PT2200837E - Impressão por transferência térmica - Google Patents
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Description
DESCRIÇÃO "IMPRESSÃO POR TRANSFERÊNCIA TÉRMICA"
Campo da Invenção
Esta invenção refere-se a impressão por transferência térmica e refere-se a um suporte para um artigo sobre o qual deve ser impressa uma imagem por impressão por transferência térmica a partir de uma folha de retransferência intermédia, um suporte com um artigo, um método de fazer um suporte, aparelho para impressão por transferência térmica, um método de impressão e um artigo tendo uma imagem impressa.
Antecedentes da Invenção A impressão por transferência térmica envolve formar uma imagem (invertida) sobre uma folha de retransferência intermédia, utilizando um ou mais pigmentos transferíveis termicamente. A imagem é, em seguida, transferida termicamente para uma superfície de um artigo colocando a imagem em contacto com a superfície do artigo e aplicando calor e, tipicamente, igualmente, pressão. A impressão por transferência térmica é particularmente útil para imprimir sobre artigos que não são facilmente susceptíveis de serem impressos directamente, particularmente artigos tridimensionais (3D). A impressão por transferência térmica através de impressão por transferência térmica por difusão de pigmento, utilizando pigmentos de sublimação, é divulgada, e. g., nos documentos WO 98/02315 e 1 WO 02/096661. Utilizando técnicas de impressão digital para formar a imagem sobre a folha de retransferência intermédia, podem ser impressas imagens de alta qualidade, possivelmente de qualidade fotográfica, sobre artigos 3D de um modo relativamente conveniente e económico, mesmo em pequenas tiragens. Na realidade, estes artigos podem ser personalizados de um modo económico.
Utilizando folhas de retransferência intermédias apropriadas, é possível formar imagens de boa qualidade sobre artigos 3D, possivelmente tendo formas complexas, incluindo formas curvas (côncavas ou convexas), incluindo curvas compostas. Ao imprimir sobre artigos 3D, a folha, tipicamente, é pré-aquecida, e. g., até uma temperatura no intervalo de 80 a 170 °C, antes da aplicação ao artigo, para amolecer a folha e torná-la deformável. A folha amolecida fica, então, numa condição em que pode ser aplicada facilmente sobre os, e ajustada aos, contornos de um artigo. Isto é efectuado, de um modo conveniente, estabelecendo uma diferença de pressão através da folha amolecida para fazer com que esta se molde ao artigo. A diferença de pressão é, tipicamente, 40 kPa e, tipicamente, é aplicada como um vácuo ao lado da folha que é aplicado ao artigo. Enquanto a folha é mantida em contacto com o artigo, e. g., mantendo a diferença de pressão, a folha e, igualmente, o artigo, são aquecidos até uma temperatura apropriada para transferência do pigmento, tipicamente, uma temperatura no intervalo de 140 a 200 °C, durante um tempo apropriado, tipicamente, no intervalo de 15 a 150 segundos. Após a transferência do pigmento, o artigo é deixado ou feito arrefecer antes da remoção da folha de retransferência intermédia. Um aparelho apropriado para executar a etapa de retransferência da 2 impressão é divulgado e. g., nos documentos WO 01/96123 e WO 2004/022354. A diferença de pressão através da folha faz com que seja exercida uma força sobre o artigo, a qual, à temperatura à qual o artigo é aquecido para transferência do pigmento, pode causar a deformação do artigo, especialmente se este é feito de metal fino ou de materiais plásticos que amolecem quando são aquecidos. O artigo é, portanto, tipicamente, colocado sobre um suporte rígido, referido como um "ninho", que limita a deformação do artigo durante a impressão por transferência térmica. A parte do suporte sobre a qual o artigo é colocado forma, tipicamente, um ajuste relativamente folgado com o artigo devido à necessidade de acomodar tolerâncias de fabrico nas dimensões do artigo e diferentes velocidades de expansão térmica do suporte e do artigo, de tal modo que podem existir intervalos entre o suporte e o artigo.
Quando existe um intervalo entre o suporte e o artigo, pode ocorrer a deformação do artigo quando o artigo é aquecido e é exercida uma força sobre o artigo, apesar da presença do suporte. Além disso, quando existe um intervalo entre o suporte e uma aresta do artigo, a folha amolecida pode ser forçada para o interior do intervalo pela diferença de pressão através da folha e pode romper-se, de modo que a diferença de pressão se perde. Nestas circunstâncias, é provável que a transferência de pigmento da folha para o artigo seja insatisfatória. 3
Sumário da Invenção
Num aspecto, a presente invenção proporciona um suporte para um artigo sobre o qual deve ser impressa uma imagem por impressão por transferência térmica a partir de uma folha de retransferência intermédia, o suporte tendo uma superfície de engate geralmente modelada para engate no artigo, onde, pelo menos, uma parte da superfície de engate é formada a partir de um material elastomérico e onde o suporte compreende um corpo relativamente rígido tendo uma superfície de engate geralmente modelada para engate com o artigo e, pelo menos, uma almofada formada a partir de um material elastomérico proporcionado na, ou sobre a, superfície de engate. 0 suporte é concebido para utilização com um artigo especifico de tal modo que, quando o artigo está engatado na superfície de engate, pelo menos, uma parte do material elastomérico ajusta-se a, pelo menos, uma parte de uma parte associada do artigo, sendo a parte associada a parte do artigo que é contactada pela superfície de engate, de tal modo que um intervalo que, de outro modo, estaria presente entre a parte associada do artigo e a superfície de engate, é ocupado pelo material elastomérico. 0 suporte pode ser personalizado para se adaptar a artigos específicos, variando um ou mais factores, incluindo o tamanho, forma e condutibilidade térmica do suporte e do material elastomérico. 0 material elastomérico é, de um modo preferido, formado de tal modo que, pelo menos, a uma temperatura à qual a impressão por transferência térmica ocorre, quando o artigo está engatado 4 na superfície de engate, pelo menos, parte do material elastomérico ajusta-se a, pelo menos, parte da parte associada do artigo.
Modelando deste modo o material elastomérico, durante a impressão por transferência térmica, o material elastomérico ocupa qualquer intervalo que, de outro modo, estaria presente entre o suporte e a parte associada do artigo e impede a deformação do artigo. 0 material elastomérico é, de um modo preferido, formado de tal modo que, pelo menos, a uma temperatura à qual a impressão por transferência térmica ocorre, quando o artigo está engatado na superfície de engate, o material elastomérico ajusta-se a uma aresta do artigo.
