundo componente 104, o primeiro elemento 184 de ligação e o segundo elemento 186 de ligação da segunda forma de realização do 48 meio 100 de ligaçao são inseridos nas respectivas ranhuras 110 do primeiro componente 102 e do segundo componente 104.

Depois, o segundo componente 104 com o segundo elemento 186 de ligação é de tal modo colocado sobre o primeiro componente 102 com o primeiro elemento 184 de ligação gue a rosca 248 exterior do elemento 246 roscado se prolonga através do canal 272 de acesso do segundo elemento 186 de ligação até à câmara 270 de alojamento e enrosca na rosca 250 interior do elemento 252 de retenção.

Em seguida, mediante o elemento de accionamento (não representado) (por exemplo uma chave de fendas) gue, passando através de um furo de acesso no primeiro componente 102, encaixa no encaixe 256 da parte 254 de cabeça do elemento 246 roscado, o elemento 246 roscado é colocado em rotação em torno do eixo 268 de rotação, de modo gue a rosca 248 exterior do elemento 246 roscado é aparafusada na rosca 250 interior do elemento 252 de retenção e, por este meio, o segundo elemento 186 de ligação é puxado na direcção do primeiro elemento 184 de ligação, até gue seja obtido o estado representado na Figura 34, no gual os dois elementos 184, 186 de ligação se encostam de forma plana um ao outro, com as suas superfícies 194 de encosto, e a rosca 248 exterior se prolonga para além da câmara 270 de alojamento, até à secção do canal 272 de acesso gue se situa entre a câmara 270 de alojamento e a superfície 190 de encosto do segundo elemento 186 de ligação.

Nesta forma de realização, para que o elemento de accionamento possa encaixar no encaixe 256 da parte 254 de cabeça do elemento 246 roscado, o furo de acesso no primeiro componente 102 está orientado coaxialmente em relação ao 49 eixo 268 de rotaçao do elemento 246 roscado e, por conseguinte, paralelamente em relação à direcção 196 de ligação.

Nesta forma de realização, a separação dos dois componentes 102 e 104 um do ou outro é efectuada por a rosca 248 exterior ser desaparafusada da rosca 250 interior do elemento 252 de retenção, através da rotação do elemento 246 roscado na direcção contrária, mediante o elemento de accionamento (não representado) , até gue o elemento 246 roscado já não esteja mais enroscado no elemento 252 de retenção e, por conseguinte, o segundo elemento 186 de ligação possa ser removido do primeiro elemento 184 de ligação.

Através da deslocabilidade do elemento 252 de retenção segundo a direcção 192 longitudinal e através da secção transversal alongada do canal 272 de acesso torna-se possível um determinado movimento relativo entre o elemento 246 roscado e a caixa 234 do segundo elemento 186 de ligação aguando da produção da ligação entre o primeiro componente 102 e o segundo componente 104, de modo que as tolerâncias de posição das ranhuras 110 nos componentes 102, 104 podem ser compensadas por este meio. A segunda forma de realização representada nas Figuras 32 até 34, do meio 100 de ligação não apresenta nenhuns ressaltos de encaixe no primeiro elemento 184 de ligação, mas apresenta, de igual modo à primeira forma de realização, ressaltos 200 de fixação nos elementos 184 e 186 de ligação.

De resto, no que diz respeito à estrutura e à função, a segunda forma de realização representada nas Figuras 32 até 34, do meio 100 de ligação está conforme à primeira forma de 50 realização representada nas Figuras 1 até 31, a cuja descrição anterior se refere nesta medida.

Uma terceira forma de realização representada nas Figuras 35 até 39, do meio 100 de ligação difere da primeira forma de realização anteriormente descrita por a caixa 188 do primeiro elemento 184 de ligação apresentar uma saliência 274 em forma de bossa entre os dois ressaltos 228 de encaixe, que, no estado ligado dos componentes 102, 104, encaixa numa cavidade 276 configurada de forma complementar a esta, da caixa 234 do segundo elemento 186 de ligação (ver a Figura 37).

Neste caso existe uma folga segundo a direcção 192 longitudinal entre a saliência 274 e a cavidade 276, de modo que as tolerâncias de posição entre as ranhuras 110 e os componentes 102, 104 podem ser compensadas.

Nesta forma de realização, o elemento 212 de fixação do primeiro elemento 184 de ligação é configurado como um elemento 278 roscado que compreende uma secção 280 de bucha cilíndrica oca com uma rosca 282 interior e uma secção 284 de veio que se prolonga a partir da secção 280 de bucha para baixo, ao longo da direcção 196 de ligação e que apresenta um diâmetro inferior ao da secção 280 de bucha, bem como um elemento 286 de arrastamento que se salienta para baixo segundo a direcção axial a partir do perímetro da secção 280 de bucha (ver em particular a Figura 38).

Tal como se pode deduzir melhor da Figura 36, o elemento 278 roscado encontra-se disposto numa câmara 288 de alojamento escalonada da caixa 188 do primeiro elemento 184 de 51 ligação, que compreende uma secção 290 de câmara inferior com um diâmetro maior e uma secção 292 de câmara superior com um diâmetro menor, que transitam uma na outra num ombro 294. O elemento 278 roscado encontra-se disposto na câmara 288 de alojamento, de forma rotativa em torno de um eixo 296 de rotação orientada paralelamente em relação à direcção 196 de ligação.

