BR0315694B1 - processo para a fabricação de uma peça e peça. - Google Patents
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Description
"PROCESSO PARA A FABRICAÇÃO DE UMA PEÇA E PEÇA"
Campo da Invenção
A presente invenção refere-se a um aço resistente à abrasão e aoseu processo de fabricação.
Antecedentes da Invenção
São conhecidos aços para abrasão de dureza próxima de 400Brinell, que contêm cerca de 0,15% de carbono, bem como manganês, níquel,cromo e molibdênio, em teores inferiores a algumas porcentagens (%) para teruma temperabilidade suficiente. Esses aços são temperados de modo a ter uma estrutura inteiramente martensítica. Tais aços possuem a vantagem deapresentarem usos em soldagem, corte ou dobragem relativamente fáceis. Noentanto, ditos aços apresentam o inconveniente de possuir uma resistêncialimitada à abrasão. Já é fato conhecido de que é possível aumentar aresistência à abrasão aumentando o teor de carbono e, portanto, a dureza.Porém, esse modo de proceder possui o inconveniente de deteriorar a aptidãode utilização.
A finalidade da presente invenção é corrigir tais inconvenientes,propondo uma chapa de aço que resista à abrasão que, guardadas as outrascondições iguais, apresenta uma resistência à abrasão superior à dos açosconhecidos na técnica, que possuem uma dureza de 400 Brinell e que possua,ao mesmo tempo, uma aptidão de utilização comparável com a desses aços.
Descrição Resumida da InvençãoPara esse fim, a presente invenção tem por objeto um processopara a fabricação de uma peça e, em particular, uma chapa de aço paraabrasão cuja composição química compreende, em peso:
0,1% <C< 0,23%
0% < Si < 2%
0% < Al < 2%0,5% < Si + Al < 2%
0% < Mn < 2,5%
0% < Ni < 5%
0% < Cr < 5%
0% < Mo < 1 %
0% < W < 2%
0,05% < Mo +W/2 < 1%
0% < Cu < 1,5%
0% < B < 0,02%
0% < Ti < 0,67%
0% < Zr < 1,34%
0,05% < Ti + Zr/2 < 0,67%
0 % < S < 0,15%
N < 0,03%
- eventualmente pelo menos um elemento selecionado entre Nb,
Ta e V em teores tais que Nb/2 + Ta/4 + V < 0,5%,
- eventualmente pelo menos um elemento selecionado entre Se,Te, Ca, Bi, Pb em teores inferiores ou iguais a 0,1%,
e o restante é ferro e impurezas que resultam da elaboração,sendo que a composição química corresponde ainda às seguintes relações:
C* = C - Ti/4 - Zr/8 + 7xN/8 > 0,095%
e:
Ti + Zr/2 - 7xN/2 > 0,05%
e:
<formula>formula see original document page 3</formula>
de preferência, maior que 2,
com: K = 1 se B > 0,0005% e K = 0 se B < 0,0005%,
sendo que o aço possui uma estrutura constituída de martensitaou de uma mistura de martensita e de bainita autotêmpera, e a referidaestrutura compreende, ainda, carburetos e de 5 a 20% de austenita.
De acordo com o referido processo, a peça ou a chapa ésubmetida a um tratamento térmico de têmpera, efetuado na temperatura demodelagem a quente tal como a laminação ou após a austenitização porreaquecimento em um forno, que consiste em:
- resfriar a chapa a uma velocidade de resfriamento médiasuperior a 0,5°C/s entre uma temperatura superior a AC3 e uma temperatura T= 800 - 270xC* - 90xMn - 37xNi - 70xCr - 83x(Mo + W/2), e cerca de T-50°C,sendo que a temperatura é expressa em 0C e os teores de C*, Mn, Ni, Cr1 Mo eW são expressos em porcentagem (%) de peso,
- e em resfriar, em seguida, a uma velocidade de resfriamentomédia no núcleo Vr < 1.150 χ esp"17 (em °C/s) e superior a 0,1°C/s entre atemperatura T e 100°C, sendo "esp" a espessura da chapa expressa emmilímetro (mm),
- e em resfriar a chapa até a temperatura ambiente,eventualmente, efetua-se um aplainamento.
Eventualmente, a têmpera pode ser seguida de uma têmpera auma temperatura inferior a 350°C e, de preferência, inferior a 250°C.
