PT1583785E

PT1583785E - Resina fenólica , uso de uma resina fenólica bem como produto moldado formado a partir da mesma

Info

Publication number: PT1583785E
Application number: PT04702464T
Authority: PT
Inventors: Gerardus Wilhelmus Schuren; Theodorus Vrijsen
Original assignee: Trespa Int Bv
Priority date: 2003-01-17
Filing date: 2004-01-15
Publication date: 2007-09-04
Also published as: DE602004006715T2; EP1583785B1; ATE363499T1; CN100582134C; CN1723225A; AU2004205612A1; US7935778B2; AU2004205612B2; NL1022425A1; JP2006518397A; NZ541141A; CA2513114A1; WO2004065445A1; JP4522989B2; NL1022425C2; DE602004006715D1; US20060014007A1; EP1583785A1; CA2513114C

Description

ΡΕ1583785 1 DESCRIÇÃO "RESINA FENÓLICA, USO DE UMA RESINA FENÓLICA BEM COMO PRODUTO MOLDADO FORMADO A PARTIR DA MESMA" A presente invenção refere-se a uma resina fenólica obtida pela reacção de compostos fenólicos com formaldeido e/ou compostos que formem formaldeido. A presente invenção refere-se ainda ao uso dessa resina fenólica bem como a um produto moldado tendo um núcleo de peças inertes, sólidas, impregnadas com essa resina fenólica. A patente US No. 4.116.921 refere uma resina a ser usada na produção de produtos moldados. De acordo com o referido documento essas resinas são caracterizadas por uma distribuição de peso molecular relativamente estreita e baixo peso molecular, onde a polidispersidade dessas resinas é baixa. A polidispersidade vai desde cerca de 1,5 até cerca de 5, em particular desde cerca de 1,7 até cerca de 3. Além disso, o referido documento indica que a duração da reacção é determinada pela desejada polidispersidade. Embora o referido documento compreenda nove exemplos de resinas exclusivamente à base de bifenol A, não são fornecidos mais detalhes nos referidos exemplos relativamente à polidispersidade que é usada. 2 ΡΕ1583785 0 pedido internacional WO 01/46101 refere-se às chamadas composições de bifenol estável que são usadas em processo de laminação usuais; não são mencionados pormenores especiais relativamente à polidispersidade. Só a proporção entre fenol e formaldeído e o teor em fenol livre são mencionados como parâmetros importantes. A patente US No. 4.337.334 refere a preparação de uma resina fenólica, onde o componente de fenol compreende o grupo de compostos fenólicos de elevado peso molecular, compostos estes que são obtidos como sub-produtos na preparação de bifenol A. A mesma não dá a conhecer pormenores específicos relativamente à resina fenólica. A resina fenólica que é mencionada na introdução é conhecida per se a partir do pedido internacional WO 91/19749, que tem o mesmo inventor do presente pedido. De acordo com o referido pedido internacional, a estrutura molecular da resina fenólica obtida em resultado da reacção deve satisfazer uma série de requisitos, usando uma proporção especial do número total de pontos reactivos (A) na resina fenólica até ao número total de pontos (B) na resina fenólica à qual é adicionado formaldeído, até ao número total de pontos (C) na resina fenólica em que duas moléculas dos compostos fenólicos são condensados um com o outro através de um grupo metileno, cuja proporção é como segue: (A) :(B):(C)=1:(0,85 até 1,0):(menos de ou igual a 0,05, em particular menos de ou igual a 0,02). 3 ΡΕ1583785 A partir do pedido internacional WO 01/74750 conhece-se ainda uma mistura que é usada na preparação de resinas fenólicas, resinas epoxidicas ou resinas de formaldeído, cuja mistura de partida contém desde 35 até 75% em peso de ρ,ρ-bifenol A, desde 5 até 25% em peso de o,p-bifenol A e desde 20 até 50% em peso de produtos secundários que são produzidos durante a preparação de bifenol A, onde a soma das proporçoes em peso de p,p- bifenol A e o,p-bifenol A é de 50 até 80% em peso e onde a soma das proporções em peso de ρ,ρ-bifenol A e o,p-bifenol A e produtos secundários é de 100% em peso. Em particular, a mistura contém adicionalmente desde 0 até 90% em peso de fenol, relativamente ao peso total da mistura então produzida. Outros pormenores relativos à resina fenólica preparada com o referido material de partida não estão indicados no referido documento, para não mencionar os requisitos específicos que são exigidos a uma resina fenólica usada na produção de produtos moldados rígidos. O objecto da presente invenção é fornecer uma resina fenólica tendo uma composição físico-química que permita o uso de papéis de maior impregnação do que os da técnica anterior para formar produtos moldados obtidos por impregnação de peças inertes sólidas, em particular papel de impregnação, com resina fenólica, no interior de cujos papéis de impregnação a resina fenólica se distribui regularmente.

