PT1535012E - Arma de fogo portátil com culatra travada - Google Patents

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PT1535012E
PT1535012E PT03798134T PT03798134T PT1535012E PT 1535012 E PT1535012 E PT 1535012E PT 03798134 T PT03798134 T PT 03798134T PT 03798134 T PT03798134 T PT 03798134T PT 1535012 E PT1535012 E PT 1535012E
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Johannes Murello
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Heckler & Koch Gmbh
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Description

DESCRIÇÃO "ARMA DE FOGO PORTÁTIL COM CULATRA TRAVADA" A invenção refere-se a uma arma automática operada por gás de grande calibre com uma peça central de introdução de força que recepciona a extremidade posterior do cano e os contra-apoios travadores da culatra. Esta arma automática operada por gás utiliza o principio da culatra de uma arma de fogo portátil com culatra travada e com um suporte da culatra, sendo que a cabeça da culatra está atravessada por um bloco de travamento que é deslocável transversalmente em relação à direcção de movimento da culatra e que, na posição de travamento, engata com uma grande superfície por detrás de ressaltos de travamento.
Por "de grande calibre" entende-se neste caso em particular uma espingarda com um calibre, ou seja o diâmetro maior do invólucro de cartucho, superior a 15 mm. 0 documento FR 1266597 revela uma espingarda de grande calibre de acordo com o conceito genérico da reivindicação 1.
No caso de espingardas de grande calibre, um projéctil pesado, por exemplo uma bala, um projéctil equipado com estabilizadores, uma carga de chumbo, um corpo de gás ou semelhantes, é acelerado para uma velocidade que é bastante reduzida quando comparada com outras espingardas de alta potência e de pequeno calibre. Por este motivo a pressão de gás 1 é também comparativamente baixa, em particular na zona dianteira do cano.
No caso de uma espingarda automática operada por gás de grande calibre, cujo diâmetro de cartucho é superior a 15 mm, a culatra é grande e comprida e, por conseguinte, pesada, de modo que as forças necessárias para recarregar são também grandes. Devido ao facto de por outro lado, tal como já foi referido, a pressão de gás ser baixa, a superfície de actuação do êmbolo de gás tem que ser grande. Em conformidade com este facto, a quantidade de gás que é extraída do cano durante o disparo é de igual modo grande.
Por este motivo preferiu-se na maioria das vezes armas operadas por recuo, as quais no entanto tem a desvantagem de reagirem de um modo particularmente sensível a diferenças no recuo.
No caso de uma espingarda de grande calibre está para além disso previsto recentemente um elemento central de ancoragem, visando a redução do peso, sobre o qual todas as forças que ocorrem devem actuar o quanto mais possível. A caixa pode então ser concebida numa construção em material plástico o quanto mais leve possível, uma vez que sofre, quanto muito, poucas cargas. Um dispositivo de êmbolo de gás exige no entanto no ponto de extracção do cano, que na maioria das vezes interage com o cilindro de gás, um outro ponto para a introdução de força e apresenta por conseguinte uma construção bastante pesada.
No caso de espingardas de grande calibre verifica-se também o problema de que a espingarda apresenta uma construção bastante 2 comprida, quando é apenas concebida como espingarda ampliada de calibre normal.
Por este motivo, a invenção tem como objectivo subjacente o de optimizar a espingarda de grande calibre referida na introdução, no sentido de que pelo menos um dos problemas referidos na introdução é atenuado, pelo menos parcialmente. A invenção tem em particular como objectivo subjacente o de conceber uma espingarda automática para cartuchos de granada de grande calibre com um grande comprimento de cartucho e um curto invólucro de cartucho, que é leve e recarrega de forma fiável.
De acordo com a invenção, este objectivo é solucionado pelo facto de que na espingarda referida na introdução, o cano apresenta ainda na peça de introdução de força uma abertura de extracção de gases e que um cilindro de gás está ligado de forma firme à peça de introdução de força que está ligada à abertura de extracção de gases, sendo que o cano 101 apresenta ainda na peça 104 de introdução de força uma abertura 173 de extracção de gases e sendo que um cilindro 171 de gás está ligado de forma firme à peça 104 de introdução de força que está ligada à abertura 173 de extracção de gases. De forma semelhante a uma carabina automática com carregador tubular, em que o êmbolo de gás envolve o tubo do carregador, um tubo está ligado de forma firme ao suporte da culatra, atravessa o cilindro de gás e está atravessado como tubo de recepção para uma mola recuperadora. A superfície interior do cilindro de gás apresenta, por conseguinte, uma superfície em forma de anel circular e, para além disso, a acção de força ocorre de forma exactamente cêntrica sobre o suporte da culatra. A mola de reposição para a culatra, a assim designada mola recuperadora, atravessa além 3 disso o tubo, de modo que o suporte da culatra que constitui o êmbolo de gás é também reposicionado de forma exactamente cêntrica, não podendo por conseguinte emperrar. 0 cilindro de gás, quando observado no seu diâmetro, pode por conseguinte, também apresentar uma construção mais curta do que seria habitualmente necessário. Uma alavanca de balanço, que está disposta na cabeça da culatra, intercepta por um lado o percurso de movimento do suporte da culatra e por outro lado o percurso de movimento da cavilha de travamento e, no caso de um movimento do suporte da culatra para fora de sua posição de repouso, extrai a cavilha de travamento para fora das formações da peça de introdução de força. Uma tal alavanca de balanço está por exemplo apoiada num eixo giratório que está disposto transversalmente em relação à cabeça da culatra. Um tal dispositivo pode no entanto também ser constituído por exemplo por uma mola de pressão que pressiona a cavilha de travamento para fora da sua posição de repouso quando o suporte da culatra abre caminho.
Para além disso, uma cabeça da culatra apresenta habitualmente apenas um extractor. É no entanto também conhecido que se prevê dois extractores. A invenção difere de ambas as teorias no sentido de estarem configuradas na cabeça da culatra, transversalmente em relação à cavilha de travamento, duas reentrâncias nas quais são configurados, a partir de trás, respectivamente um furo para uma cavilha de pressão e para uma mola que pressiona a mesma para a frente, no sentido de estar inserido numa das reentrâncias um extractor que pode ser rodado contra a força da cavilha de pressão e de estar inserido de forma imóvel na reentrância oposta, na medida em que for necessário, um elemento de apoio que, em posição oposta ao extractor, apoia lateralmente a base de um cartucho ou invólucro 4 de cartucho. 0 extractor e o elemento de apoio encontram-se por conseguinte opostos um ao outro (reivindicação 1). A abertura de extracção de gases na peça de introdução de força torna desnecessário um engaste próprio absorvedor de força, da abertura de extracção de gases. Em simultâneo, a mesma é deslocada muito para trás onde a pressão de gás é suficiente para o destravamento e accionamento, mesmo de uma culatra pesada com um percurso de recarregamento comprido.
De um modo preferido, o cano da arma de acordo com a invenção é provido, tal como é geralmente habitual, de uma câmara de cartuchos que é concebida numa só peça com o cano. É no entanto também concebível que a câmara de cartuchos esteja separada do cano. No âmbito desta invenção, o conceito "cano" compreende a câmara de cartuchos, seja a mesma concebida numa só peça com o cano ou não. De acordo com a invenção, a abertura de extracção de gases situa-se na extremidade dianteira da câmara de cartuchos e desemboca num furo localizado na peça de introdução de força, que por sua vez desemboca na extremidade dianteira do cilindro de gás (reivindicação 2) . No caso de espingardas de calibre extremamente grande, a câmara de cartuchos é frequentemente bastante curta, quando comparada com o calibre do cano; no caso de cartuchos de granada do tipo acima descrito, a câmara de cartuchos é até extremamente curta. Assim, a aceleração lenta da culatra através da acção dos gases resultantes do disparo é suficiente para assegurar que antes da abertura da culatra, a bala já tenha saído do cano. A queda de pressão ocorre no caso de tais espingardas de grande calibre, na maioria das vezes tão precocemente que a sobrepressão no cano é bastante baixa, quando a bala sai do cano. Em simultâneo prescinde-se de um tubo ou de um componente semelhante, enquanto 5 que a peça de introdução de força providencia que mesmo uma pressão elevada possa ser absorvida no seu furo sem sofrer danos e ser conduzida para um cilindro de gás.
Este cilindro de gás é de um modo preferido concebido na peça de introdução de força (reivindicação 3) e não necessita por conseguinte de nenhum componente próprio absorvedor de força. 0 furo pode estender-se inclinadamente na ou contrariamente à direcção de disparo, de modo a aproveitar ou inibir a energia cinética dos gases resultantes do disparo. Devido ao facto de esta energia cinética ser apenas reduzida na extremidade da câmara, prefere-se que o furo se estenda transversalmente em relação à direcção de disparo (reivindicação 4) . Assim, a peça de introdução de força pode apresentar uma construção o mais compacta possível. 0 cilindro de gás que se liga directamente ao furo pode situar-se lateralmente ou por debaixo da câmara. No entanto de modo a não aumentar excessivamente a largura da arma e de modo a poder montar um carregador por debaixo da culatra, prefere-se que o cilindro de gás se situe por cima da câmara de cartuchos (reivindicação 5) . Devido ao facto de o cilindro de gás estar concebido na peça de introdução de força, providencia-se assim uma construção muito robusta e curta em particular também na direcção longitudinal. A culatra é constituída, tal como é habitual, por uma cabeça travada da culatra e um suporte da culatra. De modo a se prescindir de um tirante que se estende até ao suporte da culatra e de modo a manter curta a construção da arma, apesar de 6 o cilindro de gás estar situado muito atrás, propõe-se de acordo com uma outra configuração, que a culatra constitua o êmbolo de gás (reivindicação 6).
De acordo com uma outra configuração, o tubo tem também a finalidade de suportar um manipulo de carregamento que ou se encontra montado no tubo ou pode ser colocado, ou ser ligado ao mesmo, visando o recarregamento (reivindicação 7).
Existem diferentes modos de travamento, por exemplo abas laterais de travamento ou protuberâncias montadas num circulo em relação ao centro longitudinal do cano, contudo as abas actuam excentricamente, enquanto que as protuberâncias implicam um movimento para trás da cabeça da culatra, aumentando por conseguinte o comprimento de construção da espingarda, mesmo se for apenas insignificantemente. Por este motivo propõe-se de acordo com a invenção que uma cavilha de travamento atravesse transversalmente a cabeça da culatra e seja pressionada pelo suporte da culatra, quando está na sua posição de repouso, para uma posição de travamento, na qual encaixa em formações da peça de introdução de força, travando deste modo a cabeça da culatra (reivindicação 8). Neste caso, as formações são colocadas, de um modo vantajoso, por exemplo com simetria circular em relação ao eixo longitudinal do cano. Por conseguinte, a cabeça da culatra não tem que efectuar nenhum percurso de destravamento quando é destravada, mas antes extrai-se então apenas a cavilha de travamento transversalmente em relação ao eixo longitudinal referido. 0 dispositivo para este efeito pode encontrar-se por cima da cabeça da culatra e não exige nenhum comprimento de construção. 7
Para além disso, prefere-se que a cavilha de travamento extraída encaixe no suporte da culatra, de modo que, com o seu movimento, a cavilha de travamento e, deste modo, a cabeça da culatra sejam arrastadas (reivindicação 9). Assim estabelece-se uma união positiva entre a cabeça da culatra e o suporte da culatra, independentemente da velocidade com a qual o suporte da culatra recua, portanto, por exemplo, também no caso do recarregamento lento.
De um modo preferido, a cavilha de travamento apresenta um orifício oblongo que está atravessado pelo percutor, o percutor apresenta um degrau por detrás da cavilha de travamento, e o orifício oblongo apresenta uma chanfradura para trás que actua sobre o degrau do percutor, empurrando-o para trás quando a cavilha de travamento é extraída para fora do encaixe com as formações da peça de introdução de força (reivindicação 10). Assim, após o disparo, o percutor é pressionado com força para fora do encaixe com o cartucho e, com a culatra destravada, não pode alcançar a base do cartucho. Por conseguinte, nem uma cápsula fulminante rasgada (assim designado "rasgão de cápsula") pode reter o percutor na frente, nem pode ocorrer uma ignição precoce, portanto quando a cabeça da culatra ainda não está travada. Por este meio garante-se fiabilidade mesmo no caso de perturbações raras. O elemento de apoio apoia o invólucro de cartucho após a extracção, de modo que o invólucro de cartucho não desliza da garra extractora oposta. Após o disparo, a culatra passa em primeiro lugar por uma fase de aceleração e depois por uma fase de desaceleração. Durante a fase de desaceleração, a base do invólucro de cartucho acelerado assenta de forma firme na base de impacto. Por "base de impacto" designa-se a superfície dianteira da cabeça da culatra. A mola, a cavilha de pressão e o extractor num dos lados e o elemento de apoio no outro lado podem eventualmente ser trocados visando a alteração da direcção de ejecção.
No caso dos cartuchos de granada referidos na introdução, o invólucro de cartucho é porém muito curto, de modo que possivelmente já sai da câmara de cartuchos ainda na fase de aceleração ou pouco tempo após a mesma. Devido ao facto de o elemento de apoio e o extractor se situarem em reentrâncias idênticas, podem ser trocados entre si. Assim é possível alterar a direcção de ejecção da espingarda, de modo que a espingarda pode ser facilmente adaptada a atiradores dextros ou esquerdinos. 0 pedido de patente revela por conseguinte uma arma de fogo portátil com uma culatra travada e uma própria culatra deste género.