A presente invenção refere-se ainda a uma chapa obtida, emparticular, por esse processo cuja planeidade se caracteriza por uma flechainferior ou igual a 12 mm/m e, de preferência, inferior a 5 mm/m, sendo que oaço possui uma estrutura constituída de 5 a 20% de austenita retida, e orestante da estrutura é martensítica ou martensito-bainítica, e contémcarburetos. A espessura da chapa pode estar compreendida entre 2 e 150 mm.
De preferência, a dureza está compreendida entre 280 e 450 HB.
A presente invenção será agora descrita de modo mais preciso,mas não Iimitativo e ilustrada por exemplos.Descrição Detalhada da Invenção
Para a fabricação de uma chapa de acordo com a presenteinvenção, elabora-se um aço cuja composição química compreende, emporcentagem (%) em peso:
- mais de 0,1% de carbono, de modo a obter uma durezasuficiente e a fim de permitir a formação de carburetos, mas menos de 0,23%e, de preferência, menos de 0,22%, para que a aptidão de soldagem e ao corteseja boa.
- de 0 a 0,67% de titânio e de 0 a 1,34% de zircônio, sendo quetais teores devem ser tais que a soma Ti + Zr/2 seja superior a 0,05%, depreferência, superior a 0,1% e, de maior preferência, superior a 0,2% para queo aço contenha grandes carburetos de titânio ou de zircônio que aumentam aresistência à abrasão. Mas a soma Ti + Zr/2 deve ser inferior a 0,67% pois,acima disso, o aço não conteria carbono livre suficiente para que sua durezaseja satisfatória. Além disso, o teor Ti + Zr/2 será, de preferência, inferior a0,50%, de maior preferência, inferior a 0,40% e, de maior preferência ainda,inferior a 0,30%,se for preciso privilegiar a tenacidade do material.
- De 0 (ou traços) a 2% de silício e de 0 (ou traços) a 2% dealumínio, sendo que a soma Si + Al está compreendida entre 0,5 e 2% e, depreferência, superior a 0,7% e, de maior preferência ainda, superior a 0,8%.Esses elementos, que são desoxidantes, possuem ainda o efeito de favorecera obtenção de uma austenita retida metaestável fortemente carregada decarbono, cuja transformação em martensita é acompanhada de uma dilataçãosignificativa que favorece a ancoragem dos carburetos de titânio.
- De 0 (ou traços) a 2% ou mesmo 2,5% de manganês, de 0 (outraços) a 4% ou mesmo 5% de níquel e de 0 (ou traços) a 4% ou mesmo 5% decromo, para a obtenção de uma temperabilidade suficiente e o ajuste dasdiferentes características mecânicas ou de uso. O níquel tem, em particular, umefeito favorável sobre a tenacidade, mas esse elemento é caro. O cromo formatambém carburetos finos na martensita ou na bainita favoráveis à resistência àabrasão.
- De 0 (ou traços) a 1% de molibdênio e de 0 (ou traços) a 2% detungstênio, sendo que a soma Mo + W/2 está compreendida entre 0,05 e 1%, eé de preferência inferior a 0,8%, de maior preferência, inferior a 0,5%. Taiselementos aumentam a temperabilidade e formam na martensita ou na bainitacarburetos finos e endurecedores, em particular, por precipitação porautotêmpera durante o resfriamento. Não é necessário ultrapassar um teor de1% de molibdênio para a obtenção do efeito desejado, em particular, no que dizrespeito à precipitação de carburetos endurecedores. O molibdênio pode sersubstituído, total ou parcialmente, por um peso duplo de tungstênio. Entretanto,essa substituição não é desejável na prática pois não oferece vantagens emrelação ao molibdênio e custa mais caro.
- Eventualmente de 0 a 1,5% de cobre. Tal elemento pode conferirum endurecimento adicional sem deteriorar a soldabilidade. Em teoressuperiores a 1,5%, o cobre não possui um efeito significativo, causadificuldades de laminação a quente e eleva o custo inutilmente.
- De 0 a 0,02% de boro. Tal elemento pode ser adicionado de modo opcional a fim de aumentar a temperabilidade. Para que esse efeito sejaobtido, o teor de boro deve, de preferência, ser superior a 0,0005% ou, demaior preferência, superior a 0,001% e não precisa ultrapassar sensivelmente 0,01%.