Outro objecto da presente invenção é fornecer uma 4 ΡΕ1583785 resina fenólica tendo uma composição fisico-quimica que permita obter produtos moldados que tenham uma resistência mecânica superior à dos produtos moldados que são conhecidos a partir da técnica anterior.

Ainda outro objecto da presente invenção é fornecer uma resina fenólica tendo uma composição físico-química que permita obter produtos moldados tendo uma absorção de água inferior à dos produtos moldados que são conhecidos a partir da técnica anterior.

Ainda outro objecto da presente invenção é fornecer uma resina fenólica tendo uma composição físico-química que permita formar produtos moldados em que seja mais difícil a ocorrência de bolhas do que nos produtos moldados da técnica anterior quando esses produtos são usados em condições extremas, ou seja, uma humidade relativa superior e temperaturas elevadas.

De acordo com a presente invenção, a resina fenólica referida na introdução é caracterizada por a resina fenólica ter uma polidispersidade de, no máximo, 1,85, especialmente preferivelmente no máximo 1,7, e um peso molecular em média ponderada (Mw) de, no máximo, 600, em particular no máximo 520.

Usando uma resina fenólica desse tipo é possível conseguir um ou mais dos objectos atrás referidos. O termo "polidispersidade", tal como é usado na presente descrição, 5 ΡΕ1583785 é um parâmetro sem dimensão que é conhecido dos especialistas na técnica e que é definido como o quociente do peso molecular médio, Mw, e a massa molecular que compreende o maior número de moléculas, Mn, ou seja, Mw/Mn. A proporção de Mw/Mn pode ser considerada como sendo a amplitude da distribuição de peso molecular obtida através de um método GPC. Se for usada uma resina fenólica tendo uma polidispersidade fora da qama atrás referida observar-se-á um comportamento de impregnação insatisfatório, em particular no caso de papéis mais pesados, o que tem um efeito adverso, por exemplo na distribuição da resina num produto moldado formado por papel de impregnação e que, portanto, é desvantajoso relativamente às propriedades mecânicas e aos valores hígricos do mesmo.

Num modelo de realização especial, é especialmente preferível usar uma percentagem em peso de fenol nos compostos fenólicos de, no máximo, 95%, em particular 25-75%. Se for usada uma percentagem em peso de fenol superior a 95%, o produto moldado obtido por meio dessa resina fenólica apresentará inconvenientes relativamente às suas características. Os compostos fenólicos que são mencionados na presente invenção incluem principalmente bifenóis e polifenóis, em particular novolacs ou bifenóis de baixo peso molecular ou bifenóis e polifenóis como obtidos na preparação de ρ,ρ-bifenol A, por exemplo, condensados de elevado teor molecular, o,p-bifenol A, o,o-bifenol A, cromanos, indanos, trifenóis, isopropenilfenóis e afins, bem como misturas dos mesmos. 6 ΡΕ1583785

As reacções químicas que ocorrem na preparação da presente resina fenólica podem, com efeito, ser consideradas como compreendendo três sub-reacções: 1) activação 2) reacção de adição e 3) reacção de condensação. 0 valor de conversão para a reacção de adição vai geralmente desde 50 até 100%; preferivelmente é >90%. O valor de conversão da reacção de condensação vai geralmente de 0 até 50%, preferivelmente de 15 até 25%. Se tiver de ser preparada uma resina fenólica que satisfaça um ou mais dos requisitos atrás referidos, a conversão de componentes formadores de resina voláteis, tais como formaldeído e fenol, é preferivelmente de pelo menos 75%, mais preferivelmente de pelo menos 90%.

Quando um produto moldado a ser formado exigir características específicas a resina fenólica pode, além disso, compreender um ou mais componentes seleccionados a partir do grupo consistindo em retardadores de combustão, plastificantes, enchimentos, corantes e ligantes, tais como aminoplásticos e afins. Esses componentes são usados em quantidades que são conhecidas dos especialistas na técnica. 7 ΡΕ1583785 A presente invenção refere-se ainda ao uso da resina fenólica atrás descrita para formar produtos moldados obtidos por impregnação de peças inertes sólidas, em particular papel de impregnação, com a resina fenólica e, subsequentemente, submetendo o conjunto obtido a uma operação de compressão de maneira a formar produtos moldados, usando uma temperatura elevada e uma pressão elevada.

