PT693366E

PT693366E - Metodo de fabricacao de uma vidraca folheada equipada de uma banda periferica

Info

Publication number: PT693366E
Application number: PT95401391T
Authority: PT
Inventors: Stephane Leray; Patrick Janvier; Yves Naoumenko
Original assignee: Saint Gobain Vitrage
Priority date: 1994-06-16
Filing date: 1995-06-15
Publication date: 2000-09-29
Also published as: ES2145883T3; FR2721253B1; EP0693366A1; FR2721253A1; DK0693366T3; CA2152013A1; US5637363A; EP0693366B1; CA2152013C; DE69516219D1; ATE191680T1; GR3033759T3; JPH08188451A; DE69516219T2; JP3741461B2

Description

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DESCRICÃO EPÍGRAFE : “MÉTODO DE FABRICAÇÃO DE UMA VIDRAÇA FOLHEADA EQUIPADA DE UMA BANDA PERIFÉRICA” A presente invenção diz respeito a um método de fabricação de uma vidraça folheada compreendendo pelo menos uma folha rígida e uma folha em matéria plástica flexível e, mais particularmente, de uma vidraça fabricada em série reduzida equipada de uma banda periférica.

As vidraças fabricadas em série reduzida são as vidraças utilizadas no domínio aeronáutico, ferroviário e/ou as vidraças blindadas, os pára-brisas aquecedores ou, de maneira geral as vidraças necessitando de uma fabricação particular.

Estas vidraças folheadas podem ser ditas simétricas quando elas comportam duas folhas rígidas como folhas exteriores. Elas podem igualmente ser ditas assimétricas .quando elas comportam uma folha rígida e uma folha em matéria plástica flexível como folhas exteriores.

Estas folhas em matéria plástica flexível entrando na constituição de uma vidraça folheada visam melhorar as propriedades da vidraça. Pode tratar-se, por exemplo, de 1

uma matéria plástica do tipo poliuretano utilizada como folha exterior afim de conferir, nomeadamente, à vidraça propriedades de superfície tais como resistência aos riscos, protecção anti-estilhaço. Pode igualmente tratar-se de intercalares em poliuretano ou em polivinilbutiral ou em qualquer outra matéria. Um intercalar em polivinilbutiral melhora, em particular, a absorção ao choque da vidraça. A ligação das folhas entrando na constituição de uma vidraça fabricada em série reduzida compreende, de maneira usual, as etapas seguintes : coloca-se primeiramente as ditas folhas num invólucro, fechado herméticamente, sob vácuo. Coloca-se de seguida este invólucro num autoclave no seio do qual a pressão é compreendida, em particular, entre 800 e 1400 kPa (entre 8 e 14 bars), a temperatura sendo compreendida entre 100 e 140° C. No decurso do cozimento no autoclave, a matéria plástica flexível tem tendência a fluir sob acção da temperatura, o que pode provocar trasbordamentos sobre o bordo da vidraça.

Após a ligação, um mastique de acabamento e/ou de protecção é usualmente aplicado sobre pelo menos uma parte do contorno da vidraça. A aplicação desse mastique é particularmente demorada porque ela necessita de várias etapas : a colocação de protecções sobre as zonas que não são destinadas a ser recobertas de mastique, em particular a periferia das faces das folhas exteriores, a aplicação do mastique própriamente dito, um acabamento à espátula e a retirada das protecções. Esta técnica necessita além disso de um tratamento de polimerização do mastique. 2 A invenção tem por objectivo facilitar a fabricação de uma vidraça folheada comportando uma banda de acabamento e/ou de protecção periférica que constitui uma barreira a todo o trasbordamento eventual da matéria plástica flexível, trasbordamento devido à fluência da matéria plástica sob a acção da temperatura durante o cozimento no autoclave. A invenção diz respeito a um método de fabricação de uma vidraça folheada compreendendo pelo menos uma folha rígida e uma folha em matéria plástica flexível, método segundo o qual se aplica, antes do cozimento no autoclave das folhas entrando na constituição da vidraça, uma banda periférica sobre pelo menos uma parte do bordo da vidraça, a dita banda sendo constituída de duas camadas. Este método é definido na reivindicação 1. Segundo uma forma preferida, a banda comporta uma camada interna num material cuja temperatura de amolecimento é inferior à temperatura utilizada durante o cozimento no autoclave das folhas constituindo a vidraça e uma camada externa num material cuja temperatura de amolecimento é superior à temperatura utilizada durante o cozimento no autoclave das ditas folhas. Esta banda é mantida, pelo menos temporáriamente, sobre a vidraça com a ajuda de todo o meio apropriado, nomeadamente com a ajuda de fita(s) adesiva(s). Estes meios podem ser retirados após a ligação, a banda periférica sendo fixada à vidraça com a ajuda, nomeadamente, da camada interna. A banda periférica é aplicada, de acordo com a invenção, antes do cozimento no autoclave, em particular em frente de pelo menos uma folha em matéria plástica flexível entrando na constituição da vidraça. A banda periférica de acordo com a invenção é deixada sobre a vidraça após o cozimento no autoclave e, em particular, durante a utilização da vidraça. A camada externa constitui assim ao mesmo tempo uma barreira opondo-se a todo o trasbordamento da folha em matéria plástica flexível e uma banda de acabamento e/ou de protecção.