De modo a se poder accionar um movimento rotativo do elemento 278 roscado em torno do eixo 296 de rotação, na secção 290 de câmara inferior da câmara 288 de alojamento, está além disso previsto um elemento 298 magnético cilíndrico oco orientado coaxialmente em relação ao elemento 278 roscado, que se encontra parcialmente colocado sobre a secção 284 de veio do elemento 278 roscado e está provido, no seu lado frontal virado para a secção 280 de bucha, de um elemento 300 de arrasto que se projecta segundo a direcção axial (ver em particular a Figura 38). O elemento 298 magnético é constituído por um material para imanes permanentes que está magnetizado, no essencial, perpendicularmente em relação ao seu eixo longitudinal e, deste modo, perpendicularmente em relação ao eixo 296 de rotação (a assim chamada magnetização diametral).

Mediante um campo magnético de accionamento externo variável no tempo, que actua sobre o elemento 298 magnético a partir do exterior do meio 100 de ligação, o elemento 298 magnético diametralmente magnetizado que está montado sobre a secção 284 de veio do elemento 278 roscado, de forma rotativo em torno do eixo 268 de rotação, pode ser accionado, de modo a 52 executar um movimento oscilante de rotação em torno do eixo 296 de rotação, que produz um movimento de rotação dirigido do elemento 278 roscado em torno do eixo 296 de rotação através da acção do elemento 300 de arrasto do elemento 298 magnético sobre o elemento 286 de arrastamento do elemento 278 roscado.

Para este efeito é utilizado um dispositivo 302 de accionamento representado esquematicamente nas Figuras 38 e 39 que compreende uma caixa 304, por exemplo, num material plástico, um motor 306 eléctrico disposto na caixa 304 com um veio 308 de transmissão, e um accionador 310 magnético ligado de forma não rotativa ao veio 308 de transmissão. O accionador 310 magnético é configurado como um iman permanente cilíndrico de alta potência que está magnetizado, no essencial, perpendicularmente em relação ao eixo 312 longitudinal do veio 308 de transmissão (a assim chamada magnetização diametral).

Para a produção de um movimento de rotação do elemento 2 78 roscado procede-se agora como o que se segue: 0 dispositivo 302 de accionamento é colocado numa posição relativamente ao primeiro elemento 184 de ligação, na qual a direcção 312 longitudinal do veio 308 de transmissão do dispositivo 302 de accionamento e o eixo 296 de rotação do elemento 278 roscado estão orientadas paralelamente entre si e a distância entre o accionador 310 magnético e o elemento 298 magnético é o mais reduzida possível, de modo a se obter uma interacção o mais forte possível, dos imanes entre si. A posição do dispositivo 302 de accionamento e do elemento 298 magnético 53 nesta disposição encontram-se representadas esquematicamente nas Figuras 38 e 39.

Quando o motor 306 eléctrico do dispositivo 302 de accionamento é agora accionado de tal modo que o veio 308 de transmissão e, deste modo, o accionador 310 magnético (quando observado ao longo da direcção de observação indicada pela seta 39 na Figura 38) roda, por exemplo, no sentido dos ponteiros do relógio, então o polo (N) norte e o polo (S) sul do accionador 310 magnético rodam no sentido dos ponteiros do relógio devido à magnetização diametral do accionador 310 magnético, tal como se pode ver na representação esquemática da Figura 39. 0 movimento de rotação do accionador 310 magnético produz por conseguinte um campo magnético de accionamento, rotativo e, deste modo, variável no tempo.

Para que este campo magnético de accionamento possa penetrar no espaço interior do primeiro elemento 184 de ligação e interagir com o elemento 298 magnético, a caixa 188 do primeiro elemento 184 de ligação é constituída por um material que não é ferromagnético, por exemplo por um material plástico.

Devido ao facto de os polos de polaridade oposta do elemento 298 magnético e do accionador 310 magnético se atraírem e os polos de mesma polaridade destes elementos se repelirem uns aos outros, o elemento 298 magnético na câmara 288 de alojamento roda, devido à interacção com o accionador 310 magnético, com uma direcção de rotação contrária, isto é, no sentido contrário 54 dos ponteiros do relógio (observado segundo a direcçao de observação da seta 39 na Figura 38).

Através deste movimento de rotação, o elemento 300 de arrasto do elemento 298 magnético encosta-se ao elemento 286 de arrastamento do elemento 278 roscado, de modo gue o elemento 278 roscado é accionado pelo elemento 298 magnético, de modo a executar um movimento de rotação em torno do eixo 296 de rotação com a mesma direcção de rotação que o elemento 298 magnético. O elemento 298 magnético e o elemento 278 roscado arrastado por este acompanham o movimento de rotação do accionador 310 magnético até que a resistência que actua sobre o elemento 278 roscado (e que actua, por exemplo, porque a rosca 282 interior do elemento 278 roscado é aparafusada sobre uma rosca 314 exterior complementar de um elemento 316 de retenção previsto no segundo elemento 186 de ligação) se torna de tal modo grande que o binário que é transmitido pelo campo magnético rotativo produzido pelo accionador 310 magnético já não é mais suficiente para continuar a rodar o elemento 278 roscado. Quando é atingido um tal ponto de bloqueio, o elemento 278 roscado e o elemento 298 magnético ficam parados na posição atingida, enquanto que o accionador 310 magnético continua a rodar.

Quando o accionador 310 magnético tenha continuado a rodar por aproximadamente 180°, de modo a que os polos de mesma polaridade do accionador 310 magnético e do elemento 298 magnético se encontrem agora directamente um em frente do outro, o elemento 298 magnético começa novamente a mover-se, numa operação de basculamento e, com efeito, numa direcção de rotação com o mesmo sentido que o da direcção de rotação do 55 accionador 310 magnético, até que os polos de polaridade oposta do accionador 310 magnético e do elemento 298 magnético se encontrem de novo directamente um em frente do outro.

