BR112018006703B1 - Aparelho para a geração de um meio inalável, método para a geração de meio inalável, cartucho para uso com um aparelho para a geração de meio inalável e atomizador para uso com um aparelho para a geração de meio inalável - Google Patents

Abstract

APARELHO E MÉTODO PARA A GERAÇÃO DE MEIO INALÁVEL. A presente invenção se refere a um aparelho e a métodos para a geração de um meio inalável. Um aparelho compreende um recipiente para conter um líquido, um aquecedor para volatilizar o líquido contido no recipiente e gerar um fluxo de pelo menos vapor ou aerossol, durante o uso, e um receptáculo para receber material. O receptáculo localiza-se adjacente ao aquecedor de tal modo que, durante o uso, o material recebido no receptáculo é esquentado pelo aquecedor. Em uso, um ou mais constituintes do material recebido no receptáculo misturam-se com o fluxo de pelo menos vapor ou aerossol para produzir o meio inalável.

Description

Campo técnico da invenção

[0001] A presente invenção se refere a um aparelho e a métodos para a geração de um meio inalável.

Antecedentes da invenção

[0002] Artigos para fumar como cigarros, charutos e os semelhantes queimam tabaco durante o uso e criam uma fumaça do tabaco. Foram feitas tentativas para oferecer alternativas a esses artigos que queimam tabaco, desenvolvendo-se produtos que liberam compostos sem queima.

[0003] Exemplos de tais produtos são os dispositivos de aquecimento que liberam compostos aquecendo, mas não queimando, o material. O material pode ser, por exemplo, produtos de tabaco ou outros não derivados de tabaco que podem conter ou não nicotina. Como outro exemplo, há os assim chamados dispositivos de cigarro eletrônico. Esses dispositivos contêm tipicamente um líquido que é aquecido para que vaporize e produza um vapor ou aerossol inalável. O líquido pode conter nicotina e/ou sabores e/ou substâncias geradoras de aerossóis, como glicerol. Os dispositivos de cigarro eletrônico conhecidos tipicamente não contêm ou fazem uso do tabaco.

Sumário da invenção

[0004] De acordo com um primeiro aspecto da presente invenção, é provido um aparelho para a geração de um meio inalável, sendo que o aparelho compreende: um recipiente para conter um líquido; um aquecedor para volatilizar o líquido contido no recipiente e gerar um fluxo de pelo menos vapor ou aerossol durante o uso; e um receptáculo para receber material; em que o receptáculo localiza-se adjacente ao aquecedor de tal modo que, durante o uso, o material recebido no receptáculo é esquentado pelo aquecedor, e em que um ou mais constituintes do material recebido no receptáculo, durante o uso, misturam-se com o fluxo de pelo menos vapor ou aerossol para produzir o meio inalável.

[0005] O aparelho pode estar disposto de tal modo que, durante o uso, o fluxo de pelo menos vapor ou aerossol passe através do material recebido no receptáculo em uso, para arrastar, assim, um ou mais constituintes no fluxo de pelo menos vapor ou aerossol.

[0006] O recipiente para líquido e o receptáculo pode ser uma unidade integral.

[0007] O aparelho pode compreender uma entrada de gás e, durante o uso, um fluxo de gás desde a entrada de gás pode passar através do material recebido no receptáculo em uso, para arrastar, assim, um ou mais constituintes no fluxo de gás, e o fluxo de gás com um ou mais constituintes ali arrastados pode ser combinado com o fluxo de pelo menos vapor ou aerossol durante o uso.

[0008] O aparelho pode ser disposto de tal modo que o receptáculo fique intermediário à entrada de gás e ao aquecedor.

[0009] O receptáculo pode estar ao redor do aquecedor.

[0010] O receptáculo pode ser de forma anular.

[0011] O receptáculo pode compreender duas partes receptoras distintas ou mais, cada qual para receber uma respectiva parte distinta do material.

[0012] O recipiente para líquido pode ser removível do aparelho.

[0013] O aquecedor pode esquentar o material recebido no receptáculo, durante o uso, pelo menos em parte por intermédio de uma ou de ambas, a radiação emitida pelo aquecedor e a condução térmica desde o aquecedor.

[0014] O aquecedor pode esquentar pelo menos uma parte mais externa do material recebido no receptáculo, durante o uso, até uma temperatura mais elevada do que uma temperatura ambiente do aparelho.

[0015] O aquecedor pode esquentar pelo menos uma parte mais externa do material recebido no receptáculo, durante o uso, até uma temperatura na faixa de 30°C a 100°C.

[0016] O aquecedor pode esquentar pelo menos uma parte mais externa do material recebido no receptáculo, durante o uso, até uma temperatura na faixa de 40°C a 80°C.

[0017] O receptáculo pode compreender um ou mais retentores para reter o material dentro do receptáculo durante o uso.

[0018] Um ou mais retentores podem permitir que pelo menos um vapor ou um aerossol os atravesse, e impedir que o material recebido no receptáculo passe através deles durante o uso.

[0019] O receptáculo pode conter ali o material recebido.

[0020] O material pode ser de forma anular.

[0021] O material pode compreender um recesso no qual o aquecedor pode estar pelo menos parcialmente inserido.

[0022] O material pode estar contido em um recipiente de material que se sustenta sozinho.

[0023] O material pode ser material em forma sólida.

[0024] O material em forma sólida pode ser ou pode compreender tabaco.

[0025] O material sólido pode ser ou pode compreender um material aromatizado.

[0026] De acordo com um segundo aspecto da presente invenção, é provido um método para a geração de um meio inalável utilizando um aparelho que inclui um recipiente para conter um líquido, um aquecedor para volatilizar o líquido e um receptáculo para receber material, sendo que o método compreende: volatilizar, utilizando o aquecedor, o líquido contido no recipiente para gerar um fluxo de pelo menos vapor ou aerossol; esquentar, utilizando o aquecedor, o material recebido no receptáculo; e misturar um ou mais constituintes do material com o fluxo de pelo menos vapor ou aerossol para produzir o meio inalável.

[0027] De acordo com um terceiro aspecto da presente invenção, é provido um cartucho para utilização com um aparelho para gerar um meio inalável, sendo que o cartucho compreende: um recipiente para conter um líquido; um aquecedor para volatilizar o líquido contido no recipiente e gerar um fluxo de pelo menos vapor ou aerossol durante o uso; e um receptáculo para receber material; em que o receptáculo localiza-se adjacente ao aquecedor de tal modo que, durante o uso, o material recebido no receptáculo é esquentado pelo aquecedor, e em que um ou mais constituintes do material recebido no receptáculo, em uso, são misturados com o fluxo de pelo menos vapor ou aerossol para produzir o meio inalável.

[0028] De acordo com um quarto aspecto da presente invenção, é provido um atomizador para utilização com um aparelho para gerar um meio inalável, sendo que o atomizador compreende: um aquecedor para volatilizar o líquido e gerar um fluxo de pelo menos vapor ou aerossol durante o uso; e um receptáculo para receber material; em que o receptáculo localiza-se adjacente ao aquecedor de tal modo que, durante o uso, o material recebido no receptáculo é esquentado pelo aquecedor, e em que um ou mais constituintes do material recebido no receptáculo, em uso, são misturados com o fluxo de pelo menos vapor ou aerossol para produzir o meio inalável.

[0029] Características e vantagens adicionais da invenção se tornarão evidentes a partir da descrição a seguir de modalidades preferidas da invenção, fornecidas a título de exemplo somente, o que é feito com referência aos desenhos anexos.

Descrição resumida dos desenhos

[0030] A Figura 1 mostra um corte transversal esquemático de um aparelho exemplar;

[0031] A Figura 2 mostra um corte transversal esquemático de um cartucho exemplar;

[0032] A Figura 3 mostra um corte transversal esquemático de um cartucho exemplar;

[0033] A Figura 4 mostra um corte transversal esquemático de um cartucho exemplar;

[0034] A Figura 5 mostra esquematicamente uma vista em perspectiva de um receptáculo exemplar;

[0035] A Figura 6 mostra esquematicamente uma vista em perspectiva de um receptáculo exemplar; e

[0036] A Figura 7 mostra esquematicamente uma vista em perspectiva de um receptáculo exemplar.

