PT2187741E - Formas inovadoras de éster metílico de cddo - Google Patents

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Stephan D Parent
David T Jonaitis
Robert M Kral
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Description

DESCRIÇÃO «FORMAS INOVADORAS DE ÉSTER METÍLICO DE CDDO»
REFERÊNCIAS A PEDIDOS DE PATENTE RELACIONADOS
[0001] Esta aplicação reivindica prioridade sobre o pedido provisório de patente norte-americana 60/955,939, apresentado a 15 de Agosto de 2007.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
[0002] Os triterpenóides são biossintetizados em plantas, pela ciclização do esqualeno. Apesar de candidatas à utilização medicinal, estas moléculas de ocorrência natural apresentam uma actividade biológica relativamente fraca. Como tal, os investigadores têm procurado sintetizar análogos de potência reforçada (Honda et al., 1997 & 1998).
[0003] Foram reportados vários análogos sintéticos com capacidade de supressão da formação de novo de iNOS e COX-2 em macrófagos que tenham sido estimulados pelo IFN-γ ou LPS (Suh et al., 1998; Honda et al., 2002). Outro triterpenóide sintético, o 2-ciano-3,12-dioxoleana-l,9(11)-dien-28-oato (CDDO), exibe actividade anti-inflamatória e anti-proliferativa (Honda et al., 1998 & 2000).
[0004] O estudo do éster metilico de CDDO, 2-ciano-3,12-dioxoleana-l , 9 ( 1 1 ) -dien-2 8-oato (éster metilico de CDDO), Bore et al. (2002), determinou uma estrutura cristalina. Nessa forma, que é hidratada, a água coordena as 1 interacções que produzem uma determinada compactação e estrutura cristalinas.
RESUMO DA INVENÇÃO
[0005] Numa modalidade da presente invenção, é fornecida uma forma cristalina não hidratada do éster metílico do CDDO. A forma cristalina não hidratada contém, preferencialmente, um grupo espacial de P4212 2i2, com dimensões celulares unitárias de a=14,2 Á, b=14,2 Á e c=81,6 Á. A invenção contempla também uma composição farmacêutica numa forma de dosagem sólida, que compreende (i) uma quantidade terapeuticamente eficaz de uma forma cristalina não hidratada do éster metílico de CDDO com (ii) um veículo comestível.
[0006] A presente invenção é, adicionalmente, incorporada numa forma sólida vítrea do éster metílico de CDDO, com um padrão de difracção de raios X em pó com um pico de halo a aproximadamente 13,5 °2 Θ, conforme ilustrado na figura 2C, e uma temperatura de transição vítrea (Tg) . Em modalidades específicas, a Tg pode variar entre cerca de 120 a cerca de 135°C. Noutras modalidades, a Tg varia entre cerca de 125°C a cerca de 130°C. A forma sólida vítrea do éster metílico de CDDO pode apresentar um espectro PDF com valores de pico semelhantes aos apresentados na figura 28, de cerca de 5 Â a cerca de 20 A.
[0007] Além disso, a invenção fornece uma composição farmacêutica numa forma de dosagem sólida, que compreende (i) uma quantidade terapeuticamente eficaz de uma forma sólida vítrea não hidratada do éster metílico de CDDO com 2 (ii) um veículo comestível. A este propósito, uma aplicação da invenção é uma metodologia de tratamento de pacientes oncológicos, que envolve a administração de tal composição farmacêutica a um paciente oncológico. Uma aplicação desta invenção contempla também a administração da forma vítrea do éster metílico de CDDO em combinação com outro fármaco anticancerígeno. Por exemplo, o fármaco anticancerígeno pode ser a gemcitabina e o cancro pode ser o pancreático. Uma aplicação da invenção engloba também uma metodologia para o tratamento de doenças ou distúrbios que envolvam a inflamação e o stress oxidativo, agudo ou crónico, particularmente aquelas que são, em parte, caracterizadas pela sobrexpressão da sintase do óxido nítrico indutível (iNOS) ou da ciclooxigenase indutível (COX-2).
[0008] Adicionalmente, a invenção é incorporada numa forma de solvato de dimetanol do éster metílico de CDDO, com um padrão de difracção de raios X em pó com picos característicos, conforme mostrado na Tabela 18, e um padrão DSC, conforme ilustrado na figura 24. Nos termos da invenção, a forma de solvato de dimetanol pode ser utilizada como intermediária na produção da forma sólida vítrea do éster metílico de CDDO. Um método para a produção da forma sólida vítrea do éster metílico de CDDO, através da forma de solvato de dimetanol, compreende a produção da forma de solvato de dimetanol do éster metílico de CDDO e a secagem da forma de solvato de metanol.
[0009] De acordo com outra modalidade, a invenção é incorporada num método de cultivo de um cristal de dimetanolato de éster metílico de CDDO, que compreende a preparação de um éster metílico de CDDO purificado em metanol anidro aquecido, com a adição da solução quente a 3 um recipiente com metanol arrefecido e a filtraçao dos cristais resultantes.
[0010] De acordo com outra modalidade, a invenção é aplicada numa composição farmacêutica que inclui (i) uma quantidade terapeuticamente eficaz de éster metilico de CDDO e (ii) um excipiente, que corresponde a um formador de vidro, de modo a que a composição tenha uma Tg.
[0011] 0 excipiente pode, por exemplo, ser seleccionado entre um grupo composto por (A) um hidrato de carbono, derivado ou polímero de hidratos de carbono, (B) um polímero orgânico sintético, (C) um sal de ácido orgânico, (D) uma proteína, polipéptido ou péptido e (E) um polissacarídeo de elevado peso molecular. Os excipientes ilustrativos da classe dos poliméricos orgânicos sintéticos são a hidroxipropilmetilcelulose, como o éster ftálico de hidroxipropilmetilcelulose, um poli[1-(2-oxo-l- pirrolidinil)etileno ou copolímero do mesmo, como um copolímero de PVP/VA, e um copolímero de ácido metacrílico, tal como um copolímero de ácido metacrílico - acrilato de etilo (1:1).
[0012] Neste contexto, outro excipiente exemplar é a copovidona, que é um copolímero de 1-vinil-pirrolidona e acetato de vinilo (3:2).
BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS
[0013] A figura 1 descreve a estrutura química do éster metálico de CDDO. 4 [0014] A figura 2 apresenta o padrão XRPD das formas A (topo) e B (fundo) . De cima para abaixo: Forma A não micronizada; Forma A micronizada; Forma B.
[0015] A figura 3 apresenta as curvas de DSC e TG do éster metilico de CDDO (forma A).
[0016] A figura 4 apresenta a análise de fase quente da forma A - não micronizada.
[0017] A figura 5 apresenta a isoterma de sorção dinâmica de vapor da forma A - não micronizada.
[0018] A figura 6 apresenta as imagens obtidas por SEM da forma A - não micronizada.
[0019] A figura 7 apresenta a forma A antes (topo) e após (fundo) após o tensionamento a 195°C.
[0020] A figura 8 apresenta o espectro RMN da forma A - não micronizada.
[0021] A figura 9 apresenta a curva de MDSC da forma B do éster metilico de CDDO.
[0022] A figura 10 apresenta a forma B do éster metilico de CDDO antes (topo) e após (fundo) o tensionamento térmico a 200°C/HR ambiente, durante 60 minutos.
[0023] A figura 11 apresenta o espectro RMN da forma B do éster metilico de CDDO. 5 [0024] A figura 12 apresenta um desenho ORTEP de uma molécula simples da forma A, com marcação. Os átomos são representados por elipsóides térmicas anisotrópicas com 50% de probabilidade.
[0025] A figura 13 apresenta um desenho ORTEP dos conteúdos da unidade assimétrica dos cristais da forma A. Os átomos são representados por elipsóides térmicas anisotrópicas com 50% de probabilidade.
[0026] A figura 14 apresenta um diagrama de compactação de cristais da forma A, visto sobre o eixo cristalográfico a.
[0027] A figura 15 apresenta um diagrama de compactação de cristais da forma A, visto sobre o eixo cristalográfico b.
[0028] A figura 16 apresenta um diagrama de compactação de cristais da forma A, visto sobre o eixo cristalográfico c.
[0029] A figura 17 apresenta o padrão calculado de difracção de raios X em pó da forma A.
[0030] A figura 18 apresenta a XRPD experimental da forma A.
[0031] A figura 19 apresenta uma comparaçao dos padrões XRPD calculado e experimental para a forma A do éster metálico de CDDO.
[0032] A figura 20 apresenta um gráfico representativo da área sob a curva para as formas A e B, após a administração oral de 4,1 mg/kg a macacos cinomolgos. Cada ponto de 6 referência corresponde à concentração plasmática média de éster metilico de CDDO, em 8 animais. As barras de erro representam o desvio padrão dentro da população amostrada.
[0033] A figura 21 apresenta uma comparaçao da concentração plasmática da forma B do éster metilico de CDDO vs. forma
A, entre os animais n.° 505M (painel superior) e 507F (painel inferior).
[0034] A figura 22 apresenta uma comparação da concentração plasmática da forma B do éster metilico de CDDO vs. forma
A, entre os animais n.° 508F (painel superior) e 502M (painel inferior).
[0035] A figura 23 representa os termogramas do solvato de éster metilico hemi-benzóico de CDDO.
[0036] A figura 24 apresenta os termogramas do solvato dimetanólico de éster metilico de CDDO.
[0037] A figura 25 representa os dados TGIR referentes ao solvato dimetanólico de éster metilico de CDDO.
[0038] A figura 26 apresenta os padrões do solvato dimetanólico de éster metilico de CDDO, antes (topo) e após (fundo) a análise TGIR (até 140°C).
[0039] A figura 27 é uma representação da sobreposição dos dados PDF para as formas A vs. B. A ordem local é similar a 6 , o partir de 5 A, ate cerca de 20 A.
[0040] A figura 28 é uma representação da sobreposição de padrões amorfos por raios X para diferentes preparações da 7 forma B, mostrando uma uniformidade substancial entre as mesmas.
[0041] A figura 29 é uma representação esquemática do grupo espacial P432i2 (n.° 96).
[0042] A figura 30 apresenta as concentrações sanguíneas médias de éster metílico de CDDO após a administração individual de cápsulas de éster metílico de CDDO a macacos cinomolgos macho (fases 2 e 3).
DESCRIÇÃO DETALHADA DAS MODALIDADES PREFERIDAS
[0043] Tal como referido, o estudo de triterpenóides enquanto supressores da actividade da iNOS e, especificamente, da produção de NO, demonstrou a elevada potência do CDDO e do éster metílico de CDDO (IC50 < nível lnM ). Ver, Honda et al. (2000). 0 foco destes estudos foi dedicado ao éster metílico de CDDO solubilizado, proporcionando uma caracterização muito reduzida acerca de um sólido de éster metílico de CDDO. O trabalho de Bore et al. (2002) forneceu elucidações sobre uma estrutura, a primeira publicada para um triterpenóide, de uma forma cristalina solvatada do éster metílico de CDDO.
[0044] Para entender o potencial terapêutico do éster metílico de CDDO, descrito nas figuras 1 (estrutura química) e 2 (desenho ORTEP), os presentes inventores investigaram outras formas do composto que possuíam propriedades como uma solubilidade aquosa e estabilidade química superiores, úteis no desenvolvimento de um produto medicinal com uma farmacocinética adequada.
Consequentemente, os inventores descobriram duas formas do éster metilico de CDDO, distintas da forma cristalina apresentada por Bore et al. (2002), que apresentam tais propriedades e são, dessa forma e em pleno direito, candidatas ao desenvolvimento de fármacos.
[0045] A "forma A" do éster etílico de CDDO inventiva é não solvatada (não hidratada) e caracterizada por uma estrutura cristalina distintiva, com um grupo espacial de P43 212 (n.° 96), apresentado na figura 29, dimensões celulares unitárias de a = 14,2 Á, b = 14,2 Â e c = 81,6 Â, e por uma estrutura de compactação, apresentada nas figuras 14-16, onde três moléculas se encontram compactadas de forma hélica sobre o eixo cristalográfico b. A tabela 10, abaixo, enumera os dados adicionais de cristalização para a forma A, assim como os parâmetros de recolha de dados cristalográficos.
[0046] A outra forma da invenção, forma B, encontra-se numa fase única mas não apresenta tal estrutura cristalina definida. Preferencialmente, a forma B é tipificada por um espectro de difracção de raios X em pó (XRPD) distinto do da forma A (ver, figura 2, inter alia). Para além disso, a forma B apresenta uma biodisponibilidade surpreendentemente melhor que a da forma A (ver, exemplo 7).
[0047] Foi já publicada a metodologia para a síntese de éster metilico de CDDO. Ver, patente US N.° 6,326,507, Honda et al. (1998) e Honda et al. (2000). Os inventores descobriram que tanto a forma A como a B do éster metilico de CDDO são, facilmente, preparadas a partir de uma variedade de soluções do composto, sendo ilustradas pelas discriminadas em detalhe nas tabelas 3-5, infra. Em 9 particular, a forma B pode ser preparada por evaporação rápida ou lenta, em MTBE, THF, tolueno ou acetato de etilo. De igual modo, a forma A pode ser preparada através de evaporação, rápida ou lenta, ou pelo arrefecimento progressivo da solução de éster metilico de CDDO em etanol ou metanol. As preparações de éster metilico de CDDO em acetona tanto podem produzir a forma A, através de evaporação rápida, como a B, através de evaporação lenta. São abaixo descritos os métodos de preparação adicionais, com inclusão das tabelas ai fornecidas.
[0048] Visto não apresentar uma estrutura cristalina definida, a forma B carece, de igual modo, de picos XRPD distintivos, tais como os que tipificam a forma A, sendo, em alternativa, caracterizada por um padrão XRPD de "halo" genérico. Em particular, a forma B não cristalina está inserida na categoria de sólidos "radiográficos amorfos", uma vez que o seu padrão XRPD apresenta 3 ou menos halos de difracção primários (ver, por exemplo, a figura 10). Dentro desta categoria, a forma B é um material "vítreo": Tal como mostrado pela PDF, as interacções átomo-átomo vizinho equivalem às observadas para a forma A cristalina, não sendo, contudo, aplicável uma noção de uma célula unitária média por não ser manifestada uma ordem de longo alcance.
[0049] Por conseguinte, ao contrário da forma A, as amostras da forma B apresentam uma correlação molecular de longo alcance, ou seja, acima de aproximadamente 20 Â (ver, figura 27) . Além disso, a análise térmica das amostras da forma B revela uma temperatura de transição vítrea (Tg) . Em contrapartida, um material nanocristalino desordenado, não apresenta uma Tg mas, em vez disso, uma temperatura de 10 fusão (Tm) , acima da qual a estrutura cristalina se torna liquida.
[0050] A presente descrição caracteriza também a forma de solvato dimetanólico de éster metilico de CDDO que pode ser utilizada na preparação da forma B (ver, exemplo 9). Também é aqui caracterizada a forma de semi-benzenato de éster metilico de CDDO (ver, exemplo 8).
[0051] Apesar de ter sido constatado que a micronização de outros materiais cristalinos afecta os espectros XRPD, a análise da forma A micronizada resulta num espectro semelhante ao da não micronizada. Ver a fiqura 2 para uma comparação lado a lado das formas A, não micronizada e micronizada, e B do éster metilico de CDDO.
[0052] Podem ser utilizados conjuntamente vários meios de caracterização para a distinção entre as formas A e B do éster metilico de CDDO, entre si e de outras formas do éster metilico de CDDO. Os exemplos ilustrativos das técnicas adequadas a este propósito são a ressonância magnética nuclear em fase sólida (RMN), difracção de raios X em pó, cristalografia de raios X, calorimetria diferencial de varredura (DSC), sorção/dessorção dinâmica de vapor (DVS), análise de Karl Fischer (KF), microscopia de alta temperatura, calorimetria diferencial de varredura modulada, espectroscopia de infravermelho com transformadas de Fourier (FTIR) e a espectroscopia de Raman.
