PT2366863E - Molde de túnel que incorpora uma armadura de reforço da sua estrutura - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO

MOLDE DE TÚNEL QUE INCORPORA UMA ARMADURA DE REFORÇO DA SUA

ESTRUTURA A presente invenção refere-se a um molde de túnel destinado a ser implantado no cimo de um quadro de receção de uma moldura de uma janela, de uma porta.

Lembremos que um molde de túnel se destina a receber um mecanismo de persiana apto para fazer deslizar em frente da moldura uma placa de ocultação da janela, da porta.

Um molde de túnel tem qeralmente, como aparece na Fiq.l, a forma de uma peça CT de aspeto prismático que é prevista para ser inteqrada numa alvenaria de um edifício durante a construção, acima de um quadro T que delimita o caixilho de colocação de uma janela ou de uma porta.

Um tal molde de túnel CT é muitas vezes constituído por um invólucro moldado que compreende uma cavidade E lonqitudinal em forma de túnel que desemboca em cada uma das suas extremidades e cuja parte inferior está aberta para permitir alojar aí um mecanismo M de persiana mantido entre duas flanqes Jl, J2 de fecho lateral da cavidade, e que é aqui representado esquematicamente por uma linha de eixo. 0 invólucro do molde de túnel CT é assim delimitado por uma parede de abóbada V e por duas paredes de ombreira B, em que só uma é visível nessa Fig. 1, e entre as quais se forma a cavidade E.

Geralmente, o molde de túnel é entregue com o seu mecanismo de persiana que é mantido por intermédio das duas flanges que fecham as extremidades laterais do molde de túnel. Talões prolongam, em princípio, perpendicularmente as flanges na sua parte baixa para servirem de assento ao molde de túnel quando descansa pelas suas extremidades sobre os elementos de construção. Cada talão é mantido pelos seus bordos em duas corrediças constitutivas de dois perfis sobrepondo respetivamente as duas ombreiras nos quais também assenta sobre a alvenaria. 0 molde de túnel é colocado acima do quadro, depois fixado, pela colaqem de um liqante como arqamassa na parte traseira das flanges e pela colagem de um lintel no topo do molde de túnel. Pode ainda fixá-lo sob um lintel depositado acima do quadro.

Uma moldura para uma abertura, por exemplo uma porta, uma janela, é fixada no caixilho mural. Essa moldura pode ser fixada compensada na parede por intermédio de qanchos de selaqem fixados nas duas paredes laterais do caixilho mural e da parede baixa deste. A espessura disponível entre a parede e a moldura destina-se a receber um isolante. A abertura é fixada nas dobradiças da moldura.

No pedido de patente francês n° 09 58269, o requerente apresentou uma solução para ligar a travessa superior da moldura com uma ombreira do molde de túnel para a reforçar, visto que não é normalmente mantida, a fim de que a moldura se deforme o menos possível sob o efeito da ação do vento na janela, na porta. O reforço implementa um carril de ligação que sobrepõe o bordo livre de uma ombreira para poder ser fixado sobre essa travessa superior da moldura para a endurecer ligando-a a ele.

Conhece-se também com a leitura da patente DE-Al-100 34 533, um molde de túnel fabricado em espuma expandida de poliestireno num molde de fabrico, e que incorpora arcos de reforço dispostos paralelamente entre si. São colocados no molde de fabrico do molde de túnel para aí serem sobre moldados. Cada arco tem na vista frontal uma forma em C e na secção uma geometria em H. Excrescências solidárias dos arcos permitem imobilizá-los lateralmente no molde durante o fabrico do molde de túnel para serem corretamente posicionados dentro deste. Este documento divulga as características do preâmbulo da reivindicação 1.

Conhece-se ainda com a leitura da patente DE-Al-10 2006 038401, um molde de túnel constituído por quatro paredes ligadas em ângulo reto umas após as outras. Cada parede é formada por um perfil extrudido. É fixada uma esquadria exteriormente na parede superior para ligar o molde de túnel com um lintel. Uma placa de reforço em forma de U, feita de aço, é fixada no molde de túnel, perpendicularmente às suas paredes para o endurecer. A sua aba superior é prolongada por um pino que atravessa a parede superior, assim como um orifício da parte da esquadria em contacto com a referida parede superior. A extremidade do pino é em seguida dobrada.

Na presente invenção, o requerente procurou uma solução para que o molde de túnel, que deve suportar as forças horizontais transmitidas por esse carril de ligação sob o efeito da ação do vento na abertura, possa resistir a essa força deformando-se o menos possível.