Usando a presente resina fenólica, um papel de impregnação tendo um peso de pelo menos 160 g/m2, em particular pelo menos 215 g/m2, pode ser usado como a peça inerte. É geralmente sabido que os papéis de impregnação disponíveis no comércio têm uma percentagem média de humidade de 2,5-5%, em que os pesos do papel usado na presente descrição se referem a esse papel de impregnação disponível no comércio, que ainda contém uma pequena quantidade de humidade.

Num modelo de realização especial, um papel de impregnação tendo um peso que vá de 250 até 400 g/m2 pode ser usado como a peça inerte, cujo peso exibe um comportamento de impregnação satisfatório da resina fenólica preparada de acordo com a presente invenção.

Num modelo de realização especifico, é desejável fornecer pelo menos uma superfície do conjunto com uma camada decorativa antes ou depois da operação de prensagem. ΡΕ1583785

Num modelo de realização específico é usada uma prensa fixa para prensar o papel de impregnação impregnado com a presente resina fenólica em produtos moldados. Por outro lado, também é possível usar uma prensa contínua para essa operação. 0 produto moldado obtido utilizando a presente resina fenólica tem preferivelmente uma espessura que varia de 0,2 a 50 mm, em particular de 0,5 a 20 mm. A presente invenção refere-se ainda ao uso de todos os presentes produtos tanto no interior como no exterior, onde o referido uso no exterior se refere, em particular, ao revestimento de fachadas de edifícios. O referido uso no interior refere-se, em particular, ao uso de mobiliário, tampos de trabalho e tampos de mesa, compartimentos de armazenagem tais como cacifos em piscinas e afins.

Para proporcionar um melhor entendimento da invenção, a presente invenção será agora explicada por meio de um número de exemplos, em relação aos quais deve notar-se, contudo, que a presente invenção não se limita de maneira nenhuma a esses exemplos especiais. Os dados de qualidade da impregnação usados nas tabelas a seguir referidas baseiam-se numa escala de 1-5 na qual 1 significa inaceitável, 2 significa passável, 3 significa medíocre, 4 significa bom e 5 significa excelente. 9 ΡΕ1583785

Exemplo Comparativo 1

Foi preparada uma resina fenólica reagindo fenol puro com formaldeido, onde se obtiveram resinas fenólicas com diferentes valores de polidispersidade variando os tempos de reacção, em particular adicionando várias quantidades de catalisador. As resinas fenólicas assim obtidas foram subsequentemente usadas para formar produtos moldados, sendo usados vários papéis de impregnação com diferentes pesos de papel. Os resultados obtidos estão apresentados na Tabela 1. Em boa verdade, a redução da polidispersidade tem uma influência vantajosa na qualidade de impregnação mas os resultados obtidos ainda foram insatisfatórios para os tipos de papel mais pesados.

Tabela 1

Tipo de resina Cat. mol. % Poli disper sidade Mw Soma dos componentes forma-dores de resina voláteis % Classificação da qualidade de impregnação Peso do papel g/m2 300 254 215 160 Fenol 1 2,26 589 15,1 1 1 1 3 2 2,15 513 10, 6 1 1 2 3 3 2, 03 474 7,4 1 1 3 4 4 1, 96 468 6,0 1 2 3 4 5 1, 91 471 5,3 1 2 3 4 7 1, 92 477 5, 5 1 2 3 4

Exemplo 1

As operaçoes atrás descritas no Exemplo Compa- 10 ΡΕ1583785 rativo 1 foram repetidas, com a diferença de que se usou uma mistura de bifenol A e fenol a 50:50 p% como material de partida para preparar a resina fenólica. Os resultados obtidos estão apresentados na Tabela 2.