Uma banda de acabamento é particularmente útil quando a vidraça folheada compreende mais de duas folhas rígidas, nomeadamente quando se trata de uma vidraça blindada. Neste caso, as folhas apresentam sempre, após ligação, um defeito de alinhamento inestético e podendo eventualmente incomodar a montagem ulterior da dita vidraça no vão. A presença da banda periférica de acordo com a invenção permite obter um bordo de vidraça liso, livre de saliências, de um aspecto acabado.

Por outro lado, segundo uma variante vantajosa, a banda da invenção constitui uma banda de protecção mecânica dos bordos da vidraça susceptíveis de absorver os eventuais choques ou pancadas aos quais pode ser submetida a vidraça. A banda constitui, além disso, vantajosamente uma barreira estanque à água e ao vapor de água. Com efeito, a presença de humidade pode provocar uma delaminagem entre a folha de matéria plástica e a ou as folha(s) adjacente(s).

As dimensões da banda periférica são função da utilização considerada. O seu comprimento pode ser tal que a banda periférica cerca pelo menos uma parte e, de preferência, todo o perímetro da vidraça. Do mesmo modo, a sua largura pode ser tal que a banda recobre a totalidade ou uma parte do bordo da vidraça ; ela pode igualmente, eventualmente, transbordar sobre uma ou as duas faces da vidraça. Ela 4 recobre, de preferência, pelo menos uma grossura de uma folha em matéria plástica flexível, susceptível de fluir durante o cozimento no autoclave. Todavia, a espessura da banda periférica é, de preferência, inferior a 3 mm afim de evitar a introdução de uma dimensão adicional importante susceptível de dificultar a montagem da vidraça sobre o seu suporte : é evidente que a vidraça possui dimensões precisas devendo corresponder ao espaço previsto no vão da carroçaria, por exemplo. Contudo, uma espessura não suficiente risca alterar as propriedades requeridas da banda. A sua espessura é, de preferência, compreendida entre 0,8 e 3 mm. A camada externa é num material cuja temperatura de amolecimento é superior à temperatura utilizada durante o cozimento no autoclave. Ela constitui assim uma protecção a todo o escoamento eventual da folha em matéria plástica flexível. Para condições usuais de utilização, a saber uma temperatura do autoclave compreendida entre 100 e 140° C, a temperatura de amolecimento da banda exterior é, por exemplo, compreendida entre 145 e 190° C. Por outro lado, o material constituindo esta camada externa possui propriedades mecânicas suficientes para ao mesmo tempo corrigir e adaptar-se a eventuais defeitos de alinhamento. A sua dureza é, por exemplo, compreendida entre 70 e 90 Shore A. De preferência, apresenta um alongamento na ruptura por exemplo superior a 500 % e a sua tensão na ruptura é superior a 10 Mpa, estes valores sendo medidos segundo a norma NF T 46-002 sobre provetas do tipo Haltère H . Por outro lado, apresenta um alongamento superior a 200 % e um módulo de Young inicial compreendido entre 200 e 300 Mpa, estes valores sendo medidos a uma temperatura de - 40° C segundo a norma NF T 46-002.

