BR102020008407A2

BR102020008407A2 - Dispositivo de preensão, e, conjunto de preensão de tubos

Info

Publication number: BR102020008407A2
Application number: BR102020008407-0A
Authority: BR
Inventors: Nicolas Rigollet; Christophe Chagnon
Original assignee: Caillau
Priority date: 2019-05-03
Filing date: 2020-04-28
Publication date: 2020-12-22
Also published as: EP3734129B1; RU2020115108A; MX2020004577A; US11536401B2; FR3095682A1; FR3095682B1; JP2020183808A; KR20200127895A; EP3734129A1; US20200347967A1; CN111878647A

Abstract

dispositivo de preensão, e, conjunto de preensão de tubos o dispositivo de preensão compreende um colar (10) que tem uma correia (12) capaz de ser prendida por meio da redução de seu diâmetro e uma vedação (20) disposta dentro da correia (12) por estar retida axialmente em relação ao colar. a vedação é formada em uma tira (22) que está enrolada em si mesma e cujas extremidades estão configuradas para cooperar em conjunto através de um arranjo de vedação (24). a vedação passa por uma tensão no sentido da superfície de dentro da correia e é configurada para ser elasticamente deformada contra desta tensão para permitir a inserção de um objeto anular (1a) entre a vedação (20) e a correia (12).

Description

DISPOSITIVO DE PREENSÃO, E, CONJUNTO DE PREENSÃO DE TUBOS

Campo técnico

[001] A presente descrição se refere a um dispositivo de preensão que compreende um colar. Isso se refere particularmente a um dispositivo usado para prender um tubo por meio de um colar. Isso envolve particularmente a conexão de dois tubos encaixados juntos, o colar sendo prendido na extremidade do tubo externo que é encaixado no tubo interno.

Técnica anterior

[002] O documento de patente US 6 199 921 descreve um dispositivo de preensão para dois tubos encaixados juntos, o tubo externo tendo um corte que promove sua deformação durante a preensão. Desse modo, a vedação da conexão entre os dois tubos é obtida pelo fato de que o tubo externo é deformado o suficiente para que sua periferia de dentro entre em contato íntimo com a periferia de fora do tubo interno, e que o corte do tubo externo que promove sua deformação seja corretamente ligado em ponte pelo colar de preensão.

[003] A fim de conectar de modo vedado dois tubos encaixados juntos, é também possível conceber ter uma vedação na interface entre os dois tubos, e prender os tubos encaixados. Por exemplo, a vedação pode estar disposta entre a periferia de dentro do tubo externo e a periferia de fora do tubo interno. No entanto, colocar tal vedação e sustentá-la posicionada durante a preensão pode ser delicado, complicando assim as operações de encaixe e preensão dos tubos.

[004] Para superar essas desvantagens, os documentos de patentes EP 2 598 785 e EP 3 232 107 propõem um sistema no qual a vedação é pré-montada no colar que é usado para prender o encaixe dos tubos. Mais especificamente, este sistema compreende uma arruela que compreende uma porção anular fechada formando a vedação e ressaltos que conectam esta vedação ao colar. A vedação anular é inicialmente mantida a uma distância significativa da periferia de dentro do colar, de modo a permitir o engate do tubo de fora entre a vedação e esta periferia de dentro. Em seguida, o tubo de dentro está, por sua vez, engatado de modo a entrar em contato com a vedação. Este dispositivo está particularmente adaptado para prender dois tubos encaixados juntos e ter superfícies alargadas que se prolongam radialmente servindo como um apoio para um colar de preensão que compreende um rebaixo que pode alojar essas superfícies alargadas que se prolongam radialmente, a vedação anular fechada tendo um formato frustocônico adaptado a essas superfícies alargadas.

[005] O documento do pedido de patente US 2011/0018263 descreve um dispositivo de preensão para conectar dois tubos. Este dispositivo compreende um colar e uma vedação destinada a estar localizada entre os dois tubos conectados. Para isso, a vedação é pré-montada na extremidade de um dos tubos, particularmente por adesivo. O dispositivo de preensão, portanto, não pode ser apresentado como um todo, compreendendo o colar e a vedação, que podem ser montados nos tubos para conectá-los. Em outras palavras, neste dispositivo, a vedação não pode ser pré-montada na correia.

