PT1563110E - Peça de aço de construção soldável e processo para a sua fabricação. - Google Patents

Peça de aço de construção soldável e processo para a sua fabricação. Download PDF

Info

Publication number
PT1563110E
PT1563110E PT03789465T PT03789465T PT1563110E PT 1563110 E PT1563110 E PT 1563110E PT 03789465 T PT03789465 T PT 03789465T PT 03789465 T PT03789465 T PT 03789465T PT 1563110 E PT1563110 E PT 1563110E
Authority
PT
Portugal
Prior art keywords
less
steel
temperature
equal
composition
Prior art date
Application number
PT03789465T
Other languages
English (en)
Inventor
Jean Beguinot
Jean-Georges Brisson
Original Assignee
Industeel Creusot
Priority date (The priority date is an assumption and is not a legal conclusion. Google has not performed a legal analysis and makes no representation as to the accuracy of the date listed.)
Filing date
Publication date
Application filed by Industeel Creusot filed Critical Industeel Creusot
Publication of PT1563110E publication Critical patent/PT1563110E/pt

Links

Classifications

    • CCHEMISTRY; METALLURGY
    • C21METALLURGY OF IRON
    • C21DMODIFYING THE PHYSICAL STRUCTURE OF FERROUS METALS; GENERAL DEVICES FOR HEAT TREATMENT OF FERROUS OR NON-FERROUS METALS OR ALLOYS; MAKING METAL MALLEABLE, e.g. BY DECARBURISATION OR TEMPERING
    • C21D1/00General methods or devices for heat treatment, e.g. annealing, hardening, quenching or tempering
    • C21D1/18Hardening; Quenching with or without subsequent tempering
    • CCHEMISTRY; METALLURGY
    • C22METALLURGY; FERROUS OR NON-FERROUS ALLOYS; TREATMENT OF ALLOYS OR NON-FERROUS METALS
    • C22CALLOYS
    • C22C38/00Ferrous alloys, e.g. steel alloys
    • C22C38/18Ferrous alloys, e.g. steel alloys containing chromium
    • C22C38/40Ferrous alloys, e.g. steel alloys containing chromium with nickel
    • C22C38/54Ferrous alloys, e.g. steel alloys containing chromium with nickel with boron
    • CCHEMISTRY; METALLURGY
    • C21METALLURGY OF IRON
    • C21DMODIFYING THE PHYSICAL STRUCTURE OF FERROUS METALS; GENERAL DEVICES FOR HEAT TREATMENT OF FERROUS OR NON-FERROUS METALS OR ALLOYS; MAKING METAL MALLEABLE, e.g. BY DECARBURISATION OR TEMPERING
    • C21D9/00Heat treatment, e.g. annealing, hardening, quenching or tempering, adapted for particular articles; Furnaces therefor
    • C21D9/46Heat treatment, e.g. annealing, hardening, quenching or tempering, adapted for particular articles; Furnaces therefor for sheet metals

Landscapes

  • Chemical & Material Sciences (AREA)
  • Engineering & Computer Science (AREA)
  • Mechanical Engineering (AREA)
  • Materials Engineering (AREA)
  • Metallurgy (AREA)
  • Organic Chemistry (AREA)
  • Physics & Mathematics (AREA)
  • Thermal Sciences (AREA)
  • Crystallography & Structural Chemistry (AREA)
  • Heat Treatment Of Steel (AREA)
  • Heat Treatment Of Articles (AREA)
  • Heat Treatment Of Sheet Steel (AREA)

