PT747045E - Liofilizacao in situ de supositorio vaginal em aplicador de dose unitaria e produto resultante - Google Patents
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Description
DESCRIÇÃO "LIOFILIZAÇÃO IN SITO DE SUPOSITÓRIO VAGINAL EM APLICADOR DE DOSE UNITÁRIA E PRODUTO RESULTANTE"
Area da Invenção
Esta invenção relaciona-se com métodos para o fabrico de um supositório vaginal liofilizado e com os produtos feitos de acordo com os referidos métodos. Mais particularmente, esta invenção relaciona-se com métodos e produtos inovadores que minimizam a necessidade de manuseamento dos produtos durante a preparação e que auxiliam na facilidade de manuseamento e aplicação pela utilizadora. A Patente dos Estados Unidos N2 5.354.558 e os pedidos de patente co-pendentes Nas de Série 08/104.7851 e 08/252.504, descrevem a preparação de supositórios vaginais secos sob vácuo, ou liofilizados. De acordo com a patente, os supositórios foram secos em moldes ou conchas plásticas de dosagem unitária. No primeiro, o indivíduo que fabricava os supositórios necessitava de manusear o produto durante o processo de fabrico. No segundo caso, a consumidora precisaria de retirar o produto da embalagem e colocá-lo dentro de um aplicador para aplicação. O manuseamento desnecessário de supositório vaginais podem ser anti-higiénico e não saudável para a consumidora uma vez que pode inocular o supositório com flora bacteriana que pode então ser introduzida na vagina ou noutra cavidade corporal e provocar infecção adicional.
Seria, portanto, desejável criar um método para fazer supositórios vaginais ou supositórios para utilização noutras 1 1
Ver EP-A-0643963
I 1 cavidades corporais que minimizasse o manuseamento durante o processo de fabrico e pelas consumidoras durante a utilização. É um objecto desta invenção proporcionar um método para fazer supositórios vaginais que não necessita de manuseamento durante o processo de fabrico. É outro objecto desta invenção proporcionar um método para fazer supositórios vaginais que resulta num produto que não necessita de ser manuseado pelas consumidoras durante a aplicação.
Outro objecto desta invenção é proporcionar um produto que é fácil de inserir na cavidade vaginal e que não necessita de manuseamento antes da inserção.
Objectos adicionais desta invenção tomar-se-ão evidentes na descrição a seguir.
Breve Descrição dos Desenhos A Figura 1 representa uma vista em planta de um produto supositório liofilizado in situ tendo um êmbolo, cilindro e supositório formado neste. A Figura 2 representa uma vista em planta e uma vista em corte de um cartucho e tampão para formar um produto supositório de acordo com esta invenção.
As Figuras 3A e 3B representam uma vista em planta e uma vista em corte de um cartucho, cilindro aplicador, êmbolo, tampão e supositório de acordo com esta invenção.
As Figuras 4A e 4B representam um êmbolo, cilindro aplicador com fundo em rosca, cartucho, tampão e supositório de acordo com esta invenção. 2
As Figuras 5A e 5B representam uma vista em planta de um tabuleiro de formação, tampões e cartuchos cheios e não-cheios de acordo com esta invenção.
As Figuras 6A e 6B representam uma vista em planta de um molde de metal ou plástico e cartuchos cheios e não-cheios. A Figura 7 representa uma vista em planta de um tabuleiro de formação de moldes de metal ou plástico para fazer supositórios de acordo com esta invenção. A Figura 8 representa uma vista em corte de um tabuleiro de formação de moldes de metal ou plástico para fazer supositórios de acordo com esta invenção.
Sumário da Invenção
Esta invenção relaciona-se com um processo para a formação de supositórios vaginais ou outros supositórios que minimiza o manuseamento do medicamento durante o fabrico e utilização por enchimento de cartuchos de dose unitária com uma formulação líquida contendo fármaco e secagem por congelação, ou liofilização da formulação nos cartuchos de dose unitária. Os cartuchos cheios liofilizados podem então ser embrulhados e embalados. Quando os cartuchos forem utilizados, a consumidora pode simplesmente retirá-los da embalagem, inserir o cartucho dentro da vagina e manipulá-lo para administrar o supositório. 0 cartucho pode ser fabricado de modo a proporcionar um mecanismo de êmbolo separado que pode ser utilizado para aplicação e inserção, ou pode ser pré-montado de tal modo que o mecanismo de êmbolo é inserido no cartucho antes deste ser embrulhado e está pronto a ser utilizado por remoção da embalagem exterior. 3 Γ
Os produtos desta invenção possuem vários atributos que representara melhoramentos em relação a produtos supositórios vaginais anteriores. Por exemplo, os cartuchos podem ser cheios com produto líquido e congelados no liofilizador, assegurando assim a facilidade de fabrico. 0 produto pode então ser liofilizado directamente no cartucho, sem necessidade de ser inserido mais tarde, simplificando assim o processo de fabrico. Além disso, podem ser utilizados materiais para cartuchos em plástico, cartão ou metal e funcionam de modo semelhante. 0 produto seco é facilmente ejectado do cartucho utilizando o êmbolo, assegurando assim que o supositório inteiro é inserido sem danos ao produto ou retenção nas paredes do cartucho.