- Até 0,15% de enxofre. Tal elemento é um resíduo em gerallimitado a 0,005% ou menos, mas seu teor pode ser deliberadamenteaumentado para melhorar a usinabilidade. Deve-se notar que em presença deenxofre, para evitar as dificuldades de transformação a quente, o teor demanganês deve ser superior a 7 vezes o teor de enxofre.- Eventualmente, pelo menos um elemento selecionado entre onióbio, o tântalo e o vanádio, em teores tais que Nb/2 + Ta/4 + V seja inferior a0,5%, a fim de formar carburetos relativamente grandes que melhorem aresistência à abrasão. No entanto, os carburetos formados por tais elementos sãomenos eficazes que os carburetos formados por titânio ou por zircônio e,conseqüentemente, são opcionais e adicionados em uma quantidade limitada.
- Eventualmente, um ou mais elementos selecionados entre oselênio, o telúrio, o cálcio, o bismuto e o chumbo em teores inferiores a 0,1%cada um. Esses elementos destinam-se a melhorar a usinabilidade. Deve-senotar que, quando o aço conter Se e/ou Te1 o teor de manganês deve sersuficiente, considerando-se o teor de enxofre, para que possam se formarselenetos ou teluretos de manganês.
- O restante é ferro e impurezas resultantes da elaboração. Entreessas impurezas está, em particular, o nitrogênio cujo teor depende doprocesso de elaboração mas não ultrapassa 0,03% e é, em geral, inferior a0,025%. O nitrogênio pode reagir com o titânio ou o zircônio para formarnitretos que não devem ser muito grandes para não deteriorar a tenacidade. Afim de evitar a formação de nitretos grandes, o titânio e o zircônio podem seradicionados ao aço líquido de modo muito progressivo, por exemplo,colocando-se em contato com o aço líquido oxidado uma fase oxidada tal comouma escória carregada de óxidos de titânio ou de zircônio, e desoxidando aseguir o aço líquido, de modo a fazer com que o titânio ou o zircônio se difundalentamente da fase oxidada para o aço líquido.
Além disso, para obter propriedades satisfatórias, os teores decarbono, titânio, zircônio, e nitrogênio devem ser tais que:
<formula>formula see original document page 7</formula>
E, de preferência, C* > 0,12% para obter uma dureza maiselevada e, portanto, uma melhor resistência à abrasão. A grandeza C*representa o teor de carbono livre após a precipitação dos carburetos de titânioe de zircônio, considerando-se a formação de nitretos de titânio e de zircônio.Esse teor de carbono livre C* deve ser superior a 0,095% para se obter umaestrutura martensítica ou martensito-bainítica com uma dureza suficiente.
Considerando-se a possível formação de nitretos de titânio ou dezircônio, para que a quantidade de carburetos de titânio ou de zircônio sejasuficiente, os teores de Ti, Zr e N devem ser tais que:
<formula>formula see original document page 8</formula>
Além disso, a composição química é selecionada de tal modo quea temperabilidade do aço seja suficiente, considerando-se a espessura dachapa que se deseja fabricar. Para isso, a composição deve corresponder àrelação:
Temp = 1,05 χ Mn + 0,54 χ Ni + 0,50 χ Cr + 0,3 χ (Mo + W/2)1/2 +K > 1,8 ou, de preferência, maior que 2,com : K = 1 se B > 0,0005% e K = 0 se B < 0,0005%.
Ademais, e para se obter uma boa resistência à abrasão, aestrutura micrográfica do aço é constituída de martensita ou de bainita ou deuma mistura dessas duas estruturas, e de 5 a 20% de austenita retida. Alémdisso, tal estrutura compreende ainda grandes carburetos de titânio ou dezircônio formados em alta temperatura e, eventualmente, carburetos de nióbio,de tântalo ou de vanádio. Devido ao processo de fabricação que será descritomais adiante, essa estrutura é uma têmpera, de tal modo que comportaigualmente carburetos de molibdênio ou de tungstênio e, eventualmente,carburetos de cromo.
Os Depositantes constataram que a eficácia dos grandescarburetos para a melhora da resistência à abrasão pode ser prejudicada pelodesgaste prematuro desses carburetos e que esse desgaste pode ser evitadopela presença de uma austenita metaestável que se transforma pela ação dosfenômenos de abrasão. A transformação da austenita metaestável é feita pordilatação, e essa transformação na subcamada abrasada aumenta aresistência ao desgaste dos carburetos e, melhora assim a resistência àabrasão.
