PT96137B - Processo para a identificacao duravel de chapas de vidro,aplicacao do processo e vidros de automoveis providos com uma identificacao - Google Patents

Description

defeitos pode ser rápidamente reconhecida e sem equívocos. A identificação de peças apresenta dificuldades quando essas peças são subsne tidas» no decurso da sua moldagem, a um tratamento térmico a uma temperatura elevada que pode atingir aproximadamente 5ΘΘ a 6ΘΘ2. C. Acontece assim, por exemplo, chapas de vidro que são transformadas em vidros de automóveis arqueados e/ou temperados ou também peças metálicas que são aquecidas a uma temperatura elevada no decurso do seu processo da moldagem. Nestes casos, os métodos de identificação habituais por meio de corantes orgânicos ou de tintas não resultam porque esses corantes ou tintas queimam-se ãs temperaturas do tratamento térmico, de maneira que a identificação deixa de ser visível.

Nesses casos, ê possível obter-se uma identificação durável para impressão por meio dum esmalte de cozimento, de base inôrgsnica, que funde e coze às temperaturas do tratamento térmico. Os esmaltes de cozer habituais para este fim não podem no entanto ser aplicados senão por certos processos de impressão, em particular, por serigrafia. O processo serigrâfico todavia não é conveniente quando é preciso apôr uma identificação que varia constantemente, como é o caso, por exemplo, da identificação individual com vista ao seguimento dos produtos. Neste caso, é preciso utilizar um écran diferente para cada peça, de forma que a identificação por uma inscrição traçada num esmalte em pasta aplicada por serigrafia está excluída por razões económicas. 0 presente invento tem por finalidade conseguir um processo para apôr uma identificação ou uma inscrição sobre peças que são submetidas a um tratamento térmico a uma temperatura no decurso da sua moldagem, o que permite uma identificação variável e durável e que é simples e pouco onerosa da realizar. Em particular, o processo deve ser conveniente para a identificação individual de chapas de vidro que são submetidas a um processo de arqueamento e/ou de têmpera.

De acordo com o invento, esta finalidade é atingida aplicando—se sobre a superfície da peça* uma camada coerente dum esmalte de cozimento inorgânico e apondo a marcação ou inscrição que serve para a identificação sobre esta camada de esmalte de cozimento inorgânico por meio dum corante orgânico que á aplicado ou antes da aplicação da camada de esmalte de cozimento inorgânico sobre a superfície da peça, ou depois da aplicação e secagem da camada de esmalte de cozimento inorgânico e cozendo em seguida o esmalte de cozimento inorgânico no decurso do tratamento térmico da peça. A camada de esmalte de cozimento inorgânico que forma, depois da cozedura, um revestimento do tipo vitrificado ou esmaltado, é aplicada sob a forma de camada coerente que, como tal, não contem nem marca nem inscrição no momento da sua aplicação. A aplicação do esmalte de cozimento inorgânico sob a forma duma camada uniforme de superfície estendida é consaqueniamenie simples e pode ser realizada pelos métodos conhecidos e habituais por exemplo por serigrafia. A identificação própriamenie dita, pelo contrário, é realizada por meio dum corante orgânico que é aplicado em cada caso sob uma forma específica pretendida, de sinais, algarismos ou de caracteres e isto num ponto da peça sobre o qual a camada estendida de esmalte de cozimento inorgânico é igualmente aplicada. A identificação por meio dum corante orgânico ê realizada por inscrição ou impressão da superfície da peça por baixo da camada de esmalte de cozer inorgânico ou por inscrição ou impressão da camada de esmalte de cozer inorgânico mas isto depois da secagem e antes da cozedura dessa camada.

Quando a inscrição ou impressão é realizada antes da aplicação da camada de esmalte de cozer inorgânico, a fusão

desta camada de esmalte de coser inorgânico faz aparecer nessa camada perturbações e lacunas que subsistem mesmo depois do cozimento e arrefecimento da peça. Supõe-se que este efeito resulta do facto de, durante o tratamento térmico que provoca a fusão da camada de esmalte, o corante orgânico subjacente ao esmalte de coser, queimar—se ou evaporar-se e que os produtos de combustão ou de evaporação escaparem-se através da camada de esmalte de coser fundida perfurando esta camada. Este facto cria as perturbações e lacunas na camada de superfície acima indicadas. Estas perturbações e lacunas na estrutura da camada vitrifiçada ou esmaltada persistem nesta camada. Elas reproduzem a inscrição aplicada por meio do corante orgânico na camada vitrifiçada ou esmaltada, entretanto submetida a cozimento de forma bem visível à vista e aliás sob a forma de pequenas lacunas e interrupções na camada recosida.