Descrição Pormenorizada das Formas de Realização Preferidas
Os produtos desta invenção são constituídos por um cartucho de dose unitária e uma formulação de supositório. Opcionalmente, pode ser inserido um êmbolo dentro do cartucho para fazer um aplicador pré-montado. 0 supositório vaginal liofilizado desta invenção geralmente contém um princípio activo, tal como um fármaco antifúngico ou um espermicida. Preferencialmente, o fármaco antifúngico pode ser nitrato de miconazole, econazole, terconazole, cetoconazole, saperconazole, itraconazole, tiocanazole, butaconazole, e outros imidizoles presentes quer como a base livre ou como um sal de um anião, e.g., nitrato. A fim de produzir um supositório vaginal liofilizado, deve ser proporcionada uma dispersão aquosa inicial, que será então liofilizada. Assim, deve ser formada uma dispersão aquosa compreendendo pelo menos um, e preferencialmente vários, polímeros solúveis em água e um princípio activo. 0 termo "dispersão aquosa" tal como aqui utilizado pretende incluir 4 \ι t dispersões (incluindo soluções) em que o solvente é água e opcionalmente líquidos miscíveis com água.
Preferencialmente, o polímero é inicialmente adicionado ao solvente e disperso, seguido pela adição e dispersão do princípio activo. Se necessário, pode ser aplicado calor à mistura para facilitar a dispersão.
Celulose, éteres de celulose, derivados destes e polímeros do tipo descrito na Patente U.S. N2 4.615.697, de Robinson, e disponíveis comercialmente sob o nome genérico de "policarbofil" são adequados para utilização na presente invenção. Outros polímeros adequados incluem polímeros vinílicos policarboxilados, incluindo polímeros de ácido poliacrílico, polímeros de ácido poliacrílico que são ligeiramente reticulados com um polialcenil poliéter, tais como os que estão comercialmente disponíveis de B. Goodrich, Cicinnnati, Ohio, sob os nomes comerciais Carbopol”* 434, 934P, 940 e 941, gomas de polissacáridos (tais como exsudados de plantas naturais incluindo e.g., goma de karaya, goma de ghatti e outras semelhantes, e gomas de sementes (incluindo e.g., goma de guar, goma de alfarroba, goma de sementes de Psyllium e outras semelhantes) . Também são adequados os geles de goma de alginato reticulada do tipo descrito na Patente U.S. Na 3.640.741 de Etes.
Preferencialmente, o polímero é seleccionado do grupo que consiste em poliuretanos, gelatinas, celuloses e éteres de celulose, incluindo hidroxipropilmetilcelulose, carboximetil-celulose de sódio, metilcelulose, hidroxietilcelulose, hidroxipropilcelulose, hidroxietilmetilcelulose, hidroxietil-etilcelulose, hidroxipropiletilcelulose, carbopol, álcool polivinílico seus e derivados, dextrano, quitosana e seus derivados, amido e seus derivados, poliacrilamidas, poliacrilatos, agar, colagénio, fibronectina, ácido algínico, pectina, ácido hialurónico ou suas misturas. 5 São especialmenLe preferidas as composições constituídas por éteres de celulose. Em particular, verificou-se que os supositórios compreendendo hidroxipropilmetilcelulose, uma mistura de gelatina e hidroxipropilmetilcelulose ou uma mistura de hidroxipropilmetilcelulose e carboximetilcelulose de sódio possuem excelentes qualidades, incluindo propriedades de boa aderência.
