PT2188449E

PT2188449E - Sistema para a fixação de um carril sobre um substrato sólido plano

Info

Publication number: PT2188449E
Application number: PT88041421T
Authority: PT
Inventors: Winfried Boesterling; Andre Hunold
Original assignee: Vossloh Werke Gmbh
Priority date: 2007-09-14
Filing date: 2008-09-12
Publication date: 2013-06-04
Also published as: US9010655B2; WO2009037204A1; EP2188449A1; RU2010114714A; CN101387091A; BRPI0816765A2; TW200920897A; US20100280720A1; US20100243752A1; US8401748B2; DE102007044055A1; KR20100065155A; EP2188449B1; ES2410257T3; PL2188449T3; TWI461588B; JP5346342B2; SA08290578B1; JP2010539358A; DE202007018566U1

Description

ΕΡ2188449Β1

DESCRIÇÃO

SISTEMA PARA A FIXAÇÃO DE UM CARRIL SOBRE UM SUBSTRATO

SÓLIDO PLANO A invenção é relativa a um sistema para a fixação de um carril sobre um substrato sólido plano com uma placa de condução para o apoio lateral do carril a ser fixo, com um elemento de mola, que se encontra apoiado sobre a placa de condução e que apresenta pelo menos um braço de mola, que exerce uma força de retenção elástica sobre a base do carril, e com um tensor para tensionar o elemento de mola, estando previsto um ângulo de apoio, que pode ser ligado ao substrato sólido e que tem uma superfície de encosto, contra a qual se encontra apoiada a placa de condução no seu lado virado para longe da base do carril. Conhece-se um sistema deste tipo do WO 2007/082553.

Os substratos sólidos, como as placas de suporte, as travessas e semelhantes, sobre os quais se monta sistemas do tipo de acordo com a invenção, também são denominados "via rápida". Ao contrário de uma via permanente formada por balastro solto, eles não apresentam elasticidade própria. Tipicamente, as vias sólidas são constituídas por placas de betão, sobre as quais também podem estar colocadas travessas fundidas de betão, que por sua vez suportam os carris. O apoio lateral dos carris sobre um substrato sólido deste tipo ocorre normalmente com dispositivos de apoio, que são posicionados nos dois lados da base do carril, entre a base do carril e um encosto disposto lateralmente com uma distância em relação à base do carril. Este apoio encontra-se moldado para este fim usualmente na forma de um ombro de apoio ou de outro meio semelhante no respetivo 1 ΕΡ2188449Β1 substrato sólido.

Assim, as travessas de betão tipicamente empregues para a fixação de carris sobre uma via sólida apresentam normalmente ombros de apoio laterais, contra os quais estão apoiadas as placas de condução para a condução lateral do respetivo carril. Através de elementos de fixação apropriados, normalmente de parafusos, fixa-se estas placas de condução diretamente no substrato sólido ou na respetiva travessa. Um sistema correspondente é conhecido na prática com a denominação, por exemplo, de "System 300". Usualmente, os elementos de fixação são empregues adicionalmente para tensionar um elemento de mola, que exerce uma força de retenção na direção do substrato sólido sobre a base do carril a ser fixo. Em função da moldagem do substrato e do meio de fixação empregue, são necessários meios de suporte e de fixação adicionais, para o alinhamento e para a fixação corretos dos carris.

Em superfícies de vias de conceção plana, ou seja, que não proporcionam ombros de apoio para o apoio lateral das placas de condução, não é possível empregar sistemas de fixação do tipo anteriormente descrito.

De modo a resolver este problema, foi proposto no WO 2007/082553 AI já mencionado no início, para o apoio lateral da placa de condução necessário para a condução lateral do carril, empregar um ângulo de apoio, aparafusável com o substrato sólido e tendo uma superfície de encosto, contra a qual a placa de condução se encontra apoiada no seu lado virado para longe da base do carril. O ângulo de apoio absorve as forças transversais provenientes do carril e transmitidas pela placa de condução durante o funcionamento. Com o ângulo de apoio, é assim possível de 2 ΕΡ2188449Β1 modo simples montar um sistema de fixação numa superfície plana, sem que seja necessário que esteja aí concebido um ombro de apoio especial ou algo equiparável. Na prática, é em todo o caso dispendioso montar ângulos de apoio feitos de modo convencional de um material de ferro.

