PT2057148E - Derivados de amidina de 2-heteroaril-quinazolinas e quinolinas; potentes analgésicos e agentes antiinflamatórios - Google Patents

Derivados de amidina de 2-heteroaril-quinazolinas e quinolinas; potentes analgésicos e agentes antiinflamatórios Download PDF

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PT2057148E
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Lucio Claudio Rovati
Francesco Makovec
Gianfranco Caselli
Antonio Giordani
Stefano Mandelli
Simona Zanzola
Francesca Tarchino
Teresa Simonetta Fiorentino
Silvio Mazzari
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Rottapharm Spa
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Description

7274
DESCRIÇÃO
DERIVADOS DE AMIDINA DE 2-HETEROARIL-QUINAZOLINAS E QUINOLINAS; POTENTES ANALGÉSICOS E AGENTES ANTIINFLAMATÓRIOS A presente invenção refere-se a novas amidinas de 2-heteroaril-quinazolina e quinolinas, a um processo para a sua preparação, às suas composições farmacêuticas e ao uso destes compostos e das suas composições farmacêuticas para o tratamento da dor e respectivas perturbações inflamatórias.
ANTECEDENTES
Apesar da investigação intensiva sobre os mecanismos neurobiológicos da dor crónica, este sector terapêutico continua a ser um dos menos satisfatoriamente cobertos pelos fármacos actuais. Mais de um terço da população mundial sofre de dor persistente ou recorrente, e a dor sem tratamento pode converter-se em auto-perpetuante, porque a dor tem efeitos imuno-supressores que fazem com que os pacientes sejam susceptiveis a doenças subsequentes (C.L. Stuky, Mechanisms of Pain, PNAS, 2001, 98, 11845) . A dor é definida pela International Association for the Study of Pian (IASP, Classification of chronic pain, 2nd Edition, iasp Press, 2002, 210) como "uma experiência sensorial e emocional desagradável associada à deterioração real ou potencial de tecidos". Embora a dor seja sempre subjectiva, as suas causas ou sindromes podem dividir-se em duas categorias, dor fisiológica e dor patológica ou clinica. A 7274 dor fisiológica é aguda e tem uma função protectora que avisa de uma deterioração potencial de tecidos, enquanto que a dor patológica é habitualmente crónica. A dor patológica pode dividir-se principalmente em dor inflamatória, um tipo de dor mais relacionado com a deterioração/inflamação de tecidos periféricos, e dor neuropática. A dor neuropática refere-se clinicamente a um grupo de sindromes de dores crónicas. Estes sindromes partilham a caracteristica comum de serem provocados por uma deterioração inicial dos nervos que dá lugar posteriormente a um processo sensorial anormal no sistema nervoso central e periférico. As condições de dor neuropática são a consequência de um certo número de doenças, por exemplo, diabetes, cancro, amputações e esclerose múltipla. A dor inflamatória afecta centenas de milhões de pessoas no mundo. Embora a artrite (sendo a artrite reumatóide e a osteoartrite a forma mais comum de artrite) seja definida como uma inflamação das articulações, a caracteristica principal com a qual os pacientes se apresentam na clínica é a dor crónica; e se bem que a artrite não seja a única patologia que pode dar lugar à dor crónica, é bastante comum e bastante representativa deste tipo de dor. A sensibilização periférica e a sensibilização central são dois mecanismos principais que subjazem à geração da dor patológica. Quando se produz a deterioração de tecidos, desenvolve-se uma resposta inflamatória que activa 2 7274 mecanismos nos sistemas nervoso e imune. Isto dá lugar a um estado doloroso continuado. Durante a lesão e inflamação de tecidos são libertados agentes sensibilizantes como prostaglandinas pró-inflamatórias (peg2) , 5-ht, bradiquinina, histamina, ATP e citoquinas das células inflamatórias e terminais de nervos. Estes mediadores provocam a activação de canais de iões específicos através da excitação de neuronas nociceptivas periféricas, que se relacionam com a activação de quinases intracelulares e resultam numa sensibilização periférica. A activação de nociceptores periféricos também resulta numa actividade ou uso dependente da plasticidade neuronal no CNS. Esta plasticidade modifica o rendimento da trajectória nociceptiva aumentando e prolongando as respostas aos estímulos periféricos subsequentes. Estas alterações na espinal medula, assim como no cérebro, denominam-se sensibilização central. A sensibilização central desempenha uma função principal para manter elevada a sensibilidade à dor e é responsável pela dor produzida depois de uma ferida por aportes aferentes do limiar baixo normalmente inócuo. Um mecanismo tão complexo para a indução e controlo de dor pode explicar a razão porque não se encontrou ainda uma solução farmacológica satisfatória para o tratamento dos estados de dor.
Os fármacos opiáceos, como a morfina, são bem conhecidos pela sua capacidade para produzir uma analgesia potente, assim como efeitos secundários não desejados, como tolerância, dependência fisica, supressão respiratória e obstipação. Para identificar novos agentes para o tratamento clinico da dor, foram efectuadas várias 3 7274 abordagens farmacológicas alternativas na última década, por exemplo, os inibidores COX-2 exibiam uma boa eficácia no tratamento de dor inflamatória, mas faltava-lhes eficácia no tratamento da dor neuropática, além de terem sido recentemente realçados efeitos secundários indesejáveis nos inibidores COX-2, que são um risco para a vida.
Os analgésicos disponíveis para o tratamento da dor neuropática, por exemplo, alguns antidepressivos tricíclicos (por exemplo, amitriptilina) e uns poucos fármacos antiepilépticos (por exemplo, gabapentina, lamotrigina e carabamazepina) são eficazes nalguns pacientes havendo, no entanto, uma grande necessidade de fármacos eficazes para o tratamento da dor neuropática.
DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO A presente invenção compreende uma nova classe de compostos, derivados de amidina de 2-heteroaril-quinazolinas e quinolinas de fórmula (I), úteis em terapia, especialmente para o tratamento de diversos estados de dor como dor crónica, dor neuropática, dor aguda, dor de cancro, dor provocada por artrite e dor visceral.
Os compostos da invenção são também dotados de propriedades anti-inflamatórias que actuam sobre a expressão e produção celular de diversos mediadores pró-inflamatórios como PGE2 e citoquinas, pelo que podem ser agentes farmacológicos úteis para o tratamento de artrite, artrite reumatóide e osteoartrite, estados de inflamação 4 7274 intestinal como colite ulcerosa e doença de Chron. Compostos de fórmula (I):
em que: - X é escolhido independentemente entre um átomo de carbono ou um átomo de azoto; - Z e Y são escolhidos independentemente entre um átomo de oxigénio (-0-), um átomo de enxofre (-S-) ou os grupos: -CH2-, -chr2-, -CH=, -CR2=; - Q é escolhido independentemente entre os grupos: -CH2-, -CHR2-, -CH=, -CR2=, -CH2-CH2-, -CHR2-CH2-; desde que a combinação dos grupos Y, Z e Q dê lugar a um heterociclo benzocondensado hexa-atómico ou penta-atómico, de preferência escolhido entre 1,3-benzodioxol, 1,3-benzoditiol, benzofurano, 2,3-dihidrobenzofurano, benzotiofeno, 2,3-dihidrobenzotiofeno, 2H-3,4- dihidrobenzopirano, 2H-3,4-dihidrobenzotiopirano, [1,4]-benzodioxina e 2,3-dihidro-[1,4]benzodioxina-(1, 4- benzodioxano);
Ri é escolhido independentemente entre alquilo Ci-C4 ou cicloalquilo C3-C4; sendo o grupo alquilo Ci-C4 uma cadeia hidrocarbonada linear ou ramificada, saturada ou insaturada; 5 7274 R.2 é escolhido independentemente entre alquilo C1-C4 e alcoxi (-ORi) .
De acordo com esta invenção, os compostos de fórmula (I) podem ser usados como a base livre ou como um seu sal farmaceuticamente aceitável, ou como uma forma de solvato ou hidrato deste sal.
Os sais dos compostos de fórmula (I) são sais por adição farmaceuticamente aceitáveis com ácidos inorgânicos e orgânicos. Exemplos representativos e não limitativos de sais inorgânicos são: hidrocloreto, hidrobrometo, hidrogenosulfato e sulfato. Exemplos representativos e não limitativos de sais orgânicos são: maleato, fumarato, oxalato, metanosulfonato, succinato, ascorbato e tartrato.
Para os compostos de fórmula (I) são possíveis tautómeros e a presente invenção refere-se também a todos os tautómeros possíveis destes compostos.
Noutra forma de realização, esta invenção proporciona métodos para a preparação de compostos de fórmula (I).