Descrição detalhada da invenção

[0037] Referindo-se à Figura 1, está ilustrado um corte transversal esquemático de um exemplo de um aparelho 1 para a geração de um meio inalável. Em linhas gerais, o aparelho 1 volatiliza um líquido para formar um vapor ou um aerossol que passa através de um material sólido de modo a produzir um meio inalável que contém um ou mais constituintes derivados do material.

[0038] A esse respeito, em primeiro lugar, pode-se notar que, em geral, um vapor é uma substância na fase gasosa a uma temperatura inferior à sua temperatura crítica, o que significa que, por exemplo, o vapor pode ser condensado para um líquido por aumento de sua pressão sem reduzir a temperatura. Por outro lado, em geral, um aerossol é um coloide de partículas sólidas finas ou de gotículas líquidas, no ar ou em outro gás. Um “coloide” é uma substância, na qual partículas insolúveis dispersas microscopicamente estão suspensas por toda outra substância.

[0039] Voltando à Figura 1, o aparelho 1 compreende um corpo externo 102 que abriga um cartucho 104, uma bateria 106 e um bocal 110 no qual um usuário pode aspirar. O cartucho 104 está conectado à bateria 106, mas é removível. Pelo menos uma parte do corpo externo 102 pode ser removida de modo a expor o cartucho 104 e, consequentemente, permitir a instalação, a remoção e/ou a reposição do cartucho 104. O cartucho 104 possui um recipiente de líquido 132 para conter um líquido 118 e um receptáculo 114 que ali recebeu um material sólido 124.

[0040] O material sólido 124 pode ser, por exemplo, tabaco ou outro material aromatizado que pode ser utilizado para criar um sabor ou aroma desejado ou outras propriedades, como o teor de nicotina.

[0041] No exemplo da Figura 1, o receptáculo 114 é geralmente de forma cilíndrica e integrante do recipiente para líquido 132. O receptáculo 114 compreende um primeiro retentor 122 e um segundo retentor 112 para reter o material sólido 124 dentro do receptáculo 114. O primeiro e o segundo retentor 112, 122 são permeáveis de modo a permitir que material na fase gasosa, como vapor ou um aerossol, atravesse, mas a impedir a passagem de material na fase sólida, como o material sólido 124. Por exemplo, O primeiro e o segundo retentor 112, 122 podem compreender uma malha feita de metal ou plástico ou cerâmica ou borracha ou algo similar, ou uma membrana permeável, ou simplesmente um disco com orifícios atravessando-o. Em alguns exemplos, pode ser útil que um retentor próximo ao aquecedor 130, por exemplo, o primeiro retentor 122, conforme mostrado na Figura 1, é feito de um material resistente ao calor e/ou um material com alta condutividade térmica. Os retentores 112, 122 podem ser partes integrantes do receptáculo 114 e, consequentemente, pode ser integrante do próprio recipiente para líquido 132 (ou do cartucho 104). Nos exemplos em que o recipiente para líquido 132 é removível do aparelho 1, um ou mais entre os retentores 112, 122, por exemplo, o primeiro retentor 122, pode ser removível de modo a permitir o acesso ao receptáculo 114 e consequentemente permitir a um usuário adicionar, remover ou trocar o material sólido 114 ali recebido.

[0042] No exemplo da Figura 1, o cartucho 104 está disposto de modo que o líquido 118 seja volatilizado e produza um aerossol de gotículas do líquido ou que seja suficientemente aquecido para produzir um vapor, e pelo menos algum, de preferência, todo ou substancialmente todo o aerossol ou o vapor passa através do material sólido 124, por exemplo, para que pegue o aroma do material sólido 124.

[0043] Nesse exemplo, o recipiente para líquido 132 é disponibilizado geralmente no centro do cartucho 104. O recipiente para líquido 132 no exemplo mostrado tem forma frustro-cônica, mas pode ter uma forma diferente, como cônica, cilíndrica etc. O recipiente para líquido 132 é de forma anular e sua parede interna 134 define um canal cilíndrico 116 que atravessa em comprimento todo o recipiente para líquido 132, estendendo-se de uma extremidade do recipiente para líquido à outra. O recipiente para líquido 132 pode ser formado de materiais rígidos, à prova de água e de ar, como metal, plásticos adequados, etc.

[0044] O cartucho 104 é disponibilizado com um aquecedor 130 e um pavio (não mostrado) em contato (térmico) com o aquecedor 130. Nesse exemplo, o aquecedor 130 e o pavio são disponibilizados como uma unidade única 150, às vezes conhecida como “atomizador” 150. Nesse caso, quando o cartucho 104 inclui um atomizador 150, como um cartucho 104 é frequentemente referido como “cartomizador” 104. A orientação do aquecedor 130 é mostrada esquematicamente e, por exemplo, o aquecedor 130 pode ser uma bobina tendo seu eixo longitudinal perpendicular ou paralelo ao eixo longitudinal do cartucho 104. O pavio (não mostrado) está em contato com o líquido 118. Isso pode ser conseguido, por exemplo, inserindo o pavio (não mostrado) através de um orifício de passagem (não mostrado) em uma parede de fundo 136 do recipiente para líquido 132. Alternativa ou adicionalmente, a parede de fundo 136 pode ser um elemento poroso que permite a passagem do líquido desde o recipiente para líquido 132, e o pavio (não mostrado) pode estar em contato com a parede porosa de fundo 136. A parede de fundo 136 pode estar, por exemplo, na forma de um disco cerâmico poroso. A parede porosa de fundo 136 desse tipo ajuda a regular o fluxo de líquido até o pavio (não mostrado). O pavio é em geral absorvente e atua puxando o líquido 118 do recipiente para líquido 132 por ação capilar (mostrado na Figura 1 pelas setas A). O pavio é de preferência não tecido e pode ser, por exemplo, um material de algodão ou lã ou algo similar, ou um material sintético, incluindo, por exemplo, poliéster, nylon, viscose, polipropileno ou semelhantes, ou um material cerâmico.

[0045] Nesse exemplo, o cartucho 104 está conectado à bateria 106 para permitir que o aquecedor 130 seja ligado. Quando o aquecedor 130 é ligado (o que pode ser instigado, por exemplo, pelo usuário acionando um botão do aparelho 1 ou por um sensor de tragada (puff) do aparelho global, como é sabido per se), o líquido 118 é absorvido do recipiente para líquido 132 pelo pavio (mostrado na Figura 1 como setas A) e esquentado pelo aquecedor 130 para volatilizar ou vaporizar o líquido, de modo a gerar um fluxo de pelo menos vapor ou aerossol. Quando o usuário aspira no bocal 110, o ar é puxado através de uma entrada de ar (não mostrado). O líquido 118 é volatilizado ou vaporizado pelo aquecedor 130 no ar proveniente da entrada de ar (não mostrado), produzindo, assim, um vapor ou um aerossol. O vapor ou aerossol é puxado em direção ao primeiro retentor 122 do receptáculo 114 e através do material sólido 124 conforme mostrado pela seta B. O vapor ou aerossol pega (arrasta) o sabor (e/ou outros constituintes) do material sólido 124. Um ou mais constituintes do material sólido 124 são, assim, misturados com o fluxo de pelo menos vapor ou aerossol. Nos exemplos em que o material sólido 124 contém ou inclui nicotina, o vapor ou aerossol pode também conter nicotina arrastada daquele material sólido. O vapor ou aerossol passa através do segundo retentor 112 para o canal cilíndrico 116 no interior do recipiente para líquido 132 conforme mostrado pela seta B, antes de sair através do bocal 110 (conforme mostrado pela seta B) para inalação por um usuário. Pode haver uma válvula unidirecional (não mostrada) no bocal 110 ou nas proximidades de modo que o vapor ou aerossol somente possa sair do cartucho 104 e não consiga refluir para o aquecedor 130 ou a parte eletrônica (não mostrada) do aparelho 1.

[0046] Nesse exemplo, o material sólido 124 não é removível do receptáculo 114, e o cartucho 104 é descartável.