Com estes antecedentes, surgiu o objetivo da invenção de conseguir um sistema para a fixação de carris, que permitisse com um manuseio simples um apoio seguro e prático de forma ótima do carril sobre um substrato sólido plano.

Em conformidade com a invenção, este objetivo foi resolvido por um sistema caracterizado pela reivindicação 1. Conceções vantajosas deste sistema encontram-se indicadas nas reivindicações relativas à reivindicação 1.

Em conformidade com a invenção, foram produzidos os ângulos de apoio de plástico, indicados num sistema do tipo mencionado no início descrito no WO 2007/082553 AI. De forma surpreendente, verificou-se que esses ângulos de plástico, apesar de à primeira vista terem pouco poder de absorção de forças, eles são suficientes para apoiar as placas de condução angulares contra as forças transversais exercidas na prática.

Neste caso, os ângulos de apoio de plástico de acordo com a invenção permitem uma introdução particularmente protetora dos materiais das forças que surgem durante o funcionamento. Ao mesmo tempo, com a utilização de um plástico para a produção dos ângulos de apoio consegue-se impedir que, através do ângulo de apoio, se dê uma ligação elétrica entre o carril e o substrato. Com a utilização de plásticos para a produção dos ângulos de apoio, poderá ainda conseguir-se uma clara economia ao nível do peso. 3 ΕΡ2188449Β1

Como material de plástico para a produção dos ângulos de apoio, adequam-se por exemplo as poliolefinas ou a poliamida.

Os ângulos de apoio podem estar providos de nervuras de reforço, de modo a poderem absorver de forma particularmente segura as forças originadas durante o funcionamento. A solidez dos ângulos de apoio feitos de um plástico de acordo com a invenção pode ser ainda mais aumentada se o material de plástico contiver fibras de reforço.

Uma transferência particularmente boa das forças absorvidas pelo respetivo ângulo de apoio sobre o substrato sólido, sem a necessidade de preparar o substrato de forma especial para isso, pode ser conseguida se, na superfície de contacto com o solo do ângulo de apoio atribuída à superfície do substrato sólido estiver moldada uma estrutura rugosa estriada. A estrutura rugosa pode estar preferencialmente moldada como os dentes de uma serra na sua secção, de modo a introduzir as respetivas forças transversais de modo particularmente seguro no substrato. Para este fim, podem estar moldadas na superfície de contacto com o solo do ângulo de apoio, depressões em forma de linhas paralelas à superfície de encosto.

Em alternativa ou complementarmente a uma determinada rugosidade da superfície de contacto com o solo do ângulo de apoio atribuída ao substrato sólido, também é possível estar prevista uma camada intermédia posicionada entre a superfície de contacto com o solo do ângulo de apoio e a superfície do substrato sólido, a qual aumenta o coeficiente de fricção entre a superfície de contacto com o solo do ângulo de apoio e a superfície do substrato sólido. 4 ΕΡ2188449Β1

De modo a facilitar a sua montagem o mais possível, a camada intermédia já pode estar bem ligada à superfície de contacto com o solo do ângulo de apoio logo no pré-fabrico do ângulo de apoio.

Para o aparafusamento do ângulo de apoio sobre o substrato sólido, o ângulo de apoio pode ter uma abertura de passagem para um parafuso de fixação. Uma montagem particularmente simples, preferencialmente automática, pode ser conseguida se estiver previsto um elemento tensor feito de material plástico elástico, gue na posição de montagem sujeita o parafuso enfiado na abertura de passagem a uma força de retorno dirigida contra a força tensora exercida pelo parafuso. Neste caso, este elemento tensor fica aí preso, sem se perder, diretamente na respetiva abertura de passagem. Caso se empregue um elemento tensor deste género, deixam de ser necessários os anéis de mola para o tensionamento dos elementos dos sistemas de fixação conhecidos usualmente empregues, com freguência de manuseio complicado.

