PT1882482E - Penso antibacteriano para feridas - Google Patents

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Description

1
DESCRIÇÃO "Penso antibacteriano para feridas"
Domínio da invenção A invenção presente diz respeito a pensos para feridas, em especial a um penso antibacteriano para feridas baseado em fibras que formam um gel, com prata, e um processo melhorado para o fabrico de um tal penso para feridas.
Estado da técnica anterior à invenção
Sabe-se há muitos anos que a prata é um agente antibacteriano útil, com uma actividade de largo espectro em conjunto com a sua compatibilidade com tecidos de mamíferos, e tem havido muitas propostas para se incorporar prata nos pensos para feridas, para se obter a vantagem das propriedades bactericidas da prata num penso para feridas. Além disto, já se tem aplicado prata a material fibroso com objectivos diferentes dos de pensos para feridas, em geral para aumentar a condutividade eléctrica, vejam-se por exemplo os UK-A-927.115, WO-A-92/16.589, DE-C-2.639.287, US-A-5.302.415, US-A-5.186.984, US-A-4.752.536, US-A- 4.643.918, JP-010207473A, e JP-020153076. Tem-se aplicado a prata sobre essas fibras, que em geral não são formadoras 2 de gel, recorrendo a uma diversidade de métodos com diversas referências, alguns dos quais envolvem a imersão das fibras numa solução de prata, mas amiúde faltam pormenores acerca dos métodos. A carboximetilcelulose, em especial a fibra liocel etilada, tem a capacidade de absorver uma grande quantidade de água e de formar um gel à sua superfície. Verificou-se que esta propriedade do material era especialmente vantajosa aquando da formação de pensos para feridas que são tanto absorventes como formadores de gel. Descreveu-se a carboximetilação da celulose no WO-A-93/12.275, e a utilização de carboximetilcelulose em pensos para feridas foi descrita no WO-A-94/16.746. Outro material útil para se formarem pensos para feridas é o alginato de cálcio (ou de sódio/cálcio), por causa da sua absorvência e da sua capacidade de formação de geles. As fibras formadoras de gel para utilização em pensos para feridas são fibras que absorvem água que se tornam húmidas e escorregadias ou gelatinosas quando absorvem exsudado das feridas, e portanto diminuem a tendência de as fibras circundantes aderirem à ferida. As fibras formadoras de gel também podem inchar. As fibras que formam gel podem ser de um tipo que mantém a sua integridade estrutural quando absorve exsudado, o de um tipo que perde a sua forma fibrosa e se transforma num gel sem estrutura ou numa solução, quando absorve o exsudado. GB-A-1.328.088, WO-A-91/11.206, WO-A-92/22.285, JP-A-4.146.218 e WO-A-02/36.866 descrevem a incorporação de prata em alginato de cálcio e 3 sódio, WO-A-Ol/24.839 descreve fibras e carboximetilcelulose contendo cloreto de prata, e WO-A-02/43.743 descreve a incorporação de prata num polimero que pode ser carboximetilcelulose ou um alginato. Têm no entanto havido problemas específicos associados com a utilização do ião prata em pensos para feridas por causa do facto de os compostos de prata são sensíveis à luz e escurecem quando expostos à luz. Isto pode originar a produção de produtos com um aspecto visualmente não atraente, ainda que sejam tecnicamente apropriados para utilização como pensos para feridas.
Existem três aspectos particulares do escurecimento do composto de prata à luz, que têm que se tratados quando se pretende produzir um penso para ferimentos contendo prata que seja comercialmente aceitável. Um aspecto é a cor que o produto realmente apresenta, nomeadamente a necessidade de um produto que tenha uma cor aceitável para o consumidor. O segundo aspecto é a necessidade de produzir um produto que tenha um aspecto uniforme. O terceiro aspecto é a estabilidade (vida útil) da cor do penso consoante o tipo de embalagem que se utilize para se embalarem os pensos. Quando as fibras são misturadas, e ambas as fibras forem brancas, qualquer imperfeição na mistura não é detectada pelo consumidor. Embora se trate sobretudo de um problema visual, situações extremas de riscos ou alterações de cor num penso de uma ferida poderiam ser um indicador de adições incompletas ou 4 inadequadas de prata ao penso para feridas ou partes dela, ou mesmo a presença de quantidades excessivas de prata em algumas áreas, que poderiam indicar problemas potenciais para a sua utilização. A utilização de prata num material antibacteriano deveria ser utilizada em dosagens medidas, e não seria este o caso se o teor em prata variasse de penso para penso. É bem conhecida a utilização de recipientes próprios nos processos de tratamento de fibras; por exemplo, sabe-se bem que se podem tingir fibras celulósicas colocando-as num recipiente e bombeando-se o meio corante através do recipiente para se obter um produto com um aspecto de tingimento uniforme. Um recipiente para utilização em tintura é um contentor fechado com entradas e com sardas; ele é capaz de trabalhar sob pressão e sob aquecimento e é incorporado num circuito tal que o licor de tintura pode ser bombeado através do recipiente. Localizado dentro deste recipiente está uma cesta porosa com a forma de um crivo em aço inoxidável, e o produto que se vai tratar é empacotado consistentemente sobre esta malha para assegurar um caudal uniforme e igual do licor através da malha durante o processo de bombeamento.