Esta característica permite evitar o estrago da vidraça submetida a baixas temperaturas. O material constituindo a camada externa é compatível com todo o material destinado a estar em seu contacto, tanto a camada interna como, por exemplo, um cordão de cola utilizado para fixar a vidraça num vão de carroçaria e/ou material utilizado para constituir uma junta de estanquidade e/ou de montagem, por exemplo uma junta encapsulada ou extrudida.

Este material constituindo a camada externa é, vantajosamente, impermeável à água e ao vapor de água. Trata-se de um elastómero termoplástico ou de um composto escolhido, nomeadamente, no grupo constituído de policloreto de vinil, poliuretanos termoplásticos, borracha, Neoprene ou ainda do poli(tereftalato de etileno) (PET).

Esta camada externa é fixa às folhas entrando na constituição da vidraça com a ajuda de uma camada interna que é susceptível de se amolecer durante o cozimento no autoclave dos ditos e de aderir às ditas folhas. Nas condições usuais de utilização - a temperatura sendo compreendida entre 100 e 140° C - a temperatura de amolecimento do material constituindo a camada interna é compreendida entre 80 e 140° C. A adesão da banda periférica à vidraça é tanto melhor quanto o material é susceptível de preencher, de algum modo, eventuais lacunas existentes devido a um defeito de alinhamento das folhas constituindo a vidraça. A banda periférica sendo aplicada sobre as folhas antes do cozimento no autoclave da dita vidraça, é necessário, nomeadamente quando a banda cerca toda a periferia da vidraça, arranjar as passagens para que os gases libertados durante a ligação se escapem. Segundo uma variante vantajosa, o material constituindo a camada interna é permeável ao ar e ao vapor de água permitindo assim estes gases escaparem-se sem prejudicar a qualidade da ligação. Eventualmente, meios acessórios podem ser utilizados para facilitar esta libertação de gases. Este material é, por outro lado, compatível com o material constituindo a camada externa e o material constituindo a folha em matéria plástica flexível. A parte das folhas em contacto com a banda periférica da invenção pode, eventualmente, ser revestida de uma ou várias camadas orgânica(s) e/ou mineral(is). Pode tratar-se de camadas esmaltadas, metálicas, à base de óxidos metálicos e à base de silanos ou siloxanos. O material constituindo a camada interna deve então ser compatível com o material constituindo a camada com a qual ele está em contacto e, além disso, deve aderir a este material. O material constituindo a camada interna é, por exemplo, polivinilbutiral ou poliuretano termoplástico.

Segundo uma variante da invenção, a banda periférica é constituída de duas tiras em dois materiais diferentes. 7

Segundo uma variante vantajosa, as duas tiras constituindo a banda periférica são préviamente ligadas, de preferência termocoladas, depois aplicadas no sítio desejado sobre as folhas constituindo a vidraça. Um orifício pode eventualmente ser previsto na banda afim de fazer sair um elemento funcional, tal como um elemento de conexão eléctrico para fora da vidraça. A invenção aplica-se vantajosamente à fabricação de vidraças compreendendo pelo menos três folhas rígidas e duas folhas intercalares, tais como vidraças blindadas.

Outras características e vantagens da invenção aparecerão na descrição seguinte feita em referência ao exemplo e às figuras nas quais: • a figura 1 comporta seis esquemas 1a a 1f, em corte, representando diferentes posições possíveis da banda de acordo com a invenção antes da ligação, • a figura 2 representa quatro esquemas, em corte, mostrando diferentes posições possíveis da banda de acordo com a invenção fixa a uma vidraça blindada após ligação, • a figura 3 representa três esquemas mostrando diferentes variantes de vidraças blindadas de acordo com a invenção montadas num veículo, • a figura 4 representa dois esquemas de uma saída de um elemento funcional sobre a vidraça necessitando de ser ligada a um equipamento fora da vidraça. A figura 1 representa diferentes realizações da banda periférica de acordo com a invenção aplicada sobre uma vidraça. Pode tratar-se de uma vidraça folheada comportando duas folhas rígidas 1 e 2 em vidro mineral ou orgânico, entre as quais é intercalada uma folha 3 em matéria plástica flexível. A banda periférica 4 segundo a invenção pode recobrir a totalidade do bordo 5 da vidraça e recobrir, pelo menos parcialmente, as faces 6 e 7 das folhas 1 e 2 respectivamente, como representado sobre o esquema 1a. Ela pode igualmente recobrir apenas parcialmente uma das faces da vidraça, por exemplo a face 6, como representada sobre o esquema 1b não transborda nem sobre a face 6 nem sobre a face 7, como representado sobre o esquema 1c. A banda periférica 4 pode igualmente recobrir apenas uma parte do bordo da vidraça, como ilustrado sobre os esquemas 1d a 1f. Todavia, a banda recobre pelo menos a totalidade da grossura da folha 3, em matéria plástica flexível, de maneira a impedir um trasbordamento deste intercalar 3 sobre o bordo da vidraça durante o cozimento no autoclave. A banda periférica 4 pode recobrir a totalidade da grossura 8 de uma das folhas rígidas 1 ou 2, por exemplo a folha 1, assim como toda a grossura 9 do intercalar 3 e recobre apenas uma parte da grossura 10 da outra folha rígida, por exemplo 1a folha 2, como representado sobre os esquemas 1d e 1e. Segundo o esquema 1d, a banda transborda sobre a face 6 da folha 1. Ela pode igualmente não transbordar, como representado sobre o esquema 1e. A banda periférica pode igualmente recobrir apenas a grossura 9 do intercalar 3. Por razões de comodidade e para assegurar uma melhor adesão, ela é transbordada de preferência sobre as grossuras 8 e 10 das folhas 1 e 2 respectivamente, como ilustrado sobre o esquema 1f.

