PT2131691E - Processo de fabrico de um sapato impermeável à água e permeável ao vapor e sapato obtido por esse processo - Google Patents

Processo de fabrico de um sapato impermeável à água e permeável ao vapor e sapato obtido por esse processo Download PDF

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PT2131691E PT87181269T PT08718126T PT2131691E PT 2131691 E PT2131691 E PT 2131691E PT 87181269 T PT87181269 T PT 87181269T PT 08718126 T PT08718126 T PT 08718126T PT 2131691 E PT2131691 E PT 2131691E
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Description

ΡΕ2131691 1
DESCRIÇÃO "PROCESSO DE FABRICO DE UM SAPATO IMPERMEÁVEL À AGUA E PERMEÁVEL AO VAPOR E SAPATO OBTIDO POR ESSE PROCESSO"
Campo Técnico A presente invenção refere-se a um processo para a fabricação de um sapato impermeável à água e permeável ao vapor. A invenção também se refere a um sapato obtido com o processo.
Antecedentes da Técnica É agora bem conhecido que o conforto de um sapato está ligado não só à correcta configuração anatómica do encaixe, mas também à correcta permeação para o exterior do vapor de água que se formou dentro do sapato devido à transpiração.
Tradicionalmente, sapatos permeáveis ao vapor são aqueles que usam materiais naturais tais como o couro ou produtos equivalente, o que, no entanto, na presença de chuva ou mau tempo, por causa das suas propriedades de permeabilidade ao vapor, não garantem boa impermeabilização à água e de facto absorvem bastante facilmente água que 2 ΡΕ2131691 pode também penetrar através das costuras cosidas usadas na montagem.
Por esta razão, vários tipos de sapatos têm estado, agora, amplamente disponíveis, durante alguns anos, no mercado que têm uma gáspea que é acoplada a um forro com uma membrana permeável ao vapor e impermeável à água (por exemplo feita de um material tal como o Gore-Tex® ou similares).
Um sapato deste tipo é divulgado, por exemplo, na patente US RE34890. 0 sapato divulgado em tal patente tem um forro em forma de meia, constituído por um tecido que é acoplado a uma membrana impermeável à água e permeável ao vapor, a qual não só evita que a água penetre no sapato mas também permite que o pé tenha a permeação de vapor para o exterior.
Este sapato, no entanto, sofre de desvantagens, uma vez que ainda permite que a água penetre através da gáspea e origine uma retenção de água entre o forro impermeável à água e a superfície interior da gáspea.
Isso faz com que o sapato necessite de um tempo considerável para secar, mesmo depois de ter sido usado.
Este fenómeno de estagnaçao, por outro lado, 3 ΡΕ2131691 causa uma sensação desagradável de humidade e frio e um consequente aumento do peso do sapato, reduzindo assim o conforto do utilizador.
Além disso, um tal sapato requer necessariamente a utilização de um forro interior sobre o qual é acoplada uma membrana impermeável à água e permeável ao vapor, com um consequente aumento dos custos de produção. A associação entre a membrana e um suporte, seja feltro, tecido ou couro, é amplamente conhecida no campo do calçado e vestuário, mas a ligação adesiva ocorre geralmente sempre entre materiais simples, em rolos ou peças, sensivelmente sem costuras cosidas e sobreposições. Exemplos destes processos podem ser encontrados nas patentes DE2737756 e W090/969.
Os materiais assim impermeabilizados, de modo a serem utilizáveis na fabricação de um sapato, têm de ser subsequentemente cortados e costurados e as costuras cosidas, por sua vez, devem ser tornadas impermeáveis à água, por exemplo, por meio de processos apropriados de isolamento com fita. No entanto, este processo tem a desvantagem que tais costuras cosidas são geralmente difíceis de impermeabilizar, devido às diferentes espessuras dos diferentes materiais que compõem o produto acabado.
Além disso, as costuras cosidas e as 4 ΡΕ2131691 sobreposições dos diferentes elementos que compõem uma gáspea para sapatos são o ponto mais critico na sua fabricação. A fim de evitar esse processo de trabalho para a fabricação do sapato, um processo foi concebido no passado que pode permitir a adesão directa simples entre a gáspea e a membrana. WO02/11571 e W02004/112525 divulgam, de facto, um processo e equipamento para a impermeabilização de uma gáspea que já tenha sido fabricada.
Tal processo proporciona que se vire do avesso a gáspea do sapato, na última fase da sua preparação, antes de ser associada com a sola e, encaixando-a num molde apropriadamente fornecido, que é rígido mas que pode ser adaptado de modo a tensionar a gáspea. Dependendo da patente, uma ou duas folhas da membrana impermeável à água e permeável ao vapor provida de adesivo e termoselada nas suas extremidades são então prensadas, utilizando nomeadamente equipamento específico, como por exemplo uma prensa de campânula aquecida a ar, contra este conjunto tridimensional, o qual é constituído pelo molde rígido adaptável fornecido com a gáspea. Finalmente, a gáspea é removida do molde adaptável e é virada do avesso de modo que pode ser colada à sola, depois de ter sido associado com o conjunto da sola interior.
No entanto, o processo de fabrico acima mencionado tem algumas limitações e desvantagens. 5 ΡΕ2131691
Uma primeira limitação está relacionada com a necessidade de membranas particularmente elásticas, excluindo assim todas as não extensiveis, sob pena de ruptura durante a adaptação ao molde tridimensional.
Uma segunda limitação diz respeito à estanquecidade do sapato, tanto na proximidade de elementos cosidos como nas inserções da gáspea e, em particular, na região onde a sola é unida ao conjunto membrana-gáspea. Este processo é incapaz de assegurar uma perfeita aderência da membrana próximo das costuras cosidas e nas sobreposições das inserções que constituem a gáspea.
Uma terceira limitação está relacionada com o processo de fabrico, que é oneroso em termos de tempos de produção e equipamentos, o que é complicado devido à necessidade de prensar um conjunto tridimensional.
Divulgação da Invenção 0 objectivo da presente invenção é o de proporcionar um processo para a fabricação de um sapato impermeável à água e permeável ao vapor que é simples e rápido e permite usar equipamento simples.