Para este fim, propõe-se um cofre destinado a receber um mecanismo de fechamento para persiana de acordo com as características da reivindicação 1.

Reforçando a estrutura do molde de túnel, reforça-se a ligação entre a travessa superior de uma moldura suscetível de ser fixada na extremidade de uma ombreira, por exemplo através de um carril de ligação, e o molde de túnel, sendo especificado que o cofre se destina a tornar-se fixo na parte superior de um quadro de receção de uma moldura de uma janela, de uma porta. Através desta ligação rígida, esta travessa superior e por conseguinte a moldura enfrentam a ação do vento deformando-se bem abaixo dos padrões aceitáveis.

Ligando com intervalos regulares a parede de abóbada com a ou com as paredes de ombreira, endurece-se de modo homogéneo a estrutura do molde de túnel em planos transversais a este. Esta solução é altamente eficaz, porque pode opor-se à ação do vento cuja direção é perpendicular à janela, à porta.

De acordo com uma caracterí stica da invenção, cada arco compreende um ramo intermédio disposto ao nível da parede de abóbada do molde de túnel, vantajosamente prolongada respetivamente de ambos os lados por dois ramos dispostos respetivamente ao nível das paredes de ombreira. A ligação de cada parede de ombreira com a parede de abóbada é assim endurecida.

De acordo com uma caracterí stica da invenção, cada arco compreende um ramo intermédio disposto ao nível da parede de abóbada do molde de túnel, vantajosamente prolongada com um bordo por um único ramo disposto ao nível de uma parede de ombreira.

Este arco é adequado para ligar uma parede de ombreira, aquela que suporta a travessa superior da moldura, com a parede de abóbada do molde de túnel. 0 molde de túnel pode ser do tipo com uma ou duas paredes de ombreira.

De acordo com uma caracterí stica da invenção, cada arco compreende um gancho de fixação a um lintel.

Esse gancho de fixação reforça a ligação do molde de túnel com o lintel. Este pode ser do tipo fundido caso em que o gancho de fixação é afundado neste. Pode também ser do tipo embutido, caso em que o gancho de fixação é fixado contra ele.

De acordo com uma característica da invenção, uma parede de suporte do gancho de fixação prolonga perpendicularmente o ramo intermédio na sua parte alta.

De acordo com uma característica adicional, o gancho de fixação é constituído por uma peça que tem na vista lateral uma geometria em L, que compreende um parede de assento sobre a parede de suporte, prolongada por uma parede de ligação ao lintel, a parede de suporte e a parede de assento sendo suscetíveis de serem reunidas por um meio de ligação.

Fixa-se o gancho de fixação sobre o arco, depois a parte saliente do gancho de fixação é presa com o lintel

De acordo com uma caracteristica da invenção, o meio de ligação compreende entalhes e espigões correspondentes.

De acordo com uma caracteristica alternativa da invenção, o gancho de fixação está integrado na estrutura do arco. 0 arco e o gancho de fixação são constituídos por uma única e mesma peça.

De acordo com uma caracteristica da invenção, a parede de suporte está apenas ligada parcialmente ao ramo intermédio, permitindo dobrar a parte livre dessa parede de suporte para formar uma parede de ligação.

De acordo com uma caracteristica adicional da invenção, a armadura compreende hastes de reforço dispostas longitudinalmente na parede de abóbada e/ou nas paredes de ombreira do molde de túnel para reduzir a deformação sob pressão dessas paredes.

Essas hastes reduzem essencialmente as deformações longitudinais sob pressões das paredes de ombreira.

De acordo com uma caracteristica adicional da invenção, as hastes atravessam furos previstos nos ramos dos arcos para que as forças aplicadas sobre as paredes de ombreira sejam uniformemente repartidas em todo o comprimento do molde de túnel.

Esses componentes que são integrados durante o fabrico do molde de túnel produzem um aumento relativamente reduzido neste último.