[0053] Em particular, a análise dos dados XRPD e DSC pode estabelecer a distinção entre as formas A, B e de semi-benzenato do éster metilico de CDDO. 11 [0054] As propriedades das formas do éster metílico de CDDO da invenção são distintivas, como acima mencionado, e favoráveis para a sua utilização enquanto agentes medicinais. Por exemplo, a biodisponibilidade das formas B e A do éster metilico de CDDO variou entre os macacos, quando lhes foram oralmente administradas posologias equivalentes das duas formas, em cápsulas de gelatina. Ver o exemplo 7. Adicionalmente, a estabilidade das formas recentemente identificadas do éster metílico de CDDO será útil para a produção de composições farmacêuticas. De forma semelhante à distinção entre as formas A e B do éster metílico de CDDO, entre si e de outras formas, as dispersões de CDDO-Me que conservam um carácter "radiográfico amorfo", conforme abaixo descrito em maior detalhe, podem ser separadas das que contêm a forma cristalina do éster metilico de CDDO através de diversas técnicas, incluindo a análise XRPD e DSC. Assim, as dispersões que contêm a forma A cristalina do éster metilico de CDDO apresentam, normalmente, picos discretos, característicos da forma pura, em particular, os que ocorrem a aproximadamente 13,35 e 8,78 (°2Θ) (ver, por exemplo, tabela 17, infra).
[0055] As propriedades de uma dispersão do excipiente polimérico do éster metílico de CDDO da invenção são distintivas e propícias à sua utilização enquanto agentes medicinais. Por exemplo, a biodisponibilidade das dispersões do éster metílico de CDDO seleccionadas, formuladas com aditivos inactivos adicionais, variou entre os macacos quando estes receberam posologias equivalentes das dispersões em cápsulas de gelatina. Ver, infra, o exemplo 7, fases de estudo 2 e 3. Em várias circunstâncias, as formulações que contêm dispersões do excipiente 12 polimérico metílico de CDDO produziram, surpreendentemente, reforços da biodisponibilidade, mesmo em relação a formulações produzidas a partir da forma B pura do éster metílico de CDDO.
[0056] A presença de múltiplas formas, incluindo as polimorfas, em sólidos farmacêuticos foi anteriormente descrita por, por exemplo, Cui (2007) . As formas cristalinas e amorfas de um composto podem apresentar diferentes características físicas e químicas. Por exemplo, as formas amorfas podem ter uma solubilidade reforçada face à da forma cristalina. Contudo, todos os compostos são únicos neste aspecto, devendo o grau em que o material amorfo irá diferir do estado cristalino ser investigado numa base causal, não podendo ser previsto a priori. Adicionalmente, alguns materiais amorfos são propensos à recristalização.
[0057] No presente contexto, a variabilidade entre os dados recolhidos pode dever-se a uma miríade de factores. Como tal, esta descrição aplica os termos "cerca" e "aproximadamente" para a indicação das variações entre os dados utilizados para descrever as formas do éster metílico de CDDO. Por exemplo, uma temperatura de fusão pode variar com base na instrumentação ou condições. No que concerne à precisão da medição, os estados USP <891> indicam que "no caso de fusão, as temperaturas de "início" e "pico" podem ser objectiva e reprodutivelmente determinadas, frequentemente, dentro de alguns décimos de grau. A experiência prática indica que tal não se aplica à medição da Tg de um material. A Tg irá depender de vários factores: forma de preparação e histórico térmico da amostra (relaxamento) , solvente residual que pode ou não ter sido 13 instrumento volatilizado antes da Tg, instrumento, preparação da amostra (massa, dimensão de partículas, compactação, diluentes), parâmetros utilizados para a medição da Tg (particularmente, a velocidade de varrimento), parâmetros utilizados para a localização da Tg (temperaturas de início, ponto intermédio, ponto de inflexão ou de desvio), se estiver presente um endotermo de relaxamento na Tg, entre outros. Alguns factores irão reduzir a Tg (plastificação associada à água/solvente residual), enquanto que outros a irão aumentar (velocidade de varrimento acelerada, relaxamento), podendo fazê-lo tanto quanto 10-15°C. A alteração na capacidade calorífica à Tg (ACp) pode ser importante, conforme reportado por Zhou et al., J. Pharmaceutical Sciences 91: 1863-72 (2002).
[0058] A presente descrição refere-se aos diferentes padrões de acordo com os seus picos "característicos". O conjunto ou grupo de tais picos é único para uma determinada forma polimórfica, dentro da incerteza imputável a instrumentos individuais e condições experimentais, respectivamente.
[0059] É 1 istado, para cada uma das formas cristalinas, um grupo de 5 picos característicos nas tabelas 17-19, constantes abaixo. A variação típica pode ser de ± 0.1°2Θ, mas a posição de pico pode variar, em algumas experiências, até ±0.2°2Θ ou mais. 14
Forma A
Tabela 17
Posição de Pico (°2Θ) 13,35 8,78 17,4 12, 94 14, 18
Tabela 18 - Dimetanolato Posição de Pico (°2Θ) ! 8,87 | 11,26 | 16,63 | 16,9 | 13,72 |
Tabela 19 - Semi-benzenato Posição de Pico (°2Θ) ! 14,17 j 9,25 | 16,32 | 14,62 | 17,11 j 15 [0060] O padrao XRPD do material vítreo (forma B) apresenta um extenso pico de halo a, aproximadamente, 13,5 °2Θ, que parece ser característico desta forma. Os outros halos não são tão bem definidos e a forma/posição deste padrão pode ser alterada em função do instrumento e das condições experimentais. A variação da posição deste extenso pico será maior que a dos picos característicos das formas cristalinas respectivas. Em particular, a variabilidade de até ±1°2Θ do extenso pico da forma B pode ser expectável em certos instrumentos.
[0061] 0 padrao XRPD dos materiais vítreos produzidos como dispersões de excipientes do éster metílico de CDDO apresenta também um extenso pico de halo, habitualmente centrado a cerca de 13,5 °2Θ. Estes materiais apresentam, do mesmo modo, uma Tg através de calorimetria diferencial de varredura modulada (MDSC). Tal como para as amostras da forma B do éster metílico de CDDO, a forma e posição do padrão XRPD para uma dispersão de excipientes podem alterar-se em função do instrumento utilizado, condições experimentais e do excipiente específico empregue na sua produção.
[0062] A presente invenção também se refere a dispersões de expicientes amorfos por XRPD das formas A, B e vítrea do éster metílico de CDDO, respectivamente, para utilização no tratamento de doenças associadas à inflamação, incluindo uma condição cancerosa e várias patologias com influência sobre o sistema nervoso central. Uma aplicação da presente invenção inclui o tratamento destas doenças com a administração de uma quantidade eficaz das formas inovadoras do éster metílico de CDDO aqui enumeradas, a um sujeito em necessidade da mesma. Estes compostos têm 16 utilidade para a atenuação ou prevenção da inflamação envolvida na etiologia da doença oncológica, doença de Alzheimer (DA), doença de Parkinson (DP), esclerose múltipla (EM), esclerose lateral amiotrófica (ELA), artrite reumatóide (AR) e outras doenças auto-imunes, doença inflamatória intestinal e outras condições patológicas associadas à produção excessiva de óxido nítrico ou prostaglandinas.
[0063] Como anteriormente referido, a expressão anómala ou excessiva da ciclooxigenase-2 (COX-2) ou da sintase do óxido nítrico indutível (iNOS) foi implicada na patogénese de muitos processos de doença, incluindo a carcinogénese a nível do cólon. Vários análogos sintéticos de triterpenóides, incluindo o éster metílico de CDDO, foram reportados como supressores da expressão da iNOS. Estudos relacionados demonstraram a supressão triterpenóide da expressão iNOS e COX-2 em macrófagos que tenham sido estimulados pelo IFN-γ ou LPS (Suh et ai., 1998; Honda et al., 2002). Como tal, é expectável que os tratamentos que envolvam a administração de formas do éster metílico de CDDO afectem a supressão de iNOS e COX-2.
[0064] A sobrexpressão do gene para a COX-2 é um evento precoce e central na carcinogénese do cólon (Prescott & White, 1996; Dubois et al., 1996). Os ratos com defeitos no gene APC (adenomatous polyposis coli) desenvolvem números elevados de pólipos intestinais numa idade precoce, tendo sido encontradas nestes pólipos elevações acentuadas dos níveis enzimáticos de COX-2. Estas constatações em animais correlacionam-se com a descoberta de níveis elevados de mRNA e proteína da COX-2 em cancros primários do cólon e linhas celulares cancerígenas em humanos (Prescott & White, 17 1996), acreditando-se que esta elevação conduz à supressão da apoptose, o que levaria, geralmente, à morte de células pré-neoplásicas (Tsujii & DuBois, 1996). A relevância funcional da COX-2 para a tumorogénese intestinal foi demonstrada pela eliminação do seu gene (Oshima et ai., 1996) . Os ratos portadores desta eliminação foram cruzados com portadores de lesões formadoras de pólipos no gene APC; a eliminação do gene da COX-2 causou uma diminuição dramática do número de pólipos nas crias. Além disso, o tratamento de animais experimentais com inibidores da COX-2 selectivos ou da C0X-1/C0X-2 não selectivos foi reportado como uma poderosa abordagem para a quimioprevenção do cancro intestinal (Mamett, 1992; Oshima et ai., 1996; Boolbol et al., 1996; Reddy et al., 1996; Sheng et al., 1997) . Tal como para o papel da iNOS na carcinogénese, está
claro que o NO é um potente mutagénio (Tamir & Tannebaum, 1996) que pode também activar a COX-2 (Salvemini et al., 1993, 1994). Existe também um decréscimo substancial da iNOS em tumores do cólon, em ratos, induzido pelo carcinogéneo azoximetano (Takahashi et al., 1997). A sobrexpressão da iNOS em tumores humanos foi, de modo semelhante, reportada como um factor de prognóstico negativo (e.g., Ekemekcioglu et al., 2006).
[0065] As vias de sinalização inflamatória e associadas a outras doenças, tal como as induzidas pela angiotensina II, estimulam, com frequência, uma produção excessiva de espécies reactivas de oxigénio ou nitrogénio (RONS), com inclusão do superóxido, peróxido de hidrogénio, óxido nítrico e peroxinitrito. Foi demonstrado que o éster metílico de CDDO é um potencial indutor da actividade antioxidante e um potente inibidor dos processos inflamatórios em vários tipos distintos de células 18 (Dinkova-Kostova et al., 2005; Liby et al., 2006; Ahmad et al., 2006; Shishodia et al., 2006). A inflamação grave, aguda, associada a uma variedade de causas que incluem a infecção, o traumatismo, as queimaduras e a exposição química, pode ser potencialmente letal e causar insuficiência hepática, renal, respiratória ou cardíaca. A inflamação crónica e o stress oxidativo a ela associado contribuem para a patologia de diversas doenças importantes, incluindo as doenças auto-imunes (e.g., artrite reumatóide, lúpus, psoríase e esclerose múltipla), doenças cardiovasculares (e.g., aterosclerose e insuficiência cardíaca), diabetes (tipo I e II), doenças respiratórias (e.g., doença pulmonar obstrutiva crónica e asma), doença renal crónica, insuficiência renal e hepática e os síndromes dolorosos (e.g., dor neuropática, fibromialgia e enxaqueca). Adicionalmente, os triterpenóides demonstraram inibir a replicação de HIV-1 em macrófagos (Vazquez et al., 2005), podendo por isso ser úteis no tratamento de doenças virais, particularmente daquelas em que a morbidade significativa é causada pela inflamação tecidual ou orgânica (e.g., hepatite virai, gripe, herpes simplex) .
[0066] A EM é conhecida como uma condição inflamatória do sistema nervoso central (Williams, Ulvestad & Hickey, 1994; Merrill & Beneviste, 1996; Genain &Nauser, 1997). Os mecanismos inflamatórios, oxidativos ou imunológicos podem estar envolvidos na patogénese da EM, DA, DP e ELA (Bagasra et al., 1995; Griffin et al., 1995; McGeer & McGeer, 1995; Good et al., 1996; Simonian & Coyle, 1996; Kaltschmidt et al., 1997). Tanto os astrócitos reactivos como os microgliócitos activados foram implicados no desencadeamento da NDD/NID; foi atribuído um ênfase 19 particular aos microgliócitos, enquanto células produtoras de NO e prostaglandinas como produto das respectivas enzimas, iNOS e COX-2. A formação de novo destas enzimas pode ser conduzida por citocinas inflamatórias, tais como o IFN-γ ou a interleucina 1. Por sua vez, a produção excessiva de NO pode conduzir a cascatas inflamatórias e/ou dano oxidativo em células e tecidos de muitos órgãos, incluindo os neurónios e oligodendrócitos do sistema nervoso, com consequentes manifestações em DA, EM e, possivelmente, DP e ELA (Coyle & Puttfarcken, 1993; Goodwin et al., 1995; Beal, 1996; Good et al., 1996; Merrill & Benvenist, 1996; Simonian & Coyle, 1996; Vodovotz et al., 1996). Os dados epidemiológicos indicam que a utilização crónica de AINEs, que bloqueiam a síntese de prostaglandinas a partir do araquidonato, reduz acentuadamente o risco de desenvolvimento da DA (McGeer et al. , 1996; Stewart et al., 1997). Como tal, as formas A e B do éster metílico de CDDO, enquanto agentes de bloqueio da formação de NO e prostaglandinas, devem ser úteis em abordagens terapêuticas para o tratamento ou prevenção da ND D.
[0067] Como anteriormente descrito, o CDDO-Me demonstrou, em vários estudos pré-clínicos, uma capacidade para a inibição da expressão da COX-2 e iNOS, enzimas que tanto estão associadas à inflamação como à carcinogénese. Também foi demonstrado que o CDDO-Me inibe a activação do factor nuclear κ B (NF-κΒ), transdutor de sinal e activador da transcrição 3 (STAT3), factores de transcrição associados à inflamação, progressão e resistência tumoral à terapia. Os estudos iniciais evidenciaram que o CDDO-Me inibiu o crescimento de muitas linhas celulares cancerosas; o valor médio de IC50 para o CDDO-Me no painel de linhas celulares 20 tumorais NCI-60 foi de, aproximadamente, 35 nM. Os estudos in vivo confirmaram que o CDDO-Me inibiu, com eficácia, o crescimento de tumores formados por linhas celulares tumorais ou cancerosas singeneicas humanas implantadas em roedores (tabela 16). As dosagens utilizadas nestes estudos encontravam-se, geralmente, num intervalo entre 10 e 100 mg/kg/dia, dependendo da espécie, estirpe e método de administração.
[0068] Os estudos abaixo detalhados fornecem dados obtidos em humanos que reflectem o efeito benéfico do éster metilico de CDDO em pacientes que sofrem de uma condição cancerosa. Ver o exemplo 10.
[0069] Face ao exporto, a presente invenção inclui formas farmacêuticas estáveis, de libertação controlada que contêm uma forma do éster metilico de CDDO. As formas farmacêuticas da invenção podem ser de administração única diária, para libertação retardada ou pulsátil, optimizando, portanto, a terapêutica através da equiparação do desempenho farmacocinético aos requerimentos farmacodinâmicos.