Este objectivo e outros objectos, que se tornarão mais evidentes daqui em diante, são alcançados através de um processo para o fabrico de um sapato impermeável à água e permeável ao vapor, que consiste nos seguintes passos: 6 ΡΕ2131691 - preparar um componente semimanufacturado de uma gáspea de um sapato que é completamente aberto para que possa ser estendido sobre uma superfície plana, dispor na parte interna da referida gáspea uma membrana impermeável à água e permeável ao vapor, - preparar meios para a ligação adesiva entre a gáspea e a membrana de modo a não inibir a permeabilidade ao vapor do conjunto, - preparar uma ou mais formas, que são sensivelmente planas mas são capazes de se moldarem complementar-mente em relação às diferentes espessuras das costuras cosidas e das partes sobrepostas que constituem a superfície exterior da dita gáspea, - acoplar firmemente a dita membrana à dita gáspea, com a parte exterior da dita gáspea disposta de modo que a superfície exterior repousa sobre a forma, - acabar a dita gáspea proporcionando os acoplamentos em falta, fazendo-a assumir uma configuração tridimensional e associando-a com uma sola interior, - associar uma sola com a gáspea impermeabilizada e com a sola interior.
Breve descrição dos desenhos
Outras características e vantagens da invenção tornar—se-ão mais evidentes a partir da descrição de um modelo de realização preferido, mas não exclusivo da mesma, ilustrado a título de exemplo não limitativo nos desenhos anexos, em que: 7 ΡΕ2131691 a Figura 1 é uma vista esquemática em perspectiva do passo para o acoplamento de uma membrana, que é impermeável à água e permeável ao vapor de água, com a superfície interior de uma gáspea com um calcanhar que não tenha sido cosido; a Figura 2 é uma vista esquemática em perspectiva de uma gáspea cosida no calcanhar, com uma membrana a ela associada que é impermeável à água e permeável ao vapor de água, mostrada numa vista explodida em relação a uma forma para pressionar a dita membrana sobre a gáspea; a Figura 3 é uma vista de topo esquemática em corte de uma gáspea cosida, com uma membrana a ela associada que é impermeável à água e permeável ao vapor de água, acoplada a uma forma para pressionar a dita membrana sobre a gáspea; as Figuras 4a, 4b e 4c são vistas em corte de uma gáspea com uma membrana disposta sobre as formas de prensagem de acordo com a invenção; a Figura 5 é uma vista esquemática em corte longitudinal de um primeiro modelo de realização de uma parte de um sapato de acordo com a invenção; a Figura 6 é uma vista esquemática em corte transversal de um segundo modelo de realização de uma parte de um sapato de acordo com a invenção; a Figura 7 é uma vista esquemática e parcialmente explodida em corte transversal de um terceiro modelo de realização de uma parte de um sapato de acordo com a invenção; ΡΕ2131691 as Figuras 8a e 8b são, respectivamente, uma vista esquemática em corte transversal de um quarto modelo de realização de uma parte de um sapato de acordo com a invenção e uma vista em escala ampliada de um diferente modelo de realização do mesmo; a Figura 9 é uma vista esquemática e parcialmente explodida em corte transversal de um quinto modelo de realização de uma parte de um sapato de acordo com a invenção; a Figura 10 é uma vista esquemática e parcialmente explodida em corte transversal de um sexto modelo de realização de uma parte de um sapato de acordo com a invenção.
De notar que alguma coisa encontrada que seja já conhecida durante o processo de patenteamento é entendida como não sendo reivindicada e ser objecto de declinação de responsabilidades.
Formas de realizar os desenhos
Com referência às figuras, um sapato fabricado por meio do processo de acordo com a invenção é geralmente designado pelo número de referência 10 e pode ser visto na Figura 5. O sapato 10 compreende uma parte superior 11 constituída por uma gáspea 12, a qual é permeável ao vapor (ou, equivalentemente, provida com pequenos furos, tais 9 ΡΕ2131691 como, por exemplo, gáspeas para sapatos de Verão constituídas por tecidos de malha ou similares), por uma membrana 13, do tipo que é impermeável à água e permeável ao vapor de água (tal como, por exemplo, aquelas normalmente conhecidas pelos nomes comerciais "Gore-Tex" ou "Sympatex"), associada com a parte interior da gáspea 12, e uma sola interior 14, que é associada com o conjunto formado pela gáspea 12 e pela membrana 13.
Por baixo da parte superior 11, sob a sola interior 14, há uma parte inferior 15 constituída por uma sola 16.
Um processo para o fabrico do sapato 10 é descrito daqui em diante.
Este processo proporciona a aplicação à gáspea 12 de pelo menos uma folha de membrana 13, que é opcionalmente acoplada, sem comprometer a sua permeabilidade ao vapor, a uma ou mais malhas feitas de material sintético e/ou a outros elementos de protecção ou elementos de suporte que permitem a passagem de materiais de vedação.
Esta membrana pode cobrir completamente a superfície interior da gáspea 12.
Como uma alternativa, em elementos que constituem a gáspea 12 e são já impermeáveis à água é possível evitar a utilização da membrana 13. 10 ΡΕ2131691
Neste caso é, portanto, possível poupar vantajosamente uma superfície considerável de membrana. O que é importante é que existe uma vedação impermeável à água entre a membrana 13 e os materiais impermeáveis, tais como, por exemplo, uma sobreposição e uma vedação da membrana em relação aos materiais impermeáveis à água sensivelmente ao longo de cerca de 5,0-10,0 mm ou uma costura cosida que é impermeabilizada por uma fita impermeável à água.
Para a montagem posterior da parte superior 11 e da sola 16, é vantajoso deixar a margem inferior ou aba 17 da membrana de modo a ficar saliente (ver figura 5), por exemplo, em 10-15 mm, a partir do bordo inferior 18 da gáspea 12.
Para a montagem mútua da gáspea 12 e da membrana 13 é, por exemplo, possível distribuir, sobre a superfície da membrana 13 em contacto com a gáspea 12, de modo a não comprometer a sua permeabilidade quantidade de cola termo-adesiva. ao vapor, uma certa Esta distribuição é de preferência uma distribuição de pó de adesivo, por exemplo, do tipo poliuretano (PU), ou com pontos de adesivo do tipo e uma termofusível, que têm um diâmetro de 0,1 a 2,0 mm densidade de 50 a 600 pontos/cm2. 11 ΡΕ2131691
Por aquecimento da membrana 13 a cerca de 100-150 °C durante 10 segundos durante a prensagem a cerca de 6 bars, é conseguida uma adesão perfeita com a gáspea 12. A adesão pode também ser promovida por meio de uma película termo-adesiva perfurada (banda) para ser aplicada entre a membrana 13 e a gáspea 12, de modo a não comprometer a permeabilidade ao vapor do conjunto.