Esta culatra apresenta uma cabeça da culatra e um suporte da culatra.
Esta culatra deve em particular apresentar uma construção curta, mas estar apta para absorver elevados recuos.
Por este motivo, a culatra apresenta uma cavilha de travamento que é deslocável transversalmente em relação à direcção de movimento da culatra e, na posição de travamento, engata com uma grande superfície por detrás de ressaltos de travamento. 9 0 pedido de patente revela em particular uma arma de fogo automática travada com um cano rigido com câmara de cartuchos, com uma cabeça da culatra que pode ser travada em relação ao cano e com um suporte da culatra que é deslocável em relação à cabeça da culatra e no qual se apoia uma mola recuperadora, sendo que está disposto, entre o suporte da culatra e a cabeça da culatra, um adicional dispositivo de mola forte, através do qual o suporte pesado da culatra se apoia na cabeça da culatra quando a última se encontra travada.
As indicações de posição, tal como "em cima", referem-se nestes documentos sempre à posição normal de disparo da arma de fogo automática, aquando da direcção de disparo horizontal que se estende para a "frente".
As armas de fogo automáticas com invólucros de cartucho sensiveis, em particular carabinas automáticas para munição com chumbo, foram desde sempre problemáticas, nomeadamente em particular devido à resistência extremamente reduzia dos cartuchos contra a pressão de gases residuais aquando do recarregamento da arma. No caso de carabinas automáticas acresce-se ainda que os cartuchos com as mesmas dimensões podem ter cargas altamente diferentes, que por sua vez provocam diferentes valores de pressão de gases residuais.
De resto, no caso de muitas espingardas automáticas, a culatra já tende a abrir quando a bala se encontra ainda no cano ou quando a pressão de gás ainda não diminuiu o suficiente.
No caso de uma espingarda automática, tal como uma carabina para munição com chumbo ou uma pistola automática de cano 10 comprido e/ou concebida para cartuchos de alto calibre, já uma pressão reduzida de gases residuais durante a abertura da culatra provocaria a dilatação, ou o rebentamento da maioria dos invólucros de cartucho. Uma tal pressão de gases residuais é por exemplo inevitável numa pistola automática simples com uma culatra de inércia (culatra blow-back). Mas também armas operadas por recuo travadas têm ainda durante a abertura uma pressão de gases residuais à qual alguns invólucros de cartucho com munição de chumbo não resistiriam durante a abertura da culatra. Também as espingardas automáticas operadas por recuo que são concebidas para cartuchos de baixo calibre sofrem, no caso de munição de calibre consideravelmente maior, regra geral, de perturbações que têm a sua razão de ser na elevada pressão de gases residuais. É verdade que os invólucros de cartucho com munição de chumbo já foram produzidos inteiramente a partir de metal. Estes no entanto não se impuseram no geral devido ao elevado preço e peso.
Um outro problema é a reduzida capacidade de resistência à tracção de um invólucro de cartucho com munição de chumbo na sua direcção longitudinal. No caso de invólucros de cartucho com munição de chumbo baratos a partir de cartão com base de metal, esta reduzida capacidade faz com que a base de metal na câmara de cartuchos seja separada do resto do cartucho. A reduzida conicidade de cartuchos com munição de chumbo favorece esta tendência.
Desde há aproximadamente cem anos deu bons resultados em carabinas para munição com chumbo um sistema de recarregamento operado por recuo no qual o cano e a culatra fechada recuam em 11 primeiro lugar ao longo de todo o percurso de recuo, diminuindo neste caso praticamente por completo a pressão (Browning, Walther). Depois a culatra permanece fixa na posição mais posterior e o cano é desacelerado sob a força de uma mola e guiado de forma relativamente lenta para a frente. Juntamente com a culatra também o invólucro de cartucho permanece fixo, de modo que é extraído suavemente para fora do cano. Não se verificam neste caso forças longitudinais excessivas no invólucro de cartucho. Após a ejecção do invólucro de cartucho, a culatra salta novamente para a frente sob acção da mola recuperadora, arrastando neste caso um cartucho novo.
Uma tal carabina funciona de forma bastante fiável - mesmo com munição de cargas diferentes. Ela tem no entanto duas desvantagens decisivas: - um travão montado que desacelera o movimento do cano e pode efectuar uma adaptação a diferenças extremas de carga, funciona apenas sob condições exactamente definidas (por exemplo apenas no caso de uma ligeira lubrificação dos componentes), e - o movimento do cano para trás, enérgico e relativamente lento, exige um apoio através da caixa. Este efectua-se pelo facto de a espingarda ser pressionada no ombro do atirador. Caso no entanto se dispare a espingarda a partir da anca, então não se realiza este apoio e ocorrem perturbações sérias de carregamento.
Por este motivo, um tal sistema não se adequa a carabinas para munição com chumbo que são destinadas a operações militares ou policiais. 12
No caso das carabinas para munição com chumbo mudou-se recentemente para armas automáticas operadas por gás. No caso de espingardas automáticas, as armas automáticas operadas por gás já são conhecidas há muito tempo e deram bons resultados. Estas exigem no entanto, no caso de carabinas automáticas, uma pressão de gás definida e um invólucro de cartucho com munição de chumbo resistente e facilmente extraível. Tais carabinas automáticas operadas por gás funcionam sem perturbações quando são utilizados cartuchos modernos de alto calibre que apresentam uma base do cartucho a partir de metal com guarnição comprida e um corpo de invólucro a partir de material plástico com nervuras longitudinais. Em relação a cartuchos de má qualidade, elas não têm no entanto a falta de exigência que têm as carabinas para munição com chumbo operadas por recuo. Em compensação, as armas automáticas operadas por gás funcionam de igual modo no disparo a partir da anca e no disparo a partir do ombro.
As armas automáticas operadas por gás são no entanto bastante complexas. Consonante a pólvora utilizada, elas necessitam de um dispositivo de limpeza mais ou menos dispendioso e, devido aos muitos componentes que deslizam uns sobre os outros, são pouco resistentes à sujidade, à corrosão e à falta de lubrificação. Uma eliminação do êmbolo de gás através da aplicação de gases de pólvora extraídos sobre a culatra conduz a uma simplificação construtiva, mas também a um aumento do risco de sujidade. São também conhecidas armas operadas por recuo modernas que na verdade não precisam do movimento do cano (por exemplo espingarda G3) - isto no entanto à custa da falta de sensibilidade em relação à munição. Por outras palavras, tais 13 espingardas operadas por recuo, em particular carabinas deste género, são bastante criticas no que diz respeito à munição.
Uma arma automática, em particular uma carabina automática que seria simples, robusta e nada exigente no que se refere à munição, poderia agora ser utilizada de forma bastante universal: ela poderia ser utilizada como arma de caça, inclusive em regiões subdesenvolvidas, onde se depende de munição bastante diferente; para além disso, como arma barata para a policia ou o militar, como equipamento de emergência em aviões militares, etc., portanto em particular, - onde a arma é utilizada após um período de tempo prolongado de não utilização, sem que possa anteriormente ser submetida a uma inspecção ou limpeza, - onde não se pode ser esquisito no que diz respeito à munição, e - onde os custos da arma não podem ser demasiado elevados.
Tornou-se no entanto ainda conhecido um sistema de carregamento operado por recuo para carabinas para munição com chumbo, que está travado, mas que possui mesmo assim um cano rígido. Este sistema encontra-se descrito no documento US 4604942 e apresenta um suporte da culatra apoiado de forma solta na espingarda, que permanece na sua posição devido à sua inércia de massa, quando todos os outros componentes da espingarda se deslocam para trás por causa do recuo. 0 suporte da culatra e a cabeça da culatra são concebidos de tal modo que se deslocam um na direcção do outro e, finalmente, embatem um no outro.
No entanto, esta espingarda que é tão simples no que se refere ao princípio é contudo bastante complexa no que diz respeito à realização. Para além disso parece que o sistema de 14 carregamento operado por recuo não funciona de forma segura, pois uma arma que foi lançada no mercado com este sistema, não é mais comercializada. Este sistema foi mais tarde combinado com um mecanismo de "pumpgun", sendo que a função de carregamento automático está facultativamente desligada (Benelli Super M 3). Estas armas conhecidas apresentam um carregador tubular que não é apropriado para uma arma de ordenança. 0 pedido de patente revela uma arma de fogo portátil automática, sendo que, tal como na arma de fogo portátil automática de acordo com o género, referida na introdução, está disposto, entre o suporte da culatra e a culatra, um dispositivo de mola forte, através do qual o suporte (pesado) da culatra se apoia na cabeça da culatra quando a última se encontra travada. Para além do dispositivo de mola não existe no entanto nenhum batente entre a cabeça da culatra e o suporte da culatra, de modo que o movimento relativo inicial entre estes componentes não é limitado através de um batente.
Quando a cabeça da culatra está travada em relação ao cano, então a arma encontra-se fechada. 0 travamento pode apenas ser desprendido, tal como é habitual, quando o suporte da culatra se deslocou a partir desta posição, um pouco para trás. 0 suporte da culatra que continua a deslocar-se para trás arrasta agora a cabeça da culatra para trás. Durante o movimento para a frente do suporte e da cabeça da culatra, que se segue depois e que de igual modo é em principio habitual, um cartucho é introduzido na câmara de cartuchos. A cabeça da culatra embate na base do cartucho ou na câmara de cartuchos e fica parada. 0 suporte da culatra que segue directamente à cabeça da culatra, trava a cabeça da culatra em relação ao cano e depois fica também parado. 15
Isto é a sequência de movimentos no caso de uma arma operada por recuo convencional com cano rígido e também a sequência de movimentos durante o recarregamento da arma. Enquanto que no entanto em todas as armas automáticas convencionais o suporte da culatra é pressionado pela mola recuperadora contra um batente fixo, na maioria das vezes contra a cabeça da culatra, o suporte da culatra não assenta de forma firme na cabeça da culatra. Pelo contrário, apoia-se nesta através de um dispositivo de mola forte, sendo no entanto em princípio deslocável para a frente, sem embater num batente. 0 ajuste da mola recuperadora e do dispositivo de mola determina neste caso a posição que o suporte da culatra irá definitivamente ocupar. Grandes tolerâncias são aqui possíveis e admissíveis.
Quando de resto aqui se refere "à" mola recuperadora, então entende-se neste caso por um dispositivo de mola recuperadora que pode também ser constituído por várias molas.
No disparo (a partir do ombro ou a partir da anca) , a arma executa um movimento forte e curto para trás que o atirador sente como um recuo. Também todos os componentes que em relação à arma no seu todo estão então estacionários, portanto o cano fixo e também a cabeça travada da culatra, acompanham este movimento de recuo.
No entanto, no caso da arma o suporte da culatra não acompanha o movimento de recuo, mas antes permanece em primeiro lugar na sua posição absoluta em consequência da sua inércia de massa, o que contrasta com a prática habitual. Isto significa: em consequência do recuo, o cano e a cabeça da culatra deslocam-se para trás relativamente ao suporte da culatra, nomeadamente 16 contra a força do dispositivo de mola forte; eventualmente apoiado pela mola recuperadora que é substancialmente mais fraca. Observados a partir do cano, o cano e a cabeça da culatra permanecem estacionários. 0 suporte da culatra desloca-se relativamente a estes para a frente e é limitado pelo dispositivo de mola.
Quanto maior é o calibre do cartucho, tanto mais forte é o recuo, isto é, a aceleração para trás do cano e dos componentes da espingarda que estão ligados de forma rígida ao mesmo, e o dispositivo de mola entre a cabeça da culatra e o suporte da culatra é comprimido de um modo correspondente mais forte, de modo que o suporte da culatra se desloca tanto mais para a frente relativamente à cabeça da culatra.
Neste contexto chama-se expressamente a atenção para o facto de o dispositivo de mola actuar directamente ou também apenas indirectamente entre o suporte da culatra e a cabeça da culatra, podendo apoiar-se em consequência disto também em qualquer outro componente da arma que pode ser encostado de forma estacionária para com a cabeça da culatra. 0 processo descrito do movimento relativo entre a cabeça da culatra e o suporte da culatra fica apenas parado quando foi estabelecido um equilíbrio entre, por um lado, o dispositivo de mola e, por outro lado, a inércia do suporte da culatra, eventualmente apoiado pela força da mola recuperadora. 0 percurso de movimento efectuado é em consequência disto bastante curto, uma vez que - o ombro ou os braços do atirador tendem a actuar contra o recuo da espingarda, e 17 - o efeito de recuo do cartucho disparado sobre a espingarda termina (no essencial) o mais tardar quando a bala ou o chumbo tenha saído do cano. (A quota-parte do recuo devido a gases que por detrás da carga de chumbo ou da bala saem para a frente é reduzida no caso de uma carabina para munição com chumbo.)
Após a paragem do movimento relativo, o dispositivo de mola comprimido começa novamente a se expandir, projectando o suporte da culatra energicamente para trás, contra a força da mola recuperadora. Durante o seu movimento para trás, o suporte da culatra destrava a cabeça da culatra em relação ao cano, arrastando-a depois para trás. Deste modo é concluído um ciclo de abertura dos movimentos de carregamento.