Apenas algumas disposições da banda 4 são ilustradas sobre estes esquemas. É evidente que a banda pode recobrir todo perímetro da vidraça ou uma parte desse perímetro, independentemente da largura do bordo recoberto. A banda 4 é constituída, nas estruturas descritas, de duas tiras 11 e 12 pré-ligadas. A tira 12, da dita tira externa, é num material dito duro que não se amolece durante o cozimento no autoclave da vidraça, enquanto que a tira 11, dita tira interna, é susceptível de se amolecer durante este mesmo cozimento. A figura 2 representa uma aplicação vantajosa da banda periférica a uma vidraça blindada. Uma vidraça blindada é constituída, usualmente, de uma folha rígida exterior em vidro mineral 13 estendendo-se além da periferia de um bloco blindado 14 sobre o qual ela é colada por intermédio de uma camada adesiva 44. Este bloco blindado é constituído de uma multiplicidade de folhas rígidas 15, 16, 17 entre as quais são intercaladas folhas em matéria plástica flexível 18 e 19. Por razões de comodidade, apenas três folhas rígidas e duas intercalares são representadas. O seu número pode ir até oito folhas rígidas. A banda periférica 4 pode recobrir a totalidade do bordo da vidraça, quer dizer a grossura 20 da folha rígida 13 assim como o bordo 21 do bloco blindado, como representado sobre os esquemas 2a e 2b. Ela pode também, segundo uma variante vantajosa recobrir apenas o bordo 21 do bloco blindado, como representado sobre os esquemas 2c e 2d. A banda 4 pode igualmente transbordar sobre as duas faces 22 e 23 da vidraça, como ilustrado sobre o esquema 2a, ou transbordar apenas sobre uma face, como representado sobre os esquemas 2b e 2c. Ela pode igualmente não transbordar sobre nenhuma face da vidraça, como representado sobre o esquema 2d. A banda 4 é constituída de duas tiras 11 e 12. A tira 12, dita tira externa, é por exemplo num poliuretano cujo ponto de amolecimento é na ordem de 180° C. É de preferência colorido, por exemplo, em preto. A sua dureza é, por exemplo, na ordem de 85 ± 5 Shore A. Ela alia assim ao mesmo tempo uma rigidez, afim de corrigir os defeitos de alinhamento das folhas 15 a 19 constituindo o bloco blindado e uma flexibilidade para se adaptar a este defeito de alinhamento, isto em combinação com a tira interna. É fixa à vidraça com a ajuda da tira 11. A tira 11 é, por exemplo, de poliuretano cujo ponto de amolecimento é na ordem de 100° C. É, por exemplo, incolor. A espessura da tira 11 é, por exemplo, compreendida entre 0,30 e 1,5 mm ; a espessura da tira 12 é, quanto a ela, compreendida entre 0,5 e 1 mm, estas duas espessuras sendo aquelas antes do cozimento no autoclave.