Certos polímeros, tais como éteres de celulose em geral e hidroxipropilmetilcelulose em particular (por exemplo, Methocel E50LV Premium disponível comercialmente de Dow Corporation de Midland, Michigan) , podem ser utilizados para proporcionar espumas líquidas e formulações com boa estabilidade e integridade estrutural, e espumas secas e formulações com a suavidade desejável. Outros polímeros, como a gelatina, podem ser incorporados nos supositórios da invenção para os tornar suficientemente rígidos do modo a que possam ser inseridos com um aplicador se sem quebrarem ou fracturarem. Um especialista na matéria pode determinar prontamente os componentes poliméricos e as suas quantidades que resultam num dispositivo possuindo a combinação preferida de propriedades adequadas.
Tipicamente, o polímero é adicionado à dispersão a uma concentração de cerca de 1% até cerca de 20% (em peso da dispersão total incluindo o princípio activo), preferencialmente cerca de 2% até cerca de 16%, ainda mais preferencialmente cerca de 2 até cerca de 7%. A concentrações inferiores, o polímero pode ser insuficiente para preparar um produto final robusto, enquanto que a concentrações mais elevadas, a dispersão pode ser excessivamente viscosa para processamento em condições normais. Contudo, em algumas utilizações finais não é necessário ter um supositório que forme espuma, caso em que este produto pode ser aceitável, bem como outras formulações que podem não formar espuma. 6
0 princípio activo pode estar presente na dispersão a uma concentração de cerca de 1% até cerca de 25% (em peso da dispersão total) sendo preferido cerca de 5% até cerca de 15%. 0 princípio activo pode estar presente desde cerca de 20% até cerca de 95% em peso do supositório (seco) , sendo preferido com cerca de 50% até cerca de 80% em peso.
Contudo, qualquer fármaco ou formulação que seja dispersável em água em combinação com um polímero solúvel em água e liofilizável pode ser convenientemente utilizado nos métodos e produtos desta invenção. Por exemplo, podem ser utilizados fármacos tais como os descritos na Patente U.S. Ns 4.948.580, que é aqui dada como incorporado por citação, incluindo agentes antifúngicos, agentes antibacterianos, agentes anticancerígenos, agentes anti-inflamatórios, antissépticos, e outros semelhantes. 0 cartucho e o êmbolo podem ser construídos em cartão ou num plástico moldável. 0 plástico pode ser revestido ou não-revestido, bem como o cartão. Podem ser utilizados plásticos quer rígidos quer flexíveis, dependendo da preferência do fabricante. Por exemplo, um plástico rígido tal como polistireno ou policarbonato pode ser útil no fabrico do cartucho e do êmbolo dos produtos desta invenção. No entanto, também podem ser úteis plásticos flexíveis tais como poli (cloreto de vinilo) . Até metais moldáveis tais como o alumínio podem ser úteis. Preferencialmente, utiliza-se cartão devido à sua facilidade de utilização, baixo custo e atributos ambientalmente seguros. Além disso, actualmente existem aplicadores de cartão no mercado.
No processo desta invenção, os cartuchos são inseridos numa malha de metal ou num molde de metal ou de plástico antes de serem cheios. Os cartuchos podem ter tapados, se inseridos numa malha, de modo a manter a composição líquida no cartucho antes da liofilização. A tampa pode ser feita de plástico, cartão ou borracha. No entanto, se inserido num molde fêmea, é 7 !
desnecessário tapar. A composição líquida contendo o princípio activo, água e polímero solúvel em água é então vertida dentro dos cartuchos. Os cartuchos cheios são então colocados num liofilizador de tal modo que a composição solidifica. Os cartuchos podem então ser retirados da malha ou do molde e montados num aplicador para utilização.
Inicialmente, antes da liofilização, os cartuchos podem ser mantidos em posição no liofilizador por inserção numa malha de metal em que a base do cartucho é tapada com uma tampa. Uma abordagem preferida é colocar os cartuchos em moldes tais que a cavidade interna do molde proporciona a capacidade de selagem e estabilidade para o cartucho. 0 molde pode ser construído em plásticos moldáveis ou que podem ser trabalhados à máquina tais como polistireno, policarbonato, polietileno, poli (cloreto de vinilo) , politetrafluoroetileno marca Teflon® (disponível de E. I. duPont de Nemours de Wilmington, Delaware) ou fluoropolímeros relacionados. 0 molde também pode ser feito de alumínio ou outros metais que possam ser moldados ou trabalhos à máquina. A Figura 1 ilustra um supositório moldado in situ num aplicador 100 consistindo num êmbolo 10, cilindro 20 e supositório 30. 0 supositório 30 foi liofilizado in situ no cilindro 20 de acordo com o método desta invenção.