[006] O documento do pedido de patente EP 1 816 325 também descreve um dispositivo de preensão composto por um colar e uma vedação, no qual esta vedação não está pré-montada na correia.

Descrição da invenção

[007] Há necessidade de melhorar o estado da técnica, em particular propondo um dispositivo que compreende uma vedação pré-montada no colar, geralmente adaptada aos tubos de preensão encaixados juntos, mesmo que esses tubos não tenham um formato alargado radial.

[008] A descrição visa propor um dispositivo de preensão que, pelo menos, supere substancialmente as desvantagens acima mencionadas.

[009] Desse modo, a descrição se refere a um dispositivo de preensão que compreende um colar que tem uma correia capaz de adotar um estado não preso e um estado preso em que seu diâmetro é reduzido em comparação ao estado não preso, e uma vedação disposta dentro da correia por estar retida axialmente em relação ao colar, a vedação sendo formada em uma tira, que é enrolada em si mesma e cujas extremidades estão configuradas para cooperar em conjunto através de um arranjo de vedação, no qual, no estado não preso da correia, a vedação pré-montada disposta dentro da correia passa por uma tensão no sentido da superfície de dentro da correia, a vedação sendo configurada para ser deformada elasticamente contra esta tensão para permitir a inserção de um objeto anular entre a vedação e a correia.

[0010] Opcionalmente, a vedação pré-montada é pré-tensionada pela presença, em torno da dita vedação, da correia no estado não preso.

[0011] Opcionalmente, a tensão da vedação no sentido da superfície de dentro da correia é causada pela tendência da tira adotar um diâmetro maior do que o diâmetro imposto pela correia em que é disposta enquanto a correia está no estado não preso.

[0012] Opcionalmente, a vedação tem uma borda traseira que é provida com pelo menos uma rampa de inserção inclinada no sentido do eixo geométrico de enrolamento da tira na direção que se afasta axialmente da vedação da dita borda traseira, a dita rampa sendo opcionalmente formada por um ressalto cuja extremidade livre é dobrada para dentro.

[0013] Opcionalmente, o dispositivo compreende uma chave de vedação angular configurada para determinar uma posição angular da vedação em relação ao colar.

[0014] Opcionalmente, um dos elementos formados pela correia e a vedação tem uma borda de cunha e o outro elemento tem uma protuberância de cunha capaz de cooperar com a borda de cunha para reter a vedação em relação a um movimento em relação ao colar.

[0015] Opcionalmente, a vedação tem uma borda dianteira provida com pelo menos um encosto configurado para cooperar com a borda dianteira da correia para reter a vedação em relação a um movimento em pelo menos uma direção em relação à correia, o encosto compreendendo opcionalmente um ressalto dobrado para fora.

[0016] Opcionalmente, a correia tem uma janela cuja borda forma uma borda de cunha, e a vedação tem um ressalto de retenção que se projeta nesta janela.

[0017] Opcionalmente, o arranjo de vedação compreende uma conformação de engate macho/fêmea formado nas extremidades da tira que forma a vedação.

[0018] Opcionalmente, a correia e a vedação têm diâmetros substancialmente inalterados de uma borda para a outra.

[0019] Opcionalmente, o colar tem ressaltos de preensão, levantados radialmente em relação à correia e capazes de serem movidos em relação uns aos outros para prender o colar.

[0020] A descrição também se refere a um conjunto de preensão de tubos, que compreende um dispositivo de preensão do tipo acima mencionado e um tubo cuja extremidade é capaz de ser inserida entre a vedação e a correia.

[0021] Opcionalmente, o conjunto compreende uma chave de posição de tubo determinando uma posição angular do tubo em relação a pelo menos um dos elementos que compreende a vedação e o colar.

[0022] Opcionalmente, a vedação tem um ressalto de chave de posição de tubo que se prolonga para fora da vedação e que está configurado para ser engatado em uma fenda formada na extremidade do tubo.

[0023] Opcionalmente, a vedação compreende um membro antiextração, particularmente uma aba antiextração, configurada para cooperar com uma janela do tubo para se opor à extração da vedação do tubo.

