PT97225A - Ligacao flexivel de transmissao de potencia com alma trapezoidal e elos de impulso envolvidos por um tecido - Google Patents
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Description
72 331 CAS 807-PT
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MEMÓRIA.....DESCRITIVA 0 invento pertence ao domínio das transmissões por ligação flexível, que funcionam por aderência a seco, entre uma correia de secção trapezoidal e polias em meia cana, de faces fixas, bem como de polias de abas móveis utilizadas nos variadores de velocidade.
Estes dois tipos de transmissão são utilizados, tanto nos automóveis como em máquinas agrícolas ou industriais -
As correias trapezoidais de transmissão de potência pertencem a diversas famílias de produtos que apresentam uma forma geométrica externa semelhante.
Historicamente, primeiro apareceu e ainda utilizada maioritariamente em muitas das aplicações industriais, a chamada "correia trapezoidal", designação que se aplica mais precisamente a um material compósito formado por cabos de tracção a maior parte das vezes numa superfície curva, que constitui uma armadura longitudinal de tracção, envolvida no seio de um material elastomérico, tal como borracha geralmente sintética, A transmissão dos esforços opera-se pelas faces laterais, oblíquas, graças ao contacto por atrito na parede metálica das abas cónicas das polias.
Encontram-se aí duas gerações, que diferem pelo estado superficial das faces laterais oblíquas: as correias mais antigas são envolvidas por tecido fino que assegura a resistência ao desgaste e a qualidade da aderência mecânica em funcionamento em contacto com as abas das polias. Uma outra concepção, concorrente, apareceu mais recentemente para realizar um produto final para a mesma utilização, mas no qual as faces oblíquas de contacto sobre as abas das polias são obtidas por corte mecânico, sendo este tipo de correias conhecido por correias de “flancos nus".
Foram procuradas melhorias de rendimento relativamente a es-
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3-tas técnicas tradicionais, por aumentar a resistência ao efeito de cunha, quando a compressão transversal pelas abas das polias provoca um encurvamento dos elementos de rigidez transversal que fornecem a dureza que se opõe ao esmagamento da correia.
Patentes tais como FR 2 437 531 de VARITRAC ou EP 0 242 263 e EP 0 305 227 de HUTCHINSON descrevem elementos rígidos transversais de reforço, por exemplo metálicos, que cooperam com uma armadura longitudinal de tracção, estando as duas envolvidas pelo material elastomérico da base da correia.
Tais correias trapezoidais largas são, particularmente utilizadas nos variadores de velocidade mecânicos de utilização industrial ou agrícola.
Este tipo de correias não apresenta rendimento suficiente para uma utilização no domínio da propulsão automóvel.
Pelo contrário, as exigências crescentes do variador de velocidade, e a procura da sua utilização, em particular na propulsão automóvel, deram origem a correias da mesma geometria, mas de funcionamento diferente, reagrupadas sem a denominação geral de "correias de elos de impulso".
Numerosas patentes, em particular da sociedade VAN DOORNE tais como US 3 720 113, FR 2 089 587, EP 0 000 802 e EP 0 014 013 ou EP 0 014 492, descrevem conjuntos de sólidos montados sobre uma ligação de guia, na maior parte das vezes metálica, que assegura o seu alinhamento, mas em princípio não participa na transmissão de potência.
Esta é indicada" como sendo exclusivamente assegurada pelo impulso dos elos entre si, alinhados de uma polia à outra. 0 esforço é então comunicado pela aderência mecânica do elo nas abas da polia. A concentração dos constrangimentos pode encontrar-se tão localizada que a utilização exclusiva de metais, e mesmo de metais tratados especialmente para aumentar a sua dureza, necessita da utilização em meio lubrificado. Os ditos
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4 constrangimentos de superfície excluem a utilização de elastómeros ou de plastómeros correntes.