Quando é atingido este estado, a direcção de rotação do elemento 298 magnético muda outra vez e o elemento 298 magnético roda novamente no sentido contrário ao do accionador 310 magnético, tal como na fase anterior à ocorrência do bloqueio do elemento 278 roscado. 0 elemento 298 magnético é agora acelerado pelo campo magnético rotativo do accionador 310 magnético, ao longo de aproximadamente uma meia rotação, até que o elemento 300 de arrasto embata novamente no elemento 286 de arrastamento do elemento 278 roscado e o impulso do elemento 298 magnético seja transmitido repentinamente para o elemento 286 de arrastamento e, deste modo, para o elemento 278 roscado. Através desta grande transmissão do impulso, o elemento 278 roscado pode sair da sua posição de bloqueio e continuar a rodar por um determinado ângulo para uma posição, na qual ocorre um novo bloqueio do elemento 278 roscado. Nesta nova posição de bloqueio, o elemento 298 magnético fica também novamente parado, sem conseguir acompanhar o accionador 310 magnético, até que os polos de mesma polaridade do elemento 298 magnético e do accionador 310 magnético se encontrem de novo directamente um em frente do outro e uma nova operação de basculamento do elemento 298 magnético possibilite uma regeneração do impulso.

Deste modo periodicamente repetido, o elemento 278 roscado continua a ser rodado de posição de bloqueio para posição de bloqueio. O repetido impulso e embate do elemento 300 de arrasto contra o elemento 286 de arrastamento produz um efeito de 56 martelo de percussão que acelera fortemente o movimento de rotação do elemento 278 roscado em torno do eixo 296 de rotação contra uma resistência.

Outras particularidades em relação ao accionamento de um movimento de rotação do elemento 278 roscado mediante um accionador 310 magnético externo podem ser depreendidas do documento DE 19807663 Al, para o qual se remete a este respeito e que por este meio se torna parte integrante da presente descrição.

Através do movimento de rotação assim produzido, do elemento 278 roscado, a rosca 282 interior do elemento 278 roscado pode ser aparafusada na rosca 314 exterior do elemento 316 de retenção previsto no segundo elemento 186 de ligação ou (aquando da inversão da direcção de rotação do accionador 310 magnético) ser separada da rosca 314 exterior.

Nesta forma de realização, o elemento 316 de retenção compreende uma cabeça 318 quadrada que se encontra guiada com uma determinada folga numa câmara 320 de alojamento em forma de paralelepípedo no interior da caixa 234 do segundo elemento 186 de ligação e, por conseguinte, está protegida contra uma rotação em torno da direcção 196 de ligação. A rosca 314 exterior do elemento 316 de retenção prolonga-se a partir do lado inferior da cabeça 318 quadrada, através de um canal 322 de acesso que se prolonga paralelamente em relação à direcção 196 de ligação, para dentro da cavidade 276 do segundo elemento 186 de ligação, de modo que esta rosca 314 exterior se encontra em frente da rosca 282 interior do 57 elemento 278 roscado no primeiro elemento 184 de ligação (ver as Figuras 35 e 36).

Tal como se pode deduzir da Figura 37, na câmara 320 de alojamento está além disso prevista uma mola 324 helicoidal de compressão que pré-tensiona o elemento 316 de retenção ao longo da direcção 196 de ligação, na direcção do primeiro elemento 184 de ligação.

Para a produção da ligação entre o primeiro componente 102 e o segundo componente 104 mediante a terceira forma de realização do meio 100 de ligação procede-se como o que se segue:

Após a inserção do primeiro elemento 184 de ligação e do segundo elemento 186 de ligação nas respectivas ranhuras 110 do primeiro componente 102 e do segundo componente 104, o segundo componente 104 com o segundo elemento 186 de ligação é de tal modo movido na direcção do primeiro componente 102 com o primeiro elemento 184 de ligação, que a rosca 102 interior do elemento 278 roscado enrosca na rosca 314 exterior do elemento 316 de retenção.

Neste caso, os ressaltos 228 de encaixe inserem-se também nas reentrâncias 232 de encaixe complementares a estes, do segundo elemento 186 de ligação e a saliência 274 em forma de bossa do primeiro elemento 184 de ligação insere-se na cavidade 276 complementar a esta, do segundo elemento 186 de ligação.

Em seguida, como o anteriormente descrito, o elemento 278 roscado é de tal modo colocado, mediante o dispositivo 302 de 58 accionamento, num movimento de rotação em torno do eixo 296 de rotação, que a secção 280 de bucha do elemento 278 roscado com a rosca 282 interior e o elemento 316 de retenção com a rosca 314 exterior são aparafusados um no outro, de modo que o segundo elemento 186 de ligação é puxado na direcção do primeiro elemento 184 de ligação e a ligação entre os componentes 102 e 104 está estabelecida.

Para a separação da ligação entre os componentes 102 e 104, a união roscada entre o elemento 278 roscado e o elemento 316 de retenção é desapertada, na medida em que o dispositivo 302 de accionamento é utilizado com uma direcção de rotação contrária do accionador 310 magnético.

De resto, no que diz respeito à estrutura e à função, a terceira forma de realização representada nas Figuras 35 até 39, do meio 100 de ligação está conforme à primeira forma de realização representada nas Figuras 1 até 31, a cuja descrição anterior se refere nesta medida.