Numa outra forma de realização, esta invenção proporciona composições farmacêuticas para compostos de fórmula (I), úteis para o tratamento da dor e perturbações inflamatórias como se expôs anteriormente. No âmbito da presente invenção, a expressão "composição farmacêutica" (produto fármaco) refere-se a qualquer forma de dosagem oral, parentérica ou tópica, adequada para o tratamento das patologias anteriores, que contem uma quantidade eficaz de 6 7274 pelo menos um dos ingredientes farmacêuticos activos (substâncias de fármacos), compostos de fórmula (I), seus sais ou solvatos e um veículo farmaceuticamente aceitável, excipientes ou diluentes como se descreve a seguir, para uma administração oral, parentérica ou tópica.
Exemplos representativos mas não limitativos de compostos de fórmula (I) são recolhidos no Quadro 1.
Quadro 1
Nome Estrutura ΡΜ Exemplo N- [2-(1,3-benzodioxol-5- il)quínazolín-6-íl]acetamídina .'rK·' N í (· , ..·;·.. v.A, ,-·ν π Ν· ν' 3, :?··' "θ' 306,33 1 N-[2-(1,3-benzodioxol-5-íl)quínolín-6-íl]acetamídina :C-+! « !ί J γγΐ '·· - -· "θ' 305,34 2 N- [2-(2-3-díhídro-l, 4-benzo-díoxín-6-íl)quínazolin-6-íl]acetamídina ί· "ί’ V ' ;· ' Ν Ν ]i J | ' 0" 320,35 3 N-[2-(2,3-díhídro-benzofuran-5—il)quínazolín-6-il]acetamídina 'ν'* ΤΥ"ί ^CQ 304,35 4 N- [2-(benzofuran-5- il)quinazolín-6-il]acetamídina ν·γ^Λ'Ν ' ^00 302,44 5 N-[2-(2-3-dihidro-benzofuran-5-il)quinolin-6-il]acetamídina V“rrQ 303,37 - 7 7274 N-[2-(benzofuran-5- il)quinolín-6-il]acetamídína V"N y^Y' ^ ‘ v" 0 301,35 - N- [2-(benzofuran-6- il)quinazolín-6-il]acetamídína Η :| X A 302,34 - N- [2- (2,3-díhidro-benzofuran-6—í1)quínazolín-6-íl]acetamídína Λ ii .1 J. - UO 304,35 - N- [2-(1,4-benzodíoxín-6- íl)quínazolín-6-íl]acetamídína o' 318,34 - N- [2-(2H-3,4-dihidro-l-benzopíran-6-il)quinolin-6-íl]acetamídína V**' ι;·"νΛ"ΐ N ^ J ..<1 ... „ ' I T'i ^ V 317,39 - N- [2 - (2H-3,4-díhidro-l-benzopiran-6-íl)quinazolin-6-il]acetamídína \ η Ti TI o' 318,38 -
Preparação dos compostos da invenção
Os compostos de fórmula (I) preparam-se fazendo reagir um composto de fórmula II com um composto de fórmula (III) como indicado no Esquema 1, em que X, Y, Z, Q, Ri e R2 têm os mesmos significados que os anteriormente indicados para compostos de fórmula (I), enquanto w é um grupo alcoxi (etoxi ou metoxi) ou um grupo alquiltio (tiometilo ou 2-naftiltiometilo): 8 7274
Esquema 1: 7274
Q Composto de fórmula II (III) Composto de fórmula I A reacção de um composto de fórmula (II) com um composto de fórmula (III) realiza-se num dissolvente adequado como etanol ou metanol, acetonitrilo, N,N-dimetilformamida (DMF) ou tetrahidrofurano (THF) a uma temperatura entre 0°C e a temperatura de refluxo, de modo análogo aos procedimentos descritos para os alcoxiimidatos (J. Med. Chem., 1990, 33, 2108-2113) ou tioimidatos (Tetrahedron Letters 1997, 179-182). Em alternativa, podem obter-se compostos de fórmula (I) a partir de compostos de fórmula (II) por reacção com o nitrilo apropriado (Ri-CN), sob catálise com ácido clorídrico seco; no caso do acetonitrilo o próprio nitrilo pode ser o dissolvente de reacção, para outros casos utiliza-se um dissolvente inerte adequado como diclorometano ou tetrahidrofurano.
Opcionalmente, as etapas seguintes podem completar a conversão de um composto de fórmula (II) num composto de fórmula (I): - supressão de qualquer grupo protector presente, - conversão do produto num sal ou solvato farmaceuticamente aceitável. 9 7274
Especialmente para os casos em que nos compostos de fórmula (I) o modelo de substituição Z-Q-Y é formar um heterociclo contendo um átomo de azoto básico (de que são exemplos típicos: 2, 3-dihidroindol, 2,3-dihidro-[1, 4] -benzotiazina, S,S-óxido de 2,3-dihidro-[l-4]benzotiazina, 2-3-dihidro-[1-4]-benzoxazina) a protecção deste átomo de azoto é necessária antes da preparação de compostos de fórmula (I) . Grupos protectores de azoto adequados são, neste caso, grupos trifluoroacetamida, terc-butoxicarbonilo e benziloxicarbonilo, mais preferencialmente o grupo protector benziloxicarbonilo. Para estes casos a remoção do grupo protector será o último passo na preparação de compostos de Fórmula (I) . A conversão de um composto de fórmula (I) num dos seus sais, solvatos ou hidratos farmaceuticamente aceitáveis mencionados anteriormente é facilmente alcançável segundo métodos bem conhecidos na técnica. Por exemplo, o sal por adição de ácido ou o seu solvato podem ser obtidos por tratamento de um composto de fórmula (I) com um ácido apropriado, num dissolvente inerte, seguido de precipitação, isolamento e opcionalmente recristalização por métodos conhecidos.
Os compostos de fórmula (II) são obtidos a partir de compostos de fórmula (Illb), como descrito no Esquema 2, em que X, Y, Z, Q e Ri têm os mesmos significados que os acima referidos para os compostos de fórmula (I) . A redução do grupo nitro pode efectuar-se por um método bem conhecido na técnica (P. Rylander, Catalytic Hydrogenation in Organic Synthesis, Academic Press, 1797), por exemplo usando hidrogénio e um catalisador como Pd/C ou Pt02, num dissolvente adequado; em alternativa, o grupo nitro pode 10 7274 ser reduzido usando agentes químicos redutores, como cloreto estanoso (Bellamy, Tetrahedron Letters, 1984, 839-842) ou ferro (Merlic, JOC, 1995, 33-65).
Esquema 2: v;>'· N"' Xff T \
Cci!'ÇíCisto cfe tómtjlft 111¾
Em alternativa, pode obter-se um composto de fórmula (II) a partir de um composto de fórmula (Illa), como se expõe no Esquema 3, em que X, Y, Z e Q têm os mesmos significados que os acima indicados para os compostos de fórmula (I) e T é escolhido de entre os grupos: PhCH20 ou t-But-O-, CF3- CH3-, Ph-.
Esquema 3:
I I .1 J ,-s. /
Etapa de desproteção
·' 11 > v //' V
CoMtosto de Fórmula IITa
^ ~Y Corroosto de Fórmula IX
As condições adequadas para a supressão de grupos protectores dependerão do grupo protector usado e de outros grupos protectores que podiam estar presentes na molécula, segundo métodos bem conhecidos na técnica (T.W. Green and P. Wuts, Protective Groups in Organic Synthesis, 1991, J.W. 11 7274 & S.). Por exemplo, no caso do modelo de substituição Z-Q-Y forma-se um heterociclo que contem um átomo de azoto básico (exemplos típicos são: 2,3-dihidroindol, 2,3-dihidro-[1,4]-benzotiazina, S,S-dióxido de 2,3-dihidro-[1,4]-benzotiazina, 2-3-dihidro-[1-4]-benzoxazina), a protecção do átomo de azoto no heterociclo consegue-se preferencialmente usando um grupo benciloxicarbonilo ou um grupo terc-butoxi-carbonilo enquanto que o grupo T será de preferência um grupo -CF3 ou CH3.
