PT626869E

PT626869E - Dispositivo de medicao

Info

Publication number: PT626869E
Application number: PT93904219T
Authority: PT
Inventors: Philip Wilson Braithwaite
Original assignee: Innovata Biomed Ltd
Priority date: 1992-02-21
Filing date: 1993-02-18
Publication date: 2000-10-31
Also published as: GB2278596A; GR3033790T3; FI113842B; EP0626869B1; GB2278596B; FI943813A0; DE69328358D1; DE69328358T2; US5778873A; DK0626869T3; NZ299262A; FI943813A; GB2292557A; NO943065L; KR950700092A; GB9415800D0; ES2145770T3; EP0928618A1; JP3570431B2; DE69333554D1

Description

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ΕΡ 0 626 869/PT DESCRICÃO “Dispositivo de medição”

Campo da invenção

Esta invenção refere-se a um aparelho de acordo com o preâmbulo da reivindicação 1. A invenção também se refere, inter alia, a um inalador que incorpora um tal aparelho.

Fundamentos da invenção É muitas vezes necessário transferir-se um volume preciso de uma substância de uma câmara de armazenagem que contém essa substância para um outro local, mas não é sempre fácil efectuar-se a transferência de maneira adequada e eficaz. Em particular, é muitas vezes desejável transferir-se um medicamento em pó de uma câmara de armazenagem para uma passagem de inalação num inalador de pó seco.

Verificou-se que os inaladores, que transferem uma droga numa forma seca, fmamente dividida, apresentam determinadas vantagens medicinais sobre outras formas de sistema de distribuição. Em particular, eles são mais populares do que inaladores que impulsionam uma droga no gás pressurizado de um aerossol, por razões ambientais e outras razões.

Em EP-079478, EP-166294, EP-424790 e GB-2165159 apresentam-se exemplos de inaladores de pó seco que incluem a câmara de armazenagem de medicamento e uma passagem de inalação, através da qual o ar é conduzido através de um bocal. Um elemento de medição dotado de um recesso de medição retira uma dose de medicamento da câmara de armazenagem e deposita-a na passagem de inalação.

Considera-se que a exactidão de tais disposições pode ser muito precária: por um lado, pela indexação repetida do elemento de medição, é possível depositarem-se duas ou mais doses de medicação para dentro da passagem de inalação, o que resulta na administração ao utilização de uma dose excessiva de medicamento; por outro lado, uma vez que o medicamento normalmente cai do recesso de medição na passagem de inalação por acção da gravidade, partículas de medicamento podem aderir à parte interna do recesso de medição, de maneira que pode ser administrada uma dose insuficiente.

Em US-2587215 apresentam-se inaladores de pó seco com as mesmas desvantagens

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ΕΡ 0 626 869 / PT 2 mencionadas acima. Todavia, esse documento também apresenta uma concretização na qual o elemento de medição apresenta o medicamento numa taça aberta para cima até uma câmara de mistura, onde é misturado com o ar antes de ser aspirado para dentro do tubo de inalação através de um bico que tem uma abertura estreita. O ar aspirado para dentro do inalador passa para dentro do tubo de inalação ou directamente, ou através da câmara de mistura e do bico. Por conseguinte, nem todo o ar passa sobre a taça dispensadora. Se o medicamento adere à superfície da taça dispensadora, mas não é aspirado dela, será administrada ao utilizador uma dose insuficiente de medicamento. Quando se dá o uso repetido de uma taça dispensadora para se ministrarem doses para o tubo de inalação, uma quantidade continuamente crescente do pó de medicamente pode aderir .à base da taça dispensadora, do que resultam dosagens progressivamente menores para o utilizador.

Esta acumulação de pó aderente é considerada como sendo uma fonte de dosagem inexacta em muitos dos inaladores anteriormente propostos. Além disso, no inalador do documento US-2587215, o elemento de medição é um dispositivo deslizante rotativo articulado sobre um elemento de articulação cilíndrico que se estende a partir do fundo do corpo do dispositivo. Tal disposição pode vir a emperrar devido à entrada de medicamento em pó entre as superfícies de contacto cilíndricas do elemento de articulação e do elemento de medição.

Uma outra forma de inalador que se encontra actualmente disponível inclui um elemento de medição que tem vários recessos de medição afilados, que são abertos no topo e no fundo. Em uso, o medicamento em partículas minúsculas oriundo de uma câmara de armazenagem é colocado nos recessos, após o que o elemento de medição é movido até uma posição dispensadora, na qual o ar pode ser conduzido através dos recessos, de modo a retirar-se o medicamento. Esse dispositivo é considerado como tendo diversas grandes desvantagens. Em primeiro lugar, os recessos de medição tendem a entupir. Em segundo lugar, é necessário um grande grau de sucção, de maneira que o dispositivo não é adequado para uso por pacientes com problemas respiratórios. Em terceiro lugar, são necessárias duas mãos para accionar o dispositivo.

Um aperfeiçoamento sobre os inaladores acima descritas é descrito em nosso pedido de patente PCT anterior, N° WO-A-9200771. Este apresenta um inalador no qual o elemento de medição compreende pelo menos uma taça dispensadora, que, quando enchida a partir de uma câmara de armazenagem com uma dose da substância a ser administrada, é apresentada à passagem de inalação numa posição aberta para cima. A substância a ser administrada é removida da taça dispensadora, não pela acção da gravidade, mas por fluxo de ar através da passagem de inalação. Deste modo, no uso normal do inalador, a indexação repetida do

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ΕΡ 0 626 869/PT 3 elemento de medição não deve resultar em doses múltiplas da substância que é administrada para dentro da passagem de inalação. O inalador descrito em WO-A-9200771 incorpora meios para assegurar que a taça dispensadora esteja substancialmente isenta da substância a ser administrada, antes de ser apresentada à câmara de armazenagem, de modo a ser enchida novamente com a substância. Estes meios podem compreender uma passagem de inalação de conformação especial; meios para mover a taça dispensadora até uma posição aberta para baixo depois de ter sido apresentada à passagem de inalação e antes de ser novamente apresentada à câmara de armazenagem; ou meios, tais como meios de limpeza resilientes, para desalojar, qualquer substância restante da taça depois de ter sido apresentada à passagem de inalação. Em todos os casos, pelo menos um desses meios especiais deve ser incluído no inalador, de modo a impedir que qualquer substância permaneça na taça dispensadora depois de ter sido apresentada à passagem de inalação. Se qualquer quantidade da substância permanecer, isto pode afectar a exactidão quando a taça for novamente cheia a partir da câmara de armazenagem para re-apresentação à passagem de inalação. A necessidade de assegurar que um elemento de medição esteja substancialmente isenta da substância a ser administrada, depois de cada apresentação à passagem de inalação de um inalador, decorre em grande parte do facto de que o elemento de medição está constantemente a ser re-apresentado à câmara de armazenagem, novamente cheio com a substância e retomado à passagem de inalação. E necessário que o elemento de medição administre uma dose exacta da substância cada vez que passa através da passagem de inalação.

Em DE-A-3243731 revela-se uma caneta doseadora para administrar quantidades medidas de uma substância fluida. A caneta possui um cano, que constitui a câmara de armazenagem para a substância fluida. Dentro do cano está montado de modo móvel uma haste de administração, em que uma das extremidades está equipada com um entalhe anular. A haste de administração actua como um dispositivo doseador. O movimento da haste de administração serve para administrar, a partir do cano, através de uma abertura de entrega, uma quantidade medida da substância fluida, sendo esta quantidade determinada pelo volume do espaço determinado pelo entalhe anular e a parede interna da abertura de entrega. Este dispositivo doseador simples constituído pela haste de administração é reutilizado repetidamente. Se qualquer substância fluida permanecesse no entalhe anular após uma operação de administração, isto poderia afectar adversamente a precisão de uma dose do material administrada subsequentemente. 4 85 018

ΕΡ 0 626 869 / PT É um objectivo da presente invenção apresentar meios aperfeiçoados para transferir de maneira exacta uma dose de uma substância, como uma droga em pó, de um local para outro, meios esses que podem ser usados, inter alia, num inalador de modo a transferir uma dose de droga de uma câmara de armazenagem para uma passagem de inalação. Um inalador que incorpora tais meios deve superar ou pelo menos atenuar os problemas acima descritos relacionados com inaladores convencionais, e deverá ser capaz de administrar uma dose exacta de droga a um utilizador sempre que é usado.

