PT1658972E - Material de cobertura, em especial para soalhos - Google Patents

Description

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DESCRIÇÃO "Material de cobertura, em especial para soalhos" A presente invenção refere-se a materiais de cobertura, tal como por exemplo os materiais de cobertura laminares que podem ser utilizados nos sectores da construção e do mobiliário, em particular para a construção de soalhos. A grande variedade de materiais de cobertura deste tipo actualmente disponível encontra-se déhtro de três categorias básicas. A solução que talvez seja a mais antiga possível, corresponde ao material de cobertura normalmente referido como linóleo. A técnica de produção correspondente tem como objectivo basicamente adicionar ao óleo de linhaça materiais excipientes, tais como serradura e farinha de cortiça, excipientes minerais, pigmentos e outros aditivos de modo a obter uma denominada pasta de linóleo. Esta pasta é sujeita depois a rolagem de modo a formar folhas, que por sua vez são sujeitas ao denominado passo de "cura" que dura algumas dúzias de dias e que basicamente tem por objectivo alcançar uma consolidação da folha de linóleo suficiente para permitir o seu manuseamento adicional e tratamento (por exemplo, de modo a permitir o enrolamento da mesma em rolos para colocação posterior).

Apesar da sua longa existência no tempo, esta solução ocupa somente uma quota modesta do mercado tendo em conta a desvantagem ligada à extensão intrínseca do processo de cura e porque, nos passos subsequentes de colocação do soalho, o 2 linóleo tende a libertar para o ambiente um odor intenso e característico ligado à presença de óleo de linhaça.

Uma fatia muito substancial do mercado de revestimentos e soalhos é representada por materiais plásticos sintéticos. Um dos materiais mais amplamente utilizados para efectuar esses revestimentos, que é passível de apresentar um custo moderado, é representado por poli-(cloreto de vinilo) (PVC). Independentemente de quaisquer outras considerações, estes soalhos, e em particular aqueles baseados em PVC, tendem a não ser muito apreciados tendo em conta as substâncias (por exemplo compostos de cloro e agentes plasticizantes) que podem ser libertos pelo revestimento, tendo também em conta o seu cheiro desagradável.

No decorrer dos últimos anos, os soalhos à base de borracha têm sido particularmente apreciados. Estes soalhos são passíveis de combinar excelentes características de utilização (por exemplo no que se refere à resistência à tensão mecânica, a agentes químicos agressivos, e a queimaduras) e no que se refere à possibilidade de obter revestimentos e soalhos que são particularmente agradáveis do ponto de vista estético (por exemplo com efeitos gerais de mármore ou efeitos de dispersão de grânulos de diferentes cores).

Os exemplos desta técnica anterior são proporcionados pela EP-A-0 968 804 e EP-A-1 020 282.

Ao longo dos anos não tem havido falta de tentativas de unir os elementos característicos das várias técnicas de produção consideradas previamente. Por exemplo, na EP-A—0 385 053 encontram-se descritos revestimentos de linóleo com a adição de borracha, sendo o objectivo principal o de permitir a exploração do processo de vulcanização da borracha de modo a tornar disponível um revestimento de linóleo que pode ser manuseado e transferido para o local de colocação em períodos muito mais curtos do que aqueles exigidos normalmente para curar soalhos de linóleo de um tipo tradicional.

Do pedido de patente europeia número 03425548.9 (incluído no estado da técnica de acordo com o artigo 54.3 da Convenção da Patente Europeia) ê conhecido um material de cobertura laminar que compreende uma matriz de poliolefina que apresenta uma primeira coloração e uma fase de material elastómero em partículas dispersas na referida matriz de poliolefina, compreendendo a fase em partículas em pelo menos uma segunda coloração que contrasta com a primeira coloração. De um modo preferido, o material elastómero é material elastómero vulcanizado, compreendendo a fase anteriormente mencionada de material elastómero partículas de material elastómero com pelo menos duas colorações diferentes que contrastam com a coloração da matriz de poliolefina.