[0024] A descrição será bem compreendida e seu objeto aparecerá melhor ao ler a seguinte descrição detalhada de uma modalidade e suas variantes, representadas por exemplos não limitativos.

Breve descrição dos desenhos

[0025] [Fig. 1] A Figura 1 mostra em uma vista em perspectiva explodida um conjunto de preensão de tubos que compreende um dispositivo de preensão de acordo com a presente descrição.

[0026] [Fig. 2] A Figura 2 é uma vista em perspectiva do dispositivo de preensão que compreende um colar e uma vedação.

[0027] [Fig. 3] A Figura 3 mostra o dispositivo de preensão da Figura 2 no estado em que a vedação não está disposta na correia do colar.

[0028] [Fig. 4] A Figura 4 é uma vista em perspectiva que mostra o dispositivo de preensão das Figuras anteriores montadas na extremidade de um tubo de fora, antes de encaixar um tubo de dentro no tubo de fora.

[0029] [Fig. 5] A Figura 5 é uma vista semelhante à Figura 1, para uma variante.

[0030] [Fig. 6] A Figura 6 é uma vista semelhante às Figuras 1 e 5 para outra variante.

Descrição das modalidades

[0031] O conjunto representado na Figura 1 compreende um dispositivo de preensão que por si só compreende um colar 10 e uma vedação 20. Este conjunto também compreende um tubo de fora 1 e um tubo de dentro 2. O tubo de dentro 2 está configurado para ser encaixado no tubo de fora 1 para conectar os dois tubos. Mais especificamente, o tubo de dentro 2 é encaixado na extremidade 1A do tubo de fora 1, em torno do qual o colar de preensão 10 é então colocado para prender o conjunto feito desse modo. Nesta situação montada, a própria vedação 20 está disposta entre os tubos de dentro e de fora. Para o encaixe, fica entendido que a vedação 20 é colocada na extremidade 1A do tubo 1 em torno do qual o colar de preensão 10 está disposto, e o tubo de dentro 2 é encaixado na vedação 20.

[0032] Neste caso, as porções dos dois tubos 1 e 2 encaixados entre si formam superfícies cilíndricas sem saliência. A extremidade 1A do tubo 1 é, no entanto, delimitada, no lado oposto à sua extremidade livre 1 ’A, por um rebordo 1”A. A extremidade 1A é assim ampliada, enquanto a porção restante 1B do tubo 1 tem um diâmetro similar ao do tubo 2.

[0033] Nota-se que a vedação 20 é formada em uma tira 22 que está enrolada em si mesma e cujas extremidades respectivamente 22A e 22B cooperam juntas através de um arranjo de vedação 24. Neste caso, este arranjo de vedação compreende um entalhe 24A formado na extremidade 22A e delimitado entre bordas deformáveis 24’A, bem como uma aba 24B formada na extremidade 22B. As bordas 24’A estão ligeiramente inclinadas de modo que a largura do entalhe 24A aumenta gradualmente para a extremidade livre da extremidade 22A. Da mesma forma, a largura da aba 24B aumenta gradualmente enquanto se afasta da extremidade livre da extremidade 22B. Desse modo, quanto mais a aba 24B penetra no entalhe 24, mais o contato entre as bordas da aba e as bordas do entalhe se tensionam, até causar pequenas deformações das bordas do entalhe. As áreas de contato entre a aba e as bordas do entalhe formam, desse modo, contatos de vedação. Neste caso, as bordas do entalhe 24A são formadas em ressaltos deformáveis.

[0034] Este é um exemplo de um arranjo de vedação que permite a cooperação entre as extremidades 22A e 22B da tira 22 formando a vedação 20. Outros arranjos de vedação podem ser providos, sejam eles como neste caso providos diretamente na tira 22, em uma peça com a mesma, ou adicionados, por exemplo, em um material mais deformável. A vedação também pode ser obtida por um efeito de defletor sem necessariamente implementar o contato e tensões de deformação mencionadas acima.