Uma quarta forma de realização representada nas Figuras 40 até 45, do meio 100 de ligação difere da forma de realização representada nas Figuras 1 até 31 por estar previsto no primeiro elemento 184 de ligação, em vez de dois ressaltos 228 de encaixe, um único ressalto 326 de encaixe central que, no estado ligado dos componentes 102, 104, encaixa numa reentrância 328 de encaixe complementar a este no segundo elemento 186 de ligação.

Nesta forma de realização, o primeiro elemento 184 de ligação não compreende além disso um elemento 212 de fixação individual, mas antes dois elementos 212 de fixação fixados de 59 forma oscilante à caixa 188 do primeiro elemento 184 de ligação, sob a forma de alavancas 330 basculantes, das quais respectivamente uma se encontra disposta em ambos os lados do ressalto 326 de encaixe central.

As zonas 332 de extremidade interiores das alavancas 330 basculantes montadas de forma oscilante em torno de eixos 333 de oscilação em ressaltos 335 de suporte encaixam numa câmara 334 de alojamento no interior da caixa 188 e são mantidas afastadas uma da outra através de um mecanismo 336 de expansão. O mecanismo 336 de expansão compreende um primeiro elemento 338 de expansão com uma cabeça 340 quadrada, uma secção 342 de haste que se prolonga segundo a direcção 192 longitudinal a partir da cabeça 340 quadrada e uma secção 344 roscada com uma rosca exterior, que se liga à secção 342 de haste. O mecanismo 336 de expansão compreende além disso um segundo elemento 346 de expansão com uma secção 348 de cabeça cilíndrica e uma secção 350 de bucha cilíndrica oca que se prolonga a partir da secção 348 de cabeça segundo a direcção 192 longitudinal, coaxialmente em relação à secção 342 de haste do primeiro elemento 338 de expansão, e que está provida de uma rosca interior. A rosca interior da secção 350 de bucha do segundo elemento 346 de expansão está neste caso enroscada na rosca exterior da secção 344 roscada do primeiro elemento 338 de expansão. 60

Além disso, a secção 350 de bucha está provida de um elemento 352 de arrastamento que se projecta segundo a direcção radial, na sua extremidade virada para a cabeça 340 quadrada do primeiro elemento 338 de expansão.

Entre a cabeça 340 quadrada do primeiro elemento 338 de expansão e a secção 350 de bucha do segundo elemento 346 de expansão, um elemento 354 magnético cilíndrico oco com magnetização diametral encontra-se disposto sobre a secção 342 de haste do primeiro elemento 338 de expansão, de forma rotativa em torno do eixo 356 longitudinal comum dos dois elementos 338 e 346 de expansão.

No seu lado frontal virado para a secção 350 de bucha do segundo elemento 346 de expansão, o elemento 354 magnético está provido de um elemento 358 de arrasto que se salienta segundo a direcção axial e que pode actuar sobre o elemento 352 de arrastamento na secção 350 de bucha.

Entre a cabeça 340 quadrada do primeiro elemento 338 de expansão e o lado frontal do elemento 354 magnético virado para a mesma encontra-se disposta uma mola 360 helicoidal de compressão que pré-tensiona o elemento 354 magnético contra a secção 350 de bucha do segundo elemento 346 de expansão.

Tal como se pode deduzir melhor das Figuras 44 e 45, mediante um dispositivo 302 de accionamento com accionador 310 magnético rotativo que interage com o elemento 354 magnético, o segundo elemento 346 de expansão do mecanismo 336 de expansão pode ser accionado, de igual modo como o elemento 278 roscado da terceira forma de realização anteriormente descrita do elemento 100 de ligação, de modo a executar um movimento de 61 rotação em torno do eixo 356 longitudinal, relativamente ao primeiro elemento 338 de expansão que é mantido numa posição de rotação constante através da sua cabeça 340 quadrada.

Para este efeito, tal como o representado nas Figuras 44 e 45, o dispositivo 302 de accionamento é orientado de tal modo no exterior do meio 100 de ligação, que a direcção 312 longitudinal do veio 308 de transmissão está orientada, no essencial, paralelamente em relação ao eixo 356 longitudinal dos elementos 338, 346 de expansão e a distância entre o accionador 310 magnético e o elemento 354 magnético é o mais reduzida possível.

Na caixa 234 do segundo elemento 186 de ligação estão previstas duas câmaras 362 de entrada, nas quais se podem inserir as zonas 364 de extremidade exteriores das alavancas 330 basculantes quando os elementos 184 e 186 de ligação se encostam um ao outro com as suas superfícies 194 de encosto.

Na caixa 234 estão além disso previstas cavidades 337 para o alojamento dos ressaltos 335 de suporte que se projectam a partir da caixa 188.

Nos seus bordos virados para o primeiro elemento 184 de ligação, as câmaras 362 de entrada estão delimitadas, por secções, através de respectivamente um ressalto 366 de retenção, por detrás do qual pode engatar a respectiva alavanca 330 basculante associada, quando a respectiva alavanca 330 basculante é oscilada em torno do seu eixo 333 de oscilação, a partir da posição de desbloqueio representada na Figura 42 para a posição de fixação representada na Figura 43. 62

Uma oscilação deste género pode ser efectuada mediante o mecanismo 336 de expansão anteriormente descrito.

Nesta forma de realização, as caixas 188 e 234 do primeiro elemento 184 de ligação e do segundo elemento 186 de ligação, respectivamente, são configuradas, de um modo preferido, em duas partes, sendo que as duas partes se encostam uma à outra ao longo do plano central longitudinal da respectiva caixa.