De um modo particularmente preferido, o material descrito no referido documento anterior tem como objectivo que as partículas da fase de material elastómero apresentem, pelo menos numa proporção que constitui geralmente uma parte substancial da fase do material elastómero, dimensões compreendidas entre 100 um e 500 pm. Λ poliolefina é de preferência escolhida no grupo que compreende o polietileno, polipropileno e mistura dos mesmos, enquanto que o elastómero 4 é escolhido no grupo que compreende a borracha natural (NR) , SBR, EPM, EPDM, IR, BR, CR e NBR, assim como misturas dos mesmos. A solução descrita no pedido de patente europeia número 03425548.9 tem por esse motivo como objectivo a adição de uma fase dispersa de material em partículas (o denominado "pó") da borracha vulcanizada a uma matriz de poliolefina (por exemplo polietileno).

Os materiais baseados nesta combinação são em si bem conhecidos na técnica, tal como testemunhado pelos documentos US-A-4 130 535 ou US-A-4 311 628. As soluções descritas nestes documentos anteriores pretendem obter os denominados "elastómeros termoplásticos", isto é, materiais que podem ser utilizados para aplicações tecnológicas, por exemplo no sector automóvel. Os materiais obtidos de acordo com estes documentos da técnica conhecida são apropriados para aplicações típicas de elastómeros, tais como borracha (por exemplo, protecção contra intempéries para janelas de veículos a motor, produção de mangueiras para o transporte de fluidos mesmo a elevada temperatura e pressão, etc.). Para este efeito, estas conhecidas soluções realçam a importância ligada ao facto de as partículas de elastómero (borracha) constituírem uma fase finamente dispersa dentro da matriz de poliolefina, com uma dimensão de grão típica de partículas de elastómero de dimensões marcadamente submilimétricas. Por exemplo, na patente US-A-4 130 535 as dimensões típicas das partículas de borracha que constituem a fase elastómera dispersa situam-se nos 50 μπι. 5 A patente US-A-5 997 782 descreve uma folha de plástico para soalhos que compreende uma camada de superfície de propileno copolimérico e compostos elastoméricos termoplásticos localizados acima de uma camada de elastómero poliolefinc cheio com mineral.

Embora as soluções descritas na técnica conhecida, e em particular aquela descrita no pedido de patente europeia número 03425548.9 tenham provado ser satisfatórias e vantajosas na utilização, existe ainda a possibilidade de obter melhoramentos adicionais acima de tudo no que se refere à possibilidade de melhorar adicionalmente as características mecânicas do material de cobertura, a resistência a tensões externas (particularmente no que se refere às tensões devido a esmagamento), e à possibilidade de alargar ainda mais a escolha dos limites cromáticos para realizar o revestimento. 0 objectivo da presente invenção é o de proporcionar um material de cobertura que pode ser utilizado, por exemplo, como soalho e seja passível de combinar a maioria das qualidades dos materiais de cobertura de um tipo tradicional sem ao mesmo tempo partilhar as suas desvantagens.

De acordo com a presente invenção, este objectivo é alcançado através de um material de cobertura que apresenta as características referidas especifícamente nas reivindicações anexas. As reivindicações formam parte integrante da descrição da invenção proporcionada na presente. O material de cobertura descrito ê passível de oferecer, no que se refere às características de resistência ao 6 ambiente (tensões mecânicas e ataque por agentes químicos, a resistência à queimadura, etc.), do mesmo modo características equivalentes, e pelo menos em alguns casos decididamente algumas características superiores quando comparado com revestimentos feitos de material plástico e quando comparado com revestimentos feitos de borracha (e consequentemente deste ponto de vista um rendimento amplamente superior àquele dos revestimentos feitos de linóleo).

No que se refere às características estéticas, a solução descrita na presente permite a produção de materiais de cobertura com características cromáticas escolhidas dentro de limites praticamente infinitos, com limites muito largos de escolhas no que se refere a efeitos de "mármore" ou "granito". Para além disto, são obtidos resultados em que, pelo menos com base nas experiências até agora conduzidas pelo requerente em muitos casos são qualitativamente superiores aos resultados que podem ser geralmente obtidos no caso de revestimentos feitos de material plástico e material de borracha. A invenção será agora descrita através de um exemplo não limitativo tomando como referência os desenhos anexos. As figuras representam:

Figura 1 secção transversal ideal de um material de cobertura do tipo descrito na presente; e Figura 2 ilustração esquemática das modalidades de produção de um revestimento do tipo descrito na presente. 7

No caso específico, o sistema descrito na presente encontra-se concebido para formar um revestimento que pode ser utilizado, por exemplo, como soalho. Neste caso, será do mesmo modo apreciado que cada um dos passos de operação, descritos a seguir, assim como o equipamento que permite a sua implementação - em si mesmo - são amplamente conhecidos na técnica. Esce facto torna supérfluo proporcionar na presente uma descrição pormenorizada dos referidos passos de operação e do equipamento correspondente.