Num modelo de realização que pode ser definido como bidimensional, a gáspea 12 está quase totalmente montada mas não cosida, por exemplo, na região do calcanhar, de modo que pode ser estendida sobre uma superfície plana (por exemplo uma forma plana, designada pelo símbolo de referência Sl), mostrada na Figura 1 e designada pelo número de referência 20. A maneira como a gáspea é estendida, isto é, em que regiões não é cosida, por exemplo, no calcanhar ou na biqueira do sapato ou em ambas, não é importante. O acoplamento do conjunto ocorre por prensagem a quente da membrana 13 (e, claro, a interposta cola termo-adesiva) sobre a gáspea 12, por exemplo, por meio de uma prensa simples plana ou cilíndrica provida com meios de aquecimento, ou de uma almofada de ar quente; como uma alternativa, também é possível unir a membrana à gáspea em vácuo; a prensagem a quente permite a fusão do adesivo e a união da membrana à gáspea. 12 ΡΕ2131691 A superfície sobre a qual a membrana é posicionada também pode ser ligeiramente curva, côncava ou convexa, a fim de facilitar a prensagem, desde que a disposição da gáspea permaneça plana e não fechada.
Uma vez que, em geral, a gáspea 12 é fabricada por costura sobreposta de um certo número de elementos, inserções, acessórios metálicos e fechos particulares, a superfície plana 20 deve ser feita de um material que seja capaz de retomar a sua forma original após deformação (resiliente) e seja resistente à temperatura, tal como borracha de nitrilo, silicone, policloropreno ou EVA expandida microporosa, de modo a eliminar as irregularidades de espessura e assegurar que a superfície interior da gáspea é plana durante a prensagem; este refinamento é essencial para a adesão da membrana 13. É importante que as inserções 12a ou as regiões de costura 12b (ver figuras 4a e 4b) com abas sobrepostas da gáspea sejam "absorvidas" pela superfície plana 20 a fim de permitir a prensagem plana da membrana 13 sobre a gáspea 12 e, portanto, a completa adesão dos pontos críticos, evitando assim a infiltração de água, por exemplo, em bolhas que não tenham ficado coladas.
Se a superfície plana 20 é feita de materiais rígidos (Figura 4-C), por exemplo, resina, alumínio, latão, EVA rígida microporosa, poliuretano, que são resistentes à temperatura e pressão, a superfície ou forma deve ter 13 ΡΕ2131691 pequenas cavidades 20c que são complementares em relação, por exemplo, às sobreposições dos elementos, às diferenças em espessuras ou às costuras cosidas da qáspea, de modo a assequrar outra vez que a superfície interior da qáspea (a superfície de prensaqem da membrana) é plana.
Mais uma vez, para conseguir a perfeita adesão plana da membrana com a gáspea, é, além disso, possível utilizar formas rígidas Sla e formas complementares Slb que têm cavidades e saliências que são opostas umas às outras, ou não, e também neste caso, por exemplo, são complementares no que diz respeito às diferenças de espessuras da gáspea.
Para um melhor resultado, é preferível realizar duas prensagens diferentes, primeiro numa metade do conjunto constituído pela membrana 13 e pela gáspea 12 e em seguida na outra metade, de modo a conseguir um acoplamento correcto também sobre a lingueta central, designada pela referência numérica 12c, da gáspea 12.
Com referência à Figura 1, a "lingueta" é a tira, geralmente feita do mesmo material de que é feita a gáspea, a qual está disposta na zona de aperto, ou nos diferentes mecanismos para abrir o sapato, para proteger o peito do pé e facilitar a abertura do sapato e a inserção do pé. No caso de gáspeas impermeáveis à água, a lingueta é proporcionada como uma lingueta de fole, dobrando-se para trás sobre si própria quando o sapato é fechado, fazendo 14 ΡΕ2131691 com que o sapato seja mais impermeável à água enquanto permite a inserção fácil do pé.
Se as inserções de membrana 13a são necessários nesta região para proporcionar a requerida porção de fole necessária para impermebializar a lingueta e impedir que a água penetre para dentro do sapato, tais inserções devem ser sobrepostas, por exemplo, em 5-10 mm, e vedadas por meio de adesivos de vedação e/ou fitas 30, aplicadas por meio de processos adequados de soldadura a quente.
Uma vez que esta adesão plana entre a gáspea aberta 12 e a membrana 13 tenha sido realizada, se necessário, o fabrico da gáspea 12 é concluído usando uma ou mais costuras cosidas dos bordos deixados abertos para permitir a prensagem bidimensional e por uma consequente vedação impermeável à água das costuras cosidas.
Como alternativa, num modelo de realização que pode ser definido como tridimensional, é possível preparar uma gáspea, de novo designada pela referência numérica 12 neste exemplo, a qual está virada do avesso e fechada (ver as Figuras 2 e 3; a Figura 2 ilustra o conjunto constituído pela gáspea do avesso 12 e pela membrana 13 durante o acoplamento a uma forma S2, enquanto que a Figura 3 é uma vista de topo em corte da gáspea com a membrana montada na forma S2), e uma membrana 13, que é moldada e cosida de modo a duplicar sensivelmente a forma da gáspea 12. 15 ΡΕ2131691
Por exemplo, a membrana 13 pode ser formada por duas porções que são cosidas nas quatro extremidades ou por uma única porção que é dobrada e cosida nas duas extremidades acopladas. A membrana 13 é envolvida em torno da gáspea 12. A solução tridimensional é também reduzida, neste caso, a uma adesão sensivelmente bidimensional ao ajustar o conjunto sobre uma forma plana S2 (que, em particular, possui duas faces planas e paralelas) constituída por uma parte central feita de material rígido e por uma parte de superfície externa, que forma as duas superfícies planas externas 20a e 20b e é feita de um material que é capaz de retomar a sua forma original após deformação (resiliente) e é resistente à temperatura, tal como, por exemplo, borracha de nitrilo, silicone, policloropreno (neopreno), ou EVA expandida microporosa.
