PT929467E

PT929467E - Involucro de embalagem fechado por papelotes e processo de embalagem

Info

Publication number: PT929467E
Application number: PT96934592T
Authority: PT
Inventors: Eddy Daelmans; Raymond Vanoppre
Original assignee: Transpac
Priority date: 1995-12-29
Filing date: 1996-10-08
Publication date: 2000-06-30
Also published as: WO1997024273A1; DE69607044T2; DK0929467T3; US5935686A; KR19990022024A; CN1071691C; PL323588A1; SK9898A3; CN1189137A; ES2143234T5; SI0929467T2; KR100417673B1; EP0929467A1; DE69607044T3; EP0929467B1; BE1009877A3; SK283172B6; CA2227735A1; AU7288396A; MX9803828A

Description

t <hZ°>k(>í

DESCRIÇÃO "INVÓLUCRO DE EMBALAGEM FECHADO POR PAPELOTES E PROCESSO DE EMBALAGEM" A invenção refere-se a um invólucro de embalagem para artigos, sendo o referido invólucro fechado por meio de pelo menos um papelote. A invenção refere-se igualmente à realização de uma embalagem fechada por papelotes.

Em particular, a invenção diz respeito ao domínio da embalagem de produtos de confeitaria.

De uma maneira geral, os referidos produtos são embalados individualmenre numa porção de película pré-impressa de um tamanho e forma apropriados, podendo os produtos embalados individualmente serem, por sua vez, colocados a granel num pequeno saco de embalagem de dimensão apropriada. Normalmente, o artigo a embalar é, em primeiro lugar, completamente envolvido numa porção rectangular de película e o invólucro assim formado fechado por papelotes em dois dos pontos situados de um lado e doutro do artigo a embalar.

Deve notar-se que estas embalagens não são sempre fechadas por dois papelotes. Pode-se, por exemplo, dispor o artigo a embalar no centro de uma porção de película adequada de que se rebatem os abas, ultrapassando o artigo pela sua parte superior antes de fechar o invólucro assim formado, pela torção das referidas abas num só papelote. -1- \1

No quadro da invenção, entende-se por papelote o resultado do fecho por torção do referido invólucro.

Um problema importante que se põe a este nível é o da retenção do papelote. Esta retenção só pode ser obtida por meio de uma escolha conveniente da película utilizada como substrato, a qual deve apresentar características mecânicas apropriadas, tais como a flexibilidade, ou em particular, uma tendência pronunciada para não voltar à sua posição inicial após a torção da referida película.

Em particular, este problema manifesta-se quando da embalagem de artigos de pequenas dimensões e de secção substancialmente redonda tais como os produtos de confeitaria, por exemplo os bombons, os chupa-chupas, os palitos doces de cevada, os pastéis de frutas, as barras de chocolate ou ainda produtos mais volumosos, como as garrafas, os rolos de bolos,...

Como solução, costumam-se escolher os substratos específicos conhecidos pela sua elevada flexibilidade , como o papel parafinado ou o celofane ou ainda as películas sintéticas que incluam uma quantidade apropriada de aditivo que aumente a flexibilidade do referido substrato.

Esta solução não é evidentemente satisfatória na medida em que limita consideravelmente as possibilidades de escolha das películas utilizadas como substrato de embalagem e na medida em que aumenta consideravelmente o seu custo.

Conhecem-se no mercado embalagens fechadas por papelotes que são feitas a partir de substratos previamente revestidos de uma camada para colagem a quente. Quando da formação de papelotes nas extremidades do invólucro que contém o artigo a embalar, aproxima-se durante um certo lapso de tempo uma fonte de calor com temperaturas compreendidas entre cerca de

V L-Cj \! t 120 e 160°C, - geralmente são as maxilas que efectuam a torsão que são aquecidas, mas é igualmente possível soprar ar quente por meio de um tubo de dimensões apropriadas nos referidos papelotes, o que tem como consequência a fusão do revestimento de colagem a quente e a colagem do papelote assim formado quando do arrefecimento do referida revestimento de colagem a quente.