Description

1
DESCRIÇÃO
"PEÇA DE AÇO DE CONSTRUÇÃO SOLDÁVEL E PROCESSO PARA A SUA FABRICAÇÃO" A presente invenção refere-se a peças de aço de construção soldáveis e ao processo para a sua fabricação.
Os aços de construção devem apresentar um certo nivel de caracteristicas mecânicas para estarem adaptados ao uso que deles se deseja fazer, e devem, em particular, apresentar uma dureza elevada. Para isso, utilizam-se aços susceptiveis de serem temperados, quer dizer, para os quais se pode obter uma estrutura martensitica ou bainítica quando se arrefecem de maneira suficientemente rápida e eficaz. Define-se assim uma velocidade crítica bainítica, para lá da qual se obtém uma estrutura bainítica, martensitica ou martenso-bainitica, em função da velocidade de arrefecimento atingida. A aptidão à têmpera destes aços depende do seu teor de elementos que conferem têmpera. Regra geral, quanto maior for a quantidade em que estes elementos estão presentes, tanto mais baixa será a velocidade crítica bainítica.
Para além das suas caracteristicas mecânicas, os aços de construção devem apresentar, também, uma boa soldabilidade. Ora, quando se solda uma peça de aço, a zona de soldagem, também chamada de "zona afectada termicamente", ou ZAT, é submetida a uma temperatura muito alta durante um tempo breve e em seguida a um arrefecimento brutal, que vão conferir a esta zona uma dureza elevada, que pode conduzir a fissurações e restringir assim a soldabilidade do aço. 2
De uma forma clássica, a soldabilidade de um aço pode ser estimada com o auxilio do cálculo do seu "carbono equivalente" dado pela seguinte fórmula:
Ceq = (% C + % Mn/6 + (% Cr + (% Mo + % W/2) + % V)/5 + % Ni/15)
Numa primeira aproximação, quanto mais baixo for o seu carbono equivalente, mais soldável será o aço. Compreende-se, portanto, que a melhoria da aptidão à têmpera, que passa por um maior teor de elementos que conferem têmpera, se faça em detrimento da soldabilidade.
Para melhorar a aptidão à têmpera destes aços, sem degradar a sua soldabilidade, desenvolveram-se então "nuances" micro-ligadas de boro, aproveitando-se do facto, nomeadamente, de a eficácia deste elemento para conferir têmpera diminuir quando a temperatura de austenização aumenta. Assim, a ZAT confere menos têmpera do que uma "nuance" da mesma aptidão à têmpera sem boro, e pode-se assim diminuir a aptidão à têmpera e a dureza desta ZAT.
Todavia, como o efeito de conferir têmpera do boro, na parte não soldada do aço, tende a saturar para teores eficazes de 30 a 50 ppm, pode fazer-se uma melhoria suplementar da aptidão à têmpera do aço somente adicionando-se os elementos que conferem têmpera, cuja eficácia não dependa da temperatura de austenização, o que penaliza a soldabilidade destes aços automaticamente. Da mesma maneira, a melhoria da soldabilidade passa pela diminuição dos teores de elementos que conferem têmpera, o que reduz automaticamente a aptidão à têmpera. O objectivo da presente invenção é remediar este inconveniente, propondo um aço de construção que tem uma 3 aptidão à têmpera melhorada, sem diminuição da sua soldabilidade.
Para este efeito, a invenção tem como primeiro objectivo uma peça de aço de construção soldável, cuja composição química compreende, em peso: 0,10% < C < 0,22% 0,50% < Si < 1,50% AI < 0,9% 0% < Mn < 3% 0% < Ni < 5% 0% < Cr < 4% 0% < Cu < 1% 0% < Mo + W/2 < 1,5% 0,0005% < B < 0,010% N < 0,025% eventualmente pelo menos um elemento tomado entre V, Nb, Ta, S e Ca, com teores inferiores a 0,3%, e/ou entre Ti e Zr com teores inferiores ou iguais a 0,5%, sendo o restante ferro e impurezas resultantes da produção, satisfazendo, além disso, os teores de alumínio, de boro, de titânio e de azoto, expressos em milésimos de %, da referida composição, à seguinte relação: B > 1/3 x K + 0,5, (1) com K = Min (I*; J*) I* = Max (0; I) e J* = Max (0; J) I = Min (N; N-0,29 (Ti-5)) J = Min [n; 0,5 N-0,52 AI +/ (N— 0,52 Al) + 283 verificando, além disso, os teores de silício e de alumínio da composição, as seguintes condições: 4 se C > 0,145, então Si + AI < 0,95, e cuja estrutura é bainítica, martensítica ou martenso-bainítica e compreende, além disso, de 3 a 20% de austenite residual, de preferência de 5 a 20% de austenite residual.
Num modo de realização preferido, a composição quimica do aço da peça de acordo com a invenção satisfaz, além disso, à relação: 1,1% Mn + 0,7% Ni + 0,6% Cr + 1,5(% Mo + % W/2) > 1, de preferência ^ 2 (2)
Num outro modo de realização preferido, a composição quimica do aço da peça de acordo com a invenção satisfaz, além disso, à relação: % Cr + 3(% Mo + % W/2) > 1,8, de preferência >2,0. A invenção tem igualmente como segundo objectivo um processo para a fabricação de uma peça de aço soldável, de acordo com a invenção, caracterizado por: - se austenizar a peça por aquecimento a uma temperatura compreendida entre AC3 e 1 000°C, de preferência compreendida entre Ac3 e 950°C, em seguida se arrefecer a mesma até uma temperatura inferior ou igual a 200°C, de tal maneira que, no interior da peça, a velocidade de arrefecimento entre 800°C e 500°C seja superior ou igual à velocidade critica bainitica, - eventualmente, se efectuar um revenido a uma temperatura inferior ou igual a Aci.
Entre cerca de 500°C e a temperatura ambiente e, nomeadamente, entre 500°C e uma temperatura inferior ou igual a 200°C, a velocidade de arrefecimento pode ser eventualmente retardada, nomeadamente para favorecer um fenómeno de auto-revenido e a retenção de 3% a 20% de 5 austenite residual. Preferencialmente, a velocidade de arrefecimento entre 500°C e uma temperatura inferior ou igual a 200°C estará então compreendida entre 0,07°C/s e 5°C/s, mais preferencialmente entre 0,15°C/s e 2,5°C/s.