Descricão da invenção

De acordo com um primeiro aspecto da presente invenção, é apresentado um aparelho para doseamento de uma pluralidade de doses volumétricas desejadas de uma substância fluida, que compreende uma câmara de armazenagem para a substância e uma conduta de saída que comunica com a câmara, caracterizado por uma pluralidade de dispositivos de medição, tendo cada dispositivo de medição um primeiro e segundo elementos adaptados para selagem contra as paredes internas da conduta, de modo a definir um espaço doseador do desejado volume de dose, e meios para fazer avançar os dispositivos de medição em série a partir da câmara de armazenagem para a conduta de saída, de modo a fazer com que a substância que rodeia cada dispositivo na câmara de armazenagem passe com o dispositivo para a conduta no respectivo espaço doseador. A substância capaz de fluir pode ser um material pulverulento, por exemplo como uma droga em pó.

Tal dispositivo permite a transferência relativamente simples e eficaz de doses volumétricas precisas de uma substância de um local para outro. O movimento do dispositivo da câmara de armazenagem, através da conduta de saída, para um outro local faz com que o dispositivo conduza com ele, à medida que se move, uma dose de substância definida com precisão, retida entre os primeiro e segundo elementos de extremidade do dispositivo e as paredes internas da conduta. Quando o dispositivo sai da conduta de saída, a substância pode ser então libertada, pronta para utilização conforme desejado. O dispositivo de medição não precisa de ser grande em tamanho, complexo na forma ou incómodo. Em utilização, vários desses dispositivos podem ser movidos através da conduta de saída, de modo a transferir várias doses sucessivas da substância. Esses factores significam que o dispositivo é de uso específico num inalador, para transferir uma droga em pó da sua câmara de armazenagem para a passagem de inalação do inalador. O dispositivo pode ser usado, contudo, de modo a transferir uma substância (e.g., uma droga em pó) de 5 85 018

ΕΡ 0 626 869/PT uma câmara de armazenagem para dentro de um receptáculo, que será usado para armazenar e transportar uma quantidade medida da substância para uso posterior, por exemplo num inalador.

Os meios para mover os dispositivos de medição são preferivelmente adaptados para manter os dispositivos de medição substancialmente isentos de contacto com as paredes da câmara de armazenagem enquanto se movem através dela.

É preferido que cada dispositivo de medição compreenda um corpo com a forma de uma bobina.

Os dispositivos podem ser ligados uns aos outros numa cadeia flexível ou semi-flexível e, de preferência, o primeiro elemento de um dispositivo na série também serve como segundo elemento do dispositivo precedente na série, de tal modo que o volume desejado é definido entre dois elementos sucessivos, à medida que dispositivos sucessivos na série passam através da conduta de saída.

Em aparelhos em que os dispositivos de medição estão unidos numa cadeia, os dispositivos estão dispostos numa série contínua, de tal forma que a série passe através da conduta de saída, em que a única substância transferida é a que está retida entre elementos de extremidade de dispositivos sucessivos, não existindo espaços entre um elemento de um dispositivo e o elemento seguinte do dispositivo seguinte na série. » A câmara de armazenagem pode ser parte de um inalador para administrar uma substância a um utilizador numa forma finamente dividida, sendo a câmara para armazenar uma quantidade dessa substância, e a conduta de saída estabelecendo a comunicação entre a câmara e uma passagem para inalação no inalador.

Assim, de acordo com um segundo aspecto da invenção, é proporcionado um inalador para administrar uma substância numa forma finamente dividida, incluindo um aparelho de acordo com o primeiro aspecto da invenção, e compreendendo adicionalmente meios de admissão de ar pelos quais o ar pode ser introduzido no inalador a partir da atmosfera, e uma passagem de inalação que comunica com os meios de admissão de ar, através da qual o ar em passagem pode ser conduzido usando os meios de admissão de ar, e em cujo inalador a conduta de saída comunica entre a câmara de armazenagem e a passagem de inalação, e os meios para mover os dispositivos de medição incluem meios de indexação accionáveis de modo a mover cada dispositivo de medição a partir de sua primeira posição dentro da câmara de armazenagem até uma segunda posição, em que a desejada dose

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ΕΡ 0 626 869 / PT 6 volumétrica da substância é apresentada com o dispositivo de medição para a passagem de inalação.

Aparelhos que contêm dispositivos de medição interligados numa cadeia são ideais para utilização num inalador, porque permitem a apresentação em sequência de doses de uma substância na passagem de inalação do inalador, à medida que a série é indexada através do inalador. Se a série se apresenta sob a forftia de uma cadeia flexível, ela pode ser então enrolada ou dobrada para armazenagem compacta no inalador. A série pode ser de qualquer comprimento apropriado. Pode, por exemplo, ser fornecida em comprimento maior do que o necessário para uso num inalador, mas.capaz.de ser.partida em comprimentos utilizáveis. ... .

Desde que haja um número suficiente de dispositivos de medição na série, um grande número de doses pode ser administrado ao utilizador, sem que qualquer dispositivo de medição específico seja necessariamente re-apresentado à câmara de armazenagem depois de ter atingido a passagem de inalação. Uma cadeia flexível é capaz de compreender um grande número de dispositivos sem assumir indevidas quantidades de espaço num inalador. O meio indexador de um inalador é deste modo de preferência accionável de modo a mover cada dispositivo de medição depois dele ter atingido a sua segunda posição, de maneira que o dispositivo de medição não seja re-apresentado à câmara de armazenagem depois de ter atingido a sua segunda posição.

No uso de um tal inalador, o dispositivo de medição move-se, através da conduta de saída, da câmara de armazenagem até a passagem de inalação, onde ele administra uma dose volumétrica da substância, e daí para descarte. Não é posteriormente re-apresentado à câmara de armazenagem de modo a ser cheio com uma dose adicional da substância.

Uma vez que o dispositivo de medição não é novamente usado, i.e., não é usado de modo a administrar mais do que uma dose da substância à passagem de inalação, não há necessidade de incorporar no inalador meios para assegurar que o dispositivo de medição esteja substancialmente isento da substância, após a sua apresentação à passagem de inalação. O inalador de preferência compreende adicionalmente uma câmara de resíduo, na qual o dispositivo de medição pode ser alojado depois de ter sido movido, pelos meios indexadores, longe da passagem de inalação. O accionamento dos meios indexadores move de preferência a série para frente através do inalador pelo comprimento de um número fixo de (tipicamente um) dispositivos 7 85 018

ΕΡ 0 626 869 / PT de medição, ou de intervalos entre dispositivos sucessivos na série, para cada accionamento. Cada dispositivo de medição passaria por sua vez de sua primeira até sua segunda posição, i.e. da câmara de armazenagem até a passagem de inalação, e de preferência subsequentemente para longe da passagem de inalação e até uma câmara de resíduo. Ao passar da primeira para a segunda posição através da conduta de saída, cada dispositivo transferiria à passagem de inalação uma dose de substância, retida entre os primeiro e segundo elementos de extremidade e as paredes internas da conduta de saída, à medida em que o dispositivo passa através da conduta. O inalador, compreende de preferência um número de dispositivos de medição, que é . igual ou superior ao número de doses volumétricas da substância a ser administrada, que a câmara de armazenagem do inalador é adaptada a reter. Deste modo, um grande número de doses consecutivas da substância pode ser administrado ao utilizador, mesmo que os dispositivos de medição não sejam reciclados no interior do inalador.

Os dispositivos na série podem ser de tamanho e conformações tais que permitam que se administrem doses de tamanhos diferentes da substância à medida em que a série é movida através do inalador. Por exemplo, as doses podem ser aumentadas ou diminuídas em volume ao longo do comprimento da série, ou de outro modo modificadas de acordo com o decurso de tratamento que se deseja administrar através do inalador.

De preferência, apenas um dispositivo de medição da série é apresentado à passagem de inalação de uma vez. De preferência, em cada vez que o meio indexador é accionado pelo utilizador, o dispositivo de medição que por último transferiu uma dose da substância para a passagem de inalação é movido para frente e substituído na passagem pelo dispositivo seguinte na série. Deste modo, os dispositivos de medição são usados um após o outro, e de preferência não novamente utilizados depois de serem apresentados à passagem de inalação.