De modo a ser possível ajustar a posição de um ângulo de apoio empregue de acordo com a invenção, de forma simples na posição do carril ou da placa de condução existente entre o carril e o ângulo de apoio, podem existir no ângulo de apoio meios que permitam uma fixação do ângulo de apoio numa posição relativamente ao carril a ser fixo, na qual a superfície de encosto do ângulo de apoio se encontra alinhada num ângulo relativamente ao eixo longitudinal do carril. Estes meios de ajuste podem estar formados por duas aberturas de passagem moldadas no ângulo de apoio, através das quais se pode enfiar um parafuso de fixação, respetivamente, de modo a que um parafuso tenha uma distância diferente do outro parafuso em relação à superfície de encosto do ângulo de apoio. 5 ΕΡ2188449Β1

Do mesmo modo, para um ajuste simples da posição de um ângulo de apoio empregue de acordo com a invenção na respetiva posição do carril ou da placa de condução, poderá ser favorável prever no ângulo de apoio um meio para ajustar a sua posição numa direção alinhada normalmente em relação à sua superfície de encosto. Na prática, este meio pode ser concretizado, por exemplo, como bucha excêntrica ou disco dentado, por sua vez de preferência de plástico.

Outra possibilidade muito prática de compensar imprecisões de fabrico ou de montagem da atribuição do ângulo de apoio e do carril ou da placa de condução, consiste em a placa de condução estar apoiada através de um elemento cuneiforme pontiagudo na direção longitudinal do carril a ser fixo contra a superfície de encosto do ângulo de apoio. A disposição de um elemento cuneiforme deste tipo entre a placa de condução e o ângulo de apoio também permite compensar maiores posicionamentos incorretos de ângulo de apoio e de placa de condução, sem ser necessário para isso uma placa de condução ajustada de modo especial. Ocorre em vez nesta conceção da invenção, a compensação por sua vez unicamente através da deslocação do elemento cuneiforme.

Uma vantagem essencial da invenção consiste, a este respeito, em a placa de condução poder ser executada unitariamente com uma espessura de parede uniforme. Isto proporciona não só um peso mínimo, como permite também uma introdução particularmente uniforme das forças absorvidas pela placa de condução no elemento cuneiforme e deste para o ângulo de apoio. Na sequência da carga uniforme, a placa de condução pode ter uma conceção muito pequena e de baixo peso.

De modo a garantir um encosto ótimo do ângulo de apoio 6 ΕΡ2188449Β1 e da placa de condução no elemento cuneiforme, o elemento cuneiforme deverá ter uma primeira superfície de encosto atribuída à placa de condução e uma segunda superfície de encosto atribuída ao ângulo de apoio, que inclui um acutângulo com a primeira superfície de encosto.

Experiências práticas mostraram resultar um efeito particularmente bom por parte de um elemento cuneiforme empregue de acordo com a invenção, se as superfícies de encosto do elemento cuneiforme incluírem um ângulo de 5 -15° .

Uma fixação mais segura do elemento cuneiforme na posição por sua vez ajustada aquando da montagem pode ser conseguida, se a superfície de encosto atribuída à placa de condução apresentar pelo menos um ressalto e/ou um recesso, de ligação de união positiva com pelo menos um ressalto e/ou recesso moldado em conformidade, moldado na superfície de encosto da placa de condução atribuída à superfície de encosto em questão do elemento cuneiforme. Neste caso, prefere-se mais do que um ressalto e/ou recesso na superfície de encosto atribuída à placa de condução. Ao montar-se a placa de condução e o elemento cuneiforme com união positiva ficando engrenados um no outro e pelo facto de a placa de condução ficar assim tensionada contra o substrato sólido, a ligação de união positiva do elemento cuneiforme e da placa de condução é sobreposta por uma ligação de união positiva conseguida através das forças tensoras exercidas pela placa de condução sobre o elemento cuneiforme, que impede um desprender automático da ligação do elemento cuniforme e da placa de condução.

As propriedades de utilização particularmente favoráveis de um sistema de acordo com a invenção resultam neste contexto de os ressaltos e/ou recessos ficarem, no 7 ΕΡ2188449Β1 estado montado do elemento cuneiforme, paralelos relativamente ao lado superior do substrato sólido plano. A eficácia da sujeição do elemento cuniforme com a força de retenção transmitida pela placa de condução pode ser melhorada, se na placa de condução estiver concebido um ressalto, que, na posição montada, fica sobre o lado superior livre do elemento cuneiforme.

