PT1478564E - Dispositivo e processo para o tratamento de peças de trabalho, particulrmente de carroçarias de veículos. - Google Patents

Description

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DESCRIÇÃO "DISPOSITIVO E PROCESSO PARA O TRATAMENTO DE PEÇAS DE TRABALHO, PARTICULARMENTE DE CARROÇARIAS DE VEÍCULOS"

Campo da Invenção A invenção refere-se a um dispositivo, bem como a um processo, para o tratamento de peças de trabalho, particularmente de carroçarias de veículos.

Uma instalação deste tipo compreende uma linha de tratamento com zonas de tratamento, na qual uma ou diversas peças de trabalho são colocadas para serem tratadas.

Uma zona de tratamento pode ser, por exemplo, uma tina de mergulho com um liquido de tratamento, muito embora devam ser entendidos sob a referência zonas de tratamento também qualquer tipo de cabinas ou tinas, quando nelas seja executado na peça de trabalho qualquer tipo de tratamento. Um tratamento deste tipo pode, por exemplo, compreender também um passo de lavagem. Outros exemplos para tratamentos são uma fosfatação por mergulho, o tratamento prévio para uma pintura por mergulho, uma estratificação por pulverização, uma estratificação húmida de camadas de tinta e semelhantes.

Estado da Técnica

Até aqui, os dispositivos conhecidos para o tratamento das superfícies externas de peças de trabalho, como sejam as carroçarias de veiculos, em banhos de mergulho ou em 2 cabinas de tratamento, estavam divididos em dispositivos de avanço continuo e em dispositivos de avanço não continuo.

Nas instalações de avanço continuo as carroçarias são fixadas num dispositivo de suspensão e são impelidas, por meio de um accionador de correntes, ao longo da linha de tratamento, baixadas para dentro das tinas de mergulho, conduzidas através do banho de mergulho e de novo elevadas para fora das tinas de mergulho. Uma instalação de avanço continuo para o tratamento das superfícies exteriores de carroçarias de veículos encontra-se descrita na DE 196 41 048 Al. Nesse dispositivo as carroçarias dos veículos são sustidas, cada uma delas, por chassis giratórios, os quais são deslocados a distâncias fixas uns dos outros, com uma velocidade que é mantida igual, com o auxílio de um dispositivo de accionamento colectivo, por cima de diversas tinas de tratamento. A colocação e a retirada das carroçarias dos veículos, dentro ou fora dos banhos de mergulho dão-se por meio de um determinado movimento de rotação, o qual pode estar fixamente acoplado por meio de correntes de guia ao movimento de translação dos chassis giratórios. Os chassis giratórios são conduzidos por meio de um sistema de correntes em circuito fechado e assim guiados tanto na zona da linha de tratamento, sobre as tinas de mergulho, como também transportados em sentido contrário, fixamente em relação uns aos outros e a uma velocidade contínua. São igualmente conhecidas da técnica instalações de avanço não contínuo, as quais são designadas por instalações cíclicas. Nas instalações cíclicas, as carroçarias dos veículos deslocam-se para cima das tinas de mergulho sobre transportes de objectos, param aí e com a ajuda de 3 dispositivos elevatórios, como por exemplo instalações elevatórias ou dispositivos rotativos, são mergulhados no banho de tratamento e passado o tempo de processamento são de novo elevadas ou giradas para fora dele.

Um exemplo de uma instalação deste tipo é o da DE 43 04 145 Cl ou então o da DE-U-200 22 634.7. A escolha entre um dispositivo de avanço continuo e um dispositivo de avanço não continuo tem de ter em conta as vantagens e desvantagens especificas de ambos os conceitos fundamentais. Assim o dispositivo de avanço continuo é mais seguro, porque a instalação funciona com menos motores de accionamento, enquanto que os transportadores individuais de objectos de avanço cíclico, das instalações cíclicas, dirigidos por diversos motores isolados, possuem uma elevada probabilidade de avarias. Também a cadência máxima de passagem das peças de trabalho por unidade de tempo nos dispositivos contínuos é mais elevada do que nas instalações cíclicas. A vantagem das instalações cíclicas reside, em contrapartida, na elevada flexibilidade do tratamento das peças de trabalho, devido à possibilidade do controlo isolado de cada um dos transportes de objectos.

No sector automóvel tem-se procurado fazer funcionar as instalações com uma elevada cadência de passagem. Simultaneamente é, porém, também desejada uma elevada flexibilidade do processo, porque uma instalação, uma vez construída numa fábrica de automóveis, possivelmente deverá no futuro cumprir diferentes tarefas de tratamento de peças de trabalho. 4 A PE 0030882 refere-se a um dispositivo de transporte para a montagem de carroçarias de veículos, em que por meio da utilização do dispositivo de transporte aquelas podem ser transportados sobre pelo menos dois tipos diferentes de auxiliares de montagem, construídos de modo a receberem cada um deles diferentes peças de carroçaria. O dispositivo de transporte compreende pelo menos uma linha de montagem destinada ao movimento de avanço dos auxiliares de montagem, bem como uma linha de retorno, a qual faz retroceder os auxiliares de montagem vazios. Além disso está prevista uma outra linha para armazenar os auxiliares de montagem. A US 4928383A mostra um sistema de montagem, que não funciona continuamente, em que uma peça ou produto é transportada através de uma série de estações de tratamento. Cada uma das estações de tratamento destina-se, por um lado, à execução de um determinado tratamento, que pode ser seleccionável e por outro lado é programável de tal modo, que o tratamento seja ou não executado. Desse modo uma peça, que passa través do sistema de montagem, pode ser ou não trabalhada numa determinada estação de tratamento. Desse modo pode-se tratar num sistema de montagem uma multiplicidade de diferentes modelos.

Da DE 3906857A1 é conhecido um dispositivo de transporte com dispositivos de suspensão em forma de L, no qual os dispositivos de suspensão em forma de L pendem de um meio de transporte suspenso. Por meio do formato em L do dispositivo de suspensão podem ser continuamente transportadas por exemplo carroçarias de veículos. 5

Da PE 1020347A são conhecidos um processo e um dispositivo de acordo com o conceito principal da Reivindicação 1, destinados ao transporte de peças de trabalho, os quais compreendem uma cadeia para fazer avançar carretas transportadoras com carroçarias nelas colocadas, bem como uma cadeia de retorno para o retorno das carretas transportadoras sem as peças de trabalho sobre elas. Em ambas as extremidades da cadeia de transporte encontram-se colocadas calhas de selecção, as quais podem articular-se entre uma posição horizontal, a qual se estende ao longo da cadeia de transporte e uma posição vertical, a qual se estende no seguimento da calha de retorno. As calhas de selecção são articuladas para um transporte das carretas transportadoras entre a calha de transporte a calha de retorno. A GB 2225294 A refere-se a um processo para o transporte de carroçarias de veículos ao longo de um linha de trabalho a fim de serem soldadas. A linha de trabalho compreende uma estação de trabalho A, na qual a carroçaria do veiculo pode ser montada e uma estação de saida B, a qual se encontra colocada por baixo da estação de trabalho, em que os meios de condução entre a estação de trabalho e a estação de descarga são móveis alternativamente, de maneira que um veiculo possa ser movimentado entre a estação de trabalho e a estação de descarga. A linha de trabalho compreende outros meios para transportar as carroçarias dos veiculos da estação de descarga para uma linha complementar de soldadura vizinha daquela, pelo que a estação de trabalho e a estação de descarga se encontram afastadas uma da outra por uma distância, que é tão grande quanto o comprimento do veiculo a ser soldado. Entre a estação de trabalho e a estação de descarga está prevista uma estação de desvio C, 6 para onde a carroçaria de um veículo pode ser movimentada, sobre uma carreta suplementar, para uma posição de espera afastada da linha de avanço principal.

Apresentação da Invenção A invenção tem por objectos fundamentais o desenvolvimento de um dispositivo e de um processo para o tratamento de peças de trabalho, especialmente carroçarias de veículos, o qual reúne as vantagens de um elevado fluxo com as vantagens de uma maior flexibilização.

