PT681678E - Lanca-granadas automatico - Google Patents

Description

ESCRIÇÃO "LANÇA-GRANADAS AUTOMÁTICO" A invenção refere-se a um lança-granadas automático.

Um lança-granadas deste tipo encontra-se descrito na revista "International Defense Review" (Revista Internacional de Defesa) , volume 22, N° 12/1989. Este lança-granadas comporta um dispositivo de alimentação de cintos de cartuchos, que conduz cada primeiro cartucho até uma posição situada directamente atrás da câmara de cartuchos. Uma culatra de inércia, que em termos de funcionamento é semelhante à de uma pistola metralhadora, é impelida por um dispositivo de mola de fecho contra este cartucho que se encontra em primeiro lugar, fá-lo introduzir na câmara de cartuchos e seguidamente detonar.

No texto que se segue utilizam-se termos tais como "à frente", "atrás", "lateralmente", etc. sem os definir mais em pormenor. Estes termos referem-se sempre a uma arma que se encontra na sua posição horizontal de fogo, significando o termo "à frente" a boca, isto é, a extremidade dianteira da arma, visto na direcção de tiro.

Para tornar o lança-granadas pronto para entrar em acção basta mover a culatra de inércia, contra a pressão exercida pelo dispositivo de mola de fecho, para a sua posição mais recuada, na qual é retida por um dispositivo de disparo, e colocar o cinto de cartuchos no dispositivo de alimentação. É nesta simples sequência de movimentos que reside a especial vantagem do lança-granadas que constitui o protótipo do género em questão, quando comparado com o lança-granadas automáti- 1 t co até hoje mais difundido, que é o US Mark 19, e isto devido ao facto de neste último se tornar necessário, após a introdução do cinto de cartuchos, percutir primeiro uma vez a culatra em vazio e seguidamente armá-la de novo, uma vez que o primeiro cartucho do cinto é impelido durante a primeira percussão da culatra não directamente para a câmara de cartuchos mas sim primeiro para uma posição de transferência, a partir da qual é movido para a câmara de cartuchos e ai detonado pela segunda percussão da culatra .

Esta complicada operação de recarregamento provoca erros de utilização, com a consequência de a arma não se encontrar pronta a entrar em acção depois de ter sido carregada ou ser disparada extemporaneamente. O lança-granadas que constitui o protótipo do género em questão, que não apresenta este inconveniente e que é bastante simples do ponto de vista da sua construção, tem no entanto uma segurança de utilização e de funcionamento pouco satisfatória.

Tomando como base este estado actual da técnica, a invenção tem o objectivo de criar um lança-granadas automático que, aproveitando as vantagens proporcionadas pelo lança-granadas acima descrito e já conhecido, apresente uma segurança de utilização e uma segurança de funcionamento melhoradas.

Este objectivo atinge-se pela adopção das caracteristicas enunciadas na reivindicação 1. É na verdade conhecida pela patente EP-A-0 378 976 uma pistola metralhadora na qual o punho de rearme, fixado à culatra, está ligado ao corpo através de um mecanismo de bloqueio de ro-quete de tal maneira que ao puxar atrás a culatra o punho de rearme só pode deslizar de novo para a frente quando a culatra tiver atingido uma posição de rearme mínima. Impede-se deste modo 2

que um tiro possa ser disparado inadvertidamente quando o atirador não tiver puxado a culatra suficientemente atrás por meio do punho de rearme e largue logo a seguir esse punho de rearme. Ao ser atingida a posição mínima de rearme, o mecanismo de bloqueio de roquete é no entanto encravado numa posição em que não tem efeito, de modo que após o disparo de um cartucho demasiado fraco a culatra pode de novo saltar para a frente, se bem que não tenha atingido a sua posição mínima de rearme. Só quando o atirador agarra o punho de rearme e começa a puxá-lo para trás é que o mecanismo de bloqueio de roquete volta a ser activado, de modo a que só entra em acção ao actuar o punho de rearme.

Na presente invenção, em contrapartida, o encravamento encontra-se disposto entre a culatra de inércia e o corpo da arma e actua sempre, independentemente de o punho de rearme ser ou não ser manobrado. A culatra de inércia faz detonar o cartucho que acaba de ser introduzido na câmara na última fase do seu movimento de avanço, da maneira já bem conhecida, tal como é também o caso no lança-granadas que constitui o protótipo do género em questão. Enquanto isso, a energia cinética da culatra de inércia em deslocamento para a frente é aproveitada para se opor ao início do recuo do cartucho detonado e para evitar que o cartucho disparado seja ejectado prematuramente da câmara da arma. O momento da detonação depende da velocidade com que a culatra de inércia se move para a frente. A velocidade requerida só é no entanto atingida quando a culatra de inércia atingir durante o seu retrocesso uma posição mínima de rearme e iniciar o seu movimento de fecho a partir desta posição. Se no lança-granadas que constitui o protótipo do género em questão a culatra de inércia não atingir esta posição mínima de rearme devido a qualquer falha (cartucho preso, queima incompleta ou retardada da carga propulsora, alavanca de rearme nâo puxada completamente 3 f il atrás após a falha de um cartucho), a detonação dos cartuchos que se seguem efectua-se demasiado cedo, isto é, antes de terem sido introduzidos a uma profundidade suficientemente grande na câmara. A pressão de gás prematuramente exercida pode rebentar o cartucho e provocar no mínimo um encravamento da arma, mas mais provavelmente também uma danificação da mesma.

De acordo com a invenção prevê-se na reivindicação 1 um encravamento que num destes casos de falha, quando a culatra de inércia não tiver atingido a posição mínima de rearme durante o seu retrocesso, impede o avanço da culatra de inércia. Quando o encravamento actuar, o atirador irá, tal como no caso em que a arma encrava e sem verificar mais em pormenor a causa da falha, puxar atrás da maneira habitual a alavanca de rearme, ao que irá mover a culatra para uma posição situada ainda atrás da posição mínima de rearme, de modo a possibilitar a continuação da utilização da arma sem mais problemas. Neste caso nem chega a verifi-car-se a ejecção de um cartucho ainda cheio, sendo o movimento da culatra retomado no ponto em que esta foi retida pelo encravamento .

Assim, a presente invenção impede a ocorrência de um encravamento grave ou mesmo da danificação da arma.

Esta posição de tensão mínima define a posição que a culatra de inércia deve assumir para não detonar prematuramente o cartucho que se segue. A posição de percussão corresponde à posição que a culatra de inércia assume quando é desengatada por meio do dispositivo de disparo. Esta posição de percussão é escolhida de tal maneira que se encontra assegurado o melhor ponto de detonação possível.

De acordo com a forma de configuração contemplada na reivindicação 2 a posição mínima de rearme é então levada tanto 4 rll L·

quanto possível até junto desta posição óptima de percussão.

De acordo com a reivindicação 3, o encravamento que impede a percussão da culatra no caso de não ter sido atingida a posição mínima de rearme, tem a configuração de um mecanismo de bloqueio de roquete com uma fileira de dentes de roquete e com uma lingueta de roquete móvel em relação àqueles dentes. Dentes de roquete são dentes em que um dos flancos tem um declive suave e o outro um declive íngreme. Antes e depois da fileira de dentes de roquete encontra-se previsto um espaço para a lingueta de roquete, espaço no qual aquela lingueta pode mudar a sua orientação .

Nesta configuração os dentes de roquete estão dispostos de tal maneira que durante o retrocesso da culatra de inércia batem com os seus flancos com um declive suave contra a lingueta de roquete.

Durante o retrocesso da culatra de inércia a lingueta de roquete está orientada de tal maneira que aponta com a sua extremidade livre para o lado de trás. Nessa posição a lingueta é comprimida elasticamente contra os dentes de roquete e desviada para o lado pelos flancos de declive suave daqueles dentes.

Se durante esta fase a culatra de inércia inverter o seu sentido de movimento, a lingueta de roquete encosta pelo lado de trás a um flanco íngreme de um dente de roquete e bloqueia o movimento da culatra de inércia.

No fim da fileira de dentes de roquete e num ponto do retrocesso da culatra de inércia que corresponde à posição mínima de rearme a lingueta de roquete é libertada e muda a sua orientação de tal maneira que aponta para uma direcção afastada d flancos de declive íngreme dos dentes de roquete, pelo que não 5

V

pode engrenar nos mesmos e não impede portanto o movimento da culatra de inércia. A comutação da orientação da lingueta de roquete efectua-se por intermédio de uma saliência que se encontra fixada no local que corresponde à posição mínima de rearme.

De acordo com a reivindicação 4, os dentes de roquete encontram-se reunidos de maneira a formar um conjunto à maneira de uma cremalheira que tanto pode estar fixado à culatra de inércia como ao corpo da arma, enquanto que a lingueta de roquete, que se encontra orientada transversalmente em relação à cremalheira, por meio de um conjunto de mola, se encontra fixada ao outro daqueles elementos.

De preferência a lingueta de roquete é solidária do corpo, uma vez que ao ser fixada à culatra de inércia as forças relacionadas com a massa poderiam afectar o seu funcionamento. 0 objecto da invenção é ainda explicado mais em pormenor mediante o desenho anexo.

Este sistema de comando, que em princípio é muito simples, não deu no entanto resultados satisfatórios. O motivo para tal deverá residir no facto de os cursores terem de mover-se ao longo de trajectos relativamente longos durante os cursos de movimento muito curtos da culatra de inércia, de modo que se torna necessário que o guiamento directo daqueles cursores se efectue através de ranhuras de guia que formam um ângulo muito pronunciado, o que põe em jogo forças bastante elevadas e já não consegue realizar-se de maneira fiável quando houver, por exemplo, uma acumulação de impurezas. Além disso o desgaste é elevado.

