BRPI0718904A2 - Pirrol[1,2-a] imidazolodiona efetiva no tratamento de neurotoxicidade induzida por agentes quimioterapêuticos - Google Patents

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cancer
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Carla Ghelardini
Paola Petrillo
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Description

PIRROL[l,2-a]IMIDAZOLODIONA EFETIVA NO TRATAMENTO DE
neurotoxicidade induzida por agentes quimioterapêuticos
campo da invenção
A presente invenção refere-se ao campo da terapia anti-câncer, voltada para o problema da redução dos efeitos colaterais neurotóxicos dos agentes quimioterapêuticos.
antecedentes da invenção
O tratamento com diferentes agentes quimio- terapêuticos, tais como vincristina, taxol ou oxiliplatina, provoca na maioria dos casos o desenvolvimento de neurotoxicidade crônica limitante da dose. O dano tóxico fica evidente pelas disfunções neurais que se seguem, tais como alodinia mecânica e ao frio, queimação contínua, mialgias, arrepios, dormência, etc. (Cavaliere R. e Schiff D., 2006, Curr. Neurol. Neurosci. Rep. 6:218-26). A condição patológica resultante é também conhecida como neurotoxicidade periférica induzida por quimioterapia (CIPN) . a CIPN freqüentemente representa a causa mais importante de desconforto e sofrimento em pacientes submetidos a quimioterapia, o que limita fortemente a aplicabilidade prática desta última. Em pacientes com sintomas de CIPN, a interrupção da quimioterapia não é uma solução válida: isto expõe à piora do tumor, e a neurotoxicidade não necessariamente é removida, na medida em que pode persistir e mesmo se desenvolver após a descontinuação da medicação. 0 grau de severidade da CIPN depende não apenas do fármaco, tempo e dose utilizada, mas também da dose cumulativa aplicada.
Dependendo da substância utilizada, pode se seguir uma sindrome sensorial pura (com cisplatina, oxaliplatina, carboplatina) ou uma neurotoxicidade sensório-motora com ou sem o envolvimento do sistema nervoso autônomo (vincristina, taxol). Adicionalmente, a administração prévia ou co-tratamento com dois ou mais agentes neurotóxicos aumenta ainda mais a incidência e severidade dos efeitos neurotóxicos. Por exemplo, a cisplatina sozinha induziu efeitos neurotóxicos em 49% dos pacientes (Bacon M. et al. , 2003, Int. j. Gynecol. Câncer 13:428-34), enquanto que quando co-administrada com paclitaxel, a neurotoxicidade sensorial foi observada em 91% dos pacientes. Estes efeitos podem levar à incapacidade e Piora da qualidade de vida na ausência da progressão tumoral e representa um efeito colateral limitante de dose
serio.
Adicionalmente, o desenvolvimento da síndrome neurotóxica pode interferir com a dosagem ótima do fármaco, retardar a seqüência da terapia, ou necessitar a descontinuidade do tratamento.
Pouco se sabe a respeito do mecanismo responsável pelo desenvolvimento da CIPN e, a até o momento, não estão disponíveis terapias satisfatórias (Quasthoff S. e Hartung H.P., 2002, j. Neurol. 249:9-17).
Tentativas têm sido feitas no sentido a se focalizar os sintomas com fármacos eficazes para dor de várias origens. Por exemplo, o anti-depressivo tricíclico nortriptilina, conhecido como sendo eficaz no tratamento da dor de diferentes origens e neuropatias associadas à diabetes, foi testado em um experimento de duplo cego controlado por placebo para se estabelecer sua capacidade para tratar uma síndrome de dor induzida por cisplatina (Hammack J.e. et al. , 2002 Pain 98:195-203). o estudo incluiu 51 pacientes e a dose máxima de nortriptilina foi de 100 mg/dia. A análise estatística global dos resultados do experimento destacou a não eficácia da nortriptilina sobre o placebo. Lomotrigina, um fármaco que reduz a hiper-excitabilidade neuronal, falhou em reduzir a CIPN em experimentos clínicos de fase IIl (Renno s.l. et al. , 2006, J- Clin. Oncol. 2006, ASCO Annual Meeting Proceeding Parte I Vol. 24, n- 18S.-8530). Todos os pacientes mostraram sintomas neurotóxicos severos induzidos pelo tratamento com alcalóides vinca (30%), taxanos (25%), agentes de platina (7%), combinações de quimioterapia (34%), e outros (3%). Após 10 semanas de terapia, os escores médios foram similares entre os grupos tratados com lamotrigina e o Placebo. a gabapentina é uma anti-convulsivo utilizado para várias neuropatias e neuralgias (Rowbotham M. et al. , 1998, JAMA 280:1837-1842; Backonja M. et al. , 1998, JAMA 280:1831-1836). Este composto, testado em pacientes com câncer com CIPN (Wong G.Y., 2005, J. Clin. Oncol. 2005, ASCO Annual Meeting Proceeding Parte I Vol. 23, n* 16S:8001) falhou em reduzir a intensidade da dor (escore NRS), neuropatia sensorial (classificação ECOG), e outros eventos adversos. Adicionalmente, os pacientes tratados com gabapentina reportaram efeitos colaterais adversos mais significativos, tais como nistagmo e tonteira. Derivados de imidazol com atividade nootrópica geral foram descritos no documento WO 2004/085438; estes compostos não foram utilizados em associação com agentes quimioterapêuticos e nenhuma neuroproteção ou outro efeito benéfico na CIPN foram descritos.