Se, para uma condução segura do respetivo veiculo ferroviário sobre o carril a ser fixado com o sistema de acordo com a invenção, for necessário colocar o carril obliquo num determinado grau, isso poderá ser conseguido, num sistema de acordo com a invenção, caso se preveja uma placa de base através da qual seja possível apoiar o carril a ser fixado sobre o substrato sólido, indo esta placa de base apresentar uma superfície de contacto com o solo atribuída ao substrato sólido e uma superfície de apoio atribuída ao lado inferior da base do carril a ser fixado, e estando a superfície de apoio, na sua secção, inclinada com um ângulo relativamente à superfície de contacto com o solo.

Em especial no caso em que exista uma placa de base, pode estar concebido, no lado atribuído ao carril a ser fixado da placa de condução, um ressalto que no estado montado engata a placa de base ou a base do carril. Este ressalto impede de modo particularmente seguro e mesmo assim de modo simples um levantamento da placa de condução sob condições de funcionamento desfavoráveis. No caso de estar prevista uma camada intermédia elástica, sobre a qual se encontra a placa de base no estado acabado de montar do sistema de acordo com a invenção, poderá para este fim estar concebido um entalhe na camada intermédia, no qual engata o ressalto na posição de montagem. 8 ΕΡ2188449Β1

Seguidamente, a invenção é explicada em maior detalhe com base num desenho que representa um exemplo de execução. As Figuras mostram:

Fig. 1 um sistema para a fixação de um carril numa vista de cima;

Fig. 2 o sistema de acordo com a Fig. 1 numa vista de um corte parcial frontal;

Fig. 3 um ângulo de apoio empregue no sistema mostrado na Fig. 1 numa vista de cima;

Fig. 4 o ângulo de apoio de acordo com a Fig. 3 numa vista em perspectiva parcial;

Fig. 5 um recorte A da Fig. 2 numa vista ampliada. 0 sistema 1 para a fixação de um carril 2 sobre um substrato 3 sólido formado por uma placa de betão compreende uma placa intermédia elástica 4, que fica diretamente sobre a superfície plana de lado a lado 5 do substrato sólido 3.

Sobre a placa intermédia 4, encontra-se uma placa de base 6 de aço, que cobre a placa intermédia 4 e que, na utilização prática, ao ultrapassar o carril 2 com um veículo ferroviário aqui não mostrado, distribui cargas originadas, que atuam através do carril 2 sobre a placa de base 6, sobre a placa intermédia 4.

Sobre a placa de base 6 encontra-se outra camada intermédia 7. A sua largura corresponde no máximo à largura da base 8 do carril, que fica com o seu lado inferior sobre a camada intermédia 7. 9 ΕΡ2188449Β1

De modo a ajustar uma inclinação eventualmente necessária do carril 2 relativamente à superfície plana 5 do substrato sólido 3, a placa de base 6 pode apresentar uma forma de secção cuneiforme, indo o lado superior atribuído à base do carril 8 com o lado inferior da placa de base 6 atribuído à placa intermédia 4 formar um acutângulo.

Para o apoio lateral do carril 2 relativamente às forças transversais originadas aquando da transposição, encontra-se nos dois lados da base do carril 8 um placa de condução 9,10, respetivamente. As placas de condução 9,10 apresentam por sua vez uma superfície de apoio 11 sobre a base do carril 8 e ficam, através de secções de apoio 11a correspondentes, sobre a superfície plana 5 do substrato sólido 3.

Na sua secção inferior, adjacente na superfície do substrato sólido 3, pode estar moldado na superfície de apoio 11 das placas de condução 9,10 um ressalto excêntrico não representado aqui, que sobressai num entalhe, moldado em conformidade e também não mostrado aqui, da placa intermédia elástica 4 e que, com isso, engata por debaixo da placa de base 6. Deste modo, a respetiva placa de condução 9,10 é mantida com união positiva na direção vertical, de modo a que fique excluído de modo seguro o levantamento das placas de condução 9, 10 do substrato 3 mesmo no caso do aparecimento de forças longitudinais FL ou de forças transversais FQ desfavoráveis nesta perspetiva.

