BR112016002819B1 - método para determinar a qualidade organoléptica de uma composição de biomassa de microalgas rica em proteína; e método para a seleção de composições de biomassa de microalgas rica em proteína que tem um perfil organoléptico aceitável - Google Patents

método para determinar a qualidade organoléptica de uma composição de biomassa de microalgas rica em proteína; e método para a seleção de composições de biomassa de microalgas rica em proteína que tem um perfil organoléptico aceitável Download PDF

Info

Publication number
BR112016002819B1
BR112016002819B1 BR112016002819-8A BR112016002819A BR112016002819B1 BR 112016002819 B1 BR112016002819 B1 BR 112016002819B1 BR 112016002819 A BR112016002819 A BR 112016002819A BR 112016002819 B1 BR112016002819 B1 BR 112016002819B1
Authority
BR
Brazil
Prior art keywords
protein
organic compounds
volatile organic
biomass
octadien
Prior art date
Application number
BR112016002819-8A
Other languages
English (en)
Other versions
BR112016002819A2 (pt
Inventor
Heike Jerosch
Amandine Druon
Marilyne Guillemant
Samuel Patinier
Original Assignee
Corbion Biotech, Inc
Priority date (The priority date is an assumption and is not a legal conclusion. Google has not performed a legal analysis and makes no representation as to the accuracy of the date listed.)
Filing date
Publication date
Application filed by Corbion Biotech, Inc filed Critical Corbion Biotech, Inc
Publication of BR112016002819A2 publication Critical patent/BR112016002819A2/pt
Publication of BR112016002819B1 publication Critical patent/BR112016002819B1/pt

Links

Images

Classifications

    • GPHYSICS
    • G01MEASURING; TESTING
    • G01NINVESTIGATING OR ANALYSING MATERIALS BY DETERMINING THEIR CHEMICAL OR PHYSICAL PROPERTIES
    • G01N33/00Investigating or analysing materials by specific methods not covered by groups G01N1/00 - G01N31/00
    • G01N33/0001Investigating or analysing materials by specific methods not covered by groups G01N1/00 - G01N31/00 by organoleptic means
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A23FOODS OR FOODSTUFFS; TREATMENT THEREOF, NOT COVERED BY OTHER CLASSES
    • A23JPROTEIN COMPOSITIONS FOR FOODSTUFFS; WORKING-UP PROTEINS FOR FOODSTUFFS; PHOSPHATIDE COMPOSITIONS FOR FOODSTUFFS
    • A23J1/00Obtaining protein compositions for foodstuffs; Bulk opening of eggs and separation of yolks from whites
    • A23J1/009Obtaining protein compositions for foodstuffs; Bulk opening of eggs and separation of yolks from whites from unicellular algae
    • GPHYSICS
    • G01MEASURING; TESTING
    • G01NINVESTIGATING OR ANALYSING MATERIALS BY DETERMINING THEIR CHEMICAL OR PHYSICAL PROPERTIES
    • G01N30/00Investigating or analysing materials by separation into components using adsorption, absorption or similar phenomena or using ion-exchange, e.g. chromatography or field flow fractionation
    • G01N30/02Column chromatography
    • G01N30/62Detectors specially adapted therefor
    • G01N30/72Mass spectrometers
    • G01N30/7206Mass spectrometers interfaced to gas chromatograph
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A23FOODS OR FOODSTUFFS; TREATMENT THEREOF, NOT COVERED BY OTHER CLASSES
    • A23VINDEXING SCHEME RELATING TO FOODS, FOODSTUFFS OR NON-ALCOHOLIC BEVERAGES AND LACTIC OR PROPIONIC ACID BACTERIA USED IN FOODSTUFFS OR FOOD PREPARATION
    • A23V2002/00Food compositions, function of food ingredients or processes for food or foodstuffs
    • CCHEMISTRY; METALLURGY
    • C12BIOCHEMISTRY; BEER; SPIRITS; WINE; VINEGAR; MICROBIOLOGY; ENZYMOLOGY; MUTATION OR GENETIC ENGINEERING
    • C12NMICROORGANISMS OR ENZYMES; COMPOSITIONS THEREOF; PROPAGATING, PRESERVING, OR MAINTAINING MICROORGANISMS; MUTATION OR GENETIC ENGINEERING; CULTURE MEDIA
    • C12N1/00Microorganisms, e.g. protozoa; Compositions thereof; Processes of propagating, maintaining or preserving microorganisms or compositions thereof; Processes of preparing or isolating a composition containing a microorganism; Culture media therefor
    • C12N1/12Unicellular algae; Culture media therefor
    • GPHYSICS
    • G01MEASURING; TESTING
    • G01NINVESTIGATING OR ANALYSING MATERIALS BY DETERMINING THEIR CHEMICAL OR PHYSICAL PROPERTIES
    • G01N33/00Investigating or analysing materials by specific methods not covered by groups G01N1/00 - G01N31/00
    • G01N33/02Food

Landscapes

  • Life Sciences & Earth Sciences (AREA)
  • Chemical & Material Sciences (AREA)
  • Health & Medical Sciences (AREA)
  • Biochemistry (AREA)
  • Engineering & Computer Science (AREA)
  • Pathology (AREA)
  • Physics & Mathematics (AREA)
  • Analytical Chemistry (AREA)
  • General Health & Medical Sciences (AREA)
  • General Physics & Mathematics (AREA)
  • Immunology (AREA)
  • Food Science & Technology (AREA)
  • Medicinal Chemistry (AREA)
  • Biotechnology (AREA)
  • Polymers & Plastics (AREA)
  • Fats And Perfumes (AREA)
  • Seasonings (AREA)
  • Investigating Or Analysing Materials By Optical Means (AREA)
  • Other Investigation Or Analysis Of Materials By Electrical Means (AREA)
  • General Preparation And Processing Of Foods (AREA)
  • Measuring Or Testing Involving Enzymes Or Micro-Organisms (AREA)

Abstract

MÉTODO PARA DETERMINAR A QUALIDADE ORGANOLÉPTICA DE UMA COMPOSIÇÃO DE BIOMASSA DE MICROALGAS RICA EM PROTEÍNA; MÉTODO PARA DEFINIR UM PERFIL ANALÍTICO DE COMPOSTOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS; E MÉTODO PARA A SELEÇÃO DE COMPOSIÇÕES DE BIOMASSA DE MICROALGAS RICA EM PROTEÍNA QUE TEM UM PERFIL ORGANOLÉPTICO ACEITÁVEL. A presente invenção se refere a um método para determinar a qualidade organoléptica de uma composição de biomassa de microalgas rica em proteína, compreendendo a determinação do conteúdo de 11 compostos orgânicos voláteis, em que os 11 compostos orgânicos voláteis são pentanal, hexanal, 1-octen-3-ol, 2-pentilfurano, octanal, 3,5-octadien-2-ol (ou 3-octen-2-ona), 3,5-octadien-2-ona, nonanal, 2- nonenal, (E,E)-2,4-nonadienal e ácido hexanóico.