As Figuras 2A e 2B ilustram um cartucho cilíndrico 30 que pode ser inserido num tabuleiro de malha de metal antes de ser cheio. O tampão 40 deve ser inserido no cartucho 30 antes de ser cheio de modo a proporcionar uma base para reter o produto contido no cartucho 30 antes da liofilização.
As Figuras 3A e 3B ilustram um cilindro aplicador 110 dentro do qual pode ser inserido o cartucho 150 após a liofilização. O êmbolo 105 pode ser inserido na extremidade oposta à extremidade dentro da qual é inserido o cartucho 150. O cartucho 150 contém o tairpão 140 e o princípio activo 130. 8
As Figuras 4A e 4B ilustram um cilindro aplicador 210 e êmbolo 200. O cilindro 210 tem uma rosca 250 na extremidade desenhada para inserção dentro do corpo. A rosca 250 é concebida para receber o cartucho 260, que contém o tampão 270. 0 tampão 270 tem uma rosca 280 que é desenhada para ser inserida e enroscada na rosca 250 do cilindro.
As Figuras 5A e 5B representam um tabuleiro de formação 300 dentro do qual foram inseridos tampões 310. Os cartuchos 320 são então inseridos sobre os tampões 310, a formulação aquosa é bombada para dentro dos cartuchos 32 0 e os produtos são liofilizados, resultando em cartuchos cheios 326.
As Figuras 6A e 6B representam o molde 400 em metal ou plástico dentro do qual são inseridos cartuchos vazios 420 antes do enchimento. Os cartuchos 420 são cheios com formulação aquosa e liof ilizados. A Figura 6B ilustra o cartucho 420 com o supositório sólido liofilizado 430, que está pronto a utilizar sem necessidade de encher um aplicador. A Figura 7 representa o tabuleiro de formação 500 que é vim molde de metal ou de plástico tendo depressões com formato de bala 510. A Figura 8 ilustra uma vista em corte do tabuleiro 500 e uma das depressões 510, indicando o formato de bala da depressão 510. A cavidade interna do molde preferéncialmente tem um formato cilíndrico ou um formato de bala. O formato de bala é mais preferido devido ao facto de que, durante o procedimento de enchimento, o líquido não vazará pelo cartão no molde em forma de bala porque o cartucho é cunhado de forma mais apertada e para dentro do mole em forma de bala. Em contraste, no molde de cavidade cilíndrica, o líquido tem mais probabilidade de verter devido à geometria do orifício dentro do qual é colocado o 9
li cartucho. Uma vez seco, o produto liberta-se mais facilmente e deixa menos "aparas" sobre o cartão e no molde. A limpeza dos moldes e a qualidade estética do produto é significativamente melhor.
Preferencialmente, o molde deve ter tuna superfície de libertação que aumente a capacidade do produto moldado ser libertado do molde, tal como um material lubrificante, e.g. silicone ou outro semelhante. 0 lubrificante pode ser pulverizado sobre a superfície do molde para permitir uma libertação rápida do produto final do molde. Outras composições de libertação incluem talco ou outros pós finos ou outros semelhantes. Mais preferencialmente, o revestimento é um revestimento resistente a abrasão e a produtos químicos que obedece aos requisitos da FDA para contacto com alimentos. Por exemplo, um revestimento preferencial pode ser FEP Teflon® ou revestimento cerâmico reforçado com Teflon® (Silverstone Supra®, disponível de E. I. duPont de Nemours de Wilmington, Delaware) . Outros incluem produtos Sanford Harlube®, que consistem num revestimento anodizado duro de óxido de alumínio impregnado com Teflon® PTFE aplicado numa superfície de metal (disponível de Titanium Finishing Company, East Greenville, Pensilvânia) . Mais preferencialmente, os moldes devem ser constituídos por alumínio revestido com Nituff® (disponível de Nimet Industries, South Bend, Indiana). Preferencialmente, as ligas de alumínio devem ter baixos teores de cobre e silício. A espessura do revestimento deve ser de cerca de 0,002 polegadas, mas pode estar na gama desde cerca de 0,0004 até cerca de 0,002 e preferencialmente 0,0004 até cerca de 0,0006 polegadas. No caso de um molde de plástico, o revestimento é mais preferencialmente uma superfície de libertação permanente tal como um polímero de silicone reticulado.
Os moldes devem ser cheios utilizando uma bomba doseadora de deslocamento positivo capaz de alimentar quantidades exactas de líquido. Dois exemplos dessas bombas são uma misturadora 10 I .