Para a produção de uma ligação entre o primeiro componente 102 e o segundo componente 104 mediante a quarta forma de realização do meio 100 de ligação procede-se como o que se segue: O primeiro elemento 184 de ligação e o segundo elemento 186 de ligação são inseridos na respectiva ranhura 110 do primeiro componente 102 e do segundo componente 104.

Em seguida, o segundo componente 104 com o segundo elemento 186 de ligação é de tal modo colocado sobre o primeiro componente 102 com o primeiro elemento 184 de ligação, que as alavancas 330 basculantes que se encontram na posição de desbloqueio se inserem, com as suas zonas 36 4 de extremidade exteriores, nas câmaras 362 de entrada do segundo elemento 186 de ligação e o ressalto 326 de encaixe central do primeiro elemento 184 de ligação se insere na reentrância 328 de encaixe do segundo elemento 186 de ligação.

Em seguida, mediante o dispositivo 302 de accionamento, o segundo elemento 346 de expansão é accionado, de modo a executar um tal movimento de rotação em torno do eixo 356 longitudinal, que a secção 348 de cabeça do segundo elemento 346 63 de expansão se afasta da cabeça 340 quadrada do primeiro elemento 338 de expansão e, por conseguinte, o comprimento total do mecanismo 336 de expansão aumenta, facto pelo qual as zonas 332 de extremidade interiores das alavancas 330 basculantes são afastadas uma da outra, as alavancas 330 basculantes são osciladas em torno dos seus eixos 333 de oscilação e, por este meio, são movidas para a posição de fixação representada na Figura 43, na qual as zonas 364 de extremidade exteriores das alavancas 330 basculantes engatam por detrás dos respectivos ressaltos 366 de retenção associados do segundo elemento 186 de ligação e se encostam aos mesmos, de modo que o segundo elemento 186 de ligação está bloqueado no primeiro elemento 184 de ligação e os elemento 184, 186 de ligação não podem mais ser afastados um do outro ao longo da direcção 196 de ligação.

De modo a separar a ligação dos componentes 102, 104, o segundo elemento 346 de expansão é rodado em torno do eixo 356 longitudinal, na direcção de rotação contrária relativamente ao primeiro elemento 338 de expansão, mediante o dispositivo 302 de accionamento, de modo que a secção 348 de cabeça do segundo elemento 346 de expansão é movida na direcção da cabeça 340 quadrada do primeiro elemento 338 de expansão e o comprimento total do mecanismo 336 de expansão se reduz.

Em consequência deste facto, as zonas 332 de extremidade interiores das alavancas 330 basculantes já não se encontram mais encostadas à cabeça 340 quadrada do primeiro elemento 338 de expansão e à secção 348 de cabeça do segundo elemento 346 de expansão, respectivamente, de modo que o mecanismo 336 de expansão já não se opõe mais a um movimento de oscilação das alavancas 330 basculantes a partir da posição de fixação 64 representada na Figura 43 para a posição de desbloqueio representada na Figura 42.

Por conseguinte, após este desbloqueio das alavancas 330 basculantes, o segundo elemento 186 de ligação pode ser removido do primeiro elemento 184 de ligação ao longo da direcção 196 de ligação.

De resto, no que diz respeito à estrutura e à função, a quarta forma de realização representada nas Figuras 40 até 45, do meio 100 de ligação está conforme à primeira forma de realização representada nas Figuras 1 até 31, a cuja descrição anterior se refere nesta medida.

Uma quinta forma de realização representada nas Figuras 46 até 48, do meio 100 de ligação, que não está abrangida pelo âmbito da protecção conferida pelas reivindicações em anexo difere da forma de realização representada nas Figuras 1 até 31 por não estar previsto nenhum elemento de fixação oscilante e por estar previsto no primeiro elemento 184 de ligação, em vez dos dois ressaltos 228 de encaixe, um único ressalto 378 de encaixe central sob a forma de uma cavilha 380 em bloco, no essencial em forma de paralelepípedo, que se salienta para cima a partir da superfície 194 de encosto. No estado ligado dos dois componentes 102 e 104, o ressalto 378 de encaixe insere-se numa reentrância 382 de encaixe configurada de forma complementar a este e no essencial em forma de paralelepípedo, que está configurada na caixa 234 do segundo elemento 186 de ligação. 65

Para a produção da ligação entre os componentes 102 e 104 mediante a quinta forma de realização do meio 100 de ligação procede-se como o que se segue: O primeiro elemento 184 de ligação e o segundo elemento 186 de ligação são inseridos nas respectivas ranhuras 110 no primeiro componente 102 e no segundo componente 104.

Em seguida, a superfície 194 de encosto e o ressalto 378 de encaixe do primeiro elemento 184 de ligação e/ou a superfície 194 de encosto e as superfícies de delimitação da reentrância 382 de encaixe do segundo elemento 186 de ligação são providos de uma cola adequada.

Em seguida, o segundo componente 104 com o segundo elemento 186 de ligação é de tal modo movido na direcção do primeiro componente 102 com o primeiro elemento 184 de ligação, que o ressalto 378 de encaixe do primeiro elemento 184 de ligação se insere na reentrância 382 de encaixe do segundo elemento 186 de ligação e ambos os elementos 184, 186 de ligação se encostam de forma plana um ao outro, com as suas superfícies 194 de encosto.

Os componentes 102, 104 são mantidos nesta posição até que a cola esteja endurecida e, por conseguinte, produzida uma ligação integral entre o primeiro elemento 184 de ligação e o segundo elemento 186 de ligação e, por este meio, também entre o primeiro componente 102 e o segundo componente 104.