Esta solução permite aumentar a escolha do substrato da embalagem, mas não é todavia inteiramente satisfatória na medida em que não permite a escolha de um substrato com uma reduzida resistência a temperaturas elevadas e, mais grave, é totalmente inadaptada à embalagem de artigos sensíveis ao calor, em particular os produtos com chocolate. Um outro defeito desta solução é a velocidade relativamente baixa que ela impõe, pois, com efeito, é necessário manter o contacto com os papelotes da peça aquecida durante um tempo suficiente para se obter a fusão do revestimento de colagem.

Considera-se de uma maneira geral que a embalagem de 800 artigos por minuto é a cadência mais elevada que se pode obter com uma unidade de embalagem funcionando segundo o princípio de fecho do invólucro por torção e colagem a quente do papelote assim formado.

Para evitar os inconvenientes da colagem a quente e sem ficar limitado na escolha das películas utilizadas, o documento GB-A-1096058 propõe uma película com um revestimento de colagem a frio que, após o fecho do invólucro por torção dos papelotes, apresenta uma excelente retenção. Este revestimento de colagem a frio apresenta-se sob a forma de duas bandas longitudinais situadas na zona de formação dos papelotes de um lado e de outro do artigo a embalar.

Por colagem a frio entende-se uma colagem que se efectua instantaneamente por simples contacto a uma temperatura -3- p L: ^ compreendida entre cerca de 0 e 50°C. Na realidade, a temperatura não é um parâmetro critico quanto à obtenção de uma colagem por meio de um revestimento de colagem a frio e não tem praticamente influência sobre a qualidade da colagem obtida. Efectua-se, portanto, a colagem sem que seja necessário um contributo suplementar de calor à temperatura ambiente do local onde se encontra a unidade de embalagem.

De facto, os revestimentos para colagem a frio têm, até agora, sido sobretudo utilizados em camadas num substrato, não estando sujeitos ou sofrendo pequena deformação. Podemos preocupar-nos com problemas importantes de bloqueamentos devidos às propriedades auto-adesivas do revestimento de colagem a frio em qualquer utilização deste revestimento de colagem a frio num substrato não plano. 0 método descrito no documento atrás citado utiliza com vantagem esta caracteristica para obter a colagem do papelote.

Por outro lado, no caso de um papelote colado por meio de um revestimento de colagem a frio, não é necessário aplicar uma pressão a todo o comprimento do papelote. Daqui resulta, no entanto, uma colagem uniforme a todo o comprimento do papelote graças à acção das forças de torção aplicadas durante a torção do invólucro.

Este método permite, portanto, a utilização de películas mais baratas e que apresentam melhores propriedades (rigidez, propensão para a impressão, qualidades estéticas) para a embalagem de artigos sem restrições quanto à forma ou à sensibilidade ao calor dos referidos artigos.

Quanto às cadências que é possível atingir com uma unidade de embalagem, de acordo com o princípio de fecho da embalagem por torção e colagem a frio do papelote assim -4- p L·, ^^ formado, convém notar que o único limite quanto à cadência é o imposto pela própria máquina. Este método de embalagem permite, portanto, atingir cadências de pelo menos 1500 artigos por minuto. O objecto da invenção é prever uma nova embalagem do tipo de colagem a frio do papelote, que apresenta todas as vantagens conhecidas deste tipo de embalagem, mas que, por outro lado, permite um fecho quase hermético da embalagem. Um outro objecto da invenção é prever um novo método de embalagem especialmente conveniente para este tipo de embalagem.

De acordo com a invenção, este objecto é atingido por um invólucro de embalagem constituído por uma película e destinado a ser fechado por pelo menos um papelote, compreendendo, do lado interior relativamente ao artigo a embalar, um revestimento de colagem a frio em duas bandas longitudinais paralelas de um lado e do outro do artigo a embalar, caracterizado por a película possuir pelo menos uma banda suplementar transversal do revestimento de colagem a frio colocado ao longo de um rebordo da película perpendicularmente às referidas bandas longitudinais de revestimento de colagem, de maneira a permitir, após a torção do invólucro, fechar este invólucro segundo uma direcção paralela ao eixo que passa pelos dois papelotes.