[0047] O material 124 é um material que pode ser utilizado para transmitir um sabor (e/ou um ou mais outros constituintes do material sólido 124) ao aerossol ou vapor produzido a partir do líquido 118 à medida que o aerossol ou vapor passa através do material 124. Em alguns exemplos, um ou mais constituintes do material sólido 124 podem incluir constituintes inerentes ao próprio material sólido. O material 124 pode, por exemplo, consistir ou incluir tabaco. À medida que o aerossol ou vapor passa através e acima do material de tabaco 124, o aerossol ou vapor quente arrasta compostos orgânicos e outros compostos ou constituintes do material de tabaco, os quais emprestam as suas propriedades organolépticas ao tabaco, transmitindo, assim, o sabor ao aerossol ou vapor enquanto ele se desloca até o bocal 110. Será entendido, contudo, que outros materiais além do tabaco podem ser utilizados para transmitir sabores diferentes (e/ou um ou mais outros constituintes) à corrente do aerossol ou vapor. Um ou mais constituintes do material sólido 124 podem incluir constituintes adicionados ao material sólido 124. Por exemplo, aromatizantes poderiam estar incluídos no material ou no líquido. Além disso, quando o material 124 é ou inclui tabaco, pode ser que a corrente do aerossol ou vapor puxe nicotina suficiente do material de tabaco 124.

[0048] Alternativa ou adicionalmente, quando o material 124 não contém tabaco, a nicotina pode ser fornecida no líquido 118. Dessa forma, quando se pretende que o aparelho 1 forneça nicotina ao usuário, a nicotina pode ser fornecida no líquido 118, pode ser obtida do material 124, no caso em que o material é ou inclui tabaco, ou qualquer combinação destes. Do mesmo modo, sabores podem ser adicionados ao material 124 (quer o material seja ou inclua ou não tabaco) e/ou ao líquido 10. O material sólido 124 pode ser por si só uma mistura de materiais sólidos, um ou mais destes compreendendo um ou mais constituintes que podem ser misturados com o fluxo de vapor ou aerossol. Será reconhecido que o material sólido 124 pode incluir um ou mais outros constituintes que não são arrastados pelo aerossol ou vapor quando o atravessam.

[0049] Nesse exemplo, o receptáculo 114 e, consequentemente, o material sólido 124 ali recebido, é adjacente ao aquecedor 130.

[0050] O posicionamento do receptáculo 114 e, consequentemente, do material 124, adjacente ao aquecedor 130 permite que o material 124 seja aquecido pelo calor residual do aquecedor 130. Por exemplo, o aquecedor 130 pode esquentar o receptáculo 114 e o material 124 ali recebido por intermédio da radiação (especialmente radiação infravermelha) emitida pelo aquecedor 130 (ou seus componentes) incidindo diretamente no receptáculo 114 (ou uma parte deste) ou em um retentor 122 do receptáculo 114, ou diretamente no próprio material sólido 124 (por exemplo, através de perfurações no retentor 122). O aquecedor 130 pode, alternativa ou adicionalmente, esquentar o receptáculo 114 e o material 124 ali recebido por condução térmica desde o aquecedor 130 (e/ou quaisquer componentes ao redor deste) até o receptáculo 114. A condução térmica até o receptáculo 114 pode ser através de componentes intermediários entre o aquecedor 130 e o receptáculo 114. Pode ser preferível que o receptáculo 114 e/ou os componentes entre o receptáculo 114 e o aquecedor 130 (por exemplo, o retentor 122) compreendam bons condutores térmicos, por exemplo, materiais de cobre ou outros metais, não metálicos como grafeno ou outros à base de carbono. Pode haver também um componente dedicado à condução térmica (não mostrado) conectando o aquecedor ou um componente deste ao receptáculo ou diretamente ao material sólido 124 para assegurar boa condução térmica do calor desde o aquecedor 130 até o receptáculo 114 e/ou o material 124 ali recebido. O receptáculo 114, esquentado pelo o aquecedor 130, por sua vez, aquece o material sólido 124 ali recebido, por exemplo, por condução térmica, radiação, convecção ou qualquer combinação destes. Nesse caso, o aquecedor 130 esquenta o material 124 por intermédio do receptáculo 114.

[0051] O material 124 sendo esquentado pelo aquecedor 130 promove a liberação de constituintes do material 124. No exemplo em que o material 124 é ou compreende tabaco, o aquecimento do tabaco (por exemplo, acima da temperatura ambiente) aumenta a liberação de constituintes voláteis do tabaco, elevando, assim, o nível transmitido do sabor para o vapor e/ou aerossol que o está atravessando. O aquecimento do material 124 pelo aquecedor 130 que volatiza o líquido 118 reduz a necessidade de prover um aquecedor separado, dedicado para esquentar o material 124 e, consequentemente, a eletricidade necessária para acionar o dispositivo pode ser reduzida e, dessa forma, a vida da bateria pode ser conservada.

[0052] Além do mais, o vapor ou aerossol adjacente ao aquecedor pode ter uma temperatura superior à do vapor ou aerossol que se distanciou do aquecedor. A temperatura do vapor ou aerossol adjacente ao aquecedor pode, portanto, ser mais alta do que a temperatura ambiente do material 124. O receptáculo 114 e, consequentemente, o material 124 posicionados adjacentes ao aquecedor 130 podem, portanto, permitir que o vapor ou aerossol passando através do material sólido contribua para o aquecimento do material sólido 124. Isso pode melhorar a liberação de constituintes do material sólido 124 para o vapor ou aerossol que o atravessa.

[0053] No exemplo acima, o receptáculo 114 formou parte do recipiente para líquido 132. Em outros exemplos, o receptáculo 114 pode ser posicionado em outras partes do cartucho 104, como dentro do atomizador 150.

[0054] A Figura 2 ilustra um corte transversal esquemático de um cartucho 204 de exemplo que pode ser utilizado, por exemplo, no aparelho 1 da Figura 1 em vez do cartucho 104. Para fins de concisão, os elementos na Figura 2 que são iguais ou similares àqueles elementos já descritos com referência à Figura 1 recebem números de referência semelhantes aos da Figura 1, mas aumentados por 100, e não serão descritos detalhadamente de novo. A principal diferença do cartucho 204 na Figura 2 em relação ao cartucho 104 na Figura 1 é que, no cartucho 204 da Figura 2, o receptáculo 214 está posicionado dentro do atomizador 250, enquanto que, no cartucho 104 da Figura 1, o receptáculo 114 está posicionado dentro do recipiente para líquido 132.

[0055] Referindo-se agora ao exemplo da Figura 2, o cartucho 204 compreende um atomizador 250 e um recipiente de líquido 232 para conter líquido 218. O recipiente para líquido 232 é de forma anular e sua parede interna 234 define um canal cilíndrico 216 que atravessa em comprimento todo o recipiente para líquido 232 e estende-se de uma extremidade do recipiente para líquido 232 até à outra. O atomizador 250 possui um receptáculo 214 que recebeu ali material sólido 224. O atomizador 250 dispõe de um aquecedor 230 e um pavio (não mostrado) em contato (térmico) com o aquecedor 230 e em contato com o líquido 218. O pavio atua absorvendo líquido 218 do recipiente para líquido 232 (mostrado na Figura 2 pelas setas A). O receptáculo 214 inclui um primeiro retentor 222 e um segundo retentor 212 para reter o material sólido 224 dentro do receptáculo 214.