Oakes Modelo Na #2MT.5A e uma máquina de enchimento para líquidos Cozzoli Modelo F420X. O funcionamento da misturadora Oakes está descrito na Patente U.S. Na 5.354.558. Pode distribuir tanto uma solução como uma dispersão e pode, com as formulações correctas, produzir uma espuma líquida. A dispersão líquida é alimentada a uma bomba de deslocamento positivo e transmitida através de uma conduta a uma câmara de mistura consistindo num rotor e estator. Se se pretender a produção de espuma, activa-se uma conduta de ar, estando a conduta de ar localizada na parte da frente da cabeça de mistura. Da cabeça de mistura, a espuma ou dispersão/solução homogénea é distribuída através de uma conduta de saída. 0 volume exacto pode ser controlado por marcas de graduação no molde ou no cartucho ou pelo volume disponível. A Cozzoli F420X é uma bomba para enchimento de seringas. Quando se utiliza esta máquina de enchimento, o líquido é levado para dentro da tubagem de distribuição múltipla através de uma mangueira de admissão pela acção de bombagem da seringa. 0 comprimento do curso e o volume disponível na seringa controlam o volume de líquido. 0 comprimento do curso é controlado por um botão de regulação. Não pode ser produzida espuma.
Após o enchimento dos cartuchos com líquido, as amostras são então liofilizadas num Virtis 800L/Freezemobile 12, tal como descrito na Patente U.S. Na 5.345.558. Os moldes cheios são colocados nas prateleiras do liofilizador que são arrefecidas desde cerca de -20 até cerca de -50°C, preferencialmente cerca de -40°C. O condensador é regulado para desde cerca de -50 até cerca de -70°C, preferencialmente cerca de -65°C. Depois de as amostras terem congelado e as temperaturas terem atingido desde cerca de -2 0°C até cerca de -40°C medidas por termopares colocados no produto, a pressão acima da formulação aquosa é reduzida até uma pressão absoluta na gama de cerca de 4 N.m"2 (30 micron Hg) até cerca de 133 N.m~2 (1000 micron Hg), i.e., é estabelecido um vácuo. Uma vez equilibrado o vácuo durante um 11
período de uma a duas horas, a temperatura das prateleiras é aumentada e o gelo é sublimado. O produto é seco até que a temperatura do produto retome a cerca de 20 até cerca de 25°C. Para encurtar o tempo de secagem, pode aumentar-se a temperatura do produto. A limitação é a temperatura de transição de fase da formulação congelada. Se a temperatura do produto excede a temperatura de transição de fase, a formulação irá "refundir" e o produto seco será mais friável. Outro método para diminuir o tempo de secagem é aumentar a pressão do vapor na câmara fazendo penetrar pequenas quantidades de ar através de um sistema controlado. 0 ar adicional auxilia no aquecimento das amostras por convecção. A limitação é que a uma pressão de vapor muito elevada será reduzida a eficácia de sublimação do gelo. Em alguns exemplos listados adiante, a pressão do vapor foi aumentada e, como resultado, diminuiu o tempo de secagem.
Mais preferencialmente, os cartuchos de cartão devem ser colocados em moldes com revestimento de libertação com uma cavidade em forma de bala. A extremidade do supositório seco prolongar-se-á então para além do cartucho, permitindo maior facilidade na utilização. 0 comprimento e a largura do cartucho e/ou supositório devem ser determinados pelo comprimento e diâmetro necessários para inserção na vagina ou outra cavidade do corpo e o espaço disponível no liofilizador. Preferencialmente, para utilização vaginal, é apropriado um comprimento de supositório desde cerca de 1 até cerca 2 polegadas e um diâmetro desde cerca de 1/8 até cerca de 1/2 polegada. Mais preferencialmente, o supositório deve ter um comprimento entre cerca de 1-1/4 polegadas e cerca de 1-1/2 polegadas e ter um diâmetro de cerca de 3/8 polegadas. Os cartuchos de cartão descartáveis podem ter um comprimento desde cerca de 2 até cerca de 4 polegadas e devem ter um diâmetro interno consistente com o diâmetro pretendido para o supositório. Mais preferencialmente, os cartuchos devem ter um comprimento de cerca de 3-3/4 polegadas. 12
Numa forma de realização, os produtos desta invenção podem ser fabricados utilizando nitrato de miconazole como principio activo numa matriz de hidroxipropilmetilcelulose. Geralmente, pode ser utilizado qualquer outro princípio activo conhecido pelas pessoas com conhecimentos correntes da matéria como sendo susceptível de administração na forma de uma espuma liofilizada de acordo com os procedimentos desta invenção. Analogamente, também podem ser utilizados como matrizes para supositórios dos produtos deste invenção outros polímeros solúveis em água, tais como os referidos acima.