Modelando deste modo o material elastomérico, quando o artigo está engatado na superfície durante a impressão por transferência térmica, o material elastomérico ocupa qualquer intervalo que, de outro modo, estaria presente entre a superfície de engate e a aresta do artigo, de modo que a folha de retransferência intermédia amolecida não pode ser forçada para o interior do intervalo. 0 material elastomérico é, de um modo ainda mais preferido, formado de tal modo que, pelo menos, a uma temperatura à qual a impressão por transferência térmica ocorre, quando o artigo está engatado na superfície de engate, o material elastomérico ajusta-se a uma aresta periférica do artigo.
Modelando deste modo o material elastomérico, durante a impressão por transferência térmica o material elastomérico 5 ocupa qualquer intervalo que, de outro modo, estaria presente entre a superfície de engate e os lados do artigo, i. e., aquelas partes do artigo às quais a folha de retransferência intermédia amolecida é aplicada mais próximo do suporte, de tal modo que a folha amolecida não pode ser forçada para o interior do intervalo.
Para este fim, o material elastomérico pode, de um modo conveniente, ter a forma de uma almofada sólida com uma forma geralmente semelhante a uma projecção do artigo, mas de maior área, de um modo que, quando o artigo está engatado na superfície de engate, a aresta periférica do artigo fica posicionada no interior de uma aresta periférica da almofada.
De modo alternativo, o material elastomérico pode, de um modo conveniente, ter a forma de uma almofada periférica que ocupa a periferia da superfície de engate, sendo uma aresta periférica da almofada de forma geralmente semelhante a, mas definindo uma área maior do que, uma projecção do artigo, e tendo a almofada uma aresta interior definindo uma abertura na almofada, de um modo que, quando o artigo está engatado na superfície de engate, a aresta periférica do artigo fica posicionada entre a aresta periférica da almofada e a aresta interior da almofada. 0 material elastomérico pode, de um modo vantajoso, ser formado de tal modo que, pelo menos, a uma temperatura à qual a impressão por transferência térmica ocorre, quando o artigo está engatado na superfície de engate, o material elastomérico ajusta-se a uma aresta do artigo que define uma abertura para uma passagem através do artigo. 6
Modelando deste modo o material elastomérico, durante a impressão por transferência térmica, o material elastomérico ocupa qualquer intervalo que, de outro modo, estaria presente entre o suporte e a aresta do artigo que define a abertura, de modo que a folha amolecida não pode ser forçada através da passagem para o interior do intervalo.
Quando o material elastomérico tem a forma de uma almofada sólida, uma parte interna da almofada pode, de um modo conveniente, ajustar-se à aresta do artigo que define a abertura para a passagem através do artigo. A parte interna da almofada pode, de um modo conveniente, ser constituída por uma projecção da almofada que se ajusta à aresta do artigo que define a abertura para a passagem através do artigo. A projecção tem uma superfície de engate que é de forma semelhante à, mas de área maior do que a, abertura definida pela aresta do artigo, de tal modo que a abertura é vedada pela superfície de engate da projecção.
Quando o material elastomérico tem a forma de uma almofada periférica, de um modo vantajoso, pode ser proporcionada uma almofada adicional de material elastomérico na abertura na almofada, a almofada adicional ajustando-se à aresta do artigo que define a abertura para a passagem através do artigo. A almofada adicional pode, de um modo conveniente, ser integralmente formada com a almofada periférica.
Prevê-se que o material elastomérico possa ser formado de tal modo que, à temperatura ambiente, quando o artigo está engatado na superfície de engate, exista pouco ou nenhum 7 contacto entre a aresta do artigo e o material elastomérico, expandindo-se o material elastomérico, quando aquecido até uma temperatura à qual a impressão por transferência térmica ocorre, até ao engate com o artigo, de modo que o material elastomérico se ajusta ao artigo.
De um modo preferido, porém, o material elastomérico é formado de tal modo que, à temperatura ambiente, quando o artigo está engatado na superfície de engate, o artigo engata-se no material elastomérico, que se ajusta ao artigo, expandindo-se o material elastomérico quando aquecido até uma temperatura à qual a impressão por transferência térmica ocorre e ajustando-se ainda mais ao artigo. A superfície de engate pode, de um modo vantajoso, ser dotada de, pelo menos, um recesso para receber a, pelo menos uma, almofada. A, pelo menos uma, almofada pode, de um modo vantajoso, ser fixa no, pelo menos um, recesso.
De um modo preferido, o suporte compreende ainda uma multiplicidade de fibras relativamente inextensíveis, estando as primeiras extremidades das fibras unidas ao corpo e estando as segundas extremidades das fibras unidas à, pelo menos uma, almofada.
De um modo preferido, o corpo é formado em torno das primeiras extremidades das fibras e a, pelo menos uma, almofada é formada em torno das segundas extremidades das fibras. As fibras relativamente inextensíveis limitam a expansão térmica 8 da, pelo menos uma, almofada quando a, pelo menos uma, almofada é formada em torno das segundas extremidades das fibras.
Quando a superfície de engate é dotada do, pelo menos um, recesso para receber a, pelo menos uma, almofada o corpo pode, de um modo vantajoso, ser formado em torno das primeiras extremidades das fibras de tal modo que as segundas extremidades das fibras se projectam no, pelo menos um, recesso e a, pelo menos uma, almofada é formada em torno das segundas extremidades das fibras,
Quando a superfície de engate é dotada do, pelo menos um, recesso, o, pelo menos um, recesso pode, de um modo vantajoso, abrir de um modo reentrante ou incluir uma parte que abra de um modo reentrante, e a, pelo menos uma, almofada é recebida no, pelo menos um, recesso ou na parte do, pelo menos um, recesso, respectivamente, de modo a fixar a, pelo menos uma, almofada no, pelo menos um, recesso. 0 suporte pode, de um modo vantajoso, compreender um corpo relativamente rígido e uma almofada formada a partir de um material elastomérico que cobre, pelo menos, uma parte de corpo, sendo a superfície de engate constituída pela almofada.
Quando a superfície de engate é constituída pela almofada, o suporte pode, de um modo vantajoso, compreender, ainda, uma multiplicidade de fibras relativamente inextensíveis, estando as primeiras extremidades das fibras unidas ao corpo e estando as segundas extremidades das fibras unidas à almofada. 9
De um modo preferido, o corpo é formado em torno das primeiras extremidades das fibras e a almofada é formada em torno das segundas extremidades das fibras. A multiplicidade de fibras impede que a almofada se separe do corpo, o que, de outro modo, poderia ocorrer devido à fraca aderência (incompatibilidade química) entre o corpo e a almofada. 0 suporte pode, de um modo vantajoso, compreender um corpo tendo uma superfície de engate modelada para engate com o artigo, sendo o corpo formado a partir do material elastomérico e sendo dotado de uma estrutura que impede, de modo substancial, a deformação das partes do corpo à excepção da superfície de engate. A estrutura pode, de um modo vantajoso, compreender, pelo menos, uma camada de fibras relativamente inextensíveis, sendo o corpo formado em torno da, pelo menos uma, camada com a, pelo menos uma, camada disposta de modo substancial paralela à superfície de engate.