[0056] No exemplo da Figura 2, o receptáculo 214 localiza-se dentro e integra o atomizador 250. Os retentores 212, 222 podem ser integrantes do receptáculo 214 e, consequentemente, podem ser integrantes do próprio atomizador 250 (ou do cartucho 204). No caso em que o recipiente para líquido 232 não é removível do atomizador 250 (ou seja, o cartucho 204 é um “cartomizador”), o cartucho 204 pode ser descartável. Nos exemplos em que o atomizador 250 é removível do recipiente para líquido 232, um ou mais dos retentores 212, 222, por exemplo, o segundo retentor 212, podem ser removíveis do atomizador 250 de modo a permitir o acesso ao receptáculo 214 e, consequentemente, permite que um usuário adicione, remova ou troque o material 224 ali recebido. Opcionalmente, o primeiro retentor 212 (ou seja, o retentor superior conforme desenhado na Figura 2) pode ser omitido de tal modo que o material 224 seja mantido receptáculo 214 somente pelo segundo retentor 222 (ou seja, o retentor inferior conforme desenhado na Figura 1) e, por exemplo, pela gravidade e/ou o recipiente para líquido 232. O material 224 pode ser, por exemplo, material solto, como tabaco, que pode ser inserido e removido do receptáculo 214. O material 224 pode ser formado de modo que se sustente independentemente, por exemplo, um tampão ou bastão de tabaco ou similares que podem ser inseridos e removidos do receptáculo 214. O material 224, quer se sustente sozinho ou não, pode ser recebido em um recipiente que se sustente sozinho (não mostrado) e seja permeável a vapor ou aerossol. O recipiente 224 pode ser inserido e removido do receptáculo 214. O recipiente (não mostrado) pode ser feito, por exemplo, de um material resistente ao calor e/ou um material com alta condutividade térmica.

[0057] Nesse exemplo, o líquido 218 absorvido do recipiente para líquido 232 pelo pavio (mostrado na Figura 1 como setas A) é esquentado pelo aquecedor 230 para volatilizar ou vaporizar o líquido 218 no ar proveniente de uma entrada (não mostrada) de modo a gerar um fluxo de pelo menos vapor ou aerossol. O vapor ou aerossol é puxado em direção ao primeiro retentor 222 do receptáculo 214 e através do material sólido 224 conforme mostrado pela seta B. O vapor ou aerossol pega (arrasta) o sabor (e/ou outros constituintes) do material sólido 224. Os constituintes do material são, portanto, misturados com o fluxo de pelo menos vapor ou aerossol para gerar o meio inalável. O vapor ou aerossol passa através do segundo retentor 212 para o canal cilíndrico 216 no interior do recipiente para líquido 232 conforme mostrado pela seta B, antes de sair para inalação por um usuário.

[0058] Nesse exemplo, o receptáculo 214 e, consequentemente, o material sólido 224 ali recebido, está adjacente ao aquecedor 230 do atomizador 250. Do mesmo modo que descrito acima com referência à Figura 1, o posicionamento do receptáculo 214, e consequentemente do material 224, adjacente ao aquecedor 230 no atomizador 250 assegura que a passagem do vapor ou aerossol através do material 224 ocorra ainda em uma temperatura elevada, e permite que o material 224 seja aquecido pelo calor residual do próprio aquecedor 230. Isso promove a liberação de constituintes do material 224 e consequentemente proporciona reduções semelhantes no consumo de energia e na utilização do líquido conforme descrito acima.

[0059] Nos exemplos acima, o cartucho 104, 204 foi disposto de tal modo que o receptáculo 114, 214 ficou posicionado a jusante do aquecedor 130 e, consequentemente, o líquido volatilizado pelo aquecedor 130, 230 (fluindo na forma pelo menos de vapor ou aerossol) passou através do material sólido 124, 224 recebido no receptáculo 114, 214 antes de ser inalado por um usuário. No entanto, em outros exemplos, o receptáculo e, consequentemente, o material sólido ali recebido, está a montante do aquecedor, e o líquido volatilizado pelo aquecedor, fluindo como vapor ou aerossol, é misturado com um fluxo de gás que passou através do material sólido recebido no receptáculo.

[0060] A Figura 3 ilustra um corte transversal esquemático de outro cartucho de exemplo 304 que pode ser utilizado no aparelho 1 da Figura 1 em vez do cartucho 104 na Figura 1. Para fins de concisão, elementos na Figura 3 que são iguais ou similares àqueles elementos já descritos com referência à Figura 2 (e consequentemente à Figura 1) recebem números de referência semelhantes aos da Figura 2, mas aumentados por 100, e não serão descritos detalhadamente de novo. A principal diferença do cartucho 304 na Figura 3 em relação ao cartucho 204 na Figura 2 é que, no cartucho 304 da Figura 3, o receptáculo 314 está posicionado a montante do aquecedor 330, enquanto que, no cartucho 204 da Figura 2, o receptáculo 214 localiza-se a jusante do aquecedor 230.

[0061] Referindo-se agora ao exemplo da Figura 3, do mesmo modo que nos exemplos descritos acima com referência às Figuras 1 e 2, o cartucho 304 inclui um atomizador 350 e um recipiente de líquido 332 para conter líquido 318. O recipiente para líquido 332 é de forma anular e sua parede interna 334 define um canal cilíndrico 316 que atravessa em comprimento todo o recipiente para líquido 332 e estende-se de uma extremidade do recipiente para líquido 332 à outra. O atomizador 350 possui um receptáculo 314 que ali recebeu material sólido 324. O atomizador 350 dispõe de um aquecedor 330 e um pavio (não mostrado) em contato (térmico) com o aquecedor 330 e em contato com o líquido 318. O pavio atua absorvendo o líquido 318 do recipiente para líquido 332 (mostrado na Figura 3 pelas setas Q). O receptáculo 314 inclui um primeiro retentor 322 e um segundo retentor 312 para reter o material sólido 324 dentro do receptáculo 314.

[0062] Nesse exemplo, o atomizador 350 possui uma entrada de gás 340 para permitir que um gás, por exemplo, ar, entre no atomizador 350. Nesse exemplo, o receptáculo 314 é integrante do atomizador 350, e o receptáculo 314 está a montante do aquecedor 330. Nesse exemplo, o receptáculo 314 é integrante da entrada 340. Os retentores 312, 322 podem ser integrantes do receptáculo 314 e, consequentemente, podem ser integrantes do próprio atomizador 350 (ou do cartucho 304). Em tais casos, o cartucho 304 pode ser descartável. Nos exemplos em que um ou mais dos retentores 312, 322, por exemplo, o segundo retentor 312, são removíveis, um usuário pode ter acesso ao receptáculo 314 e, consequentemente, adicionar, remover, ou trocar o material 324 ali recebido.

[0063] Nesse exemplo, como resultado de um usuário aspirar em um bocal (não mostrado na Figura 3) de um aparelho global (não mostrado na Figura 3), gás, por exemplo, ar, é puxado para a entrada 340. O gás é puxado em direção ao primeiro retentor 322 e passa através do material sólido 324 recebido no receptáculo 314, para arrastar, assim, um ou mais constituintes (por exemplo, sabor) do material sólido 324 no fluxo de gás. O material sólido 324 está adjacente ao aquecedor 330 e, consequentemente, é esquentado pelo aquecedor 330. O aquecimento do material sólido 314 melhora a liberação dos constituintes do material sólido 314 no fluxo de gás, em comparação a se o material sólido 314 não fosse aquecido. O fluxo de gás, contendo um ou mais constituintes ali arrastados, é então puxado através do segundo retentor 312 e acima (ou próximo) do aquecedor 330 (mostrado na Figura 3 pela seta P). O líquido 318 absorvido do recipiente para líquido 332 pelo pavio (mostrado na Figura 3 como setas Q) é esquentado pelo aquecedor 330 para volatilizar o líquido 318 em um fluxo de pelo menos vapor ou aerossol. O fluxo de vapor ou aerossol é, portanto, misturado com o fluxo de gás, contendo um ou mais constituintes ali arrastados, para produzir um meio inalável. A mistura de fluxos então atravessa o segundo retentor 312 em direção ao canal cilíndrico 316 no interior do recipiente para líquido 332 (mostrado na Figura 3 como seta R), antes de sair para inalação por um usuário.