Os dispositivos de medição são de preferência dispostos em conjunto sob a forma de uma cadeia flexível ou semi-flexível. Essa cadeia pode então ser enrolada em volta de si mesma no interior do inalador, o que permite que um número relativamente grande de dispositivos de medição seja armazenado no interior do inalador. O inalador compreende de preferência uma caixa para o dispositivo de medição, na qual o ou cada dispositivo de medição pode ser alojado antes de ser apresentado à câmara de armazenagem. Uma série de dispositivos de medição pode ser armazenada na caixa, sendo os dispositivos usados adequadamente alojados numa câmara de resíduo no inalador.

Altemativamente, os dispositivos de medição podem ser alojados na câmara de

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ΕΡ 0 626 869/PT 8 armazenagem propriamente dita, antes de serem movidos através da conduta de saída para a passagem de inalação. O inalador pode compreender mais de uma série de dispositivos de medição, séries essas que podem mover-se através do inalador em paralelo umas com as outras. Os meios indexadores do inalador seriam adequadamente accionáveis de modo a moverem um dispositivo de medição numa série a partir da sua primeira até à sua segunda posição, e ao mesmo tempo um dispositivo de medição numa outra série a partir da sua primeira até à sua segunda posição, de tal maneira que ambos os dispositivos de medição sejam apresentados simultaneamente na passagem.de inalação. Esse inalador pode compreender mais de uma câmara de armazenagem de modo a corresponder a mais de uma série de dispositivos de medição, de maneira que cada série administre, em utilização, uma substância diferente à passagem de inalação. Tal disposição pode ser usada, por exemplo, ao administrar duas drogas em conjunto, mas que serão armazenadas separadamente antes de serem administradas. Altemativamente, uma das séries pode ser usada para administrar um placebo e uma outra droga, sendo variadas as quantidades da droga e do placebo administradas à medida que as séries são movidas através do inalador em utilização.

Os dispositivos de medição são de preferência ligados entre si na série, ou de modo permanente, ou de modo a poderem soltar-se. Eles são de preferência afastados entre si em intervalos iguais ao longo do comprimento da série, de modo a transferir doses repetidas do mesmo volume, embora os dispositivos possam ser afastados entre si a intervalos se for desejável variar-se o volume da substância a ser transferida por cada dispositivo. Contudo e em particular, a série é de preferência contínua, no sentido em que à medida que a série passa através da conduta de saída, a única substância transferida com ela é a retida entre os elementos de extremidade de cada dispositivo sucessivo, não havendo espaços entre um elemento de extremidade de um dispositivo e o elemento de extremidade seguinte do dispositivo seguinte na série.

Cada dispositivo de medição da série deve ter pelo menos um primeiro elemento de extremidade, sendo a forma mais simples um disco ou flange que tem tamanho e conformação em corte transversal idênticos aos da conduta de saída. Doses da substância a ser administrada são deste modo conduzidas entre os elementos de extremidade de dispositivos adjacentes na série. Contudo, os dispositivos de medição podem compreender corpos de quaisquer tamanhos e conformações desejados, de modo a definir um volume de dosagem apropriado entre dois dispositivos de medição sucessivos que passam através da conduta de saída da câmara de armazenagem. De facto, os elementos de extremidade actuam como “espaçadores”, de modo a definirem os volumes de dose à medida que a série passa 9 85 018

ΕΡ 0 626 869/PT através da conduta de saída.

De preferência, a conformação de cada dispositivo de medição é também tal que, quando o ar é aspirado através da passagem de inalação além de um dispositivo de medição presente na passagem, substancialmente nenhuma parte da zona do dispositivo de medição entre os seus primeiro e segundo elementos de extremidade, zona essa que define a dose da substância a ser administrada, é protegida do fluxo de ar.

Deste modo, na zona de cada dispositivo entre elementos de extremidade, uma proporção tão grande quanto possível das paredes externas.do-dispositivo,deve ficar.paralela à direcção do fluxo de ar através da passagem de inalação, quando o dispositivo de medição é apresentado à passagem de inalação em utilização.

Cada dispositivo de medição num inalador pode ser descartado depois de ter sido movido para longe da passagem de inalação. Altemativamente, uma vez que todos os dispositivos de medição de uma série de dispositivos tiverem passado através do inalador, a série pode ser removida, como uma cadeia, limpa e inserida de volta na caixa do dispositivo de medição. A câmara de armazenagem do inalador seria então novamente carregada com um fornecimento novo da substância a ser administrada, e o inalador accionado da maneira habitual, de modo a obter o movimento dos dispositivos de medição limpos através do inalador, através da câmara de armazenagem e da conduta de saída até a passagem de inalação.

No caso de o inalador compreender uma série de dispositivos de medição dispostos numa conformação em cadeia, ele pode compreender também meios de corte pelos quais dispositivos de medição individuais, ou grupos de dispositivos de medição, podem ser cortados da série depois de passarem através da conduta de saída. Os dispositivos ou grupos individuais de dispositivos são mais fáceis de alojar no inalador depois da utilização. Os meios de corte podem compreender qualquer disposição adequada, e.g., uma lâmina de corte e uma bigorna, de preferência ligadas aos meios indexadores de modo a cortar-se um dispositivo de medição da série depois do dispositivo de medição ter passado através da conduta de saída. A passagem de inalação do inalador é de preferência conformada de maneira que uma dose da substância a ser administrada, transferida à passagem de inalação através do dispositivo de medição, seja submetida a substancialmente todo o fluxo de ar através da passagem de inalação quando o ar é aspirado através dos meios de admissão de ar. Desta maneira, no caso de o ar ser aspirado para dentro do inalador através de uma única ou de 10 85 018

ΕΡ 0 626 869 / PT várias aberturas, o fluxo de ar através do inalador é tal que todo o ar flui ao longo de uma única conduta no ponto em que o dispositivo de medição seja apresentado à passagem de inalação. Isto ajuda a assegurar que a dose inteira da substância seja removida do dispositivo de medição quando um utilizador inala através dos meios de admissão de ar.

Os meios de admissão de ar podem compreender, por exemplo, um bocal, de maneira que um utilizador possa aspirar o ar para dentro do inalador utilizando a sua boca. Altemativamente, podem compreender um encaixe capaz de ser inserido na narina, permitindo que o utilizador inale do inalador através do seu nariz. Uma antepara, de tamanho e forma adequados, pode ser incluída dentro do bocal ou outro encaixe. Esta, juntamente, com os contornos da passagem de inalação propriamente dita, ajuda a fragmentar a substância a ser administrada e a misturá-la com o ar que flui através da passagem.

Os meios indexadores do inalador podem compreender um mecanismo do tipo de cremalheira, que permite a passagem dos dispositivos de medição numa série através da conduta de saída e para dentro da passagem de inalação, digamos, um de cada vez. Isto então permitirá que cada dispositivo de medição se mova de maneira “escalonada”, e não de maneira contínua, a partir da sua primeira até à sua segunda posição, e em seguida para longe da passagem de inalação.

Por exemplo, os meios indexadores podem compreender um primeiro meio de contacto para entrar em contacto com um dispositivo de medição na série e conduzi-lo até à sua posição seguinte; e meios de pressão para impelir em seguida o primeiro meio de contacto de volta ao contacto com um segundo dispositivo de medição na série, soltando-se deste modo o primeiro dispositivo para passagem subsequente através do inalador. Um segundo meio de contacto entra de preferência em contacto com a série de dispositivos de medição a seguir à libertação do primeiro dispositivo de medição pelo primeiro meio de contacto, de maneira que a série seja fixada na posição enquanto o primeiro meio de contacto se move de volta no sentido do contacto com o segundo dispositivo de medição. E necessário que os meios de contacto sejam adequadamente conformados de modo a interagirem com os dispositivos de medição, de preferência de maneira que a substância não seja libertada de um dispositivo de medição, durante o seu movimento através do inalador, até que o dispositivo esteja numa posição de apresentar a sua dose de substância para a passagem de inalação. O meio indexador é de preferência accionável apertando-se um único botão ou cabo no inalador de modo a se provocar o movimento apropriado do meio indexador. Por exemplo, tal botão ou cabo pode ser ligado a um pistão capaz de mover-se dentro do inalador, pistão esse que compreende pelo menos o primeiro meio de contacto do meio

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ΕΡ 0 626 869 / PT 11 indexador. De preferência, o meio indexador é ligado ao accionamento de qualquer meio de corte no inalador, de maneira que uma única acção pelo utilizador provoque a administração da droga, indexação e corte do dispositivo de medição usado a seguir.