Por outro lado, a dureza elevada do aço e a presença decarburetos de titânio que enfraquecem, exigem que se limite tanto quantopossível as operações de aplainamento. Nesse aspecto, os Depositantesconstataram que diminuindo de modo suficiente o resfriamento no campo detransformação bainito-martensítico, reduz-se as deformações residuais dosprodutos, o que permite limitar as operações de aplainamento. Os Depositantesconstataram que o resfriamento da peça ou da chapa a uma velocidade deresfriamento média no núcleo Vr < 1.150 χ esp"1,7 (nessa fórmula, "esp" é aespessura da chapa expressa em milímetro (mm) e a velocidade deresfriamento é expressa em °C/s) abaixo de uma temperatura T = 800 - 270 χC* - 90 χ Mn - 37 χ Ni - 70 χ Cr - 83 χ (Mo + W/2) (expressa em °C), reduz astensões residuais provocadas pelas mudanças de fase. Esse resfriamento maislento no campo bainito-martensítico tem ainda a vantagem de provocar umaautotêmpera que gera a formação de carburetos de molibdênío, de tungstênioou de cromo e melhora a resistência ao desgaste da matriz que circunda osgrandes carburetos.
Para a fabricação de uma chapa bem plana com uma boaresistência à abrasão e boa aptidão ao uso, elabora-se o aço, que é fundido emforma de placa ou de lingote. Lamina-se a quente a placa ou o lingote para aobtenção de uma chapa que é submetida a um tratamento térmico que permiteao mesmo tempo a obtenção da estrutura desejada e uma boa planeidade semaplainamento ulterior ou com um aplainamento limitado. O tratamento térmicopode ser efetuado diretamente na temperatura de laminação ou realizadoposteriormente, eventualmente após um aplainamento a frio ou a semiquente.Em todos esses casos, para realizar o tratamento térmico:
- aquece-se o aço acima do ponto AC3 de modo a lhe conferiruma estrutura inteiramente austenítica, na qual persistem todavia carburetos detitânio ou de zircônio,
- resfria-se o aço a seguir a uma velocidade de resfriamentomédia no núcleo superior à velocidade crítica de transformação bainítica atéuma temperatura compreendida entre T = 800 - 270 χ C* - 90 χ Mn - 37 χ Ni -70 χ Cr - 83 χ (Mo + W/2), e cerca de T-50°C, de modo a evitar a formação deconstituintes ferrito-perlíticos. Para isso, é suficiente, em geral, resfriar a umavelocidade superior a 0,5° C/s,
- e, entre a temperatura assim definida (ou seja, compreendidaentre T e cerca de T - 50°C) e cerca de 100°C, resfria-se a chapa a umavelocidade de resfriamento média no núcleo Vr inferior a 1.150 χ esp"1,7, esuperior a 0,1° C/s, para obter a estrutura desejada,
- e resfria-se a chapa até a temperatura ambiente, de preferência,sem que isso seja obrigatório, a uma velocidade lenta.
Além disso, pode-se efetuar um tratamento de descompressão, talcomo uma têmpera, a uma temperatura inferior ou igual a 350°C e, depreferência, inferior a 250°C.
Por velocidade de resfriamento média, entende-se a velocidadede resfriamento igual à diferença entre as temperaturas de início e de fim deresfriamento dividida pelo tempo de resfriamento entre essas duastemperaturas.
Obtém-se assim uma chapa, cuja espessura está compreendidaentre 2 e 150 mm e que possui excelente planeidade caracterizada por umaflecha inferior a 3 mm/m sem aplainamento ou com um aplainamentomoderado. A chapa possui uma dureza compreendida entre 280 e 450HB.Essa dureza depende principalmente do teor de carbono livre C* = C - Ti/4 -Zr/8 + 7 χ N/8. Quanto mais elevado for o teor de carbono livre, maior será adureza. Quanto menor o teor de carbono livre, mais fácil será a utilização. Se oteor de carbono livre for igual, quanto maior for o teor de titânio, melhor será aresistência à abrasão.
Exemplo
A título de exemplo, consideram-se chapas de aço de 30 mm deespessura identificadas pelas letras A, B, C e D de acordo com a presenteinvenção, E e F de acordo com o estado da técnica e G e H dadas a título decomparação. As composições químicas dos aços, expressas em 10"3% empeso, bem como a dureza e um índice de resistência ao desgaste Rus, estãoindicados na Tabela 1.
Tabela 1
<table>table see original document page 11</column></row><table>
A resistência dos aços ao desgaste é medida pela perda de pesode um corpo de prova prismático posto em rotação em um recipiente quecontém granulados calibrados de quartzito durante um período de 5 horas.