Description

[001] A presente invenção se refere a novas composições de biomassa de microalgas rica em proteína do gênero Chlorella, possuindo um perfil sensorial otimizado, tornando assim possível incorporar as mesmas em formulações alimentares, sem criar paladares indesejáveis, e também a um método para avaliar o perfil organoléptico de uma composição de biomassa de microalgas rica em proteína do gênero Chlorella.
Apresentação da técnica anterior
[002] É bem conhecido dos peritos na técnica que as Chlorella são uma fonte de alimentação potencial, visto que são ricas em proteínas e outros nutrientes essenciais.
[003] Elas contêm, em particular, 45% de proteínas, 20% de gorduras, 20% de hidratos de carbono, 5% de fibras e 10% de minerais e vitaminas.
[004] A utilização de biomassa de microalgas (e principalmente as suas proteínas) enquanto alimentos está sendo cada vez mais considerada na busca por fontes alternativas de alimentos para atender à demanda crescente a nível global por proteínas animais (conforme divulgado pela FAO).
[005] Além disso, de há uns anos para cá, a União Europeia tem vindo a sofrer com um déficit estrutural em proteínas vegetais, valor que tem aumentado nos últimos anos para mais de 20 milhões de toneladas de equivalente de soja, atualmente importada da América do Sul.
[006] A produção em massa de determinadas microalgas rica em proteínas é vista assim como uma forma possível de reduzir este "défice de proteínas".
[007] Análises extensivas e estudos nutricionais demonstraram que as proteínas destas algas são equivalentes às proteínas vegetais convencionais, ou apresentam até mesmo uma qualidade superior.
[008] Apesar disso, e devido aos altos custos de produção e às dificuldades técnicas na incorporação dos materiais derivados de microalgas em produtos alimentares aceitáveis do ponto de vista organoléptico, a distribuição generalizada de proteínas de microalgas encontra-se ainda em sua fase preliminar.
[009] Foram divulgadas as biomassas de microalgas das várias espécies que apresentam uma elevada percentagem de proteínas (vide tabela 1 em Becker, Biotechnology Advances (2007), 25:207-210).
[010] Além disso, alguns pedidos de patente na técnica anterior, como é o caso do pedido de patente WO 2010/045368, descrevem que é possível ajustar as condições de cultura de forma a aumentar mais ainda o conteúdo protéico da biomassa das microalgas.
[011] No entanto, quando se pretende produzir industrialmente pós de biomassa de microalgas a partir da biomassa das referidas microalgas, subsistem dificuldades consideráveis, não somente do ponto de vista tecnológico, mas também do ponto de vista do perfil sensorial das composições produzidas.
[012] Com efeito, enquanto que os pós de algas, por exemplo, produzidos com algas cultivadas fotossinteticamente em lagoas exteriores ou usando fotobiorreatores, estão disponíveis comercialmente, eles têm uma cor verde escura (associada com a clorofila) e um sabor forte e desagradável.
[013] Mesmo quando formulados em produtos alimentares ou como suplementos nutricionais, estes pós de algas dão sempre ao produto alimentar ou ao suplemento nutricional esta cor verde não atraente visualmente, e têm sempre um sabor a peixe desagradável ou o sabor a alga marinha.
[014] Além disso, sabe-se que certas espécies de algas azuis produzem naturalmente moléculas químicas odoríferas, tais como geosmina (trans-1,10-dimetil-trans-9- decalol), ou MIB (2-metilisoborneol), originando odores a terra ou a mofo.
[015] Tal como para a Chlorella, o descritor comummente aceite neste domínio é o sabor de "chá verde", ligeiramente semelhante a outros pós vegetais verdes, tais como cevada verde em pó ou trigo verde em pó, sendo o sabor atribuído ao seu alto conteúdo de clorofila.
[016] Geralmente o seu sabor só é mascarado quando são misturados com legumes com um sabor forte ou com sucos de citrinos.
[017] Existe ainda, portanto, uma necessidade não satisfeita de composições de biomassa de microalgas do gênero Chlorella, com qualidade organoléptica adequada permitindo o seu uso em mais numerosos e diversificados produtos alimentares.
Sumário da presente invenção
[018] A empresa requerente descobriu que é possível satisfazer esta necessidade ao fornecer composições de biomassa de microalgas rica em proteína possuindo um perfil sensorial otimizado, caracterizado por o valor de aroma global de 4 compostos orgânicos voláteis escolhidos a partir de 11 compostos específicos.
[019] Assim, a presente invenção se refere em primeiro lugar a um método para determinar a qualidade organoléptica de uma composição de biomassa de microalgas rica em proteína, compreendendo a determinação do conteúdo de 11 compostos orgânicos voláteis, sendo os 11 compostos orgânicos voláteis pentanal, hexanal, 1-octen-3-ol, 2- pentilfurano, octanal, 3,5-octadien-2-ol (ou 3-octen-2-ona), 3,5-octadien-2-ona, nonanal, 2-nonenal, (E,E)-2,4-nonadienal e ácido hexanóico.
[020] Preferencialmente, a biomassa de microalgas compreende mais de 50% de proteínas por peso seco de biomassa e as microalgas são do gênero Chlorella.
[021] Preferencialmente, o conteúdo de cada um destes 11 compostos voláteis orgânicos é determinado por SPME / GC, preferencialmente por SPME / GC-MS.
[022] Preferencialmente, o conteúdo de cada um destes 11 compostos voláteis orgânicos é determinado pela área da superfície dos picos da cromatografia após SPME / GC correspondente a cada um destes 11 compostos voláteis orgânicos.
[023] Preferencialmente, o conteúdo de cada um destes 11 compostos voláteis orgânicos, em particular, a área da superfície dos picos cromatográficos correspondente aos 11 compostos orgânicos voláteis, é comparada à de uma composição ou composições de referência de biomassa de microalgas rica em proteína para as quais as qualidades organolépticas estão definidas, em particular como inaceitável ou aceitável.
[024] A presente invenção também se refere a um método para a definição de um perfil analítico de compostos orgânicos voláteis tornando-se possível avaliar a qualidade organoléptica das composições de biomassa de microalgas rica em proteína, compreendendo: - a construção de uma primeira matriz associando composições de biomassa de microalgas, incluindo dois controles de qualidade organolética aceitável e inaceitável, com a avaliação das suas qualidades organoléticas por um painel sensorial de pelo menos 15 indivíduos, - a construção de uma segunda matriz, associando a estas mesmas composições a sua caracterização por um perfil de análise de compostos orgânicos voláteis, e - a correlação da primeira matriz com a segunda para produzir um modelo de relação com base no qual as composições que têm um perfil organolético otimizado podem, deste modo, ser caracterizadas pelo seu perfil analítico de compostos orgânicos voláteis.
[025] Preferencialmente, a biomassa de microalgas compreende mais que 50% de proteínas por peso seco de biomassa e as microalgas são do gênero Chlorella.
[026] Preferencialmente, os descritores da análise sensorial compreendem: - os seguintes odores: vegetais, purê, caldo, manteiga rançosa, queijo, estrume, fermentado, amendoim e tinta; e - as seguintes cores: amarelo e verde.
[027] Finalmente, a presente invenção se refere à seleção de 4 dos 11 compostos orgânicos voláteis tendo um limiar olfativo baixo (isto é, ter um grande impacto sobre o odor global percebido pelos membros do painel sensorial), de modo a construir um modelo simplificado que faz com que seja possível dar um valor de aroma global para as composições de biomassa de microalgas rica em proteína. Assim, a invenção se refere a um método para determinar a qualidade organoléptica de uma composição de biomassa de microalgas rica em proteína, compreendendo a determinação do conteúdo de 4 compostos orgânicos voláteis, sendo estes 4 compostos orgânicos 3,5- octadien-2-ol (ou 3-octen-2-ona), 1-octen-3-ol, 3,5-octadien- 2-ona e (E,E)-2,4-nonadienal.
[028] Este valor de aroma global é então expresso como a soma dos valores de aroma individual de 3,5-octadien- 2-ol (ou 3-octen-2-ona), 1-octen-3-ol, 3,5-octadien-2-ona e (E,E)-2,4-nonadienal.
[029] Preferencialmente, a biomassa de microalgas compreende mais que 50% de proteínas por peso seco de biomassa e as microalgas são do gênero Chlorella.
[030] As composições de biomassa de microalgas rica em proteína de acordo com a invenção têm assim um perfil sensorial optimizado quando o seu valor de aroma global é baixo, preferencialmente entre 0 e 40% em relação à de uma composição de referência organoleticamente inaceitável de farinha de microalgas.
[031] A presente invenção também se relaciona com um método para a seleção de composições de biomassa de microalgas rica em proteína que tem um perfil organoléptico aceitável, caracterizado pelo fato de a qualidade organoléptica ser determinada pelo método tal como descrito acima, e que a composição é selecionada quando o valor de aroma global calculado pelo o método como descrito acima é entre 0 e 40% em relação à de uma composição de referência organoleticamente inaceitável de biomassa de microalgas. Preferencialmente, a biomassa de microalgas compreende mais que 50% de proteínas por peso seco de biomassa e as microalgas são do gênero Chlorella.
[032] Preferencialmente, as microalgas são do gênero Chlorella e são escolhidas em particular no grupo que consiste em Chlorella vulgaris, Chlorella sorokiniana e Chlorella protothecoides, e mais particularmente Chlorella protothecoides.
[033] Preferencialmente, a biomassa de microalgas compreende mais de 50% de proteínas por peso seco de biomassa.
Descrição detalhada da invenção
[034] Para os fins da invenção, uma composição de biomassa de microalgas rica em proteína tem um "perfil sensorial optimizado" ou uma "qualidade organoléptica optimizada", quando a sua avaliação por um painel sensorial conclui que há uma ausência de notas negativas que prejudiquem a qualidade organoléptica das referidas formulações alimentares contendo estas composições de biomassa de microalgas.
[035] O termo "qualidade organoléptica" é entendido como significando a propriedade de um alimento em termos de cor e odor.
[036] Estas notas negativas estão associadas à presença de moléculas odoríferas específicas indesejáveis e/ou aromáticas que são caracterizadas por um limiar de percepção correspondente a um valor mínimo do estímulo sensorial necessário para despertar uma sensação.
[037] O "perfil sensorial optimizado" ou "qualidade organoléptica optimizada" é então refletida por um painel sensorial através da obtenção de melhores pontuações em uma escala de avaliação de 2 critérios sensoriais (cor e odores).
[038] O termo "aproximadamente" é entendido como significando o valor mais ou menos 10% do mesmo, preferivelmente mais ou menos 5% do mesmo. Por exemplo, "aproximadamente 100" significa entre 90 e 110, preferivelmente entre 95 e 105.
[039] O termo "composição de biomassa de microalgas" é entendido como significando uma composição compreendendo pelo menos 50%, 60%, 70%, 80% ou 90% por peso seco da biomassa de microalgas. Contudo, nesta composição podem ser opcionalmente incluídos outros ingredientes.
[040] O termo "rico em proteína" é entendido como significando um conteúdo de proteínas na biomassa de mais do que 50% por peso seco, de preferência mais do que 55%, mais preferencialmente ainda mais do que 60%, 65% e 70% por peso seco de biomassa.
[041] Para os fins da presente invenção, o termo "biomassa de microalgas" deve ser entendido na sua mais ampla interpretação e denotando, por exemplo, uma composição compreendendo uma pluralidade partículas de biomassa de microalgas. A biomassa de microalgas é derivada da totalidade de células de microalgas.
[042] Um certo número de documentos da técnica anterior, tais como o pedido de patente internacional WO 2010/045368, descrevem métodos para a produção e utilização em alimentos de biomassa de microalgas rica em proteína de Chlorella.
[043] As microalgas em questão na presente invenção são, portanto, microalgas do gênero Chlorella, mais particularmente Chlorella protothecoides, mais particularmente ainda Chlorella desprovida de pigmentos de clorofila, por qualquer método conhecido per se pelos peritos na técnica (ou porque a cultura é realizada no escuro, ou porque a estirpe sofreu uma mutação de forma a não produzir já estes pigmentos).
[044] Em particular, as microalgas podem ser escolhidas, não exaustivamente, entre Chlorella protothecoides, Chlorella kessleri, Chlorella minutissima, Chlorella sp., Chlorella sorokiniana, Chlorella luteoviridis, Chlorella vulgaris, Chlorella reisiglii, Chlorella ellipsoidea, Chlorella saccarophila, Parachlorella kessleri, Parachlorella beijerinkii, Prototheca stagnora e Prototheca moriformis. Deste modo, em uma forma de realização muito particular, a composição de biomassa de microalgas é uma composição de biomassa de Chlorella, e em particular uma composição de biomassa de Chlorella protothecoides.
[045] O processo de fermentação descrito neste pedido de patente WO 2010/045368 permite assim a produção de um certo número de composições de biomassa de microalgas de qualidade sensorial variável.
[046] O método, tal como é descrito no presente documento, torna possível, deste modo, selecionar as composições de biomassa de microalgas rica em proteína que têm um perfil organoléptico aceitável, em particular para aplicações em alimentos, sem ter que se organizar avaliações organolépticas por um painel de indivíduos, a fim de se realizar a mesma operação. 1. Definição do perfil sensorial através da detecção de 11 compostos orgânicos voláteis