De acordo com a invenção este problema da falta de segurança de funcionamento e da resistência ao desgaste é resolvido pela adopção das caracteristicas enunciadas na reivindicação 5. 6 U,

De acordo com esta reivindicação prevê-se uma alavanca de came separada, que se estende ao longo da guia de deslizamento da culatra de inércia e que é comandada em conjunto com esta última por meio de uma ligação de comando formada por uma came de guia e por uma peça de arrasto. A alavanca de came está ligada aos cursores por meio de um sistema de tirantes.

Deste modo é possível criar relações de força favoráveis em relação ao engate entre a came de guia e a peça de arrasto. Além disso é possível optimizar o material de que a alavanca de came é constituída, alavanca essa que de preferência comporta uma ranhura de guia, de modo a obter-se um desgaste especialmente reduzido. Também a peça de arrasto, que de preferência é constituída por um rolete fixado na culatra de inércia, pode ser optimi-zada, contribuindo o seu peso para a massa de qualquer dos modos necessária para a culatra de inércia, não constituindo o peso portanto qualquer problema.

De acordo com a reivindicação 6 a alavanca de came é apoiada pela sua extremidade dianteira de modo a poder bascular. 0 seu movimento basculante é tomado atrás do centro da mesma por meio de uma alavanca de reenvio de dois braços e transmitido para o lado da frente. Esta disposição, que à primeira vista parece complicada, permite uma transmissão de força da alavanca de came para o cursor sem qualquer relação de desmultiplicação. As necessárias tolerâncias entre a peça de arrasto e a came de comando, que asseguram o funcionamento fiável da arma mesmo quando houver acumulação de impurezas, não estão portanto igualmente sujeitas a uma relação de desmultiplicação.

De acordo com a reivindicação 7 o mecanismo de alavancas que liga o sistema de tirantes aos cursores tem uma disposição central e uma configuração simétrica, com duas alavancas de co- 7 Γ u t mando. Esta disposição representa uma condição prévia para a in-termutabilidade dos cursores e deste modo para a livre escolha do sentido de alimentação do cinto de cartuchos. A reivindicação 8 trata da configuração de pormenor das alavancas de comando, que se encontram apoiadas numa tampa que pode ser aberta e que de acordo com a invenção estão providas de um acoplamento separável, por meio do qual podem ser engatadas ou desengatadas sem problemas em relação ao sistema de tirantes, que se encontra localizado no corpo da arma, acima da culatra de inércia. Para maior simplificação o comando efectua-se então unicamente através de uma das duas alavancas de comando, que por seu lado transmite este comando à outra alavanca de comando.

Esta transmissão efectua-se, de acordo com a reivindicação 9, por meio de uma ligação articulada entre as abas da alavanca de comando. De acordo com a reivindicação 10 esta ligação articulada realiza-se sem recorrer a qualquer elemento intermédio. 0 engate de cada alavanca de comando no cursor que lhe está associado efectua-se, de acordo com a reivindicação 11, de maneira similar para ambas, o que não só permite uma simplificação do fabrico mas representa também mais um pressuposto para a já atrás mencionada intermutabilidade dos cursores.

De acordo com a reivindicação 12 cada cursor é guiado ao longo de uma guia transversal. Estas duas guias transversais estão ambas configuradas de maneira a que os dois cursores possam ser intermutados.

Nesta intermutação os cursores não só são substituídos, sendo também invertida a sua posição, isto é, os cursores são virados ao contrário, de modo que as guias transversais terão de ter uma configuração ou uma actuação simétrica em relação ao eixo longitudinal daqueles cursores. 8 t Γ

Esta substituição dos cursores permite configurar a arma, conforme as necessidades, para uma alimentação a partir da direita ou a partir da esquerda, de modo que durante a instalação da arma, por exemplo junto à porta de um helicóptero ou junto à escotilha de um veiculo blindado, a alimentação do cinto de cartuchos se pode efectuar a partir do lado mais apropriado.

Um outro objectivo da invenção é o de configurar esta alimentação de tal maneira que se torne apropriada ao objectivo em vista e que além disso faça avançar o cinto de cartuchos e sair os cartuchos do cinto com a maior segurança de funcionamento possível.

Este objectivo atinge-se pela adopção das características da reivindicação 13.

Cada cartucho encontra-se abraçado aproximadamente a meio do comprimento por um elo de cinto com a configuração de uma braçadeira, elo esse que de um dos lados comporta um pino provido de uma cabeça, que é fixado por meio de uma articulação ao elo do cinto, e que do lado contrário comporta um troço saliente em forma de estribo, com um furo longo. 0 furo longo encontra-se alargado na sua extremidade dianteira e está dimensionado de tal maneira que a cabeça do pino do cartucho vizinho pode atravessar o alargamento do furo longo, mas não o troço restante do mesmo, no qual é guiado o pescoço do pino. Por meio da ligação de pino e furo longo estabelece-se a ligação articulada entre os elos do cinto.

Na disposição de cursores descrita na reivindicação 13 os dois cursores têm durante o avanço da culatra de inércia um movimento contrário de fora para dentro, a partir de uma posição inicial, ao que a lingueta do lado de dentro do primeiro cursor agarra pelo lado de trás o primeiro carLuclio e o arrasta até o 9

U mesmo ficar frente à câmara de cartuchos. Simultaneamente o segundo cursor move-se em sentido contrário a partir da sua posição inicial e avança com o suporte fixo nele conformado até ficar ao lado do primeiro cartucho, onde este suporte impede que o cartucho escorregue para além da sua posição frente à câmara de cartuchos. A culatra de inércia moveu-se entretanto até atrás deste cartucho e empurra-o para dentro da câmara de cartuchos, ao que o elo de cinto assenta sobre o bordo da câmara e escorrega ao longo do cartucho para o lado de trás. Aquando da detonação do cartucho o elo de cinto e a parte traseira da cápsula do cartucho, que é abraçada pelo elo, encontram-se já fora da câmara de cartuchos.

Durante o retrocesso a cápsula do cartucho disparado empurra a culatra de inércia para trás até uma posição situada ainda atrás do dispositivo de alimentação do cinto de cartuchos, onde a cápsula do cartucho esbarra num ejector convencional e é ejec-tada através de uma única janela lateral, indiferentemente de a alimentação do cinto de cartuchos se efectuar a partir do lado direito ou do lado esquerdo.

Simultaneamente os dois cursores movem-se para as suas posições iniciais, ao que a lingueta do lado de dentro do primeiro cursor gira por cima do cartucho seguinte e o suporte do segundo cursor se move para o lado de fora, para não impedir a extracção da cápsula do cartucho. Simultaneamente a lingueta basculante fixada neste segundo cursor continua a empurrar o cartucho seguinte para uma posição na qual este continua a ser conduzido pela referida lingueta do lado de dentro durante o curso de avanço seguinte da culatra de inércia.

Como se torna bem claro, a alimentação de cada cartucho efectua-se em duas etapas consecutivas, uma durante o avanço e outra durante o retrocesso da culatra de inércia, de modo a se- 10

U rem evitadas acelerações e deste modo forças demasiado grandes relacionadas com a massa.

Chama-se expressamente a atenção para o facto de nesta descrição e nas reivindicações só se referir uma lingueta, um apoio, etc., estando no entanto de preferência previstos vários destes elementos, que da melhor forma serão em número de dois, dispostos no sentido longitudinal da arma (perpendicularmente ao cinto de cartuchos) e lado a lado para manter sempre alinhado o cartucho no sentido longitudinal da arma durante todos os seus movimentos.

Assim, a arma presta-se também a funcionar sem problemas com um cinto de cartuchos do tipo referido, no qual, devido à fixação de um elo de cinto em relação ao outro, estes elos podem bascular um em torno do outro.

De acordo com a reivindicação 14 um batente fixo encontra-se assente na extremidade do lado de dentro do primeiro cursor, muito à semelhança do suporte na extremidade do lado de fora do segundo cursor. Este suporte tem a função de impedir que o primeiro cartucho do cinto de cartuchos alimentado com a culatra aberta escorregue para além da posição que o mesmo deve assumir quando for agarrado pela lingueta do lado de dentro, para ser alimentado.

Ensaios entretanto realizados demonstraram que o cinto de cartuchos está sujeito durante o disparo a movimentos muito bruscos, com um efeito de chicote e com trepidações que podem afectar a introdução do cartucho que se encontra mais à frente e que é movido até se encontrar trás da câmara de cartuchos e alinhado em relação a esta câmara.

Para obviar a este inconveniente propõe-se, de acordo com a invenção, que imediatamente antes ou durante a introdução do cartucho na câmara o cinto de cartuchos, do qual este cartucho 11 já foi separado ou descintado, seja recuado um pouco em relação ao dito cartucho. 0 cinto de cartuchos já não pode então embater, por acção dos inevitáveis movimentos a que está sujeito, no cartucho que está em vias de ser introduzido na câmara.

Simultaneamente também será vantajoso recuar o suporte fixado ao segundo cursor em relação ao cartucho para que aquele suporte não seja premido violentamente para o lado pela cabeça da culatra de inércia, o que o expõe a um desgaste desnecessariamente elevado.

Enquanto que até hoje se procurou impedir a ocorrência de falhas fazendo com que o cartucho fosse posicionado frente à câmara com uma grande folga lateral, mantém-se, de acordo com a invenção, o cartucho numa posição exactamente em frente da câmara até se iniciar a operação de introdução, sendo o cartucho só então libertado das suas guias laterais. Em virtude disso a invenção consegue portanto uma segurança de funcionamento muito elevada, independentemente da posição e do alinhamento da arma e das acelerações que sobre ela incidem. A arma de acordo com a invenção pode portanto ser também disparada a partir de uma viatura em andamento pelo terreno, sem que os solavancos provocados pelas irregularidades do terreno afectem a operação de recarregar.