Assim, a embalagem fica fechada quase hermeticamente, o que é muito vantajoso quanto à conservação dos artigos, pois impede a penetração de humidade, de gás, de ar ou de outras substâncias e, ao mesmo tempo, conserva os aromas no interior.

De acordo com uma forma de realização vantajosa, a película possui duas bandas transversais do revestimento de colagem a frio, que se estendem perpendicularmente entre as -5-

V π U, bandas longitudinais ao longo de rebordos opostos. Desta forma, logo que o artigo é colocado sobre a película com vista à embalagem fica completamente rodeado por bandas de colagem a frio. A invenção prevê igualmente um novo processo de embalagem de um artigo numa película, que compreende duas bandas longitudinais de revestimento de colagem a frio e pelo menos uma banda transversal de revestimento de colagem a frio, estendendo-se ao longo de um rebordo perpendicularmente entre as bandas longitudinais, segundo o qual se deposita o artigo sobre a película do lado das referidas bandas, se levantam praticamente na vertical as duas abas que são perpendiculares às bandas longitudinais, se aproximam por cima do artigo as duas abas e se colam os seus rebordos por pressão um sobre o outro, se rebatem os dois rebordos assim colados sobre o artigo e se torcem os prolongamentos da película que ultrapassam um lado e o outro do artigo para formar dois papelotes ao nível das bandas longitudinais.

Este método, que permite a utilização de pressão, consegue um fecho perfeito a todo o comprimento da película entre os papelotes. Uma vez que o revestimento de colagem permite igualmente um bom fecho ao nível dos papelotes, a embalagem será perfeitamente estanque em todos os lados.

Quando a película possui duas bandas longitudinais e duas bandas transversais, é igualmente possível concretizar uma embalagem estanque com vim só papelote. Basta colocar o artigo no meio das quatro bandas, levantar as quatro abas da película e trocê-las por cima do artigo para formar o papelote.

Logo que se prepara um rolo de película para embalagem em que uma das partes é revestida por uma camada para colagem, aplica-se de preferência um revestimento anti-adesivo, pelo -6- menos em parte da película utilizada na outra face, afim de evitar a aderência por contacto entre a face revestida pela camada de colagem e a outra face, quando do enrolamento. Convém, todavia, notar que existem revestimentos de colagem a frio, designados como «secos», que quando são utilizados em conjunto com certos substratos, como por exemplo películas de polipropileno, não necessitam de uma tal camada anti-adesiva. Estes dois métodos podem também ser utilizados no quadro da invenção.

Todos os revestimentos anti-adesivos, que são convencionalmente aplicados nas costas da face da película que possui as bandas de revestimento de colagem a frio, podem ser utilizados no quadro da invenção. Em particular, os revestimentos anti-adesivos que são convenientes consistem em misturas de resinas de poliamida e ceras de polietileno (por exemplo os produtos 10-609345-3p da sociedade SIEGWERK e 994404-x da sociedade SICPA) . Em geral, estes revestimentos anti-adesivos são depositados no substrato à razão de 1 a 5 g/m2 .

De acordo com uma forma de realização particularmente vantajosa, a porção de película com revestimento de colagem a frio destinada à formação de invólucros de embalagem possui zonas de camadas de revestimento a frio de 1 a 50 mm de largura situadas em torno do espaço reservado ao artigo a embalar. Procedendo desta forma, evita-se, em casos de necessidade, todo o problema de contaminação entre o artigo embalado e o revestimento de colagem a frio e, por outro lado, consegue-se uma substancial economia do referido revestimento de colagem. Em contrapartida, conserva-se integralmente a propriedade de retenção dos papelotes, uma vez que as zonas revestidas com camadas de colagem a frio foram de uma forma apropriada colocadas no ponto da película onde se formam os referidos papelotes. -7- p L·:

Dispõe-se, portanto, de preferência o revestimento de colagem a frio de acordo com um padrão apropriado adaptado ao artigo a embalar.