Os compostos de fórmula (IHb) e (ma) podem ser preparados fazendo reagir compostos de fórmula (IV) e (IVa) com compostos de fórmula (V) no caso dos compostos de fórmula (Illb) e (Illa) sejam derivados de quinolinas, como se pormenoriza no Esquema 4:
Esquema 4: v^Nd..a
Composto de fórrauia IV
Xj*
ν'* % I Γ Q NX5*·--- Cosrçfrosto de formula ΙΙΣ&
Composto de fórmula Illa
Q
Corapoato de fômuia IV*
No Esquema 4, Y, z e Q têm os mesmos significados que os acima indicados para os compostos de fórmula (D' ^ ® como se indicou acima e o substituinte na posição 2 do 12 7274 derivado de quinolina de fórmula (IV) e (IVa) é um átomo de cloro. Em compostos de fórmula (V), o substituinte M é um grupo que contem um metal como: boronato [-B(OH)2], estanano [-Sn(Me)3 ou -Sn(nBut)3] ou zinco(-Z1C1). Quando 0 grupo M é um grupo boronato, a reacção de acoplamento entre um composto de fórmula (IV) e um composto de fórmula (V) pode efectuar-se usando o acoplamento de diarilo de Suzuki, bem conhecido na técnica (D.G. Hall, Boronic acids, Wiley-VCH, 2005) . Quando o grupo M é um estanano, a reacção de acoplamento pode efectuar-se usando a reacção de Stille (analogamente a JOC, 2000, 2802-2805 o Buli. Chem. Soc. Jpn., 1983, 3855). Quando 0 grupo M é zinco (-ZnCl), a reacção de acoplamento pode obter-se usando o procedimento conhecido de acoplamento de arilzinco-diarilo (analogamente a JOC, 1997, 3158) . Os compostos de fórmula (V) estão disponíveis no comércio ou podem ser obtidos a partir de compostos disponíveis no comércio por meio de procedimentos padrão. Os compostos de fórmula (IV) e (IVa) são preparados como se descreve na bibliografia (Byoung, Heterocycles, 1998, 48, 12, 65) .
Os compostos de fórmula (Illb) e (Illa), no caso de serem derivados de quinazolina, podem ser preparados fazendo reagir compostos de fórmula (VI) e (Via) com compostos de fórmula (VII), como se pormenoriza no Esquema 5. 13 7274Esquema 5:
V
coMcosfea de fórjaula VI
\
Ceapeste de fóirvuia IZlb 0 NH, O«Mr.
Oxidação
P
Cospestc de fórmula Via
Composto de fómula III» <y») A reacção dos compostos de fórmula (VI) e (Via) com cloretos de acilo de fórmula (VII) pode ser realizada na presença de uma base orgânica (por exemplo trietilamina) ou inorgânica (por exemplo, K2CO3) num dissolvente inerte adequado como diclorometano, dimetilformamida, dioxano, tetrahidrofurano e tolueno, para proporcionar as correspondentes amidas, que podem ser isoladas ou directamente ciclizadas à correspondente 3,4-dihidroquinazolina. A ciclização pode ser produzida espontaneamente no meio de acilação ou aquecendo as amidas na presença de um catalisador ácido (como ácido para-toluenosulfónico) num dissolvente adequado (por exemplo, tolueno), ou por reacção das amidas com P0C13 num dissolvente inerte como tolueno ou dimetoxietano. A oxidação do intermédio 3,4-dihidroquinazolina para o correspondente composto de fórmula (Illb) e (Illa) pode ser obtida espontaneamente por oxidação com ar ou usando agentes oxidantes como DDQ (2,3-dicloro-5,6-dicianoquinona), TCQ (tetracianoquinona) ou Mn02, 14 7274 dependendo do substrato. Os compostos de fórmula (VI) podem ser obtidos a partir de 5-nitro-antranitronitrilo disponível no comércio, por redução do grupo nitrilo com um agente redutor adequado como borano em tetrahidrofurano, borohidreto de sódio e cloreto de níquel ou cloreto de cobalto em metanol ou etanol, borohidreto de sódio e trifluoreto de boro em etil-éter ou tetrahidrofurano. Os compostos de fórmula (Via) podem ser preparados a partir de 5-nitro-antranitronitrilo disponível no comércio por protecção do grupo 2-anilino, redução do grupo 5-nitro, protecção do grupo 5-anilino, seguido de desbloqueio do grupo protector 2-amino. Os grupos protectores devem ser adequadamente escolhidos, por exemplo, um grupo trifluoroacetamido pode ser introduzido em primeiro lugar no grupo 2-amino, e seguidamente, após a redução do grupo nitro, o grupo protector terc-butoxi-carbonilo "ortogonal" pode ser introduzido no grupo 5-amino. Um tratamento com carbonato de potássio em metanol dará lugar à separação selectiva do grupo trifluoroacetamido. Em alternativa, as quinazolinas de fórmula (Illb) podem ser preparadas fazendo reagir o composto de fórmula (VIII) com compostos de fórmula (IX), como se descreve no Esquema 6.
Esquema 6: .vwwwwwwwvvywv>^v.vw>y«wfcv.y.>>v^
Composto de Fórmula VIII ΙΛνΎΤ:-
Q
Composto de Fórmula mb A reacção de acoplamento pode ser obtida segundo 15 7274 métodos padrão, como se descreve na bibliografia para substratos análogos (Woohdge, J. Med. Chem., 1975, 1117; Kotsuki Synlett, 1999, 1993) . 0 composto de fórmula (VIII) está disponível no comércio e os compostos de fórmula (IX) podem ser preparados a partir de compostos disponíveis no comércio segundo procedimentos padrão.
Em alternativa, podem preparar-se quinazolinas de fórmula (II) por redução de tosil-hidrazonas de fórmula (X) que, por sua vez, são obtidas por meio de 4-cloro-6-nitro-quinazolina de fórmula (XI), como se descreve no Esquema 7.
Esquema 7:
Composto de fórmula XI Composto de fórmula X Composto de fórmula II A conversão de um composto de fórmula (X) num composto de fórmula (li) pode ser obtida usando agentes redutores como hidrogénio e Pd/C num dissolvente adequado como THF e etanol na presença de hidróxido de sódio, segundo procedimentos padrão, por exemplo como se descreve para substratos análogos (Gomtsyan, J. Med. Chem., 2005, 744). Os compostos de fórmula (XI) podem ser obtidos por tratamento das correspondentes quinazolinonas (XII) com C0C12 o POCI3 O PCI3. As quinazolinonas de fórmula (XII), como se descreve no Esquema 8, são obtidas por sua vez a partir de bisamidas de fórmula (XIII), por tratamento com hidróxido de potássio segundo procedimentos padrão. 16 7274 Esquema 8:
Composto de fórmula XIII Composto de fórmula XII Composto de fórmula XI
As amidas de fórmula (XIII) são obtidas por oxidação com peróxido de hidrogénio em hidróxido de sódio aquoso de amido-nitrilos de fórmula (XIV) que, por sua vez, são obtidos por reacção de 5-nitro-antranilonitrilo com o cloreto de acilo apropriado de fórmula (VII), como se pormenoriza no Esquema 9.
Esquema 9:
0,N
Composto de fórmula VII
Composto de fórmula XIV Composto de fórmula XII
Descrevem-se a seguir exemplos representativos não limitativos para as preparações de compostos de fórmula (I) · 17 7274
Exemplo_lj_N- [2- (1,3-benzodioxol-5-il) quinazolin-6- il]acetamidina
Uma suspensão em etanol (80 ml) de 6-amino-2-(3,4-metilenodioxi-fenil)-quinazolina (5 g, 0,019 moles) e hidrobrometo de tioacetimidato de S-2-naftilmetilo (5,63 g, 0,019 moles), preparada como se descreve em Terahedron Letters 38_, 179-182 (1997), foi agitada à temperatura ambiente durante 24 horas. Seguidamente adicionou-se hidrobrometo de tioacetato de S-2-naftilmetilo (2,8 g, 0,010 moles) e agitou-se a mistura à temperatura ambiente durante 24 horas e a seguir concentrou-se sob pressão reduzida. Dividiu-se residuo em partes entre acetato de etilo e água. Basificou-se a camada aquosa com Na2C03 e extraiu-se com acetato de etilo. Extraiu-se o produto com HC1 aquoso (0,002 N) por três vezes. Recolheram-se as camadas aquosas, basificaram-se com Na2C03 e extrairam-se com acetato de etilo. Lavou-se a camada orgânica com água e secou-se sobre Na2S04, concentrou-se sob pressão reduzida e a seguir triturou-se o resíduo com dietil-éter. Filtrou-se o sólido amarelo e secou-se em vácuo para proporcionar o produto do título (2,4 g, 42% de rendimento).
Ci7Hi4N402; PM: 306, 33; p.f. 195, 9-196, 9°C; RMN (DMSO-d6) 9,42 (s, 1H), 8,13 (d, 1H), 7,97 (s, 1H), 7,87 (d, 1H) , 7,44 (S, 1H), 7,26 (s, 1H), 7,07 (d, 1H), 6,46 (s, 2H) , 6,12 (S, 2H), 1,82-1,99 (m, 3H); IR (KBr) 3414, 1640, 1444, 1253; TLC (CHC13 :MeOH:H20 :NH3 85:25:2 :1) Rf = 0,65. 18 7274 6-Amino-2-(1,3-benzodioxol-5-il)quinazolina
Aqueceu-se a refluxo uma suspensão de 6-nitro-2-(1,3-benzodioxol-5-il)quinazolina (37 g, 0,126 moles) e SnCl2 2H20 (117,2 g, 0,504 moles) em etanol (500 ml) durante 1 hora. Depois de se arrefecer para a temperatura ambiente, removeu-se o dissolvente sob pressão reduzida, adicionou-se clorofórmio e basificou-se a mistura com amoníaco. O precipitado foi filtrado e lavado com clorofórmio. Recolheram-se os filtrados, lavaram-se com água e secaram-se sobre Na2S04. Concentrou-se a solução sob pressão reduzida e em seguida triturou-se o resíduo com diisopropil-éter/éter de petróleo. Filtrou-se o sólido amarelo e secou-se em vácuo (21,2 g, 64% de rendimento).