Contudo, uma variante de cavaleiros rígidos que funcionam a seco, refere-se a plásticos armados na patente FR 2 536 486 e FR 2 527 723, e ao seu certificado FR 2 536 487 de MICHELIN, bem como na patente FR 2 625 783 de CAUTCHOUC MANUFACTURE ET PLASTIQUES, requerente da presente patente. Todos estes tipos de cavaleiros são suportados por uma correia plana, ela própria compósita, na qual os mesmos são susceptíveis de se moverem por basculamento e deslizamento relativo» A melhoria do contacto entre estes dois tipos de sólidos independentes, foi objecto de numerosos aperfeiçoamentos, entre os quais são ainda de citar as patentes DE 2 557 724 de Heynau, FR 2 540 953 de RNUR e CPIO, EP 0 073 962 de Nissan Motor, US 4 443 965 de Hattori e US 4 610 648 de Miranti, referindo-se todas a correias planas ou correias estreitas mas compridas, equipadas com cavaleiros rígidos em plástico carregado ou reforçado com fibras, cuja potência permanece contudo limitada. A análise da arte anterior mostra, com evidência, não é conhecida uma correia de transmissão, que funcione por aderência mecânica a seco, para a transmissão de potências muito elevadas, tanto na propulsão automóvel como em máquinas agrícolas ou industriais, e cuja duração de vida seja grandemente melhorada graças a uma repartição de constrangimentos no conjunto dos seus componentes. 0 objectivo do presente invento é um aperfeiçoamento da coi— reia trapezoidal, que combina as propriedades das diferentes famílias conhecidas da arte anterior, sem se prender exclusivamente a uma destas categorias, e reúne as vantagens próprias de uma e de outra destas famílias. A mesma recorre, para a alma sem-fim de uma correia de elos de impulso, a uma correia trapezoidal, de preferência, do tipo dito de flancos nus»
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Os estribos rígidos, que se montam na mesma, agem como elos de impulso, guiados nas suas faces interiores pelas paredes oblíquas da dita correia trapezoidal» Contudo, as suas faces exteriores não são utilizadas directamente para o contacto nas abas das polias, mas são revestidas por um tecido elástico revestido por elastómero que assegura a ligação mecânica, permitindo a deformabilidade de elo a elo, bem como a aderência mecânica final nas abas das polias»
No conjunto assim constituído, a resistência à compressão transversal é assegurada pelos cavaleiros rígidos. Estes não aderindo, por intermédio do elastómero, à armadura têxtil de tracção, os constrangimentos, ficam melhor repartidos em todos os componentes, cujas propriedades podem ser exploradas a um nível de eficácia acrescida, que corresponde à soma das possibilidades de uma correia trapezoidal e de uma correia de elos de impulso, sem necessidade de lubrificação externa. 0 invento é pois uma ligação flexível de transmissão de potência, de relação fixa ou de relação variável por polias de meia cana, que funcionam por aderência a seco, constituída por uma alma sem-fim, flexível e quase inelástica, equipada com elos de impulso transversalmente rígidos. A mesma é caracterizada por a dita alma sem-fim ser formada por uma correia trapezoidal com flancos oblíquos, em contacto com as faces interiores dos elos com forma de estribo que rodeiam a dita alma sem-fim, e por os ditos estribos rígidos estarem envolvidos por um tecido de envolvimento, que forma a superfície de contacto com as abas das polias de transmissão. 0 invento será melhor compreendido com a leitura da descrição anexa aos desenhos, os quais: - a figura 1 é uma vista em perspectiva que situa a ligação flexível de acordo com o invento numa transmissão por aderência mecânica a seco; - a figura 2 é uma vista lateral em corte parcial que mostra
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-6-alguns elos alinhados na alma sem-fim; - a figura 3 é um corte recto que corta a dita alma sem--fim entre dois elos; - a figura 4 é uma vista por cima de um único estribo rígido que mostra a presença de chanfros; - a figura 5 é uma variante com elos constituídos por estribos fechados, na vista 5a no estado livre, e na vista 5b depois da montagem dos elementos de ligação flexível de transmissão. A figura 1 é uma vista em perspectiva que esquematiza os componentes de uma correia de transmissão que serve de ligação flexível de acordo com o invento. A correia de transmissão 1 é composta por uma alma sem-fim 2, normalmente coberta por um tecido de envolvimento 3 e que mostra uma secção recta, parcialmente encerrada pelos estribos rígidos 4. 0 empilhamento destes, alinhados na direcção D para transmitir a potência a uma polia receptora 5, age essencialmente por impulso recíproco dos elos formados pelos estribos rígidos 4, impulso alimentado pela passagem dos ditos estribos rígidos na polia motriz 6-
Isto é a interpretação do funcionamento dos elos de impulso, na qual a existência de uma alma sem-fim, tensa entre as duas polias, serve exclusivamente de suporte de guia. Pelo contrário, uma correia trapezoidal que ocupa o mesmo atravancamento, exerce um esforço a partir da polia motriz 6 para a polia receptora 5, pelo diferencial de tensão entre um troço tenso - que será aqui representado pela trajectória rectilínea superior - e um troço de retorno com fraca tensão ao nível do alinhamento inferior mostrado pela direcção D. A correia de transmissão compósita ou ligação flexível de acordo com o invento, tem uma utilização que deve ser interpretada como a soma destes dois tipos de funcionamento. As i* « -7- ' ^ίβΒΒΡι
72 331 CAS 807-PT polias, receptora 5 e motriz 6, foram aqui representadas como as de um variador de velocidade com relações variáveis por deslocamento axial de uma aba relativamente à outra (por meios não representados). É, contudo, lícito aplicar um incremento dos rendimentos, pela utilização de uma ligação flexível de transmissão de acordo com o invento, numa transmissão por aderência de relação fixa, cujas polias de meia cana têm largura constante. A figura 2 é uma vista lateral, que corta parcialmente o tecido de envolvimento para mostrar alguns estribos rígidos rodeando a alma sem-fim.