Como foi indicado anteriormente, uma das vantagens do revestimento de colagem a frio é que ele permite a utilização de um grande conjunto de possibilidades no que respeita à natureza do substrato utilizado. Exemplos de substratos apropriados são as películas de plástico de cerca de 10 a 100 microns em polipropileno extrusado e orientado, em polipropileno sob a forma de película vasada, em poliester, em polietileno, em poliamida extrusada e orientada ou em poliamida sob a forma de uma película vasada.

De acordo com a invenção, pode igualmente utilizar-se um substrato de papel (calandrado ou «couché»). De uma maneira geral, qualquer material de suporte ou material de embalagem flexível pode convir como substrato para a invenção. Os diferentes substratos podem ser constituídos por uma camada única, uma camada única metalizada ou várias camadas laminadas e/ou co-extrusadas. A escolha do revestimento de colagem a frio não constitui uma característica crítica. Desde que sejam revestimentos de colagem a frio, podem considerar-se os adesivos sensíveis à pressão que sejam substâncias colantes de uma maneira permanente e que adiram expontaneamente à superfície da maior parte dos materiais sob o efeito de uma simples pressão moderada.

De uma maneira geral, os adesivos sensíveis à pressão são composições à base de borrachas naturais e/ou sintéticas associadas a celofanes modificados, a resinas de fenolformaldeídos, ou resinas hidrocarbonadas (ceras). Além de borrachas, utilizam-se largamente polímeros à base de estireno, de ácido metacrílico ou de éter de vinilo, sós ou -8-

em misturas, e igualmente em combinação com resinas. Finalmente, podem ainda utilizar-se resinas silicones. Utilizam-se de preferência composições constituídas por misturas de borrachas naturais e sintéticas e por copolímeros do ácido metacrílico e do estireno.

De acordo com a invenção, os revestimentos de colagem a frio são depositados no substrato à razão de cerca de 1 a 5 g/m2.

Os revestimentos de colagem a frio podem ser aplicados sob a forma de solução, de dispersão ou mesmo no estado fundido. É igualmente possível depositar entre e/ou de um lado e do outro das bandas de revestimento de colagem a frio um outro revestimento, por exemplo inerte ou anti-adesivo. Como outro revestimento pode utilizar-se qualquer revestimento compatível com a natureza do produto a embalar. Em geral, estes outros revestimentos são igualmente depositados no substrato à razão de cerca de 1 a 5 g/m2.

As películas de acordo com a invenção são preparadas de acordo com as técnicas de deposição de revestimentos bem conhecidas dos especialistas da matéria, por exemplo a impressão heliográfica ou flexográfica ou ainda a impressão offset. A invenção será melhor compreendida pela leitura da descrição de algumas formas de realização apresentadas a seguir, a título de ilustração, com referência aos desenhos anexos, nos quais: - a figura 1 representa uma embalagem conhecida do género descrito no documento GB-A-1096058; -9- t - as figuras 2a, 2b e 2c representam em corte transversal as fases sucessivas de embalagem do artigo com a ajuda de uma película de acordo com a figura 1; - a figura 4 é uma vista em planta de uma película de embalagem de acordo com a invenção; - as figuras 5a, 5b, 5c e 5d são as sequências sucessivas da embalagem do artigo com a ajuda de uma película de acordo com a invenção; as figuras 6a, 6b e 6c representam vistas em perspectiva das diferentes sequências de embalagem do artigo com a película de acordo com a invenção; - a figura 7 representa o artigo embalado após a formação de dois papelotes; - as figuras 8 e 9 representam a colagem e a dobragem da embalagem de acordo com a invenção na direcção paralela ao eixo que passa pelos papelotes. A figura 1 mostra uma banda de película, indicada globalmente pela referência 10, que é revestida por duas bandas longitudinais 12, 14 de um revestimento de colagem a frio. Os artigos a embalar são representados em pontilhado pela referência 16. A banda de película é destinada a ser cortada segundo as linhas 18 afim de fornecer porções de película 20 idênticas entre si, que desempenham o papel de invólucro de embalagem dos artigos 16. Na figura 1, apresenta-se igualmente em pontilhado a silhueta de papelotes 22 obtidos por torção dos prolongamentos de um lado e do outro do artigo a embalar 16.