Os exemplos seguintes ilustram a forma de realização da invenção, porém, não limitam a sua utilização dentro do espírito e âmbito globais.
Avaliação de Materiais para Cartuchos de Dose Unitária
Preparou-se uma dispersão líquida dispersando uma mistura de 144,4 g de nitrato de miconazole e 100,0 g de hidroxipropilmetilcelulose (Methocel E50 LV Premium) em 1755, 6 g de água previamente aquecida a 180°F. Depois da dispersão ter sido agitada por trinta minutos a 180°F, foi arrefecida até à temperatura ambiente. Montou-se então uma máquina de enchimento Cozzoli F420X e encheu-se vários materiais para cartuchos a partir da máquina de enchimento Cozzoli F420X. Os materiais dos cartuchos eram como se segue: (1) cilindros cortados de aplicadores de cartão descartáveis com anéis vedantes de borracha; (2) tubos de centrifugação de polipropileno; (3) seringas de 3-cc B-D (Becton-Dinckinson) ; e (4) conchas em alumínio para supositórios.
As amostras foram então colocadas nas prateleiras de um liofilizador Virtis 800L, foram inseridos termopares de temperatura e os produtos foram congelados a -20 até -40°C. Activou-se o vácuo e manteve-se a 50 micron durante 1 hora. Activou-se o ciclo de secagem aplicando calor nas prateleiras do 13 r~ Lc ^
liofilizador e as amostras foram liofilizadas a 20 até 25°C durante um período de 18 horas. Todos os produtos puderam ser retirados dos seus cartuchos no final do ciclo de secagem. Foram realizadas experiências para avaliar diferentes materiais de cartuchos, materiais de moldes e condições de liofilização. Estas experiências estão sumariadas na Tabela I e são mais pormenorizadas nos parágrafos seguintes.
Tabela I
Exemplo Cartucho Vácuo Tempo Suporte
Inicial (μτη Hg) de secagem (Horas) 1 cilindro da seringa em plástico 45 47 Malha metal de 2 cilindro do aplicador em cartão descartável 50 47 Malha metal de 3 cilindro da seringa em plástico 300 23 Malha metal de 4 cilindro do aplicador em cartão descartável 300 23 Malha metal de 5 cilindro do aplicador em cartão descartável 600 24 Malha metal de 6 cilindro do aplicador em cartão descartável 900 22,5 Malha metal de 7 cilindro do aplicador em cartão descartável 30 17 Molde de alumínio revestido 14 I „
Exemplo 1
Cartucho de Plástico de um Cilindro de Seringa de Plástico
Preparou-se uma dispersão líquida dispersando uma mistura de 361 g de nitrato de miconazole e 250,0 g de hidroxipropil-metilcelulose em 4389 g de água previamente aquecida a 180°F. Depois de a dispersão ter sido agitada durante trinta minutos a 180°F, foi arrefecida até à temperatura ambiente. Montou-se então uma máquina de enchimento Cozzoli F420X e colocou-se cilindros de plástico num suporte de malha de metal. Os cilindros foram cortados das seringas de plástico e foram inseridos anéis vedantes de borrachas na base para proporcionar um base selada para enchimento. Os cartuchos de amostra foram então cheios com cerca de 2 cc de produto líquido da máquina de enchimento Cozzoli e colocados nas prateleiras de um liofilizador Virtis 800L. As amostras foram congeladas a -20 até -40°C. Activou-se o vácuo e manteve-se a 45 micron durante 1 hora. Activou-se o ciclo de secagem e as amostras foram liofilizadas a 20 até 25°C durante vim período de 47 horas. Os produtos libertaram-se facilmente dos cilindros empurrando na extremidade do anel vedante com um êmbolo de seringa.