De acordo com a forma de configuração preferencial da reivindicação 15 esta libertação do cartucho é conseguida fazendo com que a inversão do movimento dos cursores não se efectue só aquando do disparo, isto é, na posição mais avançada da culatra de inércia, mas sim um pouco antes, de modo que mais outra lin-gueta do lado de fora, fixada ao primeiro cursor e que neste instante se encontra encravada de modo a não poder bascular, puxa atrás o cinto de cartuchos, afastando-se do suporte de cartucho acabado de ser introduzido na câmara de cartuchos. 12

u. ^

Para bloquear esta lingueta do lado de fora, isto é, para impedir que a mesma caia para baixo, o segundo cursor tem, de acordo com a reivindicação 16, uma configuração tal que se agarra por sobreposição à lingueta do lado de fora, bloqueando-a. Deste modo consegue-se realizar esta função de bloqueio sem um componente suplementar e com uma correspondência exacta em relação à sequência de movimentos de ambos os cursores.

Como já se explicou mais atrás o primeiro cartucho do cinto de cartuchos encontra-se numa posição intermédia quando a culatra de inércia está na sua posição mais recuada (posição de desengate) . Nesta posição intermédia, o primeiro cartucho é agarrado pelo lado de trás e apoiado pela lingueta basculante do segundo cursor.

Ao introduzir o cinto de cartuchos a tampa que suporta esta lingueta basculante encontra-se no entanto rodada para cima.

Além disso na posição em que a arma se encontra pronta para disparar o primeiro cartucho encosta permanentemente a esta lingueta basculante, de modo que a mesma tem de resistir a todas as forças relacionadas com a massa, exercidas pelo cinto de cartuchos .

Para fixar com precisão a posição do cinto para cartuchos ao introduzi-lo com a tampa aberta, e para suportar as forças relacionadas com a massa do cinto de cartuchos, encontra-se disposta de acordo com a reivindicação 18, abaixo do cinto de cartuchos, que está a entrar, uma alavanca de bloqueio com amortecimento por mola pelo lado de cima, que actua como uma lingueta, contra cuja extremidade saliente virada para o eixo longitudinal da arma, encosta pelo seu lado de fora o primeiro cartucho na já referida posição intermédia. 13 •t U,

Quando o cinto voltar a ser movido, a alavanca de bloqueio do cartucho seguinte desvia-se para o lado de baixo sem impedir o movimento daquele cartucho e sobe então de novo para cima quando o cartucho está na posição intermédia, para actuar de novo como apoio do mesmo. Deste modo não só se cria um batente para a introdução precisa do cinto de cartuchos, mas impede-se também que a lingueta basculante ou as peças a ela ligadas fiquem gastas ou sofram mesmo uma rotura. O cartucho utilizado para o lança-granadas de acordo com a invenção é um cartucho com rebordo, isto é, um cartucho com um rebordo que sobressai radialmente. Além disso este cartucho está provido de um elo de cinto. Quando um cartucho deste tipo se encontra deitado numa superfície plana, o eixo longitudinal do cartucho tem uma inclinação em relação àquela superfície. É portanto problemática a movimentação de um cartucho deste tipo numa direcção exactamente paralela à do seu eixo longitudinal.

Perante esta problemática, a invenção tem o objectivo de possibilitar a introdução precisa e deste modo especialmente isenta de falhas do cartucho na câmara de cartuchos.

Este objectivo atinge-se pela adopção das características enunciadas na reivindicação 19.

Para este efeito encontra-se configurada abaixo da câmara de cartuchos uma mesa de guiamento, sobre a qual o cinto de cartuchos assenta durante a sua entrada, pelo que pode ser alimentado correctamente e sem falhas até atingir uma base de assentamento para o cartucho.

Quando se efectua a operação de descintagem e o primeiro cartucho é introduzido na câmara, a base de assentamento dos cartuchos desvia-se para o lado de baixo de tal maneira que o cartucho agarrado sobre a sua superfície pela cabeça da culatra 14 Γ u 1 de inércia pode centrar-se sobre aquela superfície, sendo deste modo introduzido sem problemas na câmara de cartuchos.

Enquanto isto, a ponta do cartucho permanece sempre à altura do centro da câmara de cartuchos. Só a parte traseira descai durante o desvio da base de assentamento de cartuchos, ao ponto de o eixo do cartucho se encontrar perfeitamente alinhado com o eixo do cano.

Para garantir que a base de assentamento de cartuchos não ceda extemporaneamente, a mesma é, de acordo com a reivindicação 20, comandada pelo movimento da culatra de inércia e actuada por esta culatra pouco antes ou quando a mesma efectua a descintagem do primeiro cartucho e o introduz na câmara de cartuchos. A base de assentamento de cartuchos apoia o cartucho, que é relativamente pesado, pelo menos durante um curto tempo, durante o qual os golpes que incidem sobre a arma podem multiplicar várias vezes a solicitação a que a base de assentamento está sujeita. Por esse motivo a pressão de uma mola não deve, só por si, bastar para assegurar que a base de assentamento dos cartuchos só ceda quando esse movimento for comandado a partir da culatra de inércia.

Para obviar a este inconveniente prevê-se de acordo com a reivindicação 21 um bloqueio que retém a base de assentamento de cartuchos na sua posição normal. O bloqueio é libertado pela culatra de inércia, de modo que a libertação do bloqueio se encontra sempre harmonizada de maneira fiável com o abaixamento da base de assentamento de cartuchos, que é igualmente comandado pela culatra de inércia. A base de assentamento de cartuchos pode ter a configuração de uma placa, tendo no entanto de acordo com as reivindicações 22 ou 23 a configuração de um conjunto formado por pelo menos um 15 Γ u dedo transversal, cuja massa é relativamente reduzida, de modo que um desvio e um basculamento rápido para trás não provocam falhas do movimento da culatra, nem qualquer desgaste elevado.

Uma regra fundamental refere que as armas de fogo de qualquer tipo não devem ser percutidas em vazio, isto é, sem cartucho ou cartucho tampão na câmara da arma.

Por outro lado durante a instrução torna-se necessário praticar muitas vezes o tiro, o carregamento, etc. e outras operações da arma.

Para evitar uma danificação do lança-granadas de acordo com a invenção em consequência da percussão em vazio da culatra de inércia, prevê-se de acordo com a reivindicação 24 um dispositivo de amortecimento que intercepta e desacelera a culatra de inércia na última fase do seu avanço.

Este dispositivo de amortecimento por mola encontra-se disposto de tal maneira que não actua durante a operação normal de tiro, uma vez que nessas condições a culatra de inércia pode quanto muito avançar até à base do cartucho, que sobressai um pouco para fora da câmara de cartuchos, não alcançando no entanto o dispositivo de amortecimento por mola.

De preferência (reivindicação 25) prevêem-se duas varas de guiamento de mola para as molas de fecho, varas essas que se estendem numa direcção paralela à do eixo longitudinal da arma, cada uma das quais atravessa uma furação longitudinal da culatra de inércia. Na extremidade dianteira de cada uma destas varas de guiamento de mola encontra-se disposta uma mola de amortecimento que se apoia contra a extremidade dianteira do corpo da arma e que de preferência está parcialmente encaixada numa furação, para que seja criado um espaço suficientemente grande para alojar essa mola. 16 (—1, ^

Ao prever duas molas de amortecimento e também duas molas de fecho consegue-se uma redundância de componentes que em caso de rotura de uma mola permite que a arma continue a ser utilizada, mesmo que eventualmente com algumas falhas.

As molas de amortecimento podem eventualmente só ser incorporadas para fins de instrução, sendo portanto desmontadas quando a arma tiver uma utilização real.

Numa arma automática convencional a culatra é regra geral guiada por uma guia de macho e fêmea conformada no interior do corpo da arma. Estas superfícies de deslizamento desembocam na abertura de ejecção e na abertura de alimentação do cinto de cartuchos, podendo a partir daí contrair facilmente depósitos de impurezas, o que pode conduzir a falhas de funcionamento.

Além disso as paredes exteriores do corpo, que formam estas superfícies de deslizamento, devem ter uma configuração suficientemente rígida e em consequência disso correspondentemente pesada .

Além disso é complicado fabricar com uma precisão suficientemente grande as superfícies de deslizamento situadas frente a frente e dispostas com uma grande distância entre si.

Para melhorar a segurança de funcionamento do lança-granadas de acordo com a invenção e simultaneamente reduzir os recursos técnicos necessários à sua construção, prevê-se de acordo com a reivindicação 26 que a culatra de inércia não seja guiada ao longo da sua superfície exterior, mas sim seja atravessada por um canal longitudinal, por meio do qual a dita culatra pode deslizar sobre uma guia longitudinal solidária do corpo da arma. 17

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As dimensões relativamente reduzidas da guia longitudinal e do canal longitudinal permitem um fabrico simples, com uma precisão suficientemente grande. Desde que não tenham de cumprir outras funções, as paredes laterais do corpo da arma só necessitam de estar configuradas para servir de cobertura e podem ser formadas por um material leve ou menos sólido, como por exemplo uma matéria sintética. 0 mais importante, no entanto, é o facto de este conjunto de guiamento se encontrar no interior do corpo da arma e distante das aberturas existentes no mesmo, através das quais poderão entrar impurezas para dentro do corpo.

Integrando de maneira apropriada a guia longitudinal, as extremidades da mesma podem ficar localizadas em zonas do corpo da arma nas quais não se encontram componentes funcionais que sejam essenciais. As impurezas que são empurradas pela culatra de inércia móvel para as extremidades da guia longitudinal podem acumular-se nessas extremidades sem que a segurança de funcionamento da arma seja afectada. Assim é possível utilizar a arma durante um longo período, mesmo que a mesma esteja sujeita à entrada de poeiras e de lama, e isto sem que se torne absolutamente imprescindível a limpeza imediata da arma.