Num modo de realização preferido, efectua-se um revenido a uma temperatura inferior a 300°C durante um tempo inferior a 10 horas, no final do arrefecimento até uma temperatura inferior ou igual a 200°C.
Num outro modo de realização preferido, o processo de acordo com a invenção não compreende um revenido no final do arrefecimento da peça até uma temperatura inferior ou igual a 200°C.
Num outro modo de realização preferido, a peça submetida ao processo de acordo com a invenção é uma chapa de espessura compreendida entre 3 e 150 mm. A invenção tem por terceiro objectivo um processo para a fabricação de uma chapa de aço soldável, de acordo com a invenção, cuja espessura está compreendida entre 3 mm e 150 mm, e que é caracterizado por se realizar uma têmpera da referida chapa, sendo a velocidade de arrefecimento VR no interior da chapa entre 800°C e 500°C, expressa em °C/hora, e a composição do aço tais que: 1,1% Mn + 0,7% Ni + 0,6% Cr + 1,5 (% Mo + % W/2) + log VR á 5,5, e de preferência h 6, sendo log o logaritmo decimal. A presente invenção é baseada no dado novo de que a adição de silicio, nos teores indicados acima, permite aumentar o efeito de conferir têmpera do boro de 30% a 50%. Esta sinergia intervém sem aumento da quantidade de boro 6 adicionada, ao passo que o silício não apresenta um efeito de conferir têmpera notável na ausência do boro.
Por outro lado, a adição de silício não afecta a propriedade do boro de ver a sua aptidão à têmpera reduzir-se e depois anular-se com temperaturas de austenização crescentes, como é o caso na ZAT. Vê-se, portanto, que a utilização de silício na presença de boro permite aumentar ainda a aptidão à têmpera da peça sem alterar a sua soldabilidade.
Por outro lado, descobriu-se igualmente que, graças à melhoria da aptidão à têmpera destas "nuances" de aços, e garantindo-lhes um teor mínimo de elementos geradores de carburetos, que são, nomeadamente, o crómio, o molibdénio e o tungsténio, se podiam fabricar estes aços efectuando-se apenas um revenido a baixa temperatura, ou mesmo suprimindo-o.
Com efeito, a melhoria da aptidão à têmpera permite arrefecer as peças mais lentamente, garantindo ao mesmo tempo uma estrutura essencialmente bainítica, martensítica ou martenso-bainitica. Este arrefecimento mais lento combinado com um teor suficiente de elementos geradores de carburetos, permite então a precipitação de carburetos finos de crómio, de molibdénio e/ou de tungsténio por um fenómeno chamado de auto-revenido. Este fenómeno de auto-revenido é, além disso, grandemente favorecido pelo afrouxamento da velocidade de arrefecimento abaixo dos 500°C. Da mesma maneira, este afrouxamento favorece também a retenção de austenite, preferencialmente numa proporção compreendida entre 3% e 20%. Simplifica-se, portanto, o processo de fabricação, melhorando-se, ao mesmo tempo, as características mecânicas do aço, que já não sofre um 7 amaciamento importante devido a um revenido a alta temperatura, como se pratica habitualmente. Permanece, no entanto, possível efectuar-se um revenido desta natureza às temperaturas usuais, quer dizer, inferiores ou iguais a Aci. A invenção vai agora ser descrita mais em pormenor, mas de maneira não limitativa. 0 aço da peça de acordo com a invenção contém, em peso: - mais de 0,10% de carbono, para permitir obter uma dureza suficiente, mas menos de 0,22% para se obter uma excelente soldabilidade, uma boa aptidão ao corte, uma boa aptidão à dobragem e uma tenacidade satisfatória; - mais de 0,50%, de preferência mais de 0,75%, e de maneira particularmente preferida mais de 0,85% em peso, de silício, a fim de se obter a sinergia com o boro, mas menos de 1,50% em peso para não fragilizar o aço; - mais de 0,0005%, de preferência mais de 0,001% de boro, para ajustar a aptidão à têmpera, mas menos de 0,010% em peso para evitar um teor demasiado grande de nitretos de boro, prejudiciais para as características mecânicas do aço; - menos de 0,025%, e de preferência menos de 0,015% de azoto, sendo o teor obtido função do processo de produção do aço; - de 0% a 3% e, de preferência de 0,3% a 1,8% de manganês, de 0% a 5% e, de preferência de 0% a 2% de níquel, de 0% a 4% de crómio, de 0 a 1% de cobre, sendo a soma do teor de molibdénio e de metade do teor de tungsténio inferior a 1,50%, de maneira a obter-se uma estrutura principalmente bainítica, martensítica ou martenso-bainítica, tendo, além disso, o crómio, o molibdénio e o tungsténio a vantagem de permitir a formação de carburetos favoráveis à resistência mecânica e ao desgaste, como foi indicado anteriormente; além disso, a soma % Cr + 3(% Mo + % W/2) é de preferência, superior a 1,8%, e de maneira particularmente preferida é superior a 2,0%, a fim de poder eventualmente limitar o revenido a 300°C, ou mesmo suprimi-lo; eventualmente pelo menos um elemento tomado entre V, Nb, Ta, S e Ca, com teores inferiores a 0,3%, e/ou entre Ti e Zr com teores inferiores ou iguais a 0,5%, e/ou alumínio com um teor inferior a 0,9%. A adição de V, Nb, Ta, Ti, Zr permite obter um endurecimento por precipitação sem deteriorar excessivamente a soldabilidade. O titânio, o zircónio e o alumínio podem ser utilizados para fixar o azoto presente no aço, o que protege o boro, podendo o titânio ser substituído, no todo ou em parte, por um peso duplo de Zr. O enxofre e cálcio permitem melhorar a aptidão ao trabalho mecânico da "nuance". O alumínio é limitado a 0,9% para evitar qualquer problema de obstrução das condutas aquando da vazão; satisfazendo, além disso, os teores de alumínio, de boro, de titânio e de azoto, expressos em milésimos de %, da referida composição, à seguinte relação: B > 1/3 x K + 0,5, (1) com K = Min (I*; J*) I* = Max (0; I) e J* = Max (0; J) I = Min (N; N-0,29(Ti-5)) J = Min N; 0,5 f-o. 52 AI +/(N-0,52 Al)z + 283 com a condição suplementar de: 9 - se C > 0,145 (e de preferência > 0,140), então Si + AI < 0,95, e de preferência < 0,90, a fim de delimitar claramente a invenção em relação ao pedido anterior EP 0 725 156, - sendo o restante ferro e impurezas resultantes da produção.