No caso de a aplicação da inscrição ou marcação constituída pelo corante orgânico e camada coerente de esmalte de cozimento inorgânico ser realizada por ordem inversa, isto é, quando a inscrição ou marcação é aplicada sobre a camada de esmalte de cozimento inorgânico secado, obtem—se de maneira semelhante uma modificação durável bem visível da superfície da camada de corante inorgânico, durante o cozimento. Neste caso, não são obtidas pequenas lacunas na camada de esmalte, mas a superfície de esmalte de cozimento sofre durante o cozimento nos locais onde o corante orgânico adere, modificações superficiais locais que são nitidamente reconhecíveis, em particular, â luz rasante. Estas modificações superficiais formam iguaimanie marcações duráveis e invariáveis porque estão presentes na superfície da camada de esmalta cozido. É impossível uma modificação posterior da identificação sem destruir a camada de esmalte, de maneira que é atingida desta forma a finalidade do invento. 4

Sabendo-se que, em princípio, se pode utilizar um qualquer corante orgânico e um qualquer processo de impressão para aplicar este corante, é possível utilizar processos de impressão pouco onerosos e variáveis que podem ser fácilmente automatizados. Impressores com jacto de tinta correntes, que podem ser comandados ou accionados de maneira inteiramente automática, têm—se demonstrado particularmente úteis para este fim, de maneira que as peças podem ser providas, sem dificuldades, por exemplo individualmente, de números crescentes ou de outras ídentificaçães com variação contínua. 0 esmalte de cozimento inorgânico ou a camada vitrifiçada ou esmaltada pode ser aplicada também por qualquer processo de impressão apropriado. Um processo particularmente apropriado para este efeito é o processo de serigrafia que, neste caso, pode ser aplicado económicemente porque se pode, independentemente da identificação em questão, aplicar-se um motivo de impressão sempre constante, cuja forma e dimensães devem ser simplesmente escolhidas de tal maneira que o campo ocupado pelo esmalte de cozimento cubra o conjunto do espaço ocupado pela inscrição ou identificação.

No caso de vidros de automóveis, é actualmente corrente aplicar sobre o contorno do vidro uma impressão em forma de moldura constituída por um esmalte de cozer opaco. Este revestimento de contorno em forma de moldura está geralmente previsto sobre vidros de automóveis que são fixados por meio dum adesivo â aba de fixação da abertura da janela de carrosseria. Este revestimento opaco de contorno está previsto, por um lado, para dissimular ou disfarçar do exterior o cordão adesivo e, por outro lado, para proteger o adesivo contra os raios ultravioletas. Para este revestimento de contorno, utiliza-se geralmente esmaltes de cozer do tipo vitrifiçado ou esmaltado que são tratados a uma temperatura

C da aproximadamente 55@ a GQBQ. C. Quando são impressas vidraças tendo este revestimento de contorno, a identificação por maio do corante orgânico é realizada no local situado nesse revestimento. Torna—se portanto inútil uma impressão suplementar do campo de identificação e só ê necessária neste caso a identificação ou inscrição por intermédio do corante orgânico. 0 invento será melhor explicado no seguimento, com referência ao desenho anexo, no qual l A Figura 1 é uma vista fragmentária dum vidro tendo uma inscrição aplicada de acordo com o invento, e A Figura 2 é uma vista f ragment-ária dum vidro de automóvel tendo um revestimento de contorno em forma de moldura e uma identificação disposta no interior do revestimento de contorno. A Figura i representa uma vidraça em vidro flot-té que está provida duma identificação 2 num certo local. A identificação 2 é formada, no caso representado, por uma série de algarismos 3. Cada algarismo ê constituído de pontos individuais 4. Os pontos individuais 4 são formados ou de lacunas completas numa camada opaca 5 formada dum esmalte recozido, ou de alteraçSes físicas ou químicas superficiais menores na superfície do esmalte recozido. Os algarismos 3 têm uma altura H que se eleva por exemplo a 4 mm. Os pontos individuais 4 têm um diâmetro de aproximadamente Q,1 -a 0,5 mm e apresentam um espaçamento recíproco entre centros de aproximadamente 0,2 a 0,8 mm. a