[0035] De qualquer forma, a vedação 20 é do tipo aberto, ou seja, as extremidades da tira 22 em que é formada podem se mover em relação umas às outras para aumentar ou diminuir o diâmetro desta vedação. Neste caso, a vedação 24 é formada em uma peça na tira 22, de modo que possa ser considerado que ela é formada pela tira enrolada nela própria e que tem os vários cortes e ressaltos que serão descritos abaixo. Particularmente, a tira 22 é metálica, particularmente em um material do tipo de aço inoxidável. A tira 22 pode ser feita de um único material, ou ter vários materiais, por exemplo, várias camadas ou tiras elementares dispostas umas sobre as outras. Por exemplo, a tira pode compreender duas tiras elementares semelhantes dispostas uma sobre a outra. Desse modo, a tira pode compreender uma tira de metal elementar, suportando uma tira a base de mica elementar. As duas tiras elementares podem ser fixadas umas às outras por qualquer meio adequado, por exemplo, por ligação ou semelhantes, ou mesmo por meios mecânicos. Tais meios mecânicos podem ser ressaltos da tira de metal elementar dobrada contra a tira a base de mica elementar ou engatada em furos ou entalhes desta tira elementar, para sustentá-la contra a tira de metal elementar. Por exemplo, a tira a base de mica elementar pode ser feita de um material de um tipo conhecido sob a marca registrada Cogemica Hi-temp® resistindo a altas temperaturas e compreendendo, em massa, 90% de mica ou mais e 10% de aglutinante ou inferior.

[0036] Qualquer que seja o seu material, e em particular quando é feita de metal, a tira 22 pode ter passado por um tratamento de superfície, por exemplo, a base de zinco lamelar, possibilitando constituir uma camada de fora que promova a vedação. Da mesma forma, o colar 10 e, opcionalmente, os tubos 1 e 2 podem ser metálicos.

[0037] A Figura 2 será agora descrita, na qual a vedação 20 está disposta dentro da correia 12 do colar 10. Esta correia 12 define um formato cilíndrico e a vedação 20 está disposta dentro deste cilindro. Na Figura 2, a vedação 20 é pré-montada na correia, de modo que o colar e a vedação pré-montada formem um componente que pode ser trazido até a extremidade de um tubo. Mais especificamente, como pode ser visto na Figura 4, o componente formado pelo colar e a vedação pré-montada pode ser trazido para a extremidade de um primeiro tubo 1, inserindo esta extremidade entre a vedação e a correia. Em seguida, basta encaixar um segundo tubo 2 no primeiro tubo 1 e, em seguida, prender a correia, para conectar de modo vedado os dois tubos.

[0038] Ao comparar a Figura 2 com as Figuras 1 e 3, pode-se ver que, na Figura 2, a vedação 20 é pré-tensionada pela presença, em torno desta vedação, da correia 12 do colar. De fato, no estado livre, esta vedação 20 tem um diâmetro maior do que o delimitado pela correia do colar. Desse modo, quando a vedação está no colar, é tensionada pela superfície de dentro 12A da correia 12 para adotar um diâmetro menor do que o diâmetro que teria no estado livre. Em outras palavras, a vedação 20 é naturalmente pressionada contra a correia 12 do colar 10. Por ser uma vedação aberta, a vedação pode se comportar como uma mola, seu diâmetro aumentando e diminuindo dependendo se as extremidades 22A ou 22B da tira 22 em que é formada se movem para mais perto ou para longe umas das outras.

[0039] Enquanto o dispositivo de preensão está na situação representada na Figura 2, a vedação 20 sendo pressionada contra a superfície de dentro da correia 12, um objeto anular, neste caso a extremidade 1A do tubo 1, pode ser introduzida entre a vedação e a correia 12. Para isso, basta aproximar as extremidades da tira 22 formando a vedação para que o diâmetro desta última seja reduzido, arranjando, desse modo, entre a vedação e a correia um espaço anular permitindo a inserção da extremidade 1A do tubo 1. No presente caso, a fim de promover esta abordagem das extremidades da tira e, portanto, esta redução no diâmetro da vedação, a vedação 20 tem uma borda traseira 21B que é provida com ressaltos 26 formando rampas de inserção.