[047] A empresa requerente descobriu que o perfil sensorial de uma composição de biomassa de microalgas rica em proteína pode ser definido pela natureza e pelo limiar de detecção de moléculas específicas odoríferas, em particular de compostos orgânicos voláteis específicos.
[048] Na realidade, foram identificados 11 compostos orgânicos voláteis, cujo conteúdo em uma composição de biomassa de microalgas rica em proteína torna possível determinar a qualidade organoléptica da referida composição.
[049] Estes 11 compostos orgânicos voláteis são os seguintes: pentanal, hexanal, 1-octen-3-ol, 2-pentilfurano, octanal, 3,5-octadien-2-ol (ou 3-octen-2-ona), 3,5-octadien- 2-ona, nonanal, 2-nonenal, (E,E)-2,4-nonadienal e ácido hexanóico.
[050] Assim, a presente invenção se refere a um método para determinar a qualidade organoléptica de uma composição de biomassa de microalgas rica em proteína, compreendendo a determinação do conteúdo de cada um destes 11 compostos orgânicos voláteis, sendo os 11 compostos orgânicos voláteis pentanal, hexanal, 1-octen-3-ol, 2-pentilfurano, octanal, 3,5-octadien-2-ol (ou 3-octen-2-ona), 3,5-octadien- 2-ona, nonanal, 2-nonenal, (E,E)-2,4-nonadienal e ácido hexanóico.
[051] O método não exclui determinar o conteúdo de outros compostos orgânicos voláteis. Contudo, os 11 compostos orgânicos voláteis são suficientes para determinar a qualidade organoléptica de uma composição de biomassa de microalgas rica em proteína.
[052] São colhidas amostras destes compostos orgânicos voláteis, preferencialmente, por microextração em fase sólida (SPME) e analisados por cromatografia em fase gasosa GC, em particular GC-MS (cromatografia gasosa- espetrometria de massa).
[053] A fração volátil é extraída da amostra da composição de biomassa de microalgas rica em proteína por aquecimento da referida composição durante um período de tempo suficiente na presença de uma fibra SPME.
[054] A fibra pode ser escolhida não exaustivamente, por exemplo, do grupo que consiste em carboxeno e polidimetilsiloxano (CAR/PDMS), divinilbenzeno, carboxeno e polidimetilsiloxano (DVB/CAR/PDMS), uma liga de metal e de polidimetilsiloxano (PDMS), uma fibra de Carbopack-Z® (negro de fumo grafitizado), poliacrilato, polietileno glicol Carbowax® (PEG), e PDMS / DVB.
[055] Preferencialmente, é usada uma fibra de DVB/CAR/PDMS (df 50/30 μm).
[056] Aqui, a empresa requerente recomenda a utilização de uma técnica de extração úmida (suspensão aquosa) entre 40 e 70 °C, preferencialmente entre 50 e 65 °C, em particular aproximadamente 60 °C durante pelo menos 10 minutos, preferencialmente pelo menos 15 minutos e, por exemplo, entre 15 minutos e 1 hora.
[057] Esta etapa de extração é realizada preferencialmente em um recipiente vedado. Uma quantidade suficiente de amostra deve ser usada, por exemplo, pelo menos 1 g, em particular entre 1 g e 10 g e em particular cerca de 2 g.
[058] Estas 2 g são suspensas em 7 mL de água contendo 1 g de CaCl2, 200 μl de HCl e 2,32 μg de hexanal-d12 (padrão interno), colocadas num frasco selado SPME (20 mL).
[059] Os compostos orgânicos voláteis são em seguida dessorvidos a uma temperatura compatível com o tipo de fibra SPME usada, por exemplo, entre 220 e 250 °C para a fibra usada nos nossos testes, mais precisamente a 230 °C, e são injetados no sistema de análise.
[060] A análise é realizada preferencialmente por cromatografia de gás, GC, em particular por GC-MS.
[061] Encontram-se disponíveis comercialmente vários dispositivos GC/MS, por exemplo, o espetrômetro GC/Mass Clarus (PerkinElmer, EUA), o cromatógrafo de gás Hewlett Packard 6890 (Hewlett Packard, EUA) e o cromatógrafo de gás Agilent 6890N acoplado ao detector de massa seletivo Agilent 5973.
[062] Os métodos de ionização que podem ser usados em GC/MS são, por exemplo, espetrometria de massa com ionização por impacto de elétrons (EI), ionização por impacto químico (CI), ionização por eletropulverização, descarga luminescente, dessorção por campos (FD), etc.
[063] As substâncias voláteis extraídas são mais precisamente dessorvidos aqui no injetor do sistema TSQ GC-MS da Thermo Scientific, e em seguida são separados em uma coluna CPwax52 (60 m x 0,25 mm, 0,25 μm) com hélio gasoso a 1,5 mL/min.
[064] O programa de temperatura é: - 50 °C isotérmico por 3 min, depois - programação a 5 °C/minute até 230 °C,
1. depois isotérmico por 20 min.
[065] A detecção é realizada por espetrometria de massa (MS) de impacto de elétrons (EI) e os compostos são identificados por comparação com os espetros EI da biblioteca NIST.
[066] Assim, a altura ou a área de superfície do pico cromatográfico correspondente ao composto orgânico volátil está correlacionada com a quantidade do referido composto.
[067] O termo "área de superfície do pico" é entendida como significando a área de superfície de um íon específico sob a curva no cromatograma SPME-GC/MS.
[068] O conteúdo de um dos 11 compostos orgânicos voláteis é determinado preferencialmente pela área de superfície do pico do íon específico do cromatograma SPME- GC/MS correspondente a esse composto orgânico volátil.
[069] O conteúdo de compostos orgânicos voláteis é determinado, em particular por comparação com o de um produto de referência.
[070] Assim, globalmente, um conteúdo total baixo dos 11 compostos voláteis orgânicos está associado a uma qualidade organoléptica otimizada. Pelo contrário, um conteúdo total alto dos 11 compostos voláteis orgânicos está associado a uma qualidade organoléptica média, ou mesmo fraca ou inaceitável.
[071] Por exemplo, o conteúdo total de uma composição com uma qualidade organoléptica aceitável é baixa quando é pelo menos duas vezes menor do que o de uma composição com uma qualidade organoléptica inaceitável, por exemplo, pelo menos 2, 3 ou 4 vezes menor, e em uma forma de realização muito exigente é pelo menos 10 vezes menor.
2. Definição do painel sensorial e escolha de descritores
[072] A presente invenção se refere a um método para testar as qualidades organolépticas de uma composição de biomassa de microalgas rica em proteína compreendendo avaliação das qualidades organolépticas por um painel de provadores. Esta avaliação pode ser realizada especialmente pelos métodos que serão detalhados adiante.
[073] A empresa requerente também fornece um método para definir um perfil analítico de compostos voláteis permitindo avaliar a qualidade organoléptica das composições de biomassa de microalgas, compreendendo:
[074] - a construção de uma primeira matriz associando composições de biomassa de microalgas rica em proteína, incluindo preferencialmente dois controles de qualidade organolética aceitável e inaceitável, com a avaliação das suas qualidades organoléticas por um painel sensorial de pelo menos 15 indivíduos,
[075] - a construção de uma segunda matriz, associando a estas mesmas composições a sua caracterização por um perfil de análise de compostos orgânicos voláteis, e
[076] - a correlação da primeira matriz com a segunda para produzir um modelo de relação com base no qual as composições que têm um perfil organolético otimizado podem, deste modo, ser caracterizadas pelo seu perfil analítico de compostos orgânicos voláteis.
[077] Um painel sensorial é formado a fim de se avaliarem as propriedades sensoriais de vários lotes de composições de biomassa de microalgas, em particular de composições de biomassa de Chlorella protothecoides.
[078] A fim de avaliar as propriedades sensoriais das composições de biomassa de microalgas rica em proteína, um painel de pelo menos 15 indivíduos, por exemplo, de 18 indivíduos, foi reunido.
[079] Este "grupo de peritos" torna possível a realização de análises do tipo QDA® (Análise Descritiva Quantitativa), convencionalmente referidas como "perfis sensoriais" (Stone, H., Sidel, J-L., Olivier, S., Woolsey, A., Singleton, R. C; (1974), Sensory evaluation by quantitative descriptive analysis, Food Technology, 28(11), 24-33).
[080] Conforme esclarecido pelo padrão NF ISO 11035: 1995, sessões para a geração de descritores foram realizadas a fim de descrever exaustivamente as propriedades olfativas das composições de biomassa de microalgas rica em proteína.
[081] Para este fim, os lotes de composições de biomassa de microalgas rica em proteína identificadas como sendo altamente heterogêneas foram colocadas em solução a 3% em água.
[082] Cada membro do painel avalia esta solução num frasco de vidro fechado, que foi previamente aquecido num banho de água a 55 °C, e são listados todos os odores que ele ou ela sente do produto.
[083] Durante as sessões para gerar os descritores, mais de 60 termos foram listados pelos avaliadores para descrever o odor das composições de biomassa de microalgas rica em proteína.
[084] A lista de descritores foi primeiramente reduzida qualitativamente (por exemplo: odor a "gramado" = odor de "grama cortada"), a fim de obter uma lista de 16 descritores, e em seguida, algumas sessões QDA® permitiram reduzir a lista ainda mais (cf: ISO 4121: 1987) para 9 descritores sensoriais.
[085] Preferencialmente, os produtos de referência, tal como são apresentados na tabela seguinte, são associados a cada descritor.
Figure img0001
Figure img0002
[086] Uma vez que o descritor "tinta" era o mais discriminador organoleticamente, é recomendado pela empresa requerente usar este como o descritor principal a fim de estabelecer a classificação sensorial dos diversos lotes produzidos de composições de biomassa de microalgas rica em proteína. Treinando o painel
[087] Vários exercícios foram realizados a fim de formar o painel no uso de escalas de intensidade para cada descritor (NF ISO 08587:1992, ISO 08586-1:1993, ISO 085862:1994).
[088] O desempenho do painel foi finalmente validada mediante a realização de um exercício de perfil usando 3 vezes os mesmos lotes de composições de biomassa de microalgas rica em proteína; uma vez que o painel foi considerado discriminante, consensual e reprodutível (método descrito em: Pagès, J., Lê, S., Husson, F., Une approche statistiques de la performance en analyse sensorielle descriptive [A statistical approach to performance in descriptive sensory analysis], Sciences des aliments, 26(2006), 446-469), a ferramenta pode ser usada para a análise sensorial dos diversos lotes de composições de biomassa de microalgas rica em proteína, usando o método QDA®.
Perfil sensorial
[089] O painel analisa cada composição de biomassa de microalgas rica em proteína, uma após a outra em escalas de intensidade para cada descritor.
[090] O questionário para uma sessão de perfil (para 1 amostra) é a seguinte:
Figure img0003
Figure img0004
[091] São realizadas análises de variância (ANOVAs) a fim de se avaliar a capacidade de discriminação dos descritores (descritores em que o valor p associado ao teste de Fisher é menor do que 0,20 para o efeito de Composição no modelo Descritor ~ Composição + Membros do painel).
[092] O efeito de composição é interpretado como a capacidade de discriminação dos descritores: se não houver efeito (Probabilidade Crítica > 0,20), os vários lotes das composições não foram discriminados de acordo com este critério.
[093] Quanto menor for a probabilidade crítica, mais discriminante o descritor.
[094] O descritor de tinta se destacou como um dos descritores mais significativos para caracterizar a aceitabilidade de um lote; a nota obtida para este descritor servirá para a classificação sensorial.
[095] Portanto, esta classificação serve então como base para o estudo do perfil analítico dos compostos orgânicos voláteis e para a seleção de moléculas responsáveis pela má qualidade organoléptica das composições de biomassa de microalgas.
[096] Deste modo, é determinado o perfil dos compostos orgânicos voláteis das composições de biomassa de microalgas. É determinado por qualquer método conhecido dos peritos na técnica e, preferencialmente, por SPME/GC-MS, como foi detalhado acima.
[097] A análise dos compostos voláteis origina cromatogramas GC-MS muito complexos, com um número de picos muito elevado. Por meio de análises de variância e de regressões lineares, são selecionados os compostos orgânicos voláteis que melhor estão correlacionados com os resultados obtidos para a matriz sensorial e com o odor de tinta.
[098] Assim, um perfil organoléptico otimizado está associado e é caracterizado por um perfil analítico de compostos orgânicos voláteis.
[099] Em uma forma de realização preferida, os vários compostos orgânicos selecionados serão considerados em termos do seu conteúdo total, em comparação com composições de referência, especialmente conforme definidas acima. Em particular, será considerada e comparada a área de superfície total dos picos cromatográficos correspondentes aos compostos orgânicos voláteis selecionados. 3. Modelo simplificado baseado em quatro compostos orgânicos voláteis que têm um impacto sobre o odor global
[100] Nesta forma de realização preferida, a empresa requerente descobriu que é vantajosamente possível estabelecer um valor de aroma global para as composições de biomassa de microalgas rica em proteína possuindo um perfil sensorial optimizado, cujo valor total é baseado em 4 compostos orgânicos voláteis escolhidos a partir dos 11 compostos orgânicos acima identificados.
[101] Estes compostos orgânicos voláteis são selecionados com base no seu critério de limiar olfativo baixo. O valor de aroma global é então estabelecido de acordo com a relação:
[102]Valor de aroma global = ∑ □ dos valores de aroma individual de 3,5-octadien-2-ol (ou 3-octen-2-ona), 1- octen-3-ol, 3,5-octadien-2-ona e (E,E)-2,4-nonadienal.
[103] FV Total =∑ FV(3,5-octadien-2-ol), FV(1-octen- 3-ol), FV(3,5-octadien-2-ona), e FV [(E,E)-2,4-nonadienal],
[104] em que FV = Concentração do composto x / limiar olfativo do composto x
[105] Tal como será mostrado nos exemplos abaixo, as composições de biomassa de microalgas rica em proteína possuindo um valor de aroma global baixo entre 0 e 40%, em relação ao de uma composição de biomassa de microalgas de referência organoleticamente inaceitável, são garantidas terem um perfil sensorial optimizado.
[106] A invenção será entendida mais claramente a partir dos exemplos que se seguem, que são entendidos para serem ilustrativos e não limitativos.
EXEMPLOS Exemplo 1. Definição do teste sensorial
[107] A percepção de uma composição de biomassa de microalgas rica em proteína é determinada por solubilização em água, o meio neutro por excelência.
[108] Foi então formado um painel sensorial para avaliar, de acordo com a metodologia estabelecida acima, as propriedades sensoriais de vários lotes de biomassa de microalgas rica em proteína, preparados de acordo com os ensinamentos do pedido de patente WO 2010/045368.
[109] Foram testados 18 lotes de biomassa de microalgas: lote 11, lote 12, lote 14, lote 33, lote 34, lote 42, lote 43, lote 44, lote 54, lote 81, lote 82, lote 83, lote 84, lote 85, lote 92, lote 93, lote 111, lote 112.
[110] O resultado de tal caracterização dos lotes é dada com base no descritor muito característico do odor de "tinta". Processamento de dados:
[111] As análises foram realizadas usando-se o software R (venda livre):
[112] R versão 2.14.1 (2011-12-22)
[113] Copyright (C) 2011 The R Foundation for Statistical Computing
[114] ISBN 3-900051-07-0
[115] Plataforma: i386-pc-mingw32/i386 (32-bit)
[116] O software é um ambiente de trabalho que requer a introdução de módulos contendo as funções de cálculo.
[117] Os módulos usados para o processamento de dados de perfil são os seguintes:
[118] - Para a ANOVA: Package car versão 2.0-12
[119] - Para a Regressão Linear: Package stats versão 2.14-1
[120] A ANOVA mostrou resultados significativamente diferentes de um produto para o outro:
[121] Tabela de Anova (Análises do Tipo III)
[122] Resposta: Dados [,tinta]
Figure img0005
[123] Os valores médios obtidos, por produto, são como se segue:
Figure img0006
Figure img0007
[124] Figura 1 apresenta a classificação dos diferentes lotes tendo em conta a nota dada pelos membros do painel com base neste critério de "tinta".
[125] A classificação é assim como segue em ordem crescente de nota de "tinta":
[126] lote 92 > lote 111 > lote 12 > lote 112 > lote 43 > lote 44 > lote 33 > lote 11 > lote 81 > lote 14 > lote 82 > lote 34 > lote 42 > lote 93 > lote 84 > lote 54 > lote 83 > lote 85.
[127] Lote 92 é portanto definido como o controle de qualidade organoléptica aceitável para este descritor de tinta.
[128] Lote 85, por sua vez, é definido como o controle de qualidade organoléptica inaceitável para este descritor de tinta.
[129] Tendo sido estabelecida agora esta classificação organoléptica, é possível analisar eficientemente, de acordo com a invenção, o perfil SPME/GC-MS destas amostras, com vista a identificar os alvos moleculares de referência que vão possibilitar definir a qualidade das composições produzidas. Exemplo 2. Identificação dos compostos orgânicos voláteis (COVs), por SPME / GC-MS, associada a classificações organolépticas inaceitável de "odor de tinta"
[130] A fim de se realizarem as análises SPME/GC-MS dos 18 lotes variados de composições de biomassa de microalgas, o processo é realizado como indicado acima em suspensão aquosa. Análise dos compostos voláteis em produtos em suspensão aquosa
[131] Os compostos voláteis foram analisados em suspensão aquosa, a fim de reduzir o efeito da matriz, e um padrão interno foi adicionado.
[132] Visualmente, como mostrado na figura 2, os cromatogramas de GC-MS continuam a ser muito complexos, com um número muito elevado de compostos.
[133] A primeira abordagem consiste em comparar os perfis cromatográficos, na integração de todos os picos entre 3,2 e 35,0 min (TIC, "corrente total de íons"), e em verificar se esses resultados "não tratados" permitem uma associação com a classificação sensorial.
[134] A comparação dos perfis cromatográficos e a integração de todos os picos entre 3,2 e 35,0 min (TIC, "corrente total de íons") - ver figura 3 - não permitem uma associação com a classificação sensorial.
[135] Devido à elevada complexidade dos cromatogramas, é difícil distinguir visualmente produtos aceitáveis de produtos inaceitáveis.
[136] A integração das áreas de superfície dos cromatogramas também não permite fazer uma distinção clara entre produtos aceitáveis e inaceitáveis.
[137] Além disso, esta abordagem com dados não tratados não permite que seja conhecido qual (ou quais) o(s) composto(s) volátil(eis) é(são) responsável(eis) pelas notas negativas ou sabores ou odores indesejáveis, nem para monitorizar especificamente a sua aparência, nem ter qualquer informação sobre como eles são formados.
[138] A segunda abordagem consistiu em adicionar à lista de compostos orgânicos voláteis do modelo acima pela listagem dos compostos voláteis identificados nos cromatogramas SPME / GC-MS que aparecem para acompanhar as classificações organolépticas.
[139] A partir da análise de GC-MS-olfatométrica de seis amostras, certos compostos voláteis se destacaram; predominantemente aldeídos derivados da degradação da fração lipídica das composições de biomassa de microalgas rica em proteína, que são aparentemente responsáveispelas notas negativas ou sabores ou odores indesejáveis.
[140] Nesta segunda abordagem, foi assim decidido monitorizar algumas destas moléculas selecionadas por GC-MS- olfatometria e GC-MS dos vários produtos.
[141] A fim de se selecionarem os compostos orgânicos voláteis representativos, foi realizada uma série de análises de variância de modo a manter apenas os compostos orgânicos voláteis que de fato diferem de uma composição para a outra, dada a variabilidade da medição de SPME-GC/MS.
[142] O modelo é o seguinte: Composto orgânico volátil ~Composição; são retidos somente os compostos para os quais a probabilidade crítica associada ao teste de Fisher é menor do que 0,05.
[143] São aqui apresentados dois exemplos de ANOVA dos compostos 2-nonenal e 3,5-octadien-2-ona: 2-nonenal Tabela de Anova (Análises do Tipo III)
Figure img0008
3,5-Octadien-2-ona (pico 2) 143.5- tadien-2 -ona (pico 2) Tabela de Anova (Análises do Tipo III)
Figure img0009
[144] Verifica-se para o primeiro composto orgânico volátil (2-nonenal) que o efeito da composição é significativo (probabilidade crítica <0,00025), o que significa que há diferenças significativas entre os produtos dada a variabilidade das medições.
[145] No segundo composto (3,5-octadien-2-ona, pico 2), o efeito da composição não é significativo (probabilidade crítica >0,05). Assim, para o estudo, 2-nonenal será mantido, mas não 3,5-octadien-2-ona.
[146] Depois desta primeira seleção de compostos voláteis, são estabelecidos modelos de regressão linear: isto envolve a explicação da variável "tinta" para todos os compostos, um a um.
[147] Por consequência, são construídos tantos modelos quantos os compostos. O modelo é o seguinte: Tinta ~ Composto.
[148] A fim de se selecionar a lista final dos compostos identificados como responsáveis pelas classificações organolépticas inaceitáveis (notas negativas) observadas, serão mantidos somente os compostos para os quais a probabilidade crítica associada ao teste de Student é menor do que 0,05 (teste da nulidade do coeficiente da regressão linear).
[149] O R2 associado ao modelo é um indicador para a quantificação da percentagem de variabilidade expressa pelo composto. Pode não ser muito alto, mas é significativo; por esta razão, é escolhido para selecionar os compostos de acordo com a probabilidade crítica (de forma a não negligenciar um composto que tenha uma influência pequena mas significativa sobre o odor de tinta descrito pelo painel). Coeficientes: Estimador Valor std valor t Pr(>|t|) (ordenada -0,669037 0,138335 -4,836 0,000182 na origem) Hexanal 0,019196 0,002593 7,404 1,49 x 10-06 Erro padrão residual: 0,4444 em 16 graus de liberdade R2 Múltiplo: 0,7741, R2 ajustado: 0,76 F Estatístico: 54,82 para 1 e 16 graus de liberdade, probabilidade crítica: 1,491 x 10-06 Coeficientes: Estimador Valor std valor t Pr(>|t|) (ordenada -0,45338 0,24852 -1,824 0,0868 na origem) 3,5- 0,04346 0,01614 2,693 0,0160 octadien- 2-ona (pico 1) Erro padrão residual: 0,7756 para 16 graus de liberdade R2 Multiplo: 0,3119, R2 ajustado: 0,2689 F Estatístico: 7,252 para 1 e 16 graus de liberdade, probabilidade crítica: 0,016
[150] Para estes 2 compostos, hexano e 3,5-octadien- 2-ona (pico 1), a probabilidade crítica é inferior a 0,05, portanto eles estão relacionados com o odor de tinta descrito pelo painel.
[151] Os 11 compostos do estudo demonstraram estar bem correlacionados com o descritor "tinta".
[152] Essas 11 moléculas selecionadas estão listadas na tabela abaixo:
Figure img0010
Figure img0011
* limiar olfativo de acordo com H. Jelen, Journal of Chromatographic Science, vol. 44, agosto de 2006 ** valor estimado
[153] Salvo indicação em contrário, o limiar olfativo é adotado de www.leffingwell.com/odorthre.htm
[154] Como mostrado na figura 4, os produtos inaceitáveis parecem ser muito mais cheios com estes 11 compostos voláteis do que as amostras aceitáveis.
[155] A análise estatística confirma que todas as 11 moléculas são significativas (excepto o segundo pico de 3,5- octadien-2-ona aos 21,24 min).
[156] Em conclusão, a monitorização destas 11 moléculas (pentanal, hexanal, 1-octen-3-ol, 2-pentilfurano, octanal, 3,5-octadien-2-ol (ou 3-octen-2-ona), 3,5-octadien- 2-ona (primeiro dos 2 picos), nonanal, 2-nonenal, (E,E)-2,4- nonadienal, ácido hexanóico) faz com que seja possível distinguir produtos aceitáveis de produtos inaceitáveis sobre a base do critério "tinta", através da análise das substâncias voláteis do produto colocado em suspensão aquosa. Criando o modelo simplificado
[157] A fim de simplificar o modelo, é decidido manter os compostos que têm o maior impacto no odor global das composições de biomassa de microalgas rica em proteína de acordo com a invenção, isto é os compostos com limiares olfativos extremamente baixos.
[158] Estes valores de aroma individual (= concentração do composto/limiar olfativo dos mesmos) são representados na figura 5.
[159] Tendo em conta a concentração e o limiar olfativo de cada composto, quatro compostos parecem ser particularmente importantes para as propriedades sensoriais das composições de biomassa de microalgas rica em proteína, de acordo com a invenção: 3,5-octadien-2-ol ou 3-octen-2-ona (floral-raspas), 1-octen-3-ol (cogumelo-solvente, tinta, cogumelo-tinta), 3,5-octadien-2-ona (o primeiro dos dois picos, floral), e (E,E)-2,4-nonadienal (oleoso-oxidado).
[160] Os descritores individuais destes quatro compostos reúnem muito bem o odor global sentido das composições de biomassa de microalgas rica em proteína inaceitáveis de acordo com a invenção.
[161] Consequentemente, é possível estabelecer um valor de aroma global para as composições de biomassa de microalgas rica em proteína com base nestes quatro compostos:
[162]Valor de aroma global = ∑ dos valores de aroma individual de 3,5-octadien-2-ol (ou 3-octen-2-ona), 1-octen- 3-ol, 3,5-octadien-2-ona e (E,E)-2,4-nonadienal.
[163] Como mostrado na figura 6, é daqui em diante fácil de classificar os vários lotes de composições de biomassa de microalgas rica em proteína em duas famílias:
[164] - aceitável: estes são os lotes 111, 92, 12, 112, 43, 33, 33, 81, 14, 44, 82 e 34;
[165] - inaceitável: estes são os lotes 83, 84 e 85.
[166] Deve ser considerado que o lote 85, que é um lote de qualidade organoleticamente inaceitável de acordo com o exemplo 1, tem um valor de aroma de 100%.
[167] Os lotes aceitáveis, portanto, têm de fato um valor de aroma global entre 0 e 40% em comparação com os de uma composição de farinha de microalgas de referência inaceitável, neste caso o lote 85.
[168] Os lotes 42, 93 e 54 têm um valor de aroma global, baseado nos quatro compostos organolépticas, muito maior que o do lote 85 de referência.
[169] No entanto, deve mencionar-se que o lote 85 foi definido como inaceitável com base unicamente do descritor de "tinta".
[170] Os lotes 42, 93 e 54, em termos de análise de compostos orgânicos voláteis, são particularmente afetados, sem dúvida por um efeito sinérgico entre os compostos orgânicos voláteis.
[171] Isto não diminui o fato de que o modelo simplificado com base nesta seleção dos 4 compostos orgânicos voláteis a partir da referência 11 faz com que seja possível classificar as composições de biomassa de microalgas rica em proteína em duas famílias distintas e facilmente identificáveis.
Descrição das figuras
[172] FIGURA 1: Nota média obtida para o descritor de tinta para cada uma das composições
[173] FIGURA 2: Os cromatogramas (TIC) dos compostos orgânicos voláteis retirados de amostras por SPME em suspensão aquosa
[174] FIGURA 3: Integração de todos os picos dos cromatogramas da zona 3,2-35,0 min (SPME em suspensão aquosa)
[175] FIGURA 4: Conteúdo relativo dos 11 compostos selecionados tirado do espaço amostral por SPME em suspensão aquosa
[176] FIGURA 5: Valores de aroma individual para os 11 compostos selecionados
[177] FIGURA 6: Valor de aroma global baseado em 4 compostos