Uma forma de configuração especialmente económica e simultaneamente à prova de impurezas e deste modo também segura em termos de funcionamento encontra-se disponível, de acordo com a reivindicação 27, quando for utilizado um varão circular para servir de guia longitudinal, varão esse que é guiado ao longo de uma furação calibrada da culatra de inércia, com folga controlada . 0 varão circular pode comportar ranhuras anulares para alojamento de um lubrificante, de anéis de deslizamento ou de impurezas . i 18 / Ιι

Um apoio muito simples da culatra, por exemplo realizado pelo engate da peça de arrasto na ranhura de guia da alavanca de carne, basta perfeitamente para impedir um movimento giratório da culatra de inércia em torno do varão circular. 0 corpo da arma automática, que constitui o protótipo do género em questão, dá grandes problemas, mesmo quando não está previsto para servir de guia longitudinal para a culatra de inércia. A execução sob a forma de uma peça forjada de aço ou de liga leve, que é posteriormente maquinada por levantamento de aparas, é pesada e além disso muito onerosa. É certo que uma construção soldada a partir de recortes ou de peças estampadas ou quinadas é mais leve e mais económica, mas mesmo assim difícil de fabricar com medidas exactas e sem que se verifiquem deformações. Além disso um corpo soldado apresenta fissuras finas e inacessíveis, que podem constituir pontos de ataque para danos provocados por corrosão. Corpos soldados a partir de ligas leves são especialmente onerosos.

Deve procurar obter-se um corpo tanto quanto possível leve mas com medidas exactas, sendo a melhor forma de o conseguir a utilização de uma liga de metal leve com o mínimo possível de fissuras.

Esta exigência é cumprida pelo lança-granadas de acordo com a invenção, descrito na reivindicação 28. Neste lança-granadas a secção principal do corpo é formada por um troço de um material à base de um perfilado oco, que, caso necessário, é posteriormente maquinado por levantamento de aparas (por exemplo para abrir a janela de ejecção). 0 material em forma de perfilado oco é tapado na sua parte frontal por um bloco, no qual se encontra fixado o cano, cano esse que eventualmente suporta a guia longitudinal, bem como as varas de guiamento das molas. 19 Ο lado de trás da secção de material em forma de perfilado oco pode ser tapado pelo dispositivo de disparo. 0 material em forma de perfilado oco pode de preferência ser um perfilado oco moldado por extrusão, de preferência feito de uma liga de metal leve, por exemplo o duralumímio. No seu interior o material formado por um perfilado oco pode comportar filetes longitudinais, que poderão servir para o guiamento da culatra de inércia, sempre que esta não for guiada ao longo da vara de guiamento longitudinal acima descrita.

Do lado de fora o material com a forma de um perfilado oco pode comportar filetes longitudinais, ranhuras longitudinais, etc., que poderão servir para a fixação de um suporte de mira, de um sistema de iluminação por infravermelhos e de acessórios similares.

De acordo com a reivindicação 29 o material em forma de perfilado oco é de preferência um perfilado fechado, oco ou em forma de caixa, no qual fica alojada a culatra de inércia e que é prolongado para o lado de cima por um perfilado aberto, com uma forma oca ou de caixa, perfilado esse que serve de fixação à alavanca de carne e que está coberto por uma tampa amovível. A parede divisória que se estende no sentido longitudinal entre o perfilado fechado e o perfilado oco apresenta um furo longo aberto por fresagem, que se estende ao comprimento, furo esse que é atravessado pela peça de arrasto fixada na culatra de inércia. Nesta parede divisória encontram-se também fixados os eixos da alavanca de came, da alavanca de inversão, etc. A vantagem especial desta disposição reside no facto de o dispositivo de comando, que é delicado, se encontrar alojado de modo a estar especialmente protegido contra a entrada de impurezas e também de gases resultantes da explosão da pólvora, estando apesar disso perfeitamente acessível. 20 u A superfície exterior e/ou interior do corpo de arma assim configurado recebe de preferência (reivindicação 30) um tratamento de superfície para conseguir uma coloração de camuflagem, uma resistência contra a corrosão, por exemplo devida à acção da água salgada, uma melhor resistência ao desgaste e outras propriedades que se pretende conferir à superfície.

Verificou-se ser especialmente apropriada a anodização electrolítica das superfícies interior e exterior do corpo de liga de metal leve.

Como já se referiu, o cinto de cartuchos, que em caso de fogo contínuo é alimentado intermitentemente e de forma brusca, tem a tendência de executar movimentos violentos do género de uma chicotada, o que pode conduzir a falhas de funcionamento.

Para atenuar estes movimentos e criar as condições para uma entrada mais suave do cinto de cartuchos para o interior da arma, prevê-se de acordo com a reivindicação 31 uma placa de guiamento do cinto que apoia pelo lado de baixo esse cinto de cartuchos e, de acordo com a reivindicação 32, uma cobertura que guia o cinto de cartuchos pelo lado de cima, podendo ambos os dispositivos ser montados de forma amovível no corpo da arma.

Enquanto que a placa de guiamento do cinto e a cobertura desse cinto têm uma localização contígua pelo lado de baixo e pelo lado de cima em relação à abertura de entrada do cinto de cartuchos no corpo da arma, esta mesma abertura encontra-se delimitada tanto na sua extremidade anterior como na sua extremidade posterior, de acordo com a reivindicação 33, por um rolete de guia do cinto de cartuchos que pode girar livremente. Ambos os roletes de guia do cinto de cartuchos têm um diâmetro tal que se torna impossível que os cartuchos enganchem nos roletes. De preferência ambos os roletes de guiamento do cinto de cartuchos 21 têm a configuração de cilindros circulares, apresentando o mesmo diâmetro.

Como já atrás se referiu por várias vezes, o dispositivo de acordo com a invenção destinado à alimentação e à descintagem do cinto de cartuchos pode ser transformado de modo a servir alternativamente para a alimentação pela direita o.u pela esquerda, não sendo de preferência para tal necessária a utilização de quaisquer partes de substituição. Por esse motivo o corpo da arma apresenta de acordo com a reivindicação 34 duas aberturas de entrada para o cinto de cartuchos, que se encontram frente a frente.

Estas aberturas de entrada encontram-se de preferência dispostas de ambos os lados do corpo da arma, podendo no entanto estar dispostas também do lado de cima ou do lado de baixo do corpo para aplicações especiais do lança-granadas, como por exemplo em viaturas terrestres, embarcações ou aeronaves.

Para evitar uma desnecessária acumulação de impurezas é possível, de acordo com a reivindicação 35, tapar a abertura de entrada que não está a ser utilizada por meio de uma parede ou de uma tampa, que de preferência terá a configuração de uma placa de chapa que pode ser montada, mas que também poderá ter a forma de um bujão de matéria sintética fixado por aperto. A placa de guiamento do cinto e a cobertura acima referidas têm uma configuração simétrica em relação ao seu eixo central, que se estende perpendicularmente ao eixo longitudinal da arma, de modo que estes componentes podem ser fixados diante de qualquer uma das duas aberturas de entrada.

Para favorecer ainda mais uma alimentação isenta de problemas do cinto de cartuchos, que é guardado num carregador, encontram-se conformados neste carregador e no corpo da arma meios de 22 fixação complementares um do outro, que abrangem uma fixação daquele carregador na vizinhança da ou de cada uma das aberturas de entrada do corpo da arma (reivindicação 36)· A cobertura pode ser um elemento fixado permanentemente na caixa da arma, formando no entanto de acordo com a reivindicação 37 de preferência uma parte do carregador, de modo que a cobertura, depois de ter sido fixada no corpo da arma, forma uma guia fiável para o cinto de cartuchos, desde o carregador até à parte interior da arma.

De preferência a cobertura encontra-se ligada à tampa do carregador ou forma uma só peça em conjunto com a mesma (reivindicação 38) . 0 cinto de cartuchos só pode ser introduzido na arma quando a tampa na qual se encontram fixados os cursores estiver aberta e a culatra de inércia se encontrar na sua posição mais recuada, que é a sua posição de percussão.

Nesta posição de percussão a culatra de inércia encontra-se no entanto submetida à pressão exercida pelo conjunto de mola de fecho e só é segurada pelo dispositivo de disparo.

Ao colocar o cinto ou ao tentar eliminar um encravamento da arma, a mão do atirador é introduzida no trajecto de deslizamento da culatra de inércia. Se a culatra for então percutida inadvertidamente ou se a mesma for percutida em consequência de um solavanco da viatura na qual a arma se encontra fixada, deverá contar-se com uma lesão da mão do atirador, que em determinadas circunstâncias poderá ser grave. Isto é tanto mais grave quanto o atirador necessita principalmente essa mesma mão lesada para manejar a arma.

Para obviar a este inconveniente prevê-se na arma de acordo com a invenção e de acordo com a reivindicação 39 um bloqueio da 23 p L· ^^ culatra que se encontra acoplado à tampa e que é activado quando a tampa estiver aberta. Este bloqueio da culatra mantém a culatra de inércia na posição de percussão e impede que a mesma seja percutida, mesmo quando a arma for disparada inadvertidamente ou devido a uma falha, ou então intercepta a culatra durante o seu movimento de avanço, antes de a mesma chegar à zona do dispositivo de alimentação de cartuchos e poder causar lesões a uma mão que porventura aí se encontra.

Este bloqueio da culatra pode apresentar um acoplamento forçado com a tampa ou com o encravamento da mesma, estando no entanto de acordo com a reivindicação 40 de preferência equipado de um sensor que detecta se a tampa se encontra ou não na sua posição fechada.

Este sensor pode comandar um dispositivo de disparo, tendo no entanto de preferência e de acordo com a reivindicação 41 a configuração de um pino detector, que está sujeito à pressão de uma mola na sua posição de encravamento, isto é, na posição em que activa o bloqueio da culatra. O pino de detecção encontra-se directamente ligado à alavanca de bloqueio, de modo a transmitir qualquer movimento da mesma, alavanca essa que pode engatar na culatra de inércia ou entrar na trajectória de movimento da mesma e retê-la ou pará-la.