[0064] Nesse exemplo, o receptáculo 314, e consequentemente o material sólido 324 ali recebido, é adjacente ao aquecedor 330 do atomizador 350. Do mesmo modo que descrito acima com referência às Figuras 1 e 2, o posicionamento do receptáculo 314 e consequentemente do material 324 adjacente ao aquecedor 330 no atomizador 350 permite que o material 324 seja aquecido pelo calor residual do próprio aquecedor 330. Isso melhora a liberação de constituintes do material 324 no fluxo de gás, e consequentemente do meio inalável, em comparação a se o material sólido não fosse aquecido. O aquecimento do material 324 pelo aquecedor 330 que volatiliza o líquido 328 reduz a necessidade de prover um aquecedor separado para esquentar o material 324 e, consequentemente, a eletricidade necessária para acionar o dispositivo pode ser reduzida e, consequentemente, a vida da bateria pode ser conservada. Além disso, como o material 324 é esquentado pelo próprio aquecedor 330 e os seus constituintes são arrastados por um fluxo de gás no qual o vapor ou aerossol é subsequentemente adicionado, não é preciso confiar na temperatura do aerossol ou vapor para que constituintes sejam liberados do material 314. Além do mais, nesse exemplo, o vapor ou aerossol não precisa passar através do material sólido 314 para que o meio inalável gerado tenha constituintes do material sólido 314 ali arrastados Como resultado, o vapor ou aerossol não é filtrado pelo material sólido 314, (ou seja, possui um caminho livre para a passagem desde o aquecedor 330 até o bocal (não mostrado na Figura 3)). Para uma data temperatura do aquecedor 330 e quantidade do líquido 318, portanto, a produção de vapor ou aerossol que sai do cartucho 304, por conseguinte, é maior em comparação a casos nos quais o aerossol ou vapor precisa passar através do material sólido. Alternativamente, uma redução na temperatura do aquecedor 330 e/ou na quantidade do líquido 318 pode ser utilizada para uma determinada produção de vapor ou aerossol que sai o cartucho 304 e, consequentemente, são proporcionadas poupanças associadas com o consumo de energia e de líquido.

[0065] Nos exemplos acima, o cartucho 104, 204, 304 foi disposto de tal modo que o recipiente para líquido 132, 232, 323 tinha forma anular e sua parede interna 134, 234, 334 definia um canal cilíndrico 136, 236, 336 que atravessa em comprimento todo o recipiente para líquido 132, 232, 323. No entanto, em outros exemplos, o recipiente para líquido pode não ser de forma anular, e o cartucho pode incluir uma camada externa que define um canal anular entre o recipiente para líquido e a camada externa através do qual o vapor ou aerossol pode passar para inalação pelo usuário.

[0066] Além do mais, nos exemplos acima, o receptáculo 114, 214, 314 tinha de modo geral forma cilíndrica, e o gás ou vapor/aerossol fluía através do receptáculo de uma extremidade do receptáculo 114, 214, 314 à outra. Contudo, em outros exemplos o receptáculo pode ser anular, e o gás ou aerossol/vapor pode fluir radialmente para fora (ou para dentro) através do receptáculo, e consequentemente do material sólido ali recebido.

[0067] A Figura 4 ilustra um corte transversal esquemático de um cartucho de exemplo 404 que pode ser utilizado, por exemplo, no aparelho 1 da Figura 1 em vez do cartucho 104. Para fins de concisão, os elementos na Figura 4 que são iguais ou similares àqueles elementos já descritos com referência à Figura 3 (e consequentemente às Figuras 1 e 2) recebem números de referência semelhantes aos na Figura 3, mas aumentados por 100, e não serão descritos detalhadamente de novo. A principal diferença do cartucho 404 da Figura 4 em relação aos outros cartuchos descritos acima é que, no cartucho 430 da Figura 4, o vapor ou aerossol produzido no aquecedor 430 flui radicalmente para fora através de um receptáculo anular 414 contendo um material sólido 424 de modo a arrastar constituintes do material sólido 424 para o fluxo de vapor ou aerossol. Além do mais, no cartucho 404 da Figura 4, o vapor ou aerossol que deixa o receptáculo 414 flui através de um canal anular 470 entre o recipiente para líquido 432 e uma camada externa 480, antes de fluir para fora do cartucho 404 para inalação por um usuário.

[0068] Referindo-se à Figura 4, um cartucho 404 inclui um atomizador 450 e um recipiente de líquido 432 para conter líquido 418. O atomizador 450 possui um receptáculo anular 414 que recebeu ali material sólido 424. O atomizador 450 dispõe de um aquecedor 430 e um pavio 490 em contato (térmico) com o aquecedor 430 e em contato com o líquido 418. O pavio 490 absorve líquido 418 do recipiente para líquido 432 (mostrado na Figura 4 pela seta X).

[0069] Nesse exemplo, o receptáculo 414 é de forma geralmente anular, é integrante do atomizador 450 e está a jusante do aquecedor 430. O receptáculo 414 localiza-se de tal modo que o aquecedor 430 está em geral no centro do receptáculo 414, ou seja, o receptáculo anular 414 cerca o aquecedor 430. O receptáculo 414 inclui um primeiro retentor 422 e um segundo retentor 412 para reter o material sólido 124 dentro do receptáculo 214. O primeiro e o segundo retentor 412, 422 são permeáveis de modo a permitir que material em fase gasosa, como vapor ou aerossol, atravesse, mas a impedir a passagem de material na fase sólida, como material sólido 424. Os próprios retentores 412, 422 podem ser anulares, ou podem apenas estender- se parcialmente em volta da parede externa e da interna do receptáculo anular 414. Os retentores 412, 422 podem ser integrantes do receptáculo 414 e, consequentemente, podem ser integrantes do próprio atomizador 450 (ou do cartucho 404). O cartucho 404 pode, portanto, ser descartável. O receptáculo 414 inclui uma parede superior 474 e uma parede inferior 414 que, além dos retentores 412, 422, podem manter o material sólido no lugar dentro do receptáculo 414. Uma ou ambas, a parede superior 474 e a parede inferior 472, podem ser removíveis do atomizador 450 de modo a permitir o acesso ao receptáculo 414 e, consequentemente, permitir que um usuário adicione, remova ou troque o material 424 ali recebido. Será reconhecido que, para ser recebido no receptáculo anular, o próprio material sólido 424 pode precisar ser de forma anular.

[0070] Nesse exemplo, o recipiente para líquido 432 não é de forma anular e sim frustro-cônica, mas pode ser de qualquer outra forma como cilíndrica ou similares. O cartucho 404 inclui uma camada externa 480 que está conectada ao atomizador 450 e reveste o recipiente para líquido 432. Nesse exemplo, a camada externa é de forma frustro-cônica, mas pode ser de qualquer forma, como cilíndrica etc. O recipiente de líquido 432 e a camada externa 432 definem um canal anular 470, entre si, que atravessa em comprimento todo o recipiente para líquido 432.

[0071] Nesse exemplo, o líquido 418 é absorvido do recipiente para líquido 432 pelo pavio 490 (mostrado na Figura 4 como seta X) e esquentado pelo aquecedor 430 para volatilizar ou vaporizar o líquido 418 em um fluxo de pelo menos vapor ou aerossol. O vapor ou aerossol é puxado para fora do aquecedor 430 em direção ao primeiro retentor 422 do receptáculo anular 414 e através do material sólido 424 (mostrado na Figura 4 pelas setas Y). O vapor ou aerossol pega o sabor (e/ou outros constituintes) do material sólido 424. O vapor ou aerossol passa através do segundo retentor 412 para o canal anular 470 definido entre a camada externa 480 e o recipiente para líquido 432 (mostrado na Figura 4 pelas setas Y), antes de sair para inalação por um usuário (mostrado na Figura 4 pela seta Z).

[0072] Nesse exemplo, o receptáculo anular 414, e consequentemente o material sólido 424 ali recebido, está adjacente ao aquecedor 430 do atomizador 450 e cerca o aquecedor 430. Do mesmo modo que descrito acima com referência à Figura 1, o posicionamento do receptáculo 414 e consequentemente do material 424 adjacente ao aquecedor 430 no atomizador 450 permite que o material 424 seja aquecido pelo calor residual do próprio aquecedor 430. Além do mais, como o vapor ou aerossol adjacente ao aquecedor pode ter uma temperatura mais alta do que a temperatura ambiente do material 424, a passagem do vapor ou aerossol através do material sólido 424 pode contribuir para o aquecimento do material 424. O aquecimento do material sólido 424 promove a liberação de constituintes do material 424 e consequentemente proporciona melhorias semelhantes em rendimento dos constituintes e/ou reduções do consumo de energia como descrito acima. Além do mais, o receptáculo 414 ao redor do aquecedor 430, de acordo com esse exemplo, torna possível o receptáculo 414 cobrir uma proporção maior (ou seja, um ângulo sólido maior) do espaço em volta do aquecedor 430 e, consequentemente, captar mais calor residual do aquecedor 430. Isso promove mais ainda a liberação de constituintes do material 424 e consequentemente proporciona melhorias semelhantes em rendimento dos constituintes e/ou reduções do consumo de energia como descrito acima.