Estes objectos são atingidos por meio de um dispositivo com as caracterí sticas da Reivindicação 1 bem como por um processo com as características da Reivindicação 20. Formas de realização vantajosas do dispositivo de acordo com a invenção, bem como do processo de acordo com a invenção, encontram-se nas restantes Reivindicações. A invenção tem como base a ideia de conformar um dispositivo para o tratamento de peças de trabalho, especialmente carroçarias de veículos, numa forma de construção modular. Um primeiro módulo compreende uma linha de tratamento com uma ou mais zonas de tratamento, como por exemplo tinas de mergulho, para o tratamento das superfícies exteriores da peça de trabalho e um dispositivo de condução ao longo da linha de tratamento. Um segundo módulo compreende um ou diversos transportadores móveis, sobre os quais as peças de trabalho podem ser fixadas e que são móveis ao longo do dispositivo de condução, ou seja, ao longo da linha de tratamento. 7

De preferência podem combinar-se diversos tipos de segundos módulos com o primeiro módulo. Assim podem ser metidos no dispositivo, transportadores móveis, que não possuem eles próprios qualquer motor de accionamento e que essencialmente são feitos avançar, da mesma forma que os transportadores contínuos acima referidos, impelidos pelo dispositivo. Por outro lado podem também, no entanto, ser usados no dispositivo, transportadores móveis, que apresentem os seus próprios motores de accionamento separados para a deslocação e para a movimentação das peças de trabalho para o interior das tinas de mergulho, no interior das tinas de mergulho e para fora das tinas de mergulho. Estes transportadores móveis, em combinação com o primeiro módulo permanente, garantem as características das instalações cíclicas. Além dos dois tipos de transportadores móveis referidos, à semelhança das paragens obrigatórias nas instalações de avanço contínuo e dos transportadores de objectos das instalações de avanço cíclico, podem ainda considerar-se soluções intermédias, que a seguir serão referidas como soluções híbridas. Assim pode considerar-se, por exemplo, utilizar no dispositivo de acordo com a invenção transportadores móveis, que não possuem qualquer motor de accionamento próprio e por isso são impelidos ao longo da linha de tratamento, ao mesmo tempo que os transportadores móveis apresentam um motor de accionamento giratório separado e por isso um controlo individual do movimento rotativo até ao ponto de tornar possível "saltar" por cima de determinadas zonas de tratamento. De maneira contrária, o dispositivo de acordo com a invenção pode também ser equipado com transportadores móveis, que possuem cada um deles o seu próprio motor de accionamento, nos quais, no entanto, o movimento giratório, tal como na instalação de avanço contínuo descrita acima de 8 acordo com a DE 196 41 048 Al, se encontra acoplado por impulsos ao movimento de translação do transportador móvel. Este tipo de soluções híbridas situa-se portanto entre os conceitos básicos acima descritos de um dispositivo de avanço contínuo e de uma instalação de avanço cíclico.

Para o operador do dispositivo de acordo com a invenção apresenta-se por isso a possibilidade de variar o equipamento de toda a instalação, com uma despesa moderada, entre uma instalação de avanço contínuo, uma instalação de avanço cíclico e uma das acima referidas soluções híbridas. Assim a instalação pode, por exemplo para a utilização do dispositivo na pintura de carroçarias de veículos, ser accionada continuamente, desde que seja desejada uma cadência máxima com um elevado número de peças, enquanto que numa redução do volume de produção ou numa interrupção da produção de um determinado modelo, o dispositivo pode ser equipado para funcionar como uma instalação cíclica, na qual apenas é simplesmente necessário que seja combinado um segundo módulo diferente com o primeiro módulo fundamental permanente.

Uma outra vantagem do dispositivo de acordo com a invenção assenta no facto de, no quadro do fabrico de uma pequena série, por meio da utilização extensa das mesmas peças de construção entre dispositivos diferentemente configurados, poderem ser reduzidos os custos de fabrico. A fim de tornar realizável uma solução flexível conforme descrita acima, os transportadores móveis podem não ser conduzidos em toda a instalação sobre uma cadeia circular, uma vez que isso responderia ao conceito de base da instalação de avanço cíclico bem como à solução híbrida com 9 motor de accionamento próprio. Com base nisso os transportadores móveis devem ser conduzidos de tal modo que apenas em caso de necessidade sejam conduzidos relativamente uns aos outros, na zona da linha de tratamento, da mesma forma que as unidades fixas. 0 processo de acordo com a invenção para o tratamento de peças de trabalho, especialmente carroçarias de veículos, caracteriza-se portanto pelo facto de as peças de trabalho serem em primeiro lugar transportadas, por meio de um primeiro dispositivo de transporte, para uma primeira estação de transferência, na qual as peças de trabalho são ligadas aos transportadores móveis. Para isso um transportador móvel é elevado articuladamente em volta de um eixo de articulação, até que o transportador móvel suporte a peça de trabalho. Seguidamente a peça de trabalho percorre a linha de tratamento sobre o transportador móvel até uma segunda estação de transferência, no final da linha de tratamento, onde se dá um movimento de rotação complementar, sectorial, para a introdução ou retirada da peça de trabalho numa ou mais zonas de tratamento. Depois de a peça de trabalho ter atingido a segunda estação de transferência, o transportador móvel gira para baixo em volta do eixo de articulação e ao mesmo tempo dá-se a retirada da peça de trabalho por meio de um segundo dispositivo de transporte. Os transportadores móveis girados cerca de 90° em relação à posição horizontal são transportados de volta à primeira estação de transferência.

De acordo com uma forma de realização preferida o dispositivo de condução está colocado apenas de um dos lados da linha de tratamento. Por meio dessa medida uma parte oculta do dispositivo fica acessível para uma possível manutenção e além disso poupa-se espaço. Numa 10 configuração da totalidade do dispositivo para uma instalação de avanço continuo os veios rotativos que põem em rotação as peças de trabalho podem, além disso, ser construídos mais curtos, uma vez que apenas necessitam de ser colocados de um lado dos transportadores móveis.

De preferência o dispositivo de condução compreende pelo menos uma calha. Isso representa o tipo de construção mais simples de um dispositivo de condução.

Nesta forma de realização os transportadores móveis apresentam, de preferência, roletes, os quais rolam sobre pelo menos uma calha do dispositivo de condução e simultaneamente estabelecem com precisão a posição do transportador móvel em relação à calha.

De acordo com uma forma de realização preferida da invenção, o primeiro módulo compreende ainda um dispositivo de retorno, de preferência sob a forma de uma cinta transportadora ou um transportador de cadeia, para transportar os transportadores móveis, da segunda estação de transferência para a primeira estação de transferência. A utilização de uma cinta transportadora representa um conceito simples com uma recepção por fricção dos transportadores móveis. Transportadores de cinta ou transportadores de cadeia permitem o retorno dos transportadores móveis em qualquer posição e com uma posição independente da velocidade de fluxo dos transportadores móveis na zona da linha de tratamento. Quando está previsto um órgão de retorno independente, pode-se elevar ainda mais a flexibilidade do conjunto do dispositivo e pode-se utilizar o dispositivo de retorno como circuito tampão para os transportadores móveis. 11

Como o dispositivo de retorno é constituído de tal modo que os transportadores móveis são transportados, da segunda estação de transferência para a primeira estação de transferência, num espaço de tempo mais curto do que os transportadores móveis, da primeira estação de transferência para a segunda estação de transferência, é necessário utilizarem-se menos transportadores móveis para o conjunto de uma instalação. No caso de transportadores móveis que possuam um motor de accionamento próprio, não é necessário qualquer dispositivo de transporte na zona do retorno, uma vez que esses transportadores móveis se deslocam por si sós. Devido ao retorno rápido o fluxo constante das peças de trabalho a ser tratadas necessita que sejam utilizados menos transportadores móveis no dispositivo, ao mesmo tempo que o tempo de permanência na zona do transporte de retorno é menor.