Foram feitas tentativas, portanto, por parte da requerente, para aplicar prata sobre a fibra de carboximetilcelulose num recipiente de tinturaria, tal como se a fibra de carboximetilcelulose estivesse a ser tinta com um corante, utilizando uma solução de um composto 5 contendo prata (metanol industrial (IMS), H20 + AgN03) no recipiente. 0 licor contendo prata foi bombeado do centro para a periferia. Neste processo, colocou-se uma cesta contendo 1,25 kg da fibra em carboximetilcelulose no recipiente antes de se carregar o licor. Em seguida bombearam-se 10,4 litros de uma solução (IMS, H20+ AgN03) de 6,41L de IMS, 4,01 L de água, 25 g de AgN03, com uma concentração em prata de 0,240 em peso/volume a uma temperatura de 30°C, através do recipiente, cuja capacidade era de cerca de 12 litros. Depois de se haver bombeado o licor através deste circuito durante 30 minutos, drenou-se o licor da fibra e fez-se avançar o produto imediatamente para estádios ulteriores, incluindo a aplicação de um acabamento têxtil e a secagem. Depois de terem ocorrido todos os tratamentos subsequentes removeu-se a fibra e expôs-se à luz. Verificou-se que a fibra não tinha absorvido prata de um modo uniforme. O produto produzido por este processo apresentava muitas riscas.
Fizeram-se portanto tentativas para se alterar o processo no recipiente, utilizando uma cesta que era banhada pelo licor em movimento ascendente em vez de a partir do centro. Verificou-se que um processo deste tipo melhorava o produto no sentido de que ele apresentava menos riscas, mas existia um gradiente nítido de prata absorvida, do fundo para a parte superior da cesta. É um objecto da invenção presente proporcionar um penso antibacteriano para feridas com base ou derivado de fibras recobertas a prata, formadoras de gel, em que as desvantagens a que se fez 6 referência acima sejam diminuídas ou substancialmente eliminadas. É um objecto adicional da invenção presente proporcionar fibras recobertas a prata para um penso antibacteriano para ferida baseado em fibras cobertas a prata e formadoras de gel nas quais as desvantagens mencionadas acima sejam diminuídas ou substancialmente eliminadas.
Descrição da invenção
Verificámos que se conseguem obter pensos para feridas de melhor qualidade a partir de fibras 'prateadas' formando gel com mais locais capazes de alojar iões prata do que os iões prata disponíveis na solução para os colocar na fibra, de tal modo que nem todos os locais capazes de alojar iões prata têm de facto destes iões atribuídos na operação de alojamento destes iões, quando se distribuem os iões prata que serão alojados de uma forma substancialmente uniforme pelos locais capazes de os alojar.
Os pensos antibacterianos para feridas de acordo com a invenção são portanto derivados de fibras que formam gel e tendo iões prata ligados a elas em alguns, mas não em todos, os locais passíveis de permuta, e são caracterizados pelo facto de a distribuição dos iões prata pelos locais permutáveis ser substancialmente uniforme. Só uma minoria dos locais nas fibras formadoras de gel que são capazes de permuta iónica com iões prata é 7 de facto ligada a prata nos pensos para feridas fabricados de acordo com a invenção, sendo que não mais de 20 %, amiúde não mais do que 10 %, desses locais têm prata.
Verificámos também que se podem obter pensos para feridas 'prateados' de qualidade superior quando o contacto entre as fibras que formam gel e possuem locais intercambiáveis capazes de permuta de iões prata com a solução para serem 'prateados', seja levado a cabo de tal modo que toda a solução para 'pratear' seja levada ao contacto de uma forma essencialmente simultânea com a quantidade total das fibras formadoras de gel, para formar o penso para feridas, em vez de se proporcionar um contacto gradual ou parcial.
