PT1462042E - Embalagem descartável para a distribuição de uma preparação líquida bombeável por um dispositivo de efeito venturi - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO "EMBALAGEM DESCARTÁVEL PARA A DISTRIBUIÇÃO DE UMA PREPARAÇÃO LÍQUIDA BOMBEÁVEL POR UM DISPOSITIVO DE EFEITO VENTURI" A presente invenção refere-se a embalagens descartáveis contendo uma ou mais doses de um liquido que pode ser extraído por bombeamento, nomeadamente por um dispositivo de efeito venturi a fim de ser distribuído, por exemplo, sob a forma aquecida e/ou espumosa ou emulsionada em função da natureza do referido líquido. Embora a invenção se refira, de um modo preferido, ao domínio alimentar para a produção de bebidas espumosas à base de leite, ela não está de modo algum limitada ao domínio alimentar, e pode aplicar-se a qualquer produto susceptível de ser bombeado a partir de uma embalagem, como os produtos cosméticos sob a forma de cremes bombeáveis ou análogos. A invenção refere-se, igualmente, a um método de produção de uma preparação, tal como uma bebida eventualmente espumosa, a partir de um líquido bombeável, por exemplo, um líquido alimentar contido numa embalagem descartável.

Para clareza da descrição que se segue, entende-se por "líquido alimentar" um produto comestível de base destinado a ser transformado e/ou modificado para produzir uma "preparação alimentar" sob forma líquida, que possua as qualidades gustativas desejadas. 0 líquido alimentar contido na embalagem pode estar sob a forma de um produto inteiro, de um concentrado, 1 de um extracto, tal como leite, natas, chá, café, um concentrado de sopa ou um extracto aromático, por exemplo, de baunilha.

Por "liquido bombeável" entende-se qualquer preparação liquida, ou semi-liquida, cuja viscosidade permite que seja bombeada.

Por "dispositivo de efeito venturi" entende-se um subconjunto de aspiração comportando uma câmara à qual chega um canal de fornecimento de um fluido de transporte colocado sob pressão por um estrangulamento, de modo a criar uma aspiração por efeito de depressão à saída de um estrangulamento em, pelo menos, um canal ligando a referida câmara e a embalagem contendo o liquido alimentar, podendo o fluido de transporte ser um liquido ou um gás, vapor de água, água quente ou fria, ou ar, ou uma mistura destes últimos. Este subconjunto de aspiração permite modificar o liquido e distribuí-lo sob a forma de uma preparação quente e/ou espumosa ou emulsionada em combinação com um gás, tal como leite batido, bebidas à base de leite, por exemplo aromatizadas, café, chá, chocolate, sopa ou preparações para cappuccinos ou moccachinos. A invenção será ilustrada a titulo de exemplo por embalagens contendo leite, destinado a ser aquecido e espumado para obter um "cappuccino", adaptando a uma tal embalagem um dispositivo de efeito venturi que deve ser fixado a tubagem de saída de vapor sob pressão de uma máquina de café expresso para obter uma preparação espumosa ar-leite-vapor. No caso de uma embalagem que contendo um líquido alimentar que necessita simplesmente de ser aquecido, é bem evidente que o dispositivo de efeito venturi não comportará uma entrada de ar. 2 A maneira mais habitual de obter uma tal emulsão espumosa é deitar a quantidade desejada de leite num recipiente, mergulhar a tubagem de saída de vapor no referido recipiente, agitando-a de cima para baixo para arrastar o ar necessário para a obtenção da espuma. A qualidade a espuma obtida depende da habilidade do utilizador que, quando não é um profissional pode, além disso ser salpicado. Por razões de higiene, observar-se-á que é necessária a limpeza da tubagem e do recipiente contendo o leite, depois de cada utilização. No que diz respeito ao aspecto económico, o utilizador deverá ser capaz de extrair a quantidade exacta de leite de um acondicionamento padrão, para evitar qualquer desperdício.