Nos seus lados superiores livres, as placas de condução 9, 10 apresentam elementos moldados de modo conhecido, que formam conduções para respetivamente um grampo de carril 12,13 em forma de ω, que serve como elemento de mola para tensionar o carril 1 sobre o 10 ΕΡ2188449Β1 substrato sólido 3. Para tensionar os grampos de carril 12,13, encontram-se previstos tensores na forma de parafusos 14,15, aparafusados numa bucha aplicada no substrato sólido 3 não mostrada aqui. Neste caso, os parafusos 14,15 tensionam com a sua cabeça a secção intermédia dos grampos de carril 12,13 de modo de si conhecido, pelo que os grampos de carril 12,13 exercem, através das extremidades dos seus braços que ficam sobre o lado superior livre da base do carril 8, a força de retenção com elasticidade de mola necessária sobre a base do carril 8. 0 apoio lateral das placas de condução 9,10 ocorre através de um elemento cuneiforme 16,17, respetivamente, contra um ângulo de apoio 18,19, respetivamente.

Os elementos cuneiformes 16,17 apresentam, por sua vez, uma forma de base triangular vista de cima, em que a respetiva superfície de encosto 20, atribuída à respetiva placa de condução 9,10, paralela, na sua posição montada, relativamente ao carril 2, forma com a sua superfície de encosto 21 atribuída ao respetivo ângulo de apoio 18,19 um acutângulo al de 5 - 15°, quando visto de cima.

Ao mesmo tempo, a superfície de encosto 20 está inclinada relativamente à vertical, de modo a que a superfície de contacto com o solo 22 inferior atribuída ao substrato sólido 3 seja mais larga do que o lado superior livre 23 dos elementos cuneiformes 16,17. À superfície de encosto 20 dos elementos cuneiformes 16,17 está atribuída por sua vez uma superfície de encosto 24, da respetiva placa de condução 9,10, inclinada ao contrário, alinhada paralelamente ao carril 2. Na superfície de encosto 20 dos elementos cuneiformes 16,17 e 11 ΕΡ2188449Β1 na superfície de encosto 24 das placas de condução 9,10, encontram-se moldados depressões 25,26 e ressaltos 27,28 correspondentes, em linha ao longo da largura das superfícies 20,24 correspondentes, de modo a que os ressaltos 27 do respetivo elemento cuneiforme 16,17 engatem nas depressões 26 da respetiva placa de condução 9,10 e o inverso.

Deste modo, produz-se uma ligação de união positiva dos elementos cuneiformes 16,17 com a respetiva placa de condução 9,10. A fricção que se instala, em consequência das forças tensoras exercidas sobre as placas de condução 9.10 pelo respetivo parafuso 14,15, na zona desta ligação de união positiva, é de tal maneira grande que ocorre um bloqueio automático e impede-se de modo seguro a saída automática dos elementos cuneiformes 16,17 da sua posição de montagem mesmo no caso de grandes forças transversais. A tensão das placas de condução 9,10 contra o respetivo elemento cuneiforme 16,17 é adicionalmente suportada através de uma secção de carga 29, proeminente na direção do respetivo elemento cuneiforme 16,17, que está formada na respetiva placa de condução 9, 10 na zona de transição da sua superfície de encosto 24 para o seu lado superior. A secção de tensão 27 está neste caso moldada e concebida de modo a exercer, no caso de placas de condução 9.10 no seu estado montado final e tensionado, uma força de pressão P sobre o respetivo elemento cuneiforme 16,17.

De modo a facilitar o alinhamento preciso dos elementos cuneiformes 16,17 em relação às placas de condução 9,10, que lhes estão atribuídas, estão previstas marcações 28 nos elementos cuneiformes 16,17 e nas placas de condução 9,10, que facilitam uma leitura da respetiva posição relativa. 12 ΕΡ2188449Β1

Os ângulos de apoio 18,19 são produzidos como peça única, respetivamente, a partir de um plástico reforçado com fibras. Apresentam uma superfície de apoio 31 que encosta à superfície de encosto 21 do respetivo elemento cuneiforme 16,17 que lhe está atribuído, e cuja altura é superior à altura dos elementos cuneiformes 16,17. A superfície de apoio 31 está concebida no lado frontal livre de uma secção de apoio 32 do ângulo de apoio 18,19, que forma um ângulo reto em relação a uma secção de base 33, do ângulo de apoio 18,19, que se encontra sobre a superfície 5 do substrato sólido 3.