Devido à falta de um batente, tal como já foi acima mencionado, o movimento relativo do suporte da culatra para além da posição de travamento, relativamente para a frente, é mais pronunciado no caso de um cartucho de maior calibre do que no caso de um cartucho de baixo calibre. Por este motivo, o destravamento da espingarda no caso de um cartucho de alto calibre precisa de mais tempo do que no caso de um cartucho de baixo calibre. Devido ao facto de no caso de um cartucho de maior calibre se poder contar com uma queda mais lenta da pressão de gás do que no caso de um cartucho de baixo calibre, existe por conseguinte, mais tempo para esta queda da pressão de gás. 0 dispositivo de mola mais fortemente comprimido projecta no entanto o suporte da culatra mais veementemente para trás do que um dispositivo de mola apenas fracamente comprimido por um cartucho de baixo calibre. Por esta razao, no caso de um cartucho de alto calibre, o suporte da culatra vai também efectuar mais rapidamente a abertura da cabeça da culatra e a 18 extracção do invólucro de cartucho do que no caso de um cartucho de baixo calibre. No caso de cartuchos com munição de chumbo, este facto é em principio inócuo, uma vez que os cartuchos com munição de chumbo de maior calibre são também cartuchos mais modernos que resistem melhor às cargas do que cartuchos de menor calibre com invólucro de cartão. No entanto, quando não se atinge ou se excede uma determinada gama de velocidades do suporte da culatra, sai-se dos limites de velocidade, dentro dos quais se pode contar, por um lado, com uma função segura da culatra e, por outro lado, com uma extracção fiável. Com isto põe-se eventualmente a durabilidade da arma em risco.
Pode esperar-se por uma abertura particularmente veemente da culatra quando anteriormente o dispositivo de mola é comprimido por completo, de modo que os segmentos da mola, em particular da mola helicoidal, assentam uns nos outros. A velocidade de abertura pode então aumentar de forma imprevista. As vibrações parasitas podem para além disso sobrepor-se ao sistema e perturbá-lo. A durabilidade da arma é também aqui uma caracteristica crítica.
De modo a evitar tais perturbações e a cumprir tanto quanto possível a pretendida gama de velocidades, propõe-se ainda que o dispositivo de mola oponha à compressão uma força progressivamente crescente. 0 limite inferior da referida gama de velocidades e, deste modo, a definição do amortecimento é seleccionado de tal modo que pode contar-se ainda com uma função fiável no caso de cartuchos de baixo calibre e de sujidade. Agora, sob carga, a força do dispositivo de mola não aumenta de forma linear, mas sim de forma progressiva, nomeadamente numa tal medida em que o 19 dispositivo de mola não pode ser no essencial mais comprimido, mesmo no caso do disparo dos cartuchos do maior calibre. Não é mais necessário portanto ter em conta a perturbação referida.
Uma característica optimizada de mola pode por exemplo ser obtida através de um tipo de pilha de molas prato. É no entanto mais barato e mais simples equipar o dispositivo de mola com uma mola forte com uma curva característica de força-deformação no essencial linear e prever adicionalmente um dispositivo amortecedor que apenas sofre carga após a mola ser parcialmente comprimida. Neste caso, a mola e o dispositivo amortecedor podem ser ajustados de tal modo um ao outro que no caso do disparo de cartuchos de baixo calibre apenas a mola sofre carga e expande-se novamente, enquanto que pelo contrário, no caso do disparo de um cartucho de maior calibre, isto ocorre adicionalmente também com o dispositivo amortecedor. 0 dispositivo amortecedor pode assegurar o pretendido comportamento progressivo com meios simples.
Um dispositivo amortecedor a partir de pelo menos uma pilha de amortecedores de elastómero com elevada histerese demonstrou ser o ideal. A disposição em pilhas assegura que o dispositivo amortecedor pode ser facilmente adaptado a cartuchos de alto calibre. Além disso, no caso de uma carga de pressão, os amortecedores de elastómero tendem a desviar-se transversalmente em relação à carga, aumentando assim o seu diâmetro. A medida do aumento do diâmetro é no entanto uma função do comprimento do amortecedor, de modo que vários amortecedores curtos empilhados têm um menor aumento do diâmetro do que um único amortecedor comprido. 20 A histerese é particularmente importante. Ela faz com que não toda a força introduzida seja novamente reconduzida para o suporte da culatra, tal como por exemplo no caso de uma mola. Os amortecedores com histerese providenciam uma redução e um desfasamento da força de mola reconduzida. Assim é finalmente possível cumprir de forma fiável a gama de velocidades acima referida, dentro da qual a culatra funciona impecavelmente, mesmo para os cartuchos do maior calibre. É por conseguinte possível disparar impecavelmente de forma misturada, por exemplo, cartuchos de calibre 12, isto é, por exemplo os que tenham diferentes comprimentos de invólucro, por exemplo cartuchos com um comprimento de 70 mm e 76 mm. Através de uma adaptação simples da mola e do dispositivo amortecedor podem também ser disparados de forma misturada, ainda cartuchos de calibre 12/65 ou 12/89, se isto não for mesmo assim possível com um ajuste Standard.
No caso de uma arma automática convencional com cabeça da culatra e suporte da culatra, o suporte da culatra executa um movimento para trás durante o destravamento, enquanto que a cabeça da culatra por sua vez permanece ainda estacionária. 0 percutor encontra-se neste caso apoiado no suporte da culatra, de modo que o percutor pode apenas alcançar a cápsula fulminante de um cartucho quando a arma já está travada, pelo menos de modo amplo. De modo a evitar-se também este facto, a arma apresenta um elemento intermédio que, no estado travado, se apoia na cabeça da culatra, através do qual o dispositivo de mola se apoia na cabeça da culatra, e que é arrastado pelo suporte da culatra durante o seu recuo, de modo que a cabeça destravada da culatra já não sofre mais 21 directamente a carga do dispositivo de mola, pelo menos pouco tempo após o destravamento.
Propõe-se além disso que o percutor se encontre montado directamente na cabeça da culatra.
No entanto poderia provocar-se a ignição do cartucho quando a cabeça da culatra ainda assenta no cartucho, indiferentemente ao facto de a culatra estar agora travada ou destravada.
De modo a prevenir este aspecto, propõe-se numa outra configuração, que um bloco de travamento esteja associado à cabeça da culatra, o qual, numa posição de travamento, está atravessado livremente pelo percutor e, numa posição destravada, bloqueia o percutor numa posição ineficaz puxada para trás (reivindicação 8) . 0 bloco de travamento actua por conseguinte, de certo modo, como dispositivo de segurança, pois o gatilho pode apenas provocar a ignição do cartucho quando a cabeça da culatra estiver travada.
Esta configuração é ainda melhorada pelo facto de o bloco de travamento apresentar uma chanfradura, com a qual, durante a transição a partir da posição travada para a posição destravada, ele arrasta o percutor para trás, para a posição ineficaz. Quando por exemplo em consequência de uma falha do cartucho o percutor fica preso na cápsula fulminante durante o disparo, então o bloco de travamento, através do seu movimento durante o destravamento, desprende-o novamente e coloca-o numa posição ineficaz.
De acordo com uma outra configuração preferida, este bloco de travamento é deslocável transversalmente em relação ao eixo da alma na cabeça da culatra, para a posição travada e para fora 22 da mesma. Para além disso, ele atravessa a cabeça da culatra e, na posição travada, encaixa numa cavidade localizada num componente que é concebido numa só peça com o cano ou que está ligado de forma firme ao mesmo. 0 encaixe ocorre, de um modo preferido, em três pontos distribuídos ao longo do perímetro, de forma aproximadamente uniforme uns em relação aos outros. Um sobredimensionamento generoso da cavidade e da cavilha de travamento é precisamente possível no caso de uma carabina para munição com chumbo, devido ao tamanho dos cartuchos. De um modo preferido, a cavilha de travamento está ligeiramente chanfrada na secção que encaixa na cavidade, de modo que é sempre possível um travamento suave (sobretudo no caso de grandes tolerâncias da caixa), bem como um desprendimento do travamento.
No lado da cabeça da culatra, oposto à cavidade, o suporte da culatra pode ser concebido de forma deslocável ao longo da mesma. Neste caso, o bloco de travamento tem uma régua de pé dianteira e uma posterior e o suporte da culatra tem uma régua de arrastamento dianteira e uma posterior, nomeadamente de tal modo que - o suporte da culatra em movimento de recuo, com o recuo avançado, embate com a sua régua de arrastamento dianteira na régua de pé dianteira do bloco de travamento, de modo a extraí-lo para fora da cavidade e - o suporte da culatra, durante o seu movimento de fecho, embate com a sua régua de arrastamento posterior na régua de pé posterior do bloco de travamento, de modo a pressioná-lo para dentro da cavidade, sendo que pelo menos respectivamente uma das réguas de pé e de arrastamento dianteiras ou posteriores é chanfrada. 23
Quando a cabeça da culatra está travada, então o suporte da culatra é deslocável livremente para a frente, para além da posição que ocupa após a conclusão do travamento. Caso o suporte da culatra se desloque, pelo contrário, a partir desta posição para trás, então o mesmo extrai o bloco de travamento para fora das cavidades, arrastando em seguida também a cabeça da culatra, após ter efectuado um percurso em ponto morto mais ou menos grande. Neste caso é irrelevante a dimensão da folga que é formada entre as réguas de pé do bloco de travamento e as réguas de arrastamento do suporte da culatra. Essencial é apenas que as réguas de pé caibam na abertura formada entre as réguas de arrastamento localizada no suporte da culatra.
Assim é possível uma produção simples e pouco exacta; os componentes não exactos ou peças sobresselentes podem ser montados sem outra adaptação. A arma pode por exemplo ser utilizada para pistolas-metralhadoras de cano comprido ou para espingardas automáticas. 0 sistema é no entanto particularmente adequado para uma carabina automática para munição com chumbo. Precisamente aí, através de um ajuste adequado da força e da estrutura do dispositivo de mola e da massa do suporte da culatra, o especialista pode conceber uma carabina automática que funciona sem perturbações com a mais diferenciada munição, mas que necessita apenas de uma parte dos custos de outras carabinas automáticas. A arma de fogo portátil referida na introdução pode no entanto também ser uma espingarda de repetição, com uma cabeça da culatra deslocável na direcção do disparo, ou seja longitudinal, com um bloco de travamento deslocável transversalmente a esta que, para a fixação da culatra, pode ser introduzido em reentrâncias localizadas na mesma e na caixa da arma, e com um manipulo para deslocar a cabeça da culatra para a frente e para trás, bem como para introduzir e desprender o bloco de travamento.
Logo após o aparecimento das espingardas de repetição com culatra cilíndrica tentou-se simplificar o movimento de carregamento. Para o recarregamento manual, o atirador teve que executar, a saber, um movimento transversal, um movimento para trás, um movimento para a frente e novamente um movimento transversal. Por este motivo implementou-se um tipo de engrenagem de parafuso sem-fim que converteu um movimento simples para a frente e para trás no movimento complexo acima indicado. Devido ao mecanismo complexo, estes assim designados sistemas de tracção linear ou não deram bons resultados, ou eram demasiado caros. No caso destes sistemas conhecidos, está associado à culatra ou cabeça da culatra, propriamente dita, um cursor que poderia ser considerado como suporte da culatra.
Existem também outros sistemas para simplificar o movimento de carregamento. Um tal sistema encontra-se traçado no conceito genérico da reivindicação 13 e foi até concebido ainda antes dos sistemas de tracção linear acima referidos: a culatra é deslocável de forma rectilínea para a frente, até alcançar a base do cartucho na câmara de cartuchos. Quando ela alcança esta posição da culatra, um cursor transversal, ou bloco de travamento, é deslocado para dentro de cavidades na culatra e na caixa da arma, travando assim a culatra. Uma alavanca inferior é rodada para baixo, num movimento em forma de arco, e desprende o bloco de travamento num percurso inicial. Quando ela efectua um percurso final, a culatra destravada é então puxada para trás. 25
Apenas durante a rotação para cima da alavanca inferior, a culatra é então fechada e travada. Desde 1895 conhece-se também um carregador prismático para este sistema.
Sistemas semelhantes não são accionados por uma alavanca inferior, mas antes por um cursor deslocável de forma rectilínea que está ligado ao fuste. Aí, o bloco de travamento executa no entanto um movimento giratório.
Todos os sistemas descritos são bastante complexos e correspondentemente dispendiosos e sensíveis.
No caso dos blocos de travamento de armas de carregamento por alavanca inferior e por fuste ocorrem elevadas pressões superficiais, em particular no caso de cartuchos de alto calibre. Contra estas pode actuar-se apenas através de uma construção volumosa ou de uma precisão extremamente elevada.
Em particular, no caso de armas para operações de emergência, a robustez, as dimensões pequenas e a fiabilidade devem combinar-se com um preço reduzido. Afinal, tais armas devem apenas ser utilizadas em caso de emergência, mas devem então funcionar de forma segura sob condições adversas. 0 pedido de patente revela uma espingarda, sendo que no caso da espingarda referida na introdução está previsto um suporte da culatra que é deslocável paralelamente em relação à cabeça da culatra, ao longo de um percurso inicial e um final, arrastando-a no percurso final e sendo que é concebida, no suporte da culatra, pelo menos uma superfície chanfrada que encaixa numa contra-superfície localizada no bloco de 26 travamento, de tal modo que o bloco de travamento, quando efectua o percurso inicial, é desprendido, ou introduzido.