Para evitar alguns dos inconvenientes supraindicados, e, nomeadamente, para obter uma qualidade de espuma mais regular e homogénea, propuseram-se diversos tipos de dispositivos de efeito venturi para servir em qualquer tipo de interface entre a saída de vapor de uma máquina de café expresso, e um recipiente contendo leite. 0 tipo de dispositivo de efeito venturi mais simples, descrito, por exemplo, na patente US 4800805, consiste num tubo de fornecimento de ar fixado à tubagem de saída do vapor e possuindo a sua abertura posicionada por baixo da referida saída, devendo o conjunto ser mergulhado num recipiente contendo a quantidade de leite desejada. O aperfeiçoamento descrito na patente US 5335588 consiste em tornar o fornecimento de ar solidário com uma manga, ela própria adaptável à tubagem de vapor, devendo o conjunto ser sempre mergulhado num recipiente contendo o leite. A patente EP 0243326 descreve, por exemplo, um acessório de 3 efeito venturi adaptável a uma máquina de café expresso, comportando um grande número de peças que permitem ter, no interior de uma câmara de aspiração, uma entrada de vapor sob pressão que arrasta, por efeito venturi, o ar por uma primeira conduta, e por uma segunda conduta o leite que provém de um reservatório incorporado na máquina ou aspirado do interior de uma embalagem padrão por meio de um tubo de ligação de imersão, sendo esta mistura injectada, em seguida, no interior de uma câmara de emulsão, antes de sair sob a forma de uma emulsão espumosa.

Um aperfeiçoamento proposto na patente US 5265519 corresponde a uma construção mais simples, com menos peças para montar para formar o dispositivo de efeito venturi, e comporta uma cobertura anti-salpicos ao nivel do orifício de ejecção da emulsão espumosa. Quando a embalagem, cuja capacidade é geralmente de um litro, é utilizada na restauração industrial, o líquido alimentar é consumido de modo suficientemente rápido para que não seja necessário tomar precauções particulares para o conservar, por exemplo num local fresco. Por razões de higiene, nem por isso deixa de ser menos necessário limpar o tubo de imersão, e, periodicamente, o dispositivo de efeito venturi. Este dispositivo apresenta igualmente o inconveniente de não permitir esvaziar completamente o líquido alimentar contido na embalagem.

As patentes EP 0803219 e EP 0803220 BI descrevem, igualmente, um dispositivo para preparar um leite ou um cappuccino emulsionado por bombeamento por meio de dois tubos imersos num recipiente do tipo "embalagem cartonada" e ligados a um dispositivo de efeito venturi. Este dispositivo necessita, igualmente, de limpezas frequentes e da manutenção da embalagem 4 de leite a uma temperatura de refrigeração por um sistema de arrefecimento associado ao dispositivo. A patente US 5473972 descreve um aparelho de distribuição do tipo precedente compreendendo um dispositivo de efeito venturi, quer totalmente integrado no aparelho, quer formando uma unidade separável e passivel de ser ligada simultaneamente ao aparelho e a um recipiente contendo o liquido alimentar. Esta última construção facilita a limpeza do dispositivo venturi, que deve ser utilizado durante tanto tempo quanto o aparelho possa funcionar. 0 pedido de patente WO 02/087400 refere-se à preparação de uma bebida espumosa utilizando uma cápsula contendo um ingrediente espumante. O principio consiste em injectar um liquido no interior da cápsula para realizar a mistura, libertar a mistura através da cápsula para o interior de um receptáculo, e injectar, em seguida, mais liquido sob a forma de um jacto para produzir um liquido espumado no interior do receptáculo. O pedido de patente WO 01/58786 refere-se a um cartucho para a preparação de uma bebida espumante que compreende, muito próximo ou directamente à saida da bebida, meios de restrição que permitem produzir um jacto de bebida, pelo menos, uma entrada de ar e meios para gerar uma redução de pressão. A mistura da bebida é realizada no interior de um compartimento de mistura situado a montante do meio de restrição e é necessária uma sobrepressão suficiente no interior do compartimento para fazer passar a bebida através dos meios de restrição. Um tal cartucho está adaptado para a extracção de uma bebida a partir de uma substância de tipo torrefeita-moida. 5

Quando a embalagem, é utilizada num meio de serviço colectivo ou familiar, e sabendo, por exemplo, que um litro de leite permite fazer 30 a 50 doses de cappuccino, é necessário quer recolocar a embalagem num frigorifico depois de cada utilização, quer metê-la num mini-frigorifico que equipa a máquina de café, podendo o tubo de imersão ser, então, deixado permanentemente em comunicação. Esta solução possui a vantagem de reduzir o número de limpezas do tubo de imersão, mas tem o inconveniente de tornar mais oneroso o equipamento necessário para a produção da emulsão espumosa, e por consequência, aumentar o preço de custo do produto final consumível. A invenção tem, por isso, como objectivo principal, minorar os inconvenientes da técnica anterior supramencionada ao fornecer um novo tipo de acondicionamento que permite, mais facilmente e mais rapidamente, reaquecer e igualmente, de um modo preferido, espumar ao mesmo tempo, uma preparação bombeável, tal como um liquido alimentar, nas melhores condições higiénicas e económicas.