Também neste caso, o acoplamento pode ocorrer por prensagem, de preferência com aquecimento, ou em vácuo, com o equipamento descrito acima para a gáspea aberta.
Neste caso, é preferível realizar duas prensagens diferentes, primeiro de um lado e depois no outro lado do conjunto constituído pela gáspea 12 e pela membrana 13, encaixado na forma plana S2. A conclusão da adesao entre a gáspea 12 e a 16 ΡΕ2131691 membrana 13 na porção do calcanhar pode também ocorrer pela utilização de uma máquina de fabrico de sapatos vulgarmente conhecida como "máquina de pré-formação do contraforte", que tem uma última metade aquecida e uma almofada de ar que aplica pressão sobre a gáspea 12 e sobre a membrana 13, que são sobrepostas.
Neste caso, a última metade é aquecida de modo a reactivar a cola termo-adesiva, ao passo que a almofada de ar é projectada para prensar os materiais e alcançar a sua mútua ligação adesiva. Neste caso, por exemplo, a prensagem ocorre enquanto a gáspea não está virada do avesso.
Tanto a forma plana como a última metade da "máquina de pré-formação do contraforte" podem ser utilizadas para todos os tipos de sapatos sem ter que mudar o equipamento quando o tipo de gáspea muda.
Uma biqueira 22, feita de material impermeável à água, é geralmente aplicada à gáspea 12 a fim de reforçar a ponta do sapato. Neste caso, não há necessidade de utilizar uma parte da membrana 13, que na Figura 5 é sobreposta na biqueira impermeável à água 22. É, portanto, possível poupar uma superfície considerável da membrana 13. 0 que é importante é que há uma vedação impermeável à água, por exemplo, uma sobreposição e uma ligação adesiva de vedação dos dois materiais em aproximadamente 5,0-10,0 mm ou uma costura cosida com fita impermeável entre a biqueira 22 e a membrana 13. A biqueira 22 é aplicada vantajosamente 17 antes da associação da membrana como uma alternativa pode ser sobrepondo-se parcialmente à ΡΕ2131691 directamente à gáspea 12, 13 com a gáspea 12, ou aplicada posteriormente, membrana 13.
Se a biqueira 22 é permeável ao vapor ou perfurada e não impermeável à água, ela pode ser aplicada à gáspea 12, por exemplo, por colagem por pontos ou por interposição de uma película perfurada feita de material termoplástico, de modo a assegurar a sua permeabilidade ao vapor. Neste caso, a presença da membrana impermeável à água e permeável ao vapor é necessária.
Subsequentemente, de acordo com um processo conhecido em si, uma vez que o conjunto tenha sido instalado sobre a sola interior é necessário nivelar, por desbaste, o bordo inferior 18 da gáspea 12, a fim de eliminar as espessuras e vincos do conjunto e facilitar a sua ligação adesiva com a sola 16; tal nivelamento pode ainda revelar a extremidade inferior perimétrica da biqueira 22.
Se a biqueira 22 está ausente, é preferível, em vez disso, evitar a operação de desbaste a fim de não danificar a membrana 13. A membrana 13 é, de facto, geralmente feita de um material extremamente fino e frágil, e a operação para remover os vincos da gáspea 12 por desbaste poderia 18 ΡΕ2131691 facilmente rasgá-la.
Da mesma forma, é possível aplicar um contraforte traseiro 23, por exemplo, após a associação da membrana 13 com a gáspea 12.
Também neste caso, se o contraforte 23 é feito de material impermeável à água, não há então necessidade de usar parte da membrana de modo que se sobrepõe a tal elemento. É, portanto, possível poupar na superfície da membrana. 0 que é importante é que há uma vedação impermeável à água, por exemplo, uma sobreposição com uma ligação adesiva de vedação dos dois materiais ao longo de aproximadamente 5,0-10,0 mm ou uma costura cosida com fita impermeável à água, entre o contraforte e a membrana.
Um forro interior permeável ao vapor 24 está associado à superfície interna da membrana 13; a associação pode ocorrer através de ligação adesiva.
Como uma alternativa, o forro pode ser proporcionado sob a forma de uma meia, a ser associada internamente ao conjunto constituído pela gáspea, pela membrana, e pela sola interior uma vez que tenha sido provida.
Finalmente, a sola interior permeável ao vapor e/ou perfurada 14 é aplicada ao conjunto constituído pela gáspea 12 e pela membrana 13 de modo a completar a parte 19 ΡΕ2131691 superior 11 do sapato 10 antes da ligaçao adesiva da sola. A aba perimétrica 17 da membrana 13 e o bordo perimétrico 18 da gáspea 12 são dobrados para trás e fixados abaixo da sola interior 14.
Em particular, a associação da gáspea 12 e da membrana 13 com a sola interior 14 ocorre, por exemplo, por meio da estrutura conhecida como "AGO lasting", sem o uso de pregos ou agrafos que podem danificar a membrana 13.
Uma vez que a gáspea 11 do sapato tenha sido fechada, a sola 16 é a ela associada.
Neste modelo de realização, a sola 16 é um bloco único e está associada com a gáspea 11, por exemplo, por meio de um adesivo.
Para os fins da presente invenção, é importante que entre a aba inferior 17 da membrana 13 e o bordo inferior 18 da gáspea haja uma área de vedação 26, a qual é impermeável à água em relação à parte debaixo do sapato, nesse caso, a sola 16. A área de vedação impermeável à água 26 pode ser constituída por um material adesivo que é espalhado no bordo inferior 18 da gáspea 12, na aba inferior 17 da membrana 13, até atingir a sola interior 14, na prática de modo a formar um anel de vedação 27. O anel de vedação 2 7 20 ΡΕ2131691 também permite a adesão da sola 16 à parte superior 11 do sapato. A sola 16 pode também ser sobremoldada directamente sobre a parte superior 11; dependendo, neste caso, do material polimérico que compõe a sola, é possível evitar a utilização do anel de vedação 27, uma vez que a área de vedação 26 é proporcionada pelo material polimérico da sola que se liga intimamente com a porção da parte superior 11 com a qual entra em contacto (o bordo inferior 18 da gáspea, a aba inferior 17 da membrana e parte da sola interior 14). A área de vedação 26 pode também ser proporcionada por outros processos, fitas de vedação, ou também extensões de vedação 28 do bordo inferior da gáspea, obtida por meio de elementos que são fixados à gáspea, por exemplo, por meio de costura ou ligação adesiva. A função destas extensões 28 é também a de proteger o bordo inferior da membrana 13. Uma vez que a membrana é extremamente fina, pode de facto romper-se como uma consequência da operação de moldagem do conjunto constituído pela membrana 13 e pela gáspea 12 em torno da sola interior 14 devido aos alicates de moldagem da máquina de moldagem.