Tabela 2

Tipo de resina Cat. mol. % Poli- disper- sidade M Soma dos componentes forma-dores de resina voláteis % Classificação da qualidade de impregnação Peso do papel g/m2 300 254 215 160 Bifenol 1 2,01 603 11, 8 1 3 3 3 A/fenol 2 1, 79 481 8,1 3 4 4 4 50/50% 3 1,68 458 6, 0 4 4 5 5 4 1,62 441 5, 2 4 5 5 5 5 1,6 424 4,1 4 4 5 5 7 1,67 438 4,3 4 4 5 5

Exemplo 2

As operações atrás descritas no Exemplo Comparativo 1 foram repetidas, com a diferença de que se usou uma mistura, a 30:70 p%, de fenóis com reduzido teor polimérico, tais como bifenóis e trifenóis, sub-produtos obtidos na preparação de ρ,ρ-bifenol A por um lado, e fenol, por outro, como material de partida para a preparação da resina fenólica. Os resultados obtidos estão apresentados na Tabela 3. ΡΕ1583785 11

Tabela 3

Tipo de resina Cat. mol. % Poli- disper- sidade M„ Soma dos componentes forma-dores de resina voláteis % Classificação da qualidade de impregnação Peso do papel g/m2 300 254 215 160 Fenóis com 1 2,07 623 12,8 1 2 3 3 reduzido 2 1,77 503 9,8 2 2 4 4 teor 3 1,72 475 7,4 4 4 4 5 poliméri- 4 1,67 475 6,2 4 5 5 5 co/fenol 5 1,68 472 5, 2 4 4 5 5 30/70% 7 1,74 487 4,8 4 4 4 4

Exemplo 3

As operações atrás descritas no Exemplo Comparativo 1 foram repetidas, com a diferença de que se usou uma mistura, a 60:40 p%, de fenóis com reduzido teor polimérico tais como bifenóis e trifenóis, sub-produtos obtidos na preparação de ρ,ρ-bifenol A, por um lado, e fenol, por outro, como material de partida. Os resultados obtidos estão apresentados na Tabela 4.

Tabela 4

Tipo de resina Cat. mol. O, O Poli- disper- sidade Soma dos componentes forma-dores de resina voláteis % Classificação da qualidade de impregnação Peso do papel g/m2 300 254 215 160 Fenóis com 1 1,83 536 9,8 2 2 3 4 reduzido 2 1,66 442 7,1 4 4 5 5 teor 3 1,55 412 5,2 5 5 5 5 poliméri- 4 1,55 422 3,8 5 5 5 5 co/fenol 5 1,58 428 3,2 4 5 5 5 60/40% 7 1,65 432 3,3 4 4 4 5 ΡΕ1583785 12

Exemplo 4

As operações atrás descritas no Exemplo Comparativo 1 foram repetidas, com a diferença de que se usou uma mistura, a 90:10 p%, de fenóis com reduzido teor polimérico, tais como bifenóis e trifenóis, sub-produtos obtidos na preparação de ρ,ρ-bifenol A por um lado, e fenol, por outro, como material de partida. Os resultados obtidos estão apresentados na Tabela 5.

Tabela 5

Tipo de resina Cat. mol. O. O Poli- disper- sidade M„ Soma dos componentes forma-dores de resina voláteis % Classificação da qualidade de impregnação Peso do papel g/m2 300 254 215 160 Fenóis com 1 1,86 556 6,9 2 3 3 3 reduzido 2 1,62 486 3,2 4 4 4 5 teor 3 LO T-1 439 2,1 4 4 5 5 poliméri- 4 1,55 434 1,8 5 5 5 5 co/fenol 5 co LO T-1 442 2 4 4 5 5 90/10% 7 1,68 454 2,1 4 4 4 5

Exemplo 5

As operações atrás descritas no Exemplo Comparativo 1 foram repetidas, com a diferença de que se usou uma mistura, a 80:20 p%, de polifenóis (fenóis poliméricos superiores) e usou-se fenol como material de partida. Os resultados obtidos estão apresentados na Tabela 6. ΡΕ1583785 13

Tabela 6

Tipo de resina Cat. mol. % Poli- disper- sidade Soma dos componentes forma-dores de resina voláteis Classificação da qualidade de impregnação Peso do papel g/m2 300 254 215 160 Polife- 2 2, 01 685 3,9 1 1 1 1 nol/fenol 3 1, 94 591 3, 0 1 1 2 2 80/20 4 1, 81 612 2,7 1 1 2 2 5 1, 83 580 2, 6 2 2 3 4