As caracteristicas da invenção mencionadas acima, assim como outras, vão aparecer mais claramente com a leitura da descrição seguinte de um exemplo de realização, a referida descrição sendo feita em relação aos desenhos juntos, entre os quais: a Fig. 1 representa uma vista frontal de um molde de túnel integrado de modo conhecido para a construção de uma parede, acima do quadro de caixilho de uma janela, a Fig. 2 representa uma vista em corte transversal de um molde de túnel conhecido mantido sobre elementos de construção de uma alvenaria, o molde de túnel está munido de um carril de ligação com uma travessa superior e incorpora uma armadura de reforço da sua estrutura, a Fig. 3 representa uma vista longitudinal de um molde de túnel conhecido que assenta pelas suas extremidades sobre elementos de construção de uma alvenaria, a Fig. 4 representa uma vista de extremidade de um carril de ligação para um molde de túnel, a Fig. 5 representa uma vista em perspetiva de um carril de ligação e de um gancho de fixação da sua extremidade numa parede mural, a Fig. 6 representa uma vista de extremidade de uma variante de realização de um carril de ligação para um molde de túnel, a Fig. 7 representa uma vista em perspetiva de um molde de túnel que incorpora uma armadura de reforço da sua estrutura de acordo com a invenção, a Fig. 8 representa uma vista em perspetiva de um arco constitutivo de uma armadura para um molde de túnel conhecido, a Fig. 9 representa uma vista em perspetiva de uma primeira variante de realização de um arco constitutivo de uma armadura para um molde de túnel de acordo com a invenção, a Fig. 10 representa uma vista em perspetiva de uma segunda variante de realização de um arco constitutivo de uma armadura para um molde de túnel de acordo com a invenção, a Fig. 11 representa uma vista em perspetiva de uma terceira variante de realização de um arco constitutivo de uma armadura para um molde de túnel de acordo com a invenção e, a Fig. 12 representa uma vista em corte transversal de um molde de túnel integrado para a construção de uma parede, acima de um quadro de caixilho de uma janela, um lintel cobrindo a parede de abóbada do molde de túnel de acordo com a invenção. 0 molde de túnel 100, apresentado na Fig. 3, é previsto para se integrar numa alvenaria de um edifício durante a construção, acima de um quadro T que delimita o caixilho de colocação de uma janela ou de uma porta. Tem a forma de uma peça com aspeto prismático que é atravessada longitudinalmente por uma cavidade E destinada a receber um mecanismo M de persiana que compreende um tambor de enrolamento O à volta do qual se pode enrolar, desenrolar um tapete de ocultação da janela, da porta. A cavidade E desemboca assim em cada uma das extremidades do molde de túnel e desemboca também na sua parte inferior em todo o seu comprimento para permitir alojar aí o mecanismo de persiana e intervir para a manutenção, se for caso disso. O molde de túnel 100, apresentado nas Figs. 2 e 3, é constituído por um perfil delimitado por uma parede de abóbada V, prolongada por duas paredes de ombreira Bl e B2 (distintamente visíveis na Fig. 2) que constituem a face dianteira e a face traseira do molde de túnel. A cavidade E está delimitada entre essas duas paredes. O perfil é fabricado num material isolante de um ponto de vista térmico. Num modo de fabrico vantajoso, é feito de poliéster expandido. É de preferência, formado por um bloco monolítico, de uma única parcela.

Na Fig. 3, duas flanges 200a e 200b fecham as extremidades laterais do molde de túnel. Cada flange é constituída por uma parede de fecho de uma extremidade lateral e por um rebordo disposto perpendicularmente e cuja geometria junta a saída da cavidade E através da referida extremidade lateral. O mecanismo M de persiana é mantido entre essas duas flanges.

Para assentar cada uma das extremidades do molde de túnel sobre elementos de construção da parede mural P, dois perfis 320 e 340, distintamente visíveis na Fig. 2, são respetivamente montados nas bordas livres de duas ombreiras Bl e B2. As suas extremidades descansam assim sobre os elementos de construção protegendo deste modo as ombreiras. Por outro lado, a presença destes dois perfis permite endurecer as bordas livres das duas ombreiras cuja espessura é relativamente fraca.

Cada perfil 320, 340 tem uma secção em U adaptada para sobrepor a borda livre da ombreira correspondente. Uma ranhura 322, 342 cava longitudinalmente o ramo interior de cada perfil para receber um canto lateral de um talão 300 destinado a fechar localmente a cavidade E e mais precisamente a zona da cavidade situada na vertical dos elementos de construção.

Esta colocação do talão é distintamente visível nesta Fig. 3. O talão 300 é assim disposto no prolongamento da parte baixa de cada flange sendo mantido lateralmente nos dois perfis 320 e 340. É constituído por uma peça independente de aspeto prismático ou por um prolongamento da flange que forma com ela uma peça monobloco.