Relativamente à secção de base 33, a secção de apoio 32 está apoiada contra a secção de base 33 através de três secções de reforço 34,35,36 triangulares quando vistas de lado, essencialmente rectangulares a partir dela, cujo lado superior livre a partir do lado superior da secção de apoio 32 é oblíquo para baixo. Das secções de reforço 34,35,36, uma está concebida no bordo exterior e outra ao meio dos ângulos de apoio 18,19.

Na zona dos espaços livres que ficam entre as secções de reforço 34,35,36, encontra-se moldada uma abertura de passagem 37,38 na secção de base 33 dos ângulos 18,19. Os pontos intermédios destas aberturas de passagem 37,38 apresentam uma distância diferente relativamente à superfície de apoio 31 dos ângulos de apoio 18,19, de modo a que, visto de cima, a linha de ligação dos pontos intermédios das aberturas de passagem 37,38 formem com a superfície de apoio 31 um acutângulo cx2, com precisamente o mesmo tamanho que o ângulo al formado pela superfície de encosto 21 e a superfície de encosto 20 dos elementos cuneiformes 16,17. Deste modo, é possível fixar o respetivo ângulo de apoio 18,19 com a utilização de duas buchas, aqui não visíveis, empregues no substrato sólido 3, dispostas 13 ΕΡ2188449Β1 numa linha paralela ao carril 2, de modo a que a sua superfície de apoio 31 se encoste com união positiva na superfície de encosto 21 que lhe está atribuída do respetivo elemento cuneiforme 16,17. A superfície de contacto com o solo, formada no lado inferior da secção de base 33, do ângulo de apoio 18,19 está por sua vez coberta por uma camada 3 9 que aumenta a resistência à fricção. Esta pode ser composta por um material de borracha, que pode estar vulcanizado diretamente sobre a secção de base 33, de modo a permitir uma montagem o mais simples possível, ou sendo aplicada apenas aquando da montagem como camada intermédia frouxa entre o respetivo ângulo de apoio 18,19 e o substrato sólido 3. A cada uma das aberturas de passagem 37,38, está atribuído um entalhe 40 circular visto de cima, que está moldado no lado superior da secção de base 33 e cujo meio está alinhado com o meio das aberturas de passagem 37,38. Nos entalhes 40, encontra-se por sua vez um anel 41,42 que serve de elemento tensor, que é feito de um material de plástico com elasticidade de mola. A altura dos anéis 41,42 deverá ser medida de modo a que os anéis, no estado pré-montado, sobressaiam do bordo do respetivo entalhe 40.

Com vista à montagem dos ângulos de apoio 18,19, enfia-se respetivamente um parafuso 43,44 através das aberturas de passagem 37,38 e aparafusa-se na respetiva bucha que está por debaixo, aqui não visível. Logo que a respetiva cabeça de parafuso esteja sobre os anéis elásticos 41,42, os anéis 41,42 são comprimidos com a continuação do movimento de aparafusamento, exercendo assim uma força de retorno elástica contra a força tensora exercida pelo respetivo parafuso 43,44. Deste modo, 14 ΕΡ2188449Β1 garante-se sempre uma fixação segura dos parafusos 43,44 e do ângulo de apoio 18,19 mesmo sob condições desfavoráveis.

De modo a preencher de forma segura o espaço existente entre a respetiva placa de condução 9,10 e a superfície de apoio 31 do ângulo de apoio 18,19 que lhe está atribuído, é possível deslocar o elemento cuneiforme 16,17 disposto entre o ângulo de apoio 18,19 em questão e a respetiva placa de condução 9,10 longitudinalmente ao longo do carril 2. Para isso, o parafuso 14,15, que aplica tensão na respetiva placa de condução 9,10 contra o substrato sólido 3, é solto de modo a desprender o bloqueio automático na zona da ligação de união positiva do respetivo elemento cuneiforme 16,17 com a respetiva placa de condução 9,10 e o elemento cuneiforme em questão 16,17 possa ser deslocado. Logo que fique assente nos dois lados com união positiva na superfície de encosto 31 do respetivo ângulo de apoio 18,19 e na superfície de encosto 24 da respetiva placa de condução 9,10, o respetivo parafuso de fixação 14,15 é de novo apertado, até que o respetivo grampo de carril 12,13 exerça a força de retenção necessária sobre a base do carril 8 e - com isso - restabeleça o bloqueio automático entre o respetivo elemento cuneiforme 16,17 e a respetiva placa de condução 9,10.