Ci5HiiN302, PM: 265,27 ; p-f. 191· -192 o o RMN (DMSO-d6) 9,24 (s, 1H), 8,05 (dd, 1H), 7, , 91 (d, 1H) , 7, 73 (d, 1H) , 7,39 (dd, 1H), 7,03 (d, 1H), 6, , 90 (d, 1H) , 6, 11 (S, 2H) , 5, 93 (S, 2H); IR (KBr) 3319, 3203, 1631, 1500, 1446; TLC (CHCl3/MeOH 9/1) Rf = 0,3. 6-Nitro-2-(1,3-benzodioxol-5-il)-quinazolina
A uma suspensão de hidrocloreto de 5-nitro-2-amino- 19 7274 bencilamina (31 g, 0,152 moles) em diclorometano (DCM) (450 ml) adicionou-se TEA a 0°C (52,6 ml, 0,38 moles) e uma solução de cloreto de piperoniloilo (27,3 g, 0,16 moles) em DCM (80 ml) . A mistura foi agitada durante 2 horas à temperatura ambiente. O dissolvente foi removido sob pressão reduzida e triturou-se o resíduo com etanol/água 1/9 e seguidamente com diisopropil-éter. Secou-se o sólido obtido em vácuo e colocou-se em suspensão em tolueno (900 ml) e P0C13 (670 ml) . Aqueceu-se a mistura a refluxo durante 2 horas e após a remoção do dissolvente triturou-se o resíduo com água/amoníaco, lavou-se com água e secou-se sobre P2O5. Aqueceu-se a refluxo uma mistura do sólido obtido e cloranilo (32,7 g, 0,129 moles) em tolueno (500 ml) durante 2 horas. Concentrou-se a mistura sob pressão reduzida e triturou-se o resíduo com NaOH 1 M, lavou-se com água e com metanol. 0 sólido obtido foi seco em vácuo (37 g, 83% de rendimento). C15H9N3O4, PM= 295,26. PF: 220-222°C.
Hidrocloreto de 5-nitro-2-amino-benzilamina
Adicionou-se uma solução de borano em THF (1 M, 840 ml) a uma suspensão de 5-nitro-antranilonilonitrilo (120 gm, 0,70 moles) em THF (1,2 1) sob azoto a 0°C. Agitou-se a mistura durante 2 horas à temperatura ambiente. Depois de arrefecer a 0°C, adicionou-se EtOH absoluto (400 ml) e seguidamente fez-se borbulhar HC1 durante 45 minutos. Concentrou-se a mistura sob pressão reduzida e triturou-se o resíduo com etanol e em seguida com diisopropil-éter. O 20 7274 sólido obtido foi seco em vácuo para proporcionar o sal de hidrocloreto (140 g, 99% de rendimento) . C7HioN302C1, PM: 203,63. TLC (CHCI3:MeOH:H20:NH3 85:25:2:1) Rf = 0,3.
Exemplo 2: Dihidrocloreto de N-[2-(1,3-benzodioxol-5-il)quinolin-6-il]acetamidina
Dissolve-se 6-amino-2-(1,3-benzodioxol-5-il)-quinolina (1,0 g, 3,78 mmol) em acetonitrilo (30 ml). Arrefece-se a solução a 0°C e faz-se borbulhar HCl(gaS) durante 30 minutos. A mistura de reacção é agitada à temperatura ambiente durante 12 horas. O produto é separado por filtração e lava-se com acetonitrilo e isopropil-éter. Obtiveram-se 1,5 g de sólido amarelo.
Ci8Hi7Ci2N302, P.M.: 378,26; p.f.: 261, 4-265, 5°C; XH RMN (DMSO-d6) : 11,93 (s, 1H) ; 9,75 (s, 1H) ; 8,80 (s, 1H) ; 8,57 (d, 1H); 8,27-8,23 (m, 2H) ; 8,03 (s, 1H) ; 7,91 (d, 2H) ; 7,88 (d, 1H); 7,12 (d, 1H) ; 6,16 (s, 2H) ; 5,90 (m, 1H) . IR(KBr): 3394, 2772, 1598, 1501, 1345, 1259 cnf1.
Rf (25/25/2/1 de clorofórmio/metanol/amoniaco/água): 0,65; HPLC: tempo de retenção 8,46 minutos.
Condições de HPLC: Coluna Supelcosil LC-DP; 150 x 40 mm; eluente KH2P04 10 mM com 25/27/48 H3P04/metanol/acetonitrilo (pH = 3,7); fluxo 0,45 ml/minuto; detector UV a 214,0 nm. 21 7274 6-Amino-2-(1,3-benzodioxol-5-il)quinolina
Adicionam-se 10% de Pc/C (0,29 g, 0,27 mmol) a 2-(1,3-benzodioxol-5-il)-6-nitroquinolina (2,0 g, 6,80 mmol) em metanol/THF (80 ml/80 ml). Hidrogena-se a mistura à temperatura ambiente durante 2 horas. Separa-se o catalisador por filtração e concentra-se o filtrado para proporcionar 1,31 (73%) do produto do titulo.
Cr s H12 ;Ν2θ2, PM: 264,29, XH RMN (d6- -DMSO) : 8,00 (d, 1H); 7,83- 7, 63 (m, 4H) ; 7,20 (d, 1H) ; 7, 16 (d, 1H) ; 6,84 (s, 1H) ; 6, 07 (s, 2H) ; 5,65 (s, 2H) . Rf (9/1 clorofórmio/metanol) 0,50. 2- (1,3-Benzodioxol-5-il)-6-nitroquinolina
Agitam-se a 65°C durante 20 horas 2-cloro-6-nitroquinolina (5,2 g, 25 mmol) (preparada segundo Byoung S.L.et al. Heterocycles. 1998, 48.12, 65), ácido 3,4-(metilendioxi)fenilborónico (5,0 g, 30 mmol), dicloreto de paládio, bis(trifenilfosfina) (350ml, 0,5 mmol) e octahidrato de hidróxido de bário (18,9 g, 60 mmol) em 150 ml de THF anidro. A mistura de reacção é evaporada sob vácuo e o resíduo é cromatografado sobre sílica gel (CH2CI2) para proporcionar 2,0 g (27%) do produto do 22 7274 título. C16H10N2O4, P.M.: 294,27, XH RMN (d6-DMSO) : 8,95 (s, 1H) ; 8,65 (s, 1H); 8,95 (d, 1H) ; 8,40 (dd, 1H) ; 8,19-8,11 (m, 2H) ; 7,87 (d, 2H) ; 7,05 (d, 1H) ; 6,10 (s, 2H) . Rf (CH2C12) : 0, 50.
Exemplo_3j_N- [2- (2, 3-dihidro-l, 4-benzodioxin-6- il)quinazolin-6-il]acetamidina
Este composto foi sintetizado com um rendimento de 46%, segundo o procedimento descrito no exemplo 1 para a síntese de N-[2-(1, 3-benzodioxol-5-il)quinazolin-6-il]acetamidina.
Ci8Hi6N402, PM: 320, 35, p.f. 191,7-192,6°C; XH RMN (d6-DMSO) 9,42 (s, 1H), 7, 98-8, 05 (m, 2H) , 7,87 (d, 1H) , 7,20-7,46 (m, 2H), 7,00 (d, 1H), 6,40 (s, 1H) , 4,33 (s, 4H) , 1,70-
2,10 (m, 3H); IR (KBr) 3439, 1638, 1558, 1432, 1347; TLC (CHCI3:MeOH:H20:NH3 85:25:2:1) Rf = 0,38. 6-Amino-2-(2,3-dihidro-l,4-benzodioxina-6-il)-quinazolina
H,N
Este composto foi sintetizado com um rendimento de 67%, 23 7274 segundo o procedimento descrito no exemplo 1 para a sintese de 6-amino-2-(1,3-benzodioxol-5-il)-quinazolina. C16H13N3O2, PM: 279, 30, p.f. 179,4-181,6°C; ΧΗ RMN (DMSO-d6) 9,24 (s, 1H), 7,92-7, 98 (m, 2H), 7,72 (d, 1H) , 7,38 (dd, 1H) , 6, 89-6, 99 (m, 2H) , 5,91 (s, 2H) , 4,31 (s, 4H) ; IR (KBr) 1555, 1507, 1286; TLC (CHCl3/MeOH/NH3 95/5/0, 5) Rf = 0, 50. 6-Nitro-2-(2,3-dihidro-l,4-benzodioxina-6-il)-quinazolina
Este composto foi sintetizado com um rendimento de 70%, segundo o procedimento descrito no exemplo 1 para a sintese de 6-nitro-2-(1,3-benzodioxol-5-il)-quinazolina. Ci6HnN304, PM: 309,28. P.F. 263-265°C; TLC (tol/AcOEt 7/3) Rf = 0,80.