Claims (7)

1. MÉTODO PARA DETERMINAR A QUALIDADE ORGANOLÉPTICA DE UMA COMPOSIÇÃO DE BIOMASSA DE MICROALGAS RICA EM PROTEÍNA, compreendendo a determinação do conteúdo de 11 compostos orgânicos voláteis, sendo os 11 compostos orgânicos voláteis pentanal, hexanal, 1-octen-3-ol, 2- pentilfurano, octanal, 3,5-octadien-2-ol (ou 3-octen-2-ona), 3,5-octadien-2-ona, nonanal, 2-nonenal, (E,E)-2,4-nonadienal e ácido hexanóico, caracterizado pela biomassa de microalgas compreender mais do que 50% de proteínas por peso seco de biomassa e em que as microalgas são do gênero Chlorella.
2. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo conteúdo total dos 11 compostos orgânicos voláteis ser determinado por SPME / GC.
3. MÉTODO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizado pelo conteúdo dos 11 compostos orgânicos voláteis ser determinado pela área da superfície dos picos cromatográficos após SPME / GC.
4. MÉTODO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo conteúdo dos 11 compostos orgânicos voláteis, em particular a área da superfície dos picos cromatográficos correspondente aos 11 compostos orgânicos voláteis, ser comparada com a de uma referência de biomassa ou biomassas de microalgas rica em proteína, para a qual as qualidades organolépticas estão definidas, em particular como inaceitável ou aceitável.
5. MÉTODO PARA DETERMINAR A QUALIDADE ORGANOLÉPTICA DE UMA COMPOSIÇÃO DE BIOMASSA DE MICROALGAS RICA EM PROTEÍNA, compreendendo a determinação do conteúdo de 4 compostos orgânicos voláteis, sendo estes 4 compostos orgânicos 3,5-octadien-2-ol (ou 3-octen-2-ona), 1-octen-3-ol, 3,5-octadien-2-ona e (E,E)-2,4-nonadienal e calcular um valor de aroma global a partir da soma dos valores de aroma individual (=concentração do composto / limiar olfativo) de 3,5-octadien-2-ol (ou 3-octen-2-ona), 1-octen-3-ol, 3,5- octadien-2-ona e (E,E)-2,4-nonadienal, caracterizado pela biomassa de microalgas compreender mais que 50% de proteínas por peso seco de biomassa e as microalgas serem do gênero Chlorella.
6. MÉTODO PARA A SELEÇÃO DE COMPOSIÇÕES DE BIOMASSA DE MICROALGAS RICA EM PROTEÍNA QUE TEM UM PERFIL ORGANOLÉPTICO ACEITÁVEL, caracterizado pela qualidade organoléptica ser determinada pelo método tal como reivindicado em qualquer uma das reivindicações 1 a 5 e em que a composição é selecionada quando o valor de aroma global calculado pelo método tal como reivindicado na reivindicação 7 encontra-se entre 0 e 40% em relação ao de uma composição de biomassa de microalgas de referência organoleticamente inaceitável, e em que a biomassa de microalgas compreende mais do que 50% de proteínas por peso seco de biomassa e em que as microalgas são do gênero Chlorella.
7. MÉTODO, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 5, caracterizado por as microalgas serem escolhidas a partir do grupo formado por Chlorella vulgaris, Chlorella sorokiniana e Chlorella protothecoides.
BR112016002819-8A 2013-08-07 2014-08-06 método para determinar a qualidade organoléptica de uma composição de biomassa de microalgas rica em proteína; e método para a seleção de composições de biomassa de microalgas rica em proteína que tem um perfil organoléptico aceitável BR112016002819B1 (pt)

Applications Claiming Priority (3)

Application Number Priority Date Filing Date Title
FR1357843 2013-08-07
FR1357843A FR3009619B1 (fr) 2013-08-07 2013-08-07 Compositions de biomasse de microalgues riches en proteines de qualite sensorielle optimisee
PCT/FR2014/052046 WO2015019023A1 (fr) 2013-08-07 2014-08-06 Compositions de biomasse de microalgues riches en proteines de qualite sensorielle optimisee

Publications (2)

Publication Number Publication Date
BR112016002819A2 BR112016002819A2 (pt) 2017-08-01
BR112016002819B1 true BR112016002819B1 (pt) 2021-07-06

Family

ID=49546577

Family Applications (1)

Application Number Title Priority Date Filing Date
BR112016002819-8A BR112016002819B1 (pt) 2013-08-07 2014-08-06 método para determinar a qualidade organoléptica de uma composição de biomassa de microalgas rica em proteína; e método para a seleção de composições de biomassa de microalgas rica em proteína que tem um perfil organoléptico aceitável

Country Status (10)

Country Link
US (1) US10119947B2 (pt)
EP (2) EP3736569A1 (pt)
JP (1) JP6465885B2 (pt)
KR (1) KR20160030570A (pt)
CN (1) CN105474010B (pt)
BR (1) BR112016002819B1 (pt)
ES (1) ES2816998T3 (pt)
FR (1) FR3009619B1 (pt)
MX (1) MX361326B (pt)
WO (1) WO2015019023A1 (pt)

Families Citing this family (3)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
CN112418919B (zh) * 2020-11-10 2022-10-28 江南大学 一种基于大数据筛选和仪器分析的大闸蟹品质评价方法
US20220204571A1 (en) * 2020-12-31 2022-06-30 Sophie's BioNutrients Pte. Ltd. System and method for using peptides for flavorings
CN113687001B (zh) * 2021-09-24 2022-05-17 广东省农业科学院茶叶研究所 茶叶萎凋程度的检测方法