Tal como já foi descrito acima em ligação com o processo de acordo com a invenção, o dispositivo é conformado de tal modo, que na segunda estação de transferência os transportadores móveis são girados, em torno de um eixo de rotação da zona do dispositivo de retorno, num ângulo de cerca de 90° e na primeira estação de transferência os transportadores móveis são girados no sentido contrário pelo mesmo ângulo. Esta solução apresenta a vantagem de os transportadores móveis da estrutura do transporte de retorno apenas ocuparem um espaço reduzido no conjunto do dispositivo. Tal baseia-se no facto de os transportadores móveis poderem ser transportados, no retorno, com as bordas para o alto, junto das tinas de banho de tratamento.

Com qualquer das configurações da instalação o transporte de retorno dos transportadores móveis pode contudo também 12 ser feito com as bordas para o alto, por cima da linha de tratamento. Isso é especialmente desejável, quando as peças de trabalho a tratar, que são transportadas do primeiro dispositivo de transporte para a sequnda estação de transferência, devam ser agarradas pelos transportadores móveis a partir de cima. Recomenda-se então que os transportadores móveis, na zona da segunda estação de transferência, sejam girados para cima em relação às peças de trabalho em tratamento e correspondentemente sejam giradas de novo para baixo, na direcção das peças a ser tratadas, na zona da primeira estação de transferência. De acordo com a forma de realização preferida da invenção o movimento dá-se sempre numa direcção precisamente contrária. Na zona da segunda estação de transferência os transportadores móveis podem ser também sincronizadamente virados para debaixo das peças de trabalho, girando cerca de 90° à volta do eixo de articulação na zona do dispositivo de condução, ser reenviados de volta para a primeira estação de transferência com uma velocidade mais elevada e ai serem de novo articulados, a partir de baixo, na direcção das peças de trabalho a ser tratadas, até que estas fiquem apoiadas no dispositivo de articulação.

De preferência os eixos de articulação estão instalados essencialmente paralelos ao dispositivo de condução e de cada um dos lados do dispositivo de condução bem como dos transportadores móveis, que estão virados no sentido contrário à zona ou às várias zonas de tratamento. Por meio da disposição respectiva dos eixos de articulação os transportadores móveis podem ser de tal modo articulados para a posição de retorno, que durante o transporte de retorno não entrem em colisão com o dispositivo de condução 13 ou com os transportadores móveis presentes sobre a linha de tratamento.

De preferência os transportadores móveis e o dispositivo de condução são construídos de tal modo, que todas as posições de armazenamento e articulação do tratamento das peças de trabalho se situam, cada uma delas, fora da ou das zonas de tratamento. Numa multiplicidade de tinas de mergulho anteriormente referidas é necessário, ou tomarem-se medidas especiais de vedação, para que os líquidos de tratamento não penetrem nos armazenamentos, ou então encurtar correspondentemente o tempo de duração dos armazenamentos e articulações. Para isso é especialmente preferida uma respectiva disposição das posições de armazenamento e das articulações fora das zonas de tratamento.

De preferência os transportadores móveis compreendem um quadro exterior bem como uma estrutura interna, a qual é móvel giratoriamente, à volta de um eixo, relativamente ao quadro exterior, em que as peças de trabalho são fixadas à estrutura interna. Por meio desta conformação os transportadores móveis podem ser movimentados com o quadro exterior ao longo do dispositivo de condução na zona da linha de tratamento, enquanto que os complexos movimentos giratórios determinados em cada uma das zonas de tratamento apenas são executados por meio da estrutura interna com a peça de trabalho nela fixada. Esta conformação tem a especial vantagem de, na utilização de transportadores móveis, que criam uma instalação de avanço contínuo, cada um dos transportadores móveis poder ser ligado facilmente aos outros, porque o quadro exterior não acompanha os movimentos giratórios complexos das peças de trabalho. 14

De acordo com uma forma de realização preferida o eixo de rotação está instalado essencialmente na horizontal, bem como perpendicular à direcção do movimento dos transportadores móveis, ao longo da linha de tratamento.

Uma instalação de avanço continuo pode ser construída por meio da escolha de transportadores móveis especiais, os quais podem ser acoplados uns aos outros na zona da primeira estação de transferência e podem ser soltos uns dos outros na zona da segunda estação de transferência. Com isso é possibilitado na zona da linha de tratamento um avanço dos transportadores móveis com um afastamento predeterminado entre si e os transportadores móveis podem, tal como um comboio, ser puxados ou empurrados através da linha de tratamento. Simultaneamente é, no entanto possivel, por meio da libertação dos transportadores móveis uns em relação aos outros na zona da segunda estação de transferência, o transporte de retorno rápido dos transportadores móveis para a primeira estação de transferência acima referido e pode-se reduzir o número total de transportadores móveis utilizado, mesmo na instalação de avanço continuo.

Nesta forma de realização da invenção mostrou-se como particularmente vantajoso que os quadros exteriores dos transportadores móveis estejam equipados com elementos de acoplamento anteriores e elementos de acoplamento posteriores, os quais são conformados de tal modo que o elemento de acoplamento posterior de cada um dos transportadores móveis pode constituir com o elemento de acoplamento anterior de um transportador móvel seguinte uma ligação por encaixe de forma, que se pode soltar. Por meio desta conformação não é necessário realizar-se nenhuma 15 tensão da cadeia e no processo de articulação do transportador móvel na zona da primeira estação de transferência e da segunda estação de transferência, os transportadores móveis podem ser facilmente unidos e de novo soltos uns dos outros, quando são construídos com uma união de forma que actua num plano apenas horizontal e numa articulação de cerca de 90°, para baixo ou para cima, dos transportadores móveis, podendo os elementos de acoplamento encaixar nos elementos de acoplamento complementarmente formados de um transportador móvel vizinho.

Além disso os transportadores móveis de acordo com uma forma de realização preferida apresentam um dispositivo de união na zona do quadro exterior, de preferência uma saliência em forma de gancho, com o qual um dispositivo de tracção pode entrar em ligação activa. Um dispositivo de tracção ou dispositivo de accionamento deste tipo está vantajosamente instalado na zona da segunda estação de transferência e é de tal modo conformado que constitui uma união soltável com o dispositivo de ligação de cada um dos transportadores móveis, que se encontra na zona da linha de tratamento mais próxima da segunda estação de transferência e por meio do que esse transportador móvel pode ser impelido à força para a segunda estação de transferência. É assim, do mesmo modo que numa linha de caminhos-de-ferro, que o transportador móvel que se encontra posicionado mais próximo da segunda estação de transferência, na zona da linha de tratamento, é acoplado e impelido à força para a segunda estação de transferência pelo dispositivo de tracção, de onde a peça de trabalho é retirada e transportada pelo segundo dispositivo de condução e o transportador móvel é simultaneamente solto da peça de trabalho. Por meio da libertação do transportador móvel em 16 relação à peça de trabalho, liberta-se também a união, tanto com o dispositivo de tracção como também a ligação de acoplamento com o transportador móvel seguinte na zona da linha de tratamento. Por isso o dispositivo de tracção tem de constituir então uma ligação nova com cada transportador móvel que se encontre mais próximo da segunda estação de transferência, na zona da linha de tratamento. Esta solução é muito simples e permite um avanço contínuo por meio da tecnologia de impulsão descrita. Alternativamente pode no entanto ser utilizado um dispositivo deslizante, o qual está colocado na zona da primeira estação de transferência e que faz deslizar os transportadores móveis acoplados uns aos outros na direcção da segunda estação de transferência.

De preferência o segundo módulo compreende ainda um dispositivo de controlo na zona do dispositivo de condução, o qual actua de tal modo em colaboração com os transportadores móveis, que controla um movimento rotativo relativo entre os quadros exteriores e as estruturas internas à volta dos eixos de rotação. Nesta forma de realização trata-se de uma variante de avanço em continuo ou então de uma das duas possíveis variantes híbridas, nas quais os transportadores móveis não possuem quaisquer motores de accionamento próprios. No movimento de translação dos transportadores móveis é assim controlado, com a ajuda do dispositivo de condução, o movimento giratório relativo entre o quadro exterior e a estrutura interna e conduzido o mergulho das peças de trabalho nos banhos de tratamento. 0 dispositivo de controlo de acordo com esta forma de realização compreende, de preferência, uma calha de condução com secções de calha adequadas, as quais funcionam 17 em cooperação com um dispositivo de alavancas giratoriamente fixas, ligado à estrutura interna. Este tipo de dispositivo de controlo é fácil de realizar e praticamente não tem manutenção, ao mesmo tempo que pode ser produzido um movimento giratório controlado e sempre dirigido.