Durante o cozimento no autoclave, o material constituindo a tira 11 flui, excedendo de alguma maneira os buracos devidos ao mau alinhamento das folhas constituindo o bloco blindado. A adesão é igualmente melhorada.

A figura 3 ilustra diferentes esquemas de vidraças blindadas montadas num vão de carroçaria compreendendo paredes 24, 25, 26, 42, 43. O esquema 3a ilustra uma vidraça blindada montada num vão. A folha 13 nivelada com a parede 24 do vão da carroçaria. A vidraça é colada ao vão com a ajuda de um cordão de cola 27. Trata-se de um mastique em poliuretano ou de uma junta em silicone. O cordão de cola 27 está em contacto com a banda 4 da invenção e a parede do vão 42. A banda 4, em particular a tira 12, apresenta então ao mesmo tempo uma compatibilidade com o cordão de cola 27 e uma aderência com este cordão de cola. O esquema 3a ilustra uma outra variante segundo a qual duas bandas periféricas da invenção, 4a e 4b, são aplicadas sobre dois bordos 36 e 37 de um conjunto de folhas constituindo uma vidraça. Sobre este esquema, o bordo 36 é o bordo constituído pelas grossuras de duas folhas rígidas e de duas folhas em matéria plástica flexível. Quanto ao bordo 37, ele é constituído de grossuras de duas folhas rígidas e de uma folha flexível em matéria plástica. O esquema 3c representa uma vidraça em redor da qual é montada, sobre pelo menos uma parte da sua periferia, uma junta 38. Esta junta pode ser sobremoldada, extrudida ou acrescentada e fixa sobre a vidraça. A tira externa 12 é então compatível com o material constituindo esta junta e apresenta, eventualmente, uma aderência em relação àquele. Um quadro 39 e um encaixe 40 podem ser montados na proximidade da vidraça afim de o rigidificar. O quadro e o encaixe são ligados com a ajuda de um meio de fixação 41, tal como um parafuso. 12 A figura 4 representa uma outra variante da invenção. Trata-se de uma vidraça folheada, eventualmente blindada, aquecedora. Um condutor de corrente 28 liga a rede aquecedora, não representada, a um equipamento fora da vidraça, por exemplo a uma fonte de alimentação esquematizada em 29. Esta condução de corrente é, de preferência, imersa no intercalar 3 em matéria plástica flexível próximo da face 30 da folha de vidro rígida 1. Trata-se, por exemplo, de um ouropel, nomeadamente de uma fina banda de cobre estanhado. O bordo da vidraça é recoberto por uma banda periférica 4 de acordo com a invenção. Sobre o esquema 4a, um orifício 31 é previsto nesta banda afim de fazer sair fora da vidraça o condutor de corrente 28. O esquema 4b representa uma outra variante, segundo a qual um elemento de conexão é previsto afim de conectar esta condução de corrente a um cabo 32 ligado à fonte de alimentação 29. Este elemento de conexão é, por exemplo, um elemento 33 fixado ou colado sobre uma face 6 ou 7 da vidraça, constituído de uma caixa em matéria plástica na qual se encontra um ligador 34 permitindo a ligação do cabo 32 ao condutor de corrente 28.

Pode-se ilustrar as propriedades de adesão da camada interna sobre o bordo da vidraça, em particular as suas propriedades adesivas em relação a uma folha flexível em matéria plástica e em relação a uma grossura de uma folha de vidro. Uma boa adesão permite obter uma boa fixação da banda periférica sobre o bordo da vidraça e melhora, além disso, a função da barreira contra os trasbordamentos da matéria plástica flexível para fora da ligação das folhas entrando na constituição da vidraça. Por outro lado, uma boa adesão melhora a estanquidade da vidraça.

Os valores de adesão, medidos para uma tira interna utilizável de acordo com a invenção, são superiores ou iguais a 6,4 daN sobre a grossura de uma folha de vidro e superiores ou iguais a 20 daN sobre uma grossura de uma folha em material plástico flexível.

Estes valores são medidos segundo o método dito «Test de peeling».