Conforme resumido acima, nenhuma terapia efetiva está atualmente disponível para a neurotoxicidade induzida por quimioterapia. É premente, assim, a necessidade por terapias efetivas no tratamento de CIPN. uma necessidade particular é a de um tratamento curativo, isto é, capaz de tratar a causa subjacente, na medida em que o tratamento meramente sintomático até hoje tem falhado em obter resultados apreciáveis. A necessidade é sentida também por agentes capazes de aumentar a tolerabilidade da terapia quimioterapêutica, aumentando desta forma a aceitação clínica desta última. Uma necessidade adicional é a de co- terapias adequadas capazes de sinergismo positivo no tratamento efetivo do câncer, onde os efeitos colaterais neurotóxicos dos agentes quimioterapêuticos sejam inibidos. É também desejado se dispor de composições farmacêuticas adequadas para a co-terapia, onde um agente inibe o efeito neurotóxico do agente quimioterapêutico. Uma necessidade adicional é a de agentes capazes de bloquear os efeitos neurotóxicos do desenvolvimento da CIPN mesmo após a descontinuação do agente quimioterapêutico.
SUMÁRIO
Encontramos que um composto representado pela fórmula
(I) :
e seus solvatos é fortemente efetivo no tratamento e prevenção de neurotoxicidade induzida por quimioterapia, enquanto que outros compostos utilizados na prática clínica para proteger contra neuropatia e neuralgias induzidas por quimioterapia foram muito menos efetivos ou mesmo falharam em demonstrar um efeito curativo quando testados sob as mesmas condições.
A presente invenção é, desta forma, direcionada para o uso do composto de fórmula (I) e seus solvatos no tratamento e/ou prevenção de neurotoxicidade induzida por quimioterapia. A invenção se estende também ao uso de uma associação de um composto de fórmula (I) ou seus solvatos com um agente quimioterapêutico, no tratamento de câncer. A invenção compreendendo adicionalmente composições farmacêuticas em que um composto de fórmula (I) ou seus solvatos está presente em associação com um agente quimioterapêutico.
DESCRIÇÃO DAS FIGURAS
Figura 1. Neuropatia periférica induzida por vincristina, pressão de pata: Efeito de NiK-13317 e gabapentina administrados p.o.
*P<0, Ol em comparação com ratos tratados com
vincristina/veículo. Cada valor representa a média de 8
ratos. O teste foi realizado 4 dias após a última injeção de vincristina.
Figura 2. Neuropatia periférica induzida por vincristina, pressão de pata: tratamento repetido (i.p., 5 dias).
ΛP<0,05 e *p<0,01 em comparação com ratos tratados com vincristina/veículo. Cada valor representa a média de 8 ratos. Os compostos (30 mg/kg i.p.) foram administrados diariamente durante os últimos cinco dias do protocolo de vincristina. O teste foi realizado 4 dias após a última injeção de vincristina.
Figura 3. Neuropatia periférica induzida por taxol,
teste da pressão de pata: Efeito de NiK-13317 e gabapentina.
Os compostos de teste foram administrados p.o. a 100 mg/kg P-o. A), i.p. a 30 mg/kg B) ou i.v. a 3 mg/mg C). "p<0,05 e *p<0, Ol versus ratos tratados com taxol. Cada valor representa a média de 8 ratos. 0 teste foi realizado 14-18 dias após a última injeção de taxol.