De resto, no que diz respeito à estrutura e à função, a quinta forma de realização representada nas Figuras 46 até 48, do meio 100 de ligação está conforme à primeira forma de 66 a cuja descrição realizaçao representada nas Figuras 1 até 31, anterior se refere nesta medida.

Lisboa, 12 de Maio de 2014 67

Claims

REIVINDICAÇÕES 1. Meio de ligação para a ligação de um primeiro componente (102) e de um segundo componente (104), em particular para a ligação de peças de móveis ou de máquinas, compreendendo um primeiro elemento (184) de ligação disposto no primeiro componente (102) no estado ligado dos componentes, que compreende uma caixa (188) no essencial em forma de uma secção de um cilindro circular, com uma superfície (190) de encosto curvada em forma de arco que é em forma de arco de circulo num corte longitudinal tomado segundo a direcção (192) longitudinal do primeiro elemento (184) de ligação, e uma superfície (194) de encosto plana oposta à superfície (190) de encosto curvada, bem como duas superfícies (198) laterais que se prolongam, no essencial, paralelamente em relação a uma direcção (196) de ligação, e um segundo elemento (186) de ligação disposto no segundo componente (104) no estado ligado dos componentes, que compreende uma caixa (234) no essencial em forma de uma secção de um cilindro circular, com uma superfície (190) de encosto curvada em forma de arco que é em forma de arco de círculo num corte longitudinal tomado segundo a direcção (192) longitudinal do segundo elemento (186) de ligação, uma superfície (194) de encosto plana oposta à superfície (190) de encosto curvada e superfícies (198) laterais, sendo que pelo menos um dos elementos (184, 186) de ligação compreende pelo menos um ressalto (200) de fixação não auto-cortante que apresenta uma superfície (204) de apoio curvada que é em forma de arco de círculo num corte longitudinal, sendo que o ressalto (200) 1 de fixação pode ser introduzido numa ranhura (110) prevista num dos componentes (102, 104), com uma superfície (122) de rebaixo curvada que é em forma de arco de círculo num corte longitudinal, caracterizado por a caixa (234) do segundo elemento (186) de ligação compreender ressaltos (200) de fixação salientes a partir das superfícies (198) laterais segundo a direcção (202) da espessura, com uma superfície (204) de apoio curvada orientada para a superfície (194) de encosto, uma superfície (206) de encosto curvada e uma superfície (208) lateral, e por o primeiro elemento (184) de ligação e o segundo elemento (186) de ligação estarem ligados entre si de forma amovível no estado ligado dos componentes (102, 104) e pelo menos o primeiro elemento (184) de ligação compreender pelo menos um elemento (212) de fixação móvel relativamente à caixa (188) do primeiro elemento (184) de ligação, que, numa posição de fixação, interage de tal modo com o segundo elemento (186) de ligação que é impedido um movimento relativo do primeiro elemento (184) de ligação e do segundo elemento (186) de ligação ao longo da direcção (196) de ligação, e que, numa posição de desbloqueio, permite um movimento relativo do primeiro elemento (184) de ligação e do segundo elemento (186) de ligação ao longo da direcção (196) de ligação, sendo que pelo menos um elemento (212) de fixação pode ser movido a partir da posição de fixação para a posição de desbloqueio e/ou a partir da posição de desbloqueio para a posição de fixação através de uma acção a partir do exterior do meio (100) de ligação.
2. Meio de ligação de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por pelo menos um dos elementos (184, 186) de 2 ligação compreender uma superfície (190) de encosto curvada que é em forma de arco de círculo num corte longitudinal e pode deslizar numa superfície (118) de base, igualmente em forma de arco de círculo no corte longitudinal, de uma ranhura (110) prevista num dos componentes (102, 104).
3. Meio de ligação de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizado por pelo menos um ressalto (200) de fixação apresentar uma secção transversal, no essencial rectangular, ou uma no essencial trapezoidal.
4 . Meio de ligaçao de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado por pelo menos um ressalto (200) de fixaçao estar contíguo, no essencial, de forma nivelada a uma superfície (190) de encosto curvada de um corpo de base do respectivo elemento (184, 186) de ligação.
5. Meio de ligação de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado por pelo menos um ressalto (200) de fixaçao se encontrar disposto de forma deslocada em relaçao a uma superfície (190) de encosto curvada de um corpo de base do respectivo elemento (184, 186) de ligação φ
6. Meio de ligação de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado por pelo menos um elemento (212) de fixação estar fixado de forma oscilante ao primeiro elemento (184) de ligação. 3
7. Meio de ligação de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado por pelo menos um elemento (212) de fixação apresentar um primeiro contorno de fixação que, na posição de fixação, engate por detrás de um segundo contorno de fixação previsto no segundo elemento (186) de ligação.
8. Meio de ligação de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por o primeiro contorno de fixação e/ou o segundo contorno de fixação serem configurados em forma de arco.
9. Meio de ligação de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por o primeiro contorno de fixação e o segundo contorno de fixação serem configurados de uma forma não concêntrica entre si, de modo que os dois elementos (184, 186) de ligação são puxados na direcção um do outro aquando do movimento do elemento (212) de fixação a partir da posição de desbloqueio para a posição de fixação.
10. Meio de ligaçao de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado por pelo menos um elemento (212) de fixação poder ser movido a partir da posição de fixação para a posição de desbloqueio e/ou a partir da posição de desbloqueio para a posição de fixação, mediante um meio de accionamento mecânico que pode ser encaixado no elemento (212) de fixação a partir do exterior do meio (100) de ligação.