O índice de resistência ao desgaste Rus de um aço é a relação daresistência ao desgaste do aço F, tomado como referência, e a resistência aodesgaste do aço considerado.As chapas AaH são austenitizadas a 900°C.
Depois da austenitização:
- a chapa de aço A é resfriada a uma velocidade média de 0,7°C/sacima da temperatura T definida acima (cerca de 460°C), e a uma velocidademédia de 0,13°C/s abaixo, de acordo com a presente invenção;
- as chapas de aço B, C1 D são resfriadas a uma velocidade médiade 6°C/s acima da temperatura T definida acima (cerca de 470°C), e a umavelocidade média de 1,4°s abaixo, de acordo com a presente invenção;
- as chapas de aço E, F, G e H, dadas a título de comparação,foram resfriadas a uma velocidade média de 20°C/s acima da temperatura Tdefinida acima e a uma velocidade média de 12°C/s abaixo.
As chapas AaD possuem uma estrutura martensito-bainíticaautotêmpera que contém cerca de 10% de austenita retida, bem comocarburetos de titânio, ao passo que as chapas EaG possuem uma estruturainteiramente martensítica, e as chapas GeH contêm igualmente grandescarburetos de titânio.
Pode-se constatar que, mesmo possuindo durezas inferiores àsdas chapas E e F, as chapas A, B, C e D possuem resistências à abrasãosensivelmente melhores. As menores durezas que correspondem,basicamente, a menores teores de carbono livre, conduzem a aptidõessuperiores em termos de utilização.
A comparação dos exemplos C, D, F, G e H mostra que oaumento da resistência à abrasão não resulta simplesmente da adição detitânio, mas da combinação da adição de titânio e da estrutura que contémaustenita residual. De fato, pode-se constatar que os aços F, G e H cujaestrutura não comporta austenita residual possuem resistências à abrasãobastante comparáveis, ao passo que os aços CeD que contêm austenitaresidual possuem resistências à abrasão sensivelmente melhores.Além disso, a comparação dos pares G e H de um lado e C e Dde outro, mostram que a presença de austenita residual aumentasensivelmente a eficácia do titânio. Para os exemplos C e D, a passagem de0,110 para 0,350% de titânio se traduz por um aumento da resistência àabrasão de 56%, ao passo que para os aços G e Η, o aumento só é de 37%.
Essa observação é atribuída ao efeito de rebite aumentado doscarburetos de titânio pela matriz circundante, quando ela contém austenita residualsuscetível de se transformarem martensita dura e dilatável quando utilizada.
Além disso, a deformação após resfriamento, sem aplainamento,para as chapas de aço A e B é de 6 mm/m e de 17 mm/m para as chapas deaço EeF. Esses resultados mostram a redução da deformação dos produtosobtidos graças à presente invenção.
Disso resulta na prática, em função do grau de exigência dosusuários em matéria de planeidade,
- seja a possibilidade de fornecer os produtos sem aplainamento(ganho de custo e em relação às restrições residuais),
- seja a possibilidade de realizar um aplainamento para atender auma exigência mais rígida de planeidade (por exemplo 5 mm/m), mas realizadamais facilmente e introduzindo menos restrições devido à deformação originalmenor dos produtos de acordo com a presente invenção.
Claims (13)
1. PROCESSO PARA A FABRICAÇÃO DE UMA PEÇA, emparticular uma chapa de aço que resiste à abrasão, caracterizado pelo fato deproduzir uma peça cuja composição química compreende, em peso:-0,1% <C< 0,23%-0% < Si < 2%-0% < Al < 2%-0,5% < Si + Al < 2%-0% < Mn < 2,5%-0% < Ni < 5%-0% < Cr < 5%-0% < Mo < 1 %-0% < W < 2%-0,05% < Mo +W/2 < 1%-0% < B < 0,02%-0% < Ti < 0,67%-0% < Zr < 1,34%-0,05% < Ti + Zr/2 < 0,67%-0% < S < 0,15%N < 0,03%- eventualmente de 0 a 1,5% de cobre,- eventualmente pelo menos um elemento selecionado entre Nb,Ta e V em teores tais que Nb/2 + Ta/4 + V < 0,5%,- eventualmente pelo menos um elemento selecionado entre Se,Te, Ca, Bi e Pb em teores inferiores ou iguais a 0,1%,e o restante é ferro e impurezas que resultam da elaboração,sendo que a composição química satisfaz ainda às seguintes relações:<formula>formula see original document page 19</formula>Ti + Zr/2 - 7xN/2 > 0,05%e:<formula>formula see original document page 15</formula>de acordo com o qual, a peça ou a chapa é submetida a umtratamento térmico de têmpera, efetuado na temperatura de modelagem aquente e, por exemplo, de laminação ou após a austenitização porreaquecimento em um forno, para realizar a têmpera, consistindo em:- resfriar a peça ou a chapa a uma velocidade de resfriamentomédia superior a 0,5°C/s entre uma temperatura superior a AC3 e umatemperatura compreendida entre T = 800 - 270xC* - 90xMn - 37xNi - 70xCr --83 χ (Mo + W/2), e cerca de T-50°C,- resfriar, em seguida, a peça ou a chapa a uma velocidade médiade resfriamento no núcleo Vr < 1.150 χ esp"1,7 e superior ou igual a 0,1°C/sentre a temperatura T e 100°C, sendo que "esp" é a espessura da chapaexpressa em milímetro (mm),- resfriar a peça ou a chapa até a temperatura ambiente e efetuareventualmente um aplainamento.