Figura 4. Efeito da gabapentina e NiK-13 317 administrados p.o. durante o desenvolvimento de neuropatia periférica induzida por oxaliplatina: pressão de pata. Os compostos de teste foram administrados p.o. a 100 mg/kg uma vez ao dia iniciando-se três dias antes do tratamento com oxaplatina e durante os mesmos dias da injeção com guimioterápicos. 0 teste foi realizado 30 minutos após a administração dos compostos. *p<0,01 versus ratos tratados com oxaplatina. Cada valor representa a média de 11 ratos.
Figura 5. Farmacodinâmica de gabapentina A) e NiK- 13317 B) adminstrada p.o. em neuropatia periférica induzida por oxaplatina: teste da pressão de pata.
0 teste foi realizado 48 horas após a última injeção de oxaplatina. Os compostos de teste foram administrados p.o. uma vez ao dia iniciando-se três dias antes do tratamento com oxaplatina e durante os mesmos dias de injeção com guimioterápicos. *p<0,01 versus ratos tratados com
oxaplatina. Cada valor representa a média de 11 ratos.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
Um primeiro objetivo da presente invenção é o uso de um composto de fórmula (I):
IVte
(0
ou um seu solvato, na fabricação de um medicamento útil para o tratamento e/ou prevenção de neurotoxicidade induzida por quimioterápicos.
O composto (I) é efetivo em particular na redução dos vários efeitos neurotóxicos de agentes quimioterapeuticos tais como alodinia mecânica a ao frio, queimação contínua, mialgias, arrepios, dormência, etc. a invenção inclui também um método para o tratamento de neurotoxicidade induzida por quimioterápicos, envolvendo a administração de um composto de fórmula (I) a um paciente necessitando de tal. uma parte adicional da invenção são os ditos compostos (I), ou suas composições farmacêuticas, para uso no tratamento e/ou prevenção de neurotoxicidade induzida por quimioterápicos.
Na fórmula (I) o símbolo Me significa CH3. O composto de fórmula (!), a saber, 1-(4-metilfenil)dihidro-lH-pirrol- f1, 2-a]imidazol-2,5(3H,6H)-diona pode ser utilizado na forma de seus enantiômeros isolados (S) ou (R) ou misturas destes em quaisquer proporções, incluindo as misturas racêmicas, isto é, onde os dois enantiômeros estão presentes em iguais quantidades; os ditos enantiômeros são (S)-1-(4-metilfenil)-
dihidro-lH-pirrol[l,2-a]imidazol-2,5(3H,6H)-diona (também
identificado aqui como NiK-16140), e (R)-1-(4-metilfenil)- dihidro-lH-pirrol[1,2-a]imidazol-2,5(3H,6H)-diona (também identificado aqui como NiK-16139); a mistura racêmica dos ditos enantiômeros é aqui identificada como NiK-13317.
A dosagem de administração do composto (I) pode ser
variada de acordo com a severidade da neurotoxicidade a ser
tratada, com a rota de administração, com o tipo de agente
quimioterapêutico em uso, com as condições do paciente,
etc. Como uma referência não limitativa, dosagens diárias
pro-kg (por quilo de peso corporal) estão compreendidas entre 0,5 e 5 0 mg.
Conforme documentado na parte experimental, encontrou-se que o presente composto era altamente efetivo em ratos tratados com vários agentes quimioterapêuticos e portadores dos sintomas de CIPN, enquanto que fármacos como gabapentina, atualmente utilizados para estes efeitos colaterais, provaram ser muito menos efetivos ou mesmo não demonstraram qualquer atividade. A eficácia do composto
(D documentada aqui, em relação a diferentes tipos de
agentes anti-câncer, demonstra a aplicabilidade ampla do
presente uso no que diz respeito à terapia anti-câncer.
Adicionalmente, o composto de fórmula (!) não afetou
a eficácia dos tratamentos anti-câncer como reportado na parte experimental.
A presente invenção, desta forma, encontra utilidade substancial no aumento da aplicabilidade prática das atuais terapias anti-câncer (quimioterapia), pelo fato de reduzir os efeitos colaterais associados à CIPN, e aumentar a aceitabilidade do paciente do tratamento anti-câncer.
O composto de fórmula (!) é preferivelmente administrado em conjunto com o fármaco quimioterapêutico anti-câncer: isto pode ser efetuado ou por administrações separadas dos dois compostos, ou por administração de uma
unidade de dosagem única compreendendo uma mistura dos dois compostos.