Exemplo 2
Cartucho de Cartão Cortado de um Cilindro Aplicador de Cartão Descartável
Preparou-se uma dispersão líquida dispersando uma mistura de 361 g de nitrato de miconazole e 250 g de hidroxipropilmetilcelulose em 4389 g de água previamente aquecida a 180°F. Depois de a dispersão ter sido agitada durante trinta minutos a 180°F, foi arrefecida até à temperatura ambiente. Montou-se então uma máquina de enchimento Cozzoli F420X e colocou-se cilindros de cartão num suporte de malha de metal. Os cilindros foram cortados de aplicadores de cartão e inseriu-se anéis vedantes de borracha na base para proporcionar 15 U κ uma base selada para enchimento. Os cartuchos de amostra foram então cheios a partir da máquina de enchimento Cozzoli e colocados nas prateleiras de um liofilizador Virtis 800L. As amostras foram congeladas a -20 até -40°C. Activou-se o vácuo e manteve-se a 50 micron durante 1 hora. Activou-se o ciclo de secagem e as amostras foram liofilizadas a 20 até 25°C durante um período de 47 horas. Os produtos soltaram-se facilmente dos cilindros empurrando na extremidade do anel vedante com um êmbolo de cartão.
Exemplo 3
Cartucho de Plástico a Partir de um Cilindro de Seringa de Plástico
Preparou-se uma dispersão líquida dispersando uma mistura de 361 g de nitrato de miconazole e 250 g de hidroxipropilmetilcelulose em 4389 g de água previamente aquecida a 180°F. Depois de a dispersão ter sido agitada durante trinta minutos a 180°F, foi arrefecida até à temperatura ambiente. Montou-se então uma máquina de enchimento Cozzoli F420X e colocou-se cilindros de plástico num suporte de malha de metal. Os cilindros foram cortados de seringas de plástico e inseriu-se anéis vedantes de borrachas na base para proporcionar um base selada para enchimento. Os cartuchos de amostra foram então cheios com cerca de 2 cc de produto líquido da máquina de enchimento Cozzoli e colocados nas prateleiras de um liofilizador Virtis 800L. As amostras foram congeladas a -20 até -40°C. Activou-se o vácuo e manteve-se a 300 micron durante 1 hora. Activou-se o ciclo de secagem e as amostras foram liofilizadas a 20 até 25°C durante um período de 23 horas. Os produtos soltaram-se facilmente dos cilindros empurrando na extremidade do anel vedante com um êmbolo de seringa. 16 '
Exemplo 4
Cartucho de Cartão a partir de um Cilindro Aplicador de Cartão
Preparou-se uma dispersão líquida dispersando uma mistura de 361 g de nitrato de miconazole e 250 g de hidroxipropilmetilcelulose em 43 89 g de água previamente aquecida a 100°C (180°F) . Depois de a dispersão ter sido agitada durante trinta minutos a 100°C (180°F), foi arrefecida até à temperatura ambiente. Montou-se então uma máquina de enchimento Cozzoli F420X e colocou-se cilindros de cartão num suporte de malha de metal. Os cilindros foram cortados de aplicadores de cartão e inseriu-se anéis vedantes de borracha na base para proporcionar um base selada para enchimento. Os cartuchos de amostra foram então cheios a partir da máquina de enchimento Cozzoli e colocados nas prateleiras de um liofilizador Virtis 800L. As amostras foram congeladas a -20 até -40°C. Activou-se o vácuo e manteve-se a 40 N.m~2 (300 micron) durante 1 hora.
Activou-se o ciclo de secagem e as amostras foram liofilizadas a 20 até 25°C durante um período de 23 horas. Utilizando um controlador de nível manteve-se o vácuo a 40 N.m"2 (300 micron) durante o ciclo de secagem. Os produtos soltaram-se facilmente dos cilindros empurrando na extremidade do anel vedante com um êmbolo de cartão.
Exemplo 5
Cartucho de Cartão a partir de um Cilindro Aplicador de Cartão
Preparou-se uma dispersão líquida dispersando uma mistura de 361 g de nitrato de miconazole e 250 g de hidroxipropilmetilcelulose em 4389 g de água previamente aquecida a 100°C (180°F) . Depois de a dispersão ter sido agitada durante trinta minutos a 100°C (180°F), foi arrefecida até à temperatura ambiente. Montou-se então uma máquina de enchimento Cozzoli F420X e colocou-se cilindros de cartão num suporte de 17 malha de metal. Os cilindros foram cortados de aplicadores de cartão e anéis vedantes de borracha foram inseridos na base para proporcionar um base selada para enchimento. Os cartuchos de amostra foram então cheios a partir da máquina de enchimento Cozzoli e colocados nas prateleiras de um liofilizador Virtis 800L. As amostras foram congeladas a -20 até -40°C. Activou-se o vácuo e manteve-se a 80 N.m-2 (600 micron) durante 1 hora.