[0070] Quaisquer das formas A, B e formulações que contenham dispersões de excipientes de éster metilico de CDDO podem ser administradas pela via oral. O composto activo pode ser revestido por um material que o proteja da acção de ácidos e outras condições naturais que o possam inactivar. São também integradas pela presente invenção outras formas de administração, tais como a tópica, subcutânea, intravenosa e intraperitoneal. 21 [0071] Para administrar o composto terapêutico, pode ser necessário revesti-lo ou co-administrá-lo com um material que impeça a sua inactivação. Assim, quer a forma B como a A do éster metilico de CDDO podem ser administradas a um sujeito num veiculo apropriado, tal como os lipossomas, ou num diluente. Os diluentes farmacologicamente aceitáveis incluem as soluções tampão salinas e aquosas. Os lipossomas incluem, para além dos convencionais, emulsões CGF água-em-óleo e óleo-em-água. Ver, por exemplo, Strejan et al., J. Neuroimmunol. 7: 27(1984).
[0072] 0 composto terapêutico pode ser oralmente administrado, com diluentes inertes ou um veiculo comestível, para formar uma composição farmacêutica. Para este fim, o composto terapêutico da invenção, com outros ingredientes, pode ser encerrado numa cápsula de gelatina rígida ou mole, prensado em comprimidos ou directamente incorporado na dieta do sujeito. Para a administração terapêutica por via oral, as formas A e B podem ser incorporadas em excipientes e utilizadas na forma de comprimidos ingeríveis e bucais, pastilhas, cápsulas, elixires, suspensões, xaropes, hóstias e similares. Do mesmo modo, uma dispersão de excipiente pode ser apresentada em diversos tipos de formas farmacêuticas, incluindo as descritas para as formas A e B. A percentagem de composto terapêutico presente nas composições e preparações pode ser alterada, de acordo com a prática convencional, para a realização de uma posologia adequada do agente activo.
[0073] A presente invenção refere-se, adicionalmente, a uma composição farmacêutica que contém uma quantidade eficaz das formas B ou A do éster metilico de CDDO, associada a um 22 ou mais veículos farmacologicamente aceitáveis não tóxicos e/ou diluentes e, se desejado, outros ingredientes activos. Conforme acima referido, o composto activo pode ser produzido como uma dispersão homogénea de excipientes, com início em qualquer das formas A ou B. Tal dispersão de excipientes de éster metílico de CDDO é uma solução sólida, podendo ser vista como uma dispersão homogénea a nível molecular. Tais dispersões podem, vantajosamente, ser formuladas em conjunto com outros aditivos farmacologicamente aceitáveis, para estabilização do composto activo e, em alguns casos, fornecimento de melhorias a nível da sua biodisponibilidade.
[0074] Na formulação do éster metílico de CDDO como uma dispersão de excipientes, a selecção de um excipiente é guiada pelos critérios que suportam que este deve ser um bom "formador vítreo" e farmacologicamente aceitável. Em termos mais gerais, o excipiente deve formar uma matriz vítrea homogénea, estável, que promove a estabilização da dispersão pela produção de uma Tg superior à temperatura ambiente típica das condições de armazenamento. Um critério adicional a este respeito é o de que o excipiente utilizado para a dispersão deve ser quimicamente compatível com outros aditivos, tais como aglutinantes, agentes de enchimento, lubrificantes, escoantes e similares, que podem ser empregues na formulação final para lhe conferir as propriedades funcionais desejadas.
[0075] No cumprimento dos referidos critérios, pode ser seleccionado um excipiente, nos termos da invenção, a partir de uma série de compostos caracterizados por valores adequadamente elevados de Tg, tais como: (A) hidratos de carbono, derivados e polímeros, (B) polímeros orgânicos 23 sintéticos, (C) sais ácidos orgânicos, (D) proteínas, polipéptidos e péptidos e (E) polissacáridos de elevado peso molecular como a heparina, que é um polissacárido sulfatado, e o ácido hialurónico, um mucopolissacárido.
[0076] Sao representativos da classe (A) : os derivados de celulose, tais como a hidroxipropilcelulose (HPC), hidroxipropilmetilcelulose (HPMC) e etilcelulose; os polissacáridos, tais como a rafinose, maltotriose, estaquiose, dextrinas (incluindo, inter alia, as malto e ciclodextrinas), dextranos e o amido solúvel; os alditóis, tais como o manitol, xilitol e o sorbitol; e os dissacarideos, tais como a lactose, trealose, maltose e a sacarose. Um excipiente preferido desta classe é o éster ftálico de hidroxipropilmetilcelulose (HPMC-P).
[0077] A classe (B) é exemplificada pelo poli[1-(2-oxo-l-pirrolidinil)etileno, também conhecido por povidona ou polivinilpirrolidona (PVP) e copolímeros relacionados, como o PVP/VA, de vários pesos moleculares. Também é incluída nesta classe a família de copolímeros do ácido metacrílico, como o copolímero de tipo C do ácido metacrílico (USP/NF).
[0078] A classe (C) é ilustrada por sais, tais como os de sódio, cálcio, magnésio e dos ácidos láctico, ascórbico, maleico, oxálico, malónico, málico, succínico, cítrico, glucónico e glutâmico, respectivamente. Assim, os sais representativos neste contexto são o citrato, lactato e maleato de sódio, gluconato de magnésio e o ascorbato de sódio.
[0079] Os excipientes representativos da classe (D) são: albumina sérica humana; um poliaminoácido, por exemplo, 24 polialanina, poliarginina, poliglicina e o ácido poliglutâmico; caseína; colagénio; gelatina e proteínas purificadas de gelatina e certos compostos farmacologicamente activos, como a insulina.
[0080] Como observado, os excipientes podem alterar algumas características físicas das formulações farmacêuticas. Por exemplo, uma dispersão entre os vários excipientes poliméricos pode conduzir a uma redução a nível da Tg observada para a formulação. Normalmente, a Tg é uma propriedade aditiva com base nas proporções de materiais envolvidas. Como tal, quando são utilizados polímeros com valores de Tg inferiores ao correspondente à forma B amorfa, existe uma expectativa de redução na Tg para as dispersões (misturas). Adicionalmente, estão normalmente presentes traços residuais de solventes orgânicos e humidade, o que tente, também, a reduzir a Tg. Para efeitos de produção de uma dispersão sólida de CDDO-Me, a selecção ideal do excipiente deverá ser empiricamente determinada. Por exemplo, as tentativas de produção de dispersões vítreas amorfas por XRPD com utilização da família de excipientes de polietilenoglicol (PEG), como o PEG 6000, deram origem a misturas com picos característicos, associados à presença da forma A do éster metílico de CDDO. Foram obtidos resultados semelhantes através da utilização da vitamina E-TPGS, um excipiente produzido pela esterificação do succinato do ácido d-alfa-tocoferil com propilenoglicol 1000, assim como pela utilização de copolímeros óxido de etileno - óxido de propileno, como o Pluronic®. Como ilustram os exemplos seguintes, certos excipientes poliméricos utilizados para a formação de dispersões com CDDO-Me, nos termos da invenção, apresentam 25 melhorias surpreendentes na biodisponibilidade oral relativamente à substância farmacológica pura da forma B.
[0081] Os métodos podem variar para a preparação de dispersões de CDDO-Me radiograficamente amorfas homogéneas, vítreas, com excipientes farmacologicamente aceitáveis, utilizando os exemplos aqui apresentados a secagem por pulverização para as gerar. Podem ser utilizados outros métodos de fabrico para a produção das dispersões da invenção, com propriedades e utilidade equivalentes. Ver Repka et al., 2002, e as referências aí citadas. Tais métodos alternativos incluem, mas não exclusivamente, a evaporação e extrusão de solventes, como a extrusão por fusão a quente.
[0082] Para além de um excipiente, podem ser incluídos outros aditivos para auxiliar a estabilidade, ajustar o pH (ou seja, um agente tamponizante), melhorar a facilidade de dispersão, auxiliar na prestação da uniformidade de administração e alcançar outras características desejadas para uma formulação farmacêutica.
[0083] A quantidade administrada do composto ou composição da presente invenção irá variar de acordo com o paciente e via de administração, podendo corresponder a qualquer quantidade eficaz.
[0084] Pode ser desenvolvido um determinado regime de tratamento para a administração de uma composição da presente invenção quer por ensaio pré-clínico como clínico, cujos detalhes são uma função da indicação terapêutica, entre outros factores. A quantidade de agente activo administrada pode variar sobre um intervalo mais alargado 26 para, dessa forma, fornecer diariamente, numa dose unitária, uma quantidade farmacologicamente eficaz, com base no peso corporal do paciente, com vista a atingir o efeito desejado. A posologia desejada pode também variar de acordo com a condição a ser tratada. Por exemplo, o tratamento de uma doença oncológica aguda poderá requerer uma dose significativamente mais elevada que o tratamento de uma doença inflamatória, como a artrite.
[0085] Em particular, uma composição da presente invenção é apresentada como uma dose unitária e tomada, preferencialmente, entre 1 e 3 vezes por dia, mais preferencialmente, 1 vez por dia, para atingir o efeito desejado.
[0086] Adicionalmente, uma composição da presente invenção pode ser tomada a cada dois, três, quatro, cinco ou seis dias ou semanalmente.
[0087] As composições da presente invenção podem também ser administradas individualmente ou em combinação com outros fármacos, com base nas necessidades específicas de um paciente. Em particular, as composições da presente invenção podem ser administradas com agentes anti-cancerígenos como parte de um regime de tratamento. Por exemplo, o éster metilico de CDDO pode ser administrado com gemcitabina, ou outros agentes, durante o tratamento de uma doença oncológica, como o cancro pancreático.
[0088] Em geral, as composiçoes farmacêuticas da invenção são preparadas com materiais e técnicas convencionais, como a mistura, incorporação e similares. Além disso, um medicamento que contenha as formas A e B pode também 27 compreender outros componentes, incluindo, mas não exclusivamente, adjuvantes, veículos, excipientes e estabilizadores adequados, etc. Uma formulação da invenção é preferencialmente sólida mas pode, em princípio, ser um líquido, como uma suspensão ou emulsão.
[0089] Nos termos da invenção, a dose de manutenção oral é, tipicamente, de cerca de 0,1 mg a cerca de 1000 mg e é, preferencialmente, administrada uma vez por dia. A posologia pode ser alterada ou manipulada para o peso do sujeito. As dosagens típicas podem encontrar-se entre cerca de 0,01 mg/kg a 100 mg/kg, com inclusão dos comprimidos e cápsulas enquanto formas farmacêuticas unitárias preferenciais. a. Materiais [0091] Os solventes e outros reagentes foram adquiridos a fornecedores comerciais e eram de qualidade HPLC ou ACS. b. Métodos experimentais i. Solubilidade aproximada - Método de adição de solvente [0092] Foi tratada uma amostra ponderada com alíquotas do solvente de teste, à temperatura ambiente. A dissolução completa do material de teste foi verificada por inspecção visual. A solubilidade foi estimada com base no total de solvente utilizado para proporcionar uma dissolução completa. A solubilidade real pode ser superior ao valor calculado como resultado da utilização de alíquotas de solvente demasiado grandes ou de um baixo ritmo de dissolução. A solubilidade é expressa como "inferior a" se 28 a dissolução não tiver ocorrido durante a experiência. Se a dissolução completa for conseguida como resultado da adição de uma única alíquota, a solubilidade é expressa como "superior a". ii. Rastreio polimórfico [0093] Foram aplicadas técnicas de cristalização termodinâmicas e cinéticas. Estas técnicas são, em seguida, descritas em maior detalhe. Após a colheita de amostras sólidas a partir das tentativas de cristalização, estas foram examinadas sob microscopia ou inspeccionadas a olho nu. Foi observada qualquer forma cristalina porém, por vezes, o sólido apresentou uma morfologia desconhecida, associada às pequenas dimensões das partículas. As amostras sólidas foram, então, analisadas por XRPD e os padrões foram comparados entre si, para a identificação de novas formas cristalinas ou não cristalinas. (i) Precipitação a frio (CP) [0094] Foram preparadas soluçoes em vários solventes, a alta temperatura. As soluções foram, então, filtradas através de um filtro de nylon com 0,2 pm ou PTFE para um anti-solvente a uma temperatura inferior à ambiente. Foi observada a presença ou ausência de sólidos. Se não estivessem presentes sólidos ou se a sua quantidade fosse considerada como demasiado reduzida para a análise XRPD, o frasco era colocado num congelador. Os sólidos resultantes foram isolados por filtração e secos antes da análise. (ii) Evaporação rápida (FE) [0095] Foram preparadas soluções em vários solventes e sujeitas a dissociação ultrassónica, entre as adições de 29 aliquotas, para agilizar a dissolução. Após ser conseguida uma dissolução completa da mistura, avaliada por inspecção visual, a solução foi filtrada através de um filtro de nylon com 0,2 pm. A solução filtrada foi deixada evaporar, à temperatura ambiente, num frasco sem tampa. Os sólidos formados foram isolados e analisados. (iii) Liofilização (FD) [0096] Foram preparadas soluções de 1,4-dioxano, filtradas através de um filtro de nylon com 0,2 pm e congeladas com gelo seco. A amostra congelada foi liofilizada utilizando um Flexi-Dry da FTSsystems. A temperatura de liofilização não foi controlada. (iv) Micronização [0097] A micronização de materiais pode ser conseguida em moinhos de jacto de fluido, podendo reduzir a dimensão das partículas, entre 1 e 20 micrones. Pode ser encontrada uma descrição mais pormenorizada destes processos em PERRY'S CHEMICAL ENGINEERS' HANDBOOK, 7a ed. (McGraw Hill, 1998). (v) Trituração [0098] Foi colocada uma amostra sólida num rotor de trituração de aço inoxidável, com uma pequena esfera metálica. Algumas amostras apresentavam uma pequena quantidade de água adicionada (trituração húmida). A amostra foi, então, triturada a 30 Hz num triturador de mistura MM220 do tipo Retesh, durante aproximadamente 20 minutos. Os sólidos resultantes foram isolados e analisados. 30 (vi) Criotrituração [0099] Foi colocada uma amostra sólida num vaso de trituração de aço inoxidável com um rotor de trituração. A amostra foi, então, triturada a 15 Hz num criotriturador SPEX Certiprep, modelo 6750, durante um período definido. 0 vaso de trituração foi submerso num banho de nitrogénio líquido durante a experiência. Os sólidos foram isolados e analisados. (vii) Fusão/Extinção [0100] Uma amostra sólida foi colocada sobre uma lâmina de vidro para microscopia e nivelada. A lâmina foi então colocada sobre uma placa quente, a uma temperatura definida, até o sólido ser fundido. Após a fusão, a lâmina foi removida da placa quente e colocada numa bancada fria para arrefecer rapidamente. Os sólidos resultantes foram secos sob nitrogénio e analisados. (viii) Evaporação rotativa [0101] Foram preparadas soluções em vários solventes e filtradas através de um filtro de nylon com 0,2 ym. A amostra foi colocada no evaporador rotativo e removida após a secagem. Os sólidos resultantes foram isolados e analisados. (ix) Evaporação lenta (SE) [0102] Foram preparadas soluções em vários solventes e sujeitas a dissociação ultrassónica, entre as adições de alíquotas, para agilizar a dissolução. Após ser conseguida uma dissolução completa da mistura, avaliada por inspecção visual, a solução foi filtrada através de um filtro de 31 nylon com 0,2 μιη. A solução filtrada foi deixada evaporar, à temperatura ambiente ou sob atmosfera de nitrogénio, num frasco coberto com uma folha de alumínio perfurada. Os sólidos assim formados foram isolados e analisados. (x) Arrefecimento lento (SC) [0103] Foram preparadas soluções saturadas em vários solventes aproximadamente a 60°C e filtradas através de um filtro de nylon com 0,2 pm para um frasco aberto enquanto ainda quentes. O frasco foi coberto e deixado arrefecer, lentamente, até à temperatura ambiente. Foi observada a presença ou ausência de sólidos. Caso não estivessem presentes quaisquer sólidos ou se a sua quantidade fosse considerada como demasiado reduzida para análise por XRPD, o frasco era colocado num frigorífico. A presença ou ausência de sólidos foi de novo observada e, caso estes não estivessem presentes, o frasco era colocado num congelador. Os sólidos formados foram isolados por filtração e deixados secar antes da análise. (xi) Experiências em misturas semilíquidas [0104] Foram preparadas soluções através da adição de sólidos a um determinado solvente, de forma a que estivessem presentes em excesso. A mistura foi, então, agitada num frasco selado à temperatura ambiente. Após 7 ou 10 dias, os sólidos foram isolados por filtração a vácuo e analisados. (xii) Experiências de tensão [0105] Os sólidos foram colocados sob tensão em ambientes de diferente temperatura e/ou humidade relativa (HR) durante um período de tempo contabilizado. Foram obtidos 32 valores específicos de HR através da colocação das amostras no interior de câmaras seladas que continham soluções salinas saturadas ou de cubas de temperatura e humidade ESPEC. As soluções salinas foram seleccionadas e preparadas através de um procedimento ASTM padrão. As amostras foram analisadas por XRPD imediatamente após a remoção do ambiente de tensão. iii. Determinação da estrutura monocristalina (i) Preparação de amostras [0106] Foi preparada, a ~60°C, uma solução saturada de éster metílico de CDDO em metanol e filtrada através de um filtro de 0,2 pm para um frasco aberto, enquanto ainda quente. 0 frasco foi coberto e deixado arrefecer, lentamente, até à temperatura ambiente. Foi observada a presença de placas piramidais após o Io dia. (ii) Recolha de dados [0107] Foi montada sobre uma fibra de vidro, em orientação aleatória, uma lâmina incolor de CDDO-Me (C32H43NO4) com dimensões aproximadas em duas faces de 0,01 x 0,01 mm. A análise preliminar e a recolha de dados foram realizadas com radiação Mo-Ka (λ = 0,71073 Â) num difractómetro Nonius KappaCCD equipado com um cristal de grafite, monocromador de feixe incidente. Os refinamentos foram realizados num computador LINUX com a aplicação SHELX97 (Sheldrick, 1997) [1] .
