PT1828196E - Processo estereo-selectivo e formas cristalinas de uma camptotecina - Google Patents
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Description
DESCRIÇÃO
PROCESSO ESTEREO-SELECTIVO E FORMAS CRISTALINAS DE UMA
CAMPTOTECINA Âmbito da Invenção
Esta invenção refere-se a um processo estereo-selectivo para a preparação da 7-[ (E)-t-butiloxi-iminometil]-camptotecina (também conhecida como gimatecano). Adicionando passos de dissolução e de precipitação, realizados em diferentes misturas de solventes apropriados, podem ainda obter-se três novas formas cristalinas de gimatecano usando o mesmo processo estereo-selectivo.
Antecedentes da Invenção A camptotecina é um alcaloide que foi isolado pela primeira vez por Wall et al (J. Am. Chem. Soc. 88, 3888-3890 (1966)), a partir da árvore Camptoteca acuminate, uma planta originária da China, da família das Nyssaceae. A molécula consiste numa estrutura pentacíclica, contendo uma lactona no anel E, que é essencial para a citotoxicidade. 0 fármaco evidenciou uma actividade anti-tumoral de largo espectro, em particular contra os tumores do cólon, outros tumores sólidos e leucemias, e os primeiros ensaios clínicos realizaram-se no início dos anos 70.
Uma vez que a camptotecina (CPT) tem uma solubilidade em água baixa e com vista a preparar ensaios clínicos, o Instituto Nacional do Cancro (INC) preparou o sal de sódio (NSC100880) que é solúvel em água. Os ensaios clínicos na fase I e II não foram concluídos devido à elevada toxicidade revelada pelo composto (cistite hemorrágica, toxicidade gastrointestinal, tal como, náuseas, vómitos, diarreia, e mielossupressão, especialmente leucopenia e trombocitopenia.
Posteriormente, foram sintetizados muitos análogos de CPT para obter compostos com toxicidade inferior e solubilidade em água 1 superior. Foram comercializados dois fármacos: irinotecano (CPT-11) (Camptosar™ por Upjohn) e topotecano (Hycamtin™ ou Thycantin™ por Smith Kline & Beecham).
Todos os derivados identificados até agora contêm a estrutura fundamental com 5 anéis, indispensável à citotoxicidade. Demonstrou-se que modificações no primeiro anel, como no caso dos fármacos acima referidos, aumentam a solubilidade em água e permitem uma maior tolerância ao fármaco. 0 pedido de patente W097/31003 divulga derivados de camptotecinas substituídas nas posições 7, 9 e 10. A posição 7 proporciona as seguintes estruturas: -CN, -CH(CN)-R4, -CH=C(CN)-R4, -CH2-CH=C (CN) -R4, -C (=NOH) -NH2, -CH=C (N02)-R4, -CH(CH2N02) -R4, 5-tetrazolilo, 2-(4,5-di-hidroxazolil) , 1,2,4-oxadiazolidin-3-il-5-ona; nas quais R4 é hidrogénio, alquilo linear ou ramificado de 1 a 6 átomos de carbono, carboxialcoxi.