Exemplo 4: Hemihidrato de dihidrocloreto de N-[2-(2,3-dihidro-benzofuran-5-il)quinazolin-6-il]acetamidina
Saturou-se uma suspensão de 6-amino-2-(2, 3-dihidro-5-benzofuril)-quinazolina (1,4 g, 0,0053 moles) em MeCN (50 ml) com HC1 a 0°C e agitou-se à temperatura ambiente durante 24 horas. Filtrou-se o precipitado e triturou-se 24 7274 com acetona/metanol. 0 sólido amarelo claro foi filtrado e seco em vácuo a 40°C para proporcionar o composto do título 1,3 g, 65% de rendimento.
Ci8Hi8N4OCi2, PM: 377,27, p.f. 186-192°C. XH RMN (DMSO-d6) 11,93 (s, 1H), 9,80 (s, 1H) , 9,70 (s, 1H) , 8,84 (s, 1H) , 8,38-8, 46 (m, 2H), 8,10-8,15 (m, 2H), 7,89 (dd, 1H), 6,95 (d, 1H), 4,66 (t, 2H), 3,32 (t, 2H) , 2,44 (s, 3H) ; IR (KBr) 3037, 1611, 1505, 1243; TLC (CHCl3:Me0H:H20:NH3 85:25:2:1)
Rf = 0,58. 6-Amino-2-(2,3-dihidro-benzofuran-5-il)-quinazolina
Este composto foi sintetizado com um rendimento de 73%, segundo o procedimento descrito no exemplo 1 para a síntese de 6-amino-2-(1, 3-benzodioxol-5-il)-quinazolina. Ci6Hi3N30, PM: 263,30. TLC (CHCl3/MeOH 9/1) Rf = 0,65. 6-Nitro-2-(2,3-dihidro-benzofuran-5-il)-quinazolina
Este composto foi sintetizado com um rendimento de 15%, segundo o procedimento descrito no exemplo 1 para a síntese de 6-nitro-2- (1,3-benzodioxol-5-il)-quinazolina. 25 7274
Ci6HnN303, PM: 293, 28, XH RMN (DMSO- -d6) 9, 91 (s, 1H), 9,17 (d, 1H), 8, 66 (dd, 1H) , 8,42- -8,49 (m, 2H), 8,15 (d, 1H), 6,97 (d, 1H) , 4, 68 (t, 2H), 3, 28 (t, 2H) .
Exemplo 5: Dihidrocloreto de N-[2-(2,3-dihidro-benzofuran-5-il)quinazolin-6-il]acetamldina "V* .anci
Este composto foi sintetizado com um rendimento de 19%, segundo o procedimento descrito no exemplo 1 para N-[2-(1,3-benzodioxol-il)quinazolin-6-il]acetamidina. Converteu-se a base livre num sal de hidrocloreto tratando a sua suspensão em metanol com isopropil-éter/HCl e evaporando a suspensão resultante. Triturou-se o sólido em acetona e secou-se sob vácuo a 40°C. P.f. 190-195°C; XH RMN (DMSO-d6) 12,10 (s, 1H) , 9,89 (s, 1H) , 9,79 (s, 1H), 8,92 (d, 1H) , 8,60 (dd, 1H) , 8,11-8,22
(m, 3H), 7,94 (d, 1H), 7,79 (d, 1H), 7,16 (d, 1H) , 5,26 (s, 2H), 2,47 (s, 3H); IR (KBr) 2802, 1678, 1610, 1503; TLC (CHCl3/Me0H/H20/NH3 85/25/2/1) Rf = 0,28. 6-Amino-2-(5-benzofuran)-quinazolina i TT> 26 7274
Este composto foi sintetizado com um rendimento de 59%, segundo o procedimento descrito no exemplo 1 para a síntese de 6-amino-2-(1,3-benzodioxol-5-il)-quinazolina. XH RMN (DMSO-dg) 9,31 (s, 1H) , 8,77 (s, 1H) , 8,48 (dd, 1H) , 8,06 (d, 1H), 7, 68-7, 80 (m, 2H) , 7,41 (dd, 1H) , 7,10 (d, 1H), 6,93 (d, 1H); TLC (tol/AcOEt 7/3) Rf = 0,35. Síntese de 6-nitro-2-(5-benzofuran)-quinazolina 1 I i w
Este composto foi sintetizado com um rendimento de 76%, segundo o procedimento descrito no exemplo 1 para a síntese de 6-nitro-2-(1, 3-benzodioxol-5-il)-quinazolina. TLC (tol/AcOEt 7/3) Rf = 0,80.
Avaliação farmacológica dos compostos de a invenção
Determinou-se a eficácia do composto de fórmula (I) para o tratamento da dor inflamatória ou neuropática juntamente com as perturbações inflamatórias relacionadas acima mencionados usando os seguintes testes in vitro e modelos em animais in vivo.
Os compostos da invenção não são eficazes para inibir enzimas ciclooxigenasa (COX-1 e COX-2), dado que se demonstrou não serem eficazes até uma concentração de IO”5 M, num teste in vitro padrão para a inibição de enzimas 27 7274 COX-1 ou para COX-2.
Inversamente, os compostos da invenção são capazes de inibir, a uma concentração micromolar, a produção de PGE2 induzida por IL-ΐβ em sistemas celulares. Este efeito de inibição sobre a produção do PGE2 mediador pro-inflamatório, em lugar de ser atribuível à inibição directa de COX-2, como sucede com Celecoxib e outros inibidores de COX-2, é devido neste caso à inibição da expressão de COX-2 induzida por citoquinas como se demonstrou em sistemas celulares. A eficácia da inibição da produção de PGE2 induzida por IL-ΐβ em cultivo celular de condrócitos, assim como a inibição na expressão de COX-2 induzida por IL-Ιβ na linha celular de condrossarcoma humano SW1353, resume-se no quadro 2, para os compostos representativos da invenção.
Quadro 2
Composto Efeitos da produção de PGE2 no cultivo de condrócitos de coelho Inibição da expressão de COX-2 em linha celular de condrossarcoma humano SW1353 Exemplo 1 IC50 = 4, 1 μΜ IC50 = 4,6 ± 1,2 μΜ Exemplo 2 70% a 10 μΜ 59% a 10 μΜ
Além disso, os compostos da invenção não são eficazes para inibir enzimas sintase de óxido nítrico, dado ter-se demonstrado que não são eficazes mesmo a concentrações mais elevadas, num teste padrão in vitro para a inibição de 28 7274 enzimas iNOS e nNOS. Além disso, não se encontrou actividade na inibição da produção de NO induzida por IL-ΐβ em sistemas celulares, e também se verificou que os compostos não eram eficazes para inibir a expressão de iNOS na linha celular de condrossarcoma humano SW1353 estimulada por IL-ΐβ.
Verificou-se que os compostos da invenção são eficazes para interferir com a produção de citoquinas em várias linhas celulares, e recolhem-se exemplos representativos deste efeito no Quadro 3, para duas citoquinas representativas, na linha celular de condrossarcoma humano estimulado por IL-1.
Quadro 3
Compost o Inibição (%) de produção de IL-1 Inibição (%) de produção de IL-6 Exemplo 1 50% 65% Exemplo 2 45% 78% A concentração de composto é 10 μΜ. A esta propriedade moduladora de citoquinas pode ser atribuída completamente ou em parte as apelativas propriedades anti-inflamatórias e analgésicas exibidas pelos compostos da invenção em modelos in vivo de inflamação e dor (M. Schafer, Cytokines and Peripheral Analgesia, Immune Mechanisms of Pain and Analgesia, pag. 41-50, Plenum Publishers, 2003) .