[0073] A Figura 5 ilustra mais detalhadamente uma vista em perspectiva do receptáculo com forma anular 414 e do material sólido 424 ao redor do aquecedor 430 conforme ilustrado na Figura 4. O material sólido 424 pode incluir material solto que assume forma anular ao ser recebido em um receptáculo anular 414. Alternativa ou adicionalmente, o material sólido 424 pode ser pré-moldado em forma anular e de modo que se sustente sozinho. Alternativa ou adicionalmente, o material sólido 424 pode estar contido em um recipiente que se sustenta sozinho (não mostrado) com forma anular e permeável a vapor ou aerossol, cujo suporte do recipiente seja colocado no receptáculo 414. Em qualquer caso, o material sólido 424 está geralmente em forma de disco e compreende um furo 494 ao longo do eixo principal do disco que se estende desde uma primeira abertura 490 em um lado do disco, atravessando todo o material sólido até uma segunda abertura 492 no lado oposto do disco. Durante o uso, o aquecedor 430 está assentado substancialmente dentro do furo 494. O calor residual do aquecedor 130 é captado da superfície do material sólido definida pelo furo 494.

[0074] Embora nas Figuras 4 e 5 o receptáculo 414 e o material sólido 424 tenham forma anular, este não precisa necessariamente ser o caso. Por exemplo, o material sólido pode ter geralmente forma de disco e compreende um recesso no qual o aquecedor pode ser encaixado (ou seja, pelo menos inserido parcialmente).

[0075] A Figura 6 ilustra uma vista em perspectiva de um receptáculo com forma de disco 624 e do material sólido 624 colocado sobre um aquecedor 630. O material sólido com forma geralmente de disco 624 compreende um recesso 694 ao longo do eixo principal do disco que se estende desde uma primeira abertura 690 em um lado do disco, até o meio do material sólido e atinge um final fechado 692 localizado dentro do disco. Durante o uso, o aquecedor 630 está assentado substancialmente dentro do recesso 694. O calor residual do aquecedor 130 é captado da superfície do material sólido definida pelo recesso 694, o qual inclui um final fechado 692. Nesse caso, um grande ângulo sólido da área em volta do aquecedor 630 pode ser coberto pelo material sólido 624 e, consequentemente, uma proporção maior do calor residual do aquecedor 630 pode ser captada pelo material sólido 624. O receptáculo 614 no qual o material sólido 624 é recebido pode ter uma forma de acordo. Nos exemplos em o material sólido é pré-formado em uma estrutura que se sustenta sozinha ou, quando o material sólido está contido em um recipiente que se sustenta sozinho (não mostrado), a estrutura do recesso 694 pode ser construída no próprio material sólido. Nesse caso, o receptáculo 614 não precisa prover a estrutura para o recesso 694 e pode ter a forma em geral de disco. O receptáculo 614 e/ou o material sólido com recesso 624 ilustrado na Figura 6 podem ser utilizados, por exemplo, com o cartucho 404 mostrado na Figura 4 no lugar do receptáculo 414 e/ou o material sólido anular 424 mostrados na figura, em que o cartucho 404, por sua vez, pode ser utilizado, por exemplo, no aparelho 1 mostrado na Figura 1 no lugar do cartucho 104 ali mostrado.

[0076] Embora nas Figuras 4, 5 e 6 o receptáculo 414, 614 e o material sólido 424, 624 fossem em forma única e contínua, este não precisa ser necessariamente o caso. Por exemplo, o receptáculo pode ser formado por duas ou mais partes distintas, e o material sólido pode ser recebido em qualquer uma ou em ambas.

[0077] A Figura 7 ilustra uma vista em perspectiva de um receptáculo 714 que ali recebeu dois blocos separados de material sólido 724a, 724b colocados em cada lado de um aquecedor 730. Nesse exemplo, os dois blocos de material sólido 724a, 724b são cúbicos. Cada bloco 724a, 724b está posicionado de modo que uma das faces de cada bloco 724a, 724b com a maior área de superfície esteja voltada para o aquecedor 730. O receptáculo 714, no qual um ou ambos os blocos de material sólido 724a, 724b podem ser recebidos, pode ter uma forma que compreenda dois recessos cúbicos de acordo. Nos exemplos em que o material sólido 724a, 724b é pré-formado em uma estrutura que se sustenta sozinha, ou quando os próprios blocos de material sólido 724a, 724b estão contidos em recipientes que se sustentam sozinhos (não mostrados), o receptáculo 714 pode, por exemplo, incluir um recesso em geral cúbico no qual os blocos de material sólido 724a, 724b podem ser colocados. O receptáculo 714 e/ou os blocos de material sólido 724a, 724b ilustrados na Figura 7 podem ser utilizados com, por exemplo, o cartucho 404 mostrado na Figura 4 no lugar do receptáculo 414 e/ou do material sólido anular 424 ali mostrados, em que o cartucho 404, por sua vez, pode ser utilizado, por exemplo, no aparelho 1 mostrado na Figura 1 no lugar do cartucho 104 mostrado na figura.

[0078] Apesar de nos exemplos acima, o receptáculo e/ou o material sólido terem sido descritos como de forma em geral de disco, em geral anular ou em geral cúbica, será reconhecido que, em alguns exemplos, qualquer volume moldado pode ser utilizado ao invés.

[0079] Embora os exemplos acima tenham citado o uso de um receptáculo 114, 214 etc. com um cartucho 104, 204 etc., se reconhecerá facilmente que existem muitas configurações dos assim chamados cigarros eletrônicos (alguns destes sem cartuchos como tal, mas sim, por exemplo, câmaras recarregáveis integrantes do aparelho 1) e que os exemplos acima podem também ser aplicados a essas outras configurações. De fato, localizar um receptáculo 114, 214, etc. adjacente a um aquecedor 130, 230 etc. para volatilizar o líquido 118, 218, etc., de tal modo que o aquecedor 130, 230, etc. esquente o material sólido 124, 224, etc. recebido no receptáculo 114, 214, etc., e misturar um ou mais constituintes do material sólido 124, 224, etc. com um fluxo de vapor ou aerossol, conforme descrito acima, podem ser independentes da configuração ou disposição do aparelho.

[0080] Uma série de outras variações e alternativas aos exemplos descritos acima é possível.

[0081] Por exemplo, em alguns casos, pode ser possível para o receptáculo com material sólido ali recebido localizar-se, exclusiva ou adicionalmente, na seção da bateria 106, etc. com o qual é utilizado o cartucho descrito acima, desde que o receptáculo seja adjacente ao aquecedor.

[0082] Como outro exemplo, nos casos em que o material sólido é removível do receptáculo, o material sólido pode ser omitido do receptáculo, por exemplo, por opção do usuário. Isso proporciona ao usuário mais flexibilidade.

[0083] Em alguns exemplos descritos acima, o cartucho inclui um canal anular 470 que cerca completamente o recipiente para líquido 432. Em outros exemplos, o canal 470 não é anular nem cerca o recipiente para líquido 432. Por exemplo, o canal 470 pode cercar parcialmente o recipiente para líquido 432, e pode haver múltiplos canais separados, cada qual ao redor apenas parcialmente do recipiente para líquido 432.