Em particular, assume-se que o objectivo é o de obter um revestimento com uma aparência que imita aproximadamente o mármore com uma estrutura granular fina ou, de um modo ainda mais preciso, que lembra aproximadamente a aparência do granito, tudo isto, naturalmente, com a possibilidade de variar as características cromáticas do revestimento dentro de limites praticamente infinitos.

Tal como pode ser melhor apreciado no diagrama da figura 1, o revestimento descrito na presente, assinalado como um todo com 10, apresenta uma estrutura que, como um todo, se encontra estratificada, compreendendo três camadas assinaladas, respectivamente, com 101, 102 e 103, com uma presença possível de uma camada adicional 120, colocada geralmente entre as camadas 102 e 103. A camada assinalada com 101 constituí a camada mais exterior ou mais superior do revestimento, nomeadamente, a camada que será exposta ao exterior, sendo deste modo visível. 8 A camada assinalada com 102 é uma camada intermédia, enquanto que a camada assinalada com 103 é uma camada do fundo ou traseira, nomeadamente, a camada utilizada* para aplicar o revestimento 10.

Por exemplo, no caso de um revestimento 10 feito na forma de um soalho, a camada 103 constitui o fundo ou camada base do soalho, que será colocada no substrato a ser revestido (por exemplo um revestimento de cimento). A representação com uma linha a ponteado na parte do fundo da figura 1 pretende assinalar o facto de a superfície externa da camada do fundo 103 poder apresentar tanto um padrão que é no seu todo plano e uma reentrância constituída por formações ou nervuras ou formações alveolares que constituem os pés para suportar o soalho. O facto de proporcionar, de acordo com as referidas modalidades, a camada do fundo de um soalho é bem conhecido na técnica, por exemplo para aplicações em soalhos para utilização em instalações desportivas, tal como é testemunhado por exemplo nas patentes EP-Â-0 874 105 e EP-A-0 913 524. A camada 120 funciona como camada de estabilização e compreende tipicamente fibra de vidro e/ou fibra de poliester. A escolha de colocar a camada 120 entre as camadas 102 e 103 é preferida mas não imperativa: por exemplo, a camada de estabilização 120 pode também ser colocada entre camada 101 e a camada 102.

Uma característica importante da solução descrita na presente é representada pelo facto de as camadas 101, 102 e 103 apresentarem uma base de uma mistura de material 9 poliolefino e elastómero termoplástico (TPE) que é essencialmente da mesma natureza para todas as três camadas 101, 102, 103. 0 material poliolefino em questão é tipicamente escolhido no grupo que compreende o polietileno, polipropileno e/ou misturas e/ou copolímeros dos mesmos. De preferência, o referido material é sensivelmente polietileno, e de um modo particularmente preferido, polietileno de baixa densidade. 0 elastómero termoplástico é tipicamente escolhido no grupo realizado de TPS, isto é elastómeros termoplásticos de origem estirénica, e misturas dos mesmos. De preferência, o referido elastómero termoplástico de origem estirénica é substancialmente SBS.

Definir as camadas em questão como tendo uma base de uma mistura de material poliolefino/elastómero termoplástico que é essencialmente da mesma natureza para todas as três camadas ê equivalente a dizer que a referida mistura é constituída pelos mesmos materiais (por exemplo, polietileno e SBS) para todas as três camadas 101, 102 e 103, procurando ao mesmo tempo a possibilidade de diferenciar as três camadas 101, 102 e 103 em relação, por exemplo, à quantidade de excipiente presente na matriz de poliolefina/TPE,