Com um produto espumante, tal como o leite contido numa tal embalagem, é assim possível obter uma espuma regular em qualidade e em quantidade, sem exigir modificações de uma máquina de café expresso geradora de vapor sob pressão, ou de qualquer outra máquina geradora do fluido que alimenta a câmara do dispositivo de efeito venturi.

Para este efeito, a invenção tem por objecto uma embalagem descartável de acordo com a reivindicação 1.

Num modo de realização, os meios para receberem o subconjunto de aspiração compreendem uma passagem que forma, por 6 exemplo, uma chaminé. A passagem está construída de modo a permitir um deslocamento relativo do subconjunto de aspiração e de mistura através da referida passagem, à frente de um furo formado no opérculo.

Neste caso, os meios de vedação podem, vantajosamente, estar destinados a cooperarem, durante a abertura, com o subconjunto de aspiração e de mistura, no momento de um deslocamento relativo do subconjunto de aspiração e de mistura no interior da referida passagem, de modo a colocar o compartimento em comunicação com o subconjunto de aspiração.

Numa alternativa possível, os meios para receberem o subconjunto de aspiração podem estar construídos de modo a receberem o referido subconjunto de modo permanente sem um deslocamento relativo; estando o referido subconjunto então já em comunicação com o compartimento, e estando os meios de vedação construídos de modo a isolar ao mesmo tempo o compartimento e o subconjunto do meio exterior. Neste caso, a abertura dos meios de vedação tem como resultado destapar o subconjunto de aspiração e de mistura.

No caso de um deslocamento do subconjunto de aspiração para realizar a abertura, o subconjunto de aspiração está solidário com o alojamento e está apto a deslocar-se entre uma posição de fecho na qual o subconjunto de aspiração e de mistura está desengatado dos meios de vedação, e uma posição de abertura, na qual o subconjunto de aspiração e de mistura se engata, durante a abertura, nos meios de vedação.

De acordo com uma outra característica da invenção, a embalagem é formada por um corpo que compreendendo uma chaminé 7 forma o alojamento do subconjunto de aspiração e de mistura, delimitando o corpo, pelo menos, o referido compartimento, e compreendendo os meios de vedação um opérculo de vedação que obtura, pelo menos, o referido compartimento.

De acordo ainda com uma outra caracteristica da invenção, os meios de vedação compreendem um anel de vedação do opérculo que está colado ao bordo da chaminé, e que é forçado a deslocar-se por um deslocamento relativo do subconjunto de aspiração e de mistura no interior da chaminé.

No seguimento da descrição, os meios que permitem manter a embalagem fechada, e os que permitem abri-la para colocar em comunicação o difusor com o liquido contido na embalagem, designar-se-ão por "meios de fixação e de abertura". A invenção tem, igualmente, por objecto uma embalagem descartável para a distribuição de, pelo menos, um líquido bombeável por meio de um subconjunto de aspiração e de mistura chamado de "difusor venturi", adaptável à tubagem de um gerador de fluido sob pressão. A embalagem comporta uma parede lateral, um fundo e um elemento de fecho que comporta um opérculo vedado. A embalagem caracteriza-se por o opérculo comportar um furo, e por o fundo da embalagem ser atravessado por uma chaminé que permite alojar o difusor venturi, estando a extremidade da referida chaminé vedada no bordo do furo do opérculo ao nível do qual será extraído o líquido alimentar, quando a embalagem é colocada em posição invertida e se lhe imprime um movimento relativo de translação em relação ao difusor. A embalagem de acordo com a invenção pode ser realizada nas formas e com os materiais mais diversos. Ela pode ser rígida, 8 sendo realizada, por exemplo, por termoformação de um material plástico ou por estampagem de um folha metálica fina, por exemplo em alumínio, e ter um contorno, por exemplo, circular, rectangular ou hexagonal. A embalagem pode ser igualmente flexível e formar uma bolsa flexível comportando no seu centro, num dos seus lados ou numa das suas extremidades, o subconjunto de aspiração. A embalagem pode ter uma capacidade de alguns mililitros a algumas dezenas de mililitros, correspondendo, por exemplo, à produção de um ou de dois cappuccinos quando o líquido é o leite, a embalagem possui a forma de uma cápsula circular com a chaminé no seu centro, formando o opérculo, então, o elemento de fecho superior da referida cápsula. 0 conjunto pode ter, igualmente, uma capacidade maior, por exemplo de alguns decilitros. Para evitar ter uma chaminé muito comprida, o opérculo é disposto por cima de uma reserva de volume pequeno em comunicação com o interior da embalagem, sendo a referida reserva formada lateralmente por uma extensão do elemento de fecho exterior, por uma parede lateral e por um fundo paralelo ao fundo da embalagem. 0 subconjunto de aspiração associado a uma embalagem de acordo com a invenção, é constituído por um difusor compreendendo, pelo menos, uma conduta de aspiração do líquido, pelo menos, uma conduta de fornecimento de gás, quando se quer obter uma preparação espumosa, pelo menos, uma entrada de fluido sob pressão, pelo menos uma câmara de aspiração no interior da qual comunicam as condutas, e, pelo menos, uma saída para a distribuição da preparação. 9