[0108] Obtiveram-se as constantes celulares e uma matriz de orientação para a recolha de dados através do refinamento dos mínimos quadrados, utilizando os ângulos de 33 estabilização de 46742 reflexões, numa amplitude de 2o < Θ < 22°. A mosaicidade refinada através da aplicação DENZO/SCALEPACK [2] foi de 0,32°, indicativa de uma boa qualidade cristalina. O grupo espacial foi determinado pela aplicação XPREP [3] . A partir da presença sistemática das seguintes condições: hOO h=2n, 001 l=4n, tendo o grupo espacial sido determinado, a partir do subsequente refinamento dos mínimos quadrados, como P432i2 (n.° 96).
[0109] Os dados foram recolhidos até um máximo de 2Θ de 44,43°, a uma temperatura de 150 ± 1 K. (iii) Redução de dados [0110] As estruturas foram integradas com a aplicação
DENZO-SMN[2] . Foi recolhido um total de 46742 reflexões, das quais 9168 eram únicas. Foram aplicadas aos dados os factores de correcção de Lorentz e de polarização. O coeficiente de absorção linear é de 0, 074 mirT1 para a radiação Mo Ka. Foi aplicada uma correcção de absorção empírica utilizando a aplicação SCALEPACK[2] . Os coeficientes de transmissão variaram entre 0,9995 e 0,9999. Foi calculada a média de intensidades das reflexões equivalentes. 0 factor de concordância para o estabelecimento da média foi de 9,3%, com base na intensidade. (iv) Solucionamento da estrutura e refinamento.
[0111] A estrutura foi solucionada através de métodos directos, utilizando o SHELXS97[1]. Os átomos remanescentes foram localizados em sínteses consecutivas de Fourier. Foram incluídos átomos de hidrogénio no refinamento, porém, com restrição ao acompanhamento do átomo a que se encontram 34 ligados. A estrutura foi refinada numa matriz completa de mínimos quadrados através da minimização da função: Σ-ΊκΜ'νΓ)' 0 peso w é definido como l[o2(Fo2) + (0,0176-P) 2 +(0,0000P)], onde P = (Fo2 +2Fc2)/3.
[0112] Os factores de dispersão foram retirados das "Tabelas Internacionais de Cristalografia"151. Entre as 9168 reflexões utilizadas nos refinamentos, apenas foram utilizadas no cálculo de R aquelas em que Fo2 > 2σ (Fo2) . Foi utilizado um total de 5421 reflexões no cálculo. O ciclo de refinamento final incluiu 1024 parâmetros variáveis e convergiu (o maior desvio paramétrico foi 0,01 vezes inferior ao desvio padrão estimado) com factores de concordância ponderados e não ponderados de: K -frc2Jk^(F02f)=oms O desvio padrão para uma observação de peso unitário foi de 1,05. O pico mais elevado na diferença final de Fourier teve uma elevação de 0,22 e/Â3. O menor pico negativo apresentava uma elevação de -0,25 e/Â3. (v) Padrão de difracção de raios X em pó (XRPD) calculado [0113] Foi gerado um padrao XPRD calculado a partir da radiação Cu utilizando o PowderCell 2.3[6] e as coordenadas 35 atómicas, grupo espacial e parâmetros celulares unitários a partir dos dados obtidos de monocristais. (vi) ORTEP e diagramas de compactação [0114] 0 diagrama ORTEP foi preparado através do ORTEP III [7] [9] . Os átomos são representados por elipsóides térmicas anisotrópicas com 50% de probabilidade. Os diagramas de compactação foram preparados com a aplicação de modelação CAMERON[8] . Foram geradas figuras e predições de morfologia BFDH adicionais através da aplicação Mercury 1.4.1 [4] . c. Técnicas instrumentais i. Calorimetria diferencial de varredura (DSC) [0115] As análises foram realizadas num calorimetro diferencial de varredura 2920 ou Q1000 da TA Instruments. O instrumento foi calibrado tendo o indio como material de referência. A amostra foi colocada num cadinho de DSC de alumínio padronizado, com uma configuração de tampa frisada, sendo o seu peso registado com precisão. A célula de amostra foi eguilibrada a 25°C e aquecida, sob purga de nitrogénio, a um ritmo de 10°C/min, até uma temperatura final de 250°C. ii. Sorção/dessorção dinâmica de vapor (DVS) [0116] Os dados de sorção/dessorçao de humidade foram recolhidos num analisador de sorção de vapor VTI SGA-100. Os dados de sorção e dessorção foram recolhidos num gradiente de 5 a 95% de humidade relativa (HR), em intervalos de 10% de HR, sob purga de nitrogénio. As amostras não foram secas antes da análise. Os parâmetros de equilíbrio utilizados para a análise foram inferiores a 36 0,010% de alteração de peso em 5 minutos, com um tempo máximo de equilibração de 3 horas caso o critério de peso não fosse cumprido. Os dados não foram corrigidos para o teor de humidade inicial das amostras. Foram utilizados como normas de calibração cloreto de sódio e polivinipirrolidina. iii. Karl Fischer (KF) [0117] A análise coulométrica de Karl Fischer (KF) para a determinação do teor de água foi realizada com um titulador KF Mettler Toledo DL39. Foram colocados aproximadamente 24-32 mg da amostra num vaso de titulação com Hydranal -Coulomat AD. A amostra foi, então, titulada através de um gerador de eléctrodos que produz iodo por oxidação electroquimica: 21- =>I2 + 2e.
Foram obtidas três réplicas para garantir a reprodutibilidade. iv. Microscopia de alta temperatura [0118] A microscopia de alta temperatura foi realizada com uma fase quente Linkam (modelo FTIR 600) montada sobre um microscópio DM-LP, Leica. As amostras foram observadas através de uma objectiva com ampliação de 20x (obj.) com polarizadores cruzados (CP) e um compensador lambda (λ). As amostras foram colocadas numa lamela. Foi colocada uma segunda lamela sobre a amostra. Cada amostra foi
visualmente inspeccionada durante o aquecimento da fase. As imagens foram capturadas através de uma câmara digital a cores SPOT Insight™ com a aplicação SPOT, versão SPOT 37 4.5.9. A fase quente foi calibrada utilizando padrões de fusão USP. v. Calorimetria diferencial de varredura modulada (MDSC) [0119] Os dados de calorimetria diferencial de varredura modulada foram obtidos através de um calorimetro MDSC equipado com um sistema de arrefecimento por refriqeração (RCS) . A amostra foi colocada num cadinho para DSC de alumínio e o peso foi devidamente registado. 0 cadinho foi coberto com uma tampa e cravado. Os dados MDSC foram obtidos através da utilização de uma amplitude de modulação de ± 0,8°C e de um período de 60 segundos com um ritmo de aquecimento subjacente de 2°C/min de cerca de -25 a 250°C. A temperatura e a capacidade calorífica foram calibradas com padrões de índio metálico e safira, respectivamente. A temperatura de transição vítrea reportada é obtida pela inflexão da mudança de fase no fluxo de aquecimento reversível vs. curva de temperatura. vi. Ressonância magnética nuclear (RMN) [0120] Os espectros da fase de solução XH RMN foram recolhidos pela Spectra Data Services, Inc. Os parâmetros de aquisição encontram-se impressos em cada espectro. Os espectros foram referenciados para o padrão interno de tetrametilsilano a 0,0 ppm. vii. Microscopia óptica [0121] As observações realizadas por microscopia óptica foram recolhidas num microscópio óptico de polarização Wolfe, a uma ampliação de 4x. Foram utilizados polarizadores cruzados (CP) para a observação da birrefringência nas amostras. 38
viii. Microscopia de varrimento electrónico [0122] A microscopia de varrimento electrónico (SEM) foi realizada com um microscópio electrónico de varrimento FEI
Quanta 200. Sob o modo de vácuo elevado, foi utilizado um detector de retrodispersão de estado sólido (Etd). A voltagem do feixe foi de 5, 0 kV. As amostras foram revestidas por pulverização catódica utilizando um revestidor de pulverização catódica Cressington 108auto a -20 mA e -0,13 mbar (Ar) com Au/Pd durante 75 segundos. As amostras foram preparadas para análise através da colocação de uma pequena quantidade numa fita adesiva de dupla face fixada a uma montagem amostrai de aluminio. 0 instrumento foi calibrado para amplificação através da aplicação das normas NIST. Os dados foram recolhidos através do xTm (versão 2.01), número de compilação 1564 e analisados com o XT Doeu (versão 3.2). As ampliações reportadas nas imagens SEM foram calculadas durante a aquisição de dados inicial. A barra de escala presente na secção inferior de cada imagem é rigorosa aquando do redimensionamento das imagens e deve ser utilizada quando são realizadas determinações de dimensão. ix. Termogravimetria (TG) [0123] As análises foram realizadas num analisador termogravimétrico 2950 da TA Instruments. Os padrões de calibração foram níquel e Alumel™. Cada uma das amostras foi colocada num cadinho de amostragem de alumínio e inserida num forno TG. As amostras foram primeiramente equilibradas a 25°C e, então, aquecidas sob uma corrente de nitrogénio a uma velocidade de aquecimento de 10°C/min, até uma temperatura final de 350°C, salvo especificação em contrário. 39 x. Difracção de raios X em pó (XRPD) (i) Inel XRG-3000 [0124] As análises de difracção de raios X em pó foram também realizadas num difractómetro Inel XRG-3000, equipado com um detector curvado sensível à posição com uma amplitude 2Θ de 120°. Os dados em tempo real foram recolhidos através da utilização de radiação Cu-Κα, a uma resolução de 0,03°2Θ. A voltagem e amperagem do tubo foram configuradas como 40 kV e 30 mA, respectivamente. Os padrões foram apresentados de 2,5 a 40°2Θ para facilitar o estabelecimento de comparações directas entre padrões. As amostras foram preparadas para análise por compactação em capilares de vidro de parede fina. Cada um dos capilares foi montado numa cabeça do goniómetro, sendo esta motorizada para permitir a sua rotação durante a aquisição de dados. A calibração do instrumento foi realizada diariamente utilizando um padrão de referência de silício. d. Técnicas de cálculo adicionais
i. PDF
[0125] Uma das técnicas utilizadas no tratamento computacional dos dados radiográficos amorfos é a função de distribuição de pares (PDF) . Tal como o nome sugere, a PDF é formada a partir da soma linear de todas as interacções átomo-átomo coerentes que ocorrem dentro do material. Os materiais defeituosos (desordenados) irão apresentar as mesmas interacções átomo-átomo que a fase cristalina, porém, sob uma escala de comprimento reduzida. Como tal, tais materiais podem ser comparados a materiais cristalinos precursores através do exame dos picos constantes na PDF, 40 ao longo dos primeiros nanómetros. As comparações entre espectros numa gama entre 0 e cerca de 5 Â são difíceis devido à presença de artefactos nesta região.
[0126] Na formaçao de material vítreo, os picos da PDF irão apresentar algum movimento a partir das posições de pico cristalinas à medida que ocorre o relaxamento posicionai das moléculas. Tal é semelhante a um evento de expansão/contracção térmica no qual, apesar do movimento ligeiro dos picos de PDF, as intensidades de pico relativas ainda sejam reconhecíveis relativamente ao material cristalino inicial. À medida que o material passa ao estado termodinâmico amorfo, serão perdidas algumas relações pontuais de simetria de grupo dando origem a uma PDF de complexidade reduzida. Existirá também algum movimento de pico. Os materiais vítreos/amorfos irão exibir PDF que irão rapidamente decair até zero ao longo de 2 a 3 distâncias do vizinho mais próximo (NN).
[0127] Foram utilizadas condições de medição para minimização dos antecedentes nos padrões radiográficos e algoritmos para o cálculo da PDF a partir dos dados radiográficos obtidos. As PDF foram calculadas com o PatternMatch v2.2.1, utilizando a série completa de dados mensurados para todas as amostras.
Exemplo 1 - Estimativas de solubilidade [0128] As solubilidades aproximadas foram determinadas em vários solventes à temperatura ambiente, os resultados são fornecidos na tabela 2. O éster metílico de CDDO apresenta uma elevada solubilidade na maioria dos solventes orgânicos 41 utilizados. A solubilidade aquosa parece ser inferior a 0,1 mg/mL.
Exemplo 2 - Resultados do rastreio polimórfico [0129] Foram realizadas aproximadamente 50 experiências de rastreio polimórfico. A forma A foi observada em, aproximadamente, 50% das amostras. A constituição da forma A não se limitou a uma determinada condição de cristalização e foi preparada a partir de uma variedade de diferentes experiências e solventes. O material da forma B foi preparado através de liofilização, fusão/extinção e várias experiências de evaporação.
[0130] As amostras de rastreio polimórfico encontram-se listadas, por ordem alfabética, nas tabelas 3-5, de acordo com o solvente utilizado. Os padrões XRPD representativos dos materiais das formas A e B são comparados na figura 2. Os dados de caracterização das formas são sintetizados nos exemplos que se seguem.
Exemplo 3 - Caracterização do éster metílico de CDDO -Forma A (não micronizada) [0131] A Forma A é não solvatada (Tabela 6) . A estrutura monocristalina da forma A foi determinada com base nos métodos acima descritos. Os cristais de éster metílico de CDDO foram cultivados e submetidos para análise de estruturas monocristalinas. A estrutura cristalina foi determinada por difracção de raios X de monocristais. A estrutura proposta para o éster metílico de CDDO é apresentada na figura 1.