No referido caso, a coloração base de todas as três camadas 101, 102 e 103 pode ser essencialmente a mesma. Por exemplo, todas as três camadas 101, 102 e 103 podem apresentar uma coloração básica de verde, ou vermelho, ou azul, como um todo idêntico para todas as três camadas. A 10 camada de estabilização 120, que se apresente, não apresenta geralmente uma conotação cromática particular, sendo tipicamente feita de, tal como jã mencionado, fibra de vidro e/ou fibra de poliéster. 0 facto de todas as três camadas lOl, 102 e 103 apresentarem uma base de mistura poliolefina/TPE encontra-se ligado ao favorecimento da adesão intima e coesão das três camadas 101, 102 e 103. Esta última característica confere características particulares de estabilidade no revestimento 10 como um todo, acima de tudo com referência à possível aplicação como soalho para instalações desportivas. Em ligação a isto, será apreciado que a camada de estabilização, se presente, independentemente de onde estiver colocada, seja escolhida com malhas suficíentemente largas e uma massa suficientemente pequena por área de unidade (25-50 g/m2) para fazer com que a camada de estabilização em si seja de facto incorporada na matriz da poliolefina/TPE das camadas contíguas.

Na forma de realização preferida actual da invenção, as camadas 102 e 103 diferem uma da outra predominantemente tendo em conta o nível diferente de enchimento presente dentro das mesmas (tipicamente excipiente mineral, tal como carbonato de cálcio ou outros excípíentes actualmente utilizados no sector dos revestimentos/soalhos). A camada do fundo 103 de facto consiste geralmente numa matriz da poliolefina/TPE que contém excipientes de modo a apresentar uma densidade igual ou maior do que 1,6 g/cm3. Uma densidade deste tipo confere à camada 103 (e no revestimento 11 10 como um todo) características de estabilidade mecânica e fixação firme. Tipicamente, a espessura da camada 103 conta para aproximadamente 40% a 60% da espessura global do revestimento 10. Excluída da referida quantidade mencionada é a altura das formações 103 (se presente).

Além disso, quando no fim do processo do fabrico descrito em pormenorizadamente, a seguir o fundo ou face externa da camada do fundo 103 é sujeito a um tratamento de desgaste, a presença de um elevado nível de excipiente quer dizer que a face externa anteriormente mencionada 103a (aquela do fundo na representação da figura 1) apresenta em qualquer dos casos um nível de rugosidade ou microgranulidade considerado particularmente apropriado para obter uma fixação firme (geralmente obtida utilizando colas) do revestimento 10 para o substrato no qual é aplicado.

Se bem que com uma formação essencialmente idêntica â matriz de poliolefina/TPS, a camada intermédia 102 apresenta um nível mais baixo de excipiente do que aquele da camada base 103, situando-se os valores típicos da densidade da camada intermédia 102 entre 1,3 a 1,4 g/cm3. As razões para esta escolha irão surgir mais claramente do seguinte. A espessura da camada 102 corresponde também a aproximadamente 40% a 60% da espessura global do revestimento 10, enquanto que (tal como pode ser verificado na secção transversal da figura 1) a camada mais externa 101 contribui numa extensão menor para a referida espessura global. 0 efeito estético global do revestimento 10 resulta da presença da camada superior ou mais externa 101. A última é 12 obtida de preferência a partir de grânulos 104, 106, 108 de uma mistura de políolefina/TPE sensivelmente semelhante a mistura que constituí a matriz das camadas 102 e 103, com a diferença representada pelo facto de, no caso da camada maís externa 101, a referida matriz se encontrar sensivelmente livre de excipientes, isto é, conter somente uma pequena quantidade de excipientes (por exemplo, tendo em conta a presença de excipientes de pigmentação) de modo a apresentar uma densidade entre 1 a 1,1 g/cm3. A seguir será assumido - simplesmente através do exemplo - que a camada 101 compreenda grânulos 104, 106 e 108 de três diferentes colorações, tais como, por exemplo, verde-escuro, verde médio, ou verde acinzentado, e verde-claro. O grânulo individual pode apresentar, em vez disso, uma única coloração ou diferentes colorações, dadas por exemplo pela presença, dentro do grânulo, de partes que apresentam diferentes colorações.

Naturalmente que o facto do exemplo ilustrado na presente ter como objectivo a utilização de grânulos 104, 106, 108 e três diferentes cores não tem de ser interpretado em qualquer sentido como limitando a possibilidade de utilizar materiais granulares num número menor (sendo por exemplo possível prever a presença de somente um tipo de material granular) ou um número maior (quatro ou mais) se comparado com o exemplo apresentado no presente documento.