No âmbito da forma de construção modular de acordo com a invenção os transportadores móveis podem possuir um accionador rotativo em cada um dos transportadores móveis, que do lado da saida se encontra ligado giratoriamente fixo à estrutura interna do transportador móvel.

Além disso os transportadores móveis podem apresentar, ou um motor de accionamento para o movimento de translação dos transportadores móveis ao longo da linha de tratamento, ou então um motor de accionamento giratório para o movimento giratório da estrutura interna em relação ao quadro exterior, em que o movimento de translação é independente do movimento de rotação. Este tipo de transportadores móveis, como parte do segundo módulo, constituem o dispositivo completo para uma instalação ciclica.

Finalmente, os transportadores móveis podem apresentar um dispositivo para elevar e baixar o eixo de rotação para a rotação da estrutura interna em relação ao quadro exterior. Isso pode ser executado de qualquer forma conhecida dos técnicos, por exemplo através de uma guia de alavanca articulada. É também possível articular o eixo de rotação quando este, alternativamente ou complementarmente, já se encontre colocado obliquamente para a elevação ou o afundamento. 18

Na utilização de transportadores móveis com um motor de accionamento em translação e/ou em rotação próprio a transferência de informação e/ou a transferência de energia são executadas a partir do primeiro módulo para os transportadores móveis, de preferência sem contacto, especialmente por indução. Esta solução é menos sensível a perturbações de funcionamento relativamente à solução alternativa de utilização de contactos deslizantes.

Descrição resumida dos desenhos

Seguidamente a invenção será descrita, a titulo de exemplo, coma ajuda das Figuras juntas, nas quais: A Fig.l é uma representação em perspectiva de um dispositivo de acordo com a invenção, na zona da segunda estação de transferência; A Fig.2 é uma vista em corte, através do dispositivo, na zona de uma tina de banho de tratamento, em que o corte está executado perpendicularmente à direcção de translação. A Fig.3 mostra uma forma de realização para um transportador móvel sem accionamento próprio; A Fig.4 mostra um transportador móvel com um motor de accionamento rotativo próprio, mas no entanto sem motor de accionamento da deslocação; A Fig.5 mostra um transportador móvel, que apresenta não só um motor de accionamento em rotação como também um motor de accionamento da deslocação; 19 19 A Fig 6 mostra uma representação esquemática de uma parte do dispositivo de acordo com a invenção, na zona da segunda estação de transferência, com transportadores móveis correspondentes à forma de realização de acordo com a Fig.3; A Fig 7 mostra esquematicamente o movimento das carroçarias dos veículos com a utilização de um transportador móvel de acordo com a Fig.3; A Fig 8 é uma vista semelhante à da Fig.7 e mostra esquematicamente o dispositivo de acordo com a invenção com transportadores móveis de acordo com a forma de realização segundo a Fig.3, na zona das tinas de banhos de tratamento e da segunda estação de transferência. A Fig 9 mostra, num corte perpendicular à direcção do movimento de translação, a articulação do transportador móvel na zona da primeira bem como da segunda estação de transferência; A Fig 10 mostra um corte perpendicular através de um túnel do conjunto da instalação, na zona de uma estação de tratamento, em que são de novo usados transportadores móveis de acordo com a forma de realização da Fig.3; A Fig 11 mostra esquematicamente os dispositivos de acoplamento, destinados a unir entre si os transportadores móveis isolados de acordo com a Fig.3; 20 A Fig.12 mostra uma outra forma de realização da invenção, com transportadores móveis de acordo com a Fig.5, os quais apresentam, tanto um motor próprio de accionamento da deslocação como também um motor próprio de accionamento em rotação; A Fig.13 mostra uma vista em plano de um accionamento em deslocação desse tipo com as suas respectivas unidades motoras de accionamento e A Fig.14 mostra em pormenor a disposição do motor de accionamento em deslocação na forma de realização de acordo com a Fig.12, no interior da instalação.

Formas de realização da invenção

Nas formas de realização da invenção que se seguem, cada uma das peças de construção é indicada pelos mesmos números de referência. A Fig.l mostra uma vista esquemática de um dispositivo de acordo com a invenção, o qual serve para a pintura de carroçarias de automóveis. Os princípios básicos do dispositivo são no entanto utilizáveis também em outras instalações, com diferentes estações de tratamento, destinadas ao tratamento de peças de trabalho. 0 conjunto da instalação 10, de que na Fig.l apenas está representada a parte do lado da saida, compreende um túnel 12 e um certo número de tanques 14, nos quais se encontra um líquido de tratamento e nos quais vão ser mergulhadas as peças de trabalho a serem tratadas. Além de guias 16 está representada na Fig.l uma segunda estação de transferência 21 18, na qual a peça de trabalho, que atravessou suportado pelo seu próprio transportador móvel (não representado) a instalação de acordo com a Fig.l, da esquerda para a direita no plano do desenho, é transferida para um dispositivo de transporte instalado a seguir.

Os principais componentes da instalação representados na Fig.l, como sejam túnel, tanques e guias com a estação de transferência, são partes da instalação de construção modular, que em todas as diferentes configurações a seguir discutidas do conjunto da instalação são tratadas em conjunto e referidas como primeiro módulo. Trata-se com isso igualmente dos componentes básicos do sistema de construção por caixas a seguir descrito em pormenor. A Fig.2 mostra esquematicamente um corte perpendicular em relação à direcção do movimento de translação através da instalação e igualmente de um túnel 12, um tanque de tratamento 14 e uma primeira estação de transferência 18, esquematicamente indicados. A representação de acordo com a Fig.2 deverá apenas tornar visível o mergulho de uma carroçaria de um veículo 22 no tanque 14, enquanto simultaneamente a segunda estação de transferência 18 está representada de acordo com um corte diferente, que por um lado mostra a estação de transferência 18 e por outro lado passa através de um tanque. Na região da estação de transferência está representado um transportador móvel 20a, que corresponde à forma de realização de acordo com a Fig.3 descrita a seguir em pormenor, sem meio de accionamento próprio e que está articulado para baixo numa posição de retorno. Simultaneamente está representado na Fig.2 o transportador móvel 20b, que sustém a carroçaria do veículo 22 na zona da linha de tratamento. Na zona da estação de 22 transferência o transportador móvel é virado para baixo cerca de 90°, da posição correspondente à do transportador móvel 20b para a posição correspondente à do transportador móvel 20 a, à volta de um eixo de rotação conforme será mais tarde descrito com a ajuda de representações mais precisas, em que simultaneamente a carroçaria de veiculo tratada é liberta e pode ser transportada para fora por meio de um dispositivo de transporte. O dispositivo do transportador móvel encontra-se por debaixo de um passadiço em treliça metálica 24 destinado ao pessoal, conforme mais à frente se poderá ver mais precisamente na Fig.14. O primeiro módulo, representado na Fig.l, pode, no âmbito do dispositivo de acordo com a invenção, ser combinado com diversos segundos módulos, que compreendem transportadores móveis de diferentes conformações.