[0132] Os parâmetros celulares tetragonais e o volume calculado são: a = 14,21620(10) Â, b = 14,21620(10) Â, c = 42
90,00°, V 81,5875(12) Á, α = 90,00°, β = 90,00°, γ = 16488,9(3) Á3. Ο peso molecular do éster metílico de CDDO é de 505,70 g/mol com Z = 24, resultando numa densidade calculada de 1,222 g cm-3. O grupo espacial foi determinado como sendo P432i2 (n.° 96). É fornecida uma síntese dos parâmetros de recolha dos dados cristalinos e cristalográficos na tabela 10.
[0133] A qualidade da estrutura obtida é elevada, tal como indicado pelo valor R de 0,05 (5,1%) . Os valores de R inseridos no intervalo entre 0,02 e 0,06 são, normalmente, citados para a maioria das estruturas determinadas com maior fiabilidade.
[0134] É apresentado na figura 12 um desenho ORTEP de uma molécula simples de éster metílico de CDDO. A unidade assimétrica apresentada na figura 13 contém três moléculas de éster metílico de CDDO. As moléculas equivalem à estrutura proposta na figura 1.
[0135] Os diagramas de compactação vistos sobre os eixos de cristalização a, b e c são apresentados nas figuras 14-16, respectivamente. Sem quaisquer ligações de hidrogénio, a estrutura cristalina inclui numerosas interacções de van der Waals. A vista sobre o eixo cristalográfico b (figura 15) realça o cariz hélico do esquema de compactação do eixo de rotação tetragonal e a morfologia BFDH prevista. A morfologia prevista está em concordância com o hábito cristalino observado para o monocristal utilizado na recolha de dados.
[0136] O padrão calculado de XRPD do éster metílico de CDDO, gerado a partir dos dados obtidos de monocristais, é fornecido na tabela 17. O padrão XRPD experimental do éster 43 metílico de CDDO é apresentado na figura 18. Os picos caracteristicos do padrão XRPD da forma A são fornecidos na tabela 17. Uma comparação entre os padrões XRPD calculado e experimental (figura 9) revela que todos os picos constantes nos padrões experimentais se encontram representados no calculado, indicando que o material é, provavelmente, monofásico. 0 desvio ligeiro consistente observado na localização dos picos deve-se, provavelmente, ao facto do padrão de pó experimental ter sido recolhido à temperatura ambiente e dos dados de monocristais terem sido reunidos a 150°K. São utilizadas temperaturas reduzidas na análise de monocristais para beneficiar a qualidade da estrutura.
[0137] Em suma, a estrutura monocristalina da forma A do éster metílico de CDDO foi determinada para confirmar a estrutura molecular proposta. 0 grupo espacial foi determinado como sendo P43212 (n.° 96) . A estrutura do éster metílico de CDDO é composta por três moléculas compactadas de forma hélica ao longo do eixo cristalográfico b. Todos os picos constantes nos padrões experimentais estão representados no padrão XRPD calculado, indicando que o material em bruto é, provavelmente, monofásico.
[0138] Os dados térmicos para a forma A são apresentados na figura 3. A curva de DSC apresenta um desvio de base a, aproximadamente, 157°C e um endoterma com uma temperatura de estabelecimento de, aproximadamente, 222°C (máximo de sinal a ~224°C) . 0 evento a ~224°C foi confirmado como correspondente à fusão por microscopia de alta temperatura (figura 4) . A curva termogravimétrica (TG) apresenta uma perda de massa de 0,34% até os 150°C, seguida de uma perda 44 de peso de 1,2% entre os 150 e os 210°C. os dados KF demonstram que o material é composto por, aproximadamente, 0,38% de água residual, em consonância com a perda de massa inicial observada por TG.
[0139] Os dados DVS indicam que a forma A é não higroscópica (figura 5). O material apresenta uma alteração de massa negligenciável ao longo da experiência. O material resultante foi analisado por XRPD e corresponde à forma A.
[0140] As imagens obtidas por SEM são apresentadas na figura 6. São observados vários hábitos cristalinos, incluindo o piramidal, em placa e em forma de lâmina.
[0141] Foi investigada a estabilidade física da forma A, em diversas condições (tabela 7). Ambas as amostras tensionadas a 25°C/HR 60% ou 40°C/HR 75% durante 7 dias demonstraram uma alteração de massa negligenciável (0,6% de perda e 0,2% de ganho, respectivamente), sugerindo que a forma A é não higroscópica. Duas das amostras foram trituradas num moinho de esferas durante, aproximadamente, 20 minutos, uma a seco e a outra com adição de uma pequena quantidade de água. Todas as amostras foram novamente analisadas por XRPD e permaneceram como forma A. Uma das amostras foi tensionada a 195°C, durante 15 minutos, e demonstrou uma perda de massa de 2%. A XRPD do material resultante é semelhante à da forma A; contudo, é evidente um aumento no ruído de base (figura 7).
[0142] 0 espectro RMN da solução é apresentado na figura 8. O espectro é consistente com a estrutura do éster metílico de CDDO. Os picos a, aproximadamente, 1,6 e 7,3 foram 45 atribuídos à água e ao clorofórmio (devido à permuta), respectivamente.
[0143] A forma A é, portanto, não solvatada e não higroscópica, fundindo-se a aproximadamente 228°C, com base em observações do analista no decurso da microscopia a alta temperatura.
Exemplo 4 - Caracterização do éster metílico de CDDO -
Forma A (micronizada) [0144] A forma A micronizada do éster metílico de CDDO foi determinada como sendo a forma A por XRPD (figura 2, tabela 1) . 0 material micronizado pode ser produzido através de métodos convencionais, bem conhecidos na área, tal como a trituração a jacto de ar. Estas constatações parecem indicar gue a micronização não afecta a forma A de forma a que o seu padrão XRPD seja alterado.
Exemplo 5 - Caracterização do éster metílico de CDDO -Forma B
[0145] 0 material da forma B pode ser preparado por liofilização, fusão/extinção e várias outras experiências de evaporação, tal como previsto na tabela 3.
[0146] Os dados de DSC modulada (MDSC) são apresentados na figura 9. A curva reversível apresenta uma temperatura de transição vítrea (Tg) a, aproximadamente, 125°C. A curva não reversível apresenta um exoterma com um máximo de sinal a 195°C e um endoterma com um máximo de sinal de 223°C. Os eventos não reversíveis são, provavelmente, devidos à 46 cristalização do material da forma B (exoterma) seguida pela fusão do material cristalizado (endoterma).
[0147] A estabilidade fisica do material da forma B foi investigada em várias condições (tabela 9) . As amostras tensionadas a 22°C/HR 97%, 40°C/HR 75%, 80°C/HR 0% e 195°C/HR ambiente permaneceram na forma B. 0 tensionamento do material a 200°C/HR ambiente, durante 60 minutos, produziu a forma A e material inferior da forma B (figura 10) .
[0148] O espectro RMN da solução é apresentado na figura 11. O espectro é consistente com a estrutura do éster metilico de CDDO. Os picos a aproximadamente 1,6, 5,3 e 7,3 ppm são atribuídos à água, diclorometano e clorofórmio, respectivamente.
[0149] A forma B é não higroscópica, cristaliza-se na forma A a, aproximadamente, 200°C e tem uma temperatura de transição vítrea (Tg) de, aproximadamente, de 125°C 130 °C.
[0150] Em suma, a Forma B é não higroscópica. Os dados de MDSC indicam que a temperatura de transição vítrea (Tg) da forma B é de, aproximadamente, 125°C - 130°C. 0 material da forma B cristaliza-se na forma A quando tensionado a, aproximadamente, 200°C.
Exemplo 6 - Estudos de estabilidade para as dispersões da forma B do éster metilico de CDDO e de excipientes poliméricos do éster metilico de CDDO (i) Estudos da forma B purificada 47 [0151] A forma B do éster metílico de CDDO foi sujeita a condições variáveis de tensão. A tabela 15 fornece alguns dos resultados obtidos a partir destes estudos. A forma B do éster metílico de CDDO produzido através de uma modalidade, útil mas menos preferida, desta invenção que envolve a utilização do acetato de etilo como solvente apresenta uma estabilidade considerável. Não obstante, a análise das amostras da forma B produzidas na presença de acetato de etilo revelou a formação da forma A após 28 dias de armazenamento a uma temperatura igual ou superior a 60°C. Em contrapartida, todas as amostras produzidas de acordo com uma modalidade preferida desta invenção, sendo o exemplo 11 infracitado representativo da mesma, mantiveram as características amorfas após a realização de testes de tensão em condições particularmente rigorosas (ver a tabela 11). Estes estudos mostram a estabilidade surpreendente do material da forma B, especialmente quando preparado de acordo com o supracitado, que corresponde à modalidade preferida.
[0152] Adicionalmente, as amostras da forma B, preparadas sob diversas condições, foram analisadas para determinar se apresentavam propriedades químicas semelhantes. Ou seja, tal como anteriormente descrito, as amostras da forma B foram preparadas através de criotrituração, fusão/extinção e métodos de secagem por pulverização. Além disso, a forma B não micronizada foi alvo de micronização para produção da forma B micronizada. Foi concretizada uma análise da PDF a nível das amostras (figura 28) , tendo estas sido determinadas como de natureza vítrea. 48 (ii) Estudos com preparação de dispersões de CDDO-Me [0153] Foram realizados estudos para comparar o desempenho de diferentes dispersões poliméricas sólidas da forma B produzidas através de secagem por pulverização. Os atributos do produto estudados incluíram a estabilidade e o perfil de dissolução de fármacos.
[0154] Foram utilizados diferentes polímeros em três razões de ingrediente activo (API) para polímero (20:80; 40:60 e 60:40 %p/p).
[0155] Foram seleccionados os três polímeros seguintes:
Copolímero de ácido metacrílico e acrilato de etilo (1:1)
Copovidona [Copolímero de l-vinil-2-pirrolidona e acetato de vinilo (3:2)]
Ftalato de hipromelose.
[0156] As soluções de CDDO-Me, tanto de material da forma A cristalina como da forma B, e o polímero seleccionado para o estudo foram dissolvidos num solvente adequado nas proporções de massa apropriadas, para obter uma percentagem, em massa, de sólidos em suspensão entre 10-20%. O solvente tipicamente empregue foi a acetona. As soluções resultantes foram secas por pulverização através de um pulverizador de secagem de escala laboratorial (BÍÍCHI, modelo B-290), equipado com injector de dois fluidos, utilizando o nitrogénio como um gás de secagem e transporte. Foram, tipicamente, aplicadas temperaturas de entrada e saída de gás de 65-85°C e 50-60°C, 49 respectivamente. Os sólidos foram recolhidos e os pós secos por pulverização foram sujeitos a uma secagem posterior, sob vácuo, para uma redução adicional dos níveis de solventes orgânicos.
[0157] Os pós secos por pulverização foram analisados para o nível de solventes orgânicos residuais, temperatura de transição vítrea (Tg) e densidade aparente. Após a nova secagem, os pós foram também analisados relativamente à pureza, teor aquoso, granulometria média, ausência de material cristalino por difracção de raios X em pó (XRPD) e perfil de dissolução.
[0158] As características físico-químicas das dispersões foram avaliadas, após tensionamento de curta duração (após 5 dias, 40°C /HR 75%), por XRPD e calorimetria diferencial de varredura modulada (MDSC).
[0159] Estes estudos constataram que a temperatura de transição vítrea, Tg, decresceu durante tensionamento de curta duração, provavelmente devido à absorção de humidade. O decréscimo foi mais acentuado com as formulações com menores proporções de éster metílico de CDDO: polímero. No que concerne às amostras antes do tensionamento de curta duração, foram observadas uma ou duas transições endotérmicas a temperaturas mais elevadas, apesar destas serem ligeiramente inferiores às temperaturas inicialmente observadas. A entalpia associada a estas transições decresceu com a redução do teor polimérico. Tal é uma indicação de que esta transição está, provavelmente, associada ao polímero e não à fusão da forma cristalina. De facto, no que concerne às dispersões produzidas com PVP/VA, a temperatura desta transição endotérmica foi semelhante à observada para o excipiente puro, tal como recebido do 50 fabricante. Em cada caso, o perfil XRPD posterior ao tensionamento continuou a ser um padrão de halo caracteristico centrado em torno dos 13.5 °2Θ, não tendo sido detectados quaisquer picos associados à forma cristalina.
[0160] Foram conduzidos testes de secagem por pulverização adicionais em duas amostras, utilizando um equipamento de secagem de maiores proporções. Nestes casos, foi utilizado um secador à escala piloto Niro, modelo PSD-1 (Mobile Minor 2000) . Foram também utilizados injectores e condições de secagem por pulverização equivalentes às acima descritas. As tabelas 20 e 21 apresentam um resumo das soluções preparadas para secagem por pulverização e as suas caracteristicas, após este processo. A formulação apresentou uma Tg inferior, em relação à forma B pura, decido à inclusão de polímeros com uma Tg inferior à da forma B na formulação.
Exemplo 7 - Administração do éster metilico de CDDO: Forma B vs. forma A em macacos cinomolqos [0161] Na fase 1 deste estudo, foram preparadas cápsulas rígidas de gelatina, contendo a formas micronizadas puras do CDDO-Me A ou B, através da (i) adição de uma quantidade adequadamente medida da forma pura da substância farmacológica para uma cápsula rígida de gelatina de tamanho 1 e do subsequente (ii) encerramento da cápsula. Não foram utilizados excipientes adicionais. Tanto a forma A como a B do éster metilico de CDDO foram oralmente administradas, em cápsulas de gelatina, a macacos cinomolgos (dose =4,1 mg/kg, em todos os casos). 51 [0162] A administração da forma B do éster metilico de CDDO proporcionou uma exposição média, aproximadamente 520% superior à da dose equivalente da forma A deste éster, nos macacos. A tabela 11 compara as exposições individuais dos animais ao fármaco. Foi implementada uma configuração de delineamento cruzado neste estudo para aumentar o valor de 'n' e incrementar a fiabilidade dos dados. Foi implementado um período de eliminação de uma semana durante o delineamento cruzado. A figura 20 demonstra as concentrações plasmáticas atingidas por ambas as formas do éster metilico de CDDO pela população amostrada. A figura 21 representa a comparação das concentrações plasmáticas de éster metilico de CDDO entre os animais n.° 505M e 507F. A figura 22 representa a comparação das concentrações plasmáticas de éster metilico de CDDO entre os animais n.° 508F e 502M.
[0163] Para avaliar adicionalmente a biodisponibilidade comparativa das formas de dosagem oral do éster metilico de CDDO, incluindo as que contêm dispersões de excipiente do éster metilico de CDDO, foram conduzidas duas fases de estudo adicionais, 2 e 3, tal como abaixo detalhadas. Estes estudos incluíram algumas das dispersões poliméricas da forma B do CDDO- Me descritas no exemplo 6. Foram incluídos aditivos de utilização corrente em todas as formulações.
Fase 2: [0164] Foi produzida uma suspensão de CDDO-Me nanocristalino, a partir de uma amostra do material da forma A micronizada. Um moinho de esferas Planatory Bali Mill da Retsch®, modelo PM 400, com esferas de zircónio com 52 uma dimensão média de 2 mm, foi carregado com 25 mg de CDDO-Me micronizado (distribuição granulométrica média de 6,1 μΜ), 5 mg de docusato de sódio, 1 mg de Tween-80 e 68,3 mg de água. A trituração foi iniciada a, aproximadamente, 400 rpm e continuada durante 2 horas. Foi obtida uma determinação da distribuição granulométrica (PSD) através de um granulómetro a laser, que indicou uma PSD média de 0,37 μΜ. A esta suspensão espessa foram adicionados 1 mg de celulose microcristalina e 0,2 mg de goma xantana, com incorporação breve, sendo esta, em seguida, armazenada em refrigeração.