[0040] Mais especificamente, cada ressalto 26 se estende axialmente no sentido da parte traseira da vedação, sendo sua extremidade livre 26A dobrada para dentro. Desse modo, a superfície de fora do ressalto 26 forma uma rampa na qual a extremidade livre do objeto anular pode deslizar, neste caso a extremidade 1A do tubo 1, mediante sua inserção entre a vedação e a correia. Vários ressaltos angularmente distribuídos 26 podem ser providos. Neste caso, a vedação inclui seis ressaltos 26.

[0041] Dentro do significado da presente descrição, os qualificadores “dianteiro” e “traseiro” são entendidos em relação à direção de encaixe dos tubos. Desse modo, a borda traseira 21B da vedação 20 é a sua borda que, enquanto esta vedação está disposta na extremidade 1A do tubo 1, está o mais distante da extremidade livre 1 ’A (extremidade dianteira) do tubo 1 a partir da qual este tubo 1 é encaixado no tubo 2. Em contraste, a borda dianteira 21A da vedação 20 é aquela que está localizada mais próxima da extremidade livre 1’A do tubo quando a vedação está disposta no tubo 1. Em relação ao tubo 1, o rebordo 1”A anteriormente mencionado está disposto na traseira da extremidade livre 1’A. Em relação ao tubo 2, sua extremidade livre 2A voltada para o tubo 1 é a sua extremidade dianteira.

[0042] Adicionalmente, os elementos que forem dispostos no sentido do eixo geométrico dos tubos, do colar e da vedação serão chamados de “internos”. Quando o conjunto é montado, esses vários elementos são concêntricos, sendo seus eixos geométricos coincidentes no eixo geométrico A.

[0043] Quando disposta dentro da correia 12, a vedação 20 é retida axialmente em relação ao colar 10. Neste caso, vários elementos contribuem para essa retenção axial. Por um lado, a borda dianteira 13A da correia forma uma borda de cunha contra a qual as protuberâncias de cunha 28 formadas na vedação 20 cooperam no encosto. Estas protuberâncias de cunha 28 são, neste caso, formadas por ressaltos levantados radialmente 28 formados na borda dianteira 21A da vedação 20. As extremidades livres destes ressaltos estão circunscritas em um círculo de diâmetro maior que o diâmetro de dentro da correia 12 no estado não preso da correia. Desse modo, a vedação 20 pode estar disposta no colar, ao engatar sua borda traseira no colar, desde a borda dianteira (borda da cunha) da correia, até os ressaltos 28 encostados contra esta borda de cunha 13A.

[0044] Uma vez que a vedação 20 esteja no lugar no colar, esta retenção axial se opõe ao movimento da vedação para trás em relação ao colar, isto é, na direção R indicada nas Figuras 3 e 4. Desse modo, uma vez que o sistema de preensão esteja no lugar na extremidade 1A do tubo 1 como representado na Figura 4, o tubo 2 pode ser encaixado na vedação 20 sem empurrar para trás o último na direção R.

[0045] Além disso, como visto em particular na Figura 2, a correia 12 tem uma janela 30 cuja borda 30A forma uma borda de cunha, e a vedação tem uma protuberância radial engatada nesta janela. Neste caso, a protuberância radial é formada por um ressalto de retenção 32 que a vedação tem, e que é dobrado de modo a passar pela janela 30 quando a vedação é montada no colar. Particularmente, este ressalto 32 é cortado na tira 22 formando a vedação, um corte 33 então permanecendo na tira quando o ressalto está dobrado.

[0046] Para colocar a vedação 20 no colar 10, durante a inserção axial mencionada acima, basta comprimir ligeiramente a vedação para que a extremidade livre do ressalto dobrado 32 defina uma dimensão diametricamente menor que o diâmetro que a correia 12 tem, sendo lembrado que a vedação é inserida no colar no estado não preso da correia.

[0047] Neste caso, vê-se que a correia 12 tem duas janelas idênticas 30, dispostas de modo que uma seja colocada no lugar da outra quando o colar é pivotado em 180 graus de modo a inverter as bordas dianteira 13A e traseira 13B da correia. Desse modo, se o colar estiver em qualquer uma dessas duas posições, a vedação 20 pode ser corretamente colocada na correia.