De acordo com a invenção, portanto, um processo para se produzirem fibras com prata para pensos antibacterianos para feridas com base em fibras 'prateadas' formadoras de gel inclui os passos em que: (i) se forma uma montagem de fibras formadoras de gel precursoras contendo locais de permuta capazes de uma permuta com iões prata, para se ligarem iões prata às fibras, e (ii) se leva ao contacto a montagem de fibras formadoras de gel precursoras, com uma solução contendo iões prata, em condições tais que não se provoque uma gelificação - 8 - irreversível das fibras, para deste modo se ligarem os iões prata a locais em que é possível a permuta, e caracteriza-se por a totalidade das fibras formadoras de gel precursoras que vão formar o penso para feridas ser levada essencialmente em simultâneo ao contacto com a totalidade da solução contendo iões prata, utilizando-se uma quantidade da solução contendo iões prata tal que apenas estejam presentes iões prata suficientes para se ligarem a alguns mas não a todos os locais próprios para permuta das fibras formadoras de gel precursoras. 0 contacto essencialmente em simultâneo pode ser conseguido sob a forma de um processo de fabrico em descontínuo mergulhando e imergindo rapidamente fibras formadoras de gel precursoras na solução que contém os iões prata para se formar o penso para feridas.
Deste modo, numa concretização, a invenção presente proporciona um processo para a produção de um penso antibacteriano para feridas com base em fibras formadoras de gel 'prateadas', processo este que inclui os passos seguintes, em sequência: (i) formarem-se fibras precursoras nas quais existam locais capazes de uma permuta iónica com iões prata para se formar uma estopa revestida a prata, e 9 (ii) se adicionar prata às fibras utilizando uma solução contendo prata que não provoque uma gelificação irreversível das fibras, caracterizado por, para se obter uma absorção uniforme de prata, as fibras serem mergulhadas na solução de prata, baixando as fibras directamente para dentro da solução e empurrando-as logo abaixo da superfície da solução. As fibras ''prateadas' resultantes podem então ser processadas, por exemplo em passos convencionais, para formar o penso para feridas.
As fibras formadoras de gel adequadas para utilização em pensos para feridas tendem a ser muito reactivas em relação aos iões prata, o que significa que os iões prata se ligam muito rapidamente e de modo firme aos locais de permuta iónica nas fibras. Verificámos que, em contraste com as moléculas de corante aplicadas num recipiente de tingimento, não existe essencialmente nenhuma redistribuição dos iões prata após a ligação inicial. Isto significa que, caso essas fibras sejam levadas de uma forma lenta ou gradual ao contacto com uma solução contendo uma quantidade limitada de iões prata, as porções das fibras que entram primeiro em contacto com a solução contendo iões prata absorverão quantidades relativamente grandes de iões prata de tal modo que as porções das fibras que só entram em contacto com a solução contendo prata mais tarde podem não absorver quase prata nenhuma. As fibras resultantes não terão uma coloração uniforme inicialmente e escurecerão a 10 cores diferentes. Não seria possível ultrapassar este inconveniente utilizando uma quantidade maior de prata, porque isto só levaria a excessos de deposição da prata nas partes das fibras que entrassem primeiro em contacto com a solução, com a consequente falta de uniformidade da distribuição da prata no produto, ou com a incapacidade de gastar todo o conteúdo em prata existente na solução, provocando os problemas consequentes no encaminhamento do efluente bem como um desperdício excessivo de prata valiosa.
Também é importante que o volume da solução seja ajustado de modo a que essencialmente todas as suas partes contactem as fibras formadoras de gelem simultâneo. Caso o volume da solução seja grande em comparação com o volume que é ocupado pelas fibras formadoras de gel, de tal modo que algumas partes da solução estejam relativamente distantes de quaisquer fibras, os iões prata dessa parte tenderão a difundir para, e a interactuar com, as primeiras fibras que encontrarem, originado um depósito mais denso nessas fibras, estragando a distribuição uniforme que se pretende. É especialmente preferido em relação ao volume da solução com a qual as fibras precursoras formadoras de gel entram em contacto, que ele seja ajustado de tal modo que essencialmente todo o líquido da solução seja absorvido pela fibra absorvente de água e formadora de gel, não deixando essencialmente nenhum líquido livre. Numa situação 11 destas não existe essencialmente nenhuma solução desperdiçada que se tenha que constituir como efluente, neste passo. 0 intervalo de tempo entre mergulhar a fibra formadora de gel na solução contendo prata, e o momento no qual se verifica que já está completamente imersa fibra formadora de gel suficiente para formar o penso para feridas não deve desejavelmente ultrapassar 10 segundos, sendo preferivelmente de 5 segundos ou menos. Nas aplicações práticas, o intervalo de tempo referido é em geral de cerca de 2 a 3 segundos.