Os compostos de fórmula (!) podem ser utilizados também antes de um tratamento quimioterapêutico anti- cancer, de maneira a prevenir o desenvolvimento da CIPN. Neste caso, o tratamento com o composto (I) é iniciado
antes do tratamento anti-câncer ^ r-^oo ■ -i
câncer e, possivelmente, continua
conjuntamente com este.
0 composto de fórmula (!) é útil também no tratamento de possíveis sintomas de CIPN que se desenvolvam depois da conclusão do tratamento com fármacos quimioterapêuticos anti-câncer; neste caso, o tratamento com o composto (!) é iniciado (ou mantido) após a conclusão do tratamento anti-
Observou-se também que o composto de fórmula (!) não desenvolve tolerância, o que é de importância fundamental Para a patologia em questão, quando a intervenção θ/18 quimioterapêutica necessita ser mantida durante um período de tempo longo.
Um objetivo adicional da presente invenção é o uso de uma associação de um composto de fórmula (!) como descrito acima ou um solvato deste, com u ou mais agentes quimioterapêuticos anti-câncer, na fabricação de um medicamento para o tratamento de câncer, o dito tratamento sendo vantajosamente livre de efeitos colaterais de neurotoxicidade periférica.
0 composto de fórmula (!) é conhecido per se e pode ser preparado como descrito no documento WO 2004/085438, incorporado aqui como referência.
Um objetivo adicional da invenção é uma composição farmacêutica compreendendo o dito composto de fórmula (!) em associação com um ou mais agentes quimioterapêuticos anti-câncer, na presença opcional de excipientes farmaceuticamente aceitáveis. Não há qualquer limitação no que diz respeito ao tipo de agente quimioterapêutico anti- CânCer a Ser utüizado em associação com o composto de fórmula (I); adequadamente, podem ser escolhidos entre aqueles atualmente utilizados na prática médica; a invenção é mais útil quando associada àqueles agentes quimioterapêuticos que exercem o estímulo neurotóxico mais elevado. Exemplo de agentes quimioterapêuticos anti-câncer a serem utilizados com o composto de fórmula (I) são compostos organometálicos, por exemplo, cis-platina, carbo- platina, oxaliplatina, compostos de rutênio, etc., alcalóides vinca, por exemplo, vincristina, derivados de taxol, por exemplo, paclitaxel.
0 composto de fórmula (!) está presente nas
composições farmacêuticas em quaisquer quantidades
adequadas para o tratamento requerido; quantidades
indicativas variam entre 10 e 2500 mg, preferivelmente entre 50 e 1000 mg, mais preferivelmente entre 100 e 500 mg.
O agente quimioterapêutico anti-câncer, se presente, é utilizado em quaisquer quantidades adequadas para o tratamento requerido.
As composições farmacêuticas da invenção podem ser adaptadas para as várias rotas de administração, e serem providas, por exemplo, na forma de soluções injetáveis, soluções para infusão, soluções para inalação, suspensões, emulsões, xaropes, elixires, gotas, supositórios, tabletes, tabletes revestidos, cápsulas duras ou moles, micro- cápsulas, grânulos, micro-grânulos, péletes, pós dispersáveis, loções, cremes, ungüentos, emplastros com medicamento, etc. Estas composições incluem também formulações de liberação sustentada.
Os excipientes opcionalmente presentes nestas composições são aqueles comumente utilizados em tecnologia farmacêutica; podem ser utilizados da maneira e quantidade comumente conhecidas de um especialista na técnica.
Formas de administração sólida, tais como tabletes e cápsulas para administração oral, são preferivelmente fornecidas em dosagens unitárias.
As composições podem conter excipientes convencionais tais como ligantes, cargas, diluentes, agentes de formação de tablete, lubrificantes, detergentes, desintegrantes, corantes e agentes umectantes e podem ser revestidas de acordo com métodos bem conhecidos na técnica.
As cargas incluem, por exemplo, celulose, manitol, lactose e agentes similares. Os desintegrantes incluem amido, polivinilpirrolidona e derivados de amido tais como amido glicolato de sódio; os lubrificantes incluem, por exemplo, estearato de magnésio; os agentes umectantes incluem, por exemplo, laurilsulfato de sódio. Estas composições orais sólidas podem ser preparadas com métodos de mistura, enchimento e de formação de tabletes convencionais. As operações de mistura podem ser repetidas para dispersar o agente ativo nas composições contendo grandes quantidades de cargas.