Em utilização, a câmara de armazenagem do inalador é de preferência posicionada acima da passagem de inalação, que por sua vez é posicionada acima de qualquer câmara de resíduo incluída no inalador. O dispositivo de medição é deste modo movido para baixo através do inalador em uso normal, e a substância a ser administrada flui para baixo com ele através da conduta de saída. O inalador pode compreender um corpo constituído por dois componentes separados, o corpo definindo a câmara de armazenagem, a passagem de inalação, meios de admissão de ar e, se for o caso, a câmara de resíduo e a caixa do dispositivo de medição. Os dois componentes do corpo são dispostos de maneira adequada, um pelo menos parcialmente no interior do outro, e capazes de um grau de movimento telescópico um em relação ao outro, com o inalador compreendendo meios de pressão de modo a impelir os dois componentes numa direcção de afastamento um do outro. A construção interna destes componentes do corpo, e a disposição do(s) dispositivo(s) de medição no seu interior são de preferência tais que o movimento dos dois componentes, um na direcção do outro, contra a acção dos meios de propensão, liberte o(s) dispositivo(s) de medição para movimento de uma posição até a posição seguinte. Deste modo, o movimento dos dois componentes um em relação ao outro, constitui o accionamento do meio indexador do inalador. Os meios de pressão (que podem tomar a forma de uma mola, por exemplo) irão então impelir os dois componentes do corpo de inalador para longe um do outro mais uma vez, até uma posição de “repouso”, na qual o dispositivo de medição que foi por último apresentado para a passagem de inalação seja “retido” na sua segunda posição, até que o accionamento seguinte do meio indexador.

De preferência, um dos componentes do corpo define a câmara de armazenagem (e de preferência também a caixa do dispositivo de medição), o outro uma câmara de resíduo. A passagem de inalação é de preferência definida no interior do componente que também define a câmara de armazenagem.

Um inalador de acordo com a presente invenção pode incluir também um material absorvedor de humidade no interior da câmara de armazenagem, juntamente com a substância a ser administrada, de modo a assegurar que a substância permaneça seca todo o tempo. 12 85 018

ΕΡ 0 626 869/PT Ο inalador inclui de preferência meios de exibição, accionáveis pelo meio indexador, de modo a exibir um item de informação ao utilizador. Os meios de exibição compreendem, por exemplo, meios contadores para indicar ao utilizador o número de vezes que uma dose da substância foi apresentada à passagem de inalação, e/ou o número de dispositivos de medição que ainda serão apresentados. Meios de exibição deste tipo geral são já conhecidos para utilização em inaladores convencionais. O inalador pode compreender adicionalmente um temporizador (como, por exemplo, um temporizador electrónico ou. temporizador mecânico) e meios de controlo afins 'para assegurar que a substância possa ser transferida somente para a passagem de inalação a uma taxa de dosagem desejada, e que o utilizador não seja capaz de inalar a substância com mais frequência do que é medicamente desejável ao longo de um dado período de tempo. Os meios de controlo podem compreender meios de travamento, pelos quais o meio indexador seja impedido de funcionar até que um período de tempo pré-determinado tenha decorrido desde o último accionamento. A presente invenção será descrita agora, apenas a título de exemplificação, com referência aos desenhos em anexo, nos quais: - a figura 1 é um corte transversal longitudinal tomado através de um inalador de acordo com uma concretização preferida;

- a figura 2 é parte de uma secção tomada ao longo da linha II-II da figura 1, na zona da passagem de inalação; - a figura 3 é um corte transversal longitudinal tomado através do inalador das figuras 1 e 2, numa posição operacional alternativa, - a figura 4 mostra em vista lateral parte de uma série de dispositivos de medição, de acordo com uma concretização preferida da invenção, para uso no inalador das figuras 1-3; - a figura 5 mostra numa vista em perspectiva ampliada parte da série de dispositivos de medição mostrados na figura 4; - a figura 6 mostra uma vista em perspectiva parte de uma série alternativa de dispositivos de medição para uso no inalador das figuras 1-3; 13 85 018

ΕΡ 0 626 869 / PT - as figuras 7 e 8 ilustram o fluxo de ar em volta de dispositivos de medição mostrados nas figuras 5 e 6, respectivamente, quando em utilização num inalador de acordo com uma concretização preferida da invenção; - as figuras 9-12 mostram (sobretudo através de cortes transversais longitudinais) outros inaladores de acordo com uma concretização preferida da invenção; - as figuras 13 e 14 são cortes transversais longitudinais tomados através de um outro inalador de acordo com uma concretização preferida da invenção, que mostra os meios indexadores do inalador em duas posições alternativas-em utilização; - a figura 15 mostra uma vista em perspectiva de uma série de dispositivos de medição de acordo com a invenção, para utilização num inalador para administrar doses variáveis de uma droga; - as figuras 16 e 17 mostram vistas em perspectiva de recipientes portadores de droga de acordo com uma concretização preferida da invenção; e - a figura 18 mostra, através de um corte transversal tomado através de aparelho adequado, como o recipiente da figura 17 pode ser carregado com uma droga.

Descrição detalhada das figuras A invenção é descrita em primeiro lugar com referência a inaladores de acordo com o segundo aspecto, que incorpora dispositivos de medição de acordo com o primeiro aspecto.

Com referência em primeiro lugar á figura 1, o corpo do inalador mostrado compreende dois componentes, 1 e 2, dispostos um parcialmente no interior do outro, e capazes de um grau de movimento telescópico um em relação ao outro. O componente 1 é impelido numa direcção para longe do componente 2 pela acção da mola 16 localizada dentro do componente 2 (aqui mostrado na sua forma completamente distendida). O componente 2 é dotado de um bocal 20, vista no corte parcial mostrado na figura 2. Através do bocal 20, o utilizador é capaz de aspirar o ar dentro do inalador e através da passagem de inalação 8. O ar entra no inalador através de uma entrada posicionada de maneira adequada no corpo do inalador (não mostrado como tal nas figuras). O componente 2 está também ligado a um conjunto de linguetas 11.

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No interior do componente 1, é definida uma caixa de dispositivo de medição 4 e uma câmara de armazenagem 21, assim como a parte interna da passagem de inalação 8. O componente tem um conjunto afim de linguetas 12.

No interior da câmara de armazenagem 21 é armazenada uma quantidade da substância 6 a ser administrada ao utilizador do inalador. Esta pode ser, por exemplo, um medicamento, se apresentará tipicamente em forma de partículas secas e minúsculas. Um dessecante apropriado pode ser também armazenado na câmara 21, de modo a manter a substância 6 seca.

Deslocando-se através do inalador está uma cadeia flexível 3 de dispositivos de medição. A cadeia é enrolada em espiral sobre si mesma e armazenada na caixa 4, e em seguida passa para baixo através do inalador, da abertura 5, da câmara de armazenagem 21, do canal 7, da passagem de inalação 8, da abertura 9, de dois conjuntos de linguetas 11 e 12 e daí para dentro da câmara de resíduo 13 definida no componente 2 do corpo. Na câmara de resíduo 13, a extremidade livre da cadeia 3 é mais uma vez enrolada em volta de si mesmo por economia do espaço de armazenagem.

Cada dispositivo de medição da cadeia 3 compreende um corpo de medição sólido 15 que tem um bordo superior (“elemento de extremidade”) 15a. Estes corpos são de tal tamanho e forma que, quando dois dispositivos de medição sucessivos na cadeia passam através do canal de saída 7 da câmara de armazenagem, o espaço definido entre os elementos de extremidade dos dois dispositivos e a parede interna do canal 7 é do volume desejado, de modo a definir uma dose de substância 6 a ser administrada ao utilizador do inalador. Cada corpo 15 é deste modo dimensionado de modo a poder passar através do canal 7, com os bordos externos dos elementos de extremidade 15a nivelados com a parede interna do canal, de modo a impedir o escape da substância 6 entre cada corpo e a parede interna.