De acordo com o tipo de difusor utilizado, a extracção do liquido para alimentar o difusor pode ser realizado de modos diferentes.

De acordo com um primeiro modo de realização, o furo efectuado no opérculo tem um diâmetro inferior ao diâmetro interior da chaminé para formar um anel que se estende no interior da chaminé, destinando-se o referido anel a ser vedado ou apertado na extremidade de um difusor de efeito venturi, de modo que ao imprimir à embalagem um movimento relativo em translação para aproximar o difusor do opérculo, em particular por um movimento de cima para baixo da embalagem em relação à manutenção em posição estacionária do difusor ou inversamente, provoca-se o descolamento total ou parcial do opérculo da chaminé para colocar o líquido contido na referida embalagem em comunicação com, pelo menos, uma conduta do difusor comunicando com a câmara de aspiração.

De acordo com um modo de realização preferido, a referida embalagem é colocada em comunicação com, pelo menos, uma conduta do difusor comunicando com a câmara de aspiração, e, pelo, menos uma conduta comunicando com o exterior para equilibrar a pressão e/ou produzir uma preparação espumosa.

Num modo de realização preferido, o opérculo é arqueado em direcção do interior da embalagem antes do descolamento, de modo a que depois do descolamento se forme uma taça no interior da qual penetram as aberturas das condutas de aspiração do difusor, permitindo assim uma utilização óptima de toda a quantidade de liquido contida na embalagem.

De acordo com um outro modo de realização preferido, a 10 parte da embalagem em cuja parte está a chaminé é realizada, com nervuras de reforço e/ou de posicionamento do difusor, sendo estas nervuras, formadas, por exemplo, por termoformação, em rebaixo no fundo e nas paredes, estando orientadas em direcção da chaminé.

De acordo com um segundo modo de realização, a extracção do liquido é efectuada perfurando o opérculo entre a chaminé e a parede por meios solidários com o difusor quando se imprime à embalagem um movimento relativo linear em relação ao difusor, por exemplo de cima para baixo ou inversamente, para colocar o interior da cápsula em comunicação ao mesmo tempo com o exterior e com a câmara de aspiração do difusor. Neste modo de realização o opérculo deve ser realizado num material facilmente perfurável, e o furo situado no seu centro deve ter um diâmetro correspondente sensivelmente ao diâmetro interior da chaminé, para permitir o deslocamento do difusor. Estes meios de perfuração são constituídos, por exemplo, por pelo menos duas condutas que possuem as suas extremidades recurvadas com 180°, permitindo uma, o bombeamento do liquido, servindo a outra para equilibrar a pressão no interior da cápsula. Pode ter-se evidentemente, um número maior de jogos de condutas.

De acordo com uma variante deste segundo modo de realização, de um modo preferido quando a embalagem tem um pequeno volume, correspondente àquele de uma cápsula, é além disso possível prever uma compartimentação para permitir extrair sucessivamente várias doses de um mesmo líquido, ou para misturar instantaneamente líquidos diferentes que podem ser conservados apenas separadamente. Neste último caso, está associado um jogo de condutas de equilibragem de pressão e de aspiração a cada um dos compartimentos. Este último objectivo 11 poderá obter-se igualmente, utilizando sequencialmente, pelo menos, duas cápsulas. Neste caso, cada um dos compartimentos compreende, de um modo preferido, meios de vedação aptos a cooperarem independentemente durante a abertura, que podem assim colocar em comunicação os compartimentos com o subconjunto de aspiração e de mistura.