[0165] A nano-suspensão triturada no moinho de esferas foi revestida por pulverização sobre uma combinação seca de excipiente, à escala laboratorial, num leito fluidizado Aeromatic Strea, tendo a montagem de pulverização superior um aspersor de 0,4 mm. A temperatura de entrada foi configurada a 55°C. A variação de temperatura de exaustão durante a pulverização foi de 32 a 35°C. A granulação resultante foi seca durante cerca de 5 minutos, até a temperatura de exaustão atingir os 38°C (anexos 3-5). A composição dos materiais revestidos é abaixo fornecida.
Composição teórica da formulação nanocristalina de CDDO-Me com 30 mg Item Ingrediente % ijmg/unidade 1 CDDO-Me 5,7 119 2 Tween-80 o CM \—1 o 3 DOS 1,14 [3,8 4 Celulose microcristalina em suspensão 0 1 1 CM O 5 Goma xantana 0,03 10,1 53
Item Ingrediente Q, "0 mg/unidadej 6 Celulose microcristalina em 24,4 81,55 granulação 7 Amido pré-gelatinizado 58,5 195,3 | 8 Povidona K29/32 0,5 1,75 | 9 Crospovidona 8,4 28 | 10 Dióxido de silício coloidal 0,5 1,75 11 Estearato de magnésio 0,5 1,75 | Total: 100, 0 334, 1 | [0166] O granulado seco resultante foi submetido a análise por HPLC para determinação do ensaio do ingrediente activo. 0 ensaio foi determinado como 14,4 % (peso/peso), substancialmente superior ao valor teórico (5,7%). Com base na análise por HPLC, as cápsulas foram preenchidas de forma a produzir um conteúdo liquido de CDDO-Me de 30 mg.
[0167] As formulações das formas micronizadas A cristalina e B amorfa foram produzidas através de um processo convencional de mistura de pós secos, utilizando, como aditivos, celulose microcristalina, amido pré-gelatinizado, crospovidona (com função de desintegração) , dióxido de silício coloidal e estearato de magnésio de qualidade vegetal. A forma A micronizada do CDDO-Me, com uma PSD de 6,1 μΜ, foi utilizada na formulação da forma A, tendo a forma B micronizada do CDDO-Me, com uma PSD de 10,8 μΜ, sido empregue na formulação da forma B do CDDO-Me correspondente. A seguinte tabela apresenta a composição quantitativa de ambas as formulações. 54
Composição quantitativa da cápsula de 30 mg das formas A e
B
Identidade j % mg por | peso/peso cápsula CDDO-Me (micronizado) 118,18 30,0 iCelulose microcristalina 118,55 30, 6 Amido pré-gelatinizado 153,45 88,2 Crospovidona 18,72 14,4 Dióxido de silício coloidal |0,55 0, 9 Estearato de magnésio (qualidade |0,55 0, 9 vegetal) $ Conteúdo total das cápsulas 1100,00 165 mg [0168] Cada um dos 15 macacos cinomolgos macho, Macaca fascicularis, recebeu uma administração oral única de éster metilico de CDDO (3 formulações distintas, 5 macacos por formulação), a um nivel de dosagem alvo de 10 mg/kg. 0 peso e idade dos macacos variaram entre 1-3 anos e entre 2,5-3,5 kg, respectivamente. Foram colhidas amostras de sangue num período de até 72 horas, após o doseamento.
Fase 3: [0169] As dispersões de excipiente do CDDO-Me descritas no exemplo 6, foram adicionalmente formuladas através de um processo de combinação de pós secos convencional utilizando, como aditivos, celulose microcristalina, lactose mono-hidratada, crospovidona (com função de desintegração) e lauril sulfato de sódio. A composição quantitativa de cada formulação é, abaixo, designada. 55
Composição das dispersões de excipiente do CDDO-Me combinadas com aditivos na formulação em cápsulas.
Componente Copolímero de tipo C, ! 60% de 6 0% de composto por 40% de | CDDO-Me/ CDDO-Me/ CDDO-Me / 60% de | 40% de de 4 0% ácido metacrílico \ PVP/VA HPMC-P Dispersão de 60,0% ] 50,0% 50,0% CDDO-Me ! Celulose ; microcristalina 12,8% 116,0% 16, 0% Lactose mono- 20,0% j 2 5,0% 25, 0% hidratada \ Crospovidona 6,4% 18, 0% 8,0% Lauril sulfato 0,8% 11,0% 1, 0% de sódio Conteúdo total 100% 1100% 100% das cápsulas \ Massa de 125 mg j 10 0 mg 100 mg preenchimento \ [0170] Após o decurso de um período de eliminação adequado (de 7 a 10 dias), os mesmos 15 macacos cinomolgos macho usados na fase 2 receberam, individualmente, uma administração oral única de éster metilico de CDDO (3 formulações distintas, 5 macacos por formulação), a um nivel de dosagem alvo de 10 mg/kg. Foram colhidas amostras de sangue num período de até 72 horas, após o doseamento.
[0171] O quadro seguinte sintetiza cada uma das fases do estudo. 56 Número Via de Formulação de Nivel de Número de da administração CDDO—Me dosagem animais fase alvo (machos) Forma A nanocristalina 5 2 Oral \ (cápsula) Forma B micronizada amorfa 30 mg/por animal (10 5 Forma A mg /kg) micronizada 5 i cristalina Forma B - PVP/VA 30 mg/por 5 1 Oral j (cápsula) Forma B - HPMC-P 5 3 Forma B -Copolimero de tipo C de ácido animal (10 mg/kg) 5 5 metacrilico [0172] As doses médias administradas pelas vias intravenosa e oral a macacos cinomolgos e as concentrações médias de éster metilico de CDDO são, abaixo, sintetizadas: Número Formulação Peso Dose da fase corporal médio (kg) média (mg/kg) _________________________________ ________........._________________________________________________________............... ....._____..............._____ PO (Forma A 2,89 ± 0,267 | 10,5 ± nanocristalina) 0, 971 2 PO (Forma B micronizada 2,87 ± 0,177 1 10,5 ± amorfa) 0, 635 57 Número da fase Formulação Peso corporal médio (kg) Dose média (mg/kg) PO (Forma A micronizada cristalina) 2, 91 ± 0,202 1 10,3 ± | 0,702 ................................ ..................................................................................................... .......................... .................... PO da Forma B (PVP/VA) 2, 98 ± 0,311 1 10,2 ± 1 1,06 ................._______________ ..................................................................................................... J........................................................ 3 PO da Forma B (HPMC-P) 2, 93 ± 0,183 1 10,3 ± | 0,627 PO da Forma B (copolímero \ 10,2 ± de tipo C de ácido metacrílico) 2, 93 ± 0,142 I 0,486 PO Administração por via oral através de cápsula.
[0173] Foram utilizadas cápsulas de tamanho 2 para a administração das formulações na fase 2 e de tamanho 1 na fase 3. 0 conteúdo líquido do fármaco foi de 30 mg em cada cápsula, correspondendo a uma dosagem de fármaco de 10 mg/kg, com base no pressuposto de que cada macaco pesava 3 kg. A cápsula foi associada a uma sonda esofágica e procedeu-se à gavagem do animal, sendo esta libertada da sonda no final da gavagem através da pressão de ar exercida por uma seringa vazia. Foi oralmente administrada uma pequena quantidade de água (aproximadamente 10 mL) após a administração da última cápsula.
[0174] Foram colhidas da veia ou artéria femoral várias amostras de sangue (aproximadamente 1 mL) de cada animal e transferidas para tubos com K2-EDTA em cada um dos seguintes pontos temporais (foram registados os tempos efectivos). 58
Fase jPré-dose, 1, 2, 00 16, 24, 48 e 72 h após 2 ! administração Fase jPré-dose, 1, 2, 4, 8, 16, 24, 48 e 72 h após 3 | administração [0175] Todas as amostras foram homogeneizadas após a colheita e colocadas em gelo, antes da refrigeração a, aproximadamente, 4°C. As concentrações sanguíneas de éster metílico de CDDO foram analisadas por HPLC-MS/MS.
[0176] Os resultados são fornecidos na tabela 22 e na figura 30. No que concerne à fase 2, a forma B apresentou uma biodisponibilidade consideravelmente melhor relativamente às duas formulações testadas da forma A. Os resultados da fase 3 mostram que cada uma das formulações com fase em dispersões poliméricas de CDDO-Me apresentava uma biodisponibilidade muito superior à das formulações de forma A micronizada ou nanocristalina. As formulações de copolímero de tipo C de ácido metacrílico e HPMC-P apresentaram a maior biodisponibilidade nos sujeitos (macacos) .
Exemplo 8- Caracterização da forma de semi-benzenato do éster metílico de CDDO
[0177] Foram realizadas várias experiências com replicação do último passo de recuperação da síntese do éster metílico de CDDO. Honda et al., 2000. O objectivo era o isolamento de material cristalino a partir de uma mistura de solução de benzeno/acetona (10:1).
[0178] Aproximadamente 100 mg de éster metílico de CDDO foram dissolvidos em 300 pL de benzeno/acetona (10:1) e 59 filtrados através de um filtro de nylon com 0,2 pm. A solução foi então sujeita a dissociação através de um processador ultrassónico durante 10 minutos e deixada evaporar, à temperatura ambiente, num recipiente destapado, durante a noite. Formou-se um gel límpido e foram adicionados 100 pL de benzeno/acetona (10:1). A solução foi submetida a dissociação num processador ultrassónico durante, aproximadamente, 30 minutos. Formou-se um precipitado branco. Os sólidos foram deixados secar ao ar.
[0179] Em outras experiências, foram dissolvidos aproximadamente 200 mg de éster metílico de CDDO em 0,8 mL de benzeno/acetona (10:1) e filtrados através de um filtro de nylon com 0,2 pm. A solução foi, então, dividida uniformemente entre duas ampolas de 1 dracma líquido. As amostras A e B foram, então, deixadas evaporar rapidamente, à temperatura ambiente, durante algumas horas. A amostra A foi tapada e colocada num congelador. Após o congelamento da amostra, esta foi deixada descongelar à temperatura ambiente. Foi introduzido um pequeno risco com uma espátula e a amostra foi deixada evaporar, à temperatura ambiente. Formaram—se sólidos brancos e permitiu-se que estes secassem ao ar. A amostra B foi tapada e deixada à temperatura ambiente, tornando-se uma solução límpida após a agitação, à temperatura ambiente, durante a noite. Foi introduzido um pequeno risco com uma espátula e a amostra foi deixada evaporar, à temperatura ambiente. Formaram--se sólidos brancos e permitiu-se que estes secassem ao ar.
[0180] Foi obtido, através de várias destas experiências, um material cristalino, identificado como semi-benzenato. Tal como anteriormente descrito, as pequenas perturbações, como a dissociação ultrassónica ou a simples introdução de um pequeno risco no recipiente de recuperação, irão 60 facilitar a cristalização do solvato de benzeno (tabela 12) .
[0181] Os dados de caracterização do semi-benzenato são resumidos na tabela 13. Os picos caracteristicos do padrão XRPD do semi-benzenato são fornecidos na tabela 19. A curva de DCS apresenta um endoterma amplo a cerca de 133°C, associado a uma perda de massa de ~7,0 % no termógrafo,
figura 23. A perda de massa está, provavelmente, associada à volatilização do benzeno (ver, abaixo, a discussão sobre a RMN) e corresponde a 0,5 mol de benzeno por cada mol de CDDO-Me. 0 endoterma de DSC observado a cerca de 223°C resulta, muito provavelmente, da fusão de material dessolvatado.
[0182] Estes dados estabelecem a distinção entre as formas anteriormente isoladas do éster metílico de CDDO da presente invenção.
Exemplo 9 - Caracterização da nova forma dimetanolada do éster metílico de CDDO
[0183] Foi preparado um solvato dimetanólico de CDDO-Me, de acordo com o seguinte procedimento: Foram dissolvidos aproximadamente 500 mg de éster metílico de CDDO em 20 mL de metanol a 60°C. A solução foi, então, lentamente adicionada a 20 mL de metanol frio, a -10°C, com agitação. Os sólidos brancos foram recolhidos por filtração a vácuo e armazenados num congelador.
[0184] Os dados de caracterização encontram-se sintetizados na tabela 14. Os picos caracteristicos para o padrão XRPD do dimetanolato são fornecidos na tabela 18. 61 [0185] A curva de DSC apresenta um amplo endoterma a cerca e 102°C, associado a uma perda de massa de -11% no termógrafo TG (figura 24) . Os dados TGIR confirmam que a perda de massa se deve à volatilização de ~2,0 mol de metanol (figura 25) . 0 material resultante da experiência TGIR foi recuperado e identificado como amorfo por XRPD (figura 26) . São também observados na curva DSC um desvio de base a aproximadamente 130 °C e um exoterma amplo a uma temperatura próxima dos 203°C, seguido por um endoterma acentuado (inicio: 223°C). Estes eventos são, muito provavelmente, indicativos da Tg do material amorfo (forma B) obtido através da dessolvatação do solvato dimetanólico, seguida pela cristalização do material amorfo na forma A e pela fusão desse mesmo material cristalino.
[0186] Foi obtido o espectro RMN de protões da solução. As atribuições químicas não foram realizadas, contudo, parecem ser coerentes com a estrutura química do éster metílico de CDDO. Os picos a -3,51 ppm são atribuídos ao metanol e correspondem a -1,7 mol. Este resultado é coerente com os dados térmicos supracitados.
Exemplo 10 - Estudos clínicos com o éster metílico de CDDO
[0187] 0 CDDO-Me, formulado com a forma A micronizada, foi seleccionado para desenvolvimento clínico e inicialmente testado num estudo orientado para a segurança de fase I em pacientes com doença oncológica avançada que não responderam adequadamente a terapias anteriores. Neste ensaio de escalonamento de doses de fase I, o CDDO-Me foi administrado a 21 pacientes adultos com várias formas de doença oncológica avançada (metastática). Foram 62 administradas aos pacientes posologias diárias de cápsulas de CDDO-Me, em doses variáveis de 5 a 900 mg/dia (especificamente, 5, 10, 20, 40, 80, 150, 300, 600 ou 900 mg/dia). O CDDO-Me foi administrado em "ciclos", sendo estes repetidos até que o paciente experimentasse uma toxicidade inaceitável ou indícios de progressão da doença. Neste estudo, um dos ciclos de CDDO-Me consistiu em 21 dias consecutivos de administração seguido por um período repouso de 7 dias, após o qual o paciente era elegível para o ciclo seguinte.
[0188] Foram revistas tanto a segurança como a actividade anti-tumoral do CDDO-Me. Além disso, foram caracterizados os efeitos biológicos do CDDO-Me. O CDDO-Me foi muito bem tolerado por estes pacientes, sem que tenham sido reportados eventos adversos significativos associados ao fármaco. Vários pacientes (aproximadamente 75% dos pacientes avaliáveis) foram considerados como estacionários (com base em critérios radiológicos e clínicos) no primeiro momento de avaliação após a conclusão do segundo ciclo de tratamento. Os pacientes em que foram encontrados indícios de progressão da doença antes da conclusão do segundo ciclo não foram formalmente avaliados, não sendo incluídos no grupo de pacientes avaliáveis). Cinco pacientes, incluindo pacientes com melanoma e cancro das células renais, continuaram a apresentar-se como estáveis, alguns com indícios de regressão a nível das lesões tumorais individuais, após quatro ciclos de tratamento. Quatro pacientes foram considerados como estáveis após, pelo menos, seis ciclos de tratamento. Não foram desenvolvidas metástases em qualquer dos pacientes a quem foram administradas doses de pelo menos 40 mg de CDDO-Me por dia, de acordo com o esquema posológico prescrito. 63 anti-inflamatórias [0189] Com base nas propriedades conhecidas do CDDO-Me, foi feita uma avaliação das citocinas inflamatórias em circulação em pacientes no ensaio de fase I. Em doses tão reduzidas como 5 mg/dia, existiu uma redução de diversas citocinas e quimiocinas pró-inflamatórias em circulação, incluindo MMP-9, TNFa, IL-8 e VEGF. Em particular, o TNFa, conhecido como detentor de um importante papel no processo inflamatório de doenças como a artrite reumatóide, foi substancialmente reduzido ou conduzido a niveis inferiores aos limites de detecção em 3 pacientes com valores de base de TNF elevados (um paciente em cada uma das doses de 10, 20 e 40 mg por dia) . Ao contrário dos anticorpos monoclonais anti-TNF, que se ligam a alvos ou os inactivam, o CDDO-Me reduz a produção de TNFa e os seus niveis circulatórios resultantes.