Tabela 7

Classificação da qualidade de impregnação Distribuição de resina no papel Resistências Mecânicas Valores hígri-cos (aumento de volume) Bolhas 1 - _ _ _ 2 - 0 _ _ 3 0 0 0 0 4 + 0 + + 5 + + + + - significa inferiores à média 0 significa média + significa superior à média A classificação da qualidade de impregnação que está incluida nas Tabelas 1-6 baseia-se numa escala de 1-5, na qual 1 significa inaceitável, 2 significa passável, 3 significa medíocre, 4 significa bom e 5 significa excelente. Na Tabela 7 estas classificações de 1-5 para a qualidade de impregnação estão relacionadas com a distri- 14 ΡΕ1583785 buição de resina, as propriedades mecânicas, os valores hígricos e a tendência para formar bolhas. Além disso, deve notar-se que as resinas fenólicas atrás referidas foram todas preparadas sob condições de refluxo a uma temperatura inferior a 105°C onde, após condensação, a viscosidade das resinas assim preparadas foi determinada a um valor de 200 cP com a adição de um solvente. O peso molecular médio Mw e a massa molecular compreendendo o maior número de moléculas, Mn, foram determinados por meio de cromatografia por filtração de gel. A polidispersidade enunciada nas Tabelas 1-6 é Mw/Mn. A qualidade da impregnação enunciada nas tabelas 1-6 foi avaliada submetendo-se os papéis de impregnação impregnados com resina a uma operação de prensagem num ciclo de prensagem Standard, depois do qual se praticou um chamado bisel na placa assim obtida e a homogeneidade da superfície cortada foi avaliada.

Das Tabelas 1-6 atrás referidas depreende-se que o uso de um peso de papel de, por exemplo, 300 g/m2 para uma resina obtida a partir de fenol puro (ver Exemplo Comparativo 1) tendo uma polidispersidade que vai desde 1,91 até 2,26, resulta numa qualidade de impregnação inaceitável, apesar do facto de o peso molecular em média ponderada ser inferior a 600. Por outro lado, se for usada uma mistura, a 50:50 p%, de bifenol A e fenol como o material de partida para preparar resina fenólica (ver Exemplo 1), obtém-se uma boa qualidade de impregnação a uma polidispersidade de 1,68 e uma w inferior a 500, usando um peso de papel de 300 g/m2. De acordo com o Exemplo 2, 15 ΡΕ1583785 obtém-se uma boa qualidade de impregnação para um peso de papel de 300 g/m2 se for usado um valor de polidispersidade de 1,72, usando uma mistura, a 30:70 p%, de fenóis com reduzido teor polimérico e fenol como o material de partida. A partir da Tabela 4 depreende-se que a posterior redução até 40% da percentagem em peso de fenol na mistura de material de partida tendo uma composição de fenóis com reduzido teor polimérico e fenol resulta num valor de polidispersidade inferior, onde uma polidispersidade de 1,55 e uma Mw inferior a 450 resulta numa qualidade de impregnação excelente para um peso de papel que varia de 160 até 300 g/m2. Quando a quantidade de fenol num material de partida consistindo numa mistura, a 90:10 p%, de fenóis com reduzido teor polimérico e fenol é ainda mais reduzida (ver Exemplo 4), parece que um valor de polidispersidade de 1,86 resulta numa qualidade de impregnação medíocre para um peso de papel de 254 g/m2 e uma qualidade de impregnação passável para um peso de papel de 215 g/m2. A Tabela 6 mostra, claramente, que uma polidispersidade inferior a 1,85 em combinação com uma Mw superior a 600 conduz a um resultado insatisfatório.

Dos resultados experimentais atrás referidos, depreende-se que uma polidispersidade de, no máximo, 1,85 e um peso molecular em média ponderada de, no máximo, 600, faz com que seja possível formar papéis de impregnação mais pesados num produto moldado desejado, enquanto se mantém uma boa distribuição de resina, ao passo que, no caso de resinas fenólicas puras, um comportamento de impregnação 16 ΡΕ1583785 satisfatório só é obtido com pesos de papel de reduzido valor. Um produto moldado tendo uma boa qualidade de impregnação tem caracteristicas significativamente melhores do que um produto moldado mal impregnado, em particular uma resistência mecânica superior, uma absorção de água inferior e uma menor tendência para formar bolhas, quando esse produto é usado sob condições severas, em particular uma humidade relativa de 100% e temperaturas elevadas.