11. Meio de ligação de acordo com a reivindicação 10, caracterizado por pelo menos um elemento (212) de fixação 4 apresentar um encaixe para uma secção de accionamento de um meio de accionamento mecânico.
12. Meio de ligação de acordo com a reivindicação 11, caracterizado por pelo menos um elemento (212) de fixação apresentar um encaixe (256) para uma chave (224) poligonal, uma chave sextavada e/ou uma chave de fendas.
13. Meio de ligação de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 12, caracterizado por o primeiro elemento (184) de ligação compreender uma caixa (188) com uma abertura (222) de passagem para a passagem de um meio de accionamento mecânico para um elemento (212) de fixação.
14. Meio de ligação de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 13, caracterizado por pelo menos um elemento (212) de fixação apresentar uma rosca.
15. Meio de ligação de acordo com a reivindicação 14, caracterizado por pelo menos um elemento (212) de fixação estar enroscado num elemento (252; 316) de retenção que se encontra disposto no segundo elemento (186) de ligação, sendo que o elemento (252; 316) de retenção apresenta uma rosca complementar à rosca do elemento (212) de fixação.
16. Meio de ligação de acordo com a reivindicação 15, caracterizado por o meio (100) de ligação compreender pelo menos um elemento elástico, através do qual o elemento (212) de fixação e o elemento (316) de retenção estão pré-tensionados um contra o outro. 5
17. Meio de ligação de acordo com qualquer uma das reivindicações 14 a 16, caracterizado por no estado ligado dos componentes (102, 104), um eixo da rosca do elemento (212) de fixação estar orientado, no essencial, paralelamente em relação à direcção (196) de ligação.
18. Meio de ligação de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 17, caracterizado por o meio (100 ) de ligação compreender um elemento (298) ) magnético que pode ser accionado, de modo a executar um movimento de rotação no interior do meio (100) de ligação, mediante um campo magnético de accionamento variável no tempo, que actua sobre o elemento (298) magnético a partir do exterior do meio (100) de ligação.
19. Meio de ligação de acordo com a reivindicação 18, caracterizado por pelo menos um elemento (212) de fixação poder ser accionado, de modo a executar um movimento de rotação relativamente à caixa (188) do primeiro elemento (184) de ligação, mediante o elemento (298) magnético.
20. Meio de ligação de acordo com a reivindicação 19, caracterizado por o elemento (298) magnético apresentar um elemento (300) de arrasto que actua sobre um elemento (286) de arrastamento no elemento (212) de fixação.
21. Meio de ligação de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 20, caracterizado por pelo menos um dos elementos (184) de ligação compreender pelo menos um ressalto (228; 326) de encaixe e o respectivo outro elemento (186) de ligação compreender pelo menos uma 6 reentrância (232; 328) de encaixe que aloja o ressalto (228; 326) de encaixe no estado ligado dos componentes (102, 104).
22. Processo para a produção de uma ligação de um primeiro componente (102) e de um segundo componente (104), em particular de uma ligação de peças de móveis ou de máquinas, compreendendo as seguintes etapas de processo: produção de respectivamente uma ranhura (110) numa superfície (106) de contacto do primeiro componente (102) e numa superfície (108) de contacto do segundo componente (104), sendo que pelo menos uma das ranhuras (110) apresenta pelo menos uma secção (114) de rebaixo com uma superfície (122) de rebaixo curvada que é em forma de arco de circulo num corte longitudinal; introdução de um primeiro elemento (184) de ligação na ranhura (110) do primeiro componente (102) e de um segundo elemento (186) de ligação na ranhura (110) do segundo componente (104), sendo que o primeiro elemento (184) de ligação compreende uma caixa (188) no essencial em forma de uma secção de um cilindro circular, com uma superfície (190) de encosto curvada em forma de arco que é em forma de arco de círculo num corte longitudinal tomado segundo a direcção (192) longitudinal do primeiro elemento (184) de ligação, e uma superfície (194) de encosto plana oposta à superfície (190) de encosto curvada, bem como duas superfícies (198) laterais que se prolongam, no essencial, paralelamente em relação a uma direcção (196) de ligação, e sendo que o segundo elemento (186) de 7 ligação compreende uma caixa (234) no essencial em forma de uma secção de um cilindro circular, com uma superfície (190) de encosto curvada em forma de arco que é em forma de arco de círculo num corte longitudinal tomado segundo a direcção (192) longitudinal do segundo elemento (186) de ligação, uma superfície (194) de encosto plana oposta à superfície (190) de encosto curvada e superfícies (198) laterais; ligação do primeiro elemento (184) de ligação e do segundo elemento (186) de ligação; caracterizado por a caixa (234) do segundo elemento (186) de ligação compreender ressaltos (200) de fixação salientes a partir das superfícies (198) laterais segundo a direcção (202) da espessura, com uma superfície (204) de apoio curvada orientada para a superfície (194) de encosto, uma superfície (206) de encosto curvada e uma superfície (208) lateral, e por o primeiro elemento (184) de ligação e o segundo elemento (186) de ligação serem ligados entre si de forma amovível, na medida em que pelo menos um elemento (212) de fixação disposto no primeiro elemento (184) de ligação de forma móvel relativamente à caixa (188) do primeiro elemento (184) de ligação é movido, através de uma acção a partir do exterior do primeiro elemento (184) de ligação, a partir de uma posição de desbloqueio, na qual o elemento (212) de fixação permite um movimento relativo do primeiro elemento (184) de ligação e do segundo elemento (186) de ligação ao longo da direcção (196) de ligação, para uma posição de fixação, na qual o elemento (212) de fixação interage de tal modo com o segundo elemento (186) de ligação que é impedido um movimento relativo do primeiro elemento (184) de ligação e do segundo elemento (186) de ligação ao longo da direcção (196) de ligação.