De um modo preferido a, pelo menos uma, camada de fibras relativamente inextensíveis é constituída por, pelo menos, uma manta compreendendo uma primeira multiplicidade de fibras entrelaçadas com, e de modo substancial perpendiculares a, uma segunda multiplicidade de fibras.
De modo alternativo a, pelo menos uma, camada pode, de um modo vantajoso, ser constituída por, pelo menos, uma manta compreendendo uma multiplicidade de fibras dispostas em orientações de modo substancial aleatórias ao longo da manta. 10 A, pelo menos uma, manta limita consideravelmente a extensão do corpo paralelamente à superfície de engate quando o artigo é contactado pelo suporte e uma força é aplicada ao artigo pela diferença de pressão através da folha amolecida. A, pelo menos uma, manta limita, igualmente, a extensão do corpo paralelamente à superfície de engate devida à expansão térmica do corpo.
Quando o suporte compreende um corpo relativamente rigido tendo uma superfície de engate modelada para engate com o artigo, e, pelo menos, uma almofada formada a partir de um material elastomérico, o corpo rígido pode, de um modo vantajoso, ser maquinado a partir de um material relativamente rígido, tal como metal ou madeira. De um modo preferido, o corpo rigido é formado num molde, de um modo preferido, a partir de uma resina endurecível, tal como a resina de poliuretano ou epoxídica.
Quando o corpo rígido é formado de uma resina endurecível, a resina pode, de um modo vantajoso, incluir um pó de metal ou de carga de isolamento para aumentar ou diminuir uma condutibilidade térmica da resina. 0 material elastomérico pode, de um modo vantajoso, compreender uma resina de silicone, tal como a resina de silicone do tipo S ou V da Silastic (Silastic é uma marca registada), disponível a partir da Dow Corning Corporation.
As fibras relativamente inextensíveis são, de um modo preferido, fibras de vidro. 11 A invenção consiste, igualmente, num tal suporte com um artigo sobre o qual deve ser impressa uma imagem por impressão por transferência térmica a partir de uma folha de retransferência intermédia.
Num outro aspecto, a presente invenção proporciona um método de fazer um suporte para um artigo sobre o qual deve ser impressa uma imagem por impressão térmica a partir de uma folha de retransferência intermédia, o método de transferência compreendendo formar um suporte com uma superfície de engate geralmente modelada para engate com o artigo e formando, pelo menos, uma parte da superfície de engate a partir de um material elastomérico, onde o suporte é como definido na reivindicação 1. A formação de, pelo menos, uma parte da superfície de engate de um material elastomérico compreende, de um modo preferido, modelar o material elastomérico de tal modo que, pelo menos, a uma temperatura à qual a impressão por transferência térmica ocorre, quando o artigo está engatado na superfície de engate, pelo menos, parte do material elastomérico se ajusta a, pelo menos, parte do artigo, A formação de, pelo menos, uma parte da superfície de engate a partir de um material elastomérico pode, de um modo vantajoso, compreender a aplicação de um material elastomérico endurecivel a, pelo menos, uma parte de uma cavidade de um molde.
De um modo preferido, a formação de, pelo menos, uma parte da superfície de engate a partir de um material elastomérico compreende a aplicação de um material elastomérico endurecivel 12 a, pelo menos, uma parte de uma cavidade de um molde, cavidade que é formada utilizando o artigo.
Quando, pelo menos, uma parte da superfície de engate é formada deste modo a partir do material elastomérico, a formação de um suporte com uma superfície de engate modelada para engate com o artigo pode, de um modo vantajoso, compreender encher a cavidade do molde em torno do material elastomérico com um material que endurece para formar uma estrutura rígida. A formação de, pelo menos, uma parte da superfície de engate a partir de um material elastomérico pode, de um modo vantajoso, compreender, ainda, a colocação de uma barreira na cavidade do molde para definir uma aresta da parte da superfície de engate que deve ser formada a partir do material elastomérico.
Quando o método inclui a colocação de uma barreira na cavidade do molde, a barreira pode, de um modo vantajoso, ser dotada de um recesso que abra de um modo reentrante, para produzir uma projecção correspondente a partir da aresta da parte da superfície de engate que é definida pela barreira.
Quando a cavidade do molde em torno do material elastomérico é cheia com o material que endurece para formar uma estrutura rígida, um recesso que abre de um modo reentrante é formado no suporte, o recesso sendo ocupado pela projecção da parte da superfície de engate, de um modo a fixar a parte da superfície de engate ao suporte. 0 método pode, de um modo vantajoso, compreender, ainda, introduzir primeiras extremidades de uma multiplicidade de 13 fibras relativamente inextensiveis no material elastomérico endurecível após ter aplicado o material elastomérico endurecível a, pelo menos, uma parte da cavidade do molde, com segundas extremidades das fibras estendendo-se para dentro da cavidade do molde, antes de encher a cavidade do molde em torno do material elastomérico com um material que endurece para formar uma estrutura rigida. A multiplicidade de fibras fixa o material elastomérico ao resto do suporte. A formação de, pelo menos, uma parte da superfície de engate a partir de um material elastomérico pode, de um modo vantajoso, compreender o enchimento de uma cavidade de um molde até um primeiro nível com um material elastomérico endurecível.
Quando, pelo menos, uma parte da superfície de engate é formada deste modo a partir do material elastomérico, formar um suporte com uma superfície de engate modelada para engate com o artigo pode, de um modo vantajoso, compreender a formação de uma camada de fibras relativamente inextensiveis sobre o material elastomérico endurecível na cavidade do molde, em seguida, encher o restante da cavidade com mais do material elastomérico endurecível para cobrir a camada de fibras. A inclusão da multiplicidade de fibras relativamente inextensiveis no suporte torna o suporte resistente à extensão paralelamente à camada de fibras. A formação de uma camada de fibras relativamente inextensiveis sobre o material elastomérico endurecível na cavidade do molde, de um modo preferido, compreende aplicar uma 14 manta compreendendo uma primeira multiplicidade de fibras entrelaçadas com, e de modo substancial perpendiculares a, uma segunda multiplicidade de fibras, sobre o material elastomérico endurecivel na cavidade do molde.