Para se fabricar uma peça soldável, produz-se um aço de acordo com a invenção, verte-se o mesmo sob a forma de um produto semi-acabado, que é então conformado por deformação plástica a quente, por exemplo, por laminagem ou por forjamento. A peça assim obtida é então austenizada por aquecimento a uma temperatura acima de Ac3, mas inferior a 1000°C, e de preferência inferior a 950°C, em seguida é arrefecida até à temperatura ambiente de tal maneira que, no interior da peça, a velocidade de arrefecimento entre 800°C e 500°C seja superior à velocidade critica bainitica. Limita-se a temperatura de austenização a 1000°C, porque, para lá desse valor, o efeito de conferir têmpera do boro torna-se demasiado baixo.
Todavia, é igualmente possível obter a peça por arrefecimento directo na calda de conformação (sem re-austenização) e neste caso, mesmo que o aquecimento antes da conformação ultrapasse 1000 °C, mas permanecendo inferior a 1300°C, conservando então o boro o seu efeito.
Para arrefecer a peça até à temperatura ambiente, desde a temperatura de austenização, pode-se dar têmpera, utilizando todos os processos de têmperas conhecidos (ar, óleo, água) desde que a velocidade de arrefecimento permaneça superior à velocidade crítica bainitica. 10
Em seguida submete-se eventualmente a peça a uma têmpera clássica, a uma temperatura inferior ou igual a Aci, mas prefere-se limitar a temperatura a 300°C, ou mesmo suprimir esta etapa. Com efeito, a ausência de têmpera pode ser, eventualmente, compensada por um fenómeno de auto-revenido. Este é, nomeadamente, favorecido, permitindo uma velocidade de arrefecimento a baixa temperatura (quer dizer, abaixo de cerca de 500°C), preferencialmente compreendida entre 0,07 °C/s e 5 °C/s, mais preferencialmente entre 0,15°C/s e 2,5°C/s.
Para este efeito, poder-se-ão empregar todos os meios de têmpera conhecidos, na condição de os controlar se necessário. Assim, poder-se-á, por exemplo, utilizar uma têmpera com água, se se reduzir a velocidade de arrefecimento quando a temperatura da peça descer abaixo de 500°C, o que poderá fazer-se, nomeadamente, retirando a peça da água para acabar a têmpera ao ar.
Obtém-se assim uma peça, e nomeadamente uma chapa, soldável, constituída por aço tendo uma estrutura bainítica, martensítica ou martenso-bainítica no interior, compreendendo de 3 a 20% de austenite residual. A presença de austenite residual oferece um interesse particular face ao comportamento do aço na soldagem. Com efeito, com vista a limitar o risco de fissuração na soldagem, e complementarmente à redução acima mencionada da aptidão à têmpera da ZAT, a presença de austenite residual no metal de base, na proximidade da ZAT, permite fixar uma parte do hidrogénio dissolvido, eventualmente introduzido na operação de soldagem, hidrogénio esse que, se não fosse assim fixado, viria aumentar o risco de fissuração. 11 A titulo de exemplo, fabricaram-se lingotes com os aços 1 e 2 de acordo com a invenção, e com os aços A e B de acordo com a técnica anterior, cujas composições, em milésimos de % em peso, e à excepção do ferro, são: C Si B Mn Ni Cr Mo W V Nb Ti AI N 1 145 875 3 1160 180 1600 170 0 0 0 0 55 7 A 147 310 3 1140 210 1610 175 0 0 0 0 52 6 2 215 740 2 1120 190 1550 90 240 55 0 120 10 6 B 212 280 3 1090 200 1590 120 190 65 0 95 12 6
Após o forjamento dos lingotes, a aptidão à têmpera dos quatro aços foi avaliada por dilatometria. A titulo de exemplo neste caso havia o interesse na aptidão à têmpera martensitica e, portanto, na velocidade critica martensitica VI após uma austenização a 900°C durante 15 minutos.
Deduziram-se desta velocidade VI as espessuras máximas das chapas que se podem obter conservando uma estrutura essencialmente martensitica no interior e compreendendo igualmente pelo menos 3% de austenite residual. Estas espessuras foram determinadas no caso de uma têmpera ao ar (A), em óleo (H) e em água (E).
Por fim, estimou-se a soldabilidade dos quatro aços, calculando a sua percentagem de carbono equivalente de acordo com a fórmula:
Ceq = (% C + % Mn/6 + (% Cr + (% Mo + % W/2) + % V)/5 + % Ni/15)
As caracteristicas dos lingotes LI e L2 de acordo com a invenção, e dos lingotes LA e LB, dadas a titulo de comparação, são: 12
Lingote VI espessura máxima (mm) Ceq (°C/h) A H E (%) LI 12000 6 50 80 0, 704 LA 30000 2 25 50 0, 708 L2 7500 9 60 110 0, 777 LB 17000 4 40 70 0, 781
Verifica-se que as velocidades criticas martensiticas das peças de acordo com a invenção são nitidamente inferiores às velocidades correspondentes dos lingotes de aço da técnica anterior, o que significa que a sua aptidão à têmpera foi sensivelmente melhorada, enquanto, ao mesmo tempo, a sua soldabilidade fica inalterada. A melhoria da aptidão à têmpera permite assim fabricar peças de estrutura temperada no interior, em condições de arrefecimento menos drásticas que as da técnica anterior e/ou com espessuras máximas superiores.
Lisboa, 30 de Agosto de 2007