Para realizar a identificação, utiliza-se uma impressora com jacto de tinta do tipo clássico. Numa primeira forma de realização do invento, por meio desta impressora de jacto de tinia, aplica-se um fluído corante orgânico, sob forma duma rede de pontos, direciamente sobre a superfície do vidro. A iífulo de líquido corante, utiliza-se a tini-a negra habitual para impressão com jacto de tini-a. A impressão com jacto de tinta é comandada por uma unidade de comando que aplica auiomáiicamenie sobre cada vidro a identificar, a identificação individualizando essa vidro.

Quando estão secas as pequenas gotas de tinta aplicadas pela impressora com jacto de tinta sobre a superfície do vidro, o que acontece vulgarmente com muita rapidez, a espessura de camada dos pontos coloridos que formam os algarismos 3 é aproximadamente 1 a 4 jà. Por cima dos algarismos 3 formados pelos pontos coloridos, é então impressa uma camada coerente 5 por serigrafia por meio duma pasta de imprimir dum esmalte de recozer. A pasta serigráfica é submetida a um processo da secagem que é específicamente apropriado para a pasta considerada e que pode compreender, segundo a composição do corante serigráfico, uma exposição a uma radiação infra—vermelha ou a uma radiação ultravioleta. Depois da secagem do corante serigráfico, o vidro é aquecido à temperatura de cozimento do corante serigráfico, por exemplo, aproximadamente S0Q2. C. No decurso deste processo de aquecimento, o corante orgânico situado por baixo da camada, queima-se ou evapora-se.

Os produtos de combustão'ou os gases criados durante a evaporação atravessam a camada em decurso em fusão 5 e aí formam-se furos duráveis que apresentam a forma e a disposição de pontos constituídos pelo corante orgânico. A identificação assim obtida é nitidamente visível dos dois lados do vidro, tanto em transmissão como em reflexão.

De acordo com a segunda forma de realização do invento, imprime-se primeiro, por serigrafia, uma camada coerente 5 sobre a superfície do vidro 1, por meio duro esmalte de recozer em forma de pasta de imprimir. Quando a

camada impressa 5 está seca ou endurecida por exposição a uma radiação ultravioleta, imprime—se sobre a camada 5, por meio duma impressora de jacto de tinta habitual, a identificação constituída dos caracteres 3. A título de fluído corante orgânico, utiliza-se de novo a tinta habitual para impressora de jacto de tinta, cuja secagem é relativamente rápida. Em seguida, efectua—se o processo de cozimento da camada 5 a uma temperatura de aproximadamente 8ΘΘ& C. Depois da cozedura, os pontos individuais 4 são constituídos por alterações físicas ou químicas menores na superfície da camada 5. A identificação não pode ser observada, neste caso, senão do lado do vidro 1, sobre o qual a camada 5 é aplicada. A partir do outro lado, isto ê, através do vidro 1, não se observa nenhuma irregularidade nem alteração da camada 5.

No vidro de automóvel representado em vista fragmentária na Figura 2, o vidro 7 está provido dum revestimento 8 em forma de moldura de contorno. O revestimento 8 é constituído por um esmalte de cozimento inorgânico opaco. No interior desta camada 8 é aplicada, num ponto apropriado, uma identificação 3 constituída por símbolos, caracteres ou algarismos escolhidos. Os símbolos, caracteres ou algarismos que constituem a identificação 9 são formados por pequenas alterações pontuais da camada 8.