Family Cites Families (231)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
US2506540A (en) 1948-05-29 1950-05-02 Monsanto Chemicals Vanillin purification by distillation
US2967700A (en) 1955-03-01 1961-01-10 Morris B Kallison Whipping and aerating apparatus
US2874171A (en) 1957-02-20 1959-02-17 Upjohn Co Recovery of ergosterol
US3142135A (en) 1962-02-13 1964-07-28 Grain Processing Corp Production of carotenoids by the cultivation of algae
US3280502A (en) 1962-11-07 1966-10-25 Hoffmann La Roche Process for the preparation of lutein
US3320693A (en) 1964-09-11 1967-05-23 Kk Method of industral cultivation of unicellular green algae such as chlorella
JPS4517146Y1 (pt) 1968-01-20 1970-07-15
US3962466A (en) 1972-11-10 1976-06-08 Dai-Nippon Sugar Manufacturing Co., Ltd. Method for treatment of microorganisms
JPS5328989B2 (pt) 1974-05-27 1978-08-17
US4005062A (en) 1974-08-16 1977-01-25 Standard Oil Company (Indiana) Process of preparing water-soluble whippable extract from microorganism protein material
US3957578A (en) 1975-01-03 1976-05-18 Hokkaido Sugar Co., Ltd. Method for manufacture of α-galactosidase by microorganism
US4103039A (en) 1976-08-18 1978-07-25 Fuji Oil Company, Limited Method for producing improved shea fat
US4104460A (en) 1976-09-14 1978-08-01 Nobuyasu Hasebe Method for treating seaweed with hydrogen peroxide or hydrogen peroxide compound
US4182777A (en) 1977-03-01 1980-01-08 Standard Oil Company (Indiana) Co-dried yeast whey food product and process
US4140805A (en) 1977-03-11 1979-02-20 Edwards George W Process of producing useful materials from plants
IL57712A (en) 1979-07-03 1984-02-29 Yissum Res Dev Co Cultivation of halophilic algae of the dunaliella species for the production of fuel-like product
US4273790A (en) 1979-11-19 1981-06-16 Standard Brands Incorporated Low-fat liquid spread and process
US4324067A (en) 1980-02-04 1982-04-13 The University Of Arizona Foundation Algal cell harvesting
US4373434A (en) 1980-11-24 1983-02-15 Simon-Rosedowns Limited Apparatus for the expansion of oil bearing seeds
JPS57150379A (en) 1981-03-14 1982-09-17 Kikujiro Ishiwatari Crushing of cell membrane of chlorella
US4390561A (en) 1981-11-04 1983-06-28 The Procter & Gamble Company Margarine oil product
JPS58184264A (ja) 1982-04-21 1983-10-27 Japan Storage Battery Co Ltd 鉛蓄電池極板の製造法
JPS5955172A (ja) 1982-09-22 1984-03-30 Yamagataya Noriten:Kk 藻類を原料とする加工食品の製造方法
JPS6075244A (ja) 1983-10-01 1985-04-27 Shimadaya Honten:Kk めん類の製造法
US4519845A (en) 1984-02-09 1985-05-28 Uop Inc. Separation of sucrose from molasses
JPS6158660A (ja) 1984-08-30 1986-03-25 シ−・エス工業株式会社 吸着剤用藻類顆粒の製造法
US4627192B1 (en) 1984-11-16 1995-10-17 Sigco Res Inc Sunflower products and methods for their production
US4744996A (en) 1985-03-01 1988-05-17 Rakow Allen L Method for producing microalgae based foodstuff
US5900370A (en) 1985-07-01 1999-05-04 Bio-Technical Resources Process for the production of ascorbic acid with prototheca
US5792631A (en) 1985-07-01 1998-08-11 Dcv, Inc. Microbial process for the production of ascorbic acid using Chlorella protothecoides
US5001059A (en) 1985-07-01 1991-03-19 Bio-Technical Resources, Inc. L-ascorbic acid production in microorganisms
US4673490A (en) 1985-08-23 1987-06-16 Fluor Corporation Process for separating crude oil components
JPS6261568A (ja) 1985-09-13 1987-03-18 Iwao Sasaki クロレラ微粉末の製造方法
DK159839C (da) * 1986-09-05 1991-04-29 Slagteriernes Forskningsinst Sondeenhed til automatisk bestemmelse af kvalitetsegenskaber ved koedemner
FR2626584B1 (fr) 1988-01-28 1990-07-13 Agronomique Inst Nat Rech Sequence ars efficace chez yarrowia lipolytica et procede pour sa preparation
JPH01215262A (ja) 1988-02-25 1989-08-29 Yoshio Tanaka 真空包装ドナリエラ藻体含有食品の製造法
US4901635A (en) 1988-04-08 1990-02-20 Anderson International Corp. Apparatus and method for the continuous extrusion and partial deliquefaction of oleaginous materials
US5340742A (en) 1988-09-07 1994-08-23 Omegatech Inc. Process for growing thraustochytrium and schizochytrium using non-chloride salts to produce a microfloral biomass having omega-3-highly unsaturated fatty acids
US6977167B2 (en) 1988-09-07 2005-12-20 Martek Biosciences Corporation Mixtures of omega-3 and omega-6 highly unsaturated fatty acids from euryhaline microorganisms
US20060094089A1 (en) 1988-09-07 2006-05-04 Martek Biosciences Corporation Process for the heterotrophic production of microbial products with high concentrations of omega-3 highly unsaturated fatty acids
US5130242A (en) 1988-09-07 1992-07-14 Phycotech, Inc. Process for the heterotrophic production of microbial products with high concentrations of omega-3 highly unsaturated fatty acids
ES2053190T3 (es) 1989-05-10 1994-07-16 Davy Mckee London Proceso de hidrodesulfuracion en varias etapas.
DE4004800C2 (de) 1990-02-13 2000-12-21 Aventis Cropscience Gmbh Im Habitus und Ertrag veränderte transgene Pflanzen
US5407957A (en) 1990-02-13 1995-04-18 Martek Corporation Production of docosahexaenoic acid by dinoflagellates
US7053267B2 (en) 1990-03-16 2006-05-30 Calgene Llc Plant seed oils
US5244921A (en) 1990-03-21 1993-09-14 Martek Corporation Eicosapentaenoic acids and methods for their production
US5164308A (en) 1990-05-21 1992-11-17 Martek Corporation Preparation of labelled triglyceride oils by cultivation of microorganisms
JPH0477189A (ja) 1990-07-17 1992-03-11 Matsushita Electric Ind Co Ltd 磁気記録媒体のスキュー歪み測定方法及び測定装置
US6483008B1 (en) 1990-08-15 2002-11-19 Calgene Llc Methods for producing plants with elevated oleic acid content
JPH04108374A (ja) 1990-08-27 1992-04-09 Kyowa Hakko Kogyo Co Ltd 新規クロレラ属藻類
US5945585A (en) 1990-12-20 1999-08-31 E. I. Du Pont De Nemours And Company Specific for palmitoyl, stearoyl and oleoyl-alp thioesters nucleic acid fragments encoding acyl-acp thiosesterase enzymes and the use of these fragments in altering plant oil composition
CU22292A1 (es) 1991-05-07 1995-01-31 Cigb Procedimiento para la obtencion a escala industrial de licores de fructosa-glucosa a partir de sacarosa e instalacion para el mismo
US5455167A (en) 1991-05-21 1995-10-03 Calgene Inc. Medium-chain thioesterases in plants
ATE121594T1 (de) 1991-08-16 1995-05-15 Quest Int Nederland Kaugummi mit verbesserter geschmacksfreigabe.
JP3143636B2 (ja) 1991-09-11 2001-03-07 株式会社サン・クロレラ 細胞破裂によるクロレラ細胞壁の破砕方法
DK201791D0 (da) 1991-12-17 1991-12-17 Boerge Holm Christensen Fremgangsmaade til coatning
FR2686619B1 (fr) 1992-01-28 1995-07-13 Commissariat Energie Atomique Procede de production selective de lipides poly-insatures a partir d'une culture de micro-algues du type porphyridium et cuve utilisee dans ce procede.
US5236721A (en) 1992-02-12 1993-08-17 Columbia Laboratories, Inc. Sustained flavorant release composition, chewable structure incorporating same and method for making same
DE4209779C1 (pt) 1992-03-26 1993-07-15 Oelmuehle Leer Connemann Gmbh & Co., 2950 Leer, De
JPH05276963A (ja) 1992-03-31 1993-10-26 Kawasaki Steel Corp ドコサヘキサエン酸の製造方法
US5656310A (en) 1992-10-02 1997-08-12 Santillo, Jr.; Humbart D. Process for producing a powdered food supplement
JP3090810B2 (ja) 1993-03-09 2000-09-25 日本碍子株式会社 パルミトオレイン酸の製造方法
JPH078215A (ja) 1993-04-30 1995-01-13 Kawasaki Steel Corp ドコサヘキサエン酸含有海洋性微細藻類食品素材およびその製造方法
JPH078217A (ja) 1993-06-29 1995-01-13 Kawasaki Steel Corp ドコサヘキサエン酸含有健康食品およびその製造方法
JP3506740B2 (ja) 1993-09-09 2004-03-15 日清オイリオ株式会社 ドコサヘキサエン酸含有藻類の培養方法
US5910630A (en) 1994-04-06 1999-06-08 Davies; Huw Maelor Plant lysophosphatidic acid acyltransferases
IL110396A (en) 1994-07-21 2000-07-16 Univ Ben Gurion Coloring materials derived from red microalgae their preparation and compositions containing them
US5756135A (en) 1994-09-15 1998-05-26 Robert D. Seeley Trust Water insoluble yeast solids product and process of making same
US5508057A (en) 1995-01-12 1996-04-16 The Procter & Gamble Company Process of making monomodal nut butters and spreads
US5680812A (en) 1995-01-23 1997-10-28 Linsgeseder; Helmut Apparatus and method for the extraction of vegetable oils
ATE290580T1 (de) 1995-06-06 2005-03-15 Agro Man Group Inc Biologisch abbaubare schmierflüssigkeiten auf pflanzlicher basis
JPH0912466A (ja) 1995-06-26 1997-01-14 Yakult Honsha Co Ltd 脂質の吸収阻害・排出促進剤および高脂肪食品
US5685218A (en) 1995-07-14 1997-11-11 The French Oil Mill Machinery Co. Method for treating oil-bearing material
JPH09252707A (ja) 1996-03-22 1997-09-30 Media Internatl:Kk パンの製造法
US6255505B1 (en) 1996-03-28 2001-07-03 Gist-Brocades, B.V. Microbial polyunsaturated fatty acid containing oil from pasteurised biomass
ZA973565B (en) 1996-04-26 1998-10-26 Du Pont Soybean oil having high oxidative stability
US5595965A (en) 1996-05-08 1997-01-21 The Lubrizol Corporation Biodegradable vegetable oil grease
US6312623B1 (en) 1996-06-18 2001-11-06 Abb Power T&D Company Inc. High oleic acid oil compositions and methods of making and electrical insulation fluids and devices comprising the same
ATE305048T1 (de) 1997-08-01 2005-10-15 Martek Biosciences Corp Dha-enthaltende naehrzusammensetzungen und verfahren zu deren herstellung
US6344231B1 (en) 1997-09-29 2002-02-05 Nihon Tobacco Inc. Yeast extract composition, yeast for obtaining the same, and process for producing yeast extract composition
ID28631A (id) 1998-01-21 2001-06-21 Univ Maryland Biotech Inst Metoda untuk menyuburkan kehidupan larva ikan dengan bahan gizi makanan
US6139897A (en) 1998-03-24 2000-10-31 Kao Corporation Oil or fat composition containing phytosterol
JP2000175696A (ja) 1998-12-14 2000-06-27 Yoshio Tanaka ドナリエラ藻体の抽出方法
US6166231A (en) 1998-12-15 2000-12-26 Martek Biosciences Corporation Two phase extraction of oil from biomass
JP3540951B2 (ja) 1998-12-17 2004-07-07 麒麟麦酒株式会社 高クロロフィル含有耐塩性クロレラ
AU4211600A (en) 1999-04-10 2000-11-14 Maxygen, Inc. Modified lipid production
JP2001095560A (ja) * 1999-09-17 2001-04-10 Ryohei Rin 特殊成分クロレラの製法及び装置
JP2001095481A (ja) 1999-10-01 2001-04-10 Shizuji Katano 脱脂乳ペプチド入り乳製品乳酸菌飲料
US6294207B1 (en) 1999-11-01 2001-09-25 Albion International, Inc. Calcium fortification of oleaginous foods
EP2295595B1 (en) 2000-01-19 2019-05-01 DSM IP Assets B.V. Solventless extraction process
US6338866B1 (en) 2000-02-15 2002-01-15 Applied Food Biotechnology, Inc. Pet foods using algal or fungal waste containing fatty acids
JP2001292751A (ja) 2000-04-13 2001-10-23 Yaeyama Shokusan Kk クロレラ飲料用粉末
PT1276885E (pt) 2000-04-21 2007-10-26 Martek Biosciences Corp Conversão trófica de algas fototróficas estritas, através de engenharia metabólica
WO2002008403A2 (en) 2000-07-25 2002-01-31 Calgene Llc Nucleic acid sequences encoding beta-ketoacyl-acp synthase and uses thereof
EP1178118A1 (en) 2000-08-02 2002-02-06 Dsm N.V. Isolation of microbial oils
JP2002125601A (ja) 2000-10-25 2002-05-08 Kurorera Kogyo Kk 動物性プランクトン用餌料とその製造方法及び動物性プランクトンの培養方法
PL200545B1 (pl) 2000-11-21 2009-01-30 Unilever Nv Jadalny produkt do smarowania pieczywa oraz sposób jego wytwarzania
US6620427B2 (en) 2001-04-24 2003-09-16 Abbott Laboratories Method for improving bone mineralization
JP2003023966A (ja) 2001-07-16 2003-01-28 Health Vision:Kk 緑茶組成物及びその製造方法
WO2003037884A2 (en) 2001-09-19 2003-05-08 Archer-Daniels-Midland Company Process for separation of tocopherols
US20030229237A1 (en) 2002-04-02 2003-12-11 Haas Michael J. In situ production of fatty acid alkyl esters
CA2484334C (en) 2002-05-03 2013-01-22 Martek Biosciences Corporation High-quality lipids and methods for producing by enzymatic liberation from biomass
RU2316755C2 (ru) * 2002-05-28 2008-02-10 ФОСС Аналитикал А/С Способ и спектрометр для количественного определения компонента в образце
MXPA05000195A (es) 2002-06-21 2005-04-08 Monsanto Technology Llc Secuencias de acido nucleico relacionadas con tioesterasa y metodos de uso para la produccion de plantas con composicion modificada de acido graso.
JP2004049079A (ja) 2002-07-18 2004-02-19 Ishikawa Tennen Yakko Busshitsu Kenkyu Center ウルトラミクロ化クロレラ製剤
US7232935B2 (en) 2002-09-06 2007-06-19 Fortum Oyj Process for producing a hydrocarbon component of biological origin
EP1566999A4 (en) 2002-11-18 2007-11-21 Monsanto Technology Llc MORE PRODUCTION OF OIL AND PROTEIN IN PLANTS BY INTERRUPTION OF THE PHENYLPROPANOID PATH
US7098193B2 (en) 2003-02-18 2006-08-29 The Procter & Gamble Company Compositions comprising a defined polysaccharide component
JP2004275173A (ja) 2003-03-17 2004-10-07 Teruo Kumagai 生大豆の微粉末を用いた豆乳の製造法。
US7115286B2 (en) 2003-07-08 2006-10-03 Sarah Meredith Compositions and methods for an orally administered inhibitor of biting insects
EP1673457B1 (en) 2003-08-25 2011-05-18 Funzyme Biotechnologies SA Novel fungal proteins and nucleic acids encoding same
PE20050398A1 (es) 2003-09-22 2005-06-03 Rosales Jose Antonio Socla Proceso y purificacion de las xantofilas de marigold
US7264813B2 (en) 2003-09-24 2007-09-04 Nikken Sohonsha Corporation Therapeutic uses of Dunaliella powder
US7504259B2 (en) 2003-11-12 2009-03-17 E. I. Du Pont De Nemours And Company Δ12 desaturases suitable for altering levels of polyunsaturated fatty acids in oleaginous yeast
US7063957B2 (en) 2004-03-26 2006-06-20 The University Of Hong Kong Methods for production of astaxanthin from the green microalgae Chlorella in dark-heterotrophic cultures