Verificou-se de uma forma surpreendente que por imersão da fibra dentro da solução de uma forma não constrangida, ocorria uma absorção muito uniforme da prata. Além disto, verificou-se que é desejável minimizar a quantidade de solução contendo prata para se obter uma fibra 'prateada' formadora de gel. O volume mínimo de líquido necessário para tapar por completo qualquer quantidade pretendida de fibra formadora de gel quando a fibra é imersa na solução, pode ser facilmente determinada experimentalmente. Uma vez determinado o volume mínimo de líquido é esse o volume de solução contendo prata que se produz, e a fibra é simplesmente colocada dentro da solução de modo que a fibra absorva a solução, de modo a que utiliza toda a solução existente dentro do contentor no qual é mantida. Isto significa que existe um mínimo de solução que é pretendida, e que a quantidade de solução 12 contendo prata que tem que ser manipulada também resulta minimizada.
Mantém-se preferivelmente a solução contendo prata num contentor, que pode ser um contentor fechado ou um contentor aberto. 0 tamanho do contentor, e portanto o volume de solução que ele contém, bem como a quantidade de fibra formadora de gel, estão em correlação de tal modo que todo o volume de solução entre em contacto com fibras essencialmente em simultâneo. A fibra que forma gel é preferivelmente uma fibra de celulose carboximetilada (CMC). A CMC derivada de liocel tem em geral um grau de substituição de entre 0,1 e 0,5, preferivelmente entre 0,2 e 0,4. Isto proporciona um número suficiente de grupos carboxilato que assegura que as propriedades de gelificação e absorvência sejam adequadas para utilização a titulo de penso para feridas, mas sem que seja tão elevado que se venha a tornar solúvel uma quantidade substancial da fibra. Pode derivar-se a CMC a partir da celulose, preferivelmente a partir de liocel, por carboximetilação. Uma fibra alternativa é o alginato de cálcio ou de sódio/cálcio. A fibra que contacta com a solução contendo prata está preferivelmente seca, embora possa sofrer uma molhagem prévia com um liquido que não provoque uma gelificação irreversível. Assume de preferência a forma de um novelo ou de uma estopa mas pode em alternativa a forma de uma fibra de grampo (cortada), por exemplo em comprimentos padrão, convencionais. Para 13 facilitar um contacto rápido entre a fibra e a solução, utiliza-se de preferência a fibra sob formas relativamente abertas, não constrangidas, por oposição a fibra empacotada sob pressão, uma forma constrangida, um novelo de fibra, essencialmente uma massa continua de estopa razoavelmente solta, ou fibras cortadas, conseguem este objectivo. Prefere-se numa operação comercial levar a solução ao contacto de forma essencialmente simultânea com fibra suficiente para formar um ou mais pensos para feridas, por exemplo entre 1.000 e 10.000 pensos. Deste modo, novelos que podem ter vários metros de comprimento, por exemplo 20 a 200 metros ou mais, podem utilizar-se. A fibra pode ter sobre ela um acabamento suave. O conteúdo em prata nas fibras 'prateadas' é em geral da ordem de entre 0,01 e 10 %, mais estreitamente de entre 0,1 e 5 %, preferivelmente 0,5 a 2 %, mais preferivelmente 0,9 a 1,5 %, em peso. Isto permite que se consiga uma boa actividade antibacteriana, sem surgirem problemas de toxicidade. Isto compara com um máximo teórico da ordem dos 16 % quando todos os locais permutáveis na CMC de liocel com um grau de substituição de 0,3 forem permutados, e com um grau de cerca de 38 % quando forem permutados todos os locais permutáveis na fibra convencional de alginato. O contacto é levado a cabo de tal modo que se evita uma gelificação irreversível das fibras. Prefere-se utilizar uma solução aquosa orgânica para os iões prata, em 14 especial uma solução aquosa alcoólica tal como uma mistura de álcool etílico com água. 0 conteúdo em água de uma tal solução não excederá em geral cerca de 50 % em volume, e será preferivelmente de entre 25 e 50 %, em volume. Proporciona-se a prata sob a forma de uma fonte de iões prata solúveis, por exemplo um sal de um ácido, solúvel, de prata, tal como nitrato de prata. A solubilidade à concentração pretendida na solução que se vai utilizar é uma característica essencial, portanto não se devem utilizar substâncias tais como cerâmicos, resinas de permuta iónica contendo prata ou outras fontes de prata insolúvel. De uma forma geral, o conteúdo do banho em prata pode ser da ordem de 0,1 a 1 % em peso/volume, preferivelmente 0,25 a 0,5 %, em peso/volume. Uma solução típica pode por exemplo incluir 2,71 de IMS (metanol industrial), 1,81 de água e 25 g de AgNCd para se obter uma concentração em prata de 0,35 % peso/volume.