Como se vê, a utilização das embalagens de acordo com a invenção permite tornar a distribuição de líquidos reaquecidos espumados e/ou emulsionados, mais higiénica e mais económica, por um lado por não existir mais o tubo mergulhador, e por outro lado por o líquido permanecer isolado do meio exterior no momento da extracção e poder ser mantido sem escoamento possível no interior do compartimento da embalagem entre cada extracção. A invenção tem igualmente por objecto um método para a produção e a distribuição de uma preparação alimentar, ou outra, de modo higiénica, caracterizado por consistir em colocar uma embalagem descartável que compreende, pelo menos, um líquido alimentar contido em, pelo menos, um compartimento da embalagem. 0 método compreende as etapas que consistem, entre outras possíveis, em: - abrir a embalagem; tendo a abertura como resultado colocar o compartimento em comunicação de modo sensivelmente estanque com um meio de aspiração de tipo venturi; - aspirar o líquido para fora do compartimento por meio de um fluido sob pressão por efeito de vácuo para o levar para o meio de aspiração de tipo venturi, o qual está em comunicação com um fluido sob pressão aquecido, e 12 eventualmente um gás; - misturar o líquido alimentar, ou outro, com o fluido sob pressão aquecido, e eventualmente o gás, de modo a reaquecer e eventualmente emulsionar e/ou espumar a preparação alimentar, e - distribuir a preparação assim reaquecida e eventualmente emulsionada. 0 fluido sob pressão que provoca o efeito de vácuo é, geralmente, vapor ou água quente. No que diz respeito ao gás, trata-se geralmente de ar, mas poderá utilizar-se igualmente, por exemplo, um gás inerte. A abertura da embalagem, é de um modo preferido realizada pela acção do deslocamento relativo do meio de tipo venturi em relação à embalagem, e de um modo ainda mais preferido, por deslocamento guiado num alojamento da embalagem.

Uma tal configuração de abertura, é particularmente fácil de utilizar e não necessita de aprendizagem ou de qualificação particular para execução do método.

Num primeiro modo de realização, a abertura da embalagem que contém o líquido faz-se por rotura de uma parte vedada da embalagem e pela colocação em comunicação do compartimente que contém o líquido por meio de um difusor de tipo venturi por pelo menos uma conduta. Neste caso, de um modo preferido, o meio de tipo venturi está solidário com a embalagem em ligação estanque com o compartimento, de modo a garantir uma aspiração correcta do líquido e um escoamento do líquido sem fuga para o exterior. 13

Um tal modo, é perfeitamente higiénico e não produz perdas de liquido que podem sujar as imediações ou provocar uma disfunção na preparação. 0 compartimento pode ter de ser re-equilibrado em pressão por colocação em comunicação do compartimento com uma saída de pressão atmosférica, com o auxílio de, pelo menos, uma conduta de reequilibragem de pressão. 0 fluido sob pressão é, de um modo preferido, o vapor ou a água quente. 0 gás é de um modo preferido o ar, mas poderá ser substituído por um gás inerte, com maior ou menor efeito espumante.

Num segundo modo de realização, a abertura do compartimento faz-se por perfuração da embalagem e colocação em comunicação do compartimento que contém o líquido alimentar com o meio de tipo venturi, por, pelo menos, uma conduta de alimentação e uma conduta de equilibragem de pressão.

Num modo preferido, o meio de tipo venturi faz parte integrante da embalagem e é descartável com a embalagem. Assim, uma tal configuração não necessita de limpeza do dispositivo de aspiração, os riscos de entupimento ligados à utilização prolongada dos difusores são inexistentes, até que esteja disponível um novo meio de aspiração para cada utilização, e as operações de manutenção são igualmente mínimas.

Num outro modo de realização, o meio de tipo venturi faz parte de um difusor adaptado para estar ligado e ser fornecido com a embalagem. 0 difusor pode ser quer descartável, quer reutilizável, sendo fornecido, por exemplo, numa embalagem que 14 contém um pequeno número de cápsulas. A embalagem é ainda mais económica, visto ser mais simples na sua concepção.