As composições líquidas podem ser providas como tal ou na forma de um produto seco a ser reconstituído com água ou com um veículo líquido adequado no momento da utilização. As composições líquidas podem conter aditivos convencionais tais como agentes de suspensão, por exemplo, sorbitol, xarope, metilcelulose, gelatina, hidroxietil- celulose, carboximetilcelulose, gel de estearato de alumínio ou gorduras comestíveis hidrogenadas, agentes emulsificantes, por exemplo, lecitina, monooelato de sorbitana; veículos não aquosos (que podem incluir óleo comestível), por exemplo, óleo de amêndoa, óleo de coco fracionado, ésteres oleosos, tais como ésteres de glicerina, propilenoglicol ou álcool etílico; conservantes, por exemplo, p-hidroxibenzoato de metila ou de propila ou ácido sórbico e, se desejado, flavorizantes ou corantes convencionais.
Para administração parenteral, dosagens unitárias fluidas podem ser preparadas contendo os compostos ativos e um veículo estéril. Os compostos ativos, dependendo do veículo e da concentração, podem ser suspensos ou dissolvidos. As soluções parenterais são normalmente preparadas dissolvendo-se o composto em um veículo e esterilizando-se por filtração, antes do enchimento e vedação dos frascos ou ampolas adequados. Adjuvantes tais como anestésicos locais, conservantes e agentes tampão podem ser vantajosamente dissolvidos no veículo. De maneira a aumentar a estabilidade, a composição pode ser congelada após o enchimento do frasco e a água removida a vácuo. as suspensões parenterais são preparadas essencialmente da mesma maneira, com a diferença de que os compostos ativos podem ser suspensos em vez de dissolvidos no veículo, e podem ser esterilizados por exposição a óxido de etileno antes de serem suspensos no veículo estéril. Um surfactante ou umectante pode ser vantajosamente incluído para facilitar a distribuição uniforme dos compostos ativos. Para administração tópica, a composição pode ser na forma de um ungüento ou emplastro transdérmico para liberação sistêmica do composto ativo e pode ser preparada de uma maneira convencional, por exemplo, como descrito em livros testo padrão, tais como "Dermatological Formulations" - B.W. Barry (Drugs and the Pharmaceutical Sciences-Dekker) ou "Harrys Cosmeticology" (Leonard Hill Books) . Tal como é prática comum, as composições são normalmente acompanhadas por instruções escritas ou impressas, para uso no tratamento respectivo.
A invenção é agora ilustrada pelos seguintes exemplos não limitantes.
PARTE EXPERIMENTAL Exemplo 1
Síntese de (S)-1-(4-metilfenil) áihidro-lH-pirrol [1, 2- a] imidazol-2, 5 (3H, 6H) -diona (NiK-16140)
Me
Em um frasco de fundo redondo equipado com um agitador magnético e um condensador de refluxo, são colocados 10 ml de dimetilformamida, 1,2 g de (R)-dihidro- lH-pirrol[1,2-a]imidazol-2, 5(3H,6H)-diona, 0,456 g de iodeto de cobre, 1,2 g de carbonato de potássio e 4, 0 g de l-iodo-4-metil-benzeno. A mistura reacional bem agitada é aquecida ao refluxo por 4 horas. Após o resfriamento, o solvente é removido a vácuo (50*C, 7 mbar) e o resíduo é tratado com 70 ml de acetato de etila e os insolúveis são retirados por filtração. o solvente orgânico é então lavado com 2 0 ml de uma solução saturada de NaCl, secado sobre Na2SO4, filtrado e evaporado a vácuo. o resíduo é triturado com 30 ml de éter dietílico e então cristalizado com 20 ml de isopropanol, obtendo-se 0,92 g (y = 47%) do composto título como um pó esbranquiçado. p.f. : 149-150 3C [oí]d: +138,2 (c = 0,4, MeOH)
IR e 1H-NMR eram iguais aos do racemato correspondente.
Exemplo 2
Sfzitese de (R) -1-(4-metilfenil) dihidro-lH-pirrol [ 1, a]imidazol-2, 5 (3H, 6H)-diona (NiK-16139)
0 composto título foi obtido seguindo-se procedimento descrito no Exemplo 1, a partir de (R dihidro-lH-pirrol[1,2-a]imidazol-2,5(3H,6H)-diona. p.f.: 150-1512C [oí]d: -139,9 (c = 0,4, MeOH)
IR e 1H-NMR eram iguais aos do racema correspondente.