Destes compostos, o 7-nitrilo (7-CN), a seguir designado CPT 83, provou ser o melhor, com actividade citotóxica sobre o carcinoma do pulmão de células não pequenas (NSCLC, H-460). Esta linha tumoral é intrinsecamente resistente a terapia citotóxica e reage apenas moderadamente a inibidores da topoisomerase de tipo I, não obstante a sobre-expressão da enzima alvo. O CPT 83 é mais activo que o topotecano, tomado como composto de referência, e oferece um melhor perfil farmacológico, em termos globais, mesmo em relação à tolerância, portanto um melhor índice terapêutico. 0 CPT 83 é preparado através de uma via de síntese que compreende a oxidação da 7-hidroximetilcamptotecina para dar a camptotecina-7-aldeído, a transformação deste em oxima e a conversão final em nitrilo. O composto de partida e os intermediários são revelados em Sawada et al., Chem. Pharm. Buli., 39, 5272 (1991). Este documento faz referência a uma família de patentes com prioridade de 1981, por 2 exemplo, o pedido de patente europeia EP 0056692, publicado em 1982. Nestas publicações, descrevem-se, entre outros, o camptotecina-7-aldeído e as suas oximas. A utilidade destes derivados é a de proporcionar compostos com actividade anti-tumoral com baixa toxicidade partindo da 7-hidroximetilcamptotecina. No documento publicado em Chem. Pharm. Buli. 39, 5272 (1991), os autores demonstram que, em relação à camptotecina, os derivados 7-alquilo e 7-aciloximetilo, que não eram previstos no pedido de patente acima referido, são os compostos mais activos nas linhas da leucemia murinica L1210, embora se tenha observado actividade inferior, sempre em relação à camptotecina, nos compostos com substituições na posição 7 com carácter polar elevado, como as hidrazonas e a oxima - CH(=NOH).
No pedido de patente EP 1044977 e em Dallavalle S. et al., J. Med. Chem. 2001, 44, 3264-3274, são descritos os derivados de camptotecina que possuem uma alquiloxima substituída por O na posição 7 e que são dotados de actividade anti-tumoral superior à do composto de referência topotecano. Além disso, estas camptotecinas que possuem um grupo imino na posição 7 apresentam igualmente um índice terapêutico melhorado. Entre estes compostos, uma das moléculas preferidas revelou ser a 7-t-butoxi-iminometilcamptotecina (CTT 184). Quando esta molécula é preparada como descrito na EP 1044977 e no documento de Dallavalle acima, obtém-se uma mistura dos dois isómeros E e Z, na proporção 8:2, a partir de uma mistura solvente contendo etanol e piridina.
Todos os processos descritos na bibliografia acima referida para obter derivados de camptotecina que possuem uma alquiloxima substituída por O na posição 7 conduzem a uma mistura dos dois isómeros E e Z da oxima ou da alquiloxima.
Portanto, é desejável disponibilizar um processo estereo-selectivo que conduza a cada um dos isómeros E e Z, mais particularmente ao isómero E. 3
Foram descobertos e rapidamente comercializados muitos fármacos, antigos e novos, na sua forma cristalina "adequada" e nunca foram analisados exaustivamente quanto às suas eventuais formas polimórficas. Com o recente progresso tecnológico da química do estado sólido, é possível que sejam descobertas novas formas polimórficas que nunca tenham sido observadas. As novas formas polimórficas são muitas vezes capazes de proporcionar vantagens terapêuticas e representam um dos novos desafios da indústria farmacêutica. Na realidade, o polimorfismo, ou seja a capacidade de uma molécula cristalizar em mais de um arranjo cristalino, pode ter um profundo efeito sobre o prazo de validade, a solubilidade, as propriedades da formulação e as propriedades de processamento de um fármaco. Ainda mais relevante é o facto de a acção de um fármaco poder ser afectada pelo polimorfismo das suas moléculas. Polimorfos diferentes podem ter diferentes taxas de absorção pelo corpo, conduzindo a maior ou menor actividade biológica do que a desejada. Em casos extremos, um polimorfo indesejado pode mesmo ser tóxico. A ocorrência de uma forma polimórfica indesejada durante o fabrico pode ter um impacto enorme numa empresa farmacêutica. Por conseguinte, é crucial que os investigadores envolvidos na formulação de produtos cristalinos sejam capazes de seleccionar o polimorfo com as propriedades certas e de antecipar problemas, tais como a cristalização indesejada de outros polimorfos. Surpreendentemente, um elevado número de produtos farmacêuticos revelam o fenómeno do polimorfismo: 70% dos barbitúricos, 60% das sulfonamidas e 23% dos esteróides existem em diferentes formas polimórficas. O problema do polimorfismo em compostos orgânicos é genericamente examinado por Caira, M. R. "Crystalline Polymorphism of Organic Compounds", Topics in Current Chemistry, Springler, Berlin, DE, Vol. 198, 1998, páginas 163-208. A realização de um estudo sobre gimatecano conduziu a Requerente à invenção reivindicada. 4
Descrição dos Desenhos A Figura 1 respeita, à esquerda, à fórmula estrutural da 7-[(E)-t-butiloxi-iminometil]-camptotecina (gimatecano) e, à direita, à fórmula da 7-[(Z)-t-butiloxi-iminometil]-camptotecina. A Figura 2 respeita ao espectro de difracção de raios-X da forma cristalina I da 7-[(E)-t-butiloxi-iminometil]-camptotecina (gimatecano). A Figura 3 respeita ao espectro de difracção de raios-X da forma cristalina II da 7-[(E)-t-butiloxi-iminometil]-camptotecina (gimatecano). A Figura 4 respeita ao espectro de difracção de raios-X da forma cristalina III da 7-[(E)-t-butiloxi-iminometil]-camptotecina (gimatecano) .