Claims (9)

1 REIVINDICAÇÕES 1. Peça de aço de construção soldável, caracterizada por a sus composição química compreender, em peso: 0,10% < C < 0,22% 0,50% < Si < 1,50% AI < 0,9% 0% < Mn < 3% 0% < Ni < 5% 0% < Cr < 4% 0% < Cu < 1% 0% < Mo + W/2 < 1,5% 0,0005% < B < 0,010% N < 0,025% eventualmente pelo menos um elemento tomado entre V, Nb, Ta, S e Ca, com teores inferiores a 0,3%, e/ou entre Ti e Zr com teores inferiores ou iguais a 0,5%, sendo o restante ferro e impurezas resultantes da produção, satisfazendo, além disso, os teores de alumínio, de boro, de titânio e de azoto, expressos em milésimos de %, da referida composição, à seguinte relação: B > 1/3 x K + 0 ,5, (D com K = Min (i*; J*) I* = Max (0; I) e J* = Max (0; J) I = Min (N; N-0, 29 (Ti -5) ) J = Min N; 0,5 N-0, 52 Al +J (N-0,52 Al)2 + 283 J verificando, além di. 3 SO, os teores de silício e alumínio da composição, as seguintes condições: se C > 0,145, então Si + Al < 0,95, 2 e cuja estrutura é bainítica, martensítica ou martenso-bainítica e compreende, além disso, de 3 a 20% de austenite residual.
2. Peça de aço de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a sua composição química satisfazer, além disso, à seguinte relação: 1,1% Mn + 0,7% Ni + 0,6% Cr + 1,5(% Mo + % W/2) > 1 (2)
3. Peça de aço de acordo com a reivindicação 2, caracterizada, além disso, por a sua composição química satisfazer à seguinte relação: 1,1% Mn + 0,7% Ni + 0,6% Cr + 1,5 (% Mo + % W/2) > 2 (2)
4. Peça de aço de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 3, caracterizada por a sua composição química satisfazer, além disso, à seguinte relação: % Cr + 3(% Mo + % W/2) > 1,8.
5. Peça de aço de acordo com a reivindicação 4, caracterizada por a sua composição química satisfazer, além disso, à seguinte relação: % Cr + 3(% Mo + % W/2) > 2,0.
6. Processo para a fabricação de uma peça de aço soldável, de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 5, caracterizado por: - se austenizar a peça por aquecimento a uma temperatura compreendida entre AC3 e 1000°C, em seguida se arrefecer a mesma até uma temperatura inferior ou igual a 200°C, de tal maneira que, no interior da peça, a velocidade de arrefecimento entre 800°C e 500°C seja superior ou igual à velocidade crítica bainítica, 3 - eventualmente, se efectuar um revenido a uma temperatura inferior ou igual a Aci.
7. Processo de acordo com a reivindicação 6, caracterizado por, no interior da referida peça, a velocidade de arrefecimento entre 500°C e uma temperatura inferior ou igual a 200°C estar compreendida entre 0,07°C/s e 5°C/s. Processo de acordo com as reivindicações 6 ou 7, caracterizado por se efectuar um revenido a uma temperatura inferior a 300°C durante um tempo inferior a 10 horas, no final do arrefecimento até uma temperatura inferior ou igual a 200°C. Processo de acordo com as reivindicações 6 ou 7, caracterizado por não se efectuar um revenido no final do arrefecimento até uma temperatura inferior ou igual a 200°C.
10. Processo para a fabricação de uma chapa de aço soldável, de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 5, cuja espessura está compreendida entre 3 mm e 150 mm, caracterizado por se realizar uma têmpera da referida chapa, sendo a velocidade de arrefecimento VR, expressa em °C/hora, no interior da peça entre 800°C e 500°C, e a composição do aço, tais que: 1,1% Mn + 0,7% Ni + 0,6% Cr + 1,5(% Mo + % W/2) + log VR ^ 5,5.
11. Processo para a fabricação de uma chapa de aço soldável, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado por a velocidade de arrefecimento VR, 4 expressa em °C/hora, no interior da peça entre 800°C e 500°C, e a composição de aço, serem tais que: 1,1% Mn + 0,7% Ni + 0,6% Cr + 1,5 (% Mo + % W/2) + log VR > 6. Lisboa, 30 de agosto de 2007
PT03789465T 2002-11-19 2003-11-13 Peça de aço de construção soldável e processo para a sua fabricação. PT1563110E (pt)