Os dispositivos de medição 15 são tipicamente fabricados a partir de um material de plástico moldado. Uma vista lateral de parte da cadeia 3 é mostrada na figura 4, e uma vista ampliada em perspectiva na figura 5. Uma dose de substância 6 é representada pelo volume V,.

Na figura 2, a referência 17 indica uma antepara encaixada no interior do bocal 20, a referência 18 é um recesso cónico posicionado na extremidade inferior da passagem de inalação 8. A forma cónica desse recesso, que complementa a conformação dos dispositivos de medição e que se inclina para baixo, assegura que um dispositivo de medição que passa

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ΕΡ 0 626 869/PT 15 através dele conduza pó residual para baixo com ele e para longe da passagem de inalação 8, impedindo a sobredosagem subsequente. O inalador mostrado nas figuras 1-3 pode ser tipicamente usado da maneira apresentada a seguir. O inalador seria normalmente fornecido como uma unidade selada, sendo a câmara de armazenagem 21 previamente cheia com uma quantidade apropriada de um medicamento ou outra substância 6 a ser administrada. Essa substância estaria sob a forma de um pó seco, finamente dividido. O inalador seria também pré-carregado com a cadeia 3 de dispositivos de medição 15, armazenado no interior da caixa 4 e projectando-se para baixo através da câmara 21 e da passagem de inalação 8, com sua extremidade livre engatada pelas linguetas 11 e 12.

Em utilização, o inalador é mantido erecto, i.e., na orientação apresentada na figura 1. A substância 6 em seguida “transborda” em volta dos dispositivos de medição 15 na câmara de armazenagem 21, de maneira que, à medida em que dois dispositivos de medição na cadeia passam para baixo através do canal 7, o espaço entre seus elementos de extremidade seja cheio com uma quantidade pré-determinada (volume V() da substância. Deste modo, cada dispositivo de medição que passa para dentro da passagem de inalação 8 através do canal 7 terá também passado através da câmara 21 e alojado uma dose de substância 6.

De modo a libertar esta dose, o utilizador aspira o ar para dentro do inalador através do bocal 20. O ar passa através da passagem de inalação 8, recolhendo a dose da substância 6 entre o dispositivo de medição 15, nesse momento posicionado na passagem de inalação, e o dispositivo de medição seguinte na cadeia. O ar então passa para fora do bocal para além da antepara 17, facilitando-se a fragmentação da substância 6 e sua mistura com o fluxo de ar. A passagem de inalação 8 é contornada intemamente de maneira que a substância 6, mantida por um dispositivo de medição no interior da passagem, seja submetida a substancialmente todo o fluxo de ar através da passagem e para dentro do bocal 20. Por conseguinte, o fluxo se ar através da passagem 8 dá-se ao longo de uma única conduta no ponto em que o dispositivo de medição 15 é apresentado ao fluxo de ar. Toda a quantidade da substância 6 deve ser assim removida do dispositivo de medição pelo fluxo de ar.

Para accionar o inalador no sentido de mover a cadeia de dispositivos de medição através da passagem de inalação 8, o procedimento é como segue. O componente de corpo 16 85 018 ΕΡ 0 626 869/PT superior 1 é rebaixado numa direcção no sentido do componente de corpo 2, contra a acção da mola 16 (ver a figura 3), de modo que um outro dispositivo de medição 15 da cadeia 3 seja empurrado através das linguetas 11, que são ligadas ao componente inferior 2. Quando o utilizador solta o componente superior 1, a mola 16 impele esse componente para longe do componente inferior 2. A cadeia 3 permanece agora fixa na posição em relação ao componente 2, sendo segura pelas linguetas 11, mas move-se para baixo por um dispositivo de medição através das linguetas 12, que são ligadas ao componente 1. As linguetas 11 e 12 entram então em contacto com os lados inferiores dos dispositivos de medição seguintes na cadeia 3. A mola 16 é deste modo levada a retomar à sua extensão descomprimida (como na figurai). O accionamento repetido do inalador desta maneira faz com que a cadeia 3 continue de uma maneira escalonada do compartimento superior até ao componente inferior, passando um dispositivo de medição 15 através da passagem de inalação 8 de cada vez. Com efeito, os dois conjuntos de linguetas 11 e 12 actuam em conjunto, ligados entre si, de modo a mover-se a cadeia 3 como se alguém estivesse a puxar uma corda. Cada depressão do componente 1 coloca um novo dispositivo de medição 15 na posição na passagem 8. O utilizador pode então inalar através do bocal 20, de modo a libertar a dose da substância 6 transferida pelo dispositivo de medição. A depressão subsequente do componente 1 move o dispositivo de medição descarregado para fora da passagem 8 na direcção da abertura 9, e o dispositivo de medição seguinte na cadeia passa para dentro da passagem 8, transportando uma nova dose da substância 6.

Os dispositivos de medição descarregados são também movidos para baixo, desta maneira em forma de cremalheira, para dentro da câmara de resíduo 13. Eles não são re-apresentados na câmara de armazenagem 21 para reutilização posterior.

Se o utilizador não consegue inalar uma dose da substância 6 depois de accionar, a dose deve cair dentro do recesso cónico 18, após o que o accionamento subsequente do inalador fará com que ela seja conduzida através da abertura 9 e para dentro da câmara de resíduo 13.

Numa concretização da invenção, podem ser apresentados meios (não mostrados nas figuras, mas por exemplo um meio de transmissão accionado electricamente) de modo a ajudar o utilizador a efectuar o movimento da cadeia 3 através do inalador, contra a resistência apresentada pela mola 16 e pelas linguetas 11 e 12.

Para o inalador das figuras 1-3, pretende-se que quando todo o comprimento da 17 85 018

ΕΡ 0 626 869 / PT cadeia 3 do dispositivo de medição 3 tiver passado através da passagem de inalação 8, todo o inalador, inclusive os dispositivos de medição nele encerrados, seja descartado.

Um tipo alternativo, e muitas vezes preferido, de dispositivo de medição, para utilização no inalador das figuras 1-3, é mostrado numa vista em perspectiva na figura 6. Neste caso, a cadeia 30 é constituída de dispositivos de medição 31, sendo cada um deles um corpo sólido com um elemento de extremidade superior 32, mais uma vez de tamanho e conformação tais que uma dose volumétrica desejada, V2, da substância 6 possa ser retida entre dois dispositivos sucessivos na cadeia, à medida que passam através do canal 7 do inalador. ·

Cada dispositivo de medição 31 tem uma parte superior em forma de disco 32 (o elemento de extremidade) de diâmetro tal que seus bordos externos fiquem nivelados com a parede interna do canal 7. Ele tem uma parte inferior, mais estreita 33, que tem lados rectos paralelos ao eixo longitudinal da cadeia 30. Uma tal parte de lados rectos significa que é mais provável que o fluxo de ar além dos dispositivos de medição na passagem desaloje toda a dose da substância 6 mantida entre os dois dispositivos de medição adjacentes 31 e que são apresentados à passagem de inalação. Não há zona do volume V2 que seja “protegida” do fluxo de ar, como poderia haver no caso dos dispositivos de medição 15 mostrados nas figuras 4 e 5.

Isto é ilustrado de modo mais claro nas figuras 7 e 8. A figura 7 mostra um corte tomado ao longo da linha VII-VII na figura 4, e ilustra como o ar passaria além do dispositivo de medição 15 quando o dispositivo fosse apresentado à passagem de inalação e o utilizador inalasse através do bocal 20. A maior parte da dose da substância 6, mantida entre o dispositivo de medição e o dispositivo seguinte na cadeia, e definida à medida que os dois dispositivos passassem através do canal 7, seria desalojada pelo fluxo de ar e passada para o utilizador. Contudo, a área 34 seria protegida do fluxo de ar e a substância 6 poderia permanecer alojada em volta do dispositivo de medição, o que resultaria numa dose insuficiente para o utilizador. A situação correspondente para os dispositivos de medição 31, da figura 6, é mostrada na figura 8. Aqui, não há zona protegida do fluxo de ar e é provável que toda a quantidade de uma dose da substância 6 apresentada à passagem de inalação seja desalojada e administrada ao utilizador. Naturalmente, os dispositivos 31 devem ser posicionados em uso de maneira que os lados das partes mais estreitas 33 fiquem paralelos à direcção normal do fluxo de ar através da passagem de inalação 8.