As dimensões típicas das partículas/grânulos 104, 106, 108 situam-se entre uma fracção de um milímetro a alguns milímetros, se for também necessário ter em conta o facto de 13 as referidas dimensões, tal como percepcionadas pelo observador, tenderem geralmente a aumentar como resultado do processo de fabrico descrito a seguir, o que tende, numa certa extensão, a comprimir/aplanar os referidos grânulos. Os ensaios conduzidos pelo presente requerente mostram que também partículas de dimensões menores podem alcançar um certo efeito no contexto do resultado cromático global, criando, no revestimento obtido como resultado final, partes de material que apresentam uma coloração que é intermédia entre as colorações dos vários componentes iniciais.

Da figura 1 será apreciado em particular que, atendendo a que entre a camada intermédia 102 e a camada do fundo 103 se encontra normalmente presente - mesmo na presença da camada de estabilização 120 - uma interface de ligação íntima com um padrão sensivelmente plano, a camada intermédia 102 e a camada superior 101 podem em vez disto interpenetrar-se até que a camada intermédia 102 possa ser forçada a apresentar, a um nível local, pequenas derivações ou línguas que se estendem o mais possível até à superfície mais externa do revestimento, tal como assinalado como um todo com 102' na figura 1. 0 facto de realizar a camada mais externa 101 com um material em partículas (grânulos 104, 106 e 108) não contendo sensivelmente excipientes e deste modo essencialmente livre de excipientes, isto é, contendo somente uma pequena quantidade de excipientes, com os valores de densidade indicados na presente, provou ser surpreendentemente inesperadamente vantajoso no que se refere â possibilidade de 14 impedir o surgimento de fenómeno direccional sob observação visual da camada superior 101. A importância deste aspecto pode ser mais totalmente apreciada em relação ao processo actualmente preferido para realizar o revestimento 10 esquematicamente representado na figura 2.

Ho lado esquerdo da figura 2 podem ser vistas as camadas 103 e 102 as quais desenrolam das respectivas fontes de fornecimento, tipicamente na forma de rolos assinalados com BI e B2. A referência B3 assinala então um rolo adicional do qual a camada de estabilização 120 é desenrolada, a qual será colocada numa posição intermédia entre as camadas 102 e 103. A referência 110 é uma representação esquemática de um posto de acoplamento, em que as tiras das camadas 102 e 103 (e 12 0) são colocadas por cima uma da outra, sem que no momento se alcance uma ligação mais íntima, de modo a fazer com que avancem de um modo coordenado em direcção ao posto 112, onde ê executada, de acordo com a técnica de "sementeira" que ê largamente utilizada no fabrico de soalho com aspecto de mármore, a operação de depositar o material que deverá formar a camada mais externa 101, nomeadamente, os grânulos 104, 106 e 108.

Numa forma de realização alternativa possível da invenção, a camada 101 pode também ser fornecida na forma de uma tira ou fita que é desenrolada de um rolo respectivo e ê acoplada (justaposta) às tiras das camadas 102 e 103 (e 120) no posto 110. 15 0 conjunto dos elementos ou partes que deverão formar o revestimento 10 é depois enviado para o equipamento à frente para aplicação simultânea de calor e pressão, assinalado como um todo com 114. A utilização de prensas deste tipo é bem conhecida e largamente empregue nas técnicas de fabrico de revestimentos e de soalhos de plástico e material de borracha.

Seja qual for a solução específica do sistema utilizado, a aplicação simultânea de calor e pressão ao conjunto de partes ou componentes descritos conduz à formação de uma estrutura em revestimento tal como a estrutura indicada num todo com 10 na figura 1. A referida estrutura de revestimento pode depois ser enviada para processos posteriores.

Por exemplo, a referência 116 na figura 1 indica como um todo um posto de desbaste, no qual a face ou superfície externa da camada do fundo 103 é sujeita a desbaste ou picagem de modo a conduzir à formação da granulosidade da superfície 103a. Será apreciado que a referida operação possa ser executada (naturalmente limitada às partes dos pontos mais altos) também no caso onde a superfície externa da camada 103 acolheu (geralraente durante o processamento no posto 114) uma conformação com nervuras ou pés ou reentrâncias, tal como aquela representada esquematicamente com uma linha a sombreado na figura 1.