Na medida em que a culatra de inércia estiver equipada de uma peça de arrasto guiada pela alavanca de came, será vantajoso, de acordo com a reivindicação 42, que a referida alavanca de bloqueio possa ser movida para dentro da trajectória de movimento da peça de arrasto. O facto é que a peça de arrasto forma um componente especialmente resistente, que se projecta para o lado de fora a partir da culatra de inércia, componente esse que não sofre danos, mesmo quando embater com força contra a alavanca de bloqueio. 24 (Γ ^ ^—?·

Para conseguir além disso também uma execução aligeirada da alavanca de bloqueio, esta engata, de acordo com a forma de configuração indicada na reivindicação 43, numa cavidade da alavanca de came. Esta alavanca de carne, sendo um componente sujeito a elevadas solicitações, é de uma execução muito robusta, sendo suportada por um apoio muito forte e solidário do corpo da arma.

Quando a peça de arrasto da culatra de inércia esbarrar contra a alavanca de bloqueio, esta transmite todas as forças por ela absorvidas à alavanca de came, que tem uma conformação suficientemente sólida, e sobre a qual aquela primeira alavanca se apoia dentro da cavidade. A saliência de engate da alavanca de bloqueio só é pouco solicitada durante a operação atrás descrita, uma vez que retransmite todas as forças que sobre ela incidem. Assim não existe o perigo de a saliência de engate ou a alavanca de bloqueio se partirem, estando em vez disso assegurado um bloqueio sempre activo.

As posições da saliência de engate e da cavidade na alavanca de came são escolhidas de tal maneira que a culatra de inércia só é parada pouco antes de atingir o dispositivo de alimentação de cartuchos.

Esta disposição tem a vantagem de o bloqueio, cujo pino de-tector se estende para dentro da zona da tampa, ter uma configuração tão curta quanto possível. Além disso a percussão audível da culatra de inércia até atingir a alavanca de bloqueio, que é claramente reconhecida pelo atirador, permite-lhe verificar que a culatra de inércia já não se encontra inadvertidamente ou devido a uma falha na sua posição de desengate, podendo o referido atirador levar a culatra de novo à sua posição de desengate antes de fechar a tampa, de modo a ser possível continuar a utilização da arma, desde que não haja uma avaria franca. 25

Existe uma multiplicidade de dispositivos de segurança que se destinam a impedir a detonação inadvertida de um cartucho.

Numa arma do género contemplado pela invenção uma protecção deste tipo é ainda mais importante do que em outras armas, uma vez que a detonação do cartucho só se deve verificar quando a culatra de inércia se encontra num determinado ponto localizado pouco antes do fim do seu curso de deslizamento e tem nesse ponto uma determinada velocidade.

Um outro objectivo da invenção é o de encontrar um dispositivo de segurança eficaz.

Este objectivo atinge-se pela adopção das caracteristicas enunciadas na reivindicação 44. De acordo com esta reivindicação o percutor encontra-se alojado num casquilho de percutor, que por sua vez está assente na culatra de inércia de modo a poder deslizar ao longo da mesma, podendo o casquilho ser movido para uma posição recuada, na qual impede o percutor de sair para fora da base de percussão da culatra de inércia.

Enquanto que as dimensões, o material e o peso do percutor se encontram predefinidos, do ponto de vista construtivo, dentro de limites apertados, estas limitações não se aplicam ao casquilho do percutor, de modo que este pode sem problemas ser dotado de ou acoplado com dispositivos de segurança.

Este casquilho de percutor tem, de acordo com a reivindicação 45, uma configuração tal que está de todo excluída a possibilidade de o percutor fazer detonar um cartucho quando o casquilho do percutor se encontra na sua posição recuada.

De uma maneira especialmente vantajosa e de acordo com a reivindicação 46 o casquilho do percutor encontra-se ligado por meio de uma alavanca de comando a uma came de comando solidária 26 I” ^ ^ da caixa da arma, de modo que o casquilho do percutor pratica-mente só pode ser movido para a sua posição mais avançada na zona de localização da culatra de inércia na qual se deve efec-tuar a detonação do cartucho. Deste modo encontra-se excluída qualquer detonação inadmissível do cartucho. 0 percutor encontra-se ligado através de uma peça intermédia com uma mola de impacto, que serve de accionamento, sendo encravado ou bloqueado na sua posição armada e disparado na dependência da posição da culatra de inércia.

Se, devido a uma rotura ou falha de um componente funcional, como por exemplo a mola de impacto, deixar de existir o accionamento do percutor por acção dessa mola de impacto, então esse percutor pode mover-se de forma não controlada e provocar outros danos quando a culatra de inércia for percutida.

De acordo com a reivindicação 47 a peça intermédia actua directa ou indirectamente sobre o comando do casquilho do percutor quando deixar de existir a pressão exercida pela mola percutora, de tal maneira que aquele casquilho fica retido permanentemente na sua posição recuada. 0 lança-granadas de início referido e que constitui o protótipo do género em questão apresenta de ambos os lados do tra-jecto de deslizamento da culatra de inércia um rasgo longitudinal conformado em cada uma das paredes laterais do corpo da arma, rasgo esse que é atravessado por um punho que se estende perpendicularmente ao eixo longitudinal da arma e que se encontra fixado à culatra de inércia.

Durante o disparo ambos estes punhos executam um movimento longitudinal. Se esse movimento for impedido, pode verificar-se uma falha de funcionamento. 27 Γ

Além disso é possível a entrada de impurezas para o interior do corpo da arma através dos rasgos longitudinais atravessados pelos punhos.

Especialmente complicada é também a operação de armar o lança-granadas. Para esse efeito o atirador tem de debruçar-se sobre a arma e agarrar com uma ou com ambas as mãos o ou cada um dos punhos e puxá-los para trás com força. Dado que durante esta operação se torna necessário vencer a resistência oferecida pelo conjunto de molas de fecho, que são muito fortes, torna-se necessário um considerável dispêndio de força. Além disso é impossível manter durante esta actividade inalterada a pontaria da arma sobre o suporte, uma vez que a própria arma é puxada com força para trás por meio do punho ou dos punhos.

Assim é por exemplo inútil apontar a arma não armada para um alvo, uma vez que a pontaria se perde durante a operação de rearme.

Muitas vezes é no entanto especialmente importante apontar a arma à luz do dia para um sector do terreno, por exemplo para uma incisão no terreno ou para uma estrada em que se conta com o aparecimento do inimigo durante a noite. Nestas condições é no entanto inadmissível, por motivos de segurança, manter a arma permanentemente armada.

Além disso o atirador é forçado, por exemplo ao surgir um encravamento, a debruçar-se sobre a arma e a expor-se portanto de maneira perigosa.

Estes inconvenientes limitam de maneira muito sensível a operacionalidade do lança-granadas conhecido. A estes inconvenientes é possível obviar pela adopção das características enunciadas na reivindicação 48. 28 r L-C ^^

Para este efeito o manipulo de rearme da culatra de inércia tem a configuração de um punho de tracção disposto do lado de trás do corpo, punho esse que se encontra ligado à culatra de inércia por meio de um sistema de tirantes ou de um mecanismo similar, de modo que a culatra de inércia é arrastada para trás e para a posição de percussão ao puxar para o lado de fora o punho de tracção.

Seguidamente o punho de tracção é de novo metido a fundo para dentro do corpo, de modo que a culatra de inércia se pode mover num sentido e no outro sem impedimentos por parte do punho de tracção, do sistema de tirantes ou do órgão de tracção do mesmo.

Esta forma de configuração não integra qualquer manipulo que durante o tiro se possa mover para um lado e para o outro. 0 sistema de tirantes ou o órgão de tracção é movido no sentido longitudinal, passando por uma abertura existente na parede traseira do corpo e nunca numa direcção transversal em relação ao mesmo, de modo que pode tapar sempre plenamente a abertura do corpo que atravessa, sendo deste modo impossível a entrada de impurezas.

Especialmente vantajosa é ainda a circunstância de o atirador, que agarrou com uma das suas mãos o manipulo ou o punho de tracção para armar a culatra de inércia, poder apoiar-se com a outra mão no lado de trás do corpo da arma, de preferência no punho aí fixado. Assim todos os esforços se desenvolvem entre as duas mãos do atirador. É assim possível evitar, após um pouco de exercício, uma componente de força tendente a afectar a pontaria da arma. A característica particular é que o atirador pode permanecer abrigado atrás da arma durante a operação de rearme da cula- 29 ϋ t tra de inércia, não sendo necessário debruçar-se por cima daquela arma.

De preferência prevê-se, de acordo com a reivindicação 49, um encravamento desbloqueável que retém o manipulo ou o punho de tracção na posição inserida, de maneira a poder ser deseacrava-do, para evitar que o manipulo se solte devido a uma trepidação ou a um outro movimento deste género e intervenha de maneira a afectar o funcionamento da arma através do sistema de tirantes ou do órgão de tracção que actua sobre o movimento da culatra de inércia.

Uma ligação especialmente apropriada para a transmissão da força entre o manipulo e a culatra de inércia, sem recorrer a componentes suplementares, realiza-se pela adopção das caracte-rísticas enunciadas na reivindicação 50. Para este efeito prevê-em-se de preferência, tal como no lança-granadas que constitui o protótipo do género em questão, duas molas de fecho, cada uma das quais é guiada ao longo de uma vara de guiamento da mola. As molas de fecho têm a configuração de molas de pressão e encontram-se assentes entre a culatra de inércia e a extremidade traseira do corpo da arma, envolvendo cada uma delas a sua vara de guiamento da mola.

