PT1546592E - Torneira de chave rotativa indexavel - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO

TORNEIRA DE CHAVE ROTATIVA INDEXAVEL A invenção diz respeito a uma torneira com chave rotativa indexavel.

Ela diz respeito mais precisamente a uma torneira com chave rotativa cuja chave roda num alojamento tubular dum corpo onde a chave foi introduzida axialmente por uma extremidade do alojamento até uma posição axial determinada por meios de paragem, a parede lateral do alojamento comportando passagens que desembocam numa zona do alojamento por aberturas enquanto a chave é concebida com uma ou passagens para obturar estas aberturas ou estabelecer uma comunicação entre certas aberturas em função das posições da chave no decurso duma rotação da chave, a torneira comportando numa outra zona do alojamento meios (ditos meios de indexação) para indicar de forma táctil ao operador que a chave chegou a uma posição de serviço onde ela estabelece uma comunicação, estes meios de indexação compreendendo saliências e reentrâncias repartidas sobre faces frente a frente da chave e do alojamento de modo que no decurso duma rotação da chave as saliências penetram nas reentrâncias quando a chave chega a uma posição de serviço e só podem voltar a sair por um esforço sensível exercido sobre a chave para a fazer rodar, a chave ou o corpo sendo concebidos de maneira a permitir às saliências voltar a sair das reentrâncias por efeito elástico em consequência deste esforço.

Um exemplo duma tal torneira é descrito na patente US 5 832 959. 1

Neste exemplo, o corpo e a chave são ambos em material elástico para realizar o efeito elástico requerido para que as saliências possam sair das reentrâncias.

Uma tal elasticidade é prejudicial à estanquidade da zona onde desembocam as passagens do corpo, tanto mais que os meios de indexação estão situados numa zona do alojamento cujo diâmetro interno é superior ao da zona onde desembocam as passagens do corpo. A publicação US 2001/0025942 descreve uma torneira cujo alojamento do corpo comporta um fundo fechado que apresenta um relevo determinando entre ele e a parede lateral elástica do alojamento uma garganta anelar na qual pode rodar uma coroa formada na extremidade da chave, as saliências e as reentrâncias sendo formadas sobre o dito relevo e sobre a dita coroa.

Uma finalidade da invenção é fornecer uma torneira de estanquidade melhorada e cuja elasticidade não perturbe a estanquidade requerida na zona das aberturas.

Consegue-se isso segundo a invenção com uma torneira na qual o alojamento comporta um fundo fechado que apresenta um relevo o qual determina entre ele e a parede lateral do alojamento uma garganta anelar e a chave apresenta na sua extremidade uma coroa elasticamente deformável num plano transversal ao eixo de rotação da chave que roda dentro desta garganta, as saliências e as reentrâncias sendo formadas sobre o dito relevo e sobre a dita coroa, e a zona onde se encontram os meios de indexação tendo um diâmetro reduzido em relação à zona onde desembocam as aberturas das passagens da parede lateral do alojamento do corpo. 2

Numa realização preferida, a dita coroa é dividida em sectores em arco que são separados por cortes e nos quais são formadas as saliências ou as reentrâncias. A torneira da invenção pode ainda apresentar uma ou varias das outras caracteristicas seguintes: - A dita coroa é dividida em dois sectores idênticos que comportam cada uma saliência ou uma reentrância. - A dita coroa é dividida em quatro sectores idênticos que comportam cada uma saliência ou uma reentrância. - 0 dito relevo é conformado lateralmente para formar oito reentrâncias ou oito saliências. - A zona onde se encontram os meios de indexação tem um diâmetro reduzido em relação à zona onde desembocam as ditas aberturas. - 0 alojamento do corpo tem uma secção direita que diminui desde a extremidade de introdução da chave e a chave tem uma forma geral troncónica. - 0 dito relevo tem um perfil regular constituído por uma sucessão de sectores convexos alternando com sectores côncavos constituindo as ditas reentrâncias. - A chave é parada axialmente no alojamento pela penetração duma nervura circular formada sobre a chave numa garganta formada na parede lateral do alojamento.