Lisboa, 27 de Abril de 2007

Claims (20)

1 REIVINDICAÇÕES 1. Material de cobertura laminar de estrutura em camadas que compreende uma camada mais externa (101), uma camada de fundo (103), e uma camada intermédia (102) colocada entre a referida camada mais externa (101) e a referida camada do fundo (103), caracterizado por: - a referida camada mais externa (101), camada intermédia (102) e camada do fundo (103-) compreenderem uma matriz constituída por uma mistura de poliolefina e elastómero termoplástico (TPE) , sendo a referida matriz essencialmente idêntica a todas as três das referidas camadas mais externas (101), camada intermédia (102), e camada do fundo (103); - a matriz da referida camada mais externa (101) se encontrar sensivelmente livre de excipientes e apresentar um primeiro valor de densidade; - a referida camada do fundo (103) conter excipientes de modo a apresentar um segundo valor de densidade maior do que o referido primeiro valor de densidade; e - a referida camada intermédia (102) conter excipientes de modo a apresentar um terceiro valor de densidade intermédia entre o referido primeiro valor de densidade e referida camada mais externa (101) e o referido segundo valor de densidade da referida camada do fundo (103). 2

2. Material de cobertura de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a matriz da referida camada mais externa (101) apresentar uma densidade que se situa entre 1 g/cm3 e 1,1 g,/cm3.

3. Material de cobertura de acordo com as reivindicações 1 ou 2, caracterizado por a referida camada intermédia (102) apresentar uma densidade que se situa entre 1,3 g/cm3 e 1,4 g/cm3.

4. Material de cobertura de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por a referida camada do fundo (103) apresentar uma densidade maior do que 1,6 g/cm3.

5. Material de cobertura de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por compreender adicionalmente uma camada de estabilização (120) localizada numa posição colocada entre qualquer de duas (102, 103) da referida camada mais externa (101), camada intermédia (102), e camada do fundo (103).

6. Material de cobertura de acordo com a reivindicação 5, caracterizado por a referida camada de estabilização (120) se encontrar localizada numa posição entre a referida camada intermédia (102) e referida camada do fundo (103) . 3

7. Material de cobertura de acordo com qualquer das reivindicações 5 ou 6, caracterizado por a referida camada de estabilização (120) ser à base de fibra.

8. Material de cobertura de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por a referida camada de estabilização (120) ser à base de fibra de vidro ou à base de fibra de poliéster.

9. Material de cobertura de acordo com qualquer das reivindicações 5 a 8, caracterizado por a referida camada de estabilização (120) apresentar uma massa por área de unidade entre 25-50 g/cm2.

10. Material de cobertura de acordo com qualquer das reivindicações 5 a 9, caracterizado por a referida camada de estabilização (120) se encontrar incorporada na matriz de poliolefina/elastómero termoplástico das camadas (102, 103) entre as quais a referida camada de estabilização (120) se encontra colocada.

11. Material de cobertura de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por a referida camada mais externa (101) ser realizada a partir de grânulos (104, 106, 108).

12. Material de cobertura de acordo com a reivindicação 11, caracterizado por a referida camada mais externa (101) 4 ser realizada a partir de grânulos (104, 106, 108) de diferentes colorações.

13. Material de acordo com qualquer das reivindicações 11 ou 12, caracterizado por a referida camada intermédia (102) apresentar partes que emergem na superfície da referida camada iriais externa (101) .

14. Material de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por a referida poliolefina ser seleccionada de um grupo que compreende polietileno, polipropileno e/ou misturas e/ou copolímeros dos mesmos.

15. Material de acordo com a reivindicação 14, caracterizado por a referida poliolefina ser sensivelmente polietileno.

16. Material de acordo com a reivindicação 14, caracterizado por a referida poliolefina ser essencialmente constituída por polietileno de baixa densidade.

17. Material de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por o referido elastómero termoplástico (TPE) ser seleccionado de um grupo que compreende TPS, isto é elastómeros plásticos de origem estirénica, e misturas dos mesmos.

18. Material de acordo com a reivindicação 17, caracterizado por o referido elastómero termoplástico de origem estirénica {TPS} ser essencialmente SBS. 5

19. Material de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por a referida camada do fundo (103) apresentar uma superfície externa (103a) que apresenta uma aparência microgranular.

20. Material de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por a referida camada do fundo (103) apresentar uma superfície externa (103a) que apresenta reentrâncias em forma de nervuras, pés ou formações semelhante. Lisboa, 27 de Abril de 2007