De certo modo utiliza-se o cursor longitudinal da culatra de tracção linear acima descrita para accionar um bloco de travamento que é conhecido a partir da arma de carregamento por alavanca inferior. A cabeça da culatra pode neste caso apresentar uma construção muito curta, facto pelo qual se reduz o comprimento total da espingarda. Devido ao facto de o suporte longitudinalmente deslocável da culatra não necessitar de encostar na direcção longitudinal no bloco de travamento, a trajectória de movimento do suporte da culatra não tem que ser definida de forma exacta, mas antes ser apenas suficientemente comprida.
Neste caso é até conveniente que o suporte da culatra seja deslocável, antes do percurso inicial, ao longo de um percurso em ponto morto, no qual a culatra permanece travada. Este percurso em ponto morto compensa não apenas imprecisões construtivas, mas sim possibilita ao atirador acumular balanceamento. 0 bloco de travamento é por conseguinte apenas destravado pelo suporte da culatra, quando este já se acelerou. Um bloco de travamento que está ligeiramente encravado é neste caso simplesmente arrastado, talvez até sem que o atirador sinta qualquer perturbação.
Um aperfeiçoamento preferido consiste no facto de a caixa da arma ser constituída pela extremidade posterior do cano ou por uma manga receptora do cano, bem como por uma caixa de material plástico, e de as reentrâncias na caixa da arma estarem configuradas na extremidade posterior do cano, ou na manga receptora do cano. Durante o disparo, as forças principais que 27 ocorrem são introduzidas pela cabeça da culatra, através do bloco de travamento, directamente no cano. A caixa propriamente dita de material plástico absorve apenas forças parasitas, guia eventualmente componentes movidos e protege todos os componentes contra sujidade.
Devido ao elevado grau de liberdade construtiva, a espingarda pode receber praticamente qualquer aspecto facultativo. Neste caso, o manipulo para o suporte da culatra pode ser a coronha, o fuste, mas também uma alavanca inferior ou simplesmente um punho que se projecta lateralmente, à frente ou atrás, para fora da caixa (de material plástico).
Propõe-se além disso que o percutor se encontre montado directamente na cabeça da culatra, em particular atravessando-a.
No entanto poderia provocar-se a ignição do cartucho quando a cabeça da culatra ainda assenta no cartucho, indiferentemente ao facto de a culatra estar agora travada ou destravada.
De modo a prevenir este aspecto, propõe-se numa outra configuração, que um bloco de travamento esteja associado à cabeça da culatra, o qual, numa posição de travamento, está atravessado livremente pelo percutor e, numa posição destravada, bloqueia o percutor numa posição ineficaz puxada para trás. 0 bloco de travamento actua por conseguinte, de certo modo, como dispositivo de segurança, pois o gatilho pode apenas provocar a ignição do cartucho quando a cabeça da culatra estiver travada.
Esta configuração é ainda melhorada pelo facto de o bloco de travamento apresentar uma chanfradura, com a qual, durante a transição a partir da posição travada para a posição destravada, 28 ele arrasta o percutor para trás, para a posição ineficaz. Quando por exemplo em consequência de uma falha do cartucho o percutor fica preso na cápsula fulminante durante o disparo, então o bloco de travamento, através do seu movimento durante o destravamento, desprende-o novamente e coloca-o numa posição ineficaz.
De acordo com uma outra configuração preferida, este bloco de travamento é deslocável transversalmente em relação ao eixo da alma na cabeça da culatra, para a posição travada e para fora da mesma. Para além disso, ele atravessa a cabeça da culatra e, na posição travada, encaixa numa cavidade localizada num componente que é concebido numa só peça com o cano ou que está ligado de forma firme ao mesmo. 0 encaixe ocorre, de um modo preferido, em três pontos distribuídos ao longo do perímetro, de forma aproximadamente uniforme uns em relação aos outros. Um sobredimensionamento generoso da cavidade e da cavilha de travamento é precisamente possível no caso de uma carabina para munição com chumbo, devido ao tamanho dos cartuchos. De um modo preferido, a cavilha de travamento está ligeiramente chanfrada na secção que encaixa na cavidade, de modo que é sempre possível um travamento suave (sobretudo no caso de grandes tolerâncias da caixa), bem como um desprendimento do travamento.
No lado da cabeça da culatra, oposto à cavidade, o suporte da culatra pode ser concebido de forma deslocável ao longo da mesma. Neste caso, o bloco de travamento tem uma régua de pé dianteira e uma posterior e o suporte da culatra tem uma régua de arrastamento dianteira e uma posterior, nomeadamente de tal modo que - o suporte da culatra em movimento de recuo, com o recuo avançado, embate com a sua régua de arrastamento dianteira na 29 régua de pé dianteira do bloco de travamento, de modo a extrai-lo para fora da cavidade e - o suporte da culatra, durante o seu movimento de fecho, embate com a sua régua de arrastamento posterior na régua de pé posterior do bloco de travamento, de modo a pressioná-lo para dentro da cavidade, sendo que pelo menos respectivamente uma das réguas de pé e de arrastamento dianteiras ou posteriores é chanfrada.
Quando a cabeça da culatra está travada, então o suporte da culatra é deslocável livremente para a frente, para além da posição que ocupa após a conclusão do travamento. Caso o suporte da culatra se desloque, pelo contrário, a partir desta posição para trás, então o mesmo extrai o bloco de travamento para fora das cavidades, arrastando em seguida também a cabeça da culatra, após ter efectuado um percurso em ponto morto mais ou menos grande. Neste caso é irrelevante a dimensão da folga que é formada entre as réguas de pé do bloco de travamento e as réguas de arrastamento do suporte da culatra. Essencial é apenas que as réguas de pé caibam na abertura formada entre as réguas de arrastamento localizada no suporte da culatra.
Assim é possível uma produção simples e pouco exacta; os componentes não exactos ou peças sobresselentes podem ser montados sem outra adaptação. A arma pode por exemplo ser utilizada para armas de repetição de baixo calibre. 0 sistema é no entanto particularmente adequado para uma carabina de repetição para munição com chumbo, de um modo preferido uma "pumpgun". 30
No seu todo, o sistema da presente invenção mostra-se particularmente adequado para uma arma de repetição para cartuchos grandes, em particular para cartuchos com um calibre superior a 15 mm, tanto mais que então ambas ou várias garras extractoras seguram e guiam de forma fiável o cartucho muito grande. A culatra de repetição pode também ser utilizada para uma arma automática, ao se ligar um mecanismo de recarregamento, por exemplo um tirante de um êmbolo de gás, ao manipulo ou a um ponto de acoplamento previsto no lugar deste. 0 pedido de patente revela também um dispositivo de ejecção de cartuchos com pelo menos duas garras extractoras de cartuchos montadas sobre molas numa culatra ou cabeça da culatra deslocável, as quais estão de um modo preferido opostas uma à outra.
Uma arma de fogo portátil, em particular uma arma automática, com um cano e uma culatra que se desloca para trás durante a abertura, aproximadamente ao longo do eixo da alma (eixo central do cano) , afastando-se da extremidade posterior do cano, apresenta, regra geral, um dispositivo de ejecção de cartuchos com uma garra extractora e um ejector. A garra extractora agarra em volta do rebordo ou semi-rebordo do cartucho ou encaixa na sua ranhura circunferencial da base. 0 ejector situa-se, em relação ao eixo da alma, aproximadamente em posição oposta à garra, de modo que o rebordo da base do cartucho embate no mesmo. 0 ejector é aqui designado como estacionário. Por este conceito entende-se aqui que ele ou se encontra montado de forma firme na arma ou na sua caixa ou que ele se encontra montado de forma deslocável na culatra ou cabeça da culatra e, no final do seu recuo, embate numa resistência fixa da arma. 31 0 cartucho ou invólucro de cartucho é ejectado transversalmente em relação ao eixo da alma. Neste caso, a garra extractora situa-se em relação ao eixo da alma, no lado pelo qual o cartucho ou invólucro de cartucho é ejectado. 0 ejector situa-se no lado oposto.
No caso de cartuchos com, por exemplo, uma ranhura de rebordo que, virada para a base de impacto (superfície dianteira da culatra), forma uma superfície plana, a garra extractora assenta, durante a extracção, com uma parte muito grande de uma superfície de suporte complementar na ranhura. Por este motivo, o cartucho ou o seu invólucro pode apenas libertar-se desta garra, quando esta se encontra em posição oblíqua. Assim assegura-se uma extracção fiável do invólucro de cartucho. No caso de um rebordo do cartucho com contorno redondo, tal como por exemplo no caso de cartuchos para armas de fogo portáteis e com munição de chumbo, este suporte é no essencial apenas assegurado através de aderência. Uma mola correspondentemente forte exerce então carga sobre a garra extractora, de modo a possibilitar uma extracção fiável.
Na medida em que se pode inferir das ilustrações do documento US-3906651, mostra-se aí um cartucho deste género com um contorno de rebordo redondo. Este cartucho assenta na base de impacto de uma culatra que apresenta duas garras extractoras opostas. A partir deste documento não se pode inferir por que razão é seleccionada esta disposição dos extractores e como o ejector deve estar disposto e ser concebido. 0 contorno das duas garras extractoras é igualmente invulgar e facilita o deslizamento do rebordo do cartucho. Um tal deslizamento tem que ser possível no 32 caso de uma das garras, a não ser que ela esteja montada sobre molas de uma forma invulgarmente suave. A figura 2 deste documento permite no entanto reconhecer na culatra uma ranhura longitudinal que se encontra próxima de uma das garras e poderia recepcionar o ejector. A extracção de cartuchos com munição de chumbo, por exemplo de calibre 12 ou 10 é frequentemente problemática, em particular no caso de invólucros de cartuchos muito compridos e em armas automáticas, uma vez que a culatra que se abre rapidamente arrasta as garras extractoras que por sua vez podem então deslizar do rebordo do cartucho com contorno redondo. Aqui, a dupla garra extractora que é conhecida a partir do documento referido, poderia talvez ser a solução. Também no caso de cartuchos extremamente grandes que têm um rebordo desproporcionadamente pequeno (cartuchos para pistolas de sinalização, de gás lacrimogéneo ou com munição de chumbo de calibre 4 (26,5 mm), cartuchos de granada (4 cm), ou semelhantes), a dupla garra extractora poderia ser vantajosa.
Antigamente presumiu-se no caso de armas de fogo portáteis, em particular no caso de armas de ordenança, que o atirador seria um dextrimano. Os esquerdinos foram instruídos para utilizarem a arma com a mão direita. Hoje em dia tenta-se satisfazer as particularidades do atirador e conceber armas também para a utilização por esquerdinos. Precisamente no caso de espingardas automáticas de modelo "bullpup" (o carregador encontra-se por detrás da coronha) este facto exige a ejecção dos cartuchos para longe da cara do atirador, uma vez que o ejector se encontra à altura do osso malar. 33
Mas também no caso de outras armas, por exemplo no caso de metralhadoras a bordo de helicópteros, a direcção de ejecção não pode ser seleccionada arbitrariamente e, no melhor dos casos, deveria ser adaptada às condições de montagem. A ejecção dos cartuchos pode neste caso ser efectuada para todos os lados com excepção da direcção do dispositivo de recarregamento. Caso seja por exemplo utilizado um separador de cartuchos da cinta, situado por cima da arma, então a ejecção pode ser efectuada para a direita ou para a esquerda, mas também para baixo, consoante onde se pode montar um recipiente de recolha ou saco de recolha para os invólucros. 0 pedido de patente revela um dispositivo de ejecção de cartuchos, sendo que o dispositivo referido na introdução é aperfeiçoado pelo facto de pelo menos um ejector estacionário poder ser de tal modo associado a uma ou a respectivamente uma das garras extractoras de cartuchos que, quando a culatra ou cabeça da culatra se desloca para trás, o cartucho ou invólucro de cartucho é extraído em conjunto por todas as garras extractoras de cartuchos, para fora de uma câmara de cartuchos e, quando ele está liberto da câmara de cartuchos, roda em volta daquela garra extractora de cartuchos, sendo neste caso ejectado para o lado da mesma, ao qual não está associado nenhum ejector.
Parte-se neste caso do princípio que cada uma das garras extractoras está apenas limitadamente apta para reter o cartucho ou invólucro de cartucho na posição, na qual ele é extraído. A utilização de várias garras extractoras tem para além disso inteiramente vantagens, em particular no caso dos cartuchos acima mencionados. Quando agora a todas as garras extractoras, com excepção daquela em cujo lado se pretende efectuar a ejecção, está associado um ejector, então a ejecção pode ser 34 efectuada em qualquer direcção, à qual está associado um extractor. É evidente que o número das garras extractoras está limitado e que três ou mais garras serão apenas convenientes no caso de cartuchos com um diâmetro muito grande. Por este motivo propõe-se numa configuração que estejam apenas previstas duas garras extractoras de cartuchos opostas uma à outra e um ejector transferível (reivindicação 24). Isto é no entanto necessário e também suficiente no caso de uma arma "bullpup".