Pode ser desejável agitar-se ou misturar-se a fibra ou o contentor durante e/ou imediatamente após a adição de modo a facilitar o contacto de toda a fibra com toda a solução.
Caso se pretenda um processo contínuo, em vez de um processo por fabricos, pode alimentar-se a fibra por um cano ou tubo abaixo, em co-corrente com a taxa pretendida de alimentação de solução de prata, de modo a obter-se o conteúdo em prata pretendido na fibra formadora de gel. 15
Caso não sejam necessários mais passos de processamento em húmido antes da secagem, as fibras 'prateadas', adequadamente sob a forma de uma estopa, podem ser espremidas, preferivelmente a cerca de 1,5-2 L de liquido remanescente por kg de estopa. Pode espremer-se manualmente ou utilizar-se uma máquina, por exemplo aplicando pressão de vazio, ou uma prensa. Em alternativa, pode drenar-se a estopa e depois centrifugar-se. uma vez que a ligação dos iões prata ocorre muito depressa, não é necessário remover o licor do contacto com a fibra 'prateada' rapidamente nem essencialmente em simultâneo, para se conseguir uma deposição uniforme de prata, mas na prática isto pode ser preferido só para o caso em que outro efeito indesejado possa ocorrer.
No licor espremido resta normalmente muito pouca prata, uma vez que virtualmente toda a prata reagiu com a fibra formadora de gel. Pode demonstrar-se isto testando o licor com uma solução de NaCl, não se observando quase nenhuma precipitação. A estopa 'prateada' resultante de fibra formadora de gel pode então ser processada a pensos para feridas de um modo já conhecido, por exemplo tal como se descreveu no WO-A-94/16.746 .
Podem levar-se a cabo passos adicionais de processamento em húmido sobre a fibra 'prateada', antes da secagem. Por exemplo, pode aplicar-se preferivelmente um 16 acabamento convencional de têxtil com uma quantidade aplicada convencional (por exemplo cerca de 0,5 % em peso/volume) de um licor aquoso orgânico (por exemplo IMS/água) que não provoque gelificação irreversível da fibra. isto pode ser precedido por um tratamento que confira fotoestabilidade, por exemplo um tratamento tal como o que se descreveu no WO 02/43.743, envolvendo um halogeneto metálico tal como cloreto de sódio.
Pode então processar-se a fibra ''prateada' seca, depois de a cortar caso tal seja necessário, tipicamente a comprimentos de feixe ou anel de 50 mm, para se formar uma rede não tecida, por exemplo utilizando um cartão têxtil e um cross-folder. Pode então tratar-se a rede de modo a melhorar a sua resistência, por exemplo ligando-a por agulhas, antes de se cortar às dimensões de penso que se pretendam, por exemplo quadrados com, tipicamente, 10 cm x 10 cm. Podem então embalar-se as peças cortadas, em geral em saquetas individuais, e esterilizar-se de um modo convencional, por exemplo utilizando radiação gama, antes de ficarem prontos para utilização.
Os resultados quando se faz esta alteração estão ilustrados nos Exemplos que se seguem.