Applications Claiming Priority (1)

Application Number Priority Date Filing Date Title
FR0214422A FR2847273B1 (fr) 2002-11-19 2002-11-19 Piece d'acier de construction soudable et procede de fabrication

Publications (1)

Publication Number Publication Date
PT1563110E true PT1563110E (pt) 2007-09-12

Family

ID=32187693

Family Applications (1)

Application Number Title Priority Date Filing Date
PT03789465T PT1563110E (pt) 2002-11-19 2003-11-13 Peça de aço de construção soldável e processo para a sua fabricação.

Country Status (22)

Country Link
US (1) US7754031B2 (pt)
EP (1) EP1563110B1 (pt)
JP (1) JP4535879B2 (pt)
KR (1) KR101051934B1 (pt)
CN (1) CN100396810C (pt)
AR (1) AR042069A1 (pt)
AT (1) ATE368134T1 (pt)
AU (1) AU2003294049B2 (pt)
BR (1) BR0315696B1 (pt)
CA (1) CA2506353C (pt)
DE (1) DE60315182T2 (pt)
DK (1) DK1563110T3 (pt)
ES (1) ES2291728T3 (pt)
FR (1) FR2847273B1 (pt)
PE (1) PE20040485A1 (pt)
PL (1) PL209397B1 (pt)
PT (1) PT1563110E (pt)
RU (1) RU2321668C2 (pt)
SI (1) SI1563110T1 (pt)
UA (1) UA80010C2 (pt)
WO (1) WO2004048631A1 (pt)
ZA (1) ZA200504149B (pt)