De modo alternativo, a formação de uma camada de fibras relativamente inextensíveis sobre o material elastomérico endurecivel na cavidade do molde pode, de um modo vantajoso, compreender aplicar uma manta compreendendo uma multiplicidade de fibras dispostas em orientações de modo substancialmente aleatório ao longo da manta sobre o material elastomérico endurecivel na cavidade do molde.
Num aspecto adicional a presente invenção proporciona um aparelho para a impressão por transferência térmica de uma imagem a partir de uma folha de retransferência intermédia sobre um artigo, o aparelho incluindo um meio de aquecimento adaptado para proporcionar um fluxo de gás aquecido para causar transferência do pigmento, uma bomba adaptada para estabelecer uma diferença de pressão através da folha e, pelo menos, um suporte para o artigo, o, pelo menos um, suporte tendo uma superfície de engate geralmente modelada para engate com o artigo, pelo menos, uma parte da superfície de engate sendo formada a partir de um material elastomérico, e onde o suporte é como definido na reivindicação 1.
De um modo preferido, o material elastomérico é modelado de tal modo que, pelo menos, a uma temperatura à qual a impressão por transferência térmica ocorre, quando o artigo está engatado na superfície de engate, pelo menos, parte do material elastomérico ajusta-se a, pelo menos, parte de uma parte associada do artigo. 15 0 aparelho pode ser personalizado para se adaptar a artigos específicos, variando um ou mais factores incluindo o número, tamanho, condutibilidade térmica, posição e configuração do, pelo menos um, suporte. 0 aparelho pode, sob outros aspectos, ser de construção convencional e pode ser utilizado de modo convencional. 0 meio de aquecimento portanto, de um modo conveniente, compreende um elemento de aquecimento e um ventilador. 0 meio de aquecimento pode funcionar para causar o pré-aquecimento da folha (tipicamente até uma temperatura no intervalo de 80 a 170 °C) para amolecer a folha e, igualmente, para aquecer a folha (tipicamente até uma temperatura no intervalo de 120 a 240 °C, habitualmente cerca de 160 °C) para causar transferência do pigmento. O meio de aquecimento pode, igualmente, ser utilizado para o pré-aquecimento opcional de artigos a ser tratados (tipicamente até uma temperatura no intervalo de 100 a 120 °C). 0 gás aquecido é, habitualmente, ar. O aparelho inclui meios para colocar a folha e o artigo em contacto íntimo, prontos para a etapa de transferência do pigmento. Estes meios compreendem, tipicamente, meios de vácuo, com o aparelho sendo, portanto, uma prensa de vácuo. Os meios de vácuo compreendem, de um modo conveniente, uma bomba de vácuo e uma válvula de purga associada. 16 0 aparelho, de um modo apropriado, inclui meios para manter uma folha de retransferência térmica em posição, sobre um artigo a ser impresso.
De modo desejável são proporcionados meios de plataforma, para causar movimento relativo entre o artigo e a folha, para colocar em contacto a folha (em condição amolecida, após o pré-aquecimento) e o artigo, com os meios de plataforma incluindo, de um modo conveniente, meios de elevação para elevar e baixar o suporte. 0 aparelho inclui, de um modo conveniente, meios de arrefecimento, tipicamente sob a forma de um ventilador para dirigir um fluxo de ar frio sobre o artigo e a folha, após a impressão, para arrefecer ambos. 0 aparelho inclui, de um modo apropriado, meios de controlo por computador para regular o funcionamento dos meios de aquecimento, meios de vácuo, meios de arrefecimento e meios de elevação. Os meios de controlo podem incluir um número de programas pré-definidos apropriados para imprimir uma variedade de materiais diferentes e pode, igualmente, ser programável por um utilizador para se adaptar a outras exigências. 0 aparelho pode ser utilizado para imprimir imagens sobre artigos feitos de uma vasta gama de materiais incluindo plást icos, metal, cerâmica, madeira, materiais compostos, etc., com os artigos sendo de construção sólida ou de paredes finas. Dependendo da natureza da superfície do artigo sobre o qual a imagem deve ser impressa, pode ser apropriado pré-tratar a superfície por aplicação de um revestimento de superfície ou verniz para melhorar a absorção de pigmentos transferidos. 17 0 aparelho é particularmente destinado a imprimir sobre artigos 3D, possivelmente tendo formas complexas incluindo formas curvas (côncavas ou convexas) incluindo curvas compostas.
Os artigos que têm sido impressos até agora incluem os invólucros de telemóveis e de ratos de computador, calçado desportivo e sacos para câmara formados a partir de materiais de plástico moldado.
Estão comercialmente disponíveis folhas de retransferência térmica apropriadas, como o media Pictaflex (Pictaflex é uma Marca Registada) da ICI Imagedata.
Podem ser formadas imagens na folha de retransferência por impressão com pigmentos transferíveis termicamente apropriados, de um modo preferido, por impressão por jacto de tinta.
Num aspecto adicional, a presente invenção proporciona um método de imprimir uma imagem a partir de uma folha de retransferência térmica sobre um artigo, compreendendo fazer a folha e o artigo entrar em contacto; e aquecer a folha por exposição a um fluxo de gás aquecido para causar transferência do pigmento da folha para o artigo, onde o artigo é contactado por uma superfície de engate de um suporte, pelo menos, uma parte da superfície de engate do suporte sendo formada a partir de um material elastomérico e em que o suporte é como definido na Reivindicação 1.
De um modo preferido, o material elastomérico é modelado de tal modo que, pelo menos, a uma temperatura à qual a impressão por transferência térmica ocorre, quando o artigo está engatado na superfície de engate, pelo menos, parte do material 18 elastomérico ajusta-se a, pelo menos, parte de uma parte associada do artigo, para impedir que o artigo seja deformado. 0 gás é, habitualmente, ar. 0 método, geralmente, inclui uma etapa de pré-aquecer a folha por exposição a um fluxo de gás aquecido, para amolecer a folha antes de colocar a folha e o artigo em contacto, 0 método pode incluir uma etapa opcional de pré-aquecer o artigo, de novo, tipicamente, por exposição a um fluxo de gás aquecido. A folha e o artigo pré-aquecidos são feitos, de um modo conveniente, para entrar em contacto por exposição a um vácuo. 0 vácuo é, de um modo apropriado, de um nível no intervalo de 30 a 85 kPa (e. g., cerca de 50 kPa) abaixo da pressão atmosférica. O método inclui, tipicamente, uma etapa de arrefecimento final. 0 pré-aquecimento do artigo é, tipicamente, a uma temperatura no intervalo de 100 a 120 °C durante cerca de 30 segundos, com condições dependendo do material da superfície do artigo a ser impresso. O pré-aquecimento da folha é, tipicamente, a uma temperatura no intervalo de 80 a 170 °C durante cerca de 30 segundos, com uma temperatura de cerca de 130 °C durante 30 segundos sendo apropriada para o media da Pictaflex. 19 A transferência de pigmento é, tipicamente, efectuada aquecendo até uma temperatura no intervalo de 120 a 240 °C, habitualmente cerca de 16 0 °C, por um tempo no intervalo de 15 segundos a 5 minutos, com condições dependendo de factores incluindo os pigmentos, a folha e o artigo.