Estas varas de guiamento da mola não se encontram no entanto, como no lança-granadas que constitui o protótipo do género em questão, assentes de maneira estacionária no corpo, podendo em vez disso ser deslocadas no sentido longitudinal do mesmo. Do seu lado de trás suportam o manipulo ou o punho de tracção e do seu lado da frente encontram-se fixadas a um conjunto de arrasto, com o qual agarram a culatra de inércia pelo lado da frente, arrastando-a para trás durante o movimento de retrocesso da mesma . 30 Γ

Na sua posição mais avançada, na qual as varas se encontram imobilizadas devido ao encravamento desbloqueável que retém o manipulo, estas mergulham com as suas extremidades dianteiras de preferência em encaixes ou furações conformados na extremidade dianteira do corpo, sendo assim mantidas seguramente em posição contra desvios laLerais durante o tiro. 0 conjunto de arrasto pode ser formado por um colar anular sobressaliente, tendo no entanto de preferência a configuração de uma mola amortecedora que se apoia com a sua extremidade dianteira num batente rigidamente ligado à vara de guiamento da mola, batente esse que será por exemplo um circlips.

As duas varas de guiamento das molas encontram-se dispostas lado a lado e horizontalmente no interior do corpo. 0 manipulo tem portanto a configuração de um punho horizontal que se estende perpendicularmente ao eixo longitudinal da arma. Esta configuração é muito vantajosa do ponto de vista ergonómico.

Além disso a arma comporta de preferência do seu lado de trás e da maneira habitual dois punhos verticais dispostos lado a lado, a cada um dos quais se encontra associada uma placa de gatilho que pode ser actuada pelo polegar. Ambas as placas de gatilho podem estar reunidas numa única placa de actuação pelo polegar.

Ao rearmar a culatra de inércia o atirador agarra com a mão que utiliza de preferência o punho horizontal e com a outra mão o punho vertical que corresponde a essa mão. A arma deve então ser rearmada com um dispêndio de força que subjectivamente é reduzido e de modo a que não se exerça nenhuma força ou uma força reduzida sobre o suporte da arma. 0 encravamento acima mencionado, destinado à retenção des-bloqueável do punho horizontal, comporta, de acordo com a rei- 31 p U, ^^ vindicação 51, uma alavanca de disparo integrada, que é forçosamente actuada ao agarrar o punho e que actua o encravamento ao soltar o punho. Assim integra-se uma operação de manuseamento necessária e separada (desbloquear o encravamento) numa outra operação de manuseamento (agarrar ou largar o punho), de modo que se encontra assegurado um manuseamento especialmente simples da arma.

Um outro problema da arma já conhecida reside no facto de haver o perigo de haver um disparo indesejado devido a uma falha da arma. A culatra de inércia é retida pelo dispositivo de disparo de maneira a poder ser soltada, para o que agarra pelo lado de trás, por meio de uma alavanca giratória que pode ser actuada pela placa de gatilho accionada pelo polegar, um taco transversal existente na extremidade da culatra de inércia, taco esse que é libertado ao actuar a placa de gatilho activada pelo polegar.

Acontece que a massa da culatra de inércia e a força exercida pelo conjunto de molas de fecho são grandes. Se a estas forças se juntarem forças relacionadas com a massa, que apoiam a pressão exercida pela mola de fecho e que actuam no sentido longitudinal, por exemplo devido ao facto de a viatura na qual a arma se encontra assente passar violentamente por cima de uma irregularidade do terreno, a força que se exerce sobre o troço em gancho da alavanca basculante é muito elevada.

Por outro lado esta alavanca basculante (ou melhor um par de alavancas basculantes similares, dispostas lado a lado) não deve ser demasiado pesada para que não possa por sua vez ser de-sengatilhada inadvertidamente por forças relacionadas com a massa, que porventura possam vencer a força da mola de reposição que actua sobre essa alavanca. Por outro lado esta mola de repo- 32 (Γ ^ ^—Ç. sição não deve ser demasiado dura, para que seja possível um disparo de precisão sobre o alvo. Devido aos condicionalismos construtivos atrás apontados o perigo de uma rotura das partes do dispositivo de disparo sujeitas a grandes esforços de uma arma do género de início referido é maior do que por exemplo numa pistola automática. Se este perigo for tornado menor por meio de uma construção maciça da alavanca basculante, aumenta simultaneamente o perigo de um disparo inadvertido devido a forças relacionadas com a massa, que actuam de forma indesejada o dispositivo de gatilho.

Enquanto que este último perigo pode ser minimizado pela introdução de dispositivos de segurança apropriados, que podem imobilizar a alavanca basculante ou um elemento com uma massa especialmente elevada em relação ao dispositivo de disparo, o perigo da rotura da alavanca de disparo não pode ser dominado com nenhum dispositivo de segurança que não faça mais do que imobilizar aquele dispositivo de disparo.

Tomando como ponto de partida esta problemática, a invenção resolve estas dificuldades com a adopção das características enunciadas na reivindicação 52.

De acordo com esta característica prevê-se um dispositivo de segurança suplementar que retém a culatra de inércia independentemente do dispositivo de disparo.

Quando o dispositivo de disparo falhar, o dispositivo de segurança suplementar retém a culatra de inércia na sua posição de desengate ou perto da mesma.

Caso a alavanca basculante acima referida estiver quebrada e o dispositivo de disparo ficar inutilizado em consequência disso, é possível em caso de emergência continuar a disparar a arma, para o que se utiliza o dispositivo de segurança suplemen- 33

U t tar como gatilho. Assim a arma, apesar de uma falha muito considerável, não se encontra totalmente avariada.

Para permitir esta potencialidade de utilização em caso de emergência, o dispositivo de segurança suplementar está, de acordo com a reivindicação 53, contido no dispositivo de disparo e consiste num gancho de retenção próprio, que de preferência agarra pelo lado de trás o taco de disparo da culatra de inércia da mesma maneira que o faz a alavanca basculante ligada ao gatilho.

Seria possível atribuir ao gancho de retenção um conjunto de actuação e de bloqueio próprios. De acordo com a reivindicação 54 este gancho está no entanto de preferência acoplado ao dispositivo de segurança de qualquer dos modos existente, de modo que se pode prescindir de um punho de actuação próprio e deste modo de uma operação separada de manuseamento. 0 gancho de retenção encontra-se forçosamente disposto um pouco à frente da posição de desengate propriamente dita, de modo que ao actuar o dispositivo de disparo enquanto o dispositivo de segurança suplementar se encontra activado, a culatra de inércia se move de um curto trajecto para a frente, caindo sobre o gancho de retenção, ao que já não pode ser retida pelo dispositivo de disparo propriamente dito.

Anulando agora o dispositivo de segurança, o tiro parte. Para evitar este disparo, adoptou-se, de acordo com a reivindicação 55, um mecanismo que só permite a percussão da culatra de inércia que está a ser retida pelo gancho de retenção, quando essa culatra tiver sido primeiro movida para trás para a posição de desengate.

Este mecanismo pode consistir num gancho de retenção profundamente recortado, que é retido pelo taco de disparo da cula- 34 ρ ^ ^ tra de inércia, no qual engancha de tal maneira que não pode ir até à posição de anulação do dispositivo de segurança.

Neste caso não existe contudo a possibilidade atrás referida de poder disparar a arma por meio do dispositivo de segurança suplementar. 0 objecto da invenção é agora explicado mais em pormenor e a titulo de exemplo mediante o desenho esquemático anexado, que mostra uma única forma de realização preferencial do lança-granadas de acordo com a invenção. Nesta forma de realização encontram-se reunidas todas as caracteristicas acima referidas das reivindicações.

Chama-se no entanto expressamente a atenção para o facto de os grupos afins destas caracteristicas poderem também ser realizados numa determinada arma, independentemente de outros grupos de caracteristicas. 0 desenho mostra numa única figura um alçado longitudinal de um exemplo de realização de um lança-granadas de acordo com a invenção, tendo sido retirada a tampa do corpo e a tampa do ali-mentador. O lança-granadas que a figura mostra é no essencial constituído pelo grupo do corpo 100, um grupo de culatra com amortecimento e dispositivo de manuseamento 200, um grupo de alimentação com o respectivo comando e um grupo de dispositivo de disparo 400. 0 cinto de cartuchos (que a figura não mostra) introduzido no lança-granadas é em si já bem conhecido e não é por isso parte integrante da arma. O grupo 100 do corpo da arma: 35 Γ u, t A parte principal do grupo do corpo é formada por um perfilado oco 102, prensado por extrusão, que a seguir será designado abreviadamente por "corpo" e que no essencial comporta uma secção transversal com duas abas laterais paralelas entre si, que na sua extremidade inferior e aproximadamente a meio da altura das mesmas estão interligadas por almas transversais planas e perpendiculares às abas, formando o conjunto uma só peça. O corpo 102 apresenta portanto uma parede de corpo esquerda, uma parede de corpo direita e um fundo de corpo. O eixo longitudinal central ou a linha longitudinal central do corpo 102 é designado por 114. 0 corpo 102 é formado pelo corte ao comprimento e subsequente maquinação por levantamento de aparas de uma secção de perfilado oco prensado por extrusão, obtendo-se por acção da maquinação com levantamento de aparas um rasgo fresado dianteiro que se estende transversalmente, rasgo esse que serve para introduzir um cinto de cartuchos e que tem uma abertura de introdução direita e uma abertura de introdução esquerda, além de uma abertura de ejecção 120 vazada na parede direita do corpo, através da qual os cartuchos detonados, os cartuchos de exercício e os cartuchos não detonados são ejectados para fora do corpo, e ainda um rasgo fresado ao comprido na alma superior transversal, de modo que esta alma forma um filete direito do corpo e um filete esquerdo do corpo. Em cada uma das arestas voltadas uma para a outra de ambos os filetes do corpo encontra-se fixada uma régua de aço com uma came de comando, tratando-se da carne de comando para a bucha do percutor junto da aresta direita e da came de comando para o comando do disparo do percutor na aresta esquerda .