[0048] A janela 30 e o ressalto 32 que acabaram de ser mencionados servem, por um lado, para contribuir para a retenção axial da vedação em relação ao colar. De fato, quando o ressalto está engatado na janela, o contato entre o ressalto e a borda 30A da janela se opõe aos movimentos axiais da vedação em relação ao colar na direção R e também na direção oposta.

[0049] Por outro lado, a janela 30 e o ressalto 32 servem como chave de vedação angular, uma vez que o engate correto do ressalto na janela determina a posição angular da vedação em relação à correia. Quando, como no exemplo representado, o colar é do tipo aberto, isso permite garantir que as extremidades da tira 22 em que a vedação é formada sejam dispostas em um local diferente da abertura do colar.

[0050] Voltando à Figura 1, pode-se ver que a extremidade 1A do tubo tem uma fenda 3 que, neste caso, compreende uma porção aberta 3A, que está aberta na extremidade livre 1A do tubo e uma porção de janela 3B cujo contorno está fechado ou quase fechado. Desse modo, a extremidade 1A pode ser prendida no tubo 2A reduzindo o diâmetro da extremidade 1A obtida reduzindo a largura da fenda 3. Esta fenda 3 também torna possível contribuir para a determinação da posição angular do tubo em relação ao sistema de preensão. De fato, a porção aberta 3A da fenda 3 pode receber o já mencionado ressalto 32 da vedação 20 durante a inserção da porção 1A do tubo no espaço anular formado entre a vedação e a correia 12. Desse modo, o ressalto 32 não se opõe à inserção do tubo 1 até a posição desejada e, além disso, a cooperação entre este ressalto 32 e a fenda 3A determina a posição angular do tubo em relação à vedação e, portanto, em relação ao colar, uma vez que a posição angular da vedação em relação ao colar é determinada.

[0051] O dispositivo de acordo com a presente descrição também compreende um membro antiextração para a vedação em relação ao tubo 1. Neste caso, a vedação 20 tem uma aba antiextração 34 que, neste caso, é formada por uma aba cortada na tira 22 e ligeiramente dobrada para fora de modo que sua borda livre esteja localizada no sentido da borda dianteira 21A da vedação 20, enquanto sua flexão 34’ para afixação à porção atual da tira está localizada para trás. Nestas condições, entende-se que, durante o engate da extremidade 1A entre a vedação e o colar, o empuxo da extremidade 1A na direção para frente F (consultar Figuras 1 e 2) tende a empurrar para trás a aba 34 interiormente. Em outras palavras, esta aba 34 desaparece após a inserção da extremidade 1A do tubo. No entanto, esta deformação da aba é elástica, sendo a última então capaz de recuperar o seu formato dobrado na porção da janela fechada 3B da fenda 3 do tubo. Desse modo, a cooperação entre a aba 34 e a borda dianteira 3B’ da janela 3B se opõe à extração da vedação do tubo na direção F.

[0052] Na Figura 4, a extremidade 1A do tubo 1 é inserida entre a vedação 20 e a periferia de dentro da correia 12 do colar. Também é observado que a aba 24B formada na extremidade 22B da tira 22 na qual a vedação é formada se moveu para frente para o entalhe 24A formado na extremidade 22A desta mesma tira. Desse modo, as bordas da aba 24B cooperam com as bordas 24’A do entalhe 24A, de modo a formar áreas de contato vedadas. Além disso, a vedação é retida no colar e no tubo pelos ressaltos 28 e 32 mencionados anteriormente, bem como pelo ressalto 34 que, na Figura 4, está escondido pela correia. Nesta situação, a extremidade do tubo 2 pode ser inserida no conjunto formado pelo tubo 1, o colar 10 e a vedação 20 sendo pré-montada na extremidade 1A deste tubo 1.

[0053] Nota-se que a borda dianteira 2A do tubo 2 tem um entalhe de 2’A. Este entalhe pode servir como uma chave de posição angular, cooperando com um ressalto 27 de chave flexionado interiormente na borda traseira da vedação 20. Este ressalto 27 difere dos ressaltos 26 mencionadas anteriormente, em que são flexionados interiormente mais perto da borda traseira 21B da vedação.