Os estribos rígidos 4, vistos lateralmente, estão dispostos montados numa alma sem-fim 2, representada na trajectória rectilínea que liga as duas polias de uma transmissão com ligação flexível. A transmissão de potência faz-se maioritariamente pelo apoio recíproco dos estribos rígidos 4 pelas suas faces paralelas 7.
As suas faces oblíquas 8 estão simetricamente deslocadas, como representado, para permitir o enrolamento, num raio mínimo, durante o apoio nas abas das polias. Numa variante, não representada, as ditas faces oblíquas estão deslocadas, de maneira assimétrica, estando uma delas no prolongamento de uma das faces paralelas 7. A entrada e a saída desta trajectória rectilínea provoca um deslocamento do apoio na zona de contacto C entre os dois estribos rígidos sucessivos, realizados em materiais poliméricos reforçados, de módulo elevado, ou em metal. Uma característica fundamental do invento é a alma sem-fim 2, constituída por uma correia trapezoidal de estrutura compósita clássica, cuja superfície curva de tracção 9 é formada por cordões ou retorcidos de fibra têxtil de módulo elevado. Numa realização preferencial, a dita superfície curva de tracção 9 é formada por fibras de aramida, tratadas para uma ligação íntima com a composição elastomérica da base da dita correia trapezoidal. 72 331 ✓ £ ^ CAS 807-ΡΤ -8- 0 tecido de envolvimento 3, disposto por cima do empilhamento dos estribos rígidos 4, está mostrado em corte. A sua existência necessita da criação de chanfros 11 em toda a periferia dos ditos estribos rígidos 4, para permitir a deformabilidade do dito tecido de envolvimento 3, na zona 10 paralela à superfície curva de tracção 9, durante a passagem dos ditos estribos rígidos 4 de uma trajectória curva (enrolada na polia) para uma trajectória rectilínea. Com efeito, produz-se entre dois estribos rígidos sucessivos uma rotação, mais ou menos perfeita seguindo a ligação das faces paralelas 7 às faces oblíquas 8, na zona de contacto C, provocando o afastamento e a reaproximação das suas extremidades altas e baixas ao nível do chanfro 11.
Por esta razão, o tecido de envolvimento 3, constituído por um tecido elástico revestido por uma composição elastomérica, representada por razões de descrição, retirada da face dianteira do estribo rígido 4, e desprendida longitudinalmente na zona 10 e seguindo parcialmente o chanfro 11, devido à aderência simultânea à vulcanização da composição elastomérica que impregna o tecido elástico.