As figuras 2 mostram as diferentes sequências de um processo de embalagem clássico, sendo as figuras 2 cortes -10- j L-i ^ realizados segundo um plano perpendicular ao eixo que passa pelos futuros papelotes. 0 artigo a embalar 16 é colocado numa película 20 e os duas abas com os rebordos de corte 18 da figura 1 são levantadas verticalmente contra o artigo 16. De notar que no exemplo representado, o artigo 16 está descentrado na película 20 de maneira que uma das abas, na ocorrência a indicada por A, é maior que a aba B, como mostra a figura 2a. Rebate-se em seguida a aba mais curta B sobre o artigo 16 (ver figura 2b) e em seguida a aba A sobre o artigo 16 e o rebordo da aba B (ver figura 2c) . Torcem-se em seguida as duas extremidades que ultrapassam o artigo 16, torcendo cada uma no sentido do rebatimento da aba A para formar dois papelotes 22. A figura 4 mostra uma película de embalagem 30 de acordo com a invenção. Nesta figura, foram utilizados os mesmos números de referência para designar as partes correspondentes às da figura 1. Como se pode ver, esta película 30 possui igualmente duas bandas longitudinais 12 e 14 de revestimento de colagem a frio. De acordo com a invenção, a película possui, por outro lado, bandas transversais 24 e 26 prolongando-se ao longo dos bordos de corte perpendicularmente entre as bandas longitudinais 12 e 14 de um lado e do outro dos espaços reservados aos artigos a embalar 16.

Quando da utilização, a película 30 é fornecida a partir de um rolo, encontrando-se a estrutura do revestimento de colagem a frio 34 do lado interior. A película 30 é de seguida cortada segundo as linhas de corte 18, que passam pelo meio das bandas transversais para formar películas individuais 20. A película 30 convém particularmente bem a um processo de -11- I Μ L-i ^ embalagem vantajoso proposto pela invenção e explicado mais em pormenor a seguir com referência às figuras 5 a 9. 0 artigo 16 é colocado sobre uma película 20 no interior do quadro do revestimento de colagem a frio e as duas abas laterais são dobradas para cima, tal como se vê nas figuras 5 e 6. Todavia, contrariamente ao processo conhecido, o artigo 16 é desta vez colocado no centro da película de maneira que as duas abas A e B tenham exactamente o mesmo comprimento. Dobram-se em seguida as abas simultaneamente sobre o artigo 16 de maneira que os seus rebordos interiores com as bandas transversais 24 e 2 6 se colocam uma contra a outra, como aparece na figura 5b. Exerce-se em seguida, como está representado na figura 10, uma pressão no exterior de cada um dos rebordos das abas A e B em toda a sua largura para colar bem uma à outra estas duas abas ao nível do seu revestimento de colagem a frio. Esta operação de dobragem das abas A e B e de colagem dos seus rebordos pode ser efectuada de uma só vez entre as maxilas de uma prensa 28 (figura 5b). Obtém-se assim uma costura de colagem 32, que se estende a toda a largura, tal como está representado nas figuras 5 e 6. Esta costura é em seguida dobrada e rebatida sobre a embalagem, conforme se vê nas figuras 5 e 6, de preferência exercendo uma pressão vertical para conferir à embalagem uma apresentação atraente. A embalagem fica concluída torcendo as duas extremidades no sentido do rebatimento da nervura 32 para formar dois papelotes.