As extensões 28, que têm, por exemplo, 10-15 mm de largura (na prática, de modo a alcançar a extremidade da 21 ΡΕ2131691 aba da membrana), devem permitir a vedação, tal como, por exemplo, fitas ou malhas de selagem a quente feitas de material sintético, tecidos de malha, tecidos ou tecidos tridimensionais, através dos quais os materiais de vedação tais como, por exemplo, adesivos de silicone ou poliuretano, podem passar; nestes casos, a membrana 13 deve ser aplicada depois do acoplamento dos elementos de protecção, de modo a impermeabilizar o ponto de ligação entre os diferentes materiais. A fim de reforçar ainda mais a margem de montagem da membrana, pode ser vantajoso aplicar directamente à extremidade inferior da membrana, por exemplo, após a associação da membrana com a gáspea, um elemento de reforço impermeável à água, por exemplo, uma fita termovedante impermeável à água, a qual é de preferência elástica e feita de material sintético.
Além de solas monolíticas, é também possível aplicar à parte superior solas compostas, formadas, por exemplo, por um corpo inferior que forma o rasto do sapato e uma entressola que é interposta entre a sola interior e o corpo inferior.
Os processos de montagem da sola composta na parte superior do sapato (gáspea e sola interior) podem ser os mais díspares, desde uma ligação adesiva até sobremoldagem múltipla. 22 ΡΕ2131691 É evidente que o sapato pode compreender uma sola do tipo que é impermeável à água e permeável ao vapor, de um tipo conhecido em si, modelos de realização do qual são divulgados em patentes anteriores; tais solas são do tipo que compreende um rasto do sapato provido com furos de passagem em pelo menos uma sua região, acima da qual há um elemento de protecção e uma membrana do tipo que é impermeável à água e permeável ao vapor e é semelhante à descrita acima. É evidente que a área de vedação da membrana e do bordo inferior da gáspea voltado de frente para a sola, no caso de uma sola permeável ao vapor e impermeável à água, deve necessariamente ser uma área de vedação impermeável à água que está disposta perimetricamente e circunda a região concebida para a permeação de vapor.
Alguns modelos de realização do sapato de acordo com a invenção que usam uma sola que é impermeável à água e permeável ao vapor, tal como agora descrito resumidamente, são descritos daqui em diante.
Com referência à Figura 6, de acordo com a W097/14326, o bordo inferior 118 da gáspea 112, à qual adere a aba inferior 117 da membrana 113, é virado e colado com adesivo abaixo da sola interior 114, de acordo com uma estrutura vulgarmente conhecida como "AGO lasting", sem o uso de pregos ou agrafos que podem danificar a membrana. ΡΕ2131691 23
Um forro 124 é unido à face interna da membrana 113 . A membrana 113 é deixada exposta, por exemplo, em pelo menos 10-15 mm em relação ao bordo inferior 118 da gáspea, de modo a formar uma área de vedação perimétrica 126 que é impermeável à água com a parte debaixo do sapato, que neste caso é constituída pelo material polimérico da sola 116; a sola 116 é, de facto, directamente sobremoldada sobre o conjunto da parte superior 111 que envolve completamente o pé.
Com referência à Figura 7, de acordo com a WO 2005/070658, após a associação do bordo inferior 218 da gáspea 212 e da aba inferior 217 da membrana 213 com a sola interior de montagem 214, é utilizado um escarpim ("inshoe") impermeável à água 240 o qual é associado perimetricamente com a sola interior 214 e com a membrana 213 da gáspea 212, de modo a ser sobreposto na região que liga a sola interior 214 e a membrana 213 e no bordo inferior 218 da gáspea 212, proporcionando uma primeira vedação perimétrica 226a que evita a infiltração de água lateral a partir do bordo inferior 218 da gáspea 212 por cima do escarpim 240 e permite "nivelar" quaisquer vincos e rugas devido à montagem do bordo inferior 218 da gáspea 212 e da aba inferior 217 da membrana 213. O escarpim impermeável à água 240 pode ser permeável ao vapor ou ser provido de orifícios apropriados 24 ΡΕ2131691 na região da sola concebida para a permeaçao de vapor.
Por exemplo , o escarpim 240 pode ser feito de material macio, como por exemplo, EVA microporosa ou poliuretano expandido, a fim de se adaptar às diferentes espessuras causadas pela sola interior 214, pelo bordo inferior 218 da gáspea e pela aba inferior 217 da membrana.
Num caso extremo, o escarpim 240 pode ser provido centralmente com um furo grande, na prática reduzindo-se assim a um aro perimétrico que é formado, por exemplo, por um anel ou fita impermeável à água, que proporciona uma vedação na região que liga a gáspea, a membrana e a sola interior.
Como uma alternativa ao escarpim 240, é possível impregnar a aba inferior 217 da membrana 213 e o bordo inferior 218 da gáspea 212 com adesivos ou vedantes, tais como, por exemplo, adesivos de silicone, adesivos termoplásticos ou adesivos PU reactivos termofusíveis, tais como, por exemplo, o produto IPATHERM S 14/176 ou o equivalente de H.B. Fuller, ou espalhá-los com látex (revestimento de látex) ou com poliuretano (revestimento PU) , de modo a proporcionar uma vedação impermeável à água directamente sobre a região perimétrica da gáspea com a membrana. A sola 216, neste modelo de realizaçao, é semelhante à que é mostrada no modelo de realização 25 ΡΕ2131691 descrito anteriormente, e é constituída por um corpo inferior 216a de uma sola 216, que forma o rasto do sapato ("tread"), e tem uma região com uma pluralidade de orifícios de passagem 229, em que o corpo inferior é moldado separadamente; subsequentemente, o corpo inferior 216a é colocado num molde e uma camada protectora 230 é disposta sobre a região perfurada como uma membrana impermeável à água e permeável ao vapor, a qual está disposta nos furos 229 do rasto do sapato, a seguir referenciada como membrana inferior 231 a fim de distingui-la claramente da membrana 213 associada com a gáspea 212; a camada protectora 230 é feita de um material que é resistente à hidrólise, repelente de água, permeável ao vapor ou perfurado.