[0054] Como indicado acima, o colar de preensão é do tipo aberto. Neste caso, a correia carrega ressaltos de preensão respectivamente 14A e 14B que são dobrados radialmente para fora e entre os quais é definida uma fenda 15 definindo a abertura do colar. Estes ressaltos podem ser movidos em relação um ao outro para prender o colar. Neste caso, este movimento é um movimento de aproximação, feito por meio da haste de preensão 16A. Mais especificamente, o colar compreende um parafuso de preensão 16, cujas extremidades são retidas na parte traseira dos ressaltos de preensão 14A e 14B, neste caso, respectivamente pela cabeça 16B do parafuso e uma porca 16C, possivelmente através de um espaçador 16D. No caso específico dos ressaltos de preensão 14A e 14B, a traseira de um ressalto de preensão é a lateral deste ressalto que está oposto ao outro ressalto de preensão. Graças à chave angular anteriormente mencionada, por um lado, a fenda 3 do tubo 1 é angularmente deslocada em relação à fenda 15 do colar 10 delimitada entre seus ressaltos de preensão e, por outro lado, as extremidades da tira 22 em que a vedação 20 é formada também são angularmente deslocadas em relação tanto à fenda 3 do tubo quanto à fenda 15 do colar.

[0055] A Figura 5 é agora descrita na qual as mesmas referências das Figuras anteriores são repetidas, com exceção daquelas que se relacionam com a fenda do tubo 1. De fato, na Figura 5, esta fenda é designada pela referência 3’ e é formada por várias fendas axiais elementares, particularmente uma fenda dianteira 3’A na borda livre 1’A do tubo, uma fenda fechada 3’B localizada na traseira desta fenda 3’A e fendas laterais fechadas 3’C localizadas em ambos os lados das fendas 3’A e 3’B. O sistema de preensão é semelhante ao já descrito, a única diferença é o posicionamento da aba antiextração 34 que está axialmente alinhada com o ressalto 32 a ser alojado na fenda fechada 3’B do tubo 1 quando está engatada no espaço anular formado entre a vedação e o colar. É claramente possível optar por posicionar o ressalto 34 de forma diferente, por exemplo, para que coopere com uma das fendas laterais 3’C.

[0056] No exemplo da Figura 6, a fenda 3” do tubo 1 ainda é diferente e neste caso tem uma fenda fechada substancialmente conformada em Y 3”B e um rebaixo conformado em V 3”A arranjado na cavidade formada entre os dois ramos do conformado em Y, este rebaixo conformado em V sendo aberto na borda dianteira 1’A do tubo 1. Neste caso, o ressalto 32 da vedação 20 é formado na borda dianteira 21A desta vedação para ser naturalmente alojado no rebaixo 3”A. A aba antiextração 34 está substancialmente alinhada com este ressalto 32, de modo a ser alojada em uma porção de cauda amplificada da conformação em Y 3”B.

[0057] As Figuras 5 e 6 são, naturalmente, exemplos que mostram que é possível com diferentes configurações fazer a chave de posição do tubo e o membro antiextração da vedação em relação ao tubo.

[0058] A vedação que acaba de ser descrita é inicialmente tensionada no sentido da superfície de dentro da correia do colar. No entanto, a extremidade do tubo de fora pode ser engatada entre a superfície de dentro da correia e a vedação, deformando elasticamente a vedação contra sua tensão inicial. Uma vez feita a inserção, a vedação naturalmente tende a ser tensionada no sentido da periferia de dentro do tubo externo e, em seguida, engatada no colar. Desse modo, o tubo interno pode ser facilmente colocado, a vedação não constitui um obstáculo para esta instalação porque é pressionada contra a superfície de dentro do tubo externo e retida axialmente em relação ao colar. Se necessário, a inserção da extremidade do tubo externo entre a vedação e a correia do colar pode ser promovida pela presença de pelo menos uma rampa de inserção. Particularmente quando o colar é do tipo aberto, a possível presença de uma chave de vedação angular pode permitir garantir que as extremidades da tira em que a vedação é formada sejam deslocadas em relação à abertura do colar.