[0084] Em alguns dos exemplos acima, o recipiente para líquido e o receptáculo estão dispostos substancialmente em linha, ao longo de um eixo longitudinal do aparelho ou cartucho. Em outros exemplos, o recipiente para líquido e o receptáculo estão dispostos de modo a sobreporem-se pelo menos parcialmente no sentido longitudinal do aparelho ou cartucho; em tais exemplos, o recipiente para líquido e o receptáculo podem estar ainda dispostos de modo geral em linha ao longo do eixo longitudinal do aparelho ou cartucho, ou podem estar ser dispostos lado a lado, ou com um deles parcial ou completamente dentro do outro. Em ainda outros exemplos, o recipiente para líquido e o receptáculo estão dispostos concentricamente (seja com o recipiente para líquido dentro do receptáculo ou vice-versa), e podem estar dispostos de modo a ficarem inteiramente compensados em relação um ao outro ao longo do eixo longitudinal do aparelho ou do cartucho, ou sobrepondo-se ou um completamente dentro do outro.

[0085] O líquido é de preferência um líquido que possa se volatilizar a temperaturas razoáveis, preferivelmente na faixa de 100-300°C ou mais especialmente por volta de 150-250°C, pois isso ajuda a manter baixo o consumo de energia do aparelho com o qual é utilizado o cartucho. Os materiais adequados incluem aqueles convencionalmente utilizados em dispositivos de cigarro eletrônico, incluindo, por exemplo, propilenoglicol e glicerol (também conhecido como glicerina). Além disso, como descrito em relação aos exemplos acima, o material sólido é um material que pode ser utilizado para transmitir um sabor (ou outro constituinte) ao aerossol ou vapor produzido a partir do líquido à medida que o aerossol ou vapor passa através do material. Por exemplo, o material pode compreender constituintes que transmitem sensações de frescor, sensações de calor, benefícios neutracêuticos, benefícios estimulantes ou que produzem ou induzem qualquer outra sensação ou benefício no usuário. O material pode, por exemplo, consistir ou incluir tabaco. À medida que o aerossol ou vapor passa através e acima do material de tabaco, o aerossol ou vapor arrasta compostos orgânicos e outros compostos ou constituintes do material de tabaco emprestam ao tabaco as suas propriedades organolépticas, transmitindo, assim, o sabor ao aerossol ou vapor enquanto ele se desloca até o bocal. Outros materiais além do tabaco podem ser utilizados para transmitir sabores diferentes à corrente do aerossol ou vapor. Por exemplo, outros materiais diferentes do tabaco podem ser misturados com tabaco ou com misturas de outros materiais como, por exemplo, favas de baunilha, anis estrelado, folhas de hortelã, outras ervas e os semelhantes. Por exemplo, aromatizantes poderiam ser incluídos no material ou no líquido ou em ambos.

[0086] Em qualquer um dos exemplos descritos acima, um controlador do aparelho pode controlar a operação do aparelho como um todo. O controlador, por exemplo, pode fazer com que o aquecedor seja acionado como e quando requerido, e desligar o aquecedor quando o aquecimento não for necessário. A operação do aquecedor pode ser controlada de modo que o líquido e/ou o material seja aquecido até uma temperatura ideal. As considerações especiais incluem assegurar que não queime o material sólido, assegurar que a vaporização adequada do líquido seja conseguida, assegurar que o líquido vaporizado ou o aerossol esteja a uma temperatura apropriada para liberar compostos do material sólido e assegurar que o vapor ou aerossol que atinge o usuário esteja a uma temperatura confortável e segura. Pode- se prover um sensor de tragada, um dispositivo por si próprio conhecido, que sinalize para o controlador quando os elementos de aquecimento precisam ser energizados. Alternativa ou adicionalmente, o usuário pode controlar o aparelho por intermédio de controles ou uma interface externa ao aparelho global (não mostrado), por exemplo, por meio de sinais de controle por rádio ou Bluetooth ou os similares enviados por um dispositivo de controle separado, como um smartphone ou os semelhantes. O aparelho pode ter também um ou mais filtros para filtrar o vapor ou aerossol antes que este atinja o usuário, dispositivos de refrigeração para resfriar o vapor ou aerossol antes que este atinja o usuário, isolamento interno do aparelho para proteger o usuário do calor gerado dentro do dispositivo, etc.

[0087] Durante o uso e especialmente quando o material sólido é tabaco, prefere-se que o tabaco, ou pelo menos uma parte mais externa ou a superfície do tabaco (ou outro material), seja aquecida a uma temperatura entre em torno de 30°C e 100°C e mais preferivelmente entre 40°C e 80°C a fim de melhorar a liberação de constituintes do tabaco em comparação à temperatura ambiente. O material pode ser esquentado apenas pelo aquecedor ou pode ser aquecido adicionalmente pelo vapor ou aerossol que está a uma temperatura mais elevada do que a temperatura do material sólido ao passar através do material sólido. No caso de aquecimento pelo aquecedor, o material, especialmente no caso de tabaco, pode ser esquentado até uma temperatura na faixa em torno de 40 a 80°C, embora venha a ser reconhecido que qualquer temperatura acima da temperatura ambiente do material e/ou acima da temperatura ambiente do aparelho como um todo melhorará a liberação de constituintes do material sólido. Será reconhecido, no entanto, que outras temperaturas podem ser utilizadas. Por exemplo, o material sólido, ou pelo menos a superfície do material, pode ser aquecido até uma temperatura acima de 210°C, como até por volta de 230°C ou aproximadamente 240°C, e até mesmo até aproximadamente 290°C. A quantidade de tabaco presente pode estar, por exemplo, na faixa entre 50 e aproximadamente 300 mg. Um valor mais adequado para a quantidade de tabaco pode estar, por exemplo, na faixa entre 50 e 150 mg, sendo 130 mg um valor atualmente constatado como especialmente adequado em algumas aplicações. Em um exemplo típico, a quantidade de tabaco que é aquecida por operação do aparelho (ou seja, por tragada) pode estar na faixa correspondente a por volta de 8 e 50 mg.

[0088] Durante o uso, o líquido pode ser aquecido até uma temperatura entre em torno de 100-300°C ou mais especialmente em torno de 150°C a 250°C. Os materiais adequados como o líquido 118 etc. incluem materiais que fornecem componentes volatizados quando aquecidos, tipicamente na forma de aerossol. Os materiais sólidos adequados 124, etc. incluem qualquer material contendo tabaco e podem, por exemplo, incluir um ou mais entre: o próprio tabaco, variedades diferentes de tabaco, derivados do tabaco, tabaco peletizado, tabaco extrusado, tabaco reconstituído, tabaco moído, extrato de tabaco, tabaco homogeneizado ou os substitutos do tabaco. No caso de tabaco, o material sólido pode estar na forma de um bastão de tabaco, uma cápsula ou tampão de tabaco, tabaco solto, aglomerados, etc., e pode estar em forma relativamente seca ou em forma relativamente úmida, por exemplo. O tabaco pode ter sido modificado, por exemplo, quimicamente modificado, por exemplo, ter seu pH sido modificado de modo a promover a liberação de constituintes selecionados do tabaco como nicotina. Os materiais sólidos adequados podem incluir outros produtos diferentes do tabaco, os quais, dependendo do produto, podem ou não conter nicotina. O bastão de tabaco pode ser formado utilizando um material transparente como um material de embalagem, de modo que o usuário possa ver o tabaco. Um material especialmente adequado é o “NatureFlex” (marca registrada), uma película biodegradável produzida a partir de matérias-primas renováveis pela Innovia Films Limited.