Outras características e vantagens da presente invenção aparecerão com a leitura da descrição de exemplos, dados a titulo ilustrativo e não limitativo, com referência aos desenhos anexos nos quais: - a figura 1 é uma vista explodida em perspectiva de um primeiro modo de realização de uma embalagem de acordo com a invenção associada a um subconjunto de aspiração e de mistura adaptável a uma tubagem de um gerador de vapor; - a figura 2 é uma vista lateral da embalagem representada na figura 1, tendo-se omitido o subconjunto de aspiração e de mistura; - a figura 3 é um corte diametral ampliado da embalagem representada na figura 2; - a figura 4 é um corte longitudinal do subconjunto de aspiração e de mistura representado na figura 1; - a figura 5 é uma vista em perspectiva do primeiro modo de realização da embalagem da invenção associada a um subconjunto de aspiração e de mistura, e que ilustra um elemento de adaptação a uma tubagem de um gerador de vapor; - a figura 6 é uma vista em perspectiva, parcialmente em corte, da embalagem representada na figura 5, sendo a 15 embalagem mostrada em posição fechada e estando o elemento de adaptação a uma tubagem de um gerador de vapor montado sobre o subconjunto de aspiração; a figura 7 é uma vista análoga à figura 6, na qual a embalagem é mostrada em posição aberta; a figura 8 é uma vista análoga à figura 5, que ilustra uma variante do elemento de adaptação a uma tubagem de um gerador de vapor; a figura 9 é uma vista e perspectiva, parcialmente em corte, de uma embalagem de acordo com a invenção associada a uma variante de realização do subconjunto de aspiração e de mistura, sendo a embalagem mostrada em posição fechada; a figura 10 é uma vista análoga à figura 9, na qual a embalagem é mostrada em posição aberta; a figura 11 representa esquematicamente em perspectiva, parcialmente em corte, um segundo modo de realização de uma embalagem de acordo com a invenção associada a uma outra variante de realização do subconjunto de aspiração e de mistura, sendo a embalagem mostrada em posição fechada; a figura 12 é uma vista análoga à figura 11, sendo a embalagem mostrada em posição aberta; a figura 13 é uma vista inferior em perspectiva de uma variante do segundo modo de realização de uma embalagem 16 de acordo com a invenção; - a figura 14 é uma vista em perspectiva de um terceiro modo de realização de uma embalagem de acordo com a invenção vista a partir de baixo; - a figura 15 representa a mesma embalagem que aquela da figura 14, vista a partir de cima; - a figura 16 mostra um pormenor da embalagem representada na figura 14, e - a figura 17 representa esquematicamente um quarto modo de realização de uma embalagem de acordo com a invenção.

Com referência em primeiro lugar às figuras 1 a 8, descreve-se abaixo um primeiro modo de realização no qual a embalagem possui uma forma globalmente tórica e uma pequena capacidade. A figura 1 representa em perspectiva explodida uma embalagem de acordo com a invenção, que compreende um subconjunto de aspiração e de mistura que comporta um difusor de efeito de venturi designado pela referência geral 1. 0 difusor 1 está associado a uma embalagem 2 que possui a forma de uma cápsula fechada por um opérculo deformável 7 vedado sobre um rebordo 28 da referida cápsula. A embalagem 2 comporta uma chaminé 9 que se estende do fundo 11 até ao opérculo 7, que está provida com uma abertura 8 correspondente ao contorno interior de uma chaminé 9. A abertura 8 no opérculo 7 pode estar totalmente livre, ou parcialmente obturada por uma rede que 17 permite evitar os salpicos da preparação ejectada, e melhorar o seu carácter espumante. Tipicamente, a cápsula pode ser obtida numa única peça por termoformação ou moldagem por injecção de um material plástico. No exemplo ilustrado, a embalagem apresenta uma forma geralmente tórica. A chaminé 9 destina-se a receber, do lado do fundo 11 o difusor 1, e do lado do opérculo 7 um elemento de união 13 montado na base 14 do difusor 1 para formar os meios de fixação e de abertura da embalagem 2. Neste primeiro modo de realização, o elemento de união 13 é fixo por enroscamento no difusor 1, mas poderá ser fixo a este de qualquer outra maneira, tal como por grampeamento.

Antes de emprego, o líquido contido no interior da cápsula está então isolado do meio exterior, e por colagem ou vedação de um anel interior 17 na base da chaminé 9 e de um anel exterior 28 no rebordo exterior da cápsula, como representado na figura 3.