Descrição Detalhada da Invenção
Descobrimos agora de forma surpreendente um processo estereo-selectivo para preparar a 7-[(E)-t-butiloxi-iminometil]-camptotecina (também conhecida como gimatecano). Descobrimos igualmente que é possível obter a conversão completa do isómero Z no isómero E. Para maior clareza, mostram-se na Figura 1 as fórmulas estruturais dos dois isómeros.
Além disso, descobrimos que este produto pode existir sob diversas formas cristalinas e que estas formas podem ser obtidas usando o mesmo processo estereo-selectivo acrescentando passos de diluição e de precipitação realizados, em diferentes misturas de solventes adequados.
Portanto, o principal objecto da presente invenção é um processo para a preparação estereo-selectiva da 7-[(E)-t-butiloxi-iminometil ] -camptotecina, que compreende fazer reagir um acetal de 5 7-formilcamptotecina com hidrocloreto de O-t-butil-hidroxilamina num solvente orgânico polar, prótico ou aprótico, em condições ácidas (pH < 7) . De facto, descobriu-se que a quantidade de isómero Z é proporcional à quantidade de base (por exemplo, priridina) adicionada. Por conseguinte, o processo da presente invenção tem de ser realizado na ausência de uma base orgânica, em particular, na ausência de piridina.
Estão incluídas na presente invenção diversas formas de realização e variantes do processo acima referido.
Preferivelmente, o solvente orgânico polar, prótico ou aprótico, é um álcool, tal como metanol, etanol, n-propanol, i-propanol, n-butanol. Mais preferivelmente, é etanol ou metanol. 0 acetal de 7-formilcamptotecina é um dialquilacetal, preferivelmente metil- ou etil-acetal. A temperatura da reacção está normalmente compreendida entre a temperatura ambiente e a temperatura de ebulição do solvente.
No final da reacção, isola-se o precipitado da mistura reaccional, por exemplo, por filtração.
De acordo com o processo da presente invenção, o isómero E é sempre obtido numa proporção de pelo menos 95:5, em relação ao isómero Z. Os Exemplos mostram que o processo da invenção permite obter o isómero E até uma proporção de 99,8:0,2, em relação ao isómero Z.
De acordo com uma realização da invenção preferida, o processo descrito acima compreende mais passos, tais como a dissolução em diclorometano do precipitado previamente obtido, a adição de um co-solvente, a concentração da solução obtida e a cristalização do produto assim obtido. 6
Conforme o co-solvente que se use, obtêm-se diferentes formas cristalinas, como se segue.
Estas diferentes formas cristalinas são mais um objecto da presente invenção. SOLVENTES Polimorfo Polimorfo (por IV e DSC) (por difracção de raios-X pelo método do pó) Acetona I I MeOH III III EtOH III III Hexano II 75% II (com uma quantidade considerável de amorfo) EtOAc II II Tolueno II II Cloreto de n-butilo II II Éter metil-t butilico II 90% III 10% II Usando acetona como co- -solvente, obtém- -se a forma cristalina I de gimatecano que é caracterizada por um espectro de difracção de raios-X pelo método do pó, obtido por irradiação com raios-X de CuK-α, como mostra a Figura 2.