Este tecido de envolvimento 3, vantajosamente disposto obliquamente relativamente à correia compósita, pode ser utilizado em espessura simples ou múltipla. A figura 3 é uma secção recta da correia entre dois estribos rígidos que formam elos, estando pois cortados unicamente a alma sem-fim e o tecido de envolvimento. A alma sem-fim 2 pode ser constituída por uma correia trapezoidal envolvida, mas é, de preferência, constituída, como representada, por umâ correia trapezoidal de flancos nus. Neste caso, os flancos oblíquos 12 são obtidos por corte de uma manga cilíndrica de grande comprimento no seio da qual é formada, por enrolamento, a superfície curva de tracção 9, mergulhada numa base de composição elastomérica 13. A dita superfície curva de tracção 9 é constituída por um
72 331 CAS 807-PT & -9-cordão ou fibras retorcidas de aramida ou outro material têxtil de módulo elevado, tratado quimicamente para assegurar a ligação íntima com a composição elastomérica de base da correia. 0 estri-bo rígido 4, visível não cortado atrás da secção recta, está em contacto com os flancos oblíquos 12 da alma sem-fim 2, por toda a altura dos seus flancos interiores 14. A dita alma sem-fim 2 é reforçada, na zona situada entre a superfície de tracção 9 e a base menor do trapézio 15, quer por dobras têxteis, quer por fibras curtas, de modo a resistir à compressão sob o efeito de cunha que se produz no enrolamento numa polia. Durante a curvatura, este material reforçado, longitudinalmente elástico, vem assentai—se nas faces interiores 14 do estribo rígido 4. Os estribos rígidos 4, cortados em bisel na direcção perpendicular (longitudinal), aproximam-se e participam assim na compressão volumétrica desta parte da alma sem-fim 2, situada entre a fibra neutra, ao nível da superfície curva de tracção 9, e a base menor do trapézio 15. É pois compreensível que os constrangimentos nitidamente mais elevados que os verificados na utilização corrente de uma correia trapezoidal pudessem ser exercidos pelas paredes rígidas constituídas pelas faces interiores 14 dos estribos rígidos 4, que não se separam dos flancos oblíquos 12 da alma sem-fim 2, mas pelo contrário acompanham a dita alma sem-fim 2, para contacto sem constrangimento, na sua trajectória rectilínea entre as polias.
Ora, pressões da mesma ordem de grandeza, porque são a consequência, exercem-se de maneira análoga nas faces oblíquas exteriores do estribo rígido 4 aplicadas pelo seu apoio nas abas das polias.
Os riscos de constrangimentos alternados são consideravelmente reduzidos, devido à utilização de uma alma sem-fim 2 com a forma de correia trapezoidal, é a razão pela qual as potências, transmitidas pelo órgão de transmissão assim realizado, podem ser portanto mais elevadas.
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Verifica-se que na trajectória rectilínea, os estribos rígidos 4, que formam os elos, permanecem empilhados e comprimidos pelas suas faces paralelas, pelo menos, na zona de contacto C, sobre um troço dito de retorno para a dita alma sem--fim 2, na qual a superfície curva de tracção 9 está menos tensa. No seu troço tenso, os estribos rígidos 4, que formam os elos já não estão, necessariamente, em contacto entre si, e podem permanecer livres, particularmente sob o efeito da gravidade.
Para remediar este risco, os ganchos laterais 16 dispostos nos estribos rígidos 4, vêm encerrar parcialmente a base maior 17 da alma sem-fim 2. A colocação dos estribos rígidos 4, durante a montagem, faz-se forçando a própria elasticidade da dita alma sem-fim 2, não reforçada acima da fibra neutra, entre a superfície curva de tracção 9 e a base maior 17.
Contudo, entre o estado curvo e a trajectória rectilínea, esta última zona sofre uma variação elástica de comprimento que não apresenta o material do estribo rígido 4 na zona dos ganchos laterais 16 e, por esta razão, podem-se produzir micro-deslizamentos longitudinais entre os dois tipos de componentes. É então vantajoso munir a base maior 17 da alma sem-fim 2 com um envolvimento de baixo coeficiente de atrito 18, por exemplo um filme fino de polietileno de massa molecular muito alta, ou de polite-trafluoridrato de etileno. 0 tecido de envolvimento 3 reveste todas as faces exteriores dos estribos rígidos 4 e é colado, pelo menos, às suas faces oblíquas exteriores por um segundo com tratamento térmico, posterior à montagem. Ele pode ser, de acordo com a aplicação, interrompido, â direita de cada gancho lateral 16, como representado, ou prosseguido então com recobrimento por cima da base maior 17, na qual ela não se colará, devido à presença deste envolvimento de baixo coeficiente de atrito 18. A figura 4 é uma vista de cima do único estribo rígido 4 para explicitar a presença do chanfro 11, em todas as suas arestas, sendo o seu objectivo permitir a deformabilidade do tecido de }