Como se vê igualmente nas figuras 2 e 3, neste primeiro modo de realização, a cápsula 2 comporta nervuras 6a, 6b que se estendem a partir da chaminé 9 até à periferia. Uma primeira série de nervuras 6a tem um papel de reforço da cápsula 2, e eventualmente de compartimentação como se verá mais tarde. Uma segunda série de nervuras 6b destina-se a bloquear em rotação o difusor no interior da embalagem, como será explicado com referência às figuras 6 e 7. Vê-se igualmente que a cápsula 2 comporta na sua parede exterior 5a uma multiplicidade de unhas 18 que permitem, de acordo com um modo de realização, fixar o conjunto embalagem-cápsula a um gerador de fluido sob pressão, como será explicado mais abaixo. 18

Um tipo de difusor utilizável com este primeiro modo de realização da embalagem é agora descrito sucintamente com referência à figura 4, e constitui o objecto de uma descrição mais pormenorizada de um pedido registado neste mesmo dia pela Requerente intitulado "Dispositivo para bombear um liquido a partir de uma embalagem ou de um recipiente", que é incorporado aqui como referência. 0 difusor 1 comporta um corpo la globalmente cilíndrico com excepção das alhetas 19, cujo papel será explicado posteriormente. Na sua parte superior, o difusor comporta um poço 21 de entrada de vapor no qual se vêm alojar os meios de adaptação à tubagem de um gerador de fluido sob pressão, por exemplo, a tubagem de uma máquina de café expresso. 0 poço 21 de entrada de vapor comunica com uma câmara 25 de aspiração por intermédio de uma restrição 27 de diâmetro muito pequeno que permite fazer passar o fluido de transporte com uma velocidade sónica ou pelo menos próxima desta. Esta restrição 27 é uma redução de secção que gera assim uma depressão no interior da câmara 25 de aspiração, necessária para o efeito venturi necessário. A jusante da câmara 25 de aspiração situa-se um estrangulamento 26 de diâmetro maior que a restrição 27 e que permite regular o débito da passagem do líquido aspirado em função da velocidade. A câmara 25 de aspiração está ela própria em comunicação com um poço de mistura 29 por intermédio do estrangulamento 26. No interior da câmara 25 de aspiração desembocam igualmente um canal 31 de fornecimento de ar e um canal 33 de fornecimento ou de bombeamento do líquido contido no interior da embalagem 2.

Como se sabe, a qualidade final de uma espuma depende de numerosos factores, e, nomeadamente, do débito de ar que se pode 19 controlar com uma calibração muito precisa do canal 31 de fornecimento de ar. Sabendo que o diâmetro deste canal é da ordem de algumas décimas de milímetros, compreende-se que uma tal calibração é relativamente delicada, tanto mais que este difusor se destina a ser produzido em série, por exemplo por moldagem por injecção de um material plástico, tal como o polipropileno (PP), o poliestireno ou qualquer outro material plástico apropriado. É por isso que é preferido prever, ao nível da entrada de ar, um orifício 32 de diâmetro maior, que permite adaptar os meios que permitem controlar melhor o débito de ar. Trata-se, por exemplo, de uma membrana permeável, por exemplo de uma membrana 32a com porosidade controlada que se fixa por cima do orifício 32. Uma membrana deste tipo está, por exemplo, disponível na gama dos produtos propostos pela Atofina (Paris) sob a marca Pebax® ou pela empresa Gor (USA) sob a marca Gortex®. Esta membrana 32a permite, igualmente, sem modificação do corpo do difusor, escolher a porosidade melhor adaptada à pressão de um dado gerador de vapor. Observa-se, igualmente, que o diâmetro maior do orifício 32 permite obturá-lo mais facilmente se se pretender utilizar o difusor, não para produzir uma emulsão mas simplesmente para reaquecer um líquido. Vê-se, igualmente, que o canal 33 de fornecimento de líquido está formado no interior do corpo la do difusor 1, estando os orifícios 34a, 34b, 34c de alimentação (apenas é visível o 34a no corte da figura 4) situados, no exemplo ilustrado, na base 14 do difusor 1, e sendo destinados a serem colocados em comunicação com o interior da embalagem contendo o líquido quando o dispositivo está em configuração de bombeamento.