Quando além disso, o ejector apresenta agora dois ressaltos de ejecção que estão dispostos em ambos os lado de uma das duas garras extractoras de cartuchos e deslocam-se em sulcos longitudinais da culatra ou cabeça da culatra, que desembocam na sua base de impacto, em ambos os lados da garra extractora de cartuchos, então é concebido um dispositivo que - extrai impecavelmente mesmo cartuchos e invólucros de cartucho difíceis, e - pode ser convertido com os meios mais simples da ejecção à direita para a ejecção à esquerda, e vice-versa.
Para a conversão é apenas necessário, a saber, que o ejector seja transferido. A posição da culatra e das garras extractoras mantém-se inalterável.
As garras extractoras de cartuchos habituais apresentam uma extremidade em forma de gancho com uma superfície virada para a base de impacto, que agarram em volta de um rebordo do cartucho. De acordo com uma outra configuração propõe-se que, quando as extremidades em forma de gancho agarram em volta de um rebordo do cartucho, as suas superfícies formam um ângulo agudo em 35 relação a um plano paralelo em relação à base de impacto, de modo que estas, na direcção do centro da base de impacto, se afastam da mesma para a frente.
Este ângulo agudo situa-se, de um modo preferido, entre 0o e 15°.
Ao contrário do documento US referido na introdução, no qual as garras extractoras são concebidas complementarmente ao contorno do rebordo do cartucho, utiliza-se de um modo preferido, uma superfície plana que assente no rebordo. Podem portanto ser utilizados cartuchos do mais diferenciado modelo, portanto também aqueles cujo rebordo forma uma superfície oposta à base de impacto e paralela em relação a esta. Um tal rebordo pode existir no caso de invólucros de cartucho para cartuchos especiais, por exemplo cartuchos para pistolas de sinalização. Tais invólucros de cartucho são por exemplo produzidos através de torneamento ou através de extrusão indirecta. O dispositivo pode ser utilizado para armas de fogo portáteis de qualquer tipo. Ele é particularmente vantajoso no caso de cartuchos de alto calibre. Assim prefere-se em particular que ele esteja, por exemplo, associado a uma carabina para munição com chumbo, em particular a uma carabina de repetição ou automática para munição com chumbo. Neste caso, a variedade construtiva e o desvio mútuo de cartuchos para o mesmo calibre são particularmente elevados e por outro lado, é particularmente elevada a necessidade de conversão de uma arma para dextrímanos numa tal para esquerdinos. Uma tal arma não é, a saber, uma arma pessoal, tal como uma espingarda metralhadora que acompanha um soldado praticamente durante todo o seu serviço 36 militar, mas antes é frequentemente apenas entregue para operações especiais. 0 objecto do pedido de patente é explicado ainda mais ao pormenor com base num exemplo de realização e no desenho esquemático que se encontra anexo. Neste mostram:
Figura 1 um corte longitudinal através da parte posterior do cano e através da culatra de uma carabina para munição com chumbo de acordo com a invenção, estando a culatra fechada e travada; Figura 2 um corte como na figura 1, no entanto estando a culatra destravada e imediatamente após o disparo de um tiro;
Figura 3.1 um corte longitudinal através do suporte da culatra, numa escala ligeiramente aumentada em relação às figuras 1 e 2;
Figura 3.2 uma vista em perspectiva do suporte da culatra
Figura 4 representado na figura 3.1, obliquamente a partir de cima; um corte transversal através da parte posterior (secção de extremidade) do cano, ao longo do eixo central de uma cavidade de travamento;
Figura 4a o detalhe da figura 4, ampliado e observado transversalmente em relação à direcção longitudinal da arma; 37
Figura 5.1 uma vista do bloco de travamento, a partir de trás;
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura 5.2 uma vista lateral do bloco de travamento; 6 uma vista da culatra, aproximadamente no estado mostrado na figura 1, obliquamente a partir de cima; 7 uma garra extractora fortemente ampliada; e 8 uma vista lateral do bloco de desmontagem; e 9 um corte através do bloco de desmontagem da figura 8, ao longo da linha IX-IX; 10 um corte longitudinal através da parte posterior do cano e através da culatra de uma carabina para munição com chumbo, estando a culatra fechada e travada; 11 um corte como na figura 1, no entanto estando a culatra destravada e imediatamente após o disparo de um tiro; 12.1 um corte longitudinal através do suporte da culatra, numa escala ligeiramente aumentada em relação às figuras 1 e 2; 12.2 uma vista em perspectiva do suporte da culatra representado na figura 3.1, obliquamente a partir de cima; 38
Figura 13 uma vista da culatra, aproximadamente no estado mostrado na figura 1, obliquamente a partir de cima; Figura 14 uma vista obliqua de uma culatra de uma carabina automática, que está equipada com o dispositivo; Figura 15 a vista de cima sobre a culatra com ejector; Figura 16 a vista de uma garra extractora; e Figura 17 uma vista parcial de um ejector, observado a partir da frente ou de trás; Figura 18 um corte longitudinal através da extremidade posterior do cano, com peça de introdução de força e culatra; Figura 19 uma representação em perspectiva da culatra da figura 1; Figura 20 um corte transversal esquemático através do dispositivo mostrado na figura 1; e Figura 21 um corte horizontal através da cabeça da culatra, com a parte posterior de um cartucho. 0 desenho mostra no seu todo um exemplo de realização do pedido de patente. Por este motivo, no que se segue, remete-se apenas para as figuras individuais do desenho, quando por este meio seja facilitada a localizaçao de um determinado elemento/caracteristica. 39 A espingarda apenas parcialmente mostrada é uma carabina automática que pode ser provida de um carregador prismático (figuras 1, 2) . A carabina apresenta um cano 1 com um eixo 37 central, ou seja eixo da alma. Na parte posterior deste cano está concebida uma câmara 3 de cartuchos, à qual para trás, se liga uma secção 4 de extremidade do cano 1. Esta secção 4 de extremidade tem uma secção transversal aproximadamente em forma de U, aberta para baixo (figura 4) e apresenta uma cavidade 5 de travamento superior central e dois entalhes 6 de travamento em baixo. Os últimos situam-se nas extremidades livres dos dois braços da secção transversal em U. Aproximadamente a metade da altura de cada braço do U está prevista uma estria 10 que se estende paralelamente em relação ao eixo 37 da alma e na qual pode deslocar-se respectivamente um extractor 61 de cartuchos (figura 6).
Com a arma pronta para disparar, a câmara 3 de cartuchos é fechada para trás por uma cabeça 11 da culatra. Esta está atravessada por um furo transversal vertical dianteiro, que por sua vez recepciona um bloco 25 de travamento. Este bloco de travamento apresenta, transversalmente em relação ao eixo da alma, uma secção transversal em forma de T invertido (figura 5), com um prolongamento 7 de travamento cónico na extremidade (superior) livre da haste central e respectivamente um dedo 8 de travamento respectivamente em cada uma das duas extremidades da haste transversal (inferior).
Na posição travada, o prolongamento 7 de travamento encaixa na cavidade 5 de travamento e, em simultâneo, os dedos 8 de travamento encaixam nos entalhes 6 de travamento. 40
Todas as superfícies de encaixe encontram-se dispostas obliquamente em relação à vertical, de modo a possibilitar produzir e desprender com facilidade o encaixe do bloco 25 de travamento na secção 4 de extremidade do cano 1. Os ângulos oblíquos das superfícies são no entanto tão reduzidos que o encaixe é autoblocante, não podendo portanto ser aberto através de uma força sobre a cabeça 11 da culatra, ao longo do eixo 37 da alma, direccionada para trás.
Por conseguinte, o cano 1 e a cabeça 11 da culatra estão directamente ligados um ao outro durante o disparo e transmitem as elevadas forças iniciais directamente um para o outro. Nenhum outro elemento é afectado pela transmissão de força. Por esta razão, o cano 1 pode estar incorporado, com a sua extremidade posterior, numa caixa 2 de material plástico. As maiores forças que ocorrem não são introduzidas, a saber, na caixa 2. A cabeça 11 da culatra assenta num suporte 13 da culatra (figuras 3.1 e 3.2). Este é deslocável por um determinado percurso, longitudinalmente em relação à cabeça 11 da culatra. 0 suporte 13 da culatra apresenta uma cavidade 54 longitudinal, uma cavidade 53 transversal na zona por debaixo do bloco 25 de travamento, e uma superfície 59 plana por detrás desta.
Para a frente, a cavidade 53 transversal é limitada em ambos os lados da cavidade 54 longitudinal, através de respectivamente um nariz 55 que ressalta para cima e para trás e se projecta para além da superfície 59 plana. 0 bloco 25 de travamento é concebido de tal modo que, na sua posição de travamento superior, a superfície inferior da sua haste transversal remate de forma aproximadamente alinhada com a 41 superfície inferior da cabeça 11 da culatra (figura 1). Nesta posição, o suporte 13 da culatra pode deslocar-se para a frente e para trás, por debaixo do bloco 25 de travamento, podendo neste caso a cabeça 11 da culatra e o bloco 25 de travamento deslizar sobre a superfície 59 plana do suporte 13 da culatra.
Caso o suporte 13 da culatra se desloque no entanto para trás, para além da posição de repouso mostrada na figura 1, então os seus dois narizes 55 agarram em ambos os lados, com as suas arestas posteriores, a haste transversal do bloco 25 de travamento e puxam-no para baixo para a cavidade 53 transversal. Esta posição encontra-se mostrada na figura 2. Nesta, o bloco 25 de travamento desprende-se da secção 4 de extremidade do cano 1. A cabeça 11 da culatra pode agora deslocar-se para trás, em relação ao cano 1. A cabeça 11 destravada da culatra desloca-se, durante a continuação do seu movimento para trás, de tal modo numa guia (não mostrada) localizada na caixa 2, que o bloco 25 de travamento não se pode deslocar para cima.
Durante o fecho da cabeça 11 da culatra, esta embate na extremidade posterior da câmara 3 de cartuchos. 0 suporte 13 da culatra é então puxado ou pressionado ainda mais para a frente por uma mola 9 recuperadora (apenas indicada esquematicamente como direcção da força). Neste caso, uma chanfradura 57 que constitui a parede posterior da cavidade 53 transversal actua sobre o bloco 25 de travamento, na direcção para cima, empurrando-o portanto para cima durante o seu movimento para a frente, até que finalmente a superfície 59 plana engata por debaixo do bloco 25 de travamento, sendo novamente alcançada a posição da figura 1. 42
Na cabeça 11 da culatra, por detrás do bloco 25 de travamento e aproximadamente em paralelo em relação à sua haste central, está disposto um bloco 27 de desmontagem rotativo que é retido na sua posição de utilização através de um pino 28 (figuras 1, 2, 6 e 8, 9). 0 bloco 27 de desmontagem é recepcionado num furo 23 transversal vertical posterior localizado na cabeça 11 da culatra. 0 pino 28 pode ser solto através do furo 24 na cabeça 11 da culatra (figura 6). 0 bloco 25 de travamento e o bloco 27 de desmontagem são atravessados por um percutor 19 e apresentam respectivamente um furo 31 e 34 para este efeito. A extremidade inferior do bloco 27 de desmontagem é concebida como pé 51 de martelo que desloca-se numa ranhura 49 aberta para cima, com uma secção transversal em forma de T invertido, localizada no suporte 13 da culatra. No estado de funcionamento, isto é, na posição de utilização, na qual o pé 51 de martelo engata em ambos os lados por debaixo dos flancos da ranhura 49 e o bloco 2 7 de desmontagem é retido pelo seu pino 28, um degrau 35 do percutor 19 embate num ressalto 36 situado por detrás deste, no furo do bloco 27 de desmontagem. Por este meio impede-se que, na posição de utilização, o percutor 19 possa cair para trás, para fora da cabeça 11 da culatra. Caso o bloco 27 de desmontagem, após ultrapassar o pino 28, seja rodado aproximadamente por um oitavo de volta, então o percutor 19 pode ser removido para trás. Devido ao facto de neste estado o pé 51 de martelo ainda engatar por debaixo dos flancos superiores da ranhura 49, a cabeça 11 da culatra e o suporte 13 da culatra mantêm-se ainda unidos, enquanto que se pode proceder a uma substituição do percutor 19. Apenas um quarto de volta completo 43 do bloco 27 de desmontagem (apenas possível após remoção do percutor 19) liberta o pé 51 de martelo da ranhura 49, podendo a cabeça 11 da culatra ser levantada do suporte 13 da culatra. 0 furo 31 no bloco 25 de travamento, atravessado pelo percutor 19, é configurado como orifício oblongo que permite ao bloco 25 de travamento ocupar as posições das figuras 1 e 2 (travada e destravada), apesar da presença do percutor 19. 0 percutor 19 apresenta uma secção 29 com diâmetro aumentado, por detrás do orifício 31 oblongo, enquanto que uma cavidade 33 chanfrada complementar à secção 29 com diâmetro aumentado está configurada no lado posterior do orifício 31 oblongo. A cavidade 33 e a secção 29 com diâmetro aumentado do percutor são configuradas de tal modo que o percutor 19 pode apenas entrar no orifício 31 oblongo, quando o bloco 25 de travamento se encontra na sua posição mais superior (posição de travamento da figura 1). Nesta posição, o percutor 19 pode entrar profundamente no orifício 31 oblongo até que a sua ponta pode sair da superfície frontal da cabeça 11 da culatra, visando a ignição de um cartucho.