Os principais picos de difracção caracteristicos desta forma são apresentados na tabela seguinte: 7
Graus 2-Teta
Intensidade relativa (%) 7,2 100 9,2 4,8 10,2 7,3 12,7 16,3 14,0 8,1 14, 7 9,5 15,2 13,0 16,0 2,4 16,7 4, 06 19,7 3,2 20,5 3,2 20,7 4, 06 22,2 6,5 26,5 3,2 32,5 2,4 Usando etanol ou metanol como co-solvente, obtém-se a forma cristalina III de gimatecano que é caracterizada por um espectro de difracção de raios-X pelo método do pó, obtido por irradiação com raios-X de CuK-α, como mostra a Figura 4. Os principais picos de difracção caracteristicos desta forma são apresentados na tabela seguinte:
Graus 2-Teta Intensidade relativa (%) 6,0 1,0 7,5 100, 0 8,51 8,1 12,3 4,8 16,0 6,0 17,0 11,0 18,0 6,6 18,2 4,0 18,7 6,0 23,2 2,4 25,2 3,6 8
Usando acetato de etilo, tolueno, cloreto de n-butilo, éter metil-t-butílico ou hexano como co-solvente, obtém-se a forma cristalina II de gimatecano que é caracterizada por um espectro de difracção de raios-X pelo método do pó, obtido por irradiação com raios-X de CuK-α, como mostra a Figura 3. Os principais picos de difracção caracteristicos desta forma são apresentados na tabela seguinte:
Graus 2- Intensidade Teta relativa (%) 6,7 7,2 9, 7 11,2 13.2 14, 5 16,0 16, 7 17, 0 17.5 19.0 21.0 23,0 25.5 26.5 28.2
Estas novas formas cristalinas também objectos da presente cristalina I de gimatecano. 100, 0 4.8 6, 0 2, 0 3, 0 4.8 2,4 21,6 31,2 10.8 3, 0 4,8 3,6 7,2 6,0 3,0 I, II e III de gimatecano são invenção. Prefere-se a forma
Um outro objecto da presente invenção é a utilização de qualquer forma cristalina I, II e III de gimatecano, ou de uma sua mistura, como medicamentos, em particular para a preparação de um medicamento para tratar estados patológicos que têm origem na proliferação celular ou são exacerbados por ela. 9
Ainda um objecto da presente invenção são composições, em particular composições farmacêuticas, compreendendo pelo menos uma das formas cristalinas acima referidas como ingrediente activo, estando as composições farmacêuticas misturadas com pelo menos um veiculo e/ou diluente farmaceuticamente aceitável. Além disso, as composições farmacêuticas da presente invenção podem conter também um ou mais excipientes farmaceuticamente aceitáveis. 0 gimatecano revela uma actividade anti-proliferativa, sendo portanto as suas formas cristalinas úteis para a sua actividade terapêutica e possuem propriedades fisico-quimicas que as tornam adequadas para serem formuladas em composições farmacêuticas.
As composições farmacêuticas compreendem pelo menos uma das formas cristalinas de gimatecano acima referidas, numa quantidade tal que produza um efeito terapêutico considerável, em particular efeito anti-tumoral. As composições incluídas na presente invenção são convencionais e são obtidas por métodos usados normalmente na indústria farmacêutica. Consoante a via de administração desejada, as composições estarão na forma sólida ou líquida, adequadas à via oral, parenteral ou intravenosa. As composições de acordo com a presente invenção compreendem, juntamente com o ingrediente activo, pelo menos um veículo ou excipiente farmaceuticamente aceitável. Co-adjuvantes de formulação, como por exemplo agentes de solubilização, de dispersão, de suspensão e de emulsão, podem ser particularmente úteis.
As formas cristalinas de gimatecano acima referidas podem também ser utilizadas em combinação com outros ingredientes activos, por exemplo outros fármacos anti-tumorais, ambos em formas separadas e numa forma de dose única.