US7364883B2 (en) 2004-05-07 2008-04-29 Yeastern Biotech Co., Ltd. Process for producing poly-unsaturated fatty acids by oleaginous yeasts
US7214297B2 (en) 2004-06-28 2007-05-08 Applied Materials, Inc. Substrate support element for an electrochemical plating cell
JP2006014700A (ja) 2004-07-05 2006-01-19 Masahiro Ogaki クロレラ属の新規株
GB0421937D0 (en) 2004-10-02 2004-11-03 Univ York Acyl CoA synthetases
US7678931B2 (en) 2004-10-22 2010-03-16 Martek Biosciences Corporation Process for preparing materials for extraction
US7879591B2 (en) 2004-11-04 2011-02-01 E.I. Du Pont De Nemours And Company High eicosapentaenoic acid producing strains of Yarrowia lipolytica
US7588931B2 (en) 2004-11-04 2009-09-15 E. I. Du Pont De Nemours And Company High arachidonic acid producing strains of Yarrowia lipolytica
US8685679B2 (en) 2004-11-04 2014-04-01 E I Du Pont De Nemours And Company Acyltransferase regulation to increase the percent of polyunsaturated fatty acids in total lipids and oils of oleaginous organisms
PL1681337T3 (pl) 2005-01-14 2011-05-31 Neste Oil Oyj Sposób wytwarzania węglowodorów
DE102005003624A1 (de) 2005-01-26 2006-07-27 Nutrinova Nutrition Specialties & Food Ingredients Gmbh Herstellung und Anwendung eines antioxidativ wirksamen Extraktes aus Crypthecodinium sp.
CA2598792A1 (en) 2005-03-02 2006-09-08 Metanomics Gmbh Process for the production of fine chemicals
CN101227900A (zh) 2005-05-11 2008-07-23 高级生物营养公司 稳定形式的鱼油
US8048652B2 (en) 2005-05-12 2011-11-01 Martek Biosciences Corporation Biomass hydrolysate and uses and production thereof
WO2006122625A1 (en) 2005-05-19 2006-11-23 Unilever N.V. Nutrition products
PT1741767E (pt) 2005-07-04 2015-11-03 Neste Oil Oyj Processo para o fabrico de hidrocarbonetos de gama diesel
CN1309820C (zh) 2005-08-25 2007-04-11 北京科技大学 一种能够无光照异养生长小球藻的培养方法
WO2007027669A1 (en) 2005-08-29 2007-03-08 Cps Biofuels, Inc. Improved biodiesel fuel, additives, and lubbricants
CN100408656C (zh) 2005-09-28 2008-08-06 中国科学院大连化学物理研究所 一种生物柴油的制备方法
US20070160728A1 (en) 2005-10-13 2007-07-12 Noel Rudie Gluten-free food products including deflavored bean powder
US20070167396A1 (en) 2006-01-19 2007-07-19 Solazyme, Inc. Methods and compositions for cholesterol reduction in mammals
US20090274736A1 (en) 2006-01-19 2009-11-05 Solazyme Inc. Nutraceutical Compositions From Microalgae And Related Methods of Production And Administration
US20070166266A1 (en) 2006-01-19 2007-07-19 Solazyme, Inc. Methods and compositions for improving the health and appearance of skin
JP2007215507A (ja) 2006-02-17 2007-08-30 Kobayashi Pharmaceut Co Ltd スピルリナおよびクロレラ含有食品組成物
US20070218183A1 (en) 2006-03-14 2007-09-20 Bunge Oils, Inc. Oil composition of conjugated linoleic acid
CN100590186C (zh) 2006-03-17 2010-02-17 中国科学院大连化学物理研究所 一种生产生物油脂和生物柴油的方法
US20090291469A1 (en) 2006-04-13 2009-11-26 David Peter R Compositions and Methods for Producing Fermentation Products and Residuals
CN1837352A (zh) 2006-04-29 2006-09-27 清华大学 高密度培养异养小球藻的方法
CN101460609A (zh) 2006-05-12 2009-06-17 亚利桑那州立大学董事会,代表亚利桑那州立大学法人团体利益 新的小球藻属(chlorella)物种及其应用
RU2483057C2 (ru) 2006-06-28 2013-05-27 Ньюселис Инк. Смеси жирных кислот и их применение
CA2663808A1 (en) 2006-09-18 2008-03-27 Qiang Hu Algal medium chain length fatty acids and hydrocarbons
WO2008130372A2 (en) 2006-09-28 2008-10-30 Microbia, Inc. Production of sterols in oleaginous yeast and fungi
WO2008039911A1 (en) 2006-09-28 2008-04-03 Purrfect Gourmet, Llc Algal biomeal-based palatability enhancer and method of use and manufacture therefor
US9101161B2 (en) 2006-11-02 2015-08-11 The Coca-Cola Company High-potency sweetener composition with phytoestrogen and compositions sweetened therewith
WO2008060571A2 (en) 2006-11-13 2008-05-22 Aurora Biofuels, Inc. Methods and compositions for production and purification of biofuel from plants and microalgae
DE102006056454A1 (de) 2006-11-28 2008-05-29 Bluebiotech International Gmbh Nahrungsergänzungsmittel
JP4820277B2 (ja) 2006-12-20 2011-11-24 花王株式会社 ケトン体及び/又は2級アルコールの製造法
US8404004B2 (en) 2006-12-29 2013-03-26 Genifuel Corporation Process of producing oil from algae using biological rupturing
WO2008083351A2 (en) 2006-12-29 2008-07-10 Genifuel Corporation Controlled growth environments for algae cultivation
JP2008253146A (ja) 2007-03-30 2008-10-23 Adeka Corp 焼プリン用ミックス液
MX2009007356A (es) 2007-05-02 2009-10-08 Ouro Fino Participacoes E Empr Proceso para producir biodiesel y/o aceite combustible.
US8801975B2 (en) 2007-05-17 2014-08-12 Cooper Industries, Llc Vegetable oil dielectric fluid composition
KR101523255B1 (ko) 2007-06-01 2015-05-29 솔라짐, 인코포레이티드 미생물에서 오일의 생성
US7914832B2 (en) 2007-06-01 2011-03-29 Kyoto Eiyo Co., Ltd. Method for producing chlorella fermented food
JP4526575B2 (ja) 2007-08-06 2010-08-18 株式会社メタルカラー クロレラ抽出物含有飲料
CN101130513A (zh) 2007-08-24 2008-02-27 北京科技大学 一种从小球藻藻粉中提取纯化叶黄素的方法
US20090099260A1 (en) 2007-08-31 2009-04-16 Martek Biosciences Corporation Polyunsaturated Fatty Acid-Containing Solid Fat Compositions and Uses and Production Thereof
WO2009035551A1 (en) 2007-09-12 2009-03-19 Martek Biosciences Corporation Biological oils and production and uses thereof
EP2211881A4 (en) 2007-11-01 2012-01-04 Wake Forest University School Of Medicine COMPOSITIONS AND METHODS FOR PREVENTING AND TREATING DISEASES AFFECTING MAMMALS
FR2924126B1 (fr) 2007-11-28 2011-04-15 Roquette Freres Nouveau procede de culture d'une microalgue heterotrophe
US8815567B2 (en) 2007-11-30 2014-08-26 E I Du Pont De Nemours And Company Coenzyme Q10 production in a recombinant oleaginous yeast
BRPI0821508B1 (pt) 2007-12-11 2018-12-26 Synthetic Genomics Inc cultura celular compreendendo uma cianobactéria recombinante da espécie synechococcus elongatus e método para converter carbono inorgânico em ácidos graxos.
GB0724720D0 (en) 2007-12-19 2008-01-30 Ici Plc Triglyceride macromonomers
WO2009105620A1 (en) 2008-02-20 2009-08-27 Cco Technology, Ltd. Selective short chain monounsaturated oils
CN101230364A (zh) 2008-02-25 2008-07-30 清华大学 一种利用异养小球藻高密度发酵生产生物柴油的方法
US8598378B2 (en) 2008-03-14 2013-12-03 University Of Hawaii Methods and compositions for extraction and transesterification of biomass components
US8043496B1 (en) 2008-03-18 2011-10-25 Peter Allen Schuh System for extracting oil from algae
MX2010011065A (es) 2008-04-09 2010-12-06 Solazyme Inc Modificacion química directa de biomasa microbiana y aceites microbianos.
US20100170144A1 (en) 2008-04-09 2010-07-08 Solazyme, Inc. Hydroprocessing Microalgal Oils
FR2931071B1 (fr) 2008-05-14 2010-08-13 Roquette Freres Confiserie aux algues pour la prevention des infections buccodentaires
CN101280328B (zh) 2008-05-27 2011-06-29 清华大学 一种从自养到异养两步培养小球藻生产生物柴油的方法
JP5007274B2 (ja) * 2008-05-30 2012-08-22 花王株式会社 揮発成分採取具
FR2933848B1 (fr) 2008-07-18 2019-08-09 Roquette Freres Composition de fibres indigestibles solubles et d'organismes eucaryotes dotes d'une paroi polysaccharidique utilisees dans le domaine du bien etre
US8435790B2 (en) 2008-07-25 2013-05-07 The Regents Of The University Of California Methods of modulating lipid concentrations in eukaryotic cells
US8273694B2 (en) 2008-07-28 2012-09-25 Jeffrey A Brown Synthetic compositions obtained from algae
WO2010019813A2 (en) 2008-08-13 2010-02-18 Sapphire Energy, Inc. Production of fatty actds by genetically modified photosynthetic organisms
NZ591972A (en) 2008-10-03 2013-04-26 Agrisoma Biosciences Inc Production of modified fatty acids in plants
US20100297292A1 (en) 2008-10-14 2010-11-25 Solazyme, Inc. Reduced Pigmentation Microalgae Strains and Products Therefrom
US20100297323A1 (en) 2008-10-14 2010-11-25 Solazyme, Inc. Gluten-free Foods Containing Microalgae
US20100303990A1 (en) 2008-10-14 2010-12-02 Solazyme, Inc. High Protein and High Fiber Algal Food Materials
US20100303989A1 (en) 2008-10-14 2010-12-02 Solazyme, Inc. Microalgal Flour
US20100303961A1 (en) 2008-10-14 2010-12-02 Solazyme, Inc. Methods of Inducing Satiety
WO2010120923A1 (en) 2009-04-14 2010-10-21 Solazyme, Inc. Novel microalgal food compositions
MX339664B (es) 2008-10-14 2016-06-03 Solazyme Inc Composiciones alimenticias a partir de biomasa de microalgas.
US20100297331A1 (en) 2008-10-14 2010-11-25 Solazyme, Inc. Reduced Fat Foods Containing High-Lipid Microalgae with Improved Sensory Properties
US20100297295A1 (en) 2008-10-14 2010-11-25 Solazyme, Inc. Microalgae-Based Beverages
US20120128851A1 (en) 2008-10-14 2012-05-24 Solazyme, Inc Novel microalgal food compositions
US20160324167A1 (en) 2008-10-14 2016-11-10 Terravia Holdings, Inc. Novel microalgal food compositions
US20100303957A1 (en) 2008-10-14 2010-12-02 Solazyme, Inc. Edible Oil and Processes for Its Production from Microalgae
US20100297296A1 (en) 2008-10-14 2010-11-25 Solazyme, Inc. Healthier Baked Goods Containing Microalgae
US20130122180A1 (en) 2008-10-14 2013-05-16 Solazyme, Inc. Microalgal Food Compositions
US20100297325A1 (en) 2008-10-14 2010-11-25 Solazyme, Inc. Egg Products Containing Microalgae
US8367354B2 (en) * 2008-10-24 2013-02-05 Mead Johnson Nutrition Company Methods for determining the levels of TGF-β in a composition
KR101888973B1 (ko) 2008-11-28 2018-08-16 테라비아 홀딩스 인코포레이티드 종속영양성 미생물에서 맞춤 오일의 생성
US20100196575A1 (en) 2009-01-30 2010-08-05 Solae, Llc Melting Vegetable Protein Based Substitute Cheese
FR2942586B1 (fr) 2009-03-02 2011-05-13 Roquette Freres Poudre granulee contenant des proteines vegetales et des maltodextrines, leur procede d'obtention et leurs utilisations
WO2010102056A1 (en) 2009-03-03 2010-09-10 Solazyme, Inc. Methods of treating impaired glucose metabolism via administration of algal biomass
EP3093324A1 (en) 2009-03-27 2016-11-16 E. I. du Pont de Nemours and Company Dielectric heat-transfer fluid
CN106367198A (zh) 2009-04-14 2017-02-01 泰拉瑞亚控股公司 微生物油提取和分离方法
WO2011026008A1 (en) 2009-08-28 2011-03-03 Phycal Llc Biofuel from recombinant oleginous algae using sugar carbon sources
CN102656273B (zh) 2009-09-25 2016-05-25 Reg生命科学有限责任公司 脂肪酸衍生物的产生
AU2010330777B2 (en) 2009-12-18 2014-10-23 Pioneer Hi-Bred International, Inc. Brassica plants yielding oils with a low total saturated fatty acid content
EP2519642B1 (en) 2009-12-28 2017-10-25 DSM IP Assets B.V. Recombinant thraustochytrids that grow on xylose, and compositions, methods of making, and uses thereof
WO2011130573A1 (en) 2010-04-14 2011-10-20 Solazyme, Inc. Fuel and chemical production from oleaginous yeast
JP5865894B2 (ja) 2010-04-14 2016-02-17 ソラザイム ロケット ニュートリショナルズ, エルエルシー 高脂質微細藻類粉末食品組成物
WO2011130576A1 (en) 2010-04-14 2011-10-20 Solazyme, Inc. Oleaginous yeast food compositions
MX352746B (es) 2010-05-28 2017-12-06 Terravia Holdings Inc Aceites específicos producidos a partir de microorganismos heterótrofos recombinantes.
CN108823254A (zh) 2010-11-03 2018-11-16 柯碧恩生物技术公司 具有降低倾点的微生物油、从其中产生的介电流体、以及相关方法
WO2012087673A1 (en) 2010-12-23 2012-06-28 Exxonmobil Research And Engineering Company Prokaryotic acyl-acp thioesterases for producing fatty acids in genetically engineered microorganisms
AU2012212079B2 (en) 2011-02-02 2016-07-28 Corbion Biotech, Inc. Tailored oils produced from recombinant oleaginous microorganisms
AU2012253803A1 (en) 2011-05-06 2013-12-05 Terravia Holdings, Inc. Genetically engineered microorganisms that metabolize xylose
ES2752002T3 (es) 2011-10-21 2020-04-02 Corbion Biotech Inc Productos alimentarios congelados resistentes a la cristalización
WO2013082186A2 (en) 2011-11-28 2013-06-06 Solazyme, Inc. Genetically engineered microbial strains including prototheca lipid pathway genes
US8945908B2 (en) 2012-04-18 2015-02-03 Solazyme, Inc. Tailored oils
US9719114B2 (en) 2012-04-18 2017-08-01 Terravia Holdings, Inc. Tailored oils
BR112014027560A2 (pt) 2012-05-04 2017-06-27 Solazyme Roquette Nutritionals Llc composição, produto, e, método para produção de uma composição aromatizante, odorante, e/ou corante seca.
NZ707192A (en) 2012-10-17 2019-02-22 Solazyme Roquette Nutritionals Llc Microalgal flour granules and process for preparation thereof
US10098371B2 (en) 2013-01-28 2018-10-16 Solazyme Roquette Nutritionals, LLC Microalgal flour
EA201591667A1 (ru) 2013-03-08 2016-05-31 Солазайм, Инк. Смазочные материалы, содержащие микробы, накапливающие масло
WO2014176515A2 (en) 2013-04-26 2014-10-30 Solazyme, Inc. Low polyunsaturated fatty acid oils and uses thereof
FR3007837B1 (fr) * 2013-06-26 2015-07-17 Roquette Freres Compositions de farine de microalgues de qualite sensorielle optimisee
FR3007625B1 (fr) 2013-06-26 2015-07-17 Roquette Freres Procede de production de biomasse de microalgues de qualite sensorielle optimisee
EP3035807A2 (fr) 2013-08-13 2016-06-29 Roquette Frères Procede de preparation de compositions de farine de microalgues riches en lipides de qualite organoleptique optimisee
CN105829521A (zh) 2013-10-04 2016-08-03 索拉兹米公司 定制油
WO2015149026A1 (en) 2014-03-28 2015-10-01 Solazyme, Inc. Lauric ester compositions
EP3160264B9 (en) 2014-06-27 2022-12-14 Corbion Biotech, Inc. Method of making a high-protein acidic liquid food product using high-protein microalgae
WO2016014912A1 (en) 2014-07-24 2016-01-28 Solazyme, Inc. High-protein gelled food products made using high-protein microalgae