Uma forma de realização de uma prensa de vácuo de acordo com a invenção, para impressão por transferência térmica de uma imagem a partir de uma folha intermédia de retransferência térmica para um artigo 3D, será agora descrita, assim como formas de realização de suportes para utilização neste aparelho, a título de ilustração, com referência aos desenhos anexos, nos quais:
As Figuras 1 e 2 são vistas em perspectiva da prensa de vácuo; A Figura 3 é uma vista esquemática em corte de componentes internos da prensa; As Figuras 4 a 6 são vistas esquemáticas em corte de componentes internos da prensa em diferentes fases de funcionamento; e As Figuras 7, 8, 9a, 9b, 10, 11a e 11b são vistas em corte de seis formas de realização de suportes.
Descrição pormenorizada dos desenhos A prensa 10 de vácuo ilustrada está na forma de uma unidade de secretária de formato A3, concebida para utilização com uma 20 folha de retransferência A3. A prensa é de forma geralmente cubóide, com dimensões globais de 800 mm de profundidade, 600 mm de altura e 600 mm de largura. A prensa compreende um invólucro tendo uma unidade 12 base e uma unidade 14 de tampa ligada de um modo articulado àquela na parte posterior, com a unidade de tampa sendo móvel manualmente entre uma posição inicial aberta (como mostrado na Figura 1) e uma posição fechada para utilização (como mostrado na Figura 2). A unidade base inclui um recesso 16 no qual está posicionada uma mesa 18 para receber uma disposição de artigos 3D a ser impressos ou decorados. Na mesa 18 está pousada uma placa 20 de ninho de alumínio poroso ou fibra dotada de um suporte 22 (vulgarmente referido como um "ninho" e descrito em pormenor abaixo com referência às Figuras 7 a 11b) formado para ser complementar com o artigo 52 a ser impresso, para actuar como um suporte daquele e impedir a distorção do artigo que de outro modo poderia ocorrer durante o aquecimento. Um vedante 24 periférico de borracha é proporcionado sobre a superfície superior da placa 20 de ninho para vedar no interior da unidade base. A mesa 18 pode ser elevada e baixada em torno de um eixo 26 por um mecanismo de cilindro de elevação (não mostrado) de uma posição baixa inicial (como mostrado na Figuras 1, 3 e 4) para uma posição elevada (como mostrado na Figuras 5 e 6) . A periferia do recesso 16 está rodeada por guias 27 de filme lineares (visíveis na Figura 1) para posicionar com precisão uma folha de retransferência A3 em posição sobre o recesso e segurar a folha em posição, repousando sobre um vedante 28 periférico de borracha. 21 A unidade 12 base inclui um sistema de vácuo incluindo uma bomba de vácuo e uma válvula de purga (não mostradas) para gerar um vácuo numa mangueira 30 flexível que passa através da mesa 18 para extrair ar imediatamente por baixo da placa 20 de ninho. A unidade base inclui, igualmente, um ventilador 32 de arrefecimento com motor eléctrico associado. A unidade 14 de tampa inclui um recesso 34 cuja periferia está rodeada por um vedante 36 de borracha que coopera com o vedante 28 da unidade base para, entre si, fixar e vedar uma folha 38 de retransferência, no invólucro, quando a unidade de tampa está na posição fechada. São proporcionados fechos 39 magnéticos (visíveis na Figura 1) para fixar a unidade de tampa na posição fechada. A unidade 14 de tampa inclui meios de aquecimento compreendendo um ventilador 40 com motor 42 associado e, a jusante do aquecedor eléctrico, elementos 44 para dirigir um fluxo de ar quente numa corrente descendente na unidade de tampa. O ar aquecido passa numa corrente ascendente através dos canais 46 para ser recirculado no interior do invólucro. O aparelho inclui meios de controlo por computador (não mostrados) e um painel 66 de controlo incluindo um meio de visor na frente da unidade base, visível nas Figuras 1 e 2.
Em utilização, uma imagem a ser impressa num artigo 3D é impressa (invertida) numa folha 38 de retransferência intermédia apropriada. Numa forma de realização, uma imagem é impressa sobre um media Pictaflex A3+ em rolo da ICI Imagedata (Pictaflex é uma Marca Registada) por um processo de impressão por jacto de 22 tinta numa impressora Epson 4400 (Epson é uma Marca Registada) utilizando tintas Artainium de sublimação de pigmento (Artainium é uma Marca Registada), cortado no tamanho da folha A3 e deixado secar.
Um artigo 52 a ser impresso é colocado na unidade 12 base, repousando sobre o suporte 22, com a superfície a ser decorada virada para cima. Segundo a natureza da superfície do artigo sobre o qual a imagem deve ser formada, pode ser apropriado pré-tratar a superfície por aplicação de um revestimento de superfície ou um verniz para melhorar a absorção de pigmentos transferidos. A unidade 14 de tampa é movida manualmente para a posição fechada. O meio de aquecimento é activado numa etapa de pré-aquecimento do artigo, com o ventilador 40 forçando ar quente a uma temperatura cerca de 110 °C a ser recirculado no interior do invólucro durante cerca de 30 segundos. Isto actua para pré-aquecer o artigo 52 a ser decorado. A unidade 14 de tampa é, em seguida, movida manualmente para a posição aberta. A folha 38 impressa de película Pictaflex A3 é colocada em posição sobre a unidade 12 base, sobre o recesso 16 no interior das guias e repousando sobre o vedante 28, com o lado impresso virado para o artigo. A unidade de tampa é movida manualmente para a posição fechada, sendo retida pelo fecho magnético, vedando a folha 38 em posição entre os vedantes 28 e os vedantes 36, como mostrado nas Figuras 3 a 6. 23
Numa etapa de pré-aquecimento da folha, o meio de aquecimento é activado, com o ventilador fazendo com que o ar quente a uma temperatura de cerca de 130 °C seja recirculado no interior do aparelho durante cerca de 30 segundos. A esta temperatura, a folha 38 amolece e torna-se viscoelástica e tem uma tensão de ruptura muito reduzida.
Enquanto se mantêm o aquecimento, a mesa 18 é elevada de um modo a que o artigo 52 passe através da folha 38 amolecida, como mostrado na Figura 5, com a folha sendo inicialmente aplicada de modo frouxo em torno do artigo.