As formas cristalinas de gimatecano acima referidas de acordo com a presente invenção são úteis como medicamentos com actividade anti-tumoral, por exemplo em tumores dos pulmões, tal como o tumor 10 do pulmão de células não pequenas, tumores colo-rectais, da próstata, gliomas. A actividade citotóxica é testada em sistemas celulares de células tumorais humanas utilizando o teste de actividade anti-proliferativa como um método de avaliação do potencial citotóxico.
Estes e outros objectos da presente invenção serão ilustrados em pormenor também através dos Exemplos seguintes.
Os Exemplos seguintes ilustram melhor a invenção.
Introdução
Os Exemplos 1 e 2 lidam com a síntese da 7-[(E)-t-butiloxi-iminometil]-camptotecina, utilizando o dimetilacetal de 7-formilcamptotecina como material de partida.
Os Exemplos 3 e 4 relatam a síntese da 7-[(E)-t-butiloxi-iminometil]-camptotecina, utilizando a 7-formilcamptotecina como material de partida sob condições que proporcionam o isómero E. Todas as reacções deste grupo são mais rápidas do que as reacções relatadas nos Exemplos 1 e 2, o que indica que a hidrólise do acetal é provavelmente mais lenta do que a reacção do aldeído para dar a oxima. 0 Exemplo 5 relata a conversão do isómero Z no isómero E. 0 Exemplo 6 relata a síntese e a caracterização das diferentes formas cristalinas (polimórficas) que se podem obter a partir da 7-[(E)-t-butiloxi-iminometil]-camptotecina (gimatecano). HPLC: realiza-se a análise num instrumento equipado com uma bomba quaternária (Waters Alliance 2690) com injector automático (volume injectado: 5 μΐ) e com um detector de UV que funciona a 260 nm (Waters 2487), controlado pelo software Waters "Empower Pro". 11
Utiliza-se uma coluna de fase inversa C18 (Symmetry C18; 75x4,6 mm Waters) com um gradiente de eluição linear (ver tabela abaixo), com um caudal de 1,0 ml/min.
Programa do Gradiente A: H2O/CH3CN 60/40 (v/v) B: H2O/CH3CN 30/70 (v/v)
Tempo (min) % A 100 % B 0 0 30 100 0 40 0 100 45 100 0 50 100 0 0 tempo de retenção da 7-[(E)-t-butiloxi-iminometil]-camptotecina é de 12 minutos e o tempo de retenção do isómero Z é de 8 minutos.
Exemplo 1
Preparação da 7-[(E)-t-butiloxi-iminometil]-camptotecina a partir do dimetilacetal de 7-formilcamptotecina
Adicionou-se dimetilacetal de 7-formilcamptotecina (500 mg; 1,2 mmol) e hidrocloreto de O-terc-butil-hidroxilamina (372 mg; 2,9 mmol) a etanol a 95% (12,5 ml), num frasco de três tubuladuras protegido da luz e equipado com um agitador magnético e um condensador. Aqueceu-se a mistura até ao refluxo durante 4 h. A análise de HPLC mostrou uma proporção E:Z de 99,8:0,2. Obteve-se o produto em bruto como precipitado a partir da mistura reaccional e isolou-se por filtração. Após purificação cromatográfica sobre sílica gel (20 g), eluição com diclorometano-metanol a 95:5, 12 obteve-se gimatecano (460 mg) na forma de um pó amarelo (rendimento: 87%).
Exemplo 2
Preparação da 7-[(E)-t-butiloxi-iminometil]-camptotecina a partir do dimetilacetal de 7-formilcamptotecina
Adicionou-se dimetilacetal de 7-formilcamptotecina (500 mg; 1,2 mmol), hidrocloreto de O-terc-butil-hidroxilamina (372 mg; 2,9 mmol) e hidróxido de sódio (59 mg; 1,47 mmol) a etanol a 95% (12,5 ml), num frasco de três tubuladuras protegido da luz e equipado com um agitador magnético e um condensador. Aqueceu-se a mistura até ao refluxo durante 24 h. A análise de HPLC mostrou uma proporção E:Z de 98,8:1,2. Obteve-se o produto em bruto como precipitado a partir da mistura reaccional e isolou-se por filtração. Após purificação cromatográfica sobre sílica gel (20 g) , eluição com diclorometano-metanol a 95:5, obteve-se gimatecano na forma de um pó amarelo (rendimento: 80%).