[0190] Adicionalmente, os produtos genéticos de fase 2, que incluem enzimas antioxidantes e desintoxicantes, foram monitorizados em células mononucleares o sangue periférico de pacientes no estudo de fase I. Foi observada uma indução significativa de NQOl (NAD(P)H: quinona oxidorredutase), um marcador da actividade transcricional de fase 2, em doses iguais ou superiores a 10 mg/dia.
[0191] Os dados de biópsia tumoral de vários pacientes, retirados após dois ciclos de tratamento com CDDO-Me, indicaram reduções acentuadas dos niveis de ciclooxigenase-2, sintase do óxido nítrico indutível (iNOS) e STAT3 fosforilada (pSTAT3) a nível do tecido tumoral. Sabe-se que os níveis de expressão elevados de cada uma destas proteínas se encontra correlacionado com a progressão tumoral e maus resultados clínicos. Os dados de biópsia, em 64 vários pacientes, indicaram também um nível acentuado de morte celular a nível das células tumorais após dois ciclos de tratamento com CDDO-Me. Os níveis séricos de creatinina foram significativamente inferiores no dia 21, quando comparados com o nível de base pré-tratamento, em mais de 80% dos pacientes neste estudo. Alguns dos pacientes que continuaram em tratamento durante alguns ciclos apresentaram reduções contínuas a nível da creatinina sérica. Uma vez que a creatinina sérica é amplamente utilizada como um indicador da actividade renal, estas observações indicam que o tratamento com CDDO-Me melhora a função renal.
[0192] Estes estudos fornecem dados obtidos em pacientes oncológicos humanos que ilustram o efeito benéfico do éster metílico de CDDO em pacientes que sofrem de cancro. Os dados indicam ainda que o CDDO-Me terá, provavelmente, efeitos clinicamente úteis em pacientes que sofrem de doenças associadas à inflamaçao, incluindo a disfunção renal.
Exemplo 11 - Produção em larga escala da forma B com utilização de um intermediário de solvato dimetanólico [0193] Foi dissolvido um quilograma da forma A do CDDO-Me em metanol a 60 ± 5°C para obter uma solução completa. A solução quente de CDDO-Me resultante foi inserida num recipiente com metanol frio, -5 a -15°C, sendo mantidas ao longo da adição a agitação e temperatura de -5 a -15°C. A suspensão resultante de solvato dimetanólico de CDDO-Me cristalino foi filtrada. Os sólidos resultantes, que apresentaram um padrão XRPD coerente com o apresentado na figura 26 (anterior à análise TGIR), foram secos num forno 65 a 70 ± 5°C. A secagem foi continuada até o perfil XRPD deixar de apresentar reflexões caracteristicas da substância cristalina. Os sólidos CDDO-Me amorfos por XRPD resultantes foram passados através de um crivo e embalados. A recuperação de produto varia entre 65-95%.
Exemplo 12 -Formas A e B criotrituradas [0194] A forma A foi criotriturada e analisada. Os dados radiográficos calculados a partir da amostra obtida por criotrituração (2 horas) apresentaram alguma expansão do pico a, aproximadamente, 13,5°2 θ. A análise da PDF da forma A criotriturada produziu resultados semelhantes aos obtidos na análise da forma B. Estes resultados sugerem que a forma A criotriturada é um material vítreo e que a criotrituração pode fornecer um método alternativo para a produção da forma B.
[0195] A forma B foi criotriturada e analisada. Os dados radiográficos calculados a partir da amostra obtida por criotrituração (1 hora) foram semelhantes aos obtidos para o material inicial da forma B. Estes resultados indicam que
a forma B é estável e não se altera devido à criotrituração. Tabela 1 - Informações da amostra INFORMAÇÕES DA AMOSTRA j DESCRIÇÃO I RESULTADO DE XRPD Não micronizada j Pó branco \ A Micronizada \ - j A 66
Tabela 2
Solubilidades aproximadas do éster metilico de
CDDO SOLVENTE SOLUBILIDADE (mg/mL)a
Acetona j 70 ACN (acetonitrilo) \ 66 DCM (diclorometano) j > 194 1,4-dioxano j 21 EtOH (etanol) | 4 EtOAc (acetato de etilo) 1 36 n-Hexano j < 1 (10:1) Isopropanol/água j 4 MeOH (metanol) 1 8 MTBE (éter metilterbutílico) 1 4 THF (tetrahidrofurano) \ 97 Tolueno \ 38 Água \ <0,1 a As solubilidades são calculadas com base no total de solvente utilizado para formar uma solução; as solubilidades reais podem ser superiores devido ao volume das porções de solvente utilizadas numa dissolução ou ao baixo ritmo de dissolução. As solubilidades são arredondadas para a unidade mais próxima de mg/mL. 67
Tabela 3 - Experiências de cristalização com éster metílico de CDDO.
SOLVENTE CONDIÇÕES a HÁBITO RESULTADO CRISTALINO/DESCRIÇÃO DE XRPD FE | Blocos brancos A Acetona SE j Vidro branco | fragmentado Forma B Acetona/n- Hexano SC ! Nenhum sólido - (3:10) ACN FE ; Vidro branco j fragmentado A + Forma B SE i Blocos brancos A ACN/água (7:5) SC | Pequenas lâminas i brancas A Rotovap | Vidro branco | fragmentado Forma B DCM FE j Vidro fragmentado Forma B SE j Vidro branco | fragmentado Forma B DCM/n- Hexano SC i Nenhum sólido - (1:5) 1,4-dioxano FD | Sólido branco j aveludado Forma B FE I Blocos brancos A EtOH SE ; Irregulares brancos A SC ! Pequenas placas A 68
SOLVENTE CONDIÇÕES a HÁBITO RESULTADO ! CRISTALINO/DESCRIÇÃO DE XRPD j brancas FE I Vidro branco | fragmentado Forma B EtOAc SE ! Vidro branco I fragmentado Forma B SC | Nenhum sólido - IPA/água (10:1) SC j Pequenas placas j brancas A FE I Blocos brancos A MeOH SE : Placas brancas, | irregulares A SC i Placas piramidais Ab FE | Vidro branco j fragmentado Forma B MTBE SE j Vidro branco | fragmentado Forma B SC i Nenhum sólido THF FE | Vidro branco | fragmentado Forma B SE ; Vidro branco j fragmentado Forma B THF/n- Hexano SC j Nenhum sólido - Tolueno FE | Blocos brancos Forma B SE I Vidro branco Forma B 69
SOLVENTE CONDIÇÕES a
HÁBITO CRISTALINO/DESCRIÇÃO
RESULTADO DE XRPD fragmentado
SC
Nenhum sólido
Fusão/extinção
Vidro fragmentado límpido
Forma B a FE = evaporação rápida, SE = evaporação lenta, SC = arrefecimento lento, as temperaturas são aproximadas, FD = liofilização, Rotovap = evaporação rotativa b determinação da estrutura monocristalina
Tabela 4 - Experiências em misturas semilíquidas de éster
metílico de CDDO
SOLVENTE TEMPO HÁBITO I RESULTADO DE 1 (DIAS) CRISTALINO/DESCRIÇÃO XRPD iPA/água 1 7 Fragmentos brancos 1 A (10:1) ! MTBE | io Blocos brancos | A MeOH I ío Blocos brancos 1 A
Tabela 5 - Experiências de precipitação a frio com éster metílico de CDDO.
SOLVENTE ΑΝΤΙ- HÁBITO RESULTADO DE SOLVENTE CRISTALINO/DESCRIÇÃO XRPD Acetona n-Hexano Água Nenhum sólido Sólido branco A DCM n-Hexano Nenhum sólido - THF Água Sólido branco A 70
Tabela 6
- Dados de caracterização da forma A TÉCNICA RESULTADOS a ANALÍTICA XRPD ] A DSC 1 Desvio de base a 157°C, endoterma a 224 °C TGA ; 0,3% de perda de massa até os 150°C | 1,2% de perda de massa dos 150 aos 210° C KF | 0,38% í 28,9: início do aquecimento 1 150,1: - Fase quente | 176,4: - i 200,2: nenhuma alteração í 225,9: fusão í 227,9: ponto de fusão MB :Mudança de massa negligenciável ao longo da Ϊ experiência XRPD Pós-MB 1 A SEM b | Piramidais, placas e lâminas RMN (CDC13) í Consistente com a estrutura a todas as temperaturas são representadas em °C, endo = endoterma b resultados baseados na imagem retirada 71
Tabela 7
Estudos de tensionamento da forma A CONDIÇÕES a HÁBITO CRISTALINO/DESCRIÇÃO RESULTADO DE XRPD 25 0C/HR 60% 3 dias: perda de 1,5% Pó branco A 7 dias: perda de 0,6% 40 0C/HR 75% 3 dias: perda de 1,4% Pó branco A 7 dias: ganho de 0,2% 195 0 Cb 15 minutos: perda de 2% Pó branco A 20 min de trituração, a seco Pó branco A trituração húmida de 20 min, água Pó branco A Tabela 8 - Dados de caracterização da Forma metílico de CDDO B do éster TÉCNICA ANALÍTICA RESULTADOS a XRPD \ Forma B MD SC | Tg -125°C RMN (CDC13) \ Consistente com a estrutura 72
Tabela 9 - Estudos de tensionamento da forma B do éster
metílico de CDDO
CONDIÇOES
HÁBITO CRISTALINO/DESCRIÇÃO RESULTADO DE XRPD c 22 0C/HR 97%, 7 dias 400C/HR 75%, 8 dias 80 °C/HR 0%, -24 horas 195 0 Cb, 5 minutos 200 °C , 60 minutos
Vidro fragmentado
Vidro fragmentado Vidro branco fragmentado, fragmentos límpidos arredondados Materiais brancos não granulados
Fragmentos brancos birrefringentes
Forma B
Forma B
Forma B
Forma B A + Forma B (inf.) HR = humidade relativa, Tg = temperatura de transiçao vítrea b A humidade ambiente do laboratório foi medida a 74% de HR c inf = inferior
Tabela 10 - Dados cristalinos e parâmetros de recolha de
dados para a forma A fórmula C32H43NO4 peso da fórmula 505,70 grupo espacial P43 2i2 (n. 0 96) a, Â 14,21620(10) c, Á 81,5875(12) V, Â3 16488, 9 (3) ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 73 Ζ | 24 dcalc, g cm 3 I 1,222 dimensão dos cristais, mm j 0,01 x 0,01 x Λ O o o temperatura, K j 150 . radiação (comprimento de onda, Â) j Mo-K„ (0,71073) monocromador j grafite coeficiente de absorção linear, mm-1 ! 0,074 aplicação da correcção de absorção ! empíricaa factores de transmissão: mín., máx. j 0,9995, 0,9999 difractómetro j Nonius KappaCCD amplitude h, k, 1 ! -15 a 15 -10 a 10 -86 a 72 amplitude 2Θ, graus j 4,08-44,43 mosaicidade, graus i 0,32 aplicações utilizadas ! SHELXTL F ooo | ponderação 1 / [o2 (F02) + (0, 0176P) 2 + 0, 0000P] , j onde P= (F02+2Fc2)/3 | 6576,0 dados recolhidos | 46742 dados exclusivos | 9168 -Rint ! 0,093 dados usados no refinamento ! 9168 limite aplicado nos cálculos do factor R | F02>2,0o(Fo2) dados com J>2,0o (I) | 5421 número de variáveis i 1024 maior desvio/esd no ciclo final ;! 0, 00 R(F0) 0, 051 RW(F02) 0, 085 qualidade do ajuste ;j 1, 045 a Otwinowski Z. & Minor, W. Methods Enzymol., 1997, 276, 307.
As dimensões dos cristais são aproximadas
Tabela 11 - Resumo da área sob a curva de concentração plasmática (AUC) vs. período, em todos os animais estudados (n= 8) ESTUDO DA FORMULAÇÃO DE ÉSTER METÍLICO DE CDDO - COMPOSTO PRECURSOR N. s do | AUC da Forma A | AUC da Forma B j % forma B sujeito (ng/ml*h) (ng/ml*h) sobre a (macaco) 5 $ forma A 501M 1 37,5 | 203,4 | 542 502M | 28,3 | 204,7 | 723 503F | 21,3 | 107,3 | 504 504F ! N/A | 175 | N/A 505M 1 60,4 | 158,3 | 262 506M | N/A | N/A | N/A 507F 1 57,3 | 164 | 286 508F | 37,3 228 | 611 Média 40,4 177,2 I 439 Mediana 37,4 175,0 523 75
ESTUDO DA FORMULAÇÃO DE ÉSTER METÍLICO DE CDDO - COMPOSTO
PRECURSOR N. 2 do \ AUC da Forma A \ AUC da Forma B j % forma B sujeito (ng/ml*h) (ng/ml*h) sobre a
(macaco) forma A
Variação 21-60,4 ] 158 - 228 j 262 - 723% (mín. -máx. ) j \ N/A - não determinado.