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-11-envolvimento- Uma parte alta 19 do chanfro recobre igualmente a zona dos ganchos laterais 16, para manter colado o bordo interrompido do tecido de envolvimento, particularmente quando se exerce a força centrífuga no enrolamento em cada polia. Nas aplicações de velocidade suficientemente reduzidas, este tecido de envolvimento, deformável, pode ser encerrado sobre si mesmo, com recobrimento, produzindo-se a colagem em apoio no envolvimento de baixo coeficiente de atrito da base maior da alma sem-fim, superfície que não se mantém solidária, permitindo assim os microdeslocamentos entre esta e os estribos rígidos. A figura 5 representa uma variante de realização do estribo rígido, encerrado por uma lingueta por cima da alma sem-fim, variante que minimiza os riscos de fadiga devidos aos constrangimentos alternados, que se localizam na parte biselada do estribo rígido 4 da variante anteriormente descrita, aberta em U, lá onde a espessura é justamente reduzida. A vista 5a é uma vista parcial de um estribo fechado 20 do estado livre, saindo do fabrico, a vista 5b mostra o dito estribo fechado 20, posicionado na alma sem-fim 2, vista em corte. 0 estribo fechado 20 está equipado com uma lingueta 21, articulada por uma charneira 22, vinda de moldagem, por exemplo, como representado na vista 5a _
Num dispositivo de montagem, que deve poder ser automatizado para uma cadência de produção elevada, a lingueta 21 é encerrada por uma guia apropriada, depois da colocação de cada estribo fechado 20 montado na alma sem-fim. Um rebordo 23 retém, eventualmente fixado provisoriamente, a extremidade da dita lingueta. De qualquer forma, o fecho é assegurado pelo encaixe previsto nas cavidades 24 e nas protuberâncias conjugadas 25, dispostas sobre o corpo do estribo fechado 20 e na lingueta 21. São então possíveis três disposições, numa, as cavidades 24 estão dispostas no corpo do estribo fechado 20, sendo as protuberâncias conjugadas 25 então suportadas pela lingueta 21, na configuração inversa, as cavidades 24 estão colocadas na lingueta 21, sendo as
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protuberâncias conjugadas 25 então suportadas pelo corpo do estribo fechado 20. Uma terceira possibilidade consiste em colocar cada um dos elementos, a cavidade 24 e a protuberância conjugada 25, uma sobre o corpo do estribo fechado 20, e a outra sobre a lingueta 21.
Um processo de soldadura contínua, por exemplo, por ultra--sons, ou então uma colagem tal como por cola de cianocrilato ou todo o processo de montagem análogo, permite o eventual fecho definitivo dos ditos estribos por cima da alma sem-fim 2.
Assim, o estribo fechado 20, mostrado na vista 5b, que recebe nas suas faces interiores 14, pelo intermédio dos flancos oblíquos 12 da alma sem-fim 2, os constrangimentos de compressão que podem ser elevados, é melhor a fim de resistir à fadiga alternada.
Durante a montagem, o número de elos constituídos pelos estribos rígidos 4 ou pelos estribos fechados 20 é escolhido de modo a estabelecer um jogo, que é absorvido durante a passagem da ligação flexível de transmissão entre os raios mais reduzidos do enrolamento nas polias, e as duas trajectórias rectilíneas. Com efeito, devido ao basculamento das zonas de contacto C entre os estribos, esta configuração tem como resultado, para o empilhamento dos estribos fechados 20, um comprimento desenvolvido superior ao que a mesma tomaria numa configuração circular.
Os ditos jogos devem pois ser equilibrados durante a colocação do tecido de envolvimento 3 por cima dos ditos estribos. Para favorecer os microdeslocamentos que se produzem entre a alma sem-fim 2 e a face superior dos estribos fechados 20, constituída pela lingueta 21, a base maior 17 da alma sem-fim 2 está, de preferência, equipada com um revestimento de baixo coeficiente de atrito 18. A fim de melhorar o atrito das suas faces oblíquas exteriores 26 nas abas das polias, os estribos fechados 20 estão revestidos com tecido de envolvimento 3 que é, de preferência,
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-13- Λ. colado apenas às faces oblíquas exteriores 26. A presença do dito tecido de envolvimento 3 não é indispensável na base menor e na base maior exterior do trapézio assim constituída, mas a sua elasticidade permitida por uma solidarizaçao parcial, por colagem, ao estribo fechado 20, ao longo dos chanfros 11 que seguem cada uma das arestas do dito estribo fechado 20, participa na equilibragem dos jogos entre os estribos.