Na Fig. 2, um carril de ligação 400 sobrepõe o bordo livre de uma ombreira e aqui a ombreira B2 para ligar o molde de túnel à travessa superior TS de uma moldura D de janela, de porta. Este ajustamento permite, ligando estes dois componentes limitar a deformação da moldura sob a ação do vento sobre a abertura Ov, mantida fechada na moldura. A direção do vento simbolizada pela seta F tende com efeito a dobrar a travessa superior TS que não está normalmente fixada à parede. Deve notar-se que o carril de ligação 400 cobre o perfil 340. Este perfil, que aumenta a rigidez da ombreira, poderia no entanto, numa forma de realização não representada, estar ausente. É útil lembrar que um vento com uma velocidade superior a 120 km/h pode exercer um diferencial de pressão sobre uma janela, um porta, que pode atingir 800 Pa.

Na vista em pormenor da Fig. 4, o carril de ligação 400 é constituído por um perfil de secção em U que compreende um ramo intermédio 410 prolongado com dois ramos laterais 420, 430. A distância que separa os dois ramos laterais 420 e 430 é tal que eles estão em contacto com as faces interior e exterior da ombreira B2, quando o perfil de ligação sobrepõe a referida ombreira. O ramo intermédio constitui uma placa de apoio destinada a ser fixada com a travessa superior TS da moldura D. Esse ramo intermédio 410 prolonga-se abaixo dos ramos laterais 420, 430, para conseguir uma rigidez significativa para o carril de ligação num plano paralelo ao seu ramo intermédio, isto é na direção do vento, para limitar ao máximo a deformação da travessa superior TS. A posição em altura do carril de ligação 400 na borda livre da ombreira B2 pode ser ajustada para que a placa de apoio 410 do carril de ligação 400 possa ser posta em contacto com a face superior da travessa superior TS a fim de aí ser fixada. Esta placa de apoio 410 é fixada, de preferência, por aparafusamento na travessa superior TS.

Numa alternativa de realização mostrada na Fig. 2, a placa de apoio 410 é fixada por clipagem num perfil de retenção 440 solidário da travessa superior TS. Este perfil de retenção 440 compreende uma parede de assento ladeada lateralmente por dois clipes de retenção da placa de apoio.

Na Fig. 4, o ramo lateral do carril de ligação 400, destinado a ser virado para o interior do molde de túnel, isto é o ramo 420, está equipado com uma corrediça 422 prevista para alojar um canto lateral de uma placa de fecho PF da cavidade na sua parte de saída entre os talões. Essa placa de fecho chama-se geralmente sub-face. A corrediça 422 é constituída por duas aresta paralelas que se projetam perpendicularmente do referido ramo 420. O carril de ligação 400 é fabricado num material que tem uma rigidez elevada como aço ou um material compósito.

Na Fig. 5, um gancho de fixação 450 é fixado numa extremidade do carril de ligação 400. Na prática, a outra extremidade do carril de ligação está também equipada com um gancho de fixação 450.

Os ganchos de fixação destinam-se a serem selados sobre a parede mural P para manter, pelas suas extremidades, esse carril de ligação a fim de aumentar a sua manutenção e por conseguinte aumentar a rigidez da moldura ao qual está associado. Cada gancho de fixação tem nesta Fig. 5 uma secção transversal em Z que compreende uma primeira parede de fixação na extremidade do carril de ligação, uma segunda parede intermédia e uma terceira parede de fixação na parede mural.

Na alternativa de realização apresentada na Fig. 6, a placa de apoio 410 do carril de ligação 400 é oca para que possa receber uma lâmina de endurecimento 412 para melhorar ainda a sua rigidez num plano transversal.

Este carril de ligação 400 e os seus acessórios são elementos do estado da técnica que são úteis para a compreensão da invenção.

Nas Figs. 2, 3, 7 e 12, o molde de túnel 100 integra uma armadura 500 suscetível de aumentar a sua rigidez numa direção transversal para reduzir a deformação da parede de ombreira que suporta o carril de ligação 400 em relação à parte complementar do molde de túnel.