Descrever-se-ão a seguir exemplos de realização duma torneira segundo a invenção com referencia às figuras do desenhos anexos nos quais: - a figura 1 é uma vista em perspectiva da chave e do corpo duma torneira antes da introdução da chave no corpo, uma 3 metade somente da chave e do corpo estando representadas na figura ; - a figura 2 é uma vista em perspectiva do corpo sozinho com arrancamento para fazer aparecer a integridade do relevo formado sobre o fundo do alojamento; - a figura 3 é uma vista em perspectiva da chave sozinha representada no sentido de cima para baixo para fazer aparecer a integridade da sua coroa; - a figura 4 é uma perspectiva vista por baixo dum corte transversal duma torneira na região da coroa e do relevo; - as figuras 5 a 7 são vistas relativas a uma variante de realização da torneira que correspondem respectivamente às figuras 1,3 e 4; - a figura 8 é um esquema ilustrando as possibilidades de comunicação em si conhecidas duma torneira de três vias; - as figuras 9 e 10 são secções rectas duma torneira cuja chave tem oito posições de fecho, respectivamente num estado em que a chave está numa posição de fecho e num estado intermediário entre duas posições de fecho. A figura 1 representa a chave (1) e o corpo (2) duma torneira, antes da introdução da chave no corpo por uma extremidade do alojamento (3). Para simplificar a figura, supôs-se que o corpo só comporta duas passagens (4,5) que desembocam no alojamento pelas aberturas (4a,5a) e que a chave só comporta uma passagem (6) para pôr em comunicação as ditas aberturas.

De acordo com a invenção, o alojamento (3) do corpo (2) apresenta um fundo fechado (7) munido dum relevo (8) que determina entre ele e a parede lateral do alojamento uma garganta anelar (9), e a chave (1) apresenta na sua 4 extremidade uma coroa (10) apta a rodar na dita garganta quando a chave está na sua posição de paragem axial. O perfil do relevo (8) formado sobre o fundo do alojamento do corpo determina uma alternância regular de sectores convexos (8a) e de sectores côncavos (8b) . Os sectores côncavos (8b) constituem as reentrâncias.

No exemplo representado, o relevo (8) determina assim oito reentrâncias (12). O relevo (8) do qual apenas uma metade aparece na figura 1 é visível na sua integridade na figura 2. A coroa (10) da chave é constituída neste exemplo por dois sectores idênticos (10a,10b) em forma de arco separados por cortes e que apresentam cada uma saliência vertical (11) em relevo. Um único sector aparece apenas na figura 1 mas os dois sectores são visíveis na sua integridade na figura 3 onde a chave é representada no sentido de cima para baixo. A interacção da coroa e do relevo é claramente visível na figura 4. Nesta figura, as partes tracejadas são partes do corpo.

Representou-se nas figuras 5 a 7 que correspondem respectivamente às figuras 1, 3 e 4 uma variante de realização onde a coroa da chave é cortada em quatro sectores separados em forma de arco (10c,lOd,lOe,lOf) que levam cada uma saliência. O corpo pode ser idêntico ao da realização precedente. 5 A invenção não está limitada a estas realizações dadas a titulo de exemplo. É evidente que o número de sectores da coroa, o número de saliências e o número de reentrâncias podem variar segundo as realizações. A sensação efectiva de indexação pode ser regulada pela altura dos arcos da coroa, o comprimento dos arcos, o número de arcos, a altura da forma em relevo no fundo do alojamento. A posição axial da chave no corpo é determinada, por exemplo como no caso representado, por encaixe com estalido duma nervura anelar exterior (13) da chave numa garganta (14) da parede anelar do corpo. Vê-se igualmente nas figuras que a zona (C) onde se encontram os meios de indexação tem um diâmetro reduzido em relação à zona (B) onde desembocam os furos do corpo.

De acordo com uma caracteristica da invenção, as zonas (A) de encaixe com estalido, (B) de comunicação e (C) de indexação estão em patamares e têm secções rectas que diminuem duma zona para a seguinte. É evidente que a invenção não está limitada a um única possibilidade de comunicação e podem realizar-se todas as possibilidades de comunicação habituais com uma torneira conforme à invenção, fazendo variar o número de passagens, de maneira conhecida em si.

Por memória, esquematizou-se na figura 8 uma torneira com três vias com as suas diferentes possibilidades de colocação em comunicação. 0 corpo apresenta três passagens 15,16,17 6 dispostas em T e a chave apresenta duas passagens 18,19 perpendiculares.

Nos esquemas das figuras 9 e 10, representou-se uma torneira que apresenta um relevo octogonal (8) formado sobre a parede de fundo do alojamento do corpo (21), com as suas partes convexas (8a) e as suas partes côncavas (8b), e o extremo da chave constituído por uma coroa cilíndrica deformável (10) de parede fina deformável transversalmente que forma dois ornatos ovalados (11) diametralmente opostos.

Na figura 9, os dois ornatos ovalados são aproximados diametralmente um do outro contra duas concavidades opostas do relevo.