Numa etapa de vácuo, enquanto se mantêm o aquecimento, o sistema de vácuo na unidade 12 base é, em seguida, posto a funcionar gerando um vácuo sob a folha de 15 polegadas de Hg (cerca de 50 kPa) abaixo da pressão atmosférica, através da mangueira 30, que actua para sugar a folha contra o artigo, como mostrado na Figura 6, com os vedantes 24 e 28 actuando para manter um vácuo. A folha amolecida ajusta-se à forma do artigo 52. Uma junta (não mostrada) feita de um material elastomérico pode ser colocada entre a placa 20 de ninho e o suporte 22, para evitar quaisquer intervalos entre a placa de ninho e o suporte, visto que, de outro modo, a folha amolecida poderia ser forçada para o interior de quaisquer destes intervalos e romper-se. A temperatura do meio de aquecimento é elevada, numa etapa de transferência do pigmento, para gerar ar quente a uma temperatura de cerca de 160 °C, com a temperatura a ser mantida a este nível durante cerca de 120 segundos. A esta temperatura elevada o pigmento difunde-se da folha para a superfície adjacente do artigo. A mesa 18 é baixada após um tempo apropriado e o vácuo aliviado. Numa etapa de arrefecimento, é insuflado ar frio numa corrente ascendente na unidade 12 base, pelo ventilador 32 de arrefecimento, durante cerca de 20 segundos, para atingir o artigo 52 a partir de baixo. Isto actua para arrefecer o artigo e a folha. A unidade 14 de tampa é, em seguida, movida manualmente para a posição aberta. A folha 38 é removida e descartada e o artigo 52 removido. O funcionamento dos meios de aquecimento, sistema de vácuo e ventilador de arrefecimento está sob o controlo dos meios de controlo por computador. O aparelho inclui um número de programas pré-definidos apropriados para imprimir sobre uma variedade de materiais diferentes e é, igualmente, programável por um utilizador para se ajustar a outras exigências. A Figura 7 mostra uma forma simplificada de uma primeira forma 70 de realização do suporte 22, conjuntamente com um artigo 72 que repousará sobre o suporte durante a utilização do aparelho. 0 suporte é, geralmente, rectangular em planta e destina-se a utilização com um artigo 72 que tem uma ou mais aberturas, das quais, por razões de simplicidade, apenas é mostrada uma na Figura 7, indicada pelo número de referência 77. A primeira forma 70 de realização compreende um corpo 74 rígido dotado de primeira e segunda almofadas 76 e 78, as almofadas estando unidas ao corpo por tiras de manta de fibra de vidro, uma das quais é indicada pelo número de referência 79. A primeira almofada 76 estende-se em torno da periferia da 25 superfície superior do suporte e tem uma forma correspondente a uma projecção do artigo 72. 0 método de fazer a primeira forma 70 de realização é como segue.
Um molde é formado a partir de modelação de argila com uma cavidade correspondente à forma do suporte 70 e as primeiras e segundas paredes de argila são construídas no interior da cavidade, a primeira parede de argila dividindo a cavidade numa grande parte central e um canal periférico exterior e a segunda parede de argila dividindo a grande parte central da cavidade numa pequena parte central e um canal periférico interno. Um agente desmoldante é aplicado a todas as superfícies das paredes da cavidade e da argila. As primeiras extremidades das tiras de manta de fibra de vidro são embebidas na primeira parede de argila, de modo a que as suas segundas extremidades se projectem para o interior do canal periférico exterior.
Resina de silicone da Silastic (Silastic é uma marca registada) do tipo S (disponível a partir da Dow Corning Corporation) é misturada e vertida no interior da pequena parte central para formar a almofada 78, e no canal periférico exterior da cavidade para formar a almofada 76. Imediatamente antes que a resina de silicone comece a gelificar, as primeiras extremidades de tiras adicionais de manta de fibra de vidro são embebidas nas superfícies expostas da resina de silicone, de modo a que as suas segundas extremidades se projectem das superfícies da resina de silicone para o interior da cavidade do molde. As paredes de argila são removidas e a resina de silicone é deixada curar e, em seguida, o agente desmoldante é aplicado 26 nas superfícies da cavidade anteriormente cobertas pelas paredes de argila. A resina epoxídica é misturada e vertida na cavidade do molde para encher a cavidade e formar o corpo 74. A resina epoxídica envolve as segundas extremidades das tiras de manta de fibra de vidro e, quando endurecida, as tiras de manta de fibra de vidro estão fixas com firmeza ao corpo 74 e às almofadas 76 e 78, de modo a que as almofadas estejam unidas ao corpo 74. A almofada 76 estende-se em torno da periferia do corpo 74 de tal modo que, quando o artigo 72 é colocado sobre o suporte, uma aresta periférica do artigo contacta com, e deforma, a almofada 76, que se ajusta à aresta. A almofada 78 ocupa uma parte próxima do meio da superfície superior do corpo 74, de tal modo que, quando o artigo 72 é colocado sobre o suporte, uma aresta do artigo que define um orifício 77 no artigo contacta com a almofada 78, que se ajusta à aresta do orifício 77. 0 orifício 77 é rectangular, como é a almofada 78 em planta, mas a almofada tem uma área maior do que o orifício, de modo que o orifício é vedado pela almofada 78. 0 engate das arestas do artigo 72 com as almofadas 76 e 78 evita quaisquer intervalos que, de outro modo, poderiam estar presentes entre a superfície do corpo 74 e o artigo 72, intervalos para dentro dos quais a folha 38 amolecida poderia ser forçada quando o vácuo é aplicado. A Figura 8 mostra uma segunda forma 80 de realização do suporte 22, compreendendo um corpo 82 rígido dotado de primeira e segunda almofadas 84 e 86. 27 0 método de fazer a segunda forma 80 de realização é como segue.
Como para a primeira forma 70 de realização, é formado um molde e uma primeira e segunda paredes de argila são construídas no interior da cavidade. A primeira parede divide a cavidade numa grande parte central e uma parte periférica exterior e, igualmente, envolve de modo substancial a parte periférica exterior, com excepção dos orifícios através dos quais a resina de silicone pode ser vertida. A parede, ou é formada de tal modo que é de maior espessura onde se encosta ao molde, í. e., a largura da secção da parte periférica exterior da cavidade diminui com a profundidade para o interior da cavidade, ou é proporcionada no lado adjacente à parte periférica exterior da cavidade com aberturas reentrantes. A segunda parede divide a grande parte central da cavidade numa pequena parte central e um canal periférico interno. A segunda parede é formada de tal modo que é mais larga onde se encosta ao molde, i. e., a largura da secção da pequena parte central da cavidade diminui com a profundidade para o interior da cavidade. A resina de silicone é misturada e vertida no interior da pequena parte central para formar a almofada 86 e no canal periférico exterior da cavidade para formar a almofada 84. Uma vez que a resina de silicone tenha curado, as paredes de argila são removidas e o agente desmoldante é aplicado nas superfícies da cavidade anteriormente cobertas pelas paredes de argila. A resina epoxídica é misturada e vertida no interior da cavidade do molde de modo a encher a cavidade para formar o 28 corpo 82. Quando a resina epoxídica tiver endurecido, as almofadas 84 e 86 estão unidas com firmeza ao corpo 82, porque as formas da primeira e segunda paredes fazem com que as almofadas tenham partes que se interligam com o corpo 82.