EXEMPLO I O processo num recipiente de tinturaria que se descreveu acima e o processo consoante a invenção, foram 17 levados a cabo em separado sobre liocel carboximetilado tendo um grau de substituição de cerca de 0,3. O processo no recipiente foi levado a cabo tal como se descreveu no 'Estado da Técnica anterior à Invenção'. O processo consoante a invenção foi levado a cabo utilizando uma solução que incluía 2,71 de IMS, 1,81 de água e 25 g de AgN03, sobre um novelo de liocel carboximetilado que se mergulhou e imergiu por completo na solução ao longo de um período de cerca de 5 segundos, de tal modo que o novelo absorveu a solução toda e que portanto todas as partes da solução estiveram em contacto com o liocel carboximetilado e foram essencialmente absorvidas por completo. O novelo 'prateado' obtido deste modo apresentava um conteúdo médio em prata essencialmente igual ao do novelo tratado pelo processo no recipiente de tinturaria. Em ambos os casos, espalhou-se a estopa obtida e deixou-se secar, não às escuras mas sim exposto à luz. O material feito no recipiente de tinturaria apresentava zonas com diferentes tonalidades de cinzento ou cor-de-rosa estando a maior parte da estopa não corada, tipicamente 75 %. O material feito pelo processo da invenção apresentava-se de uma cor sobretudo cinzenta/cor-de-rosa com apenas, se tanto, 5 % a 10 % de estopa por corar.
Demonstrou-se melhor a melhoria quando se secou a estopa na ausência da luz do dia e se cortou/abriu/cardou/passou com agulhas e se examinou como uma peça de tecido. Quando se expuseram os tecidos a uma luz do dia intensa (por exemplo 1.000 x o padrão) durante 18 30 minutos, o material feito utilizando o recipiente de tinturaria apresentava manchas, enquanto o material feito pelo método da invenção era completamente uniforme na sua cor. A titulo de mais uma experiência sem ser de acordo com a invenção, o novelo de fibra, em vez de ser todo mergulhado ao longo de no máximo cinco segundos, foi alimentado ao contentor de nitrato de prata a titulo de alimentação final, de mão em mão. Isto significa que levou cerca de quinze segundos para se baixar a estopa para dentro da solução. Depois de se ter secado a fibra, expôs-se a estopa à luz para se evidenciar visualmente a absorção de prata, e colocou-se lado a lado sobre uma bancada branca, com a estopa de acordo com a invenção, produzida tal como acima. A estopa alimentada de mão em mão numa alimentação terminal apresentava uma cor forte no primeiro 1/3 a 1/2 do seu comprimento e a parte terminal que havia sido mergulhada em último lugar tinha uma cor muito ligeira e às manchas. A estopa imersa como novelo estava substancialmente corada de modo uniforme ao longo de todo o seu comprimento.
EXEMPLO II
Prepararam-se no laboratório duas soluções de nitrato de prata (1,58 g) em água (1 litro), à temperatura ambiente. Adicionou-se à primeira uma estopa de alginato (100 g) de um modo deliberadamente lento, isto é, levando 19 cerca de 30 segundos até se conseguir a imersão total. Adicionou-se à segunda uma quantidade semelhante de estopa de alginato, mas desta vez em menos de 5 segundos.
Removeram-se ambas as estopas da solução e, depois de se espremer o excesso de licor, colocaram-se sobre a bancada de laboratório exposta à luz do dia. pouco tempo depois mas mais pronunciadamente no dia seguinte, estava claramente visível uma vasta diferença. A estopa imersa lentamente estava escura (devido à coloração provocada nas zonas que absorveram prata) numa das suas extremidades e não corada na maior parte da outra extremidade da estopa. A estopa imersa rapidamente estava corada todo ao longo do seu comprimento total, a uma extensão notavelmente uniforme.
Numa situação de produção, a solução baseada em água pode ser substituída por uma solução baseada em IMS/água, para se evitar a aderência dos filamentos e a gelificação provocada pelas ligações em ponto de hidrogénio quando se utiliza apenas água.
Lisboa, 25 de Julho de 2012.

Claims (4)

1 REIVINDICAÇÕES 1. Um penso antibacteriano para feridas derivado de fibras formadoras de gele contendo iões prata ligados a ele em alguns, mas não em todos os locais de permuta possível, caracterizado por as fibras formadoras de gel poderem ser obtidas mergulhando a fibra de um modo não constrangido numa solução contendo prata, de tal modo que a distribuição dos iões prata sobre os locais permutáveis seja uniforme, e os iões prata se liguem a não mais do que 20 % dos locais permutáveis nas fibras formadoras de gel.
2. Um penso para feridas tal como se reivindicou na reivindicação 1, no qual as fibras formadoras de gel sejam fibras de celulose carboximetilada.
3. Um penso para feridas tal como se reivindicou na reivindicação 1, no qual as fibras formadoras de gel sejam em alginato de cálcio ou em alginato de sódio/cálcio.
4. Um penso para feridas tal como se reivindicou em qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por a distribuição uniforme dos iões prata nos locais permutáveis ser demonstrada pela coloração uniforme do penso. Lisboa, 25 de Julho de 2012.
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