Um elemento de enchimento 232 permeável ao vapor (ou, opcionalmente, perfurado) é disposto sobre a membrana inferior 231 e tem uma dimensão de superfície que é menor do que a da membrana inferior 231, de modo a deixar exposta uma região perimétrica anelar de tal membrana inferior.
Em torno do elemento de enchimento 232 há uma entressola 233, que veda a região anelar da membrana inferior 231 relacionada com a sola 216, que é deixada exposta pelo elemento de enchimento mais pequeno 232, de modo a evitar a penetração de líquidos na região de inserção do pé através dos orifícios do rasto do sapato.
Com referência à Figura 8a, de acordo com a EP 26 ΡΕ2131691 1197158, antes de o acoplamento entre a gáspea 312 e a membrana 313, um elemento de ligação impermeável à água 350 está associado com o bordo inferior 318 da gáspea 312, por exemplo, por pontos em ziguezague 352, e tem, por exemplo, 10-15 mm de largura, na prática, tão largo como a aba inferior 317 da membrana 313 que sobressai do bordo inferior da gáspea. O elemento de ligação 350 é constituído de preferência por uma folha de duas camadas, das quais a camada interior 350a, dirigida em direcção à membrana 313, tem um ponto de fusão que é igual à temperatura gerada durante a prensagem da membrana na gáspea descrita anteriormente; tal temperatura é mais baixa do que a temperatura gerada durante a fase de moldagem da sola.
Durante a fase de prensagem, por conseguinte, a camada interior 350a funde, aderindo à membrana 313. A segunda camada, a exterior 350b, pode em vez disso ser feita de um material que é compatível com o material da sola e deve ter um ponto de fusão mais elevado do que o da a primeira camada interior 350a, de modo cL evitar a sua fusão durante a operação de prensagem da membrana 313 contra a gáspea 312. O conjunto constituído pela gáspea 312 e a membrana 313 é unido por meio de costuras cosidas 353 à sola interior 314 permeável ao vapor ou perfurada em 27 ΡΕ2131691 conjunto com um forro interior 324, de acordo com uma estrutura comummente conhecida como Strobel.
Se a sola interior está associada com o conjunto da membrana superior, de acordo com a estrutura conhecida como "AGO lasting", de modo que o bordo inferior da gáspea e a aba inferior da membrana são dobrados sob o conjunto da sola interior, o elemento de ligação coincide com a extensão do bordo inferior da gáspea, descrito anteriormente.
Pelo menos parte da sola 316 é sobremoldada directamente sobre a parte superior 311 do sapato.
Quando a sola é moldada por injecção, a pressão e o calor gerados pelo polímero fundido provoca a fusão parcial da segunda camada do elemento de ligação 350 (para além, claro, da primeira camada), criando assim a área perimétrica 326 para a vedação impermeável à água entre a aba inferior 317 da membrana 313 e a sola 316, evitando assim a infiltração lateral de líquidos.
Uma variante que já é conhecida dos técnicos especialistas no domínio do fabrico de sapatos é mostrada na Figura 8b e proporciona um elemento de ligação ou extensão da gáspea, designado pela referência numérica 350', que é feito inteiramente de um material que é permeável a materiais poliméricos no estado líquido, particularmente poliuretano, como por exemplo, uma malha 28 ΡΕ2131691 feita de material sintético ou um tecido tridimensional com uma malha larga que permite ao material polimérico que fundiu durante a fase de sobremoldagem acoplar a sola à membrana 313.
Com referência agora à Figura 9, uma sola 416 pode também ser proporcionada de forma autónoma e, em seguida, unida à parte superior do sapato, por exemplo, por meio de adesivo.
Neste caso, há a associação do bordo inferior 418 da gáspea 412 com a sola interior 414, a qual é permeável ao vapor ou perfurada, com a interposição de um elemento de ligação 450 feito de um material que é permeável aos vedantes fluidos, tais como , por exemplo, uma rede feita de material sintético ou um tecido tridimensional com uma malha larga. 0 acoplamento é proporcionado por meio de costuras cosidas 454 e 455. 0 elemento de ligação 450 é impregnado com adesivos ou vedantes, como por exemplo, adesivos de silicone, adesivos termoplásticos ou adesivos PU reactivos termofusiveis, tal como, por exemplo, o adesivo conhecido pela nome comercial IPATHERM S 14/176 ou o equivalente de HB Fuller, ou espalhado com látex (revestimento de látex) ou com poliuretano (revestimento PU) , de modo a proporcionar uma primeira vedação perimétrica 426A para 29 ΡΕ2131691 proporcionar uma vedação impermeável à água directamente sobre a aba inferior 417 da membrana 413.
Com referência à Figura 10, por exemplo, no caso de uma estrutura "AGO lasting", o elemento de ligação 650 pode também ser um tecido normal, capaz de não arrastar a água para dentro ou ao longo das suas próprias fibras, um tecido reforçado com fibras de aramida de Kevlar®, ou, por exemplo, um material polimérico impermeável à água.
Neste caso, a sola interior 614 deve ser feita de um material polimérico ou de outro material impermeável à água, compatível com o material da sola 616 e com o material da membrana 613, pelo menos na sua parte perimétrica, de modo a permitir a provisão da área perimétrica 626a para proporcionar uma vedação impermeável à água directamente com a aba inferior ou bordo 617 da membrana da gáspea A fim de completar a vedação impermeável à água do sapato, neste caso, também o elemento de ligação 650 é impregnado com adesivos ou vedantes, tais como, por exemplo, adesivos de silicone, adesivos termoplásticos ou adesivos PU reactivos termofusíveis, como, por exemplo, o adesivo conhecido pelo nome comercial IPATHERM S 14/176 ou o equivalente de H.B. Fuller, ou espalhar com látex (revestimento de látex) ou com poliuretano (revestimento PU), de modo a proporcionar uma zona perimétrica de vedação 626b em relação à sola interior impermeável. 30 ΡΕ2131691
Em qualquer caso, a sola interior 614 é associada hermeticamente com a sola 616 e com a aba inferior ou bordo 617 da membrana 613 apenas nas partes perimétricas, sem afectar a parte central destinada à permeação de vapor, que deve, portanto, ser permeável ao vapor ou perfurada. A fim de reforçar ainda mais a margem de montagem da membrana, pode ser vantajoso aplicar directamente à aba inferior ou bordo da membrana 613, por exemplo, após associação da membrana com a gáspea 612, um elemento de reforço impermeável à água 651, para exemplo, de preferência fita elástica termovedante impermeável à água, feita de material sintético.