Na utilização do suporte, o funcionamento das almofadas 84 e 86 é o mesmo que o das da primeira forma de realização. A Figura 9a mostra uma terceira forma 90 de realização do suporte 22, compreendendo uma parte 92 de corpo formada integralmente com uma parte 94 de superfície, sendo a parte 92 de corpo formada em torno de uma manta 96 de fibra de vidro que torna a parte de corpo substancialmente rigida. O método de fazer a terceira forma 90 de realização é como segue.
Um molde é formado e um agente desmoldante é aplicado em todas as superfícies da cavidade. A resina de silicone é misturada e vertida no molde para encher a cavidade até dois terços da sua profundidade, para formar a parte 94 de superfície e parte da parte 92 de corpo. A resina de silicone é deixada gelificar e a manta 96 de fibra de vidro é aplicada sobre a resina de silicone parcialmente curada. Uma vez que a resina de silicone tenha curado, mais resina de silicone é misturada e vertida no interior da cavidade para encher a cavidade para formar o resto da parte 92 de corpo.
Quando o artigo 72 é colocado sobre o suporte, a aresta periférica do artigo e a aresta definindo o orifício 77 do artigo contactam com regiões correspondentes da parte 94 de 29 superfície, que se ajustam às arestas, evitando, deste modo, quaisquer intervalos entre as arestas do artigo e o suporte. A Figura 9b mostra uma quarta forma 91 de realização do suporte 22, compreendendo uma parte 93 de corpo formada integralmente com uma parte 95 de superfície, a parte 93 de corpo sendo formada em torno de uma primeira manta 97 de fibra de vidro e a parte 95 de superfície sendo formada em torno de uma segunda manta 99 de fibra de vidro. As mantas 9 7 e 99 de fibra de vidro são mantas não tecidas, embora sejam mostradas como tal na Figura 9b, mas, em vez disso, são mantas compreendendo uma multiplicidade de fibras de vidro dispostas em orientações substancialmente aleatórias ao longo das mantas. 0 método de fazer a quarta forma 91 de realização é como segue. É formado um molde utilizando um artigo a ser decorado para definir a forma da cavidade do molde. Um agente desmoldante é aplicado em todas as superfícies da cavidade. A resina de silicone é misturada e vertida no molde para encher a cavidade até um terço da sua profundidade, para formar a parte 95 de superfície. A resina de silicone é deixada gelificar e a manta 99 de fibra de vidro é aplicada sobre a resina de silicone parcialmente curada.
Uma vez que a resina de silicone tenha curado, mais resina de silicone é misturada e vertida no interior da cavidade para encher a cavidade até dois terços da sua profundidade, para formar parte da parte 93 de corpo. Esta resina de silicone é deixada gelificar e a manta 97 de fibra de vidro é aplicada sobre a resina de silicone parcialmente curada. Uma vez que esta 30 resina de silicone tenha curado, mais resina de silicone é misturada e vertida no interior da cavidade para encher a cavidade, para formar o resto da parte 93 de corpo.
Quando o artigo 72 é colocado sobre o suporte, a aresta periférica do artigo e a aresta definindo o orifício 77 do artigo deformam as regiões correspondentes da parte 95 de superfície, a qual se ajusta às arestas, evitando, deste modo, quaisquer intervalos entre as arestas do artigo e o suporte. A resina de silicone tem um elevado coeficiente de expansão térmica quando comparada com a maior parte dos artigos a ser decorados. Na ausência das mantas 97 e 99 de fibra de vidro, isto seria um problema quando o suporte e o artigo são aquecidos para decorar o artigo, porque a largura e a largura do suporte aumentariam e qualquer destas forçaria o artigo para fora do suporte ou deformaria o artigo.
As mantas 97 e 99 de fibra de vidro asseguram que a largura e a extensão do suporte permanecem substancialmente constantes enquanto o suporte é aquecido até à temperatura à qual o artigo é decorado, a expansão térmica do suporte sendo acomodada por um aumento na profundidade do suporte, o que não afecta o processo de decoração.
Foram realizados testes comparativos utilizando suportes com e sem as mantas de fibra de vidro. Um suporte para uma tampa de um computador portátil foi feito sem as mantas de fibra de vidro. Aquele tinha uma largura de 351,0 mm a 20 °C e 356,7 mm a 80 °C. Este aumento na largura fez com que a tampa do computador portátil fosse forçada para fora do suporte, com consequente ruptura da folha de película e falha do processo de decoração. 31
Um suporte semelhante foi feito utilizando as mantas de fibra de vidro. Este tinha uma largura de 351,0 mm a 20 °C e 352,1 mm a 80 °C, i. e., a modificação da largura do suporte devida à expansão térmica foi reduzida em mais de 80 por cento. 0 processo de decoração foi completado satisfatoriamente utilizando este suporte.
Verificou-se que as duas mantas de fibra de vidro impediram que as arestas do suporte se deformassem para cima enquanto o suporte era aquecido. A Figura 10 mostra uma quinta forma 100 de realização do suporte 22, compreendendo um corpo 102 rigido, coberto por um revestimento 104, sendo o revestimento fixo ao corpo por tiras de manta de fibra de vidro, uma das quais é indicada pelo número de referência 106. 0 método de fazer a quinta forma 100 de realização é como segue.
Um molde é formado e um agente desmoldante é aplicado em todas as superfícies da cavidade. A resina de silicone é misturada e pintada sobre a superfície da cavidade até uma espessura de cerca de 5 mm para formar o revestimento 104. Antes da resina de silicone gelificar, as primeiras extremidades das tiras de manta de fibra de vidro são embebidas na resina de silicone, com as segundas extremidades das tiras projectando-se para o interior da cavidade. A resina de silicone é deixada curar, em seguida resina epoxidica é misturada e vertida no interior da cavidade para encher a cavidade para formar o corpo 102 . 32 A resina epoxídica envolve as segundas extremidades das tiras de manta de fibra de vidro e, quando endurecida, as tiras de manta de fibra de vidro são unidas com firmeza ao corpo 102 e revestimento 104, fixando o revestimento ao corpo.