Tabela 12 - Experiências de cristalizaçao com éster metilico de CDDO. SOLVENTE CONDIÇÕES a DESCRIÇÃO RESULTADO DE XRPD 10:1 TA, temperatura Sólidos radiograficamente | Benzeno/acetona ambiente brancos amorfo j 10:1 FE seguida por Benzeno/acetona secagem, a 60°C Gel límpido - | 10:1 Película Benzeno/acetona FE c/capilares transparente I FE, vedado e colocado num congelador durante a noite, o recipiente foi riscado com uma espátula de metal e a evaporação foi deixada decorrer, à \ Benzeno/acetona temperatura Sólido Solvato de j 10:1 ambiente branco benzeno j 76
SOLVENTE
Benzeno/acetona 10:1 Benzeno/acetona 10 :1 CONDIÇÕES a DESCRIÇÃO | j FE, vedado e —-------------—-p | colocado em j agitação à j temperatura j ambiente durante j a noite, o | recipiente foi j riscado com uma j espátula de metal j e a evaporação j foi deixada j decorrer, à j temperatura Sólido j j ambiente. branco | 1 FE c/ dissociação Sólidos i i ultrassónica brancos j RESULTADO DE XRPD a RE = evaporação rotativa, FE = evaporação rápida
Solvato de benzeno
Solvato de benzeno
Tabela 13 - Caracterização do solvato de éster metílico
hemi-benzóico de CDDO TÉCNICA ANALÍTICA RESULTADOS XRPD Solvato de hemibenzeno Endoterma aos 133°C DSC, 10 °C/min Endoterma a 223°C (inicio: 221°C) 7,0% de perda de massa até os 160°C TG, 10 °C/min I Corresponde a 0,5 mol de benzeno Consistente com a estrutura RMN XH (CDC13) São evidentes ~0,5 mol de benzeno 77
Tabela 14 - Caracterização do solvato dimetanólico do éster
metílico de CDDO TÉCNICA ANALÍTICA RESULTADOS XRPD Solvato dimetanólico Endoterma a 102°C Desvido de base a 130°C Exoterma amplo a 203°C DSC, 10 °C/min Endoterma a 225°C (início: 223°C) 11% de perda de massa até os 110°C TG, 10 °C/min \ Corresponde a ~2,0 mol de metanol 9,8% de perda de massa até os 110°C \ Corresponde a ~1,7 mol de metanol TGIR, 20 °C/min Componente volátil identificado como metanol Pós-TGIR ! XRPD Radiograficamente amorfo IV Consistente com a estrutura Consistente com a estrutura RMN ΤΗ (CDC13) São evidentes ~1,7 mol de metanol 78
Tabela 15 - Estudos de tensionamento da forma B micronizada
do éster metílico de CDDO FORMA. B PRODUZIDA FORMA B PRODUZIDA POR ATRAVÉS DO ISOLAMENTO DE PROCEDIMENTO DO MISTURAS DE ACETATO EXEMPLO 11 DE ETILO E ETANOL Condições de 1 Resultado Resultado Resultado I Resultado tensionamento3 1 de XRPD de KF de XRPD de KF 80°C/P2O5, 14 d \ Forma B NP NP 1 NP 80°C/P2O5, 28 d j Forma B 1, 10 100% de 1 0,37 forma A $ 60 °C/HR 23% , \ Forma B 0,04 - 50% de 1 0,02 28 d forma A + $ ί forma B \ 40 0C/HR 48% , \ Forma B 0,00b Forma B | 0,39 28 d 250C/HR 75%, 1 Forma B NP NP 1 NP 14 d 25°C/HR 75% , 1 Forma B 0,77 Forma B 1 0,58 28 d \ \ a HR = humidade relativa b 0 valor real era negativo 79
Tabela 16 - Actividade anticancerígena do agente único de CDDO-Me MODELO | AGENTE /VIA | ACTIVIDADE DO FÁRMACO COMENTÁRIOS Xenoenxerto de cancro do pulmão NCI-H460 (rato sem pêlo) 1 CDDO-Me, j | p. o. ΐ 78% de ICT1 Efeitos dependentes da dose. CDDO-Me é tão eficaz como a radiação. | | Foram atingidos Xenoenxerto de cancro da mama MCF-7/Her-2 (rato | CDDO-Me, | 15% de resultados superiores em tumores que sobrexpressam sem pêlo) 1 i. v . | regressão Her-2a Modelo singeneico de metástases de cancro da mama 4T1 (rato) -tratamento 1 CDDO-Me, I 100% de Todos os animais permaneceram livres de tumores até o sacrifício, precoce \ i. v. ! supressão no dia 85b Modelo singeneico de metástases de cancro da mama 4T1 (rato) - 1 CDDO-Me, I 67% de 33% dos animais estavam livres de tumores aquando do sacrifício, no tratamento tardio \ i. v. | supressão dia 952 Xenoenxerto de \ | cancro pancreático L3.6PL (rato sem pêlo) I CDDO-Me, | \ i. v. ( 51% de ICT 0 desempenho do CDDO-Me superou o da gemcitabina 80 MODELO | AGENTE/VIA j ACTIVIDADE COMENTÁRIOS | DO FÁRMACO Xenoenxerto de Foram testados cancro da | \ múltiplos próstata DU-145 1 CDDO-Me, I esquemas - ITG de (rato sem pêlo) 1 p.o. 1 77% de ICT 60-77% 1ICT=Inibição do | j crescimento | 1 tumoral | | Os dados apresentados são em doses iguais ou inferiores à DMT (definida como <10% de mortalidade <20% de perda de peso).
Tabela 20 - Soluçoes preparadas para secagem por pulverização PROPORÇÃO 40% de forma B, 60% de 60% de forma B, 40% de DE SÓLIDOS polímero polímero POLÍMERO Copolímero de tipo C de HPMCP HP-55 ácido metacrílico SOLVENTE Acetona Acetona CONC. % 10 10 peso/peso TEMPERATURA -20 -2 0 °C A solução apresentou A solução estava alguma nebulosidade completamente límpida OBSERVAÇÕES após a introdução do após o carregamento do polímero. Uma das polímero As duas 81 PROPORÇÃO | 40% de forma B, 60% de |60% de forma B, 40% de
DE SOLIDOS polímero polímero amostras da solução foi execuções foram aquecida até 35/40°c, ] realizadas com a contudo, a nebulosidade | solução no mesmo dia em que esta foi preparada. não desapareceu e foi observada alguma floculação. a Konopleva, et al., "Synthetic triterpenoid 2-cyano-3,12-dioxooleana-1,9-dien-28-oic acid induces growth arrest in HER2-overexpressing breast câncer cells, "Mol Câncer Ther. 2006, 5: 317-28. b Ling, et al., "The novei triterpenoid C-28 methyl ester of 2-cyano-3, 12-dioxoolen-l, 9-dien-28-oic acid inhibits metastatic murine breast tumor growth through inactivation of STAT3 signaling," Câncer Res. 2007, 67: 4210-8.
Tabela 21 - Características das formulações testadas Polímero Copolímero de ácido HPMCP HP-55
metacrílico, tipo C
Testes
Descrição Sólido branco Sólido branco
Difracção de \ Não foram detectados j Não foram detectados raios X em pó j picos cristalinos I picos cristalinos
Agua 1,50% p/p DSC - Tg (ponto de inflexão)
106°C
118 °C 82
Polímero
Copolímero de ácido metacrílico, tipo C HPMCP HP-55 | 409% p/p (calculados |59,4% p/p (calculados Ensaio (por \ \ \ nas bases livres | nas bases livres HPLC) | j j anidra e de solvente) janidra e de solvente)
Total de j área de 1,14% \ área de 0,42% impurezas j \ (HPLC)ti | |
Dimensão das | 21 pm j partículas j j (D5 0) | |
Densidade j 0,18g/cm3 (calculada ( 0,19 g/cm3 (calculada aparente \ com 4 g de produto) \ com 4 g de produto) 83
Tabela 22 - Concentrações plasmáticas médias de CDDO-Me em macacos cinomolgos nas amostras das fases 2 e 3.
Concentrações médias de éster metílico de CDDO (ng/ ml)
Tempo PO da Forma A PO da Forma B PO da Forma A PO da PO da ! PO da Forma 1 (nanocristalina) j (micronizada) (micronizada Forma B ! ! í j Forma B J B (1100-55, j cristalina) (PVP/VA) (HPMCP) | Eudragit) Pré- ILQ ILQ ILQ LmmmiwwwvwvwvwvwvwvwvwvYVWVWVUmmmmmmiimnw]vvwvwvwvwwMummiwwvwvwvwvwmmn{ ILQ | ILQ I ILQ | j í J dose ! \ í 5 min NAR NAR NAR NAR NAR ! NAR ! ! ! ! 10 NAR NAR NAR NAR NAR | NAR min | ! ! ! 15 NAR u^uuuuuuuuuuuuuuuuummmmmmmm NAR NAR NAR NAR 1 NAR min ! í ! 30 NAR NAR NAR NAR NAR I NAR \ ! ! min 1 h ] 1,53 í 1,49 6,91 t 5,61 9,619 ± 9,291 — 9,45 í 9,94 ± 9,06 ± 4,38 3,64 ! 4,93 \ \ ' \ ! 2 h 3,00 í 2,02 14,5 í 9,63 9,595 í 9,269 14,0 ± 24,1 ± | 22,2 ± 11,7
Tempo
Concentrações médias de éster metílico de CDDO (ng/ ml) j FO da Forma A PO da Forma B FO da Forma A FO da FO da FO da Forma ! j ; \ \ \ J (nanocristalina) i (micronizada) (micronizada | Forma B Forma B B (L100-55, : cristalina) (PVP/VA) (HPMCP) ( Fudragít) YY^YYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYtVYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYY I I I 3,04 | 13,2 | | 4 h 8 h 16 h 24 h 3,52 + 1,30 | 32,0 + 11,6 | 1,15 ± 0,1] j 27,3 ± | 50,7 ± | 50,6 ± 19,3 j I I | 3,79 | 10,0 | |
luuuuuumuuuuuuuuuuuu úVúVúVúVúVúVúVúV^úVúVúVúVúVúVúVúVú \ /úVúVúVúVúVúVúVíVúVúVúVúVúVú 111111111111111111 úVu «JúVúV VVVVVVVvtYVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVi^VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVm V«Y«YmYmYVVVVVVVVVV 8,56 ± 2,32 j 33,3 ±8,44 j 4,31 + 1,35 j 30,4 ± | 40,0 ± 51,1 ± 8,72 | 10,8 ! 15,6 !
\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\^\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\SSSSSSSSSSSSS\SSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS\S 7,90 + 2,26 | 14,2 + 5,68 j 5,39 + 1,12 | 13,3+ | 15,4+ J 25,6 + 13,9 I I | 3,92 I 7,41 | j 4,40 + 2,33 | 5,23 + 1,86 | 3,05 ± 1,42 | 6,39+ j 5,79 ± | 7,47 ± 4,10 | | | I 2,02 j 2,95 I ! 36 h
NAR
NAR I NAR I NAR 48 h j 0, 649 + 0, 342 | 0,576 + 0,175 j 0,119 10,291 \ 1,181 ! 0,983 1 \l,31í 0, 626 j j í ! ; ! 1,61 0,313 i j 72 h 0,31210,390 \ 0,1081 0,388 \ 0,0189 1 0, 02521 0,395 1 | 0,1181 '^^'.'Λ'Λ'.'.'.'.'.'.'.'.'Λ'Λ'Λ'Λ'Λ'Λ'Λ'Λ'Λ'Λ'Λ'Λ'Λ'Λ'Λ'Λ "Λ*, 0,311 1 yyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyYyyyyyyyyyyi υυυυυΥυυυυυυυυυυυυυυυυυυυυυυυυυυυυυυυυυυυυυυυυυυυυυυυυυυυί' 85
Concentrações médias de éster metílico de CDDO (ng/ mL) | Tempo FO da Forma A FO da Forma B j FO da Forma A FO da FO da J FO da Forma (nanocristalina) (micronizada) (micronizada Forma B Forma B B (L100-55, | cristalina) (PVP/VA) (HPMCP) Eudragit) 0,313 0,283 0,1« NAR Nenhuma amostra retirada ILQ Inferior ao limite de quantificação IV Administração intravenosa. !PO Administração por via oral através j de cápsula. j
Os valores em negrito e itálico são calculados com todos os valores apresentados no apêndice! 3, consequentemente, a média pode diferir das que são calculadas com consideração dos valores! ILQ como zero. i PUBLICAÇÕES CITADAS [0196] 1 Sheldrick, G. M. SHELX97, A PROGRAM FOR CRYSTAL STRUCTURE REFINEMENT, University of Gottingen, Germany (1997). 2. Otwinowski, Z.; Minor, W. Methods Enzymol. 1997, 276, 307. 3. Bruker, XPREP in SHELXTL v. 6.12., Bruker AXS Inc., Madison, WI (2002). 4. Bruno, et al., Acta Crystallogr. 2002, B58, 389 5. INTERNATIONAL TABLES FOR CRYSTALLOGRAPHY, Vol. C, Tabelas 4.2.6.8 e 6.1.1.4, Kluwer Academic Publishers: Dordrecht, The Netherlands (1992). 6. Kraus, W., and G. Nolze, POWDERCELL FOR WINDOWS VERSION 2.3, Federal Institute for Materials Research and Testing, Berlin (1999). 7. Johnson, C. K. ORTEPIII, Report ORNL-6895, Oak Ridge National Laboratory, TN, U.S.A. 1996. 8. Watkin, D. J.; Prout, C.K.; Pearce, L. J. Cameron, CHEMICAL CRYSTALLOGRAPHY LABORATORY, University of Oxford, Oxford, 1996. 9. OPTEP-3 for Windows VI.05,. Farrugia, L.J., J. Appl. Cryst. 1997, 30, 565. 10. Bore, et ai., Acta Cryst. 2002, C.58, ol99-o200. 87 11. Honda et al.
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Claims (18)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Uma forma sólida vítrea do éster metílico de CDDO, caracterizada por ter um padrão de difracção de raios X em pó com um pico de halo a aproximadamente 13,5 °2 Θ, conforme ilustrado na figura 2C, e uma Tg.
  2. 2. Uma forma de solvato de dimetanol do éster metílico de CDDO, caracterizada por ter um padrão de difracção de raios X em pó com picos característicos conforme mostrado na Tabela 18, e um padrão DSC conforme ilustrado na figura 24.
  3. 3. Uma composição farmacêutica numa forma de dosagem sólida, caracterizada por compreender (i) uma quantidade terapeuticamente eficaz de uma forma sólida vítrea não hidratada do éster metílico de CDDO da reivindicação 1 com (ii) um veículo comestível.
  4. 4. Um método para a produção da forma sólida vítrea do éster metílico de CDDO da reivindicação 1, caracterizado por compreender (a) a preparação de uma forma de solvato de dimetanol do éster metílico de CDDO, com um padrão de difracção de raios X em pó com picos característicos, conforme mostrado na Tabela 18, e um padrão DSC conforme ilustrado na figura 24, e (b) a secagem da forma de solvato de metanol para obter a referida forma sólida vítrea.
  5. 5. A forma sólida vítrea do éster metílico de CDDO da reivindicação 1 caracterizada por apresentar um espectro PDF com valores de pico semelhantes aos apresentados na é o figura 28, de cerca de 5 A a cerca de 20 A. 1
  6. 6. Uma composição farmacêutica de acordo com a reivindicação 3, caracterizada por ser para uso no tratamento de uma condição cancerosa.
  7. 7. A composição farmacêutica de acordo com a reivindicação 6, caracterizada por compreender ainda outro fármaco anticancerigeno.
  8. 8. A composição farmacêutica de acordo com a reivindicação 7, caracterizada por o outro fármaco anticancerigeno ser gemcitabina e a condição cancerosa é cancro pancreático.
  9. 9. A forma sólida vitrea do éster metilico de CDDO da reivindicação 1, caracterizada por ter um valor Tg no intervalo de cerca de 120°C a cerca de 135°C.
  10. 10. A forma sólida vitrea do éster metilico de CDDO da reivindicação 1, caracterizada por ter um valor Tg no intervalo de cerca de 125°C a cerca de 130°C.
  11. 11. Uma composição farmacêutica caracterizada por compreender (i) uma quantidade terapeuticamente eficaz de éster metilico de CDDO e (ii) um excipiente, que corresponde a um formador de vidro, de modo a que a composição tenha uma Tg.
  12. 12. Uma composição farmacêutica da reivindicação 11, caracterizada por o excipiente ser seleccionado do grupo composto por (A) um hidrato de carbono, derivado ou polímero de hidratos de carbono, (B) um polímero orgânico sintético, (C) um sal de ácido orgânico, (D) uma proteína, polipéptido ou péptido e (E) um polissacarídeo de elevado peso molecular. 2
  13. 13. Uma composição farmacêutica da reivindicação 12, caracterizada por o excipiente ser um polímero orgânico sintético.
  14. 14. Uma composição farmacêutica da reivindicação 13, caracterizada por o excipiente ser seleccionado do grupo composto por hidroxipropilmetilcelulose, um poli[1-(2-oxo-1-pirrolidinil)etileno ou copolímero do mesmo e um copolímero de ácido metacrílico.
  15. 15. Uma composição farmacêutica da reivindicação 14, caracterizada por o excipiente ser éster ftálico de hidroxipropilmetilcelulose.
  16. 16. Uma composição farmacêutica da reivindicação 14, caracterizada por o excipiente ser PVP/VA.
  17. 17. Uma composição farmacêutica da reivindicação 14, caracterizada por o excipiente ser um copolímero de ácido metacrílico - acrilato de etilo (1:1).
  18. 18. Uma composição farmacêutica da reivindicação 13, caracterizada por o excipiente ser copovidona. 3
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