Na prática, verificou-se que a invenção assim descrita atinge o objectivo pretendido e objectos. A presente invenção proporciona, de facto, um sapato que é completamente impermeável à água e permeável ao vapor de água e é fabricado de modo a evitar mesmo a mais leve infiltração lateral da água desde a sola até à região de inserção do pé.
Isto é permitido pela superfície especial de acoplamento da membrana à gáspea, que é assegurada apropriadamente pela acção de prensagem e pela presença de formas especiais. Tais formas, de facto, permitem impermeabilizar eficazmente também os pontos críticos determinados pelas costuras cosidas e em particular pelas 31 ΡΕ2131691 sobreposições dos diferentes elementos que compõem uma gáspea para sapatos. Uma tal impermeabilização da gáspea permite evitar a acumulação de água entre a gáspea e o forro do sapato.
Além disso, a associação da membrana com a gáspea de modo que a aba inferior da membrana sobressai do bordo inferior da gáspea permite a criação de uma área de vedação nesta região com a parte inferior do sapato, impedindo na prática que a água se infiltre na superfície de interface entre a gáspea e a membrana e entre a membrana e a parte inferior do sapato.
Lisboa, 26 de Novembro de 2012

Claims (20)

  1. ΡΕ2131691 1 REIVINDICAÇÕES 1. Um processo de fabrico de um sapato impermeável à água e permeável ao vapor, que consiste em: preparar um componente semimanufacturado de uma gáspea (12) de um sapato, de tal modo que ele pode ser disposto de forma estendida sobre uma superfície plana ou em duas superfícies mutuamente opostas, dispor na parte interna do dito componente semimanufacturado de uma gáspea (12) uma membrana impermeável à água e permeável ao vapor (13), preparar meios para a ligação adesiva entre o componente semimanufacturado de uma gáspea (12) e a membrana (13) de modo a não inibir a permeabilidade ao vapor do conjunto, preparar uma ou mais formas, que são sensivelmente planas mas capazes de se moldarem complementarmente em relação às diferente espessuras das costuras cosidas e das partes sobrepostas que constituem a superfície exterior do referido componente semimanufacturado de uma gáspea (12), acoplar firmemente a dita membrana (13) ao dito componente semimanufacturado de uma gáspea (12), sendo a membrana (13) contornada e cosida de modo a duplicar sensivelmente a forma da gáspea (12) com a parte exterior do dito componente semimanufacturado disposta de modo que a superfície exterior repousa sobre a forma 2 ΡΕ2131691 acabar a dita gáspea (12), fazendo-a assumir a configuração tridimensional correcta e associando-a a uma sola interior (14), associando uma sola (16) com a gáspea impermeável à água (12) e com a sola interior (14) . 2. 0 processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o dito componente semimanufacturado de uma gáspea ser completamente aberto. 3. 0 processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o acabamento da gáspea (12) compreender o passo de proporcionar os seus acoplamentos em falta.
  2. 4. O processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por proporcionar a aplicação à gáspea (12) da dita membrana (13), que é acoplada, sem comprometer a sua permeabilidade ao vapor, a uma ou mais malhas feitas de material sintético e/ou a outros elementos de protecção, ou a elementos de suporte que permitem a passagem de materiais de vedação. 5. 0 processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por os elementos que constituem a dita gáspea (12) e que já são impermeáveis à água substituam a dita membrana (13), sendo proporcionada uma vedação impermeável à água entre a dita membrana (13) e os ditos elementos impermeáveis à água. 3 ΡΕ2131691 6. 0 processo de acordo com a reivindicação 5, caracterizado por ter uma sobreposição e uma vedação da dita membrana (13) em relação aos ditos elementos impermeáveis à água sensivelmente ao longo de cerca de 5,0-10,0 mm, ou uma costura cosida gue é impermeabilizada por uma fita impermeável à água.
  3. 7. O processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por uma biqueira impermeável à água (22) substituir a dita membrana (13) na ponta do sapato, sendo proporcionada uma vedação impermeável à água entre a dita membrana (13) e a dita biqueira impermeável à água (22).
  4. 8. O processo de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por ter uma sobreposição e uma vedação da dita membrana (13) em relação à dita biqueira impermeável à água (22) sensivelmente ao longo de cerca de 5,0-10,0 mm, ou um costura cosida que é impermeabilizada por uma fita impermeável à água.
  5. 9. O processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por um contraforte impermeável à água (23) substituir a dita membrana (13) na parte do calcanhar do sapato, sendo proporcionada uma vedação impermeável à água entre a dita membrana (13) e o dito contraforte impermeável à água (23).
  6. 10. O processo de acordo com a reivindicação 9, caracterizado por ter uma sobreposição e uma vedação da 4 ΡΕ2131691 dita membrana (13) em relação ao dito contraforte impermeável à água (23) sensivelmente ao longo de cerca de 5,0-10,0 mm ou uma costura cosida que é impermeabilizada por uma fita impermeável à água. 11. 0 processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por na subsequente montagem da dita gáspea (12) com a dita membrana (13) à sola (16), a margem inferior (17) da membrana (13) se estender para além da margem da gáspea. 12. caracterizado sensivelmente gáspea (12) . O processo de acordo com a reivindicação 11, por a dita margem saliente (17) ser de 10-15 mm a partir do bordo inferior da
  7. 13. O processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por, para efectuar a montagem entre a gáspea (12) e a membrana (13), ser distribuída cola termo-adesiva sobre a superfície da dita membrana (13) em contacto com a gáspea (12) de modo a não comprometer a sua permeabilidade ao vapor.