Utilizou-se a injecção intraplantar de hiperalgesia mecânica induzida por zimosano como um modelo de dor 29 7274 inflamatória (Meller, Neuropharmacology, 1994, 33, 1471-1478) . Neste modelo, normalmente um rato macho Sprague-Dawley ou Wistar (200-250 g) recebe uma injecção intraplantar de 3 mg/100 μΐ de zimosano numa pata traseira. Produz-se uma inflamação pronunciada nesta pata traseira. Administram-se fármacos por via oral para avaliação da eficácia, 30 minutos antes do traumatismo inflamatório. A hiperalgesia induzida pela administração de zimosano foi avaliada usando o método de Randall-Selitto (Arch. Int. Pharmacodyn., 1957, 111, 409). A quantificação do efeito analgésico é conseguida por meio de um analgesimetro, que consiste em aplicar à pata inflamada um peso crescente (de 130-140 g até 500 g). A diferença no limiar da dor mecânica entre o indice basal (geralmente 230-250 g) e o tolerado pelos animais tratados com o fármaco, determinado 4 horas após a estimulação inflamatória, define-se como hiperalgesia mecânica. A hiperalgesia mecânica é expressa para os compostos da invenção como ED50, que é a dose do composto administrado capaz de aumentar o limiar da dor em 50% em comparação com o grupo de animais de controlo. A EDioo correspondente, que representa a dose capaz de reduzir 100% o limiar da dor, pode ser calculada para os casos em que há uma relação linear de resposta à dose. O efeito anti-inflamatório in vivo exercido pelo composto da invenção pode ser avaliado no mesmo teste de inflamação induzida por zimosano acima descrito, medindo o volume de edema induzido pelo agente inflamatório. Avaliou-se o edema como o aumento do volume do volume do zimosano injectado na pata num período de tempo de 0-2 horas. Registaram-se as medições da variação 30 7274 do volume de edema da pata usando um hidropletismómetro, que consiste em duas tinas de plástico que contêm um liquido tensioactivo, usando-se a maior para a imersão da pata, conectada à pequena que contem um transdutor capaz de registar pequenos deslocamentos do volume usado para a medição. A pata é submersa nas tinas até à união tibiotarsal. 0 volume do liquido deslocado é proporcional à extensão da inflamação. A eficácia dos compostos da invenção para evitar a formação de edemas é expressa como ED30, e medida 2 horas após a estimulação inflamatória, e representa a dose capaz de reduzir em 30% o aumento de volume da pata induzido por zimosano em comparação com os animais de controlo (animais tratados com zimosano mas tratados apenas com água destilada em vez do composto do teste) . O correspondente ED50, que representa a dose capaz de reduzir 50% o aumento do volume da pata induzido por zimosano, pode ser calculado para os casos em que haja uma relação linear dose-resposta.
Nas duas experiências, para cada composto do teste, usaram-se pelo menos três doses, com 10 animais por grupo. Os compostos da invenção foram testados a 10, 20 e 40 mg/kg. O rendimento dos compostos representativos de fórmula (I), nos testes acima descritos, resume-se para o efeito analgésico e para o efeito anti-inflamatório no Quadro 4, em que a actividade dos compostos da invenção é comparada com o rendimento no mesmo teste de padrões bem conhecidos.
Os compostos representativos da invenção demonstraram 31 7274 uma eficácia superior ou comparável aos padrões num teste de analgesia, assim como para efeitos anti-inflamatórios. Além disso, os compostos da invenção não exibiram efeitos secundários ulcerativos comparáveis aos exibidos por Nimesulide, mesmo às doses mais elevadas testadas.
Quadro 4
Composto Analgesia (mg/kg) Edema Redução (mg/kg) ED50 ED100 ed30 ED50 Exemplo 1 6 18 12,2 23,1 Exemplo 2 10, 7 22 15, 0 98 Exemplo 4 5, 8 17 25 170 Celecoxib 9 1172 13,8 644 Tramadol 25, 7 405 NE NE Nimesulide 7,4 161 0, 5 33,4 NE: não eficaz A actividade analgésica dos compostos de Fórmula (I) pode ser adicionalmente avaliada num modelo animal de dor inflamatória crónica. Dado que clinicamente a dor inflamatória está associada, na maioria das vezes, a estados crónicos, como a artrite e a dor crónica das costas, nos casos em que tivesse ocorrido durante um longo período de tempo qualquer inflamação ou alteração neuronal plástica no sistema nervoso periférico e central, os paradigmas crónicos de animais em que o traumatismo inflamatório teve tempo de induzir alterações centralmente mediadas podem resultar modelos mais previsíveis. 0 modelo original da dor inflamatória crónica baseou-se na injecção de um mediador (adjuvante) inflamatório na base da cauda em ratos. Em consequência deste tratamento, produz-se uma poliartrite que compreende uma inflamação profunda e hiperalgesia inicialmente no sitio em que ocorre a 32 7274 injecção. No entanto, devido a uma reacção de hipersensibilidade mediada por células T, desenvolve-se a doença em duas semanas, em múltiplas articulações e posteriores lesões dos olhos, ouvidos, nariz e genitais. Estes efeitos globais não reflectem os clinicamente observados em patologias comuns caracterizadas por uma dor inflamatória crónica. Mais recentemente, mostrou-se o modo em que o uso de adjuvante completo de Freund (CFA, Mycobacterium tuberculosis) como agente indutor para a resposta inflamatória juntamente com o uso de um protocolo apropriado pode dar lugar a um modelo mais adequado. A inflamação prolongada induzida por CFA foi extensivamente usada em estudos de resposta de comportamento à dor (K. Walker, Animal Models for Pain Research, Mol Ded Today, 1999, 5, 319-321) dado que se considerou adequada também para estudar a relação da plasticidade neuronal com a dor crónica (S. Naeini, Remodelling of spinal nociceptive mechanisms in an animal model of monoarthritis, Eur. J. Neuroscience, 2005, 22, 8, 2005-2015).
Realizaram-se experiências como se descreve na bibliografia (C.J. Woolf, Cytokine, Nerve Growth Faactor and Inflammatory Hyperalgesia: the Contribution of Tumor Necrosis Factor a, Br. J. of Pharmacology, 1997, 121, 417-424); usaram-se 8 ratos para cada grupo, cada produto foi testado a três doses (3, 10, 30 mg/kg) , os produtos foram administrados por via i.p., 14 horas após a estimulação intraplantar e mediu-se a actividade analgésica partindo das 24 horas após a estimulação. No Quadro 5, recolhem-se os resultados obtidos no modelo de CFA, para compostos representativos de fórmula (I), em comparação com 33 7274
Piroxicam, um padrão reconhecido. Valora-se o efeito analgésico usando a mesma instalação que a acima descrita para o modelo de Randall-Selitto e os resultados foram expressos como o efeito percentual máximo (MPE) que representa a diferença (%) no limiar de dor entre os animais tratados com o fármaco e os de controlo que apenas receberam o veiculo (redução do efeito nociceptivo, devido ao conteúdo nas patas de um peso crescente, em comparação com os de controlo que receberam um tratamento de CFA) . 100% de protecção significa que o animal tratado com o composto e CFA pode tolerar o mesmo estimulo (peso) que o animal de controlo que não recebeu tratamento de CFA. Um MPE superior a 100% significa que o animal tratado com o composto e CFA pode tolerar estímulos (peso) maiores que os animais de controlo, que não receberam tratamento de CFA (hipoalgesia).
Quadro 5: CFA
Composto Dose MPE MPE MPE MPE MPE mg/kg 0,5 h 1,5 H 3 h 6 h 24 h 3 9 NE NE NE NE Exemplo 1 10 28 47 15 30 NE 30 418 395 384 132 60 3 36 40 7 NE NE Exemplo 2 10 94 34 11 NE 13 30 188 81 34 NE 9 3 NE 44 NE NE NE Exemplo 4 10 47 27 25 66 57 30 243 270 170 103 76 Piroxicam 30 102 111 54 24 38 NE: Não eficaz
Os compostos da invenção mostraram também neste teste um pronunciado efeito analgésico de longa duração à dose de 10 e 30 mg/kg, que era a maior dose caracterizada com um efeito hipoalgésico considerável. A esta dose, os compostos 34 7274 representativos são muito mais eficazes que o Piroximan, o padrão de referência. A neuropatia diabética dolorosa é uma das complicações mais comuns da diabetes dependente de insulina no homem; em particular, a diabetes pode estar associada à dor neuropática que não consegue ser tratada com analgésicos clássicos. A diabetes induzida por estreptozotocina (STZ) no rato foi crescentemente usada como um modelo de neuropatia diabética dolorosa para valorar as eficácias de agentes analgésicos potenciais (C. Courteix, Pain 1993, 53, 81-8). Os compostos da invenção foram testados quanto à eficácia para reduzir a hiperalgesia associada à diabetes induzida com STZ em ratos, segundo o modelo experimental descrito na bibliografia. A diabetes produziu-se com a injecção de uma dose única (75 mg/kg i.p.) de STZ. Nas quatro semanas seguintes após a indução da diabetes, os animais desenvolveram progressivamente sintomas clínicos (peso, temperatura corporal e da pele, mobilidade e hiperglicémia) que indicavam uma hiperalgesia. A hiperalgesia induzida por diabetes foi avaliada usando o método de Randall-Selitto acima descrito, e foi quantificada usando um analgesímetro. Também neste caso, a diferença no limiar da dor mecânica entre o índice basal (geralmente 230-250 g) e o tolerado pelos animais tratados com o fármaco define-se como hiperalgesia mecânica. Os compostos da invenção foram administrados por via i.p. (solução, Tween 80, 10% em solução salina) a diferentes doses e a mediu-se a hiperalgesia mecânica no tempo expresso como o efeito 35 7274 percentual máximo (MPE) que representa a diferença (%) em limiar de dor entre os animais tratados com o fármaco e os de controlo que apenas receberam o veiculo, comparados com o peso suportado por controlos não diabéticos desprovidos de sistema imune. Um MPE superior a 100% significa que o animal diabético tratado com o composto pode tolerar estímulos (peso) maiores que os animais não diabéticos de controlo (hipoalgesia).