Activou-se o ciclo de secagem e as amostras foram liofilizadas a 2 0 até 25°C durante um período de 24 horas. Utilizando um controlador de nível manteve-se o vácuo a 80 N.m-2 (600 micron) durante o ciclo de secagem. Os produtos soltaram-se facilmente dos cilindros empurrando na extremidade do anel vedante com um êmbolo de cartão.
Exemplo 6
Cartucho de Cartão a Partir de um Cilindro Aplicador de Cartão
Formou-se um produto liofilizado in si tu de acordo com o procedimento descrito no Exemplo 5, porém, o vácuo foi regulado para 120 N.m-2 (900 μ) e a secagem realizada durante um período de 22,5 horas. Os produtos soltaram-se facilmente dos cilindros empurrando na extremidade do anel vedante com um êmbolo de cartão.
Exemplo 7
Cartucho de Cartão a partir de um Cilindro Aplicador de Cartão Feito em Moldes de Alumínio Revestido
Preparou-se uma dispersão líquida dispersando uma mistura de 361 g de nitrato de miconazole e 250 g de hidroxipropilmetilcelulose em 4389 g de água previamente aquecida até 100°C (180°F) . Depois de a dispersão ter sido agitada durante trinta minutos a 100°C (180°F), foi arrefecida até à temperatura ambiente. Montou-se então uma máquina de enchimento Cozzoli F420X e colocou-se cilindros de cartão em 18 moldes de alumínio revestidos com revestimento de libertação anodizado duro impregnado com politetrafluoroetileno Teflon®. As cavidades dos moldes tinham a forma de balas. Os cilindros foram cortados de aplicadores de cartão e inseridos dentro das cavidades dos moldes em forma de bala. Os cartuchos de amostra foram então cheios a partir da máquina de enchimento Cozzoli e colocados nas prateleiras de um liofilizador Virtis 800L. As amostras foram congeladas a -20 até -40°C. Activou-se o vácuo e manteve-se a 4 N.m-^ (30 micron) durante 1 hora. Activou-se o ciclo de secagem e as amostras foram liofilizadas a 20 até 25°C durante um período de 17 horas. Os produtos foram retirados dos moldes e o produto seco pode ser ejectado dos cartuchos com um êmbolo.
Lisboa, 21 de Agosto de 2001
O AGENTE OFICIAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL
19
Claims (6)
- REIVINDICAÇÕES 1. Método para o fabrico de um supositório num aplicador de dose unitária compreendendo os seguintes passos: (a) colocação de um cartucho tubular num suporte para cartuchos ; (b) enchimento do referido cartucho tubular com uma composição aquosa; (c) congelação da referida composição aquosa a uma temperatura entre cerca de -20 e cerca de -40°C; (d) redução da pressão acima da composição aquosa congelada até uma pressão absoluta na gama desde cerca de 4 N.m-2 (30 micron Hg) até cerca de 133 N.m-2 (1000 micron Hg); e (e) secagem da referida composição no referido cartucho tubular.
- 2. Método de acordo com a reivindicação 1 em que o referido cartucho tubular compreende um material seleccionado do grupo que consiste em: plástico, metal e cartão.
- 3. Método de acordo com a reivindicação 2 em que o referido cartucho tubular é de cartão.
- 4. Método de acordo com a reivindicação 1 em que a referida composição aquosa compreende uma composição para tratamento conpreendendo um polímero dispersável em água e um princípio farmaceuticamente activo.
- 5. Método de acordo com a reivindicação 4 em que o referido polímero dispersável em água é um composto éter de celulose.
- 6. Método de acordo com a reivindicação 5 em que o referido composto éter de celulose é seleccionado do grupo que 1 consiste em: hidroxipropilmetilcelulose, carboximetil-cfilulose de sódio, mctilcelulose, hidroxietilcelulose, hidroxipropilcelulose, hidroxietilmetilcelulose, hidroxi-etiletilcelulose, hidroxipropiletilcelulose, Carbopol, álcool polivinílico e seus derivados, dextrano, quitosana e seus derivados, amido e seus derivados, poliacrilamidas, poliacrilatos, agar, colagénio, f ibronectina, ácido algínico, pectina, ácido hialurónico ou suas misturas. Método de acordo com a reivindicação 5 em que o referido polímero é hidroxipropilmetilcelulose. Método de acordo com a reivindicação 1 em que o referido suporte é uma malha de metal. Método de acordo com a reivindicação 1 em que o referido suporte é um molde de metal. Método de acordo com a reivindicação 9 em que o referido molde de metal compreende alumínio. Lisboa, 21 de Agosto de 2001 O AGENTE OFICIAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL2
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