Além disso, o mesmo assegura um certo amortecimento dos riscos vibratórios, por basculamento na zona de contacto C durante rotações recíprocas. 0 tecido de envolvimento 3 pode estar encerrado e colado sobre si mesmo por recobrimento por cima da lingueta 21, como representado.
Um processo preferido de fabrico da ligação flexível de transmissão, de acordo com o invento, inclui dois ciclos térmicos para cada componente. Os estribos rígidos ou os estribos fechados são previamente fabricados por moldação por injecção em molde fechado, que inclui um grande número de gravações. Os mesmos são feitos, por exemplo, de poliamida semi-aromática, de preferência, reforçada por fibras curtas, e o seu número pode, com efeito, ser da ordem de duzentos a trezentos elos para uma ligação flexível de transmissão com o desenvolvimento de um metro. A realização da alma sem-fim recorre aos processos conhecidos de realização de correias trapezoidais envolvidas ou com flancos nus. Numa variante, que utiliza o retorno das correias unitárias, é confeccionada uma manga cilíndrica de comprimento apropriado por sucessão de camadas, sendo a primeira constituída por o revestimento de baixo coeficiente de atrito como, por exemplo, uma película de polietileno de massa molecular muito grande ou de poli(tetrafluoreto de etileno). A base em composição elastomérica está disposta por cima e por baixo da superfície curva de tracção formada, por exemplo, de um retorcido de poliamida aromática tratado para assegurar a aderência com a composição elastomérica. As camadas reforçadas por tecido ou por fibras curtas são em seguida dispostas para
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-14-formar a zona da alma sem-fim resistente à compressão transvei— sal. A dita manga cilíndrica é então vulcanizada por tratamento térmico sob pressão, à volta de um núcleo interno que tende para um estado superficial polido do revestimento de baixo coeficiente de atrito- Depois a manga é cortada em almas sem-fim individuais que são em seguida viradas» A montagem dos estribos na alma sem-fim é uma operação necessariamente mecanizada, devido ao número elevado de componentes» Os estribos rígidos são forçados para fazer transpor os ganchos laterais na zona de base maior e da superfície curva de tracção da alma sem-fim»
Na variante com estribos fechados as linguetas são rebatidas depois da montagem, sendo o seu fecho permitido pela flexão da charneira. Procede-se, eventualmente, à soldadura ou colagem das protuberâncias conjugadas nas concavidades das cavidades por um processo contínuo, que torna assim a montagem posteriormente indesmontável.
Num caso como no outro, o conjunto é revestido pelo tecido de envolvimento, eventualmente com o depósito prévio de uma camada de adesivo nas superfícies a solidarizar, sendo os bordos quer parcialmente rebatidos, quer sobrepostos para assegurar o fecho» 0 conjunto que constitui a ligação flexível de transmissão é então encerrado num molde, de maneira a pressionar o tecido deformável nas faces externas dos estribos e seus chanfros. Um tratamento térmico apropriado assegura a ligação do tecido de envolvimento aos estribos, sem prejudicar os materiais já vulcanizados que formam a alma sem-fim. A correia compósita que forma a ligação flexível de transmissão assim realizada pode ser utilizada como uma correia trapezoidal ou como uma correia larga, que equipa um variador de velocidade. A mesma apresenta relativamente às soluções da arte anterior as seguintes vantagens: -15- /k
72 331 CAS 807-PT - os rendimentos podem ser considerados como a soma das possibilidades das transmissões com elos de impulso, que funcionam a seco, e da correia trapezoidal que os suporta; - o contacto recíproco dos estribos e da alma sem-fim, pelas paredes oblíquas, assegura automaticamente a centragem e o alinhamento dos estribos que formam os elos; - o deslizamento relativo dos componentes, constatado nas transmissões com elos de impulso, é minimizado pela aderência mecânica dos estribos que formam os elos nas paredes oblíquas deformáveis da alma sem-fim; - a ligação flexível de transmissão resultante alia à aderência mecânica das correias trapezoidais conhecidas da arte anterior, a incompressibílidade transversal das ligações flexíveis com elos rígidos; - a presença do tecido de envolvimento que serve para a aderência mecânica nas abas das polias dos estribos que formam os elos, liga-os entre si, elasticamente, com o amortecimento dos riscos de vibrações às frequências acusticamente incómodas; - a não solidarização, por fadiga alternada, dos componentes da alma sem-fim é minimizada por uma melhor repartição dos constrangimentos numa superfície que permanece em contacto permanente com o estribo que forma o elo; - o fabrico, em grandes séries, somente de algumas medidas de estribos, autoriza a constituição de ligações flexíveis de todos os comprimentos primitivos de correias do mercado, tornando, por este facto, a produção particularmente económica.