[0089] Neste relatório descritivo, os termos “sabor” e “flavorizante” (aromatizante/saborizante) referem-se a materiais que, quando as regulamentações o permitem, podem ser utilizados para criar um sabor ou aroma desejado em um produto para consumidores adultos. Estes podem incluir extratos (p. ex., alcaçuz, hortênsia, folha e casca da magnólia branca japonesa, camomila, feno grego, cravo, mentol, hortelã japonesa, semente de erva-doce, canela, erva, gaultéria, cereja, baga, pêssego, maçã, Drambuie, Bourbon, Scotch, uísque, hortelã, menta, lavanda, cardamomo, aipo, cascarilha, noz-moscada, sândalo, tangerina, gerânio, essência de mel, óleo de rosa, baunilha, óleo de limão, óleo de laranja, cássia, algaravia, conhaque, jasmim, ylang-ylang, sálvia, funcho, pimenta, gengibre, anis, coentro, café, ou um óleo de menta de qualquer espécie do gênero Mentha), intensificadores de sabor, bloqueadores no sítio de receptores do gosto amargo, ativadores ou estimuladores no sítio de receptores sensoriais, açúcares e/ou substitutos do açúcar (p. ex., sucralose, acesulfame potássico, aspartame, sacarina, ciclamatos, lactose, sacarose, glicose, frutose, sorbitol ou manitol), e outros aditivos como carvão, clorofila, minerais, extratos botânicos ou agentes refrescantes do hálito. Esses ingredientes podem ser de imitação, sintéticos ou naturais, ou misturas destes. Os ingredientes podem estar em qualquer forma adequada, por exemplo, de óleo, líquido, sólido ou em pó. Por exemplo, um líquido, óleo ou outro de tais aromatizantes líquidos pode ser impregnado em um material sólido poroso de modo a transmitir sabor e/ou outras propriedades àquele material sólido poroso. Sendo assim, o líquido ou óleo é um constituinte do material sólido no qual é impregnado.

[0090] Embora nos exemplos acima o material tenha sido citado como um material sólido ou material em forma sólida, este não precisa ser necessariamente o caso. Em outros exemplos, o material pode ser fluido, por exemplo, um líquido.

[0091] As modalidades acima deverão ser entendidas como exemplos ilustrativos da invenção. Deverá ser entendido que qualquer característica descrita em relação a qualquer uma das modalidades pode ser utilizada isoladamente ou em combinação com outras características descritas, e podem também ser utilizadas em combinação com uma ou mais características de qualquer outra das modalidades, ou qualquer combinação de qualquer outra das modalidades. Além disso, equivalentes e modificações não descritos acima podem também ser empregados sem que se desviem, contudo, do âmbito da invenção, o qual é definido nas reivindicações anexas.

Claims (19)

1. Aparelho (1) para a geração de um meio inalável compreendendo: um recipiente (332) para conter um líquido; um aquecedor (330) para volatilizar o líquido contido no recipiente e gerar um fluxo de, pelo menos, um de um vapor e um aerossol durante o uso; e um receptáculo (314) para receber material (324); caracterizado pelo fato de que o receptáculo localiza- se adjacente e ao redor do aquecedor (330) de tal modo que, durante o uso, o material (324) recebido no receptáculo (314) é esquentado pelo aquecedor (330), e em que um ou mais constituintes do material (324) recebido no receptáculo (314), durante o uso, são misturados com o fluxo de, pelo menos, um de um vapor e um aerossol durante o uso para produzir o meio inalável; e em que o aparelho está disposto de tal modo que, durante o uso, o fluxo de, pelo menos, um de um vapor e um aerossol passa através do material recebido no receptáculo em uso, para assim arrastar o um ou mais constituintes no fluxo de pelo menos um de um vapor e um aerossol, em que o aquecedor volatiliza o líquido puxado do recipiente pelo pavio; e em que o aquecedor (330) e o pavio são fornecidos em uma unidade de atomizador (350) e o receptáculo (314) está posicionado na unidade de atomizador.

2. Aparelho, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo recipiente para líquido e o receptáculo serem uma unidade integral.

3. Aparelho, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo receptáculo ser de forma anular.

4. Aparelho, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo receptáculo compreender duas ou mais partes receptoras distintas, cada qual para receber uma parte distinta do material.

5. Aparelho, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo recipiente para líquido ser removível do aparelho.

6. Aparelho, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado por, durante o uso, o aquecedor esquentar o material recebido no receptáculo, em uso, ao menos em parte por uma ou ambas, a radiação emitida pelo aquecedor e a condução térmica desde o aquecedor.

7. Aparelho, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado por, durante o uso, o aquecedor esquentar pelo menos uma parte externa do material recebido no receptáculo em uso até uma temperatura mais elevada do que uma temperatura ambiente do aparelho.

8. Aparelho, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo aquecedor (330) esquentar pelo menos uma parte externa do material recebido no receptáculo em uso até uma temperatura na faixa de 40°C a 80°C.

9. Aparelho, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo receptáculo compreender um ou mais retentores (312, 322) para a retenção de material (324) dentro do receptáculo (314) durante o uso.

10. Aparelho, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado por um ou mais retentores permitirem que, pelo menos, um vapor ou um aerossol os atravesse, e impedirem que o material recebido no receptáculo, durante o uso, os atravesse.

11. Aparelho, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado pelo receptáculo conter ali o material recebido.

12. Aparelho, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo material compreender um recesso no qual o aquecedor está pelo menos parcialmente inserido.

13. Aparelho, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo material estar contido em um recipiente para material que se sustenta sozinho.

14. Aparelho, de acordo com qualquer uma das reivindicações 11 a 13, caracterizado pelo material ser material em forma sólida ou compreender tabaco ou ser ou compreender um material flavorizado.

15. Método para a geração de meio inalável utilizando um aparelho (1), conforme definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 14, que compreende um recipiente (332) para conter um líquido, um aquecedor (330) para volatilizar o líquido e um receptáculo (314) para receber material (324) adjacente e ao redor do aquecedor, o método caracterizado por compreender: volatilizar, utilizando o aquecedor, o líquido contido no recipiente para gerar um fluxo de, pelo menos, um de um vapor e um aerossol; esquentar, utilizando o aquecedor, o material recebido no receptáculo; passar o fluxo de, pelo menos, um de um vapor e um aerossol através do material recebido no receptáculo para misturar um ou mais constituintes do material com o fluxo de, pelo menos, um dentre um vapor e um aerossol arrastando um ou mais constituintes no fluxo de, pelo menos, um dentre um vapor e um aerossol para produzir o meio inalável.

16. Método, de acordo com a reivindicação 15, caracterizado pela mistura compreender: passar um fluxo de gás desde uma entrada de gás através do material para arrastar, assim, como um ou mais constituintes do material no fluxo de gás; e combinar o fluxo de gás contendo um ou mais constituintes ali arrastados com o fluxo de, pelo menos, um de um vapor e um aerossol.

17. Método, de acordo com a reivindicação 16, caracterizado pelo fluxo de gás ser um fluxo de ar.

18. Cartucho (304) para uso com um aparelho (1) para a geração de meio inalável, conforme definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 14, caracterizado pelo cartucho compreender: um recipiente (332) para conter um líquido; um aquecedor (330) para volatilizar o líquido contido no recipiente para gerar um fluxo de, pelo menos, um de um vapor e um aerossol durante o uso; e um receptáculo (314) para receber material (324); em que o receptáculo localiza-se adjacente e ao redor do aquecedor de tal modo que, durante o uso, o material recebido no receptáculo é esquentado pelo aquecedor, e em que um ou mais constituintes do material recebido no receptáculo, em uso, são misturados com o fluxo de, pelo menos, um de um vapor e um aerossol em uso para produzir o meio inalável; e em que o cartucho está disposto de modo que, em uso, o fluxo de, pelo menos, um de um vapor e um aerossol passe através do material recebido no receptáculo, para desse modo arrastar o um ou mais constituintes no fluxo de, pelo menos, um de um vapor e um aerossol.

19. Atomizador (350) para uso com um aparelho (1) para a geração de meio inalável, conforme definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 14, caracterizado pelo atomizador compreender: um aquecedor (330) para volatilizar um líquido e gerar um fluxo de, pelo menos, um de um vapor e um aerossol durante o uso; e um receptáculo (314) para receber material (324); em que o receptáculo localiza-se adjacente e ao redor do aquecedor de tal modo que, durante o uso, o material recebido no receptáculo é esquentado pelo aquecedor, e em que um ou mais constituintes do material recebido no receptáculo, em uso, são misturados com o fluxo de, pelo menos, um de um vapor e um aerossol em uso para produzir o meio inalável; e em que o atomizador está disposto de modo que, em uso, o fluxo de, pelo menos, um de um vapor e um aerossol passe através do material recebido no receptáculo, desse modo para arrastar o um ou mais constituintes no fluxo de, pelo menos, um de um vapor e um aerossol.

Images