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ΕΡ 0 626 869 / PT 18

Os dispositivos de medição 31 são também mais fáceis de produzir do que os dispositivos 15.

As figuras 9-11 mostram inaladores de acordo com o segundo aspecto da invenção que incorporam meios de corte para cortar dispositivos de medição individuais de uma cadeia depois do uso, para facilidade de armazenagem dos dispositivos descartados. O inalador mostrado na figura 9 (em corte transversal longitudinal na figura 9A e em corte transversal na figura 9B) compreende a caixa de dispositivo de medição 40, na qual a cadeia 41 de dispositivos. de medição é enrolada em espiral em volta do núcleo cilíndrico central 42, conforme mostrado, pronta para utilização. O núcleo 42 é capaz de girar em tomo do eixo 51. A cadeia 41 passa sobre o cilindro 43 através da câmara de armazenagem 44 e em seguida para dentro da passagem de inalação 45, sendo o movimento dos dispositivos inferiores na cadeia provocado pelo pistão 46 que actua contra a mola 47, de uma maneira semelhante àquela pela qual o inalador das figuras 1 e 3 funciona. Na extremidade superior, o pistão 46 é ligado a um controlo de botão de pressão (não mostrado) accionável pelo utilizador de modo a indexar os dispositivos de medição através do inalador. Em sua extremidade inferior, o pistão é fixado na lâmina 48.

Cada vez que o utilizador aperta o botão para baixo, a cadeia de dispositivos de medição move-se para baixo através do inalador por um dispositivo. A lâmina 48 move-se também para baixo, cortando mais um dispositivo de medição da extremidade da cadeia 41 na medida em que passa abaixo da lâmina. Os dispositivos de medição cortados são armazenados na câmara de resíduo 49. O círculo 50 indica onde pode ser posicionada uma bigorna, contra a qual a lâmina ficaria disposta em cada movimento de corte.

No inalador mostrado na figura 10A, a chapa horizontal 55 é montada abaixo do pistão 56, oposta à bigorna 57 (sob a forma de um encaixe de metal na parede lateral do inalador). A figura 10B mostra como o movimento do pistão para baixo (accionado por um controlo de botão de pressão, conforme é o pistão 46 na figura 9) faz com que a lâmina 55, montada no cursor 58, se mova para fora e golpeie a bigorna. O cursor 58 é empurrado nesta direcção, contra a acção da mola 59, por causa da interacção entre a parte inferior conformada 60 do pistão 56 e a fenda 61 no cursor 58. O cursor é montado dentro da caixa do invólucro do inalador.

Dispositivos de medição cortados, como os indicados pela referência 62, são

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ΕΡ 0 626 869 / PT 19 armazenados na câmara de resíduo 49, conforme visto na figura 10A. Outros aspectos estruturais e operacionais do inalador da figura 10 são idênticos aos do inalador da figura 9.

Num outro inalador semelhante, parte do qual é mostrado na figura 11 A, duas lâminas orientadas em sentido horizontal 66 são montadas no pistão 67, cujas pernas flexíveis 68, quando empurradas para baixo pelo utilizador, se flexionam para dentro devido à presença dos cilindros 69. Na medida em que as lâminas 66 entram em contacto uma com a outra, um dispositivo de medição é cortado da extremidade da cadeia 41 e cai na câmara 49 como resíduo. O accionamento do pistão 67 é mostrado na figura 11B, o desenho do topo mostrando o pistão em sua posição “de repouso” e o desenho de baixo o pistão quando pressionado pelo utilizador.

Note-se que no inalador da figura 11, o pistão 67 compreende pernas flexíveis superiores 70, de modo a impedir que a cadeia 41 recue e efectue uma dose dupla. Isto por sua vez permite uma redução no espaço abaixo do bocal 71 do inalador, marcado com x na figura 11 A. Por causa disto, uma mola que executa uma função equivalente à da mola 47 na figura 9 deve ser posicionada em outro lugar no inalador, que não a cavidade 72 (e.g., directamente abaixo do botão de pressão accionado pelo utilizador, não visto na figura 11 A).

Nos inaladores das figuras 9-11, um único accionamento do botão de pressão efectua não só a administração da dose, mas também a re-indexação dos dispositivos de medição e seu corte para armazenagem na câmara de resíduo 49.

Pode-se ver nos inaladores das figuras 9-11 que as partes relevantes dos pistões 46, 56 e 67 estão niveladas com os dispositivos de medição que elas transportam para dentro das passagens de inalação, de maneira que em cada caso o dispositivo de medição e o pistão movem-se para baixo juntos. Isto impede que qualquer quantidade de pó, do dispositivo de medição que está a ser transportado, caia como resíduo durante o movimento do dispositivo de medição a partir da câmara de armazenagem de droga até à passagem de inalação. A figura 12 mostra de que maneira a cadeia 75 de dispositivos de medição pode ser armazenada num inalador de acordo com a invenção, numa caixa 76 localizada em adjacência à câmara de armazenagem de droga 77 e acima da passagem de inalação 78. Apenas pares de inalador são mostrados, esquematicamente, na figura 12, através de cortes transversais longitudinais vistos de lado (figura 12A) e de frente (figura 12B). 20 85 018

ΕΡ 0 626 869 / PT A cadeia 75 é enrolada em espiral em tomo de um núcleo cilíndrico que pode ter ressaltos sobre sua superfície externa para localização precisa da cadeia. O núcleo é capaz de girar em volta de um eixo central, de modo a se permitir que a cadeia se desenrole de uma maneira controlada sobre um cilindro de roda livre 82, à medida em que os dispositivos de medição são puxados através do inalador por meios indexadores (não mostrados).

As figuras 13 e 14 mostram um inalador que incorpora uma forma preferida de meios indexadores que consistem basicamente no pistão 90 (accionado manualmente através de punho 91 que se projecta através da parede lateral do inalador) e na mola 92. A cadeia 93 de dispositivos (numerados em sequência, para clareza) é mostrada, passando, através da câmara de armazenagem de droga 94, a sua conduta de saída 99 e a passagem de inalação 95. Φ A figura 13 mostra os meios indexadores em sua posição “de repouso”. Uma dose de pó 96, é mantida pronta para ser distribuída entre os dispositivos de medição 4 e 5 e as paredes internas da conduta de saída 99. O pistão 90 é mantido na posição pela acção para cima da mola 92.

Quando o utilizador quiser soltar a dose de pó 96, ele fá-lo empurrando o cabo 91 para baixo, contra a acção da mola 92 (figura 14). O pistão 90 move-se para baixo, com as suas pernas conduzindo a cadeia 93 com ele, e a dose 96 é libertada para dentro da passagem de inalação 95, conforme mostrado, à medida que o utilizador inala (o utilizador deve continuar a segurar o punho 91 para baixo à medida que inala). A direcção do fluxo de ar é indicada pelas setas.

Quando o utilizador solta o punho 91, o pistão 90 retoma à sua posição “de repouso” sob a acção da mola 92, mas a cadeia 93 é impedida de retomar pelas pernas 97 do corpo de inalador. Uma dose nova 98 é agora retida entre os dispositivos de medição 5 e 6 na conduta de saída 99, e o inalador está pronto para ser novamente utilizado.

Uma utilização específica para um inalador de acordo com o segundo aspecto da presente invenção, de modo a obter-se uma variação de dose programada, pode ser a seguinte. Em algumas terapias, é desejável variar-se a dose de droga administrada a um recipiente a partir de um inalador de pó seco no decurso de um tratamento. Exemplo típico disso é um decurso de tratamento para indivíduos que desejam deixar de fumar. Aqui a principal dificuldade é a dependência do fumador à nicotina inalada no fumo do cigarro. Acredita-se que a dependência pode ser superada tomando-se um curso de nicotina que reduza o desejo do fumador, através da redução gradual da quantidade de nicotina absorvida ao longo de um período controlado de tempo.