Esta armadura 500 compreende uma pluralidade de arcos 510 dispostos regularmente no molde de túnel e nos planos transversais a este. Cada arco 510 está integrado no interior das paredes de abóbada V e de ombreira Bl e B2 que constituem o molde de túnel. O arco 510 tem na Fig. 8 uma geometria em U revirado, que compreende um ramo intermédio 512, prolongado respetivamente de ambos os lados por dois ramos 514 e 516 dispostos paralelamente um ao outro e orientados no mesmo sentido. O ramo intermédio 512 do arco destina-se a ser colocado ao nível da parede de abóbada do molde de túnel enquanto os ramos 514 e 516 se destinam a ser colocados ao nível das suas paredes de ombreira. Os ramos estão também dispostos num mesmo plano. A sua espessura é quase constante. A largura desses ramos é mais importante do que a sua espessura para proporcionar ao arco uma grande rigidez num plano tangente a estes. O arco é de preferência fabricado em metal ou num material compósito para lhe proporcionar uma grande dureza quanto ao seu volume. O arco é também de preferência fabricado numa única peça para aumentar a sua rigidez. Os arcos destinam-se a ser colocados a intervalos regulares no molde de fabrico do molde de túnel, de modo que estejam integrados nas suas paredes no fim do seu fabrico. Passagens 520 atravessam o arco para que a matéria moldada possa atravessá-las durante o fabrico do molde de túnel e assim garantir uma estrutura homogénea ao molde de túnel. Com a mesma finalidade, e como aparece na Fig. 2, a espessura da parede de abóbada V, das paredes de ombreira Bl, B2 do molde de túnel é maior do que a largura dos ramos do arco.

Obtém-se deste modo um molde de túnel cujas paredes de ombreira curvam menos quando se tenta afastá-las ou aproximá-las, quando se compara a um molde de túnel convencional proveniente do mesmo processo de fabrico. A resistência do carril de ligação é feita mais firmemente pelo molde de túnel e dai resulta uma deformação menor da moldura.

Graças à presença destes arcos, pareceu interessante poder aumentar a fixação do molde de túnel com o lintel que o desapruma para ligar mais a moldura com o lintel. De forma tradicional, um lintel pode deslizar acima de um molde de túnel previamente assente de cada lado dos elementos de alvenaria que delimitam lateralmente o quadro. Ranhuras longitudinais R são previstas, na Fig. 2, na parede de abóbada do molde de túnel, para que o ligante liquido possa espalhar-se ai para tornar solidário o molde de túnel com o lintel no final da sua solidificação. 0 lintel pode ainda ser constituído por uma peça que é embutida e é então fixada por um ligante ao molde de túnel que convém interpor entre essas duas peças.

Na Fig. 9, o arco 510 pode solidarizar-se a um gancho de fixação 530 com um lintel. Uma parede de suporte 522 do gancho de fixação prolonga perpendicularmente o ramo intermédio 512 na sua parte alta. É atravessada por entalhes 524. O gancho de fixação 530 é constituída por uma peça tendo na vista lateral uma geometria em L que compreende uma parede 532 de assento sobre a parede de suporte 522, prolongada por uma parede de ligação 534 com o lintel. São dispostos espigões 536 sob a parede de assento 532 para cooperarem por engate com os entalhes 524 para que o referido gancho de fixação possa tornar-se solidário do arco 510, como o sugere a seta Fl. Dependendo se o lintel é colado ou é embutido, o gancho de fixação 530 torna-se solidária do lintel por colagem de betão prendendo a parede de ligação 534 ou fixando essa parede de ligação sobre uma face do lintel. Para este efeito orifícios atravessam a parede de ligação. O arco 510 apresentado em referência à Fig. 8 e que está desprovido de parede de suporte 522, ilustra o estado da técnica que é útil para a compreensão da invenção.

Na sua versão apresentada na Fig. 10, ao gancho de fixação 530 está integrado na estrutura do arco 510. A sua parede de suporte 522 só está ligada parcialmente ao ramo intermédio 512, embora seja possível dobrar a parte livre dessa parede de suporte para formar uma parede de ligação 534, como o sugere a seta F2.

Na Fig. 11, o arco 510 adota uma geometria em L, virada que compreende um ramo intermédio 512 ligado a um único ramo 514 previsto para reforçar a parede de ombreira que suporta o carril de ligação. Este carril de ligação pode então tornar-se solidário do lintel para reduzir ainda a deformação da moldura sob o efeito do vento. Este carril é conveniente para se integrar na construção de um molde de túnel do tipo que compreende uma parede de abóbada e uma única parede de ombreira.

Na Fig. 12, um lintel L foi colado acima do molde de túnel 100 e a parede de ligação 534 do gancho de fixação 530 é afundada neste. Um revestimento Ep de proteção é aplicado na parede do molde de túnel que está virada para o exterior. Deposita-se ainda gesso Pi apresentado na forma de placas contra a parede interna da parede P por cima de um isolante Is e de modo a encobrir o molde de túnel 100.