Caso o bloco 25 de travamento seja rebaixado, então a cavidade 33, devido à sua forma especial, pressiona para trás a secção 29 com diâmetro aumentado do percutor até que a ponta do percutor não possa mais alcançar um cartucho. Assim fica assegurado que um cartucho pode apenas ser disparado quando a cabeça 11 da culatra está suficientemente travada. A secção 29 com diâmetro aumentado e o degrau 35 retêm o percutor 19, tal como foi descrito, de forma solta entre duas posições de fim de curso; a cavidade 33 chanfrada do bloco de 44 travamento obriga a que o percutor seja puxado para trás durante o destravamento. Uma mola do percutor é por conseguinte, regra geral, desnecessária e por este motivo não precisa de ser prevista.
Um manipulo, por exemplo um fuste deslocável, poderia agora ser montado no suporte 13 da culatra. Um dispositivo de bloqueio desprendível poderia fixar este manipulo na posição mais dianteira. Neste caso, a mola 9 recuperadora não é evidentemente necessária, mas antes o manipulo e, deste modo, o suporte da culatra seriam deslocados para trás e novamente para a frente, de modo a recarregar a arma.
No exemplo mostrado trata-se no entanto de uma arma
automática. Neste caso, a cabeça 11 da culatra é prolongada para trás por um tubo 15 central de prolongamento que recepciona e guia o percutor 19 - aqui de igual modo - prolongado. A extremidade posterior do suporte 13 da culatra é alargada para cima, formando um contra-apoio 43. A uma determinada distância em relação ao contra-apoio 43, à frente deste, uma peça 39 intermédia está suspensa, a partir de cima, de tal modo no suporte 13 da culatra que é retida para a frente no suporte 13 da culatra, através de um patamar 40, sendo no entanto deslocável para trás. O contra-apoio 43 e a peça 39 intermédia apresentam respectivamente um furo de passagem que são ambos alinhados entre si e são atravessados pelo tubo 15 de prolongamento. O tubo 15 de prolongamento serve como dispositivo de suporte para uma mola 17 de pressão, ou mola de abertura, forte que é concebida, de um modo preferido, como mola de arame dobrada em 45 forma de espiral e envolve o tubo de prolongamento. No estado relaxado, a mola 17 de pressão apoia-se à frente e atrás no contra-apoio 43 e na peça 39 intermédia, respectivamente (até que a peça 39 intermédia assente no patamar 40 do suporte 13 da culatra).
Por este meio evita-se um tremor (através da mola 17 de pressão que se desloca para cá e para lá) quando a culatra está aberta.
Como é reconhecível, a mola 17 de abertura forte é amplamente ineficaz. Ela actua apenas quando na posição travada da figura 1, a cabeça 11 da culatra se desloca para trás relativamente ao suporte 13 da culatra.
Um tal movimento ocorre de facto, nomeadamente durante o disparo: então impõe-se à arma, portanto também ao cano 1 e à cabeça 11 da culatra com este travada um movimento para trás, em relação ao qual o suporte 13 pesado da culatra tende a permanecer na sua posição. Este movimento para trás não precisa de apresentar uma grande amplitude. A compressão de uma tampa de coronha de borracha, que se apoia por exemplo num muro, é completamente suficiente.
Quando se observa o desenho, este movimento real é apenas dificilmente imaginável. Em vez disso, pode presumir-se que o suporte 13 da culatra se desloque durante o disparo um pouco para a frente.
Acontece agora o seguinte: durante este movimento para a frente, a mola 9 recuperadora é aliviada insignificantemente, mas em vez disso a mola 17 de abertura é armada. Neste caso, a 46 peça 39 intermédia e o contra-apoio 43 deslocam-se um na direcção do outro. Este movimento dura consoante a força do recuo e, em consequência disto, consoante a força do impulso do cartucho disparado.
Quando este movimento fica parado através da compressão da mola 17 de abertura, começa um movimento inverso, provocado precisamente por esta mola 17 comprimida. Durante este movimento inverso, o suporte 13 da culatra é agora puxado energicamente para trás, sendo que o mesmo puxa, com os seus narizes 55, o bloco 25 de travamento para baixo e, através deste, arrasta então a cabeça 11 da culatra durante a continuação do seu movimento para trás. Neste caso, a extremidade posterior do suporte 13 da culatra arma o cão de um mecanismo de gatilho conhecido, aqui não representado, e executa um movimento de carregamento. Durante o avanço, o bloco 25 de travamento é novamente pressionado para cima pela maneira acima descrita e apoiado a partir de baixo com a superfície 59 superior plana do suporte 13 da culatra. Neste caso é totalmente irrelevante se o suporte 13 da culatra se encontra um milímetro mais à frente ou não. Tolerâncias sobrepostas não têm por conseguinte nenhuma influência. 0 avanço - relativo - do suporte 13 da culatra durante o disparo, tal como já foi acima mencionado, é tanto mais comprido, quanto mais forte for o recuo durante o disparo. De modo correspondente, a mola 17 de abertura é tanto mais armada, quanto mais forte for o recuo. E de um modo mais enérgico ocorre então o recuo de toda a culatra 11, 13. De modo a compensar este facto, encontram-se montados amortecedores adicionais em forma de amortecedores 41 de elastómero. Para este efeito, em ambos os lados do centro do suporte 13 da culatra, encontram-se dispostas 47 duas barras 45 paralelas em relação ao eixo 37 da alma que atravessam o contra-apoio 43 e entram em cavidades localizadas na peça 39 intermédia. Estas barras 45 atravessam os amortecedores 41 de elastómero referidos. Uma flange 47 em cada barra 45 entre o contra-apoio 43 e o amortecedor 41 impede que a barra 45 deslize para trás, para fora. As cavidades referidas são abertas para baixo, visando uma fácil montagem.
Os amortecedores 41 de elastómero são compostos, de um modo preferido, por vários elementos anelares e são constituídos, de um modo preferido, por um material com elevada histerese. Quando se dispara um cartucho de baixo calibre, então os amortecedores 41 de elastómero não são ou quase não são comprimidos. Quando se dispara no entanto um cartucho de calibre muito alto, então os dois amortecedores 41 de elastómero são fortemente comprimidos, sendo que eles devolvem menos energia durante a sua nova expansão do que a que tinham anteriormente absorvido. A energia de recuo elevada dos cartuchos de alto calibre é portanto eliminada, pelo menos parcialmente - de um modo mais exacto, é transformada em outras formas de energia. Por este meio, a culatra está apta para disparar cartuchos com energia de recuo e deste modo energia à saída da boca do cano que varia muito, sem que seja necessária utilizar por exemplo uma outra mola 17 de travamento ou sem que ocorram anomalias de funcionamento. Não existe um batente em separado entre a cabeça 11 da culatra e o suporte 13 da culatra. Como batente serve apenas o dispositivo a partir de molas 17 de abertura e amortecedor (es) 41 de elastómero.
Uma outra vantagem da culatra 11, 13 mostrada consiste no facto de, no seu estado destravado (figura 2), a superfície frontal do seu suporte 13 da culatra sobressair um pouco para 48 além da superfície frontal da cabeça 11 da culatra. Assim, um cartucho pode ser transportado para cima, sem que fique preso, com a sua base, num extractor de cartuchos ou num eventual ressalto da superfície frontal da cabeça 11 da culatra. A cabeça 11 da culatra que por este meio não sofre carga, também não tem a tendência de travar "no caminho".
Como se pode ver na figura 6, a cabeça 11 da culatra apresenta neste exemplo de realização, invulgarmente dois extractores 61 de cartuchos opostos um ao outro. Um tal extractor 61 de cartuchos encontra-se mostrado de forma mais ampliada na figura 7. Com se pode reconhecer, ele apresenta uma formação em forma de gancho com uma superfície 63 de gancho virada para trás que é destinada a assentar a partir da frente no rebordo de um cartucho com munição de chumbo. Este rebordo é abaulado para a frente e para o exterior, de modo que a superfície 63 de gancho assenta numa formação abaulada. Consoante o facto de o ejector de cartuchos (não mostrado) se encontrar disposto à direita ou à esquerda, o invólucro de cartucho é ejectado para a esquerda ou para a direita. É essencial no entanto que durante a extracção não actue sobre o invólucro de cartuchos nenhuma força longitudinal ou força transversal excêntricas que poderia ser provocada por um extractor 61 de cartuchos individual. Assim assegura-se a extracção impecável inclusive de invólucros de cartucho muito compridos. Apenas próximo do fim do percurso de recuo da culatra, uma força excêntrica actua sobre o invólucro de cartucho, provocando a sua libertação, em primeiro lugar, de um e depois do outro extractor 61 de cartuchos. 49
De resto, no caso da conversão da ejecção à direita para a ejecção à esquerda é apenas necessário transferir o ejector. Os dois extractores 61 de cartuchos mantêm-se inalteráveis.
Nas figuras 9-12 encontra-se representada uma espingarda de repetição. As figuras anteriores 4, 5.1, 5.2, 7, 8 e 9 são também válidas para esta forma de realização. A carabina de repetição apenas parcialmente mostrada pode ser provida de um carregador prismático (figuras 10, 11). A carabina apresenta um cano 1 com um eixo central, ou seja eixo 37 da alma. Na parte posterior deste cano está concebida uma câmara 3 de cartuchos, à qual para trás, se liga uma secção 4 de extremidade do cano 1. A secção 4 de extremidade tem uma secção transversal aproximadamente em forma de U, aberta para baixo e apresenta uma cavidade 5 de travamento superior central e dois entalhes 6 de travamento em baixo. Os últimos situam-se nas extremidades livres dos dois braços da secção transversal em U. Aproximadamente a metade da altura de cada braço do U está prevista uma estria 10 que se estende paralelamente em relação ao eixo 37 da alma e na qual pode deslocar-se respectivamente um extractor 61 de cartuchos (figura 13).
Com a arma pronta para disparar, a câmara 3 de cartuchos é fechada para trás por uma cabeça 11 da culatra. Esta está atravessada por um furo transversal vertical dianteiro, que por sua vez recepciona um bloco 25 de travamento. Este bloco de travamento apresenta, tal como já foi acima descrito, transversalmente em relação ao eixo da alma, uma secção transversal em forma de T invertido, com um prolongamento 7 de travamento cónico na extremidade (superior) livre da haste central e respectivamente um dedo 8 de travamento 50 respectivamente em cada uma das duas extremidades da haste transversal (inferior).
Na posição travada, o prolongamento 7 de travamento encaixa na cavidade 5 de travamento e, em simultâneo, os dedos 8 de travamento encaixam nos entalhes 6 de travamento.
Todas as superfícies de encaixe encontram-se dispostas obliquamente em relação à vertical, de modo a possibilitar produzir e desprender com facilidade o encaixe do bloco 25 de travamento na secção 4 de extremidade do cano 1. Os ângulos oblíquos das superfícies são no entanto tão reduzidos que o encaixe é autoblocante, não podendo portanto ser aberto através de uma força sobre a cabeça 11 da culatra, ao longo do eixo 37 da alma, direccionada para trás.
Por conseguinte, o cano 1 e a cabeça 11 da culatra estão directamente ligados um ao outro durante o disparo e transmitem as elevadas forças iniciais directamente um para o outro. Nenhum outro elemento é afectado pela transmissão de força. Por esta razão, o cano 1 pode estar incorporado, com a sua extremidade posterior, numa caixa 2 de material plástico. As maiores forças que ocorrem não são introduzidas, a saber, na caixa 2. A cabeça 11 da culatra assenta num suporte 13 da culatra (figuras 12.1 e 12.2). Este é deslocável por um determinado percurso, longitudinalmente em relação à cabeça 11 da culatra. 0 suporte 13 da culatra apresenta: uma cavidade 54 longitudinal, uma cavidade 53 transversal na zona por debaixo do bloco 25 de travamento, e uma superfície 59 plana por detrás desta. 51
Para a frente, a cavidade 53 transversal é limitada em ambos os lados da cavidade 54 longitudinal, através de respectivamente um nariz 55 que ressalta para cima e para trás e se projecta para além da superfície 59 plana. 0 bloco 25 de travamento é concebido de tal modo que, na sua posição de travamento superior, a superfície inferior da sua haste transversal remate de forma aproximadamente alinhada com a superfície inferior da cabeça 11 da culatra (figura 10). Nesta posição, o suporte 13 da culatra pode deslocar-se para a frente e para trás, por debaixo do bloco 25 de travamento, podendo neste caso a cabeça 11 da culatra e o bloco 25 de travamento deslizar sobre a superfície 59 plana do suporte 13 da culatra.
Caso o suporte 13 da culatra se desloque no entanto para trás, para além da posição de repouso mostrada na figura 1, então os seus dois narizes 55 agarram em ambos os lados, com as suas arestas posteriores, a haste transversal do bloco 25 de travamento e puxam-no para baixo para a cavidade 53 transversal. Esta posição encontra-se mostrada na figura 2. Nesta, o bloco 25 de travamento desprende-se da secção 4 de extremidade do cano 1. A cabeça 11 da culatra pode agora deslocar-se para trás, em relação ao cano 1. A cabeça 11 destravada da culatra desloca-se, durante a continuação do seu movimento para trás, de tal modo numa guia (não mostrada) localizada na caixa 2, que o bloco 25 de travamento não se pode deslocar para cima.