Families Citing this family (14)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
DE112006002178A5 (de) * 2005-06-16 2008-05-21 Georgsmarienhütte Gmbh Stahl für die Herstellung von Verschleissteilen für die Baumaschinenindustrie
EP1832667A1 (fr) * 2006-03-07 2007-09-12 ARCELOR France Procédé de fabrication de tôles d'acier à très hautes caractéristiques de résistance, de ductilité et de tenacité, et tôles ainsi produites
ES2430839T3 (es) 2006-09-29 2013-11-22 Ezm Edelstahlzieherei Mark Gmbh Acero de alta resistencia y usos de un acero de este tipo
SI2103704T1 (sl) * 2008-03-10 2012-11-30 Swiss Steel Ag Vroče valjani dolg proizvod in postopek za njegovo izdelavo
BRPI0901378A2 (pt) * 2009-04-03 2010-12-21 Villares Metals Sa aço bainìtico para moldes
FI20115702L (fi) * 2011-07-01 2013-01-02 Rautaruukki Oyj Menetelmä suurlujuuksisen rakenneteräksen valmistamiseksi ja suurlujuuksinen rakenneteräs
CN102400052B (zh) * 2011-11-29 2013-05-15 宁波万冠精密铸造厂 窄淬透性齿轮钢的制备方法
KR102349238B1 (ko) * 2012-05-25 2022-01-07 개리 엠 콜라 카바이드 함유 철계 합금의 미세처리 및 미세조직
CN103469102B (zh) * 2013-09-30 2015-09-30 南阳汉冶特钢有限公司 一种塔式起重机用钢hg785d及生产方法
CN104060177A (zh) * 2014-07-01 2014-09-24 南通志邦新材料科技有限公司 一种高韧性弹簧钢
DE102014017274A1 (de) * 2014-11-18 2016-05-19 Salzgitter Flachstahl Gmbh Höchstfester lufthärtender Mehrphasenstahl mit hervorragenden Verarbeitungseigenschaften und Verfahren zur Herstellung eines Bandes aus diesem Stahl
DK3168312T3 (da) * 2015-11-16 2019-07-01 Deutsche Edelstahlwerke Specialty Steel Gmbh & Co Kg Konstruktionsædelstål med bainitisk struktur, smedeemne fremstillet deraf og fremgangsmåde til fremstilling af et smedeemne
US11384415B2 (en) 2015-11-16 2022-07-12 Benteler Steel/Tube Gmbh Steel alloy with high energy absorption capacity and tubular steel product
SE543967C2 (en) * 2020-02-11 2021-10-12 Blykalla Reaktorer Stockholm Ab A martensitic steel

Family Cites Families (17)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
US4171233A (en) * 1978-05-22 1979-10-16 Bethlehem Steel Corporation Lens quality of die steel
JPS58136716A (ja) * 1982-01-28 1983-08-13 Nippon Steel Corp 加工用強高度低降伏比複合組織熱延鋼板の製造方法
JP2698374B2 (ja) * 1988-05-26 1998-01-19 川崎製鉄株式会社 高張力pc鋼棒の製造方法
US4854976A (en) * 1988-07-13 1989-08-08 China Steel Corporation Method of producing a multi-phase structured cold rolled high-tensile steel sheet
JPH0331443A (ja) * 1989-06-29 1991-02-12 Aichi Steel Works Ltd 熱間鍛造用強靭非調質鋼
JPH04297548A (ja) * 1991-03-27 1992-10-21 Kobe Steel Ltd 高強度高靭性非調質鋼とその製造方法
JP3003451B2 (ja) * 1992-03-11 2000-01-31 日本鋼管株式会社 加工性および溶接性に優れた耐摩耗鋼
GB2297094B (en) * 1995-01-20 1998-09-23 British Steel Plc Improvements in and relating to Carbide-Free Bainitic Steels
FR2729974B1 (fr) * 1995-01-31 1997-02-28 Creusot Loire Acier a haute ductilite, procede de fabrication et utilisation
CN1072272C (zh) * 1997-01-29 2001-10-03 新日本制铁株式会社 冲击能吸收特性和成形良好的高强度钢板及其制造方法
BE1011149A3 (fr) * 1997-05-12 1999-05-04 Cockerill Rech & Dev Acier ductile a haute limite elastique et procede de fabrication de cet acier.
US6159312A (en) * 1997-12-19 2000-12-12 Exxonmobil Upstream Research Company Ultra-high strength triple phase steels with excellent cryogenic temperature toughness
JP3749615B2 (ja) * 1998-03-31 2006-03-01 新日本製鐵株式会社 疲労特性に優れた加工用高強度冷延鋼板およびその製造方法
FR2781506B1 (fr) * 1998-07-21 2000-08-25 Creusot Loire Procede et acier pour la fabrication d'une enceinte chaudronnee travaillant en presence d'hydrogene sulfure
JP2000355735A (ja) * 1999-06-15 2000-12-26 Nippon Steel Corp 材質バラツキの小さい加工性に優れた熱延高強度鋼板とその製造方法
JP3182141B2 (ja) * 1999-12-22 2001-07-03 新日本製鐵株式会社 溶接性に優れた高強度高延性せん断補強筋用熱間圧延鋼材及びその製造方法
JP4306076B2 (ja) * 2000-02-02 2009-07-29 Jfeスチール株式会社 伸びフランジ性に優れた高延性熱延鋼板およびその製造方法