Also Published As

Publication number Publication date
MX361326B (es) 2018-11-20
EP3030896A1 (fr) 2016-06-15
US10119947B2 (en) 2018-11-06
US20160195503A1 (en) 2016-07-07
ES2816998T3 (es) 2021-04-06
WO2015019023A1 (fr) 2015-02-12
BR112016002819A2 (pt) 2017-08-01
EP3736569A1 (fr) 2020-11-11
JP6465885B2 (ja) 2019-02-06
CN105474010B (zh) 2019-03-19
KR20160030570A (ko) 2016-03-18
MX2016001725A (es) 2016-05-18
EP3030896B1 (fr) 2020-07-15
JP2016532110A (ja) 2016-10-13
FR3009619A1 (fr) 2015-02-13
FR3009619B1 (fr) 2017-12-29
CN105474010A (zh) 2016-04-06

Similar Documents

Publication Publication Date Title
Han et al. Characterization and differentiation of boiled pork from Tibetan, Sanmenxia and Duroc×(Landrac× Yorkshire) pigs by volatiles profiling and chemometrics analysis
Park et al. GC–MS based metabolomics approach of Kimchi for the understanding of Lactobacillus plantarum fermentation characteristics
Fonseca et al. Effect of different autochthonous starter cultures on the volatile compounds profile and sensory properties of Galician chorizo, a traditional Spanish dry fermented sausage
Pang et al. Identification of aroma-active compounds in Jiashi muskmelon juice by GC-O-MS and OAV calculation
Yao et al. Evaluation of volatile profile of Sichuan dongcai, a traditional salted vegetable, by SPME–GC–MS and E-nose
Bach et al. Effects of harvest time and variety on sensory quality and chemical composition of Jerusalem artichoke (Helianthus tuberosus) tubers
US11016071B2 (en) Microalgal flour compositions of optimised sensory quality
Langford et al. Comprehensive odorant analysis for on‐line applications using selected ion flow tube mass spectrometry (SIFT‐MS)
Zhang et al. Volatile fingerprints and biomarkers of three representative kiwifruit cultivars obtained by headspace solid-phase microextraction gas chromatography mass spectrometry and chemometrics
Yu et al. Potential correlation between volatiles and microbiome of Xiang xi sausages from four different regions
Alegre et al. Sensory, olfactometric and chemical characterization of the aroma potential of Garnacha and Tempranillo winemaking grapes
Tian et al. Characterization of the key aroma compounds in Yunnan goat milk cake using a sensory‐directed flavor analysis
Yang et al. Moderate fermentation contributes to the formation of typical aroma and good organoleptic properties: A study based on different brands of Chouguiyu
Del Pulgar et al. Effect of the pig rearing system on the final volatile profile of Iberian dry-cured ham as detected by PTR-ToF-MS
Cho et al. Recent applications of potentiometric electronic tongue and electronic nose in sensory evaluation
Kim et al. Initial storage of kimchi at room temperature alters its microbial and metabolite profiles
Li et al. A multi-omics-based investigation into the flavor formation mechanisms during the fermentation of traditional Chinese shrimp paste
BR112016002819B1 (pt) método para determinar a qualidade organoléptica de uma composição de biomassa de microalgas rica em proteína; e método para a seleção de composições de biomassa de microalgas rica em proteína que tem um perfil organoléptico aceitável
Wang et al. Edible qualities, microbial compositions and volatile compounds in fresh fermented rice noodles fermented with different starter cultures
Wang et al. Volatile compounds, bacteria compositions and physicochemical properties of 10 fresh fermented rice noodles from southern China
Zhao et al. Effect of fermentation by Pediococcus pentosaceus and Staphylococcus carnosus on the metabolite profile of sausages
Augustyn et al. A preliminary study on the chemical characteristics of Kei apple (Dovyalis caffra), an undervalued South African fruit
Chen et al. Revealing the characteristic aroma and boundary compositions of five pig breeds based on HS-SPME/GC-O-MS, aroma recombination and omission experiments
Zhang et al. Comprehensive investigation on non-volatile and volatile flavor compounds in the Morchella sextelata and Morchella importuna by UPLC-MS/MS and GC× GC-TOF-MS
Tian et al. Weissella confusa M1 as an adjunct culture assists microbial succession and flavor formation in gray sufu

Legal Events

Date Code Title Description
B25A Requested transfer of rights approved

Owner name: CORBION BIOTECH, INC. (US)

B25A Requested transfer of rights approved

Owner name: CORBION BIOTECH, INC. (US)

B25L Entry of change of name and/or headquarter and transfer of application, patent and certificate of addition of invention: publication cancelled

Owner name: CORBION BIOTECH, INC. (US)

B09A Decision: intention to grant [chapter 9.1 patent gazette]
B16A Patent or certificate of addition of invention granted

Free format text: PRAZO DE VALIDADE: 20 (VINTE) ANOS CONTADOS A PARTIR DE 06/08/2014, OBSERVADAS AS CONDICOES LEGAIS.