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ΕΡ 0 626 869 / PT 21

Existem actualmente vários produtos disponíveis que se propõem fazer isto, sendo um destes produtos um emplastro adesivo que contém uma formulação de nicotina que é colocado sobre o corpo, de maneira que a nicotina possa ser absorvida para dentro da corrente sanguínea através da pele. Os emplastros são colocados sobre o corpo a intervalos regulares, usualmente a cada 24 horas, e ao longo de um período de tempo (tipicamente três meses) o tamanho do emplastro ou a potência da formulação são reduzidos a zero. Há vários problemas em relação a esta abordagem, mas crê-se que a desvantagem principal é que a taxa de absorção de nicotina para dentro da corrente sanguínea é lenta e varia entre os recipientes. O benefício apercebido do fumar é que a nicotina entra na corrente sanguínea quase no momento em que o fumo é inalado. A administração de uma fórmula de nicotina directamente aos pulmões pela inalação pode dar um efeito imediato semelhante. Contudo, as desvantagens do uso de inaladores (pó seco ou do tipo aerossol) de desenhos actualmente obteníveis são duplas: 1. as concepções correntes geralmente administram uma quantidade consistente de formulação em cada accionamento do dispositivo; 2. não há característica que limite o número de doses administradas ao longo de um período de tempo.

Um inalador de acordo com a presente invenção pode ser utilizado de modo a superar uma ou ambas desvantagens.

Pela alteração das dimensões e conformação de cada dispositivo de medição de uma série, o volume da substância transferido por esse dispositivo pode ser alterado. Se essa alteração ocorre progressivamente de uma extremidade da série de dispositivo de medição até a outra, o volume de substância conduzido, e consequentemente a quantidade que o paciente inala, podem ser progressivamente alterados. Nas circunstâncias de uma dose de formulação de nicotina, discutidas acima, isto significaria tomar o volume de substância progressivamente menor à medida em que a série passa através do inalador em utilização.

Um exemplo de uma tal série de dispositivos de medição é mostrado na figura 15, no qual dispositivos sucessivos 101-105 são conformados de modo a conduzir progressivamente (neste caso) doses mais pequenas 106-110 de uma substância a ser administrada. Tal cadeia 85 018

ΕΡ 0 626 869 / PT 22 de dispositivos de medição pode ser usada, por exemplo, em qualquer um dos inaladores mostrados nas figuras 1-3 ou 9-12. A cadeia incorpora efectivamente um “programa” de administrações de droga. ♦

Na prática, pode-se verificar que, em algum estágio no decurso de um tratamento, o volume de substância administrada se toma demasiado pequeno para que o utilizador experimente/sinta, se a substância tem sabor, por exemplo. Se este mostra ser o caso, pode ser construído um inalador que tem duas cadeias flexíveis de dispositivo de medição indexadas em paralelo, uma cadeia (a) que passa através de uma câmara de armazenagem que contém uma formulação de droga, e a segunda cadeia (b) que passa através de uma. segunda câmara que contém um placebo. A cadeia (a) seria disposta de modo a dispensar uma quantidade máxima de droga no início de um decurso de tratamento e uma quantidade mínima de droga na extremidade da cadeia; a cadeia (b) seria disposta de modo a dispensar uma quantidade mínima de placebo no início e uma quantidade máxima de placebo na extremidade final da cadeia. Deste modo, com os dispositivos de medição indexados em paralelo através do inalador, o volume total dispensado a partir de um par de dispositivos de medição em cada inalação permanece consistente ao longo da vida útil do inalador.

Esta disposição pode ser também utilizada em circunstâncias que exijam que se dispensem dois tipos de drogas que podem não ser adequadas para armazenagem numa câmara.

De modo a se superar o problema potencial da inalação pelo utilizador com mais frequência do que é desejável, o inalador pode ser dotado de um mecanismo temporizador. Este pode compreender uma luz simples, uma bandeirola accionada electricamente ou uma bandeirola accionada electricamente por um mecanismo de relógio, ou um dispositivo sincronizador electrónico mais sofisticado que acciona uma mecanismo de travamento.

As figuras 16 e 17 são vistas em perspectiva de recipientes portadores de droga. Cada recipiente compreende uma série de receptáculos, e em cada um desses receptáculos é retida uma dose volumétrica desejada de uma substância, neste caso uma droga. Os dois recipientes são para uso num inalador de acordo com o nosso Pedido Divisionário N° 99105423.0, e pode ser carregado utilizando o aparelho administrador de acordo com a invenção, tal como descrito com referência à figura 18. O recipiente 120 mostrado na figura 16 se apresenta sob a forma de uma “bandoleira” constituída por uma série de unidades 121. Cada unidade, ou receptáculo, 121 apresenta-se sob a forma de um corpo cubóide que tem uma conduta cilíndrica de extremidades abertas 85 018

EP 0 626 869/PT 23 122 que corre através dele. O dispositivo de medição 123, sob a forma de uma bobina, é localizado no interior de cada conduta 122. Cada bobina 123 tem flanges superiores e inferiores 124 e aparte de gargalo mais estreita 125. As flanges (elementos de extremidade) 124 são um encaixe apertado, deslizável, no interior da conduta 122 e o comprimento total da bobina 123 é mais ou menos idêntico ao comprimento total da conduta 122. t

Quando a bandoleira 120 está pronta para utilização num inalador, cada conduta 122 contém uma bobina como a indicada pela referência 123, e está cheia com uma droga em pó que ocupa o espaço definido entre as flanges 124, a parte de gargalo 125 e as paredes internas da conduta 122. A bobina 123 e a conduta 122 são de dimensões, tais que esse espaço tem o volume preciso da droga a ser administrada em utilização. Porque as flanges 124 são um encaixe apertado no interior da conduta 122, elas proporcionam vedações nas extremidades livres da conduta, de modo a impedir o escape da droga nela contida. As bobinas podem, no entanto, ser empurradas para fora de uma ou outra das extremidades abertas das condutas, por meios adequados apresentados no inalador, no momento em que a dose da droga contida na conduta estiver para ser administrada ao utilizador. O recipiente 128 mostrado na figura 17 está sob a forma de um disco que conduz em volta da sua periferia uma série de condutas 129, semelhantes às condutas 122 mostradas na figura 16. Quando o recipiente está pronto para utilização, cada conduta 129 contém um dispositivo de medição de forma semelhante à bobina 123 mostrada na figura 16, com uma quantidade medida de droga retida entre as flanges externas do dispositivo de medição e as paredes internas da conduta 129. Assim, cada uma das condutas no recipiente contém uma dose da droga, cada uma delas de modo a ser administrada ao utilizador por sua vez quando o recipiente é utilizado num inalador. As doses podem ser da mesma ou de quantidades diferentes nas condutas do recipiente; se elas forem de quantidades diferentes, isto pode ser obtido usando-se dispositivos de medição de conformações e tamanhos diferentes. A figura 18 mostra de uma maneira esquemática como o recipiente 128 da figura 17 pode ser carregado com uma droga antes da utilização num inalador. O processo que é usado seria igualmente aplicável para carregar um recipiente como o indicado pela referência 120 mostrada na figura 16.

Um fornecimento da droga desejada 132 é contido na câmara de armazenagem 133. Uma cadeia de dispositivos de medição (bobinas) 134 é disposta de modo a correr para baixo através da câmara de armazenagem 133 e da sua conduta de saída 135. O recipiente 128 é posicionado de maneira que uma das suas condutas 129 fique disposta directamente abaixo da conduta de saída 135. 24 85 018

ΕΡ 0 626 869/PT A droga 132 na câmara 133 “transborda” em tomo das bobinas 136 na cadeia 134. A cadeia é movida para baixo por meios apropriados (não mostrados na figura 18), de maneira que a bobina seguinte na extremidade inferior da cadeia seja empurrada inicialmente para baixo através da conduta de saída 135 e em seguida para a conduta 129. As duas condutas 135 e 129 são das mesmas dimensões. Assim, à medida que a bobina 136 entra na conduta de saída 135, ela conduz consigo a quantidade desejada de droga 132 no espaço limitado pelas suas flanges superiores e inferiores e pelas paredes internas da conduta de saída 135. Esta dose de droga, definida com precisão, é também transferida para a conduta 129 no recipiente 128, à medida que a cadeia 134 é movida mais para baixo e a bobina entra na conduta 129. #

Por meios adequados (outra vez não mostrados na figura 18), o recipiente 128 é então girado de maneira que a conduta 129 seguinte se mova até à posição abaixo da conduta de saída 135, e a cadeia 134 seja movida para baixo mais uma vez pelo comprimento de um dispositivo de medição 136. Enquanto isto ocorre, o dispositivo seguinte 136 na cadeia entra na conduta seguinte 129, mais uma vez conduzindo com ele a dose necessária da droga 132. Desta maneira, movendo-se de uma maneira escalonada tanto as condutas 129 como a cadeia 134 de dispositivos de medição, cada uma das condutas 129 no recipiente 128 pode ser carregada com uma bobina 136 e uma dose da droga 132 de uma quantidade apropriada, pronta para utilização subsequente do recipiente.