Exemplo 3
Síntese of 1-(4-metilfenil)dihidro-lH-pirrol[1,2-
a]imidazol-2, 5 (3H, 6H) -diona (NiK-13317)
Este composto foi obtido seguindo-se o procedimento descrito no Exemplo 1, a partir de dihidro-lH-pirrol[1,2- a]imidazol-2,5(3H,6H)-diona. p.f. : 131-132 qC
1H-NMR (300 MHz, CDCl3, δ ppm) : 7,27 (d, 2Η) ; 7,24 (d,
2H); 5,79 (m, 1H); 4,45 (d, 1H) ; 3,73 (d, 1H) ; 2,72 (ddd,
1H); 2,70 (m, 1H); 2,47 (dd, 1H); 2,38 (s, 3H); 2,08-1,98 (m, 1H).
IR (nujol, cm"1): 1722, 1515, 1376, 1328.
Exemplo 4
Teste farmacológico in vivo
Com o objetivo de detectar os efeitos neuroprotetores do composto de fórmula (!) sobre CIPN, desenvolvemos diferentes modelos em rato desta patologia, utilizando três diferentes esquemas de dosagem sistêmica de vincristina, paclitaxei e oxaliplatina. Para comparação, o fármaco anti-hiperalgésico gabapentina, um composto utilizado clinicamente no tratamento da CIPN, foi testado com os mesmos protocolos.
Foram induzidas neuropatias periféricas em ratos (Sprague Dawley adultos, 150-200 g), por administração repetida de vincristina, taxol e oxaliplatina utilizando-se os esquemas de tratamento a seguir.
A vincristina foi administrada i.v. (150 pg/kg), a cada dois dias até que uma dose cumulativa de 750 pg/kg foi atingida. A hiper-sensibilidade mecânica da para foi avaliada 4 dias após a última injeção de vincristina (Marchand F. et al., 2003, Brain Res. 980:117-120).
A neuropatia ao taxol foi induzida por administração
i.p. (0,5 mg/kg) uma vez ao dia, nos dias 1, 3, 5, 8. A
dose cumulativa de taxol foi de 2 mg/kg. o teste
farmacológico foi realizado 14-18 dias após a última
injeção de taxol (Polomano R.C. et al. , 2001, Pain 94:293- 304) .
A oxaliplatina foi administrada na dose de 2,4 mg/kg por 5 dias consecutivos a cada semana por três semanas (15 injeções i.p.). A dose cumulativa de oxaliplatina foi de 36 mg/kg (Cavaletti G. et al. , 2001, Eur. J. Câncer 37:2457-2463). 0 teste foi realizado 48 horas após a última injeção de oxaliplatina.
Quando uma injeção de quimioterápico era para ser
administrada em um mesmo dia do teste de comportamento, os ratos foram injetados após a mensuração ser tomada.
a hipersensibilidade mecânica da pata foi determinada utilizando-se um aparelho Randall & Selitto exercendo uma força crescente a uma taxa constante (32 g/s) de acordo com Leighton G. E. et al. (1988, Br. J. Pharmacol 93:553-560). 0 estímulo no qual os ratos retiram a pata foi avaliado antes e a tempos diferentes após o tratamento com os fármacos. 0 resultados representam a média dos limiares mecânicos expressos em gramas. De maneira a se evitar qualquer possível dano à pata do animal, a força máxima aplicada foi fixada em 240 g. Foram obtidos os resultados a seguir.
a. Neuropatia periférica induzida por vincristina
Os resultados são resumidos na Figura 1. 0
tratamento com vincristina produziu uma hiperalgesia mecânica forte e prolongada, como fica evidente pela redução do limiar mecânico de pressão de pata dos ratos tratados. Uma reversão significativa pronunciada de hiper- sensibilidade mecânica da vincristina foi obtida por 100 mg/kg do composto do Exemplo 3 (NiK-13317) administrado p.o. após 3 0 e 60 minutos a partir do tratamento com o composto (Figura 1). De forma interessante, a gabapentina, administrada na mesma dose, não mostrou quaisquer efeitos significativos. NiK-13317 e gabapentina não apresentaram qualquer atividade significativa nos animais tratados com veículo.