Exemplo 3 (Exemplo de referência)
Preparação da 7-[(E)-t-butiloxi-iminometil]-camptotecina a partir da 7-formilcamptotecina
Adicionou-se 7-formilcamptotecina (500 mg; 1,33 mmol), hidrocloreto de O-terc-butil-hidroxilamina (417 mg; 3,3 mmol) e hidróxido de sódio (67 mg; 1,65 mmol) a etanol a 95% (12,5 ml), num frasco de três tubuladuras protegido da luz e equipado com um agitador magnético e um condensador.
Aqueceu-se a mistura até ao refluxo durante 2 h. A análise de HPLC mostrou uma proporção E:Z de 97,4:2,6. Obteve-se o produto em bruto como precipitado a partir da mistura reaccional e isolou-se por filtração. Após purificação cromatográfica sobre sílica gel 13 (20 g), eluição com diclorometano-metanol a 95:5, obteve-se gimatecano (480 mg) na forma de um pó amarelo (rendimento: 80%).
Exemplo 4 (Exemplo de referência)
Preparação da 7-[(E)-t-butiloxi-iminometil]-camptotecina a partir de 7-formilcamptotecina
Adicionou-se 7-formilcamptotecina (500 mg; 1,33 mmol), hidrocloreto da O-terc-butil-hidroxilamina (417 mg; 3,3 mmol) e hidróxido de sódio (120 mg; 3 mmol) a etanol a 95% (12,5 ml), num frasco de três tubuladuras protegido da luz e equipado com um agitador magnético e um condensador.
Aqueceu-se a mistura até ao refluxo durante 2 h. A análise de HPLC mostrou uma proporção E:Z de 95:5. Obteve-se o produto em bruto como precipitado a partir da mistura reaccional e isolou-se por filtração. Após purificação cromatográfica sobre sílica gel (20 g) , eluição com diclorometano-metanol a 95:5, obteve-se gimatecano (550 mg) na forma de um pó amarelo (rendimento: 93%).
Exemplo 5
Conversão do Isómero
Dissolveu-se 7-[(Z)-t-butiloxi-iminometil]-camptotecina (100 mg) em diclorometano (30 ml). Adicionou-se ácido clorídico (0,2 ml) à temperatura ambiente e sujeitou-se a mistura a irradiação com uma lâmpada U.V. de Hg de alta pressão, de 125 W, durante 1 hora. A análise de HPLC mostrou que o isómero Z foi completamente convertido no isómero E.
Exemplo 6
Estudos de Cristalização 14
Dissolveu-se 7-[(E)-t-butiloxi-iminometil]-camptotecina (2,5 mg) em diclorometano (500 ml) . Adicionou-se à solução um co-solvente (500 ml), depois por meio de um evaporador rotativo, concentrou-se a mistura a uma temperatura de 40°C até um volume de 250 ml.
Manteve-se a mistura sob agitação, à temperatura ambiente, durante 30 minutos, depois filtrou-se o sólido que se formou e lavou-se duas vezes com 20 ml do co-solvente. Após uma noite numa estufa sob vácuo, obteve-se 2,1 g de produto.
Os co-solventes utilizados foram: acetona, etanol, metanol, acetato de etilo, tolueno, cloreto de n-butilo, éter metil-terc-butílico e hexano.
Analisaram-se os cristais obtidos por difractometria de raios-X pelo método do pó. Obtiveram-se os difractogramas sobre 20-50 mg de pó utilizando um difractómetro controlado por computador Siemens D-500, equipado com uma fonte de radiação monocromática de CuK-α com cristais de grafite (002), com fendas de tipo Sollers, divergência restrita (0,3°) e permitindo aberturas. Os limites de confiança dos ângulos de dispersão são ±0,5 2-Teta.