Quando o artigo 72 é colocado sobre o suporte, a aresta periférica do artigo e a aresta definindo o orifício 77 do artigo contactam com, e deformam, regiões correspondentes do revestimento 104, evitando deste modo quaisquer intervalos entre as arestas do artigo e o suporte.
As Figuras 11a e 11b mostram uma sexta forma 110 de realização do suporte 22, conjuntamente com um artigo 112 que repousará sobre o suporte durante a utilização do aparelho. A sexta forma 110 de realização compreende um corpo 114 rígido e uma almofada 116 amovível. A almofada 116 amovível é mostrada encaixada no corpo 114 na Figura 11a e removida do corpo 114 na Figura 11b. 0 método de fazer a sexta forma 110 de realização é como segue.
Um molde é formado e uma parede de argila é construída no interior da cavidade. A parede divide a cavidade numa parte central e numa parte periférica. São formadas projecções a partir de uma superfície inferior da cavidade na parte periférica da cavidade, as projecções correspondendo a projecções do artigo 112, uma das projecções sendo indicada pelo número de referência 118. 33 A resina de silicone é misturada e vertida no interior do canal periférico da cavidade para formar a almofada 116. Uma vez que a resina de silicone tenha curado, a parede de argila é removida e é aplicado agente desmoldante nas superfícies do molde anteriormente cobertas pela parede de argila. É misturada e vertida resina epoxídica no interior da cavidade do molde para encher a cavidade para formar o corpo 114 e deixada curar.
Caso seja desnecessário que a almofada 116 se estenda completamente em torno da periferia do corpo 114, podem ser proporcionadas duas ou mais almofadas separadas em vez da almofada 116. Nesse caso, o engate das projecções 118 do artigo com os orifícios formados nas almofadas pelas projecções do molde, ajuda a impedir o movimento das almofadas relativamente ao corpo 114, durante a utilização do suporte.
Foram realizados testes comparativos utilizando o aparelho de acordo com a invenção, incluindo os suportes mostrados nas Figuras 7, 8, 9a, 9b, 11a e 11b e um aparelho comparável sem os suportes. Aqueles mostraram que mais impressões uniformes de qualidade superior foram obtidas utilizando o aparelho de acordo com a invenção. A utilização dos suportes da invenção permitiu que fossem feitos artigos a partir de materiais plásticos, para serem impressos utilizando impressão por transferência térmica, partes que seriam deformadas num grau inaceitável, à temperatura e pressão utilizadas na impressão por transferência térmica, sem o suporte, porque o material elastomérico permite que o artigo seja apoiado de modo uniforme e evitou a perfuração da folha de filme, a qual, de outro modo, afectaria adversamente o processo de impressão por transferência térmica. 34
Deverá apreciar-se que a utilização de um material elastomérico para formar, pelo menos, uma parte da superfície de engate tem a vantagem adicional significativa de o artigo a ser decorado poder ser utilizado para formar a cavidade no molde para fazer o suporte. Anteriormente, era necessário fazer um modelo ligeiramente reduzido do artigo para formar a cavidade de modo a acomodar a espessura do artigo a ser decorado.
Lisboa, 21 de Novembro de 2011 35
Claims (9)
- REIVINDICAÇÕES 1. Suporte (22) para um artigo (52) sobre o qual deve ser impressa uma imagem por impressão por transferência térmica a partir de uma folha (38) de retransferência intermédia, tendo o suporte (22) uma superfície de engate geralmente modelada para engate no artigo (52), em que, pelo menos, uma parte da superfície de engate é formada a partir de um material elastomérico, caracterizado por o suporte (22) compreender um corpo relativamente rigido tendo uma superfície de engate geralmente modelada para engate no artigo (52) e, pelo menos, uma almofada formada a partir de um material elastomérico proporcionado na ou sobre a superfície de engate.
- 2. Suporte (22) de acordo com a reivindicação 1, em que a superfície de engate está dotada de, pelo menos, um recesso para receber a, pelo menos uma, almofada (76).
- 3. Suporte (22) de acordo com a reivindicação 2, em que a, pelo menos uma, almofada está fixa no, pelo menos um, recesso.
- 4. Suporte (22) de acordo com a reivindicação 1, em que o suporte (22) compreende ainda uma multiplicidade de fibras relativamente inextensíveis, estando as primeiras extremidades das fibras unidas ao corpo e estando as segundas extremidades das fibras unidas à, pelo menos uma, almofada. 1
- 5. Método de fazer um suporte (22) para um artigo (52) sobre o qual deve ser impressa uma imagem por impressão por transferência térmica a partir de uma folha (38) de retransferência intermédia, compreendendo o método formar um suporte (22) com uma superfície de engate geralmente modelada para engate no artigo (52) e formar, pelo menos, uma parte da superfície de engate a partir de um material elastomérico, estando o suporte (22) de acordo com a reivindicação 1.
- 6. Método de acordo com a reivindicação 5, em que formar, pelo menos, uma parte da superfície de engate a partir de um material elastomérico compreende a aplicação de um material elastomérico endurecível em, pelo menos, uma parte de uma cavidade de um molde, cavidade que é formada utilizando o artigo ( 52) .
- 7. Método de acordo com a reivindicação 5 ou 6, em que formar um suporte (22) com uma superfície de engate modelada para engate no artigo (52), compreende encher a cavidade do molde em torno do material elastomérico com um material que endurece para formar uma estrutura rígida.
- 8. Aparelho (10) para impressão por transferência térmica de uma imagem, a partir de uma folha (38) de retransferência intermédia, sobre um artigo (52), incluindo o aparelho meios de aquecimento adaptados para proporcionar um fluxo de gás aquecido para causar transferência de pigmento, uma bomba adaptada para estabelecer uma diferença de pressão através da folha e, pelo menos, um suporte (22) para o artigo (52), tendo o suporte (22) um corpo formado a partir de um 2 material elastomérico e estando o suporte (22) de acordo com a reivindicação 1.
- 9. Método de imprimir uma imagem, a partir de uma folha (38) de retransferência térmica, sobre um artigo (52), compreendendo fazer com que a folha (38) e o artigo (52) entrem em contacto; e aquecer a folha (38) por exposição a um fluxo de gás aquecido para causar transferência de pigmento da folha (38) para o artigo (52), em que o artigo (52) é engatado numa superfície de engate de um suporte (22), tendo o suporte um corpo formado a partir de um material elastomérico, estando o suporte (22) de acordo com a reivindicação 1. Lisboa, 21 de Novembro de 2011 3
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