Sem sair do âmbito do invento, o perito da arte pode combinar todas as variações de forma e todas as dimensões para assegurar uma transmissão de bom rendimento por ligação flexível entre polias de meia cana, não necessariamente limitada a duas polias.
Claims (11)
- . ... . ...72 331 CAS 807-PT R.....E.....I.....VINDICAC.....Ô E S 1 - Ligação flexível de transmissão de potência de relação fixa ou de relação variável,, por polias em meia cana, que funciona por aderência a seco, constituída por uma alma sem-fim, flexível e quase não elástica, munida com elos de impulso, rígidos transversalmente, caracterizada por a dita alma sem-fim (2) ser formada por uma correia trapezoidal com flancos oblíquos (12) em contacto com as faces interiores (14) dos elos de impulso com forma de estribo (4) ou (20) rodeando a dita alma sem-fim (2) e por os ditos estribos rígidos, estarem envolvidos por um tecido de envolvimento (3) que forma a superfície em contacto com as abas das polias de transmissão (5) (6).
- 2 - Ligação flexível de transmissão de potência de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a alma sem-fim (2) ser formada por uma correia trapezoidal com flancos oblíquos (12), envolvida»
- 3 - Ligação flexível de transmissão de potência de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a alma sem-fim (2) ser formada por uma correia trapezoidal de flancos oblíquos (12) nus.
- 4 - Ligação flexível de transmissão de potência de acordo com uma das reivindicações 1 a 3, caracterizada por a alma sem--fim (2) estar munida, na sua base maior (17), com um revestimento de baixo coeficiente de atrito (18), sobre o qual assentam os elos em forma de estribo (4) ou (20), durante a trajectória rec-tilínea no troço de retorno.
- 5 - Ligação flexível de transmissão de potência de acordo com uma das reivindicações 1 a 4, caracterizada por o tecido de envolvimento (3) revestir a totalidade das superfícies exteriores dos elos de impulso com forma de estribo (4) ou (20).
- 6 - Ligação flexível de transmissão de potência de acordo com a reivindicação 5, caracterizada por o tecido de envolvimento (3) estar disposto em camadas múltiplas sobre a superfície exte- -17- 72 331 CAS 807-PT rior dos elos de impulso com forma de estribo (4) ou (20).
- 7 - Ligação flexível de transmissão de potência de acordo com uma das reivindicações 5 ou 6, caracterizada por o tecido de envolvimento (3) estar colado sobre as faces oblíquas exteriores (26) dos elos de impulso com forma de estribo (4) ou (20). >
- 8 - Ligação flexível de transmissão de potência de acordo com a reivindicação 7, caracterizada por o tecido de envolvimento (3) estar colado igualmente ao longo de um chanfro (11) que segue cada uma das arestas dos elos de impulso com forma de estribo (4) ou (20).
- 9 - Ligação flexível de transmissão de potência de acordo com uma das reivindicações 1 a 8, caracterizada por cada um dos elos de impulso ser constituído por um estribo rígido (4), revestido pelo tecido de envolvimento (3), fechado sobre ele próprio,, por sobreposição das suas extremidades por cima do revestimento de baixo coeficiente de atrito (18), com que está munida a base maior (17) da alma sem-fim (2) e com o qual não está solidária. >·
- 10 - Ligação flexível de transmissão de potência de acordo com uma das reivindicações de 1 a 8, caracterizada por cada um dos elos de impulso ser constituído por um estribo fechado (20), que inclui uma lingueta (21) que vem encerrar a alma sem-fim (2) por engate nas cavidades (24) de protuberâncias conjugadas (25).
- 11 - Ligação flexível de transmissão de potência de acordo com a reivindicação 10, caracterizada por o fecho definitivo de cada estribo fechado (20) ser assegurado por soldadura ou colagem nas cavidades (24) das protuberâncias conjugadas (25).Por CA0UTCH0UC MANUFACTURE ET PLASTIQUES
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