No Fig.3 está representado um transportador móvel 20 conforme já foi apresentado esquematicamente na Fig.2. O transportador móvel 20 apresenta uma moldura exterior 26 bem como uma estrutura interna 28, a qual está conformada para servir como suporte das carroçarias dos veículos a serem tratadas. As referências "quadro exterior" e "estrutura interna" não devem aqui ser interpretadas, como a estrutura estando no interior do quadro exterior envolvente. Acontecerá antes, como em referência à instalação representada na Fig.l essas referências deverão ser interpretadas, que o quadro exterior corre fora da zona dos dispositivos de tratamento, enquanto que a estrutura interna, sustenta as carroçarias de veículos na zona dos tanques de tratamento. O quadro exterior 26 está munido de roletes 30, os quais rolam sobre um dispositivo de condução e mantêm o quadro exterior de cada um numa posição definida ao longo do dispositivo de condução. 23 A estrutura interna 28 é conformada de modo a ser rotativa em relação ao quadro exterior 26, pelo que a estrutura interna é móvel à volta de um eixo de rotação 32 relativamente ao quadro exterior. A estrutura interna 28 apresenta além disso saliências de suporte 34, as quais se encontram representadas apenas esquematicamente na Fig.3 e servem para suportar nelas a peça de trabalho a ser acabada, no exemplo presente carroçarias de veículos. Além disso o quadro exterior 26 está munido de saliências de acoplamento (50a, 50b). Finalmente o quadro exterior possui um dispositivo de ligação (não representado), que serve para acoplar um dispositivo de tracção ou um dispositivo de accionamento motorizado, destinado a puxar diversos quadros unidos uns aos outros à maneira de um comboio com diversos vagões. O transportador móvel sem dispositivo próprio de accionamento em translação ou em rotação de acordo com a Fig.3 apresenta um dispositivo de alavanca 38 com diversos braços de alavanca e roletes 40 instalados nas extremidades das alavancas, que funcionam em cooperação com calhas de condução com secções de calha de condução oblíquas, a fim de provocarem uma rotação orientada e sempre controlada da estrutura interna 28 em relação ao quadro exterior 26. Com essa finalidade os roletes 40 rolam, nas alavancas do dispositivo de alavancas 38, sobre as calhas de condução 48. Por meio das secções inclinadas para a frente ou para trás é então a estrutura interna 28 articulada à volta do eixo de rotação 32 em relação ao quadro exterior 26. Por intermédio da modelagem das secções de calha da calha de condução ou das calhas de controlo de condução pode assim ser completa ou totalmente feita girar para cada uma das apenas uma ou diversas direcções de rotação. 24 A calha de condução 48 constitui, juntamente com o transportador móvel 20 representado na Fig.3 bem como com os dispositivos de acoplamento 50a, 50b entre os transportadores móveis singulares e um dispositivo de tracção na zona da segunda estação de transferência para puxar os quadros exteriores unidos uns aos outros, o segundo módulo do conjunto da instalação, o qual pode ser combinado com o sistema básico da instalação como pedra basilar do sistema. Com a utilização de um transportador móvel de acordo com a Fig.3 pode-se conformar toda a instalação como uma instalação de avanço continuo.

Na forma de realização de acordo com a Fig.4 é usado um transportador móvel 40, que apenas se distingue do transportador móvel 20 na zona de um único componente. A diferença reside no facto de em vez do dispositivo de alavancas 38 a rotação à volta do eixo de rotação 32 ser provocada por meio de um motor de accionamento rotativo 42. Os restantes elementos correspondem aos de acordo com a Fig.3, de maneira que se podem remeter para as formas de realização acima referidas. No transportador móvel de acordo com a Fig.4 são essencialmente usadas as mesmas peças de construção do segundo módulo, conforme foram acima descritas em ligação com o transportador móvel 20, introduzido na instalação 10. No entanto não está prevista no transportador móvel 40 de acordo com a Fig.4 qualquer calha de condução com secções de calha de condução inclinadas, que na forma de realização da Fig.3 colaboram com o dispositivo de alavancas. A Fig.5 mostra uma terceira forma de realização alternativa de um transportador móvel, na qual a estrutura interna 28 corresponde uma vez mais à estrutura interna de acordo com 25 a Fig.2 e a Fig.4, 0 quadro exterior é no entanto nitidamente de menores dimensões do que nas formas de realização de acordo com as Fig.3 e 4 e apresenta também roletes de deslocação 30 para cooperar com o dispositivo de condução (não representado). A diferença essencial entre o transportador móvel 60 de acordo com a Fig.5 e o transportador móvel 40 de acordo com a Fig.4 é constituída pelo facto de estarem previstos, não só o motor de accionamento em rotação, como ainda um motor de accionamento da translação 62, o qual, como também o motor de accionamento rotativo, é controlado por meio de um controlo 64, que se desloca juntamente com eles.

Na utilização de um transportador móvel 60 de acordo com a Fig.5 não estão previstos, nem calhas de condução para o comando do movimento de rotação, nem dispositivos de acoplamento entre os quadros exteriores 26, nem dispositivos de ligação ou um transportador de retorno, nem um dispositivo de condução para puxar uma série de transportadores móveis acoplados uns aos outros, uma vez que o transportador móvel, tanto é independente no movimento de rotação relativamente ao movimento de translação a ser executado, como também é independente relativamente aos movimentos de translação dos outros transportadores móveis. Desde que os diferentes transportadores móveis, que atravessam uns atrás dos outros a zona de tratamento, não colidam entre si, são possíveis quaisquer movimentos de translação ou rotação do transportador móvel 60 de acordo com a Fig.5, enquanto que no transportador móvel 40 de acordo com a Fig.4 o movimento de translação de cada um dos transportadores móveis está ligado ao dos outros e apenas o seu movimento de rotação pode ser executado independentemente. Finalmente, no 26 transportador móvel 20 de acordo com a Fig.3 os movimentos de translação dos transportadores móveis que se deslocam uns atrás dos outros através da linha de tratamento são fixos uns em relação aos outros e além disso o movimento de rotação de cada um dos transportadores móveis está acoplado ao movimento de translação. A Fig.6 mostra esquematicamente a segunda estação de transferência 18 com a utilização de transportadores móveis 20 de acordo com a Fig.3. As carroçarias dos veículos 22, que no plano do desenho se deslocam da esquerda para a direita, são sustidos sobre os dispositivos de retenção das estruturas internas 28 e os quadros exteriores 26 correm com os roletes 30 ao longo de calhas de condução 44, enquanto que o dispositivo de alavanca 38 controla o movimento de rotação da estrutura interna. Assim, pode verse na margem direita da imagem superior uma estrutura interna 28a, que já se encontra girada e mergulha uma carroçaria de um veiculo num banho de tratamento.

Na zona da estação de transferência 18, o transportador móvel é, conforme está representado através do transportador móvel 20c, girado de novo para baixo e liberta assim a carroçaria de veiculo 22c retida no transportador móvel. Simultaneamente a carroçaria do veiculo é transportada para fora por meio de um segundo dispositivo de transporte. A articulação dos transportadores móveis é mais claramente visivel com a ajuda das Fig. 9 e 10. A Fig.7 mostra o movimento dos transportadores móveis com a carroçaria do veiculo sustida por meio do transportador 27 móvel, para dentro e durante a passagem através de um tanque 14. Para isso os transportadores móveis 20 são movimentados em translação na direcção de movimento A e por meio do dispositivo de alavancas descrito com ajuda da Fig.3, que colabora com uma calha de condução, movimenta a estrutura interna em relação ao quadro exterior. As carroçarias dos veículos mergulham, no exemplo representado na Fig.7, de cabeça, ou seja, com a capota do motor à frente, no tanque 14 e são transportadas numa posição de cabeça para baixo através do tanque. O transporte das carroçarias dos veículos de cabeça para baixo através do tanque 14 possui a vantagem de haver menos sedimentação das camadas superficiais e além disso se verificar um bom enchimento dos espaços vazios. A Fig.8 mostra esquematicamente a sucessão de diferentes estações de tratamento da instalação, com transportes móveis 20 de acordo com a forma de realização segundo as Fig.2, 3, 6 e 7. Cada uma das carroçarias de veículos 22 está colocada sobre um transportador móvel 20, no qual se verifica, na zona do tanque 14, por meio do dispositivo de alavancas 38 e em colaboração com uma calha de condução 48 com secções inclinadas de calha de condução 48a, o movimento de rotação. Além disso encontra-se representada a estação de transferência 18, a qual apresenta um dispositivo de articulação, destinado a virar o transportador móvel 20 para baixo cerca de 90°, na direcção B, conforme se pode ver com a ajuda do transportador móvel 20d, representado do lado esquerdo do plano do desenho. Na zona da estação de transferência 18, com a viragem para baixo do transportador móvel 20 deve naturalmente garantir-se que a carroçaria de veículo a ser tratada 22c seja recebida por um dispositivo de transporte 26 , o qual se 28 encontra esquematicamente representado na Fig.l. 0 dispositivo de transporte pode ser conformado de tal modo que se encontre entre os braços isolados da estrutura interna e ao dar-se a viragem para baixo do transportador móvel a carroçaria do veiculo seja simultaneamente colocada sobre o dispositivo de transporte 48 e transportada para fora da instalação na direcção da seta C.