Imprime-se primeiramente sobre o vidro 7 plano, à temperatura ambiente, por meio do processo de serigrafia, o revestimento 8 em forma de moldura, sob a forma duma pasta de imprimir constituída por um esmalte da cozimento inorgânico opaco. Submete-se em seguida o vidro a um processo de secagem implicando uma exposição a uma radiação infra-vermelha ou, segundo a composição da pasta a imprimir, uma exposição a uma radiação ultravioleta. Depois, realiza—se a impressão ou ident-ificação sobre o revestimento em forma de moldura 8, de novo por meio duma impressora com jacto de tinta com comando automático. Logo que o corante orgânico está seco, o vidro é aquecido de maneira habitual â sua temperatura de arqueamento de aproximadamente 6ΘΘ51 C e é trazido -à forma pretendida. Mo decurso do processo de aquecimento, o corante orgânico modifica ou altera a camada 8 durante a fusão ao nível da sua superfície e forma, sobre esta camada 8, a identificação pretendida de forma durável.

R E S U H G

Para a identificação durável dum vidro Cl) por meio dum esmalte de cozimento inorgânico, é aplicada sobre a superfície de vidro uma camada coerente C5} dum esmalte de cozimento inorgânico. Antes da aplicação da camada CS) de esmalte de cozimento inorgânico sobre a superfície do vidro, ou depois da aplicação e secagem desta camada ¢5), imprime—se sobre essa mesma camada C5), por meio duma impressão com jacto de tinta, a identificação constituída por um corante orgânico. Em seguida, coze—se a camada ¢5). Nos pontos da camada CS) providos de tinta de impressão no interior dessa camada C5) ou sobre a sua superfície, a cozedura faz aparecer alteraçães locais que tornam a identificação nitidamente visível.

Claims (1)

1. R E i V IN DICA -COES í— — Processo para apôr unta identificação ou uma inscrição durável sobre peças que são submetidas a um tratamento térmico no decurso da sua moldagem e isto antes da execução desse tratamento térmico, sm particular, para apôr uma identificação ou uma inscrição sobre chapas de vidro antes do seu aquecimento, por exemplo, à temperatura de arqueamento ou de têmpera, caracterizado pelo facto de se aplicar, sobre uma superfície determinada de peça, uma camada coerente dum esmalte de cozimento inorgânico e aplicar-se a marcação ou a inscrição que serve de identificação sobre a referida superfície, por meio dum corante orgânico que é aplicado ou antes da aplicação da camada de esmalte de cozimento inorgânico sobre a referida superfície da peça, ou depois da aplicação e secagem da camada de esmalte de cozimento inorgânico e de se cozer em seguida o esmalte de cozimento inorgânico por um tratamento térmico apropriado. 2â - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de o cozimento do esmalte de cozimento inorgânico se efectuar no decurso do aquecimento necessário para o tratamento térmico da peça ou do vidro. ga _ processo da acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo facto de a aplicação do esmalte de cozimento inorgânico sobre a superfície da peça ou do vidro se efectuar por um processo de ser1grafia. 4â - Processo de acordo com qualquer uma das raivindicaçRôes 1 a 3, caracierizado pelo facto de se utilizar uma composição dum esmalte de cozimento inorgânico que dá uma camada viirifiçada esmaltada opaca. ca Processo ds acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo facto de a identificação ou inscrição se efectuar por meio duma impressão com jacto de tinta. 6ã - Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações i a 5, caracterizado por a identificação individual de cada peça ou cada vidro de uma série ser realizada durante o processo de fabricação comportando várias fases de moldagem. 7— — Processo segundo a reivindicação 6 utilizado durante a fabricação de vidros de automóveis apresentando uma borda decorativa em forma de moldura, caracterizada pelo facto de a identificação ou inscrição por meio do corante orgânico ser realizada num local que é impresso pelo esmalte de cozimento formando a borda decorativa em forma de moldura, de maneira que a identificação ou inscrição aparece no interior da borda decorativa. 8— - Vidraça de automóvel provida duma identificação ou duma inscrição, que apresenta uma borda decorativa em forma de moldura formada por um esmalte de cozer opaco, caracterizada pelo facto de a identificação ou inscrição C9> ser formada por lacunas translúcidas ou alterações superficiais visíveis do esmalte de cozer na zona da borda decorativa C8>. Correspondente pedido foi depositado na República Federal da Alemanha sob o n2. P 33 4Θ 743.7, em 3 de Dezembro de 1383, cuja prioridade reivindica. Foi inventor: Joachim Barterzko, alemão, domiciliado em fimselweg 37, Sí9Θ Stolberg, República Federal da Alemanha. Lisboa, de Dezembro^de 139® Qt AOEMT/E OF