Em experimentos sub-crônicos, a gabapentina ou NiK- 13317 (ambos a 30 mg/kg, i.p.) foram administrados diariamente durante os cinco últimos dias do tratamento com vincristina. Os testes de pressão de pata foram realizados 1 hora antes e, 1 e 12 horas depois da última injeção do composto. Após tratamento repetido a gabapentina não apresentou quaisquer efeitos significativos sobre a hperalgesia mecânica em qualquer dos tempos testados. o NiK-13317 exibiu um efeito anti-hiperaçgésico estatisticamente significativo (p<0,01) 1 e 12 horas após a última administração, sem desenvolvimento de tolerância (Figura 2). De forma interessante, o NiK-13317 induziu um efeito estatisticamente interessante (p<0,05) também 23 horas após a 4 a administração.
b. Neuropatia periférica induzida por taxol
Tal como a vincristina, também o tratamento com taxol produziu uma hiperalgesia mecânica significativa. Neste modelo, NiK-13317 (100 mg/kg administrados oralmente) aumentou significativamente o limiar de pressão de pata 3 0 e 6 0 minutos após o tratamento. Ao contrário, gabapentina padrão de referência, nas mesmas condições experimentais, não foi capaz de induzir qualquer efeito anti-heperalgésico (Figura 3A). Esta falta de eficácia foi consistente com os dados prévios obtidos utilizando-se modelo de hiepralgesia pela vincristina. NiK-13317 é também ativa após i.p. (30 mg/kg) e i.v. (3 mg/kg) a 30-90 minutos a partir da administração. A gabapentina, administrada i.p. ou i.v. não mostrou qualquer efeito significativo (Figuras 3B e C, respectivamente).
c. Neuropatia periférica induzida por oxaliplatina A administração repetida de oxaliplatina causou uma redução do limiar da pressão de pata que fica evidente iniciando a partir da primeira semana de tratamento (Figura 4). A hiperalgesia máxima foi obtida após um período de duas semanas de tratamento. NiK-13317 e gabapentina foram administrados repetidamente p.o. (100 mg/kg) uma vez ao dia
a
>1 o com
iniciando-se três dias antes do tratamento oxaliplatina. A administração do composto foi realizada nos mesmos dias da injeção com guimioterápicos. Os ratos foram testados para hiperalgesia mecânica a cada semana, 30 minutos depois da administração de NiK-13317 e antes da injeção de oxaliplatina.
Nestas condições NiK-13317 preveniu completamente a redução induzida por oxaliplatina do limiar mecânico em todos os momentos testados. A gabapentina administrada com o mesmo esquema de tratamento mostrou apenas um efeito anti-hiperalgésico moderado na terceira semana (Figura 4).
Os experimentos farmacológicos realizados após 3 semanas de tratamento com oxaliplatina mostraram que NiK- 13317 administrado oralmente foi ativo a 30 minutos e 4 horas após a administração do composto. A 100 mg/kg, o composto ainda era ativo após 8 horas de tratamento (Figura 5B). De forma interessante, a gabapentina mostrou apenas um efeito moderado após 3 0 minutos de tratamento (Figura 5A). Nem o NiK-13317 nem a gabapentina induziu efeitos significativos em animais tratados com veículo.
Resultados semelhantes foram obtidos em testes utilizando-se os enantiômeros (S) e (R) do composto de fórmula (!).
Exemplo 5
Estudos de combinação in vitro com taxol, oxaliplatina e vincristina
De maneira a se verificar se o uso de NiK-13317 para o tratamento de CIPN não afetaria a eficácia dos tratamentos anti-cancer, o efeito de NiK-13317 sobre a citotoxicidade de fármacos anti-câncer conhecidos foi examinado in vitro utilizando-se a linhagem de células de carcinoma do cólon humano HT29. As células HT29 foram plaqueadas (4000 células/poço) em placas de cultura de tecido de 96 poços, e, após 24 horas, foram tratadas com concentrações fixas de fármacos anti-câncer (taxol, oxaliplatina e vincristina) separadamente ou em combinação com concentrações crescentes de NiK-13317 (de 1 a 1000 μΜ) . Após 72 horas, as células foram lisadas e a atividade metabólica celular foi quantificada com o kit ATPlite (Perkin Elmer Life Science) seguindo-se as recomendações do fabricante. O ATP presente em todas as células metabolicamente ativas catalisa uma reação de transformação de D-Iuciferina por luciferase, produzindo um sinal luminescente mensurado utilizando-se o VICTOR3 (TM) Multi Label Reader (Perkin Elmer) . Os resultados foram expressos como percentagem de luminescência produzida (isto é, ATP produzido) em comparação com o controle. Curvas de concentração-resposta completas com os fármacos anti-câncer foram construídas de maneira a se identificar as concentrações que produzem um efeito citotóxico sub- máximo e um efeito citotóxico máximo, a serem utilizadas nos experimentos de combinação.