Podem ser montadas várias câmaras de armazenagem como indicado pela referência 133, cada uma delas contendo uma droga diferente, de maneira adequada em relação ao recipiente que é enchido, de maneira que receptáculos diferentes no recipiente possam ser cheios com drogas diferentes. Se receptáculos diferentes vão conter doses de tamanhos diferentes de uma droga, a cadeia 134 deve ser constituída por dispositivos de medição adequadamente posicionados, dos tamanhos e conformações necessários.

As vantagens de se usar um dispositivo de medição tal como aqui descrito, especialmente num inalador de pó, são que o volume da substância transferida com cada dispositivo de medição pode ser controlado de maneira precisa. Num recipiente portador de droga de acordo com a invenção, o tipo de substância conduzida pode ser diferente em cada um dos seus receptáculos. Num inalador de acordo com a invenção, a utilização de um tal dispositivo de medição assegura que a dose precisamente definida de droga, transportada com o dispositivo de medição, seja inteiramente transferida para a passagem de inalação e 25 85 018

ΕΡ 0 626 869 / PT possa ser então submetida a substancialmente todo o fluxo de ar, deste modo reduzindo o risco do utilizador receber uma dosagem incorrecta.

Lisboa, -I JiiL. 2000

Por INNOVATA BIOMED LIMITED - O AGENTE OFICIAL -

ENG* ANTÓNIO JOÂOi DA CUNHA FERREIRA Ag. 0|. Pr. Ind.

Ruo des Flores, 74-4.*

1ΕΘΟ LISBOA

Claims

85 018 ΕΡ 0 626 869 / PT 1/3 REIVINDICAÇÕES 1 - Aparelho para administração de uma pluralidade de doses volumétricas desejadas de uma substância fluida, que compreende uma câmara de armazenagem (21) para a substância e uma conduta de saída (7) que comunica com a câmara, caracterizado por uma pluralidade de dispositivos de medição (3), possuindo cada dispositivo de medição (3) um primeiro e um segundo elementos de extremidade (15a) adaptados para vedação contra as paredes internas da conduta (7), de modo a definir um espaço doseador intermédio para o volume de droga desejado (ΥΈ) e meios para fazer avançar os dispositivos de medição (3) em série, a partir do interior da câmara de armazenagem. (21) para. a conduta de saída (7), de modo a que a substância que rodeia cada dispositivo (3) na câmara de armazenagem seja obrigada a passar junto com o dispositivo (3) para a conduta (7) no respectivo espaço doseador.
2 - Aparelho de acordo com a reivindicação 1, em que os meios para fazer avançar os dispositivos de medição (3) são adaptados para manter os dispositivos de medição (3) substancialmente isentos de contacto com as paredes da câmara de armazenagem (21) enquanto são avançados através dela.
3 - Aparelho de acordo com a reivindicação 1 ou reivindicação 2, em que cada dispositivos de medição compreende um corpo (15) sob a forma de uma bobina.
4 - Aparelho de acordo com qualquer uma das reivindicações 1-3, em que os dispositivos estão ligados entre si numa cadeia (3) flexível ou semi-flexível.
5 - Aparelho de acordo com a reivindicação 4, em que o primeiro elemento de extremidade (15a) de um dispositivo na série também serve como segundo elemento de extremidade (15a) do dispositivo anterior na série, de maneira que o volume desejado (V,) seja definido entre dois elementos de extremidade (15a) à medida que dispositivos sucessivos na série passam através da conduta de saída (7).
6 - Aparelho de acordo com a reivindicação 4 ou reivindicação 5, em que os dispositivos estão dispostos numa série contínua, de maneira que à medida que a série passa através da conduta de saída (7), a única substância transferida com ela é a que está retida entre os elementos de extremidade (15a) de cada dispositivo sucessivo, não havendo espaços entre um elemento de extremidade (15a) de um dispositivo e o elemento de extremidade (15a) seguinte do dispositivo seguinte na série. 85 018 ΕΡ 0 626 869 / PT 2/3
7 - Inalador para administrar uma substância numa forma finamente dividida, que inclui o aparelho de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6 e que compreende adicionalmente meios de admissão de ar (20) pelos quais o ar pode ser aspirado para dentro do inalador a partir da atmosfera, e uma passagem de inalação (8) que comunica com os meios de admissão de ar (20), através de cuja passagem (8) o ar pode ser aspirado usando os meios de admissão de ar (20), e em cujo inalador a conduta de saída (7) comunica entre a câmara de armazenagem (21) e a passagem de inalação (8), e em que os meios para fazer avançar os dispositivos de medição incluem meios indexadores (1, 2, 11, 12, 16) accionáveis de modo a moverem cada dispositivo de medição de uma primeira posição dentro da câmara de armazenagem até uma segunda posição em que a dose volumétrica desejada (V,) da substância é apresentada com o dispositivo de medição na passagem de inalação.
8 - Inalador de acordo com a reivindicação 7, em que os meios indexadores (1,2, 11, 12, 16) são accionáveis para moverem para a frente, em cada operação, o último dispositivo de medição que transferiu uma dose de substância para a passagem de inalação através do inalador, e substituírem esse dispositivo na passagem pelo dispositivo de medição seguinte na série, de modo que apenas um dispositivo de medição é apresentado de cada vez na passagem de inalação.
9 - Inalador de acordo com a reivindicação 7 ou reivindicação 8, em que os dispositivos de medição estão ligados entre si numa cadeia (3) flexível ou semi-flexível, e em que o inalador compreende adicionalmente meios de corte (48) pelos quais, podem ser cortados da série de dispositivos de medição depois de passarem através da conduta de saída (7)·
10 - Inalador de acordo com a reivindicação 9, em que os meios de corte (48) estão ligados a meios indexadores (46, 47) de maneira a serem accionáveis para cortar um dispositivo de medição ou um grupo de dispositivos de medição da série depois do dispositivo de medição ou do grupo ter passado através da conduta de saída (7).
11 - Inalador de acordo com qualquer uma das reivindicações 7-10, em que os meios indexadores (1,2, 11, 12, 16) compreendem uns primeiros meios de ligação (1, 11) para ligar um primeiro dispositivo de medição na série de dispositivos, e transportando o dito primeiro dispositivo para a sua posição seguinte, meios de pressão (16) para impelir os primeiros meios de ligação de volta a uma ligação com um segundo dispositivo de medição na série, libertando assim o primeiro dispositivo para passagem subsequente através do inalador, e uns segundos meios de ligação (2, 12) para ligar a série de dispositivos de medição, após libertação do primeiro dispositivo pelos primeiros meios de ligação, de modo que a série é 85 018 ΕΡ 0 626 869 / PT 3/3 fixada em posição enquanto os primeiros meios de ligação se movem de volta à ligação com o segundo dispositivo de medição.
12 - Inalador de acordo com qualquer uma das reivindicações 7-11, em que os meios indexadores (1, 2, 11, 12, 16) são accionáveis para mover cada dispositivo de medição para longe da passagem de inalação (8) depois do dispositivo ter atingido a sua segunda posição, de tal maneira que o dispositivo não é re-apresentado à câmara de armazenagem (21) depois de ter atingido a sua segunda posição.
13 - Inalador de acordo com qualquer uma das reivindicações 7-12, em que a passagem de inalação (8) é conformada de modo a que uma dose de substância a ser administrada, transferida para a passagem de inalação por meio do dispositivo de medição, é sujeita a substancialmente todo o fluxo de ar através da passagem de inalação quando o ar é aspirado através dos meios de admissão de ar (20).
14 - Inalador de acordo com qualquer uma das reivindicações 7-13, em que numa utilização normal do inalador a câmara de armazenagem (21) é posicionada acima da passagem de inalação (8), de modo que o, ou cada, dispositivo de medição é movido para baixo através do inalador, com a substância a ser administrada fluindo para baixo junto com o dispositivo de medição através da conduta de saída (7). Lisboa, -7 jíjl. 2000 Por INNOVATA BIOMED LIMITED - O AGENTE OFICIAL -

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