As amostras obtidas utilizando acetona como co-solvente (forma I) conduzem aos seguintes resultados. O difractograma de raios-X pelo método do pó é caracteristico de uma substância cristalina. Os principais picos de difracção caracteristicos desta forma apresentam-se na tabela seguinte: 15
Graus 2-Teta Intensidade re 7,2 100 9,2 4,8 10,2 7,3 12,7 16,3 14,0 8,1 14, 7 19,5 15,2 13,0 16,0 2,4 16,7 4, 06 19,7 3,2 20,5 3,2 20,7 4, 06 22,2 6,5 26,5 3,2 32,5 2,4
As amostras obtidas utilizando etanol ou metanol como co-solvente (forma III) conduzem aos seguintes resultados. 0 difractograma de raios-X pelo método do pó é caracteristico de uma substância cristalina. Os principais picos de difracção caracteristicos desta forma apresentam-se na tabela seguinte: -Teta Intensidade relativa (%) 6,0 11,0 7,5 100, 0 8,5 18,1 12,3 4,8 16,0 6,0 17,0 11,0 18,0 6,6 16 (continuação)
Graus 2-Teta
Intensidade relativa (%) 18,2 4,0 18,7 6, 0 23,2 2,4 25,2 3,6
As amostras obtidas utilizando acetato de etilo, tolueno, cloreto de n-butilo, éter metil-terc-butílico ou hexano como co-solvente (forma III) conduzem aos seguintes resultados. 0 difractograma de raios-X pelo método do pó é caracteristico de uma substância cristalina. Os principais picos de difracção caracteristicos desta forma apresentam-se na tabela seguinte:
Graus 2-Teta Intensidade relativa (%) 6,7 100, 0 7,2 4,8 9,7 6,0 11,2 24,0 13,2 3,0 14,5 4,8 16,0 2,4 16,7 21,6 17,0 31,2 17,5 10,8 19,0 3,0 21,0 4,8 23,0 3,6 25,5 7,2 26,5 6,0 28,2 3,0 17
Para caracterizar melhor estas formas cristalinas de gimatecano, examinaram-se as mesmas amostras por espectroscopia de IV. Na tabela seguinte apresentam-se os picos (cm-1) caracteristicos destas formas.
Forma II (AcOEt)* Frequência
Forma I (acetona) Frequência (cnf1) 1751,7 1761,7 1606,4 1605,0 1162,2 1156,7 766,2 764, 3
Forma III (EtOH)** (cm 2) Frequência (cm 1) 1739.3 1619,8 1154.4 759, 5 * observaram-se dados idênticos para as formas obtidas a partir de tolueno, cloreto de n-butilo, éter metil-t-butilico ou hexano ** também se observaram dados idênticos para a forma obtida a partir de metanol
Recolheu-se o espectro de IV a 4 cm 1 numa pastilha de KBr (1%) com um Perkin Elmer Spectrum 1000 FT-IR. 05-12-2012 18
Claims (23)
- REIVINDICAÇÕES 1. Um processo para a preparação estereo-selectiva da 7-[ (E)-t-butiloxi-iminometil]-camptotecina, que compreende fazer reagir, na ausência de uma base orgânica e em condições ácidas, um acetal de 7-formilcamptotecina com hidrocloreto de O-t-butil-hidroxilamina num solvente orgânico polar, prótico ou aprótico.
- 2. 0 processo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o solvente orgânico polar, prótico ou aprótico, ser um álcool seleccionado no grupo que consiste em etanol ou metanol.
- 3. 0 processo, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado por o acetal de 7-formilcamptotecina ser um dialquilacetal.
- 4. 0 processo, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por o acetal de 7-formilcamptotecina ser dimetil- ou dietil-acetal.
- 5. 0 processo, de acordo com uma qualquer das reivindicações precedentes, caracterizado por a temperatura da reacção ser mantida entre a temperatura ambiente e a temperatura de ebulição do solvente.