Na forma de realização representada na Fig.8 nenhum dos transportadores móveis possui motor de accionamento próprio ou motor de accionamento em translação, de maneira que são puxados por meio da utilização de uma técnica de tracção através de toda a instalação. Para isso cada um dos transportadores móveis 20 está munido de saliências de acoplamento, em que cada um dos transportadores móveis 20 possui uma saliência de acoplamento 50a e uma saliência de acoplamento 50b colocadas em lados opostos. Cada um dos transportadores móveis é conduzido de tal modo através da instalação, que as correspondentes saliências de acoplamento formadas 50a e 50b se encaixam pela forma uma nas outras e com isso os transportadores móveis 20 individuais podem ser puxados em conjunto, como um comboio constituído pelos próprios transportadores móveis 20c, que se encontrem mais próximos do dispositivo de transferência 19, antes do transportador móvel sair nesse ponto, devido ao movimento de articulação B para baixo, do encaixe de forma com o transportador móvel 20b colocado atrás dele no sentido do movimento. Os dispositivos de acoplamento podem também apresentar o formato de ganchos representado na Fig.3. Depois da rotação do transportador móvel na estação de transferência 18, aquele é agarrado por transportadores de cinta e é feito retornar na direcção de movimento D. Um 29 transportador móvel, durante o movimento de retorno, está indicado por 20e na Fig.8.

Quando um transportador móvel presente na estação de transferência 18 tenha sido virado para baixo, 0 transportador móvel 20b mais próximo da estação de transferência 18 tem de ser uma vez mais, com a ajuda de um motor 52 ou com a ajuda de qualquer outro meio de tracção, juntamente com os restantes transportadores móveis ligados aquele transportador móvel, transportado para a estação de transferência 18 na direcção C do movimento de translação, antes de, no passo seguinte, o transportador móvel 20b, ser virado para baixo e o transportador móvel imediatamente a seguir, que nesse momento se encontra dentro da zona do motor de accionamento 52, arrastar de novo consigo, à maneira de uma locomotiva, os restantes transportadores móveis a ele acoplados na direcção da seta C. Da mesma maneira, na estação de transferência do inicio da linha de tratamento um "novo" transportador móvel é inserido na cadeia de transportes móveis colocados na linha de tratamento através do movimento de articulação no sentido ascendente. A zona situada antes da estação de transferência 18 na Fig.8, na direcção do movimento, com o transportador móvel 20d, é um ponto de manutenção, o qual permite uma entrada fácil do pessoal de serviço para os transportadores móveis, para trabalhos de manutenção e reparação.

Na Fig.9 está representada a viragem articulada de um transportador móvel. Por baixo do varandim em treliça metálica 34, que serve simultaneamente de entrada de manutenção, acima descrito, encontra-se o transportador 30 móvel 20 com o dispositivo de alavancas 38 conduzido sobre as calhas de condução 44. No lado virado para a estação de tratamento encontra-se colocado um isolamento 66. Na estação de transferência 18 todo o transportador móvel 20 está, conforme já foi representado na Fig.8, rodado para baixo, à volta de um eixo de articulação 68, cerca de 90°, conforme está indicado por meio dos raios de articulação B. O eixo de articulação corre paralelamente à direcção de translação C do transportador móvel e está colocado sobre o lado do transportador móvel contrário ao dos dispositivos de tratamento, de maneira que depois de virados para baixo os transportadores móveis não possam entrar em colisão com os transportadores móveis presentes na zona da linha de tratamento. Na viragem para baixo não são apenas os transportadores móveis, mas também as calhas de condução na zona da estação de transferência 18 que são virados para baixo, de maneira que o transportador móvel também é exactamente conduzido para baixo mesmo durante a articulação.

Após a articulação para baixo o transportador móvel é rapidamente transportado, por meio da cinta transportadora 70, de volta para a estação de transferência instalada no inicio da instalação, na qual se verifica a inversão do movimento de B e o transportador móvel é virado para cima. A Fig.9 poderia por isso representar da mesma forma o dispositivo de transferência do inicio da linha de tratamento, uma vez que em relação ao desenvolvimento do movimento não existe qualquer diferença entre as duas estações de transferência, a não ser o facto de ter de ser estabelecida no primeiro dispositivo de transferência uma ligação fixa às carroçarias de veiculos a ser tratadas e no 31 segundo dispositivo ela ter de ser correspondentemente liberta. A Fig.10 apresenta uma vez mais o mesmo estado de coisas, estando aqui representada uma estação de tratamento 72, a qual efectua um tratamento por pulverização e que evidentemente pode ser usada como uma alternativa aos banhos de imersão até aqui utilizados nas descrições das formas de realização, também no interior do túnel 12 da instalação. Da representação de acordo com a Fig.10 pode ver-se que através da articulação para baixo do transportador móvel, para a posição representada por 20e, o espaço proporcionado é usado da melhor forma possível, porque o transportador móvel, no transporte de retorno, poderá ser conduzido através de um eventual tanque 14 e com isso o espaço proporcionado pode ser usado da melhor maneira possível. A Fig.12 mostra uma forma de realização alternativa da invenção com a utilização de um transportador móvel 60. A representação corresponde essencialmente, a da Fig.8, mas no entanto, devido à previsão do transportador móvel do transportador móvel 60 com um motor de accionamento próprio em translação, bem como um motor de accionamento próprio em rotação, sem estarem previstas quaisquer secções inclinadas 48a na calha de condução. Além disso os transportadores 60 são de formato mais pequeno e não possuem também quaisquer saliências de acoplamento 50. Finalmente falta o motor destinado a puxar um transportador móvel que se encontre mais próximo da estação de transferência 18. De harmonia com a indicação de acordo com a Fig.8 é indicado com a referência 60c aquele transporte móvel que se encontra na zona da estação de transferência e com o número de 32 referência 60b o transportador móvel, que se encontra atrás do transportador móvel 60c no sentido do movimento de translação C. O transportador móvel 60d encontra-se num ponto de manutenção, enquanto que o transportador móvel 60e é transportado rapidamente de retorno na direcção da seta D. Devido aos motores de accionamento de deslocação e giratório independentes pode-se inverter a direcção da deslocação também por zonas, conforme está indicado por meio da seta E. Pode-se assim, no âmbito de zona de tratamento e especialmente na zona de um tanque 14, executar qualquer movimento do transportador móvel . A transferência nas estações de transferência dá-se da maneira acima referida com a utilização do transportador móvel 20. A transferência de informações bem como de energia entre o dispositivo de condução como parte do primeiro módulo e os transportadores móveis 60 dá-se, de preferência, através de uma transferência de energia por indução 80, como se pode ver na Fig.14. É visivel por isso que a instalação de acordo com a forma de realização segundo a Fig.8 se pode inserir de uma maneira muito fácil na instalação de acordo com a forma de realização da Fig.12, principalmente quando são usados motores de accionamento diferentes e são executadas as medidas de adaptação complementares acima descritas. o dispositivo de

Da mesma maneira é também natural que se considere uma das soluções híbridas pormenorizadamente descritas acima, nas quais os transportadores móveis apenas possuem um único motor de accionamento, como se pode ver, por exemplo na Fig.4. O transportador de rolos 46 para o transporte das carroçarias dos veículos tratadas, 33 articulação para os transportadores móveis e o retorno rápido com utilização de transportadores de cinta corresponde a uma solução hibrida de qualquer uma das formas de realização já descritas acima. A Fig.13 mostra uma vez mais uma vista em plano de um transportador móvel 60, que apresenta tanto um motor de accionamento em translação 62 como também um motor de accionamento giratório 42 e um controlo 64 que se desloca juntamente com eles. A estrutura interna 28 já não é representada na forma de realização de acordo com a Fig.13; a representação termina no eixo de rotação 32.