23. Processo de acordo com a reivindicação 22, caracterizado por pelo menos uma das ranhuras (110) estar completamente concluída antes de que o correspondente elemento (184, 186) de ligação seja introduzido na ranhura (110).
24. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações 22 ou 23, caracterizado por pelo menos um elemento (212) de fixação ser oscilado a partir da posição de desbloqueio para a posição de fixação.
25. Utilização de um meio de ligação para a ligação de um primeiro componente (102) e de um segundo componente (104), em particular para a ligação de peças de móveis ou de máquinas, compreendendo um primeiro elemento (184) de ligação disposto no primeiro componente (102) no estado ligado dos componentes e um segundo elemento (186) de ligação disposto no segundo componente (104) no estado ligado dos componentes, sendo que o primeiro elemento (184) de ligação compreende uma caixa (188) no essencial em forma de uma secção de um cilindro circular, com uma superfície (190) de encosto curvada em forma de arco que é em forma de arco de círculo num corte longitudinal tomado segundo a direcção (192) longitudinal do primeiro elemento (184) de ligação, e uma superfície (194) de encosto plana oposta à superfície (190) de encosto curvada, bem como duas superfícies (198) laterais que se prolongam, no essencial, paralelamente em relação a uma direcção (196) de ligação, e sendo que o segundo elemento (186) de ligação 9 compreende uma caixa (234) no essencial em forma de uma secção de um cilindro circular, com uma superfície (190) de encosto curvada em forma de arco que é em forma de arco de círculo num corte longitudinal tomado segundo a direcção (192) longitudinal do segundo elemento (186) de ligação, uma superfície (194) de encosto plana oposta à superfície (190) de encosto curvada, superfícies (198) laterais e ressaltos (200) de fixação salientes a partir das superfícies (198) laterais segundo a direcção (202) da espessura, com uma superfície (204) de apoio curvada orientada para a superfície (194) de encosto, uma superfície (206) de encosto curvada e com uma superfície (208) lateral, sendo que pelo menos um dos elementos (184, 186) de ligação compreende pelo menos um ressalto (200) de fixação não auto-cortante que apresenta uma superfície (204) de apoio curvada que é em forma de arco de círculo num corte longitudinal, sendo que o ressalto (200) de fixação pode ser introduzido numa ranhura (110) prevista num dos componentes (102, 104), com uma superfície (122) de rebaixo curvada que é em forma de arco de círculo num corte longitudinal, sendo que o primeiro elemento (184) de ligação e o segundo elemento (186) de ligação estão ligados entre si de forma amovível no estado ligado dos componentes (102, 104) e pelo menos o primeiro elemento (184) de ligação compreende pelo menos um elemento (212) de fixação móvel relativamente à caixa (188) do primeiro elemento (184) de ligação, que, numa posição de fixação, interage de tal modo com o segundo elemento (186) de ligação que é impedido um movimento relativo do primeiro elemento (184) de ligação e do segundo elemento (186) de ligação ao longo da direcção (196) de ligação, e que, numa posição de desbloqueio, permite um 10 movimento relativo do primeiro elemento (184; 1 de ligação e do segundo elemento (186) de ligação ao longo da direcção (196) de ligaçao, sendo que pelo menos um elemento (212) de fixaçao pode ser movido a partir da posição de fixação para a posição de desbloqueio e/ou a partir da posição de desbloqueio para a posição de fixação através de uma acção a partir do exterior do meio (100) de liqação, num processo para a produção de uma ligação do primeiro componente (102) e do segundo componente (104), compreendendo as seguintes etapas de processo: - produção de respectivamente uma ranhura (110) numa superfície (106) de contacto do primeiro componente (102) e numa superfície (108) de contacto do segundo componente (104), sendo que pelo menos uma das ranhuras (110) apresenta pelo menos uma secção (114) de rebaixo com uma superfície (122) de rebaixo curvada que é em forma de arco de círculo num corte longitudinal; introdução do primeiro elemento (184) de ligação na ranhura (110) do primeiro componente (102) e do segundo elemento (186) de ligação na ranhura (110) do segundo componente (104), sendo que pelo menos um dos elementos (184, 186) de ligação compreende, pelo menos, um ressalto (200) de fixação com uma superfície (204) de apoio curvada que é em forma de arco de círculo num corte longitudinal; ligação do primeiro elemento (184) de ligação e do segundo elemento (186) de ligação; 11 sendo que o primeiro elemento (184) de ligação e o segundo elemento (186) de ligação são ligados entre si de forma amovível, na medida em que pelo menos um elemento (212) de fixação disposto no primeiro elemento (184) de ligação de forma móvel relativamente à caixa (188) do primeiro elemento (184) de ligação é movido, através de uma acção a partir do exterior do primeiro elemento (184) de ligação, a partir da posição de desbloqueio, na qual o elemento (212) de fixação permite um movimento relativo do primeiro elemento (184) de ligação e do segundo elemento (186) de ligação ao longo da direcção (196) de ligação, para a posição de fixação, na qual o elemento (212) de fixação interage de tal modo com o segundo elemento (186) de ligação que é impedido um movimento relativo do primeiro elemento (184) de ligação e do segundo elemento (186) de ligação ao longo da direcção (196) de ligação. Lisboa, 12 de Maio de 2014 12