Taxol, vincristina e oxaliplatina produziram um efeito citotóxico relacionado à concentração com valores de IC50 de 8 nM, 7 nM e 36 μΜ, respectivamente, com um efeito máximo observado a 100 nM para o taxol e a vincristina, e 100 μΜ para a oxaliplatina, em acordo com os dados da literatura (Parego P. et al. , 2001, Câncer Res. 61:6034-7; Raymond E. et al., 2002, Mol. Câncer Ther. 1:227-35; Fogler WE et al., 1995, J. Natl. Câncer Inst. 87:94-104).
Os resultados obtidos nos experimentos de combinação mostraram claramente que NiK-13317 (de 1 a 1000 μΜ) não modificou qualquer efeito citotóxico produzido por todos os fármacos anti-câncer testados.

Claims (16)

reivindicações
1. Uso de um composto de fórmula (I) <formula>formula see original document page 20</formula> ou um solvato deste, caracterizado pelo fato de ser na fabricação de um medicamento para o tratamento e/ou prevenção de neurotoxicidade periférica induzida por quimioterapia.
2. Uso de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato do composto de fórmula (!) estar na forma do enantiômero (S) ou (R) isolado, ou como uma mistura destes.
3. Uso de acordo com as reivindicações 1-2, caracterizado pelo fato da dita neurotoxicidade ser induzida por um agente quimioterapêutico anti-câncer selecionado de compostos organometálicos, alcalóides vinca, taxol, e derivados destes.
4. Uso de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato do agente quimioterapêutico anti-câncer ser selecionado de cis-platina, carbo-platina, oxaliplatina, compostos de rutênio, vincristina, vinblastina, paclitaxel.
5. Uso de acordo com as reivindicações 1-4, caracterizado pelo fato do medicamento ser adequado para a administração de uma quantidade por quilo do composto de fórmula (I) compreendida entre 0,5 e 50 mg.
6. Uso de uma associação de um composto de fórmula <formula>formula see original document page 21</formula> ou um solvato deste, com um ou mais agentes quimioterapêuticos anti-câncer, caracterizado pelo fato de ser na fabricação de um medicamento para o tratamento de câncer.
7. Uso de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato do composto de fórmula (!) estar na forma do enantiômero (S) ou (R) isolado, ou como misturas destes.
8. Uso de acordo com as reivindicações 6-7, caracterizado pelo fato do dito agente quimioterapêutico anti-câncer ser selecionado de compostos organometálicos, alcalóides vinca, taxol, e derivados destes.
9. Uso de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato do agente quimioterapêutico anti-câncer ser selecionado de cis-platina, carbo-platina, oxaliplatina, compostos de rutênio, vincristina, vinblastina, paclitaxel.
10. Uso de acordo com as reivindicações 6-9, caracterizado pelo fato do medicamento ser adequado para a administração de uma quantidade por quilo do composto de fórmula (I) compreendida entre 0,5 e 5 0 mg.
11. Composição farmacêutica compreendendo um composto de fórmula (!) <formula>formula see original document page 22</formula> OU um solvato deste, em associação com um ou mais agentes quimioterapêuticos anti-cancer e excipientes farmacêuticos opcionais, caracterizada pelo fato de ser para uso no tratamento e/ou prevenção de neurotoxicidade periférica induzida pelos ditos agentes quimioterapêuticos.
12. Composição farmacêutica de acordo com a reivindicação 11 na forma de uma dosagem unitária, caracterizada pelo fato do composto de fórmula (I) estar presente em quantidades variando de 10 a 2500 mg.
13. Composição farmacêutica de acordo com a reivindicação 12, caracterizada pelo fato do composto de fórmula (I) estar presente em quantidades variando de 50 a1000 mg.
14. Composição farmacêutica de acordo com a reivindicação 13, caracterizada pelo fato do composto de fórmula (I) estar presente em quantidades variando de 100 a500 mg.
15. Composto de fórmula (I) <formula>formula see original document page 23</formula> ou um solvato deste, caracterizado pelo fato de ser para uso no tratamento e/ou prevenção de neurotoxicidade periférica induzida por quimioterapia.
16. Composto de fórmula (I) <formula>formula see original document page 23</formula> ou um solvato deste, caracterizado pelo fato de ser para uso simultâneo, separado ou seqüencial em combinação com um ou mais agentes quimioterapêuticos, para o tratamento de câncer.
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