Nas Figs. 2, 7 e 12, a armadura 500 do molde de túnel 100 compreende ainda hastes de reforço 550 dispostas longitudinalmente na parede de abóbada V e/ou nas paredes de ombreira Bl, B2 para reduzir a deformação sob pressão dessas paredes. As hastes de reforço 550 atravessam vantajosamente orifícios 552 previstos nos ramos dos arcos 510 para que forças aplicadas sobre as paredes de ombreira sejam uniformemente repartidas em todo o comprimento do molde de túnel. As paredes de ombreira Bl, B2, conservam então a sua planidade. O molde de túnel da invenção é vantajosamente utilizado com um carril de ligação adaptado para sobrepor a borda livre de uma ombreira que o constitui para que esse carril de ligação possa ser fixado sobre a travessa superior de uma moldura para a endurecer. Pode no entanto ser utilizado nesse carril de ligação beneficiando das vantagens da sua estrutura endurecida. 0 molde de túnel da invenção tem uma estrutura reforçada em relação a um molde de túnel anterior.

Está vantajosamente associado à parte alta de uma moldura para a reforçar, ligando-a com a parede mural para reduzir a deformação da moldura sob o efeito da ação do vento. 0 molde de túnel da invenção permite reforçar a ligação da travessa superior da moldura com a parede mural. Facilita a adaptação da janela, da porta com as normas EN 12210 e EN 12211 referentes às deformações admissíveis do vento de tais dispositivos de fecho. O seu custo de fabrico é interessante, em relação às vantagens que fornece.

Lisboa, 10 de Novembro de 2015.

Claims (6)

1. REIVINDICAÇÕES 1. Molde de túnel (100) destinado a receber um mecanismo (M) de fecho de persiana, o molde de túnel estando previsto para se fixar acima de um quadro (T) que delimita o caixilho de colocação de uma moldura de uma janela ou de uma porta, o molde de túnel que compreende uma parede de abóbada (V) prolonqada por pelo menos uma parede de ombreira (Bl, B2), o molde de túnel sendo fabricado de um mesmo material isolante de um ponto de vista térmico, o molde de túnel que incorpora uma armadura (500) concebida para endurecer a sua estrutura, a armadura que compreende uma pluralidade de arcos (510) inteqrada por sobre moldaqem nas paredes do molde de túnel em planos transversais deste, passagens (520) que atravessam cada arco (510) para que a matéria moldada possa atravessá-las durante o fabrico do molde de túnel, para as inteqrar na estrutura do molde de túnel (100) no final do seu fabrico, cada arco compreendendo um ramo intermédio (512) disposto ao nível da parede de abóbada (V) do molde de túnel, uma parede de suporte (522) prolonqando perpendicularmente a referido ramo intermédio na sua parte alta, caracterizado por a parede de suporte (522) estar parcialmente liqada ao referido ramo intermédio, permitindo dobrar a parte livre dessa parede de suporte para formar uma parede de liqação (534) com um lintel ou por o molde de túnel compreender um gancho de fixação (530) com um lintel e a parede de suporte ser atravessada por entalhes (524) concebidos para cooperar com espiqões (536) correspondentes do gancho de fixação (530).
2. 2. Molde de túnel (100) de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o gancho de fixação (530) ser constituído por uma peça que apresenta na vista lateral uma geometria em L que compreende uma parede de assento (532) sobre a parede de suporte (522), prolongada por uma parede de ligação (534) com o lintel (L) , os espigões (536) sendo dispostos sob a parede de assento (532) .
3. 3. Molde de túnel (100) de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado por o ramo intermédio (512) se prolongar respetivamente de ambos os lados por dois ramos (514 e 516) dispostos respetivamente ao nível das parede de ombreira (Bl, B2) .
4. 4. Molde de túnel (100) de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado por o ramo intermédio (512) se prolongar de uma borda para um único ramo (514) disposto ao nível de uma parede de ombreira.
5. 5. Molde de túnel (100) de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado por a armadura (500) compreender hastes (550) de reforço dispostas longitudinalmente na parede de abóbada (V) e/ou nas paredes de ombreira (Bl, B2) para reduzir a deformação sob pressão dessas paredes.
6. 6. Molde de túnel (100) de acordo com a reivindicação 5, caracterizado por as hastes (550) atravessarem os orifícios (552) previstos nos ramos dos arcos (510) para que forças aplicadas sobre as paredes de ombreira sejam uniformemente repartidas em todo o comprimento do molde de túnel. Lisboa, 10 de Novembro de 2015.