Durante o fecho da cabeça 11 da culatra, esta embate na extremidade posterior da câmara 3 de cartuchos ou base do cartucho. O suporte 13 da culatra é então puxado ou pressionado ainda mais para a frente por uma mola 9 recuperadora (apenas 52 indicada esquematicamente como direcção da força). Neste caso, uma chanfradura 57 que constitui a parede posterior da cavidade 53 transversal actua sobre o bloco 25 de travamento, na direcção para cima, empurrando-o portanto para cima durante o seu movimento para a frente, até que finalmente a superfície 59 plana engata por debaixo do bloco 25 de travamento, sendo novamente alcançada a posição da figura 1.
Na cabeça 11 da culatra, por detrás do bloco 25 de travamento e aproximadamente em paralelo em relação à sua haste central, está disposto um bloco 27 de desmontagem rotativo que é retido na sua posição de utilização através de um pino 28 (figuras 10, 11, 13 e 8, 9) . O bloco 27 de desmontagem é recepcionado num furo 23 transversal vertical posterior localizado na cabeça 11 da culatra. 0 bloco 25 de travamento e o bloco 27 de desmontagem são atravessados por um percutor 19 e apresentam respectivamente um furo 31 e 34 para este efeito. A extremidade inferior do bloco 27 de desmontagem é concebida como pé 51 de martelo que se desloca numa cavidade 54 longitudinal, com uma secção transversal em forma de T invertido, localizada no suporte 13 da culatra. No estado de funcionamento, isto é, na posição de utilização, na qual o pé 51 de martelo engata em ambos os lados por debaixo dos flancos da ranhura 54 e o bloco 27 de desmontagem é retido pelo seu pino 28, um degrau 35 do percutor 19 embate num ressalto 36 situado por detrás deste, no furo do bloco 27 de desmontagem. Por este meio impede-se que, na posição de utilização, o percutor 19 possa cair para trás, para fora da cabeça 11 da culatra. Caso o bloco 27 de desmontagem, após ultrapassar o pino 28, seja rodado 53 aproximadamente por um oitavo de volta, então o percutor 19 pode ser removido para trás. Devido ao facto de neste estado o pé 51 de martelo ainda engatar por debaixo dos flancos superiores da ranhura 54, a cabeça 11 da culatra e o suporte 13 da culatra mantêm-se ainda unidos, enquanto que se pode proceder a uma substituição do percutor 19. Apenas um quarto de volta completo do bloco 27 de desmontagem (apenas possível após remoção do percutor 19) liberta o pé 51 de martelo da ranhura 54, podendo a cabeça 11 da culatra ser levantada do suporte 13 da culatra. 0 furo 31 no bloco 25 de travamento, atravessado pelo percutor 19, é configurado como orifício oblongo que permite ao bloco 25 de travamento ocupar as posições das figuras 1 e 2 (travada e destravada), apesar da presença do percutor 19. 0 percutor 19 apresenta uma secção 29 com diâmetro aumentado, por detrás do orifício 31 oblongo, enquanto que uma cavidade 33 chanfrada complementar à secção 29 com diâmetro aumentado está configurada no lado posterior do orifício 31 oblongo. A cavidade 33 e a secção 29 com diâmetro aumentado do percutor são configuradas de tal modo que o percutor 19 pode apenas entrar no orifício 31 oblongo, quando o bloco 25 de travamento se encontra na sua posição mais superior (posição de travamento da figura 10) . Nesta posição, o percutor 19 pode entrar profundamente no orifício 31 oblongo até que a sua ponta pode sair da superfície frontal da cabeça 11 da culatra, visando a ignição de um cartucho.
Caso o bloco 25 de travamento seja rebaixado, então a cavidade 33, devido à sua forma especial, pressiona para trás a secção 29 com diâmetro aumentado do percutor até que a ponta do percutor não possa mais alcançar um cartucho. Assim fica 54 assegurado que um cartucho pode apenas ser disparado quando a cabeça 11 da culatra está suficientemente travada. A secção 29 com diâmetro aumentado e o degrau 35 retêm o percutor 19, tal como foi descrito, de forma solta entre duas posições de fim de curso; a cavidade 33 chanfrada do bloco de travamento obriga a que o percutor seja puxado para trás durante o destravamento. Uma mola do percutor é por conseguinte, regra geral, desnecessária e por este motivo não precisa de ser prevista.
Um manipulo 65 que está por exemplo ligado a um fuste deslocável encontra-se montado no suporte 13 da culatra. Um dispositivo de bloqueio desprendível poderia fixar este manipulo na posição mais dianteira. 0 manipulo e, deste modo, o suporte da culatra são deslocados para trás e novamente para a frente, de modo a recarregar a arma.
Quando o manipulo 65 é puxado para trás, puxa-se também para trás o suporte 13 da culatra, sendo que este puxa, com os seus narizes 55, o bloco 25 de travamento para baixo e, através deste, arrasta então a cabeça 11 da culatra durante a continuação do seu movimento para trás. Neste caso, a extremidade posterior do suporte 13 da culatra arma o cão de um mecanismo de gatilho conhecido, aqui não representado, e executa um movimento de carregamento. Quando se pressiona o manipulo 65 para a frente, o bloco 25 de travamento é novamente pressionado para cima pela maneira acima descrita e apoiado a partir de baixo com a superfície 59 superior plana do suporte 13 da culatra. Neste caso é totalmente irrelevante se o suporte 13 da culatra se encontra um milímetro mais à frente ou não. 55
Tolerâncias sobrepostas não têm por conseguinte nenhuma influência.
Uma vantagem da culatra 11, 13 mostrada consiste no facto de, no seu estado destravado (figura 11), a superfície frontal do seu suporte 13 da culatra sobressair um pouco para além da superfície frontal da cabeça 11 da culatra. Assim, um cartucho pode ser transportado para cima, sem que fique preso, com a sua base, num extractor de cartuchos ou num eventual ressalto da superfície frontal da cabeça 11 da culatra. A cabeça 11 da culatra que por este meio não sofre carga, também não tem a tendência de travar "no caminho".
Como se pode ver na figura 13, a cabeça 11 da culatra apresenta neste exemplo de realização, invulgarmente dois extractores 61 de cartuchos opostos um ao outro. Este é conforme ao extractor 61 de cartuchos da figura 7. A figura 14 mostra uma cabeça 71 da culatra que é deslocável ao longo de duas barras 73 guia. Esta culatra apresenta uma base 75 de impacto, em ambos os lados do qual se encontra montada respectivamente uma garra 77 extractora. A garra 77 extractora encontra-se mostrada de forma ampliada na figura 16. Ela é por exemplo estampada a partir de chapa e apresenta um contorno no seu todo aproximadamente em forma de T, cuja haste central apresenta um furo 79 na extremidade. A partir da haste central, na sua outra extremidade, estendem-se transversalmente um braço 81 posterior e um braço 83 dianteiro. 0 braço 81 posterior suporta, na sua extremidade livre, uma saliência 85 angulada que é destinada ao encaixe numa mola helicoidal de pressão (não mostrada) . 0 braço 83 dianteiro suporta, na sua extremidade livre, a garra 87 56 propriamente dita, que apresenta uma superfície 89 virada para a haste central, prolongando-se em ângulo agudo em relação à extensão da haste central e, deste modo, também em ângulo agudo em relação à base 75 de impacto (figura 15) . As duas garras 77 extractoras podem respectivamente ser rodadas em torno de um eixo, por exemplo em forma de um pino 91 de retenção que atravessa respectivamente o furo 79. A culatra 71 apresenta em ambos os lados uma nervura 95 longitudinal em cujo lado exterior se encontra montada a correspondente garra 77 extractora. Cada nervura 95 longitudinal apresenta uma aresta superior e uma inferior que se estendem até à base 75 de impacto.
Na figura 15, a culatra da figura 14 encontra-se mostrada em vista de cima. As duas garras 77 situam-se em ambos os lados de um cartucho 93. Por detrás da culatra 71, na zona do seu recuo, situa-se um ejector 97. Este ejector encontra-se mostrado de forma quebrada e observado a partir de cima. Observado a partir da frente ou de trás, o ejector 97 apresenta uma secção transversal em forma de U. Quando a culatra 71 se desloca para trás, então uma das nervuras 95 longitudinais desloca-se através do ejector 97. Os dois braços do U deste ejector 97 engatam neste caso por cima e por debaixo da correspondente nervura 95 longitudinal e atingem com as suas extremidades a base 75 de impacto. As extremidades destes braços são designadas por 99 na figura 17.
Devido ao facto de o cartucho ou invólucro 93 de cartucho ser retido na culatra 71 e ser com esta arrastado por meio das garras 77 extractoras, ele desloca-se com a culatra 71 para trás. 0 ejector 97, pelo contrário, permanece fixo durante este 57 movimento da culatra. Assim, a nervura 95 longitudinal desloca-se para trás, através dos dois braços do ejector 97. Quando a base 75 de impacto atinge o ejector 97, então a base do cartucho 93 embate na sua extremidade 99 e é pressionada contra a garra 77 extractora (direita) ai disposta. A garra 77 extractora é pressionada para trás devido à interacção do contorno redondo do rebordo do cartucho com a superfície 89 oblíqua (figura 16), e o ejector 97 dá um forte impacto na parte direita do rebordo do cartucho, de modo que o cartucho 93 bascula em torno do extractor 77 esquerdo e é ejectado. A transferência do ejector 97 para o outro lado (esquerdo) da culatra provoca de modo análogo uma ejecção para a direita. 0 ejector 97 pode ser inserido numa ranhura longitudinal ou transversal localizada na caixa da arma. Um componente da arma ou um pino pode segurar o ejector nesta posição.
Os componentes mostrados pertencem a uma espingarda automática de grande calibre para cartuchos de granada, cujo comprimento total perfaz aproximadamente 90 mm, sendo o comprimento do invólucro no entanto inferior a 30 mm. O calibre perfaz 20 mm. Todas as figuras mostram a mesma forma de realização; os números de referência são válidos para todas as f iguras. A espingarda apresenta um cano 101 que está inserido numa peça 104 de introdução de força. A extremidade posterior do cano 101 é concebida como câmara 103 de cartuchos. Na câmara de cartuchos encontra-se recepcionado o invólucro 165 de cartucho de um cartucho 163. 58 A peça 104 de introdução de força constitui um elemento central de ancoragem, no qual pode ser fixado não apenas o cano 101, mas antes também uma caixa, uma mira electrónica, uma correia de suporte e um equipamento de montagem (lança-granadas, espingarda metralhadora, etc.).
Por cima do furo de recepção para o cano 101 e paralelamente em relação a este, a peça 104 de introdução de força está atravessada por um furo cuja parte dianteira apresenta um diâmetro mais pequeno, é concebido como furo 167 para o tubo 169 da mola recuperadora e desemboca num furo maior que forma um cilindro 171 de gás. A transição entre os dois furos 167, 171 está chanfrada. Esta transição está ligada ao cano 101 através de um furo 173 de extracção de gases que se estende transversalmente em relação a este e desemboca no mesmo, na extremidade da câmara 103 de cartuchos.
Nos dois furos 167, 171 acima referidos situa-se um tubo de uma só peça que é constituído por duas secções de tubo cilíndricas com diâmetro diferente: um tubo 169 da mola recuperadora e um êmbolo 175 de gás 0 tubo 169 da mola recuperadora situa-se de forma deslocável, mas no essencial de forma vedante, no furo 167. O êmbolo 175 de gás situa-se de forma deslocável, mas no essencial de forma vedante, no cilindro 171 de gás. O degrau entre as duas secções 169 e 175 tubulares constitui a superfície de actuação do êmbolo 175 de gás. O êmbolo 175 de gás é prolongado para trás, numa só peça, através de um suporte 113 da culatra. O componente deslocável a partir do tubo 169, do êmbolo 175 de gás e do suporte 113 da culatra está atravessado por um furo aberto para trás. O lado dianteiro do furo encontra-se fechado. 59
Neste furo, que é um furo de recepção de mola recuperadora, situa-se uma mola recuperadora aqui não mostrada, que se apoia na culatra, por detrás do dispositivo mostrado. Sobre o lado dianteiro do tubo 169 da mola recuperadora (não mostrado aqui) actua uma alavanca de carga, por meio da qual todo o componente 169, 175, 113 pode ser empurrado para trás, nomeadamente contra a força da mola recuperadora.
Quando se dispara o cartucho 163 na câmara 103 de cartuchos, os gases de pólvora penetram, através do furo 173 de extracção de gases, no cilindro 171 de gás e pressionam, através do êmbolo 175 de gás, de igual modo todo este componente 169, 175, 113 para trás, contra a força da mola recuperadora.
Assim, o suporte da culatra é deslocado para trás, ou manual ou automaticamente. Ele percorre neste caso uma trajectória de movimento rectilinea, que se prolonga paralelamente em relação ao eixo central do cano. As ranhuras longitudinais da caixa, não mostradas, guiam neste caso o suporte da culatra, juntamente com a guia do tubo 169 da mola recuperadora no furo 167 e do êmbolo 175 de gás no cilindro 171 de gás, respectivamente localizadas na peça 104 de introdução de força.