No Quadro 6, o rendimento de um composto representativo de fórmula (I) no modelo anteriormente descrito de dor neuropática é comparado com alguns padrões farmacológicos conhecidos usados para o tratamento clínico desta patologia.
Quadro 6: Dor neuropática
Composto Dosis mg/kg MPE 0,5 h MPE 1,5 h MPE 3 h 3 15 30 45 Exemplo 1 10 59 34 46 30 110 137 101 3 32 75 8 Exemplo 2 10 76 107 13 30 151 124 93 3 56 15 NE Exemplo 4 10 78 24 NE 30 163 74 NE 10 NE NE NE Gabapentina 30 NE NE NE 10 NE NE NE 300 NE NE NE 1 72 89 NE Amitriptilina 3 44 40 5 10 6 8 77 NE 30 65 69 23 3 26 53 7 Tramadol 10 58 48 27 30 54 64 23 50 81 60 43 36 7274 7274 NE: não eficaz
Embora os compostos 1, 2 e 4 tenham mostrado ser bastante eficazes, especialmente à dose de 30 mg/kg (isto é, protecção superior a 100%), todos os padrões usados exibiram uma eficácia muito inferior, ou nula, neste paradigma.
Com o objectivo de avaliar se os compostos da invenção são capazes de inibir respostas à dor visceral induzida por irradiação peritoneal, usou-se o teste de contorção induzido por ácido acético em ratos, para determinar o grau de anti-nocicepção. O teste de contorção é um modelo de dor inflamatória que foi usado durante muito tempo como uma ferramenta de selecção para a avaliação de agentes analgésicos e anti-inflamatórios (HDJ Collier, B. J. Pharmacol Chemother., 1968, 32, 295-310). O teste foi realizado induzindo nocicepção por meio de uma injecção i.p. de ácido acético a 1%, 0,1 ml/10 g de peso corporal. Os ratos foram previamente tratados (por via subcutânea, s.c., três doses diferentes: 3, 10, 30 mg/kg) com os compostos testados 30 minutos antes da injecção de ácido acético, enquanto que os animais de controlo receberam um volume semelhante de solução salina. Um grupo de ratos foi tratado com paracetamol (200 mg/kg, s.c.) como fármaco de referência. Fez-se uma recontagem cumulativa do número de contorções abdominais (extensão completa de ambas as patas traseiras) cada 5 minutos durante um período de 20 minutos imediatamente após a injecção de ácido acético. A actividade anti-nociceptiva foi expressa como a inibição de 37 7274 contorções abdominais como efeito percentual máximo (MPE), que representa a diferença (%) no limiar de dor entre os animais tratados com o fármaco e os que apenas receberam o veiculo.
Com o objectivo de avaliar os possíveis efeitos sedativos ou motores não específicos dos compostos investiqados, e para distinquir a analqesia das alterações motoras induzidas por fármacos, comparou-se a actividade motora dos animais que receberam os compostos testados com os ratos que apenas receberam o veículo.
No Quadro 7, o rendimento de compostos representativos de fórmula (I), no teste acima descrito de analqesia e dor visceral induzida por irritação peritoneal, é comparado com paracetamol.
Quadro 7: Teste de contorção
Composto Dose mg/kg MPE (%) ED50 (mg/kg) 3 30 Exemplo 1 10 33 Q fi 30 89 v f o 3 59 Exemplo 2 10 61 < 3,0 30 57 3 18 Exemplo 4 10 41 59, 6 30 36 Paracetamol 200 61 -
Verificou-se que os compostos da invenção eram muito mais eficazes do que o padrão para inibir a dor visceral induzido por irritação peritoneal. Nenhum dos compostos testados induziu alterações motoras significativas, 38 7274 indicando que proporcionaram uma analgesia desprovida de efeitos sedativos ou estimulantes específicos. 0 teste de formalina é cada vez mais usado como um modelo de dor produzido por lesões (FV. Abbott, Pain, 1995, 60, 91-102). O procedimento usado para a avaliação dos compostos da invenção foi semelhante do descrito na bibliografia (S. Hunskaar, Pain, 1987, 30, 103-104), e consistiu na injecção de 20 μΐ de solução a 1% de formalina dissolvida em água destilada, na superfície plantar da pata traseira direita dos rates. Imediatamente, os animais foram colocados individualmente numa câmara de observação. Registou-se a quantidade de tempo que o animal passou lambendo a pata injectada, considerado indicativo da dor, durante 30 minutos, a seguir à injecção de formalina. As pontuações nociceptivas iniciais normalmente chegaram a um pico 5 minutos após a injecção de formalina (fase precoce) e 15-30 minutos após a injecção de formalina (fase tardia), representando respectivamente as respostas neurogénica e inflamatória à dor.
Os animais foram tratados por via intraperitoneal com uma solução aquosa do composto testado (dose: 3, 10, 30 mg/kg), 1 hora antes da injecção de formalina. Os animais de controlo receberam apenas o veículo.
No Quadro 8, o efeito analgésico provocado neste teste por um composto representativo de Fórmula (I) é expresso como ED50 tanto para a fase precoce como para a tardia, e comparou-se com o rendimento da referência padrão, paracetamol. 39 7274
Quadro 8: Teste de lambeduras
Composto Efeito analgésico ED50 (mg/kg) Fase precoce Fase tardia Exemplo 1 19 13 Paracetamol 230 107 Indometacina NE 10 Morfina 4 4 NE: não eficaz O composto representativo da invenção, composto do exemplo 1, demonstrou também neste teste que era muito mais eficaz do que o paracetamol na dor tanto da fase precoce como da tardia.
Composições farmacêuticas
Os compostos de fórmula I podem ser usados na elaboração de um medicamento adequado para o tratamento terapêutico da dor e perturbações inflamatórias relacionadas, especialmente para o tratamento de perturbações de dor crónica e acontecimentos inflamatórios de accionamento imune, que são uma causa significativa de muitas doenças inflamatórias crónicas nas quais uma inflamação prolongada provoca a destruição de tecidos e dá lugar a uma deterioração extensiva.
Consequentemente, a composição farmacêutica apropriada dos compostos de fórmula (I), dos seus sais e dos seus solvatos pode ser usada para o tratamento da dor aguda e 40 7274 crónica, incluindo, mas não limitada à dor inflamatória e à hiperalgesia e alodinia associadas, dor de osteoartrite, dor pós-operatória, dor associada ao cancro metastático, neuralgia trigeminal, neuralgia herpética aguda e pós-herpética, dor neuropática e neuropatia diabética.
Além disso, a composição farmacêutica apropriada dos compostos de fórmula (I), dos seus sais e dos seus solvatos, pode ser usada para o tratamento de acontecimentos inflamatórios de accionamento imune que incluem, mas sem limitação, artrite, perturbações inflamatórias do tracto gastrointestinal, perturbações inflamatórias da bexiga urinaria, perturbações inflamatórias do tracto respiratório e perturbações inflamatórias oculares.
Os compostos da presente invenção podem ser administrados por via oral, parentérica ou tópica, numa quantidade farmacológica eficaz. 0 termo "parentérica" usado na presente memória descritiva inclui intravenosa, intramuscular, subcutânea, intradermal e intra-articular.
Para todos os métodos de tratamento da presente invenção, indicados para os compostos de fórmula (I), o regime de dosagem oral diária será preferencialmente de cerca de 0,1 a cerca de 20 mg/kg de peso corporal total. Será também reconhecido por um perito na técnica que a quantidade óptima e a separação de dosagens individuais de um composto de fórmula (I) serão determinadas pela natureza e pela extensão do estado que esteja a ser tratado. 41 7274 A invenção refere-se também a uma composição adequada para o tratamento das doenças anteriores, que contem uma quantidade farmaceuticamente eficaz de um composto de fórmula (I), seus sais, solvatos e profármacos e seu veiculo ou diluente farmaceuticamente aceitável.