[0059] Nota-se que a correia do colar e da vedação têm diâmetros substancialmente inalterados de uma borda para a outra. Desse modo, a correia do colar e a vedação definem superfícies cilíndricas. Particularmente, são formadas a partir de tiras planas enrolada em si mesmas.

Claims

Dispositivo de preensão, caracterizado pelo fato de que compreende um colar (10) que tem uma correia (12) capaz de adotar um estado não preso e um estado preso em que seu diâmetro é reduzido em comparação ao estado não preso, e uma vedação (20) disposta dentro da correia (12) por estar retida axialmente em relação ao colar, a vedação sendo formada em uma tira (22), que está enrolada em si mesma e cujas extremidades (22A, 22B) estão configuradas para cooperar em conjunto através de um arranjo de vedação (24), no qual, no estado não preso da correia, a vedação pré-montada disposta dentro da correia passa por uma tensão no sentido da superfície de dentro da correia, a vedação sendo configurada para estar elasticamente deformada contra esta tensão para permitir a inserção de um objeto anular entre a vedação e a correia (12).
Dispositivo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a vedação pré-montada (20) é pré-tensionada pela presença, em torno da dita vedação, da correia (12) no estado não preso.
Dispositivo de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que a tensão de vedação (20) no sentido da superfície de dentro (12A) da correia (12) é causada pela tendência da tira (22) de adotar um diâmetro maior do que o diâmetro imposto pela correia em que está disposta enquanto a correia está no estado não preso.
Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que a vedação (20) tem uma borda traseira (21B) que é provida com pelo menos uma rampa de inserção (26) inclinada no sentido do eixo geométrico de enrolamento da tira na direção que se afasta axialmente da vedação a partir da dita borda traseira, a dita rampa sendo opcionalmente formada por um ressalto cuja extremidade livre (26A) é dobrada para dentro.
Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de que compreende uma chave de vedação angular (30, 32) configurada para determinar uma posição angular da vedação em relação ao colar.
Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que um dos elementos formados pela correia (12) e a vedação (20) tem uma borda de cunha (13A) e o outro elemento tem uma protuberância de cunha (28) capaz de cooperar com a borda de cunha para reter a vedação (20) em relação a um movimento relativo ao colar.
Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de que a vedação (20) tem uma borda dianteira (21A) provida com pelo menos um encosto (28) configurado para cooperar com a borda dianteira (13A) da correia (12) para reter a vedação em relação a um movimento em pelo menos uma direção (R) em relação à correia, o encosto (28) compreendendo opcionalmente um ressalto dobrado para fora.
Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que a correia tem uma janela (30) cuja borda (30A) forma uma borda de cunha, e a vedação tem um ressalto de retenção (32) que se projeta nesta janela.
Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que o arranjo de vedação (24) compreende uma conformação de engate macho/fêmea (24A, 24B) formado nas extremidades da tira (22) que formam a vedação.
Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado pelo fato de que a correia (12) e a vedação (20) têm diâmetros substancialmente inalterados de uma borda para a outra.
Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado pelo fato de que o colar (10) tem ressaltos de preensão (14A, 14B), levantados radialmente em relação à correia (12) e capazes de serem movidos em relação um ao outro para prender o colar.
Conjunto de preensão de tubos, caracterizado pelo fato de que compreende um dispositivo de preensão como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 11 e um tubo (1), cuja extremidade (1A) é capaz de ser inserida entre a vedação (20) e a correia (12).
Conjunto de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de que compreende uma chave de posição de tubo (32, 3A) determinando uma posição angular do tubo (1) em relação a pelo menos um dos elementos que compreende a vedação (20) e o colar (10).
Conjunto de acordo com a reivindicação 13, caracterizado pelo fato de que a vedação tem um ressalto de chave de posição do tubo (32) que se prolonga radialmente para fora da vedação (20) e que está configurado para ser engatado em uma fenda (3B) formada na extremidade do tubo (1).
Conjunto de acordo com qualquer uma das reivindicações 12 a 14, caracterizado pelo fato de que a vedação compreende um membro antiextração, particularmente uma aba antiextração, configurada para cooperar com uma janela (3B, 3’B, 3”B) do tubo (1) para se opor à extração da vedação do tubo.