As vantagens do dispositivo de acordo com a invenção são constituídas pela possibilidade de troca das pedras basilares do sistema (primeiro módulo e segundo módulo) com manutenção do sistema básico como primeiro módulo, com os componentes básicos túnel, tanque e guias com estações de transferência. A instalação possui uma pequena necessidade de superfície, uma vez que não se verifica qualquer perda de espaço por debaixo da instalação e devido às pequenas dimensões podem conseguir-se também economias na construção em aço. Suplementarmente podem-se também realizar chumaceiras e articulações fora dos meios de banho e produzir, por meio de vedantes arrastados com elas, uma vedação óptima dos veios. A instalação pode ser equipada, com trabalhos minimos de equipamento sob a forma da variante electrónica representada na Fig.12, com um controlo próprio dos transportadores móveis, por meio de motores de accionamento em translação e em rotação separados e uma flexibilidade máxima de movimentos de cada um dos transportadores móveis. Alternativamente a forma de realização da Fig.8 pode também ser implementada por meio 34 de transportadores móveis rigidamente encadeados uns nos outros, com o que se pode atingir uma precisão máxima e uma cadência mais elevada. Em relação às soluções vulgares com transportadores móveis encadeados em circuito fechado, pode-se no entanto em todos os casos, por meio do rápido retorno, conseguir ainda a vantagem de uma menor inserção de transportadores móveis. Não existem também as extensões de cadeia. Entre as duas soluções referidas podem considerar-se no entanto também soluções híbridas, nas quais os transportadores móveis estão, por exemplo, encadeados uns aos outros e apenas os motores de rotação são isoladamente controlados. Uma solução híbrida deste tipo pode produzir uma elevada cadência com, simultaneamente, uma grande flexibilidade. Especialmente as soluções com um motor de accionamento em rotação separado possuem a vantagem de as carroçarias serem facilmente articuladas para dentro e para fora das tinas e poderem gotejar por cima das tinas com um ângulo livremente escolhido. As soluções com um motor de deslocação em translação próprio complementarmente proporcionado possuem a vantagem suplementar de as carroçarias poderem ser transportadas com uma maior velocidade para as tinas de mergulho, ao mesmo tempo que o tempo de acabamento nas tinas de mergulho ou num outro dispositivo de tratamento, com um tempo de permanência igual das carroçarias no conjunto da linha de tratamento, pode ser reduzido. A principal vantagem reside, no entanto, na elevada flexibilidade do dispositivo, que por meio das mesmas peças de construção se pode constituir para os diversos tipos específicos de conceitos e além disso serve para futuras modificações de produção ou novas configurações do espaço das instalações. 0 retorno especial dos transportadores 35 móveis minimiza além disso a necessidade espaço do conjunto do dispositivo.

Lisboa, 30 de Abril de 2007

Claims (31)

1 REIVINDICAÇÕES 1. Dispositivo para o tratamento de peças de trabalho (22) especialmente carroçarias de veículos (22), construído numa forma de construção modular com um primeiro módulo, o qual compreende: uma primeira estação de transferência (18), a qual funciona em cooperação com um primeiro dispositivo de transporte para a condução das peças de trabalho a serem tratadas (22); uma linha de tratamento (12) um dispositivo de condução (44) ao longo da linha de tratamento (12); bem como uma segunda estação de transferência (18), a qual funciona em coordenação com um segundo dispositivo de transporte (46) para a retirada das peças de trabalho (22) tratadas, em que na segunda estação de transferência (18) os transportadores móveis (20; 40; 60) são virados num ângulo de cerca de 90° à volta de um eixo de rotação (68) na zona do dispositivo de condução (44) e na primeira estação de transferência (18) os transportadores móveis são virados no sentido contrário pelo mesmo valor angular; bem como um segundo módulo, que compreende um ou diversos transportadores móveis (20; 40; 60),nos quais as peças de trabalho (22) podem ser fixadas e que são móveis ao longo do dispositivo de condução (44) ; Caracterizado pelo facto de a linha de tratamento (12) apresentar uma ou mais zonas de tratamento (14) para o tratamento das superfícies superiores das peças de 2 trabalho e por apresentar pelo menos um transportador móvel (20; 40; 60) meios (32, 38, 42) para girar as peças de trabalho (22) a fim de inserir ou retirar a peça de trabalho (22) na ou da pelo menos uma zona de tratamento (12).

2. Dispositivo de acordo com a Reivindicação 1, caracterizado pelo facto de o dispositivo de condução (44) estar instalado apenas de um dos lados da linha de tratamento (12).

3. Dispositivo de acordo com a Reivindicação 2, caracterizado pelo facto de o dispositivo de condução compreender uma calha (44).

4. Dispositivo de acordo com a Reivindicação 3, caracterizado pelo facto de os transportadores móveis (20; 40; 60) apresentarem roletes (30), os quais rolam sobre a pelo menos uma calha (44) do dispositivo de condução.

5. Dispositivo de acordo com a Reivindicação 1, caracterizado pelo facto de o primeiro módulo compreender ainda: um dispositivo de retorno, de preferência com a forma de um transportador de cinta (70) ou um transportador de cadeia, para transporte dos transportadores móveis da segunda estação de transferência (18) para a primeira estação de transferência (18).

6. Dispositivo de acordo com a Reivindicação 5, caracterizado pelo facto de o dispositivo de retorno 3 (70) apresentar um dispositivo para represar ou libertar transportadores móveis em ou de uma zona de manutenção.

7. Dispositivo de acordo com a Reivindicação 1, caracterizada pelo facto de os eixos de rotação (68) serem essencialmente paralelos em relação ao dispositivo de condução (44) e estarem instalados no lado do dispositivo de condução (44), que está virada para o lado contrário da ou das diversas zonas de tratamento (14).

8. Dispositivo de acordo com uma das Reivindicações anteriores, caracterizado pelo facto de os transportadores móveis (20; 40; 60) e o dispositivo de condução (44) serem construídos de tal modo, que todos os pontos de armazenamento no tratamento das peças de trabalho (22) estarem sempre dispostas fora da ou das zonas de tratamento (14).

9. Dispositivo de acordo com uma das Reivindicações anteriores, caracterizado pelo facto de os transportadores móveis (20; 40; 60) compreenderem: um quadro exterior (26); bem como uma estrutura interna (28), a qual em relação ao quadro exterior, é móvel à volta de um eixo de rotação (32), em que as peças de trabalho (22) podem ser fixadas na estrutura interna (28); na qual o eixo de rotação (32) de cada transportador móvel está colocado essencialmente na horizontal bem como perpendicularmente à direcção do 4 movimento do transportador móvel (20; 40; 60) ao longo da linha de tratamento (12).

10. Dispositivo de acordo com a Reivindicação 9, caracterizado pelo facto de compreender ainda: um dispositivo, destinado a colocar o eixo de rotação (32) elevado e/ou inclinado em relação ao quadro exterior.

11. Dispositivo de acordo com a Reivindicação 9 ou a Reivindicação 10, no que elas se referem à Reivindicação 5, caracterizado pelo facto de os transportadores móveis (20; 40) se poderem acoplar uns aos outros na zona da primeira estação de transferência (18) e poderem ser desligados uns dos outros na zona da segunda estação de transferência (18) .

12. Dispositivo de acordo com a Reivindicação 11, caracterizado pelo facto de os quadros exteriores (26) apresentarem elementos de acoplamento anteriores (50a) e elementos de acoplamento posteriores (50b), os quais são conformados de tal modo que o elemento de acoplamento posterior (50b) de cada transportador móvel (20; 40) pode formar com o elemento de acoplamento anterior (50a) de um transportador móvel (20; 40) seguinte uma ligação por encaixe de forma, que se pode soltar.