Para usar um composto de fórmula (I) em terapia, normalmente formular-se-á como uma forma de dosificação de acordo com métodos convencionais de farmácia e normas gerais actuais e as boas práticas relevantes de laboratório e elaboração. A via de administração preferida para os compostos da invenção é a oral. Os compostos da invenção podem ser formulados numa ampla diversidade de formas de dosificação oral, como cápsulas, comprimidos, pílulas, pós e grânulos dispersáveis. Os veículos adequados podem ser uma ou mais substâncias que podem actuar também como diluentes, agentes para dar sabor, solubilizantes, lubrificantes, agentes suspensores ou aglutinantes.
Os veículos adequados incluem, mas sem limitação, carbonato de magnésio, estearato de magnésio, talco, lactose, pectina, dextrina, amido, metil-celulose, carboximetil-celulose de sódio, manteiga de cacau e semelhantes.
As técnicas usadas para preparar formulações orais são a mistura convencional, granulação e compressão ou enchimento de cápsulas. Outras formas adequadas para a administração oral incluem emulsões, xaropes e soluções 42 7274 aquosas. As emulsões podem ser preparadas usando agentes emulsionantes, por exemplo, lecitina, propileno glicol ou monooleato de sorbitan. As soluções aquosas podem ser preparadas dissolvendo o componente activo em água e adicionando corantes, agentes para dar sabor ou estabilizantes adequados.
Os compostos da presente invenção podem ser formulados para uma administração parentérica (por exemplo, por meio de injecção ou por meio de infusão continua) como uma composição com veículos adequados que incluem soluções de veículos aquosos (ou seja: solução salina, dextrose) e/ou emulsões oleosas. 0 produto de fármaco pode ser apresentado em formas de doses unitárias, por exemplo, em ampolas ou seringas previamente cheias. A formulação adequada para uma administração tópica inclui preparações líquidas ou semi-líquidas adequadas para a penetração através da pele (por exemplo: linimentos, loções, unguentos, cremes e pastas) e gotas adequadas para uma administração aos olhos.
Lisboa, 22 de Fevereiro de 2010 43

Claims (15)

  1. 7274 REIVINDICAÇÕES 1. Compostos de fórmula (I):
    em que: - X se selecciona independentemente entre um átomo de carbono ou um átomo de azoto; - Y e Z são escolhidos independentemente entre um átomo de oxigénio (-0-), um átomo de enxofre (-S-) ou os grupos: -CH2-, -CHR2-, -CH=, -CR2=; - Q é escolhido independentemente entre os grupos: -CH2-, -CHR2-, -CH=, -CR2=, -CH2-CH2- o -CHR2-CH2-; na condição de que a combinação dos grupos Y, Z e Q dê lugar a um heterociclo benzocondensado hexa-atómico ou penta-atómico, de preferência seleccionado entre 1,3-benzodioxol, 1,3-benzoditiol, benzofurano, 2,3-dihidrobenzofurano, benzotiofeno, 2,3- dihidrobenzotiofeno, 2H-3,4-dihidrobenzopirano, 2H-3,4-dihidrobenzotiopirano, [1,4]-benzodioxina e 2,3-dihidro-[1,4]benzodioxina-(1,4-benzodioxano) ; Ri é escolhido independentemente entre alquilo C1-C4 ou cicloalquilo C3-C4; sendo o grupo alquilo C1-C4 uma cadeia hidrocarbonada linear ou ramificada, saturada ou 1 7274 insaturada; R2 é escolhido independentemente entre alquilo C1-C4 e alcoxi (-ORi); sendo os compostos de fórmula (I) na forma de base livre ou como seu sal, hidrato ou solvato farmaceuticamente aceitável.
  2. 2. Compostos de acordo com a reivindicação 1, em que 0 substituinte X é um átomo de azoto e os substituintes Z, Q e Y são combinados para formar heterociclos escolhidos entre 1,3-benzodioxol, benzofurano, 2,3-dihidrobenzofurano, 2H-3,4-dihidrobenzopirano, [1,4]-benzodioxina ou 2,3-dihidro-[1,4]-benzodioxina.
  3. 3. Compostos de acordo com a reivindicação 1, em que o substituinte X é um átomo de carbono e os substituintes z, Q e Y são combinados para formar heterociclos escolhidos entre 1,3-benzodioxol, benzofurano, 2,3-dihidrobenzofurano, 2H-3,4-dihidrobenzopirano, [1,4]-benzodioxina e 2,3-dihidro-[1,4]-benzodioxina.
  4. 4. Compostos de acordo com a reivindicação 1, em que o substituinte X é um átomo de azoto e os substituintes Z, Q e Y são combinados para formar heterociclos escolhidos entre 1,3-benzoditiol, benzotiofeno e 2,3-dihidrobenzotiofeno.
  5. 5. Compostos de acordo com a reivindicação 1, em que o substituinte X é um átomo de carbono e os substituintes Z, Q e Y são combinados para formar heterociclos escolhidos entre 1,3-benzoditiol, benzotiofeno e 2,3- 2 7274 dihidrobenzotiofeno.
  6. 6. Compostos de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 5, na forma de um sal farmaceuticamente aceitável escolhido entre hidrocloreto, hidrobrometo, hidrogenosulfato e sulfato, maleato, fumarato, oxalato, metanosulfonato, succinato, ascorbato o tartrato.
  7. 7. Compostos de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6, na forma de solvatos ou hidratos farmaceuticamente aceitáveis.
  8. 8. Uso dos compostos de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 7, para preparar um medicamento para o tratamento farmacológico da dor e perturbações inflamatórias relacionadas.
  9. 9. Uso dos compostos de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 7, para preparar um medicamento para o tratamento farmacológico da dor aguda e crónica, como dor inflamatória e hiperalgesia e alodinia associadas, dor de osteoartrite, dor pós-operatória, dor associada ao cancro metastático, neuralgia trigeminal, neuralgia herpética e pós-herpética aguda, dor neuropática e neuropatia diabética.
  10. 10. Uso dos compostos de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 7, para preparar um medicamento para o tratamento farmacológico de acontecimentos inflamatórios de accionamento imune como artrite, perturbações inflamatórias do tracto gastrointestinal, perturbações inflamatórias da 3 7274 bexiga urinária, perturbações inflamatórias do tracto respiratório ou perturbações inflamatórias oculares.
  11. 11. Composição farmacêutica que compreende, como substância activa, pelo menos um dos compostos de acordo com as reivindicações 1 a 7, e que compreende ainda ingredientes farmaceuticamente inactivos seleccionados entre o grupo que consiste em veículos, aglutinantes, agentes para dar sabor, edulcorantes, desagregantes, conservantes, humectantes e suas misturas, ou ingredientes que facilitem a absorção transdermal ou transmucosal ou que permitam a libertação controlada da substância activa ao longo do tempo.
  12. 12. Composição farmacêutica, que compreende, como substância activa, pelo menos um dos compostos de acordo com as reivindicações 1 a 7, para um uso parentérico que inclui um uso intravenoso, intramuscular, subcutâneo, intradermal e intra-articular e que compreende ainda ingredientes farmaceuticamente inactivos escolhidos entre o grupo que consiste em veículos que incluem soluções aquosas de veículos, preferencialmente solução salina ou dextrose e/ou emulsões aceitosas.
  13. 13. Composição farmacêutica de acordo com a reivindicação 11 e com a reivindicação 12, para ser usada no tratamento farmacológico de estados patológicos associados com dor aguda e crónica, que inclui dor inflamatória e hiperalgesia e alodinia associadas, dor de osteoartrite, dor pós-operatória, dor associada ao cancro metastático, neuralgia trigeminal, neuralgia herpética e pós-herpética aguda, dor neuropática e neuropatia diabética. 4 7274 7274 perturbações perturbações
  14. 14. Composição farmacêutica de acordo com reivindicação 11 e com a reivindicação 12, para ser usada no tratamento farmacológico de acontecimentos inflamatórios de accionamento imune que incluem artrite, perturbações inflamatórias do tracto gastrointestinal, inflamatórias da bexiga urinária, inflamatórias do tracto respiratório ou perturbações inflamatórias oculares.
  15. 15. Processo para preparar um composto de fórmula (I) de acordo com as reivindicações 1 a 7, que compreende fazer reagir um composto de fórmula (II) com um composto de fórmula (III) :
    (III) Composto de fórmula I Composto de fórmula II em que X, Y, Z, Q, Fq e R2 são como se definiu na reivindicação 1 e W é escolhido independentemente entre metoxi, etoxi, tiometilo ou 2-naftiltiometilo; sendo opcionalmente completada a conversão de um composto de fórmula (II) num composto de fórmula (I) por supressão de qualquer grupo protector presente. Lisboa, 22 de Fevereiro de 2010 5
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