Por detrás do cano 101 e, deste modo, por debaixo do suporte 113 da culatra encontra-se uma cabeça 111 da culatra. Esta é deslocável, juntamente com o suporte da culatra, para trás e para a frente, mas não sozinha. O percurso de movimento é mais comprido do que o comprimento de um cartucho 163. Também o movimento da cabeça 111 da culatra é guiado através de ranhuras ou nervuras longitudinais na caixa, não mostradas. 60 A cabeça 111 da culatra está atravessada por uma cavilha de travamento que tem a forma de uma letra "T" vertical, cuja trave vertical atravessa um furo 121 vertical na cabeça 111 da culatra. Esta trave vertical termina, em baixo, num prolongamento 107 de travamento. Uma trave horizontal do "T", que se prolonga transversalmente, termina em ambos os lados, respectivamente num dedo 108 de travamento. A trave horizontal apresenta no centro um ressalto 183 de acoplamento que se estende para trás.
Na peça 104 de introdução de força, tal como mostra em particular a figura 20, são concebidos três contra-apoios para a cavilha 125 de travamento, nomeadamente uma cavidade 105 inferior de travamento que forma um furo cónico e cujo centro se situa numa vertical que atravessa o eixo central do cano, e dois entalhes 106 de travamento simétricos em relação a esta vertical. Os entalhes 106 de travamento situam-se à frente de ressaltos da superfície interior da peça 104 de introdução de força.
Quando a cavilha 125 de travamento se encontra na posição inferior mostrada, ou seja na posição de travamento, então ela encaixa com o prolongamento 107 de travamento na cavidade 105 de travamento e os dedos 108 de travamento encaixam nos entalhes 106 de travamento. A cabeça 111 da culatra está então travada de forma firme na peça 104 de introdução de força. Esta é a posição de travamento da cavilha 125 de travamento.
Quando a cavilha 125 de travamento é levantada, o prolongamento 107 de travamento liberta-se para cima, para fora da cavidade de travamento, e os dedos 108 de travamento libertam-se para cima, para fora dos entalhes 106 de travamento. 61
Agora a cabeça 111 da culatra esta destravada e pode deslocar-se para trás. Esta é a posição de destravamento da cavilha 125 de travamento.
Um percutor 119 atravessa a cavilha 125 de travamento, horizontal e centralmente, em relação ao cano 101.
Para este efeito, o percutor 119 atravessa um orifício 131 oblongo na cavilha 125 de travamento, de modo que esta pode deslocar-se livremente entre a posição de travamento e a posição de destravamento. 0 percutor 119 apresenta na parte posterior, tal como se pode ver na figura 21, um degrau ou uma secção 129 com diâmetro aumentado. Na cavilha 125 de travamento, o lado traseiro do orifício 131 oblongo é provido de uma chanfradura 133 que se estende a partir de baixo e de trás para cima e para a frente. Esta chanfradura permite ao percutor 119 entrar a partir de trás na cavilha 125 de travamento, quando esta se encontra na posição de travamento mostrada. Quando a cavilha 125 de travamento se desloca para cima, para a sua posição de destravamento, então a chanfradura 133 empurra a secção 129 com diâmetro aumentado do percutor 119 e, deste modo, o mesmo para trás. O percutor pode portanto apenas alcançar a sua posição mais dianteira, quando a cavilha 125 de travamento se encontra na sua posição de travamento, de modo que uma ignição de um cartucho 163 pode também apenas ocorrer nesta posição.
Uma mola que no caso de outras armas é necessária para empurrar o percutor 119 para trás, encontra-se aqui substituída pelo comando forçado que é realizado através da chanfradura 133. 62
Na cabeça 111 da culatra, por detrás da cavilha 125 de travamento, está além disso disposto um veio 189 transversal no qual assenta de forma rotativa uma alavanca 187 de balanço central. Um braço desta alavanca 187 de balanço engata por debaixo do ressalto 183 de acoplamento e o outro braço estende-se para cima, até por debaixo do suporte 113 da culatra. À frente deste braço da alavanca 187 de balanço, que se estende para cima, é concebido no suporte 113 da culatra um ressalto 185 de bloqueio que se projecta para baixo e cujo lado dianteiro apresenta uma chanfradura 193 que se estende para cima e para a frente. 0 modo de funcionamento deste dispositivo é como o que se segue:
Na posição travada da cavilha 125 de travamento (posição inferior), o suporte 113 da culatra encontra-se na posição mais dianteira (figura 18). 0 ressalto 185 de bloqueio situa-se por cima da cavilha 125 de travamento e impede que esta possa sair da sua posição. A posição da alavanca 187 de balanço é assim como o visível na figura 18.
Quando o suporte 113 da culatra é agora deslocado para trás manualmente ou por pressão de gás, o ressalto 185 de bloqueio desloca-se também para trás e liberta a cavilha 125 de travamento. Em simultâneo o ressalto 185 de bloqueio embate no braço vertical da alavanca 187 de balanço e em consequência roda-a (no desenho no sentido dos ponteiros do relógio). Neste caso, o braço horizontal da alavanca 187 de balanço levanta o ressalto 183 de acoplamento e, por conseguinte, também a cavilha 125 de travamento. A parte superior desta encaixa agora numa 63 ranhura 191 de acoplamento que é configurada no lado inferior do suporte 113 da culatra, à frente da chanfradura 193. Em simultâneo, o ressalto 185 de bloqueio embate no braço superior da alavanca 187 de balanço e mantém-no numa posição inclinada, de modo que o mesmo retém a cavilha 125 de travamento na posição superior, na qual ela encaixa na ranhura 191. Por conseguinte, a cavilha 125 de travamento e, deste modo, a cabeça 111 da culatra acompanham forçosamente o movimento para trás do suporte 113 da culatra. Uma formação (não mostrada) da caixa engata neste caso a partir de baixo, por debaixo da cavilha 125 de travamento e impede que ela possa cair para baixo. Mantém-se por conseguinte a união descrita ente os componentes.
Quando o suporte 113 da culatra se desloca novamente para a frente, então a cabeça 111 da culatra embate em primeiro lugar no lado posterior do cano 101. Neste local, as cavidades 106, 105 da peça 104 de introdução de força encontram-se então por debaixo das secções 108, 107 da cavilha 125 de travamento (ver figura 20). A cavilha de travamento pode agora cair para baixo.
Este movimento para baixo é forçado através da chanfradura 193 do ressalto 185 de bloqueio que, no embate pressiona a cavilha 125 de travamento para baixo. Em simultâneo, o lado posterior deste ressalto 185 de bloqueio liberta a alavanca 187 de balanço, de modo que ele pode novamente rodar para a posição mostrada na figura 18. Agora o êmbolo 175 de gás, concebido numa só peça com o suporte 113 da culatra, embate na extremidade dianteira do cilindro 171 de gás. A cabeça 111 da culatra encontra-se agora travada. A cavilha 125 de travamento encontra-se neste caso na sua posição inferior, na qual a chanfradura 133 liberta o percutor 119. 64 A arma está agora pronta para disparar, quando um cartucho 163 se encontra na câmara 103 de cartuchos. O comprimento do invólucro 165 de cartucho perfaz, tal como foi mostrado, menos do que um terço de todo o recuo da culatra 111, 113. Isto significa que o invólucro 165 de cartucho já está completamente extraído para fora da câmara 103 de cartuchos, ainda antes que a culatra 111, 113 seja perceptivelmente desacelerada através da mola recuperadora. A fase de aceleração da culatra 111, 113 já está no entanto concluída, uma vez que o cano 101 tem que estar praticamente sem pressão, quando o invólucro 165 de cartucho estiver completamente extraído para fora.
De modo a apoiar o invólucro 165 de cartucho, a base 181 de impacto da cabeça 111 da culatra é provida, em cima e em baixo, de uma nervura 195 de rebordo. É mais difícil assegurar o suporte lateral do invólucro 165 de cartucho. A este respeito remete-se para a figura 21, que mostra um corte horizontal através do centro da cabeça 111 da culatra. A cabeça 111 da culatra apresenta em ambos lados e simetricamente entre si, duas reentrâncias 110 em forma de fenda que para trás desembocam num furo 197 de mola.
Numa das reentrâncias 110 (a inferior) está inserida uma garra 161 extractora sobre a qual actua uma mola (não mostrada) no correspondente furo 197 de mola, através de um pilão. A garra 161 extractora é giratória em torno de um eixo vertical. Na outra reentrância 110 situa-se um corpo 199 de apoio que é igualmente retido através de um eixo vertical. Este corpo 199 de apoio é semelhante no seu todo à garra 161 extractora, sendo no 65 entanto um pouco maior, de modo que não se consegue mover na reentrância 110. Para além disso, o corpo 199 de apoio não agarra, ao contrário da garra 161 extractora, em volta da base de um cartucho 163 que se encontra na câmara 103 de cartuchos. Na conversão da direcção de ejecção é apenas necessário trocar a garra 161 extractora com mola pelo corpo 199 de apoio e reencaixar o ejector (não mostrado).
Lisboa, 31 de Março de 2009 66

Claims (10)

  1. REIVINDICAÇÕES Espingarda de grande calibre com uma peça (104) central de introdução de força que recepciona a extremidade posterior de um cano (101) e os contra-apoios (105, 106) travadores de uma culatra (111, 113), sendo que o cano (101) apresenta ainda na peça (104) de introdução de força uma abertura (173) de extracção de gases, - sendo que um cilindro (171) de gás está ligado de forma firme à peça (104) de introdução de força que está ligada à abertura (173) de extracção de gases; caracterizada por apresentar uma cabeça (111) da culatra e um suporte (113) da culatra, sendo que o suporte (113) da culatra constitui o êmbolo (175) de gás, - sendo que uma cavilha (125) de travamento atravessa transversalmente a cabeça (111) da culatra e é pressionada pelo suporte (113) da culatra, quando está na sua posição de repouso, para uma posição de travamento, na qual encaixa em formações (105, 106) da peça (104) de introdução de força, travando deste modo a cabeça (111) da culatra, sendo que a cavilha (125) de travamento apresenta um orifício (131) oblongo que está atravessado pelo percutor (119), sendo que o percutor (119) apresenta um degrau (129) por detrás da cavilha (125) de travamento, e sendo que o orifício (131) oblongo apresenta uma chanfradura (133) para trás que actua sobre o degrau (129) do percutor (119), empurrando-o para trás quando a 1 cavilha (125) de travamento é extraída para fora do encaixe com as formações (105, 106) da peça (104) de introdução de força.
  2. 2. Espingarda de acordo com a reivindicação 1, sendo que o cano (101) é provido de uma câmara (103) de cartuchos, caracterizada por a abertura (173) de extracção de gases se situar próximo da extremidade superior da câmara de cartuchos e desembocar num furo (173) localizado na peça (104) de introdução de força, que desemboca na extremidade dianteira do cilindro (171) de gás.
  3. 3. Espingarda de acordo com a reivindicação 2, caracterizada por o cilindro (171) de gás ser concebido na própria peça (104) de introdução de força.
  4. 4. Espingarda de acordo com a reivindicação 2, caracterizada por o furo (173) se estender transversalmente em relação à direcção de disparo.
  5. 5. Espingarda de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 a 4, caracterizada por o cilindro (171) de gás se situar por cima da câmara (103) de cartuchos.
  6. 6. Espingarda de acordo com a reivindicação 1 a 5, caracterizada por um tubo (169) estar ligado de forma firme ou numa só peça ao suporte (113) da culatra, atravessar parcialmente o cilindro (171) de gás e estar atravessado como tubo de recepção para uma mola recuperadora. 2
  7. 7. Espingarda de acordo com a reivindicação 6, caracterizada por um manipulo de carregamento estar ligado ou poder ser ligado ao tubo (169) .
  8. 8. Espingarda de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizada por uma alavanca (187) de balanço estar disposta na cabeça (111) da culatra, interceptar por um lado o percurso de movimento do suporte (113) da culatra e por outro lado o percurso de movimento da cavilha (125) de travamento e, no caso de um movimento do suporte (113) da culatra para fora de sua posição de repouso, extrair a cavilha (125) de travamento para fora das formações (105, 106) da peça (104) de introdução de força.
  9. 9. Espingarda de acordo com a reivindicação 8, caracterizada por a cavilha (125) de travamento extraída encaixar no suporte (113) da culatra, de modo que, com o seu movimento, a cavilha (125) de travamento e, deste modo, a cabeça (111) da culatra são arrastadas.
  10. 10. Espingarda de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 9, caracterizada por estarem configuradas na cabeça (111) da culatra, transversalmente em relação à cavilha (125) de travamento, duas reentrâncias (110) nas quais são configurados, a partir de trás, respectivamente um furo (197) para uma cavilha de pressão e uma mola que pressiona a mesma para a frente, por estar inserido numa das reentrâncias (110) um extractor (161) que pode ser rodado contra a força da cavilha de pressão e por estar inserido de forma imóvel na reentrância (110) oposta um elemento (199) de apoio que, em posição oposta ao extractor (161), 3 apoia lateralmente a base de um cartucho (163) ou invólucro (165) de cartucho. Lisboa, 1 de Março de 2009 4
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