Nos sítios em que não é necessária a abertura na alma transversal superior que é delimitada pelos dois filetes de cor- 36 - U κ po, esta alma permanece inalterada, tal como por exemplo junto da ponte 144. 0 corpo 102 é anodizado electroliticamente para receber uma coloração (cor de camuflagem) e um acabamento de superfície (resistência ao desgaste e propriedades de deslizamento) apropriados .

Na extremidade dianteira do corpo 102 encontra-se fixado de maneira inamovível um bloco de aço 104, que suporta o cano 106 centrado em relação ao eixo longitudinal 114 e conjugado com a câmara de cartuchos 108. 0 bloco de aço 104 comporta abaixo do cano 106 e de ambos os lados do mesmo furações cegas (134) abertas para o lado de trás, em cada uma das quais se insere uma haste de guia de mola 214 , sobre a qual assenta e se apoia uma mola de amortecimento 218. A mola de amortecimento estende-se para o lado de trás até à embocadura alargada da furação de encaixe 134. Estas embocaduras estão dimensionadas de tal modo que cada uma delas pode alojar uma saliência 204 do suporte de culatra 228 da culatra de inércia 202, quando esta se move até à posição extrema dianteira (no caso de percussão sem cartucho).

No fundo da furação cega 134 desemboca uma furação de passagem rebaixada, para apoio e encaixe, dentro da qual a haste de guia de mola 214 conformada com um rebordo anular de guia e com uma cabeça terminal encaixa com uma folga que no essencial é nula. Nesta configuração a extremidade livre dianteira da cabeça terminal é abaulada, de modo que a haste d e guia de mola é alinhada automaticamente quando for movida para dentro da furação de encaixe 134. 37 f—' ί--^-Ç* II ' A meia distância entre as duas furações de encaixe o corpo 102 é atravessado de lado a lado por uma vara circular de ajuste 132, que se encontra fixada ao bloco de aço 104 e que guia a culatra de inércia 202 durante os movimentos da mesma. A parte traseira do corpo 102 é tapada por uma cobertura terminal 110, na qual se encontram dispostas duas guias 136 para as hastes de guia de mola 214 e na qual se apoia a vara circular de ajuste 132. A cobertura terminal suporta uma parte do grupo do dispositivo de disparo 400, podendo ser retirada em conjunto com este grupo e o grupo da culatra 200 para o lado de trás. O lado de cima do corpo 102 é coberto por uma tampa 112 do corpo, que é amovível e que se estende desde a cobertura terminal 110 até aproximadamente à ponte 144.

Aproximadamente a meio do comprimento do corpo 102 encontra-se disposto do lado de dentro do fundo do corpo uma lingueta de roquete 142, que pode girar em torno de um eixo transversal e que está sujeita à pressão de uma mola (não representada na figura) , de tal maneira que tem tendência para assumir uma posição que no essencial é uma posição levantada.

Ao corpo 102 encontram-se ainda fixadas outras partes não representadas em pormenor na figura, tais como por exemplo um ejector do lado de dentro da parede esquerda do corpo, uma montagem para um dispositivo de mira do lado de fora da parede esquerda do corpo, um suporte para um carregador de cartuchos do lado de fora tanto da parede esquerda como da parede direita do corpo, suporte esse que está situado na área das aberturas de introdução esquerda e direita, um suporte para a fixação de um tripé montado pelo lado de fora nas paredes esquerda e direita do corpo e/ou no fundo do corpo, etc. 38

Além disso encontram-se fixados na extremidade traseira do lado de fora, nas paredes esquerda e direita do corpo, um estribo de fixação superior e outro inferior, que se estendem para o lado de trás e para o lado de fora. As extremidades dos estribos de fixação sobrepostos estáo interligadas por um punho esquerdo e outro direito, que ambos têm uma posição vertical.

Agarrando um ou ambos os punhos 148, é possível apontar e disparar o lança-granadas da maneira habitual.

Finalmente encontra-se fixado do lado de trás da parede esquerda do corpo, pelo lado de baixo e do lado de fora, um prolongamento que se estende para o lado de trás e que apresenta na sua extremidade traseira uma saliência de engate apontada para o lado de dentro, mas que no conjunto está fixada de tal maneira que não impede a remoção e a colocação do grupo 200 da culatra. 0 grupo 200 da culatra: O grupo 200 da culatra comporta uma culatra de inércia 202, que é formada por uma cabeça de culatra 224 coaxial em relação ao eixo central longitudinal 114 e por um suporte de culatra 228 paralelo àquele eixo, estando ambas estas partes sobrepostas e ligadas pelo seu lado traseiro, de modo a formar um grupo inteiriço. A cabeça da culatra 224 apresenta do seu lado dianteiro uma base de percussão que é delimitada do lado direito por um ex-tractor vulgar apoiado em molas e que sobressai para o lado da frente.

Frente a este extractor encontra-se também disposto do lado esquerdo um extractor (que a figura não mostra) para também em caso de trepidação da arma assegurar uma extracçâo sem problemas Γ u. t do cartucho, passando através da zona ocupada pelo cinto de cartuchos e estendendo-se até à abertura de ejecção 121. Este ex-tractor esquerdo é aberto durante o retrocesso da culatra por um batente solidário do corpo e liberta o bordo do cartucho extraído pouco antes de este esbarrar contra o ejector, que é igualmente solidário do corpo da arma. A cabeça de culatra 224 apresenta uma furação axial, que é coaxial em relação ao eixo longitudinal 114, furação essa que tem a configuração de um furo cego aberto para o lado de trás, cujo fundo é atravessado da maneira habitual por um canal de passagem para o bico do percutor.

Nesta furação axial encaixa a já acima referida bucha de percutor, o percutor propriamente dito e a respectiva mola de percussão (não representada na figura). 0 suporte de culatra 228 apresenta três furações: uma furação de ajuste (não representada na figura) que está prevista para deslizar no essencial sem folga sobre a vara circular de ajuste 132 e duas furações cegas 206 abertas para o lado de trás e que servem para encaixar as molas de fecho, furações essas que são coaxiais em relação às furações de encaixe 134. O fundo de cada uma destas furações cegas 206 de encaixe das molas de fecho é atravessado por uma furação mais pequena, através das quais se estende uma haste de guia de mola 214.

Na secção da retaguarda de cada uma das hastes de guia de mola 214 encontra-se enfiada uma mola de fecho 234, que tem a configuração de uma mola de pressão em forma de espiral.

Cada uma destas molas de fecho apoia-se do lado da frente contra o fundo da respectiva furação 206 de encaixe da mola de fecho e do lado de trás contra a guia 136 da haste de mola. 40 1“ \

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Do lado da frente do suporte de culatra 228 encontram-se conformadas as já referidas saliências 204.

Como já se indicou durante a explicação relativa ao grupo 100 do corpo as hastes de guia de mola 214 estendem-se para a frente, no estado em gue o lança-granadas se encontra pronto para disparar, até às respectivas conformações de uma correspondente furação de encaixe 134 existente no bloco de aço 104, fu-ração essa na gual se encontra também alojada uma mola de amortecimento 280 enfiada na haste de guia de mola 214.

Esta mola de amortecimento 218 tanto se pode apoiar direc-tamente no fundo da furação de encaixe 134 como também no ressalto radial da haste de guia de mola 214.

Ao puxar atrás a haste de guia de mola 214 a mola de amortecimento 218 é arrastada pelo rebordo anular de guia configurado na haste de guia de mola 214 à frente daquela mola ou então pelo seu apoio na própria haste de guia de mola 214.

As duas hastes de guia de mola 214 atravessam as guias de haste de mola 136, passando para o lado de trás, sendo ai rigidamente ligadas uma à outra por meio de um punho de rearme 216 que abaixo das extremidades inferiores do punho da direita e do punho da esquerda se estende nos sentidos transversal ou horizontal, respectivamente.

Para armar a culatra 202 o punho de rearme 216 é puxado na horizontal suficientemente para o lado de trás e para fora do corpo 102, sendo seguidamente empurrado de novo para a frente até ao batente. Durante esta operação uma das mãos do atirador agarra o punho 148 correspondente a essa mão, para um melhor apoio, enquanto que a outra mão actua o punho de rearme 216. Deste modo ê possível armar a arma sem que o atirador se tenha 41 Γ u •t de debruçar sobre a dita arma e sem que se torne necessário exercer sobre a arma esforços que possam eventualmente afectar a pontaria anteriormente efectuada sobre o alvo.

Na zona da extremidade esquerda do punho de rearme 216 encontra-se fixada a este punho uma alavanca de disparo que pode rodar em torno de um eixo vertical e que pode ser carregada para o lado de fora contra a pressão exercida por uma mola, alavanca essa que está disposta de tal maneira que agarra pelo lado de trás a saliência de engate do corpo 102, de modo a bloquear quando o punho de rearme 216 tiver sido empurrado a fundo para a frente. Nesta configuração as arestas viradas uma para a outra da saliência de engate e/ou da alavanca de disparo têm uma inclinação tal que engatam uma na outra quando são movidas uma em relação à outra. A alavanca de disparo está provida de um prolongamento (não representado na figura) que se encontra fixado à alavanca de rearme 216 de tal maneira que pode ser empunhado sem problemas em conjunto com esta alavanca de rearme, de modo que o encravamento desbloqueável formado pela saliência de engate e pela alavanca de disparo é anulado e não afecta a operação de rearme.