13. Dispositivo de acordo com a Reivindicação 11 ou a Reivindicação 12, caracterizado pelo facto de os transportadores móveis (20; 40) apresentarem um dispositivo de ligação na zona do quadro exterior, de 5 preferência uma saliência em forma de gancho, para um dispositivo de tracção (52).

14. Dispositivo de acordo com a Reivindicação 13, caracterizado pelo facto de o dispositivo de tracção (52) estar instalado e conformado na zona da segunda estação de transferência (18) ou estar instalado um dispositivo de impulsão na zona da primeira estação de transferência, a fim de constituírem uma união soltável com o dispositivo de ligação (36) do transportador móvel (20; 40), que se encontre mais próximo da segunda estação de transferência (18) na zona da linha de tratamento (12), em que esse transportador móvel pode ser enviado de volta para a segunda estação de transferência (18) por meio do dispositivo de tracção (52) ou a série de transportadores móveis acoplados uns aos outros pode ser enviada de volta, por meio do impulso do dispositivo de impulsão, na direcção da segunda estação de transferência.

15. Dispositivo de acordo com uma das Reivindicações 9 a 14, caracterizado pelo facto de o segundo módulo compreender também: um dispositivo de controlo (48; 48a; 48b) na zona do dispositivo de condução (44), o qual colabora com os transportadores móveis (20) de maneira a controlar um movimento de rotação relativo entre o quadro exterior (26) e a estrutura interna (28) em volta do eixo de rotação (32).

16. Dispositivo de acordo com a Reivindicação 15, caracterizado pelo facto de o dispositivo de controlo 6 compreender uma calha de guia (48) com secções oblíquas de calha de guia (48a, 48b), que funcionam em cooperação com um dispositivo de alavanca (38) fixo rotativamente à estrutura interna (28).

17. Dispositivo de acordo com uma das Reivindicações 9 a 14, caracterizado pelo facto de compreender ainda um motor de accionamento em rotação (42) em cada um dos transportadores móveis, o qual se encontra unido, de forma rotativamente fixa, no lado da saída, à estrutura interna (28) do transportador móvel (40: 60) .

18. Dispositivo de acordo com a Reivindicação 9 ou a Reivindicação 10, caracterizado pelo facto de os transportadores móveis (60) compreenderem: um motor de accionamento em deslocação (64) para a movimentação em translação dos transportadores móveis (60) ao longo da linha de tratamento (12) e um motor de accionamento em rotação (42) para o movimento giratório da estrutura interna (28) relativamente ao quadro exterior (26); em que o movimento de translação é independente do movimento de rotação.

19. Dispositivo de acordo com a Reivindicação 17 ou a Reivindicação 18, caracterizado pelo facto de a transferência da informação e/ou a transferência de energia do primeiro módulo para os transportadores móveis ser feita sem contacto directo, de preferência por meio de indução. 7

20. Processo para o tratamento de peças de trabalho (22), especialmente carroçarias de veículos (22), num dispositivo com uma linha de tratamento (12) munido de uma ou diversas zonas de tratamento para o tratamento das superfícies exteriores das peças de trabalho (22), em que as peças de trabalho (22) são fixadas sobre transportadores móveis (20; 40; 60), os quais são movimentados ao longo da linha de tratamento (12), e que compreende os passos de: Transporte de uma peça de trabalho (22), por meio de um primeiro dispositivo de transporte, para uma primeira estação de transferência (18); Elevação articulada de um transportador móvel à volta de um eixo de articulação (68), até que o transportador móvel (20; 40; 60) sustente a peça de trabalho (22); Atravessamento da linha de tratamento até chegar a uma segunda estação de transferência (18), com um movimento rotativo simultâneo, executado por secções, para a inserção e retirada da peça de trabalho (22) para o interior ou para fora de uma ou diversas zonas de tratamento; Articulação rotativa para baixo do transportador móvel (20; 40; 60) à volta do eixo (68) na zona da segunda estação de transferência (18); e simultaneamente Transporte da peça de trabalho (22) para fora por meio de um segundo dispositivo de transporte (46); Transporte de retorno do transportador móvel (20; 40; 60) virado cerca de 90° em relação à horizontal, para a primeira estação de transferência (18). 8

21. Processo de acordo com a Reivindicação 20, caracterizado pelo facto na segunda estação de transferência (18) os transportadores móveis (20; 40; 60) serem articulados cerca de 90° à volta de um eixo de articulação (68) na zona do dispositivo de condução e na primeira estação de transferência (18) os transportadores móveis serem articulados de novo pelo mesmo ângulo mas em sentido contrário.

22. Processo de acordo com a Reivindicação 21, caracterizado pelo facto de o eixo de articulação (68) ser essencialmente paralelo ao dispositivo de condução (44) e estar colocado de qualquer dos lados do dispositivo de condução (44), que esteja virado para o lado contrário ao da ou das zonas de tratamento.

23. Processo de acordo com uma das Reivindicações 20 a 22, caracterizado pelo facto de as peças de trabalho serem carroçarias de veículos (22), as quais são mergulhadas em banhos de tratamento, em que as carroçarias dos veículos ao serem mergulhadas num banho de tratamento, são rodadas cerca de 180° à volta de um eixo de rotação instalado essencialmente na horizontal e perpendicular à direcção do movimento ao longo da linha de tratamento, atravessarem o banho de tratamento nessa posição e ao serem retiradas do banho de tratamento serem de novo rodadas cerca de 180° à volta do eixo de rotação.

24. Processo de acordo com a Reivindicação 23, caracterizado pelo facto de as carroçarias dos veículos (22) ao atravessarem os banhos de tratamento executarem simultaneamente um movimento pendular. 9

25. Processo de acordo com as Reivindicações 23 a 24, caracterizado pelo facto de os transportadores móveis (20; 40; 60) serem acoplados uns aos outros na zona da linha de tratamento, ao mesmo tempo que na zona da primeira estação de transferência (18) um transportador móvel (20; 40; 60) verticalmente articulado se une por encaixe de forma, com o transportador móvel (20; 40; 60) que se encontra mais próximo na zona da linha de tratamento e a união por encaixe de forma é de novo solta, quando o transportador móvel (20; 40; 60) mais próximo é virado articuladamente para baixo na zona da sequnda estação de transferência (18) .

26. Processo de acordo com uma das Reivindicações 20 a 25, caracterizado pelo facto de a velocidade de transporte dos transportadores móveis (20; 40; 60) no transporte de retorno, ser mais elevada do que a velocidade de atravessamento dos transportadores móveis (20; 40; 60) através da zona da linha de tratamento.

27. Processo de acordo com uma das Reivindicações 20 a 26, caracterizado pelo facto de o movimento de rotação dos transportadores móveis (20; 40; 60) estar acoplado ao movimento de translação dos transportadores móveis (20; 40; 60) .

28. Processo de acordo com uma das Reivindicações 20 a 26, caracterizado pelo facto de o movimento de rotação dos transportadores móveis (20; 40; 60) ser independente do movimento de translação dos transportadores móveis (20; 40; 60) . 10

29. Processo de acordo com a Reivindicação 28, caracterizado pelo facto de os transportadores móveis (20; 40; 60) serem movimentados na zona da linha de tratamento independentemente uns dos outros na direcção de translação.

30. Processo de acordo com uma das Reivindicações 20 a 27, caracterizado pelo facto de compreender ainda a produção de uma união soltável entre um dispositivo de tracção ou um dispositivo de impulsão e um dispositivo de união de cada um dos transportadores móveis (20; 40; 60), que se encontre mais próximo da segunda estação de transferência, na zona da linha de tratamento, em que esse transportador móvel (20; 40; 60) é puxado por meio do dispositivo de tracção ou do dispositivo de accionamento para a segunda estação de transferência (18).

31. Processo de acordo com uma das Reivindicações 20 a 27, caracterizado pelo facto de compreender ainda a produção de uma união entre um dispositivo de impulsão e uma série de transportadores móveis (20; 40; 60) ligados uns aos outros e a impulsão dos transportadores móveis (20; 40; 60) unidos uns aos outros na direcção da segunda estação de transferência (18) . Lisboa, 30 de Abril de 2007