2. PROCESSO, de acordo com a reivindicação 1,caracterizado pelo fato de que:<formula>formula see original document page 15</formula>
3. PROCESSO, de acordo com uma das reivindicações 1 ou-2, caracterizado pelo fato de que:<formula>formula see original document page 15</formula>
4. PROCESSO, de acordo com uma das reivindicações 1 a 3,-5. caracterizado pelo fato de que:Ti + Zr/2 > 0,10%
5. PROCESSO, de acordo com uma das reivindicações 1 a 4,caracterizado pelo fato de que:<formula>formula see original document page 16</formula>
6. PROCESSO, de acordo com uma das reivindicações 1 a 5,caracterizado pelo fato de se efetuar ainda uma têmpera a uma temperaturainferior ou igual a 350°C.
7. PROCESSO, de acordo com uma das reivindicações 1 a 6,caracterizado pelo fato de se adicionar o titânio ao aço, de se colocar o açolíquido em contato com uma escória que contém titânio e de se fazer difundirlentamente o titânio da escória no aço líquido.
8. PEÇA, e em particular uma chapa de aço, resistente àabrasão, caracterizada pelo fato da sua composição química compreender, empeso:-0,1% <C < 0,23%-0% < Si < 2%-0% < Al < 2%-0,5% < Si + Al < 2%-0% < Mn < 2,5%-0% < Ni < 5%-0% < Cr < 5%-0% < Mo < 1%-0% < W < 2%-0,05% < Mo+ W/2 < 1%-0% < B < 0,02%-0% < Ti < 0,67%-0% < Zr < 1,34%-0,05% < Ti + Zr/2 < 0,67%-0% < S < 0,15%N < 0,03%- eventualmente de 0 a 1,5% de cobre,- eventualmente pelo menos um elemento selecionado entre Nb,Ta e V em teores tais que Nb/2 + Ta/4 + V < 0,5%,- eventualmente pelo menos um elemento selecionado entre Se,Te, Ca, Bi e Pb em teores inferiores ou iguais a 0,1%,e o restante é ferro e impurezas que resultam da elaboração,sendo que a composição química satisfaz ainda às seguintes relações:<formula>formula see original document page 17</formula>e:<formula>formula see original document page 17</formula>e:-1,05 χ Mn + 0,54 χ Ni + 0,50 χ Cr + 0,3 χ (Mo + W/2)1/2 + K > 1,8com K = 1 se B > 0,0005% e K = 0 se B < 0,0005%,sendo que o aço possui uma estrutura martensítica ou martensito-bainítica e a referida estrutura contém carburetos e de 5 a 20% de austenitaretida.
9. PEÇA, de acordo com a reivindicação 8, caracterizada pelofato de que:<formula>formula see original document page 17</formula>
10. PEÇA, de acordo com uma das reivindicações 8 ou 9,caracterizada pelo fato de que:<formula>formula see original document page 17</formula>
11. PEÇA, de acordo com uma das reivindicações 8 a 10,caracterizada pelo fato de que:<formula>formula see original document page 18</formula>
12. PEÇA, de acordo com uma das reivindicações 8 a 11,caracterizada pelo fato de que:<formula>formula see original document page 18</formula>
13. PEÇA, de acordo com uma das reivindicações 8 a 12,caracterizada pelo fato de que a espessura da chapa está compreendida entre-2 e 150 mm.
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