Deste modo, é possível realizar de forma particularmente simples um ajuste do sistema de fixação 1 na respetiva posição relativa do carril 2 e dos ângulos de apoio 18,19, sem ser necessário para isso decompor o sistema 1 nos seus componentes. 15 ΕΡ2188449Β1

REFERENCIAS 1 Sistema para fixar um carril 2 2 Carril 3 Substrato sólido 3 4 Placa intermédia elástica 5 Superfície plana do substrato sólido 3 6 Placa de base 7 Camada intermédia 8 Base do carril 9,10 Placas de condução 11 Superfície de apoio das placas de condução 9,10 11a Secções de apoio das placas de condução 9,10 12,13 Grampos de carril 14,15 Parafusos 16,17 Elementos cuneiformes 18,19 Ângulos de apoio 20 Superfície de encosto dos elementos cuneiformes 16, 17 21 Superfície de encosto dos ângulos de apoio 18,19 22 Superfície de encosto inferior dos elementos cuneiformes 16,17 23 Lado superior dos elementos cuneiformes 16,17 24 Superfície de encosto das placas de condução 9,10 25,26 Depressões 27,28 Ressaltos 29 Secção de tensionamento 30 Marcações 31 Superfície de apoio dos ângulos de apoio 18,19 32 Secção de apoio dos ângulos de apoio 18,19 33 Secção de base dos ângulos de apoio 18,19 34-36 Secções de reforço dos ângulos de apoio 18,19 37,38 Aberturas de passagem 39 Camada promotora da resistência à fricção 40 Entalhes 16 ΕΡ2188449Β1 41,42 Anéis elásticos 43,44 Parafusos al, a2 Ângulos FL Forças longitudinais FQ Forças transversais