Also Published As

Publication number Publication date
DK1563110T3 (da) 2007-10-01
KR20050075033A (ko) 2005-07-19
EP1563110B1 (fr) 2007-07-25
RU2321668C2 (ru) 2008-04-10
AU2003294049B2 (en) 2008-10-16
US20060162825A1 (en) 2006-07-27
AU2003294049A1 (en) 2004-06-18
KR101051934B1 (ko) 2011-07-26
CA2506353A1 (fr) 2004-06-10
RU2005119207A (ru) 2006-01-20
EP1563110A1 (fr) 2005-08-17
CA2506353C (fr) 2011-05-10
PL375529A1 (en) 2005-11-28
DE60315182T2 (de) 2008-04-10
AR042069A1 (es) 2005-06-08
BR0315696A (pt) 2005-09-20
JP2006506530A (ja) 2006-02-23
ZA200504149B (en) 2005-12-28
WO2004048631A1 (fr) 2004-06-10
FR2847273A1 (fr) 2004-05-21
FR2847273B1 (fr) 2005-08-19
PE20040485A1 (es) 2004-08-18
UA80010C2 (en) 2007-08-10
CN1745189A (zh) 2006-03-08
ES2291728T3 (es) 2008-03-01
WO2004048631A8 (fr) 2005-06-30
US7754031B2 (en) 2010-07-13
DE60315182D1 (de) 2007-09-06
CN100396810C (zh) 2008-06-25
JP4535879B2 (ja) 2010-09-01
SI1563110T1 (sl) 2007-12-31
ATE368134T1 (de) 2007-08-15
BR0315696B1 (pt) 2013-07-09
PL209397B1 (pl) 2011-08-31

Similar Documents

Publication Publication Date Title
JP6691219B2 (ja) 耐水素誘起割れ(hic)性に優れた圧力容器用鋼材及びその製造方法
AU2003295014B2 (en) Method for making an abrasion resistant steel plate and plate obtained
JP7240486B2 (ja) 優れた硬度と衝撃靭性を有する耐摩耗鋼板及びその製造方法
ES2309377T3 (es) Procedimiento para fabricar una chapa de acero resistente a la abrasion y la chapa obtenida.
US11279994B2 (en) Weldable component of structural steel and method of manufacture
PT1563110E (pt) Peça de aço de construção soldável e processo para a sua fabricação.
BRPI0510826B1 (pt) High mechanical resistance steel and high wear resistance
CN111479945B (zh) 具有优秀硬度和冲击韧性的耐磨损钢及其制造方法
BR0315694B1 (pt) processo para a fabricação de uma peça e peça.
PL186509B1 (pl) Sposób wytwarzania szyny
BR112020014081A2 (pt) aço resistente à abrasão e método para a sua produção
JP7368461B2 (ja) 優れた硬度及び衝撃靭性を有する耐摩耗鋼及びその製造方法
BR102019014230B1 (pt) Parte de via e método para produzir uma parte de via
CN113166901B (zh) 蠕变强度优异的铬钼钢板及其制备方法
CN111511952B (zh) 具有优异的硬度和冲击韧性的耐磨钢及其制造方法
JP7096337B2 (ja) 高強度鋼板及びその製造方法
JP2001089826A (ja) 耐摩耗性に優れた熱間工具鋼
JPH036352A (ja) 耐遅れ破壊性及び冷間鍛造性を備えた高強度ボルト用鋼
BR0209069B1 (pt) artigo de aço resistente ao desgaste produzido por aspersão.
BRPI0703665B1 (pt) Liga de aço para ferramentas de corte e ferramenta para usinagem
PT1445339T (pt) Liga e objecto com elevada resistência ao calor e elevada estabilidade térmica
JPH04141546A (ja) 熱間鍛造用非調質鋼
CN111304528A (zh) 耐腐蚀性和耐冲击性优异的铁素体不锈钢
BR112020007406B1 (pt) Chapa de metal laminada a frio, método para produzir uma chapa de metal, uso de uma chapa de metal, parte e veículo