Lisboa, 22 de Agosto de 2007

Claims

ΡΕ1583785 1 REIVINDICAÇÕES 1. Uma resina fenólica obtida pela reacção de compostos fenólicos com formaldeído e/ou compostos formadores de formaldeído, caracterizada por a resina fenólica ter uma polidispersidade de, no máximo, 1,85 e um peso molecular em média ponderada (Mw) de, no máximo, 600.
2. Uma resina fenólica de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a referida resina fenólica ter uma polidispersidade de, no máximo, 1,7.
3. Uma resina fenólica de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por o referido peso molecular em média ponderada (Mw) ser, no máximo, de 520.
4. Uma resina fenólica de acordo com qualquer uma ou várias das reivindicações anteriores, caracterizada por a percentagem em peso de fenol nos compostos fenólicos ser, no máximo, de 95%.
5. Uma resina fenólica de acordo com qualquer uma ou várias das reivindicações anteriores, caracterizada por a percentagem em peso de fenol nos compostos fenólicos estar entre 25 e 75%.
6. Uma resina fenólica de acordo com qualquer uma ou várias das reivindicações anteriores, caracterizada 2 ΡΕ1583785 por os compostos fenólicos compreenderem bifenóis e polifenóis.
7. Uma resina fenólica de acordo com qualquer das reivindicações 1-5, caracterizada por os referidos compostos fenólicos compreenderem novolacs de reduzido teor molecular.
8. Uma resina fenólica de acordo com a reivindicação 6, caracterizada por os referidos bifenóis e poli-fenóis terem sido obtidos na preparação de ρ,ρ-bifenol A.
9. Uma resina fenólica de acordo com qualquer uma ou várias das reivindicações anteriores, caracterizada por a conversão de componentes formadores de resina volátil ser de, pelo menos, 75%.
10. Uma resina fenólica de acordo com qualquer uma ou várias das reivindicações anteriores, caracterizada por a conversão dos componentes formadores de resina voláteis ser de, pelo menos, 90%.
11. Uma resina fenólica de acordo com qualquer uma ou várias das reivindicações anteriores, caracterizada por a resina fenólica compreender ainda um ou mais componentes seleccionados a partir do grupo consistindo em retardadores de combustão, plastificantes, enchimentos, corantes e ligantes. 3 ΡΕ1583785
12. Uso da resina fenólica de acordo com qualquer uma ou várias das reivindicações 1-11 para formar produtos moldados obtidos pela impregnação de peças inertes sólidas, em particular papel de impregnação, com a resina fenólica e, subsequentemente, submeter o conjunto obtido a uma operação de prensagem de maneira a formar produtos moldados, usando uma temperatura elevada e uma pressão elevada.
13. Uso de acordo com a reivindicação 12, carac-terizado pelo facto de um papel de impregnação tendo um peso de pelo menos 160 g/m2 ser usado como a peça inerte sólida.
14. Uso de acordo com qualquer uma ou várias das reivindicações 12-13, caracterizado pelo facto de um papel de impregnação tendo um peso que esteja entre 250 e 400 g/m2 ser usado como a peça inerte.
15. Uso, de acordo com as reivindicações 12-14, caracterizado pelo facto de pelo menos uma superfície do conjunto estar provida de uma camada decorativa antes ou depois da referida operação de prensagem.
16. Uso de acordo com qualquer uma ou várias das reivindicações 12-15, caracterizado pelo facto de ser usada uma prensa fixa para prensar os produtos moldados. 4 ΡΕ1583785
17. Uso de acordo com qualquer uma ou várias das reivindicações 12-15, caracterizado pelo facto de ser usada uma prensa continua para prensar os produtos moldados.
18. Um produto moldado tendo um núcleo de peças inertes sólidas impregnadas com a resina fenólica de acordo com qualquer uma ou várias das reivindicações 1-11.
19. Um produto moldado de acordo com a reivindicação 18, caracterizado pelo facto de a espessura do produto moldado estar entre 0,2 e 50 mm.
20. Um produto moldado de acordo com a reivindicação 18, caracterizado pelo facto de a espessura do produto moldado estar entre 0,5 e 20 mm.
21. Uso de um produto moldado de acordo com qualquer uma ou várias das reivindicações 18-20 para aplicações no exterior.
22. Uso de acordo com a reivindicação 21, caracterizado pelo facto de o referido produto moldado ser usado para revestir edifícios.
23. Uso de um produto moldado de acordo com qualquer uma ou várias das reivindicações 18-20 para aplicações no interior. 5 ΡΕ1583785
24. Uso de acordo com a reivindicação 23, caracterizado pelo facto de o referido produto moldado ser usado em mobiliário, tampos de mesa, compartimentos de armazenamento de vestuário e para efeitos de construção em espaços húmidos. Lisboa, 22 de Agosto de 2007