Lisboa, 28 de Maio de 2013 17

Claims

ΕΡ2188449Β1 REIVINDICAÇÕES 1. Sistema para a fixação de um carril (2) num substrato sólido plano (3) com uma placa de condução (9,10) para o apoio lateral do carril a ser fixado (2), com um elemento de mola (12,13), que se encontra apoiado sobre a placa de condução (9,10) e que apresenta pelo menos um braço de mola, que exerce uma força de retenção elástica sobre a base (8) do carril (2), e com um tensor (14, 15) para tensionar o elemento de mola (12, 13), estando previsto um ângulo de apoio (18,19), que pode ser ligado ao substrato sólido (3) e que tem uma superfície de encosto (31), contra a qual fica apoiada a placa de condução (9,10) no seu lado virado para longe da base do carril (8), caracterizado por o ângulo de apoio (18,19) ser feito de um material de plástico.
2. Sistema de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o ângulo de apoio (18,19) ser feito de poliolefinas ou de poliamida.
3. Sistema de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado por o material de plástico conter fibras de reforço.
4. Sistema de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado por, na superfície de contacto com o solo inferior do ângulo de apoio (18,19) atribuída à superfície (5) do substrato sólido (3) , estar moldada uma estrutura rugosa.
5. Sistema de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por a estrutura rugosa ter uma secção dentada.
6. Sistema de acordo com uma das reivindicações 4 ou 5, 1 ΕΡ2188449Β1 caracterizado por estarem moldadas depressões em forma de linha, paralelamente à superfície de encosto (31), na superfície de contacto com o solo do ângulo de apoio (18, 19) .
7. Sistema de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado por, entre a superfície de contacto com o solo do ângulo de apoio (18,19) e a superfície do substrato sólido, se encontrar disposta posicionada a camada intermédia (39) que aumenta o coeficiente de fricção entre a superfície de contacto com o solo do ângulo de apoio (18, 19) e a superfície (5) do substrato sólido.
8. Sistema de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por a camada intermédia estar ligada de forma fixa à superfície de contacto com o solo do ângulo de apoio (18, 19) .
9. Sistema de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado por o ângulo de apoio (18, 19) ter uma abertura de passagem (37, 38) para um parafuso de fixação (43,44) e por estar previsto um elemento tensor (41, 42) feito de um material plástico elástico, que, na posição de montagem, sujeita o parafuso de fixação (43, 44), enfiado através da abertura de passagem (37, 38), a uma força de retorno dirigida contra a força tensora exercida pelo parafuso de fixação (43,44).
10. Sistema de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado por estarem previstos meios, no ângulo de apoio (18, 19), que permitem uma fixação do ângulo de apoio (18, 19) numa posição relativamente ao carril (2) a ser fixado, na qual a superfície de encosto do ângulo de apoio (18, 19) se encontra alinhada num ângulo 2 ΕΡ2188449Β1 (α1,α2) relativamente ao eixo longitudinal do carril (2).
11. Sistema de acordo com a reivindicação 10, caracterizado por os meios estarem formados por duas aberturas de passagem (37,38), moldadas no ângulo de apoio (18,19), através das quais se pode enfiar um parafuso de fixação (43,44), de modo a que um parafuso de fixação (44) tenha uma distância diferente do outro parafuso de fixação (43) relativamente à superfície de encosto (31) do ângulo de apoio (18, 19).
12. Sistema de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado por o ângulo de apoio (18, 19) apresentar um meio para ajustar a sua posição numa direção alinhada normalmente em relação à sua superfície de encosto (31) .
13. Sistema de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado por a placa de condução (9, 10) estar apoiada através de um elemento cuneiforme (16,17) pontiagudo na direção longitudinal do carril a ser fixo (2), contra a superfície de encosto (31) do ângulo de apoio (18, 19) .
14. Sistema de acordo com a reivindicação 13, caracterizado por o elemento cuneiforme (16, 17) ter uma primeira superfície de encosto (20) atribuída à placa de condução (9,10) e uma segunda superfície de encosto (21) atribuída ao ângulo de apoio (18, 19), que forma um acutângulo (al) com a primeira superfície de encosto (20).
15. Sistema de acordo com uma das reivindicações 13 ou 14, caracterizado por a superfície de encosto (20) atribuída à placa de condução (9,10) apresentar pelo menos um ressalto e/ou recesso (25, 27), que pode estar ligado com união 3 ΕΡ2188449Β1 positiva a pelo menos um ressalto e/ou recesso (26,28) moldado de modo correspondente, que se encontra moldado na superfície de encosto (24), da placa de condução (9, 10), atribuída à respetiva superfície de encosto (20) do elemento cuneiforme (16, 17).
16. Sistema de acordo com a reivindicação 15, caracterizado por estarem concebidos mais do que um ressalto e/ou recesso (25, 27) na superfície de encosto (20) do elemento cuneiforme (16, 17) atribuída à placa de condução (9, 10).
17. Sistema de acordo com uma das reivindicações 15 ou 16, caracterizado por os ressaltos e/ou recessos (25,26,27,28) se encontrarem, no estado montado do elemento cuneiforme (16, 17), paralelos ao lado superior (5) do substrato sólido plano (3) .
18. Sistema de acordo com uma das reivindicações 13 a 17, caracterizado por as superfícies de encosto (20, 21) do elemento cuneiforme (16, 17) formarem um ângulo 5 - 15°.
19. Sistema de acordo com a reivindicação 13 - 18, caracterizado por na placa de condução (9) estar moldada uma secção de tensionamento (29) que, na posição montada, se encontra sobre o lado superior livre do elemento cuneiforme (16, 17).
20. Sistema de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado por estar prevista uma placa de base (6), através da qual o carril a ser fixado (2) pode ficar apoiado sobre o substrato sólido (3) .
21. Sistema de acordo com a reivindicação 20, caracterizado por a placa de base (6) apresentar uma 4 ΕΡ2188449Β1 superfície de contacto com o solo atribuída ao substrato sólido (3) e uma superfície de apoio atribuída ao lado inferior da base (8) do carril (2) a ser fixado, e por a superfície de apoio da placa de base (6) estar alinhada com inclinação na sua secção num ângulo relativamente à superfície de contacto com o solo da placa de base (6).
22. Sistema de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado por, no lado da placa de condução (9, 10) atribuído ao carril a ser fixo (2), se encontrar concebido um ressalto que, no estado montado, engata por debaixo com a placa de base (6) ou com a base do carril (8) .
23. Sistema de acordo com a reivindicação 22, caracterizado por estar prevista uma camada intermédia (4) elástica, sobre a qual se encontra a placa de base (6), e por se encontrar moldado um entalhe na camada intermédia elástica, no qual engata o ressalto da placa de condução (9, 10) na posição de montagem. Lisboa, 28 de Maio de 2013 5