  8. 14. O processo de acordo com a reivindicação 13, caracterizado por a distribuição do dito adesivo ser uma distribuição de pó de adesivo, ou de pontos de adesivo do tipo termofusível, que têm um diâmetro sensivelmente de 0,1 a 2,0 mm e uma densidade de 50 a 600 pontos/cm2. 5 ΡΕ2131691 15. 0 processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a dita membrana (13) ser aquecida a aproximadamente 100-150 °C durante 10 segundos de modo a ser firmemente acoplada à gáspea (12) por pressão a cerca de 6 bars.
  9. 16. O processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a dita adesão ser promovida por meio de uma película termo-adesiva perfurada (banda) a ser aplicada entre a membrana (13) e a gáspea (12), de modo a não impedir a permeabilidade ao vapor do conjunto.
  10. 17. O processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a gáspea (12) estar quase completamente montada, de modo que pode ser estendida sobre uma superfície plana (20).
  11. 18. O processo de acordo com a reivindicação 17, caracterizado por a dita superfície plana (20) ser feita de um material que é capaz de retomar a sua forma original depois de deformado (resiliente) e é resistente à temperatura, tais como borracha de nitrilo, silicone, policloropreno ou EVA expandida microporosa, a fim de eliminar as irregularidades de espessura e assegurar que a superfície interior da gáspea (12) é plana durante a prensagem.
  12. 19. O processo de acordo com a reivindicação 17, caracterizado por, se a dita superfície plana ou forma (20) 6 ΡΕ2131691 for feita de materiais rígidos que são resistentes à temperatura e pressão, a dita forma ter pequenas cavidades (20a) que são complementares, nas sobreposições dos elementos, em relação às diferenças de espessura ou às costuras cosidas da gáspea (12), de modo que a superfície interior da gáspea (12), que é a superfície de pressão da membrana, é plana.
  13. 20. O processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por, se existirem, na região da lingueta da frente, inserções (13a) da membrana (13) para proporcionarem uma lingueta de fole necessária para impermeabilizar a lingueta e impedir a entrada de água no sapato, as ditas inserções devem ser sobrepostas e vedadas por meio de adesivos vedantes e/ou fitas de vedação (30), que são aplicados por soldadura a quente.
  14. 21. O processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por ter uma gáspea (12) que é dobrada para trás e fechada.
  15. 22. O processo de acordo com a reivindicação 21, caracterizado por o conjunto ser montado sobre uma superfície plana ou forma, constituída por uma parte central feita de um material rígido e uma parte da superfície exterior que forma duas superfícies planas exteriores (20a, 20b) que são mutuamente opostas.
  16. 23. O processo de acordo com a reivindicação 22 7 ΡΕ2131691 caracterizado por a dita superfície plana (20) ser feita de um material que é capaz de retomar a sua forma original depois de deformado (resiliente) e é resistente à temperatura, tal como, por exemplo, borracha de nitrilo, silicone, policloropreno (Neoprene) ou EVA expandida microporosa.
  17. 24. O processo de acordo com uma ou mais das reivindicações anteriores, caracterizado por a conclusão da adesão entre a gáspea (12) e a membrana (13) na zona do calcanhar ser realizada usando uma máquina de fabricação de sapatos vulgarmente conhecida como "máquina de pré-formação do contraforte", que tem uma última metade aquecida e uma almofada de ar que aplica pressão sobre a gáspea (12) e sobre a membrana (13), que são sobrepostas.
  18. 25. O processo de acordo com uma ou mais das reivindicações anteriores, caracterizado por um forro interno permeável ao vapor (24) estar associado à superfície interior da membrana (13). 26. 0 processo de acordo com a reivindicação 25, caracterizado por a associação ocorrer por ligação adesiva. 27. 0 processo de acordo com uma ou mais das reivindicações anteriores, caracterizado por, uma vez que a gáspea (11) do sapato tenha sido fechada, a dita sola (16) estar associada com a mesma por meio de adesivo, uma área (26) para proporcionar uma vedação impermeável à água com a ΡΕ2131691 sola (16) é proporcionada entre a aba inferior (17) da membrana (13) e o bordo inferior (18) da gáspea. 28. 0 processo de acordo com uma ou mais das reivindicações anteriores, caracterizado por a dita área de vedação impermeável à água (26) poder ser constituída por um material adesivo que é espalhado sobre o bordo inferior (18) da gáspea (12), na aba inferior (17) da membrana (13), até atingir a sola interior (14), na prática de modo a formar o anel de vedação (27). 29. 0 processo de acordo com uma ou mais das reivindicações anteriores, caracterizado por a dita área de vedação (26) ser provida com fitas de vedação ou extensões de vedação (28) do bordo inferior da gáspea, obtidas por meio de elementos que são fixados à dita gáspea por costura ou ligação adesiva, ou similares.
  19. 30. O processo de acordo com uma ou mais das reivindicações anteriores, caracterizado por as ditas extensões (28), que têm largura suficiente para alcançar a extremidade da aba da membrana, deverem permitir a vedação, e são fitas ou malhas termoselantes feitas de material sintético, tecidos de malha, tecidos ou tecidos tridimensionais ou similares, através dos quais materiais de vedação, tais como adesivos de silicone ou de poliuretano, podem passar, e a membrana (13) deve ser aplicada depois do acoplamento dos ditos elementos, de modo a impermeabilizar o ponto de ligação entre os diferentes 9 ΡΕ2131691 materiais . 31. 0 processo de acordo com uma ou mais das reivindicações anteriores, caracterizado por um elemento de reforço impermeável à água, tal como uma fita termoselante impermeável à água, que é de preferência elástica e feita de material sintético, ser aplicado directamente à superfície interior do bordo inferior da membrana (13). 32. 0 processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a dita sola (16) ser directamente sobremoldada sobre a gáspea (11). 33. 0 processo de acordo com uma ou mais das reivindicações anteriores, caracterizado por, a fim de continuar a reforçar a margem de montagem da membrana, um elemento de reforço impermeável à água (651), tal como uma fita termovedante impermeável à água, a qual é de preferência elástica e feita de material sintético, ser aplicado directamente sobre o bordo inferior da membrana. 34. 0 processo de acordo com a reivindicação 33, caracterizado por o dito elemento de reforço (651) ser aplicado directamente sobre o bordo inferior da membrana após a associação da membrana com a gáspea.
  20. 35. Um sapato impermeável à água e permeável ao 10 ΡΕ2131691 vapor, caracterizado por ser fabricado por um processo acordo com uma ou mais das reivindicações anteriores. Lisboa, 26 de Novembro de 2012
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