- 6. 0 processo, de acordo com uma qualquer das reivindicações precedentes, caracterizado por no final da reacção se isolar o precipitado da mistura reaccional.
- 7. 0 processo, de acordo com a reivindicação 6, 1 caracterizado por se isolar o precipitado da mistura reaccional por filtração.
- 8. 0 processo, de acordo com a reivindicação 6 ou 7, caracterizado por compreender também dissolver o precipitado em diclorometano, adicionar um co-solvente, concentrar a solução assim obtida e permitir que o produto da reacção precipite e cristalize.
- 9. 0 processo, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por o co-solvente ser seleccionado entre acetona, tolueno, cloreto de n-butilo, éter metil-t-butilico ou hexano, acetato de etilo, etanol, metanol.
- 10. O composto que se pode obter pelo processo das reivindicações 8 ou 9 em que o co-solvente é acetona e que é a Forma cristalina I da 7-[(E)-t-butiloxi-iminometil]-camptotecina.
- 11. O composto que se pode obter pelo processo das reivindicações 8 ou 9 em que o co-solvente é seleccionado no grupo que consiste em metanol e etanol e que é a Forma cristalina III da 7-[(E)-t-butiloxi-iminometil]-camptotecina.
- 12. O composto que se pode obter pelo processo das reivindicações 8 ou 9 em que o co-solvente é seleccionado no grupo que consiste em tolueno, cloreto de n-butilo, éter metil-t-butilico, hexano e acetato de etilo e que é a Forma cristalina II da 7-[(E)-t-butiloxi-iminometil]-camptotecina.
- 13. O composto da reivindicação 10 que mostra picos de difracção de raios-X, num ângulo de refracção 2 teta (Θ) , de 2 7,2; 9,2; 10,2; 12,7; 14,0; 14,7; 15,2; 16,0; 16,7; 19,7; 20,5; 20,7; 22,2; 26,5 e 32,5 ± 0,2 graus.
- 14. O composto, de acordo com a reivindicação 13, tendo consideravelmente o mesmo espectro de difracção de raios-X que se mostra na Figura 2.
- 15. O composto da difracção de raios-X, 6,7; 7,2; 9,7; 11,2; 21,0; 23,0; 25,5; 26, reivindicação 12 que mostra picos de num ângulo de refracção 2 teta (Θ), de 13,2; 14,5; 16,0; 16,7; 17,0; 17,5; 19,0; 5 e 28,2 ± 0,2 graus.
- 16. O composto, de acordo com a reivindicação 15, tendo consideravelmente o mesmo espectro de difracção de raios-X que se mostra na Figura 3.
- 17. O composto da reivindicação 11 que tem um espectro de difracção de raios-X, expresso em termos de ângulos 2 Θ, que mostra picos a 6,0; 7,5; 8,5; 12,3; 16,0; 17,0; 18,0; 18,2; 18,7; 23,2 e 25,2 ± 0,2 graus.
- 18. O composto, de acordo com a reivindicação 17, tendo consideravelmente o mesmo espectro de difracção de raios-X que se mostra na Figura 4.
- 19. Uma composição que compreende um composto de qualquer uma das reivindicações 10-18.
- 20. Uma composição farmacêutica que compreende: a) um composto de qualquer uma das reivindicações 10-18; e 3 b) pelo menos um veículo e/ou diluente farmaceuticamente aceitável; e, opcionalmente, compreende c) um ou mais excipientes farmaceuticamente aceitáveis.
- 21. A composição farmacêutica, de acordo com a reivindicação 20, que é uma forma de dosagem adequada para administração oral.
- 22. A composição farmacêutica, de acordo com a reivindicação 20 e 21, caracterizada por a referida forma de dosagem ser seleccionada entre comprimido, cápsula ou solução.
- 23. A utilização de um composto, de acordo com qualquer uma das reivindicações 10-18, para a preparação de um medicamento para tratar uma doença tumoral. 05-11-2012 4
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