Na figura 10 onde a coroa é deformada elasticamente pelo facto dos ornatos ovalados terem subido sobre as convexidades do relevo, o que deforma elasticamente a parede da coroa segundo uma elipse, fica uma folga (20) entre as convexidades (8a) do relevo e a coroa (10), e uma folga (21) entre a coroa (10) e a parede (9) do alojamento do corpo situadas frente a frente. A deformação elástica do círculo para elipse da chave assegura uma função de mola para voltar a trazer os ornatos ovalados para as zonas (8b) assegurando uma indexação precisa, mesmo após numerosas utilizações da chave. A torneira da invenção é destinada nomeadamente para a utilização em aparelhagem medicinal. A invenção não é limitada às realizações que foram descritas como exemplos preferidos. 7 21-04-2010

Claims (10)

1. REIVINDICAÇÕES 1. Torneira de chave rotativa cuja chave (1) roda num alojamento tubular (3) dum corpo (2) onde a chave foi introduzida por uma extremidade do alojamento até uma posição axial determinada por meios de paragem (13,14), a parede lateral do alojamento comportando passagens (4,5) que desembocam numa zona (B) do alojamento por aberturas enquanto a chave é concebida com uma ou passagens (6) para obturar estas aberturas ou estabelecer uma comunicação entre certas aberturas em função de posições de serviço da chave no decurso duma rotação da chave, a torneira comportando numa outra zona (C) do alojamento meios, ditos meios de indexação, para indicar de maneira táctil ao operador que a chave chegou a uma posição de serviço onde ela estabeleceu uma comunicação, estes meios de indexação compreendendo saliências (11) e reentrâncias (12) repartidas sobre faces frente a frente da chave e do alojamento de modo que no decurso duma rotação da chave as saliências penetram nas reentrâncias quando a chave chega a uma posição de serviço e só podem voltar a sair mediante um esforço sensível exercido sobre a chave para a fazer rodar, a chave ou o corpo estando concebidos de maneira a permitir às saliências voltar a sair das reentrâncias por efeito elástico em consequência desse esforço, o alojamento (3) comportando um fundo (7) fechado que apresenta um relevo (8) determinando entre ele e a parede lateral do alojamento uma garganta anelar (9), e a chave (3) apresentando na sua extremidade uma coroa (10) que roda dentro dessa garganta, as saliências (11) e as reentrâncias (12) sendo formadas sobre o dito relevo e sobre a dita coroa (10), caracterizada por a dita coroa (10) ser elasticamente deformável num plano transversal ao eixo de rotação da chave e por a zona (C) onde se encontram os meios de indexação ter 1 um diâmetro reduzido em relação à zona (B) onde desembocam as ditas aberturas.
2. 2. Torneira segundo a reivindicação 1, cuja dita coroa (10) é dividida em sectores em arco que são separados por cortes (13) e nos quais são formadas as saliências ou as reentrâncias.
3. 3. Torneira segundo a reivindicação 2, cuja dita coroa (10) é dividida em dois sectores (10a, 10b) idênticos que comportam cada uma saliência (11).
4. 4. Torneira segundo a reivindicação 2, cuja dita coroa (10) é dividida em quatro sectores idênticos (10c,lOd,lOe,lOf) que comportam cada uma saliência (11).
5. 5. Torneira segundo a reivindicação 3 ou 4 cujo dito relevo (8) é conformado lateralmente para formar oito reentrâncias (12) .
6. 6. Torneira segundo uma das reivindicações 1 a 5 cujo alojamento (3) tem uma secção recta que diminui desde a dita extremidade do alojamento e a chave (1) tem uma forma geral troncónica.
7. 7. Torneira segundo uma das reivindicações 1 a 6 na qual o dito relevo (8) tem um perfil regular constituído por uma sucessão de sectores convexos (8a) alternando com sectores côncavos (8b) constituindo as ditas reentrâncias.
8. 8. Torneira segundo uma das reivindicações 1 a 7 cuja chave (1) é parada axialmente no alojamento (3) pela penetração 2 duma nervura anelar (13) formada sobre a chave numa garganta (14) formada na parede lateral do alojamento.
9. 9. Torneira segundo uma das reivindicações precedentes cuja coroa tem uma secção recta que é circular no estado não deformado e que se torna elíptica no estado deformado elasticamente.
10. 10. Torneira segundo uma das reivindicações precedentes na qual, quando a coroa (10) é deformada elasticamente, existe uma folga (20) entre as convexidades (8a) do relevo (8) e a coroa e uma folga (21) entre a coroa e a parede lateral do alojamento do corpo que está em frente da coroa. 21-04-2010 3