Se em contrapartida o punho de rearme 216 for empurrado a fundo para a frente e libertado, este encravamento desbloqueável engata e impede qualquer movimento indesejável do punho de rearme 216. A cabeça de culatra 224 está além disso provida na sua parte de trás e do lado de cima de uma peça de arrasto 222 da alavanca de carne, localizada numa posição central, peça de arrasto essa que de preferência tem a configuração de um rolo temperado que pode girar em torno de um eixo vertical. 42

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Do lado de trás da culatra de inércia 202 encontra-se além disso disposto um taco de disparo 230, que tem a configuração de uma régua que corre numa direcção transversal e se estende para o lado de cima, cuja aresta superior se situa um pouco ou nada abaixo do eixo longitudinal central 114 e cujo lado frontal forma uma superfície transversal, que no essencial desce na vertical. O taco de disparo 230 tem uma configuração tal que é abraçado pelo lado de cima por uma saliência conformada na extremidade dianteira de uma alavanca de disparo 404 apoiada de modo a poder girar em torno de um eixo horizontal dentro do dispositivo de disparo 402. Fazendo girar a alavanca de disparo com a sua saliência para o lado de cima, esta liberta o taco de disparo 230 e deste modo também a culatra de inércia 202, de modo que a mesma pode saltar para a frente sob o efeito das molas de fecho 234.

Acima do taco de disparo 230 encontra-se conformada uma saliência de retenção em forma de gancho, aberta para o lado da frente, que pode ser agarrada pelo lado de cima.

Do lado de baixo do suporte 228 da culatra encontra-se disposta uma fileira de dentes de roquete 226, que se seguem uns aos outros no sentido longitudinal e cujos flancos dianteiros de dente são verticais, sendo os bicos dos dentes aplanados horizontalmente e tendo os seus flancos de dente traseiros uma inclinação com um ângulo muito plano em relação à horizontal, da ordem de grandeza dos 10°. 0 fundo entre o flanco traseiro de um dente de roquete 226 e o flanco de dente dianteiro de um dente de roquete 226 seguinte é aplanado horizontalmente. 43

0 afastamento na vertical entre os dentes de roquete 226 e a lingueta de roquete 142 fixada no corpo 102 de modo a poder girar está dimensionado de tal maneira que a lingueta de roquete 142 só se pode levantar por debaixo dos dentes de roquete 226 até uma posição inclinada tal que é capaz de, quando se encontrar basculada para o lado de trás, encostar contra um dos flancos dianteiros de dente de modo a bloquear, enquanto que, quando estiver basculada para a frente, deixa deslizar por cima de si e sem qualquer impedimento os dentes de roquete 226. 0 comprimento da fileira de dentes de roquete 226 dispostos à maneira de uma cremalheira, e deste modo o do suporte de culatra 228, está dimensionado de tal maneira que esta fileira correu por inteiro pela lingueta de roquete 142 para o lado da frente ou para o lado de trás quando a culatra de inércia 202 se encontra na sua posição mais avançada ou mais recuada.

Em cada uma destas posições é portanto permitido à lingueta de roquete 142 levantar-se completamente sob a acção da mola, de modo que esse lingueta é basculada para o lado de trás durante o movimento de retrocesso da culatra de inércia 202, sendo em contrapartida basculada para o lado da frente durante o avanço daquela culatra.

Na posição que a figura mostra a culatra de inércia 202 encontra-se na sua posição de desengate, na qual é retida pelo engate da alavanca de disparo 404 no taco de disparo 230. Essa posição de desengate situa-se um pouco antes da extremidade mais recuada do curso de retrocesso, onde é permitido â lingueta do roquete levantar-se completamente. Na posição de desengate, a extremidade dianteira da fileira de dentes de roquete 226 à maneira de uma cremalheira entra agora em contacto pelo lado de trás com a lingueta de roquete 142 e fá-la bascular para a frente . 44

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Libertando agora a culatra de inércia 202, esta passa por cima da lingueta de roquete 142 sem ser impedida, até chegar à sua posição mais avançada. Aqui, a lingueta de roquete 142 volta a levantar-se atrás da fileira em forma de cremalheira, sendo basculada para trás durante o curso de retrocesso.

Se por algum motivo o curso do retrocesso for interrompido, por exemplo porque um cartucho foi disparado com recuo insuficiente ou porque o atirador foi impedido de armar completamente a culatra de inércia 202, de tal maneira que o movimento de retrocesso desta culatra já foi interrompido antes da posição de desengate, a culatra de inércia 202 já não pode saltar para a frente. Isto só será possível quando o movimento de retrocesso for completado por meio do punho de rearme 216.

Assim evita-se um disparo indesejável que poderia eventualmente verificar-se, por exemplo ao soltar o punho de rearme 216, e isto porque na posição que a culatra de inércia 202 então atingiu (antes da posição de desengate) a alavanca de disparo 404 ainda não pode engatar no taco de disparo 230 e reter a culatra de inércia 202. 0 fazer parar a culatra de inércia 202 numa posição anterior à posição de desengate é conveniente em muitos tipos de armas, por exemplo na maioria das pistolas metralhadoras ou nas metralhadoras, revestindo-se no entanto na arma descrita de importância fundamental, pelo motivo de nesta arma a detonação do cartucho 502 não se efectuar só quando o cartucho se encontra plenamente introduzido na câmara 108, mas já um curto intervalo de tempo antes, definido com precisão, quando o cartucho 502 e a culatra de inércia 202 se encontram em pleno movimento, servindo a energia cinética então criada, de uma maneira já em si bem conhecida, para absorver uma parte do recuo que é a consequência do disparo do cartucho 502. 45

Uma vez que o cartucho 502 não se encontra no entanto plenamente inserido na câmara 108, sobressaindo em vez disso para fora da mesma de um comprimento considerável (comprimento axial do elo de cinto de cartuchos) quando for detonada, a posição exacta da culatra de inércia 202 e a sua velocidade no instante da detonação, que tem limites muito apertados, tornam-se valores extremamente críticos. 0 encravamento de roquete 142, 226 atrás descrito, faz com que a velocidade da culatra de inércia 202 se encontre durante a detonação do cartucho 502 de uma maneira fiável dentro da tolerância permitida.

Lisboa, 23 de Janeiro de 2001

0 AGENTE OFICIAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL

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Claims (2)

1. REIVINDICAÇÕES Lança-granadas automático com - um dispositivo de alimentação do cinto de cartuchos, que por meio de linguetas que engatam no cinto de cartuchos move um cartucho (502), de preferência na horizontal, até frente à câmara de cartuchos (108), sendo as linguetas fixadas a dois cursores que se movem em sentidos contrários, transversalmente à direcção do tiro, linguetas essas que estão dispostas numa tampa de alimentação que pode ser aberta, projectando-se as ditas linguetas para o lado de baixo, - uma culatra de inércia (202), que a partir de uma posição de desengate corre ao longo de um trajecto de deslizamento de encontro à câmara de cartuchos (108) por acção da força de uma, mas de preferência de duas molas de fecho (234) e que está equipada para durante este movimento de avanço empurrar o cartucho (502) movido pelas linguetas para fora do cinto de cartuchos e para dentro da câmara (108), bem como para, após a detonação e devido ao recuo resultante, percorrer o trajecto de deslizamento ao longo de um curso de retrocesso, ao que rearma a ou as mola(s) de fecho (234), - um comando ligado à culatra de inércia (202) e aos cursores, que converte o curso de avanço e de retrocesso da culatra de inércia (202) num movimento alternativo dos cursores, que é perpendicular àquele outro movimento, - um dispositivo de detonação com um percutor que de preferência é armado por meio de uma mola de percussão e que é retido no estado armado por um bloqueio, sendo o bloqueio anulado e o cartucho (502) detonado antes de a culatra de 1 - U inércia (202) ter concluído o seu movimento de avanço, mas só depois de o cartucho ter sido introduzido suficientemente fundo na câmara de cartuchos, para resistir à pressão dos gases libertados pelo disparo, e - um corpo (102) ligado à câmara de cartuchos, que se estende ao longo do trajecto de deslizamento e que envolve pelo menos parcialmente este trajecto, corpo esse cujo eixo longitudinal se encontra alinhado com o eixo central da câmara de cartuchos, - em que entre a culatra de inércia (202) e o corpo (102), se encontra disposto um bloqueio (142, 226), que após cada movimento de retrocesso provocado pelo recuo, ou então por actuação manual, só permite o movimento de avanço seguinte quando a culatra de inércia (202) tiver atingido uma posição mínima de rearme. Lança-granadas de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a posição mínima de rearme da culatra de inércia (202) se encontrar situada junto ou imediatamente antes da posição de desengate da mesma. Lança-granadas de acordo com qualquer das reivindicações 1 ou 2, caracterizado por o bloqueio ter a configuração de um mecanismo de bloqueio de roquete (142, 226), com uma fileira de dentes de roquete (226) de denteado oblíquo, que se encontram dispostos ao longo da culatra de inércia (202) ou do corpo (102) e com pelo menos uma lingueta de roquete (142) , que pode ser levada ao engate com os dentes de roquete (226), lingueta essa que durante o curso de avanço da culatra de inércia (202) pode engatar nos dentes de roquete (226) de maneira a bloquear, mas que pode ser desactuada ao passar por um ressalto que se encontra disposto num ponto que corresponde à posição mínima de rearme.
2. 2 • < • <

   Lança-granadas de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por a lingueta de roquete (142) poder ser levada pelo movimento forçado de uma mola a uma posição na qual se estende perpendicularmente em relação ao curso de deslizamento da culatra de inércia (202) e por os dentes de roquete (226) se encontrarem assentes num componente do género de uma crema-lheira, que sobressai em relação à culatra de inércia (202) que o suporta ou em relação ao corpo (102), cremalheira essa cujo início e fim se movimentam durante o curso de retrocesso ou de avanço para além da lingueta de roquete (142), permitindo assim que em cada um destes casos a dita lingueta possa levantar-se. Lisboa, 23 de Janeiro de 2001 0 AGENTE OFICIAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL

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