Graças à presença de bandas transversais 24, 26 de revestimento de colagem a frio e graças à utilização de pressão, obtém-se um fecho perfeito a toda a largura da embalagem. As bandas longitudinais 12 e 14 asseguram, por outro lado, uma colagem lateral quando da formação das dos papelotes. Consegue-se assim uma embalagem quase hermética que impede a saída dos aromas ou a penetração de ar, de humidade, de odores nefastos, etc. -12-

Os exemplos que se seguem ilustram melhor a invenção, sem contudo a limitar. EXEMPLO 1: deposita-se numa película de polipropileno orientado branco de 30 microns de espessura, um revestimento anti-adesivo (10-609345-3p da sociedade SIEGWERK) à razão de 1,5 g/m2. Depositam-se sobre a outra face da mesma película, bandas longitudinais de 15 mm de largura de revestimento de colagem a frio (produto 22-392 da sociedade CRODA) à razão de 3 g/m.2 espaçadas de 40 mm, e perpendicularmente às bandas longitudinais e entre estas bandas, bandas paralelas de 15 mm de largura de revestimento de colagem a frio (produto 22-392 da sociedade CRODA) à razão de 3 g/m2, separadas de 80 mm, com um comprimento de 40 mm. EXEMPLO 2: utilização' da película para a confecção de embalagens fechadas por papelotes.

Com as películas do EXEMPLO 1, embalam-se produtos à base de chocolate (com dimensões, pesos e formas diversas) com um invólucro de torcer da sociedade PACTEC. Regula-se a máquina para uma cadência de 1200 produtos por minuto.

Obtêm-se assim artigos embalados num invólucro fechado por papelotes com uma apresentação impecável e uma retenção excelente do papelote. As embalagens formadas com a película do EXEMPLO 1 têm a particularidade de serem totalmente herméticas e estanques.

Lisboa, 24 de Março de 2000

AGENTE OITOAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL

-13-

Claims

V \i REIVINDICAÇÕES 1. Invólucro de embalagem constituído por uma película (20) destinado a ser fechado por pelo menos um papelote (22), compreendendo, na face interior relativamente ao artigo a embalar (16), um revestimento de colagem a frio disposto segundo duas bandas longitudinais paralelas (12, 14) de um lado e do outro do artigo a embalar (16), caracterizado por a película (20) possuir pelo menos uma banda suplementar transversal (24, 26) de revestimento de colagem a frio disposta ao longo de um rebordo da película (20) perpendicularmente às referidas bandas longitudinais (12, 14) de revestimento de colagem de maneira a permitir após torção do invólucro fecha-lo segundo uma direcção paralela ao eixo que passa pelos papelotes (22) .
2. Invólucro de embalagem de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a película (20) possuir duas bandas transversais (24, 26) de revestimento de colagem a frio, que se dispõem perpendicularmente entre as bandas longitudinais (12, 14) ao longo dos bordos opostos.
3. Invólucro de embalagem de acordo com qualquer das reivindicações 1 ou 2, caracterizado por a face da película (20) oposta àquela que possui as bandas de revestimento de colagem a frio ser revestida por uma camada do revestimento anti-adesivo.
4. Processo de embalagem de um artigo (16) numa película (20), que compreende duas bandas longitudinais (12, 14) de revestimento de colagem a frio e pelo menos uma banda -1- transversal (24, 26) de revestimento de colagem a frio, estendendo-se ao longo de um bordo perpendicularmente entre as bandas longitudinais (12, 14), de acordo com o qual se coloca o artigo sobre a película (20) do lado das referidas bandas, se levantam substancialmente na vertical as duas abas perpendiculares às bandas longitudinais, se aproximam sobre o artigo (16) as duas abas e se colam os seus bordos um ao outro por pressão, se rebatem os dois bordos assim colados sobre o artigo e se torcem os prolongamentos da película que ultrapassam de um lado e do outro o artigo para formar dois papelotes ao nível das bandas longitudinais (12, 14).
5. Processo de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por a operação de dobragem e de colagem dos bordos das abas por cima do artigo se fazer de uma só vez entre duas maxilas de uma prensa. Lisboa, 24 de Março de 2000 agente oficial da propriedade industrial

t -2-