Duas linguetas constituídas de uma tira interna para realizar de acordo com a invenção são fabricadas. Elas são constituídas de uma tira interna em poliuretano, de uma espessura de aproximadamente 1,20 mm, cujo ponto de amolecimento é igual a 125° C e de uma tira externa em poliuretano, de uma espessura de aproximadamente 0,6 mm, cujo ponto de amolecimento é igual a 180° C. Estas duas tiras são termocoladas. A largura das linguetas é igual a 1 cm. Uma lingueta é depositada sobre uma face de uma placa de vidro despolida, reproduzindo as características de uma grossura de uma folha de vidro, enquanto o outro provete é depositado sobre uma face de uma folha em matéria plástica flexível, na ocorrência de uma folha de polivinilbutiral. Submete-se cada conjunto constituído da placa munida da lingueta a uma temperatura de pelo menos 150° C reproduzindo as características de cozimento no autoclave de uma vidraça folheada. As linguetas são então tiradas a uma velocidade constante de 2 cm/min perpendicularmente à placa de vidro ou à folha de polivinilbutiral. A temperatura é de 20 ± 1o C. 14

Uma força de 6,4 daN é necessária para descolar a lingueta fixada sobre a folha de vidro. Quanto à lingueta depositada sobre a folha em polivinilbutiral, observa-se uma não coesão dos materiais em presença antes do descolamento da lingueta. O mesmo teste é efectuado sobre uma segunda lingueta que sofre um envelhecimento acelerado durante 15 dias a 54° C sob uma humidade relativa de 100 %. A força necessária para descolar o provete fixado sobre a folha de vidro é então igual a 1,5 daN. Quanto à lingueta depositada sobre a folha em polivinilbutiral, observa-se uma não coesão dos materiais em presença antes do descolamento da lingueta.

Estes testes colocam em evidência as propriedades adesivas da banda periférica.

Lisboa, 15 de Junho de 2000 O AGENTE OFICIAL

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Claims

REIVINDICAÇÕES 1a - Método de fabricação de uma vidraça folheada compreendendo pelo menos uma folha rígida e uma folha em matéria plástica flexível segundo a qual aplica-se, sobre pelo menos uma parte do bordo da vidraça, uma banda periférica constituída de duas camadas, pré-ligadas, em dois materiais diferentes, antes do cozimento no autoclave das folhas entrando na constituição da vidraça, os materiais sendo escolhidos para assegurar o acabamento e/ou a protecção do bordo da vidraça e esta banda sendo mantida, pelo menos temporáriamente, sobre o bordo da vidraça com a ajuda de todos os meios adequados, nomeadamente com a ajuda de tira(s) adesiva(s). 2a - Método de acordo com a reivindicação 1, no qual se aplica, sobre pelo menos uma parte do bordo da vidraça em frente de pelo menos a grossura de uma folha em matéria plástica flexível, uma banda periférica compreendendo duas camadas em dois materiais diferentes, uma primeira camada dita camada interna num material cuja temperatura de amolecimento é inferior à temperatura utilizada durante o cozimento no autoclave das folhas entrando na constituição da vidraça e uma segunda camada dita camada externa num material cuja temperatura de amolecimento é superior à temperatura utilizada no autoclave para o cozimento das ditas folhas. 3a - Método de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo facto de a temperatura de amolecimento do material constituindo a camada interna ser compreendida entre 80 e 140° C. 4a - Método de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo facto de o material constituindo a camada interna ser escolhido entre polivinilbutiral ou poliuretano termoplástico. 5a - Método de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo facto de a temperatura de amolecimento do material constituindo a camada externa ser compreendida entre 145 e 190° C. 6a - Método de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo facto de o material constituindo a camada externa ser um elastómero termoplástico. 7a - Método de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo facto de o material constituindo a camada externa ser escolhido no grupo compreendendo policloreto de vinil, poliuretanos termoplásticos ou termoendurecíveis, poli(tereftalato de etileno) (PET), Neoprene, borracha, uma resina epoxi ou uma camada de fibra de vidro. 8a - Método de acordo com uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo facto de as duas camada serem tiras. 9a - Método de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo facto de as duas tiras serem termocoladas. 10a - Método de acordo com uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo facto de a espessura da banda periférica ser inferior a 3 mm. 11a - Método de acordo com uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo facto de um orifício ser previsto na banda periférica afim de fazer sair um elemento funcional necessitando de ser ligado a equipamentos fora da vidraça, este elemento funcional sendo, por exemplo, um condutor de corrente. 12a - Método de acordo com uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo facto de a vidraça ser uma vidraça blindada. Lisboa, 15 de Junho de 2000 O AGENTE OFICIAL

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