No caso de um difusor destinado a ser adaptado a uma 20 embalagem fechada, a parte exterior vertical do difusor 1 comporta, além disso, uma ranhura 35 que permite equilibrar a pressão no interior da cápsula, quando se bombeia o liquido contido na embalagem. A parte 36 baixa desta ranhura 35 está assim construída de modo a estar em comunicação com o interior da embalagem que contém o líquido, quando o dispositivo está em configuração de bombeamento. Vê-se igualmente que a extremidade do poço 29 de mistura comporta uma rosca 30 interior, que permite fixar o elemento 13 de união.

Este primeiro modo de realização da embalagem e o seu funcionamento, quando ela está associada ao difusor 1 précitado, descrevem-se agora fazendo-se referência igualmente às figuras 5 a 7. Na figura 5, a cápsula 1 está representada pronta a ser empregue antes da colocação dos meios de adaptação, constituídos neste caso por um adaptador 23 de tipo baioneta que permite fixar a manga 22 de ligação ao poço 21 de entrada de vapor no difusor. Como se verá mais claramente no corte da figura 6, está apertado um anel 15 do opérculo 7 hermeticamente entre o difusor 1 e o elemento 13 de união, e o fundo da chaminé 9 está colado hermeticamente sobre um anel 17 do opérculo 7 envolvendo o primeiro anel 15. Nesta posição o líquido contido na embalagem está totalmente isolado do meio exterior, encontrando-se os orifícios 34a, 34b, 34c de alimentação no líquido e o orifício 36 de fornecimento de ar para equilibrar a pressão por cima do anel 17 colado hermeticamente ao opérculo 7. No modo de realização preferido visível na figura 6, o comprimento da chaminé 9 é tal, que o opérculo 7 possui uma forma convexa. Observa-se igualmente que as alhetas permitem bloquear o difusor em rotação em relação à cápsula. 21

Ao deslocar axialmente a cápsula 2 relativamente ao difusor 1, como indicado pela seta F da figura 7 de cima para baixo ou inversamente, provoca-se um descolamento do anel 17, tomando o opérculo 7 então uma forma côncava. Colocam-se então os orifícios 34a, 34b, 34c de alimentação em comunicação com o líquido contido no interior da cápsula 2, bem como a parte 36 baixa da ranhura 35 que permite trazer do exterior o ar para equilibrar a pressão no interior da cápsula. Nesta posição, o ar exterior pode circular igualmente através do canal 31, desembocando no interior da câmara 25 de aspiração.

Os meios de fixação e de abertura são assim construídos de um modo preferido de modo a colocar em comunicação o canal de aspiração e o líquido contido na embalagem, sem que seja possível um escoamento para o exterior. Por "sem um escoamento para o exterior", deve entender-se que o líquido contido na embalagem não é susceptível de escoar ou de se verter para fora da embalagem sem um efeito de aspiração forçada devido ao subconjunto de aspiração de efeito venturi. Por exemplo, os meios de fixação e de abertura cooperam com a embalagem para colocar o canal em comunicação na proximidade do fundo do líquido. Cria-se então uma pressão hidrostática diferencial que mantém o líquido na embalagem sem risco de escoamento possível, como é o caso nos dispositivos para bebedouros de pássaros, onde o nível de água na reserva se situa por cima do copo de alimentação, sem que por isso se produza uma fuga.

Na figura 8, o conjunto difusor-cápsula apresenta todas as características descritas previamente, mas o adaptador de baioneta 23 apresenta uma forma em U que envolve a cápsula 5 para cooperar com as unhas 16 repartidas sobre o perímetro da cápsula. Como anteriormente a manga 22 permite ligar o poço 21 22 de entrada de fluido sob pressão do difusor à tubagem de um gerador do referido fluido sob pressão.

As figuras 9 e 10 representam em perspectiva, parcialmente em corte, em posição fechada e aberta uma variante de realização na qual o subconjunto de aspiração e de mistura é formado no momento em que se procede à abertura. Na realidade, como se vê na figura 9 o canal 27 de restrição do fluido de transporte sob pressão está formado na extremidade da manga 22 do adaptador 23 (não representado). Na posição de abertura representada na figura 10, a extremidade tronco-cónica da manga 22 vem apoiar-se hermeticamente sobre uma concavidade 28, para formar a câmara 25 de aspiração. Os meios de fecho e de abertura da cápsula, pelos anéis 15 e 17 do opérculo 7, são os mesmos que aqueles previamente descritos.

As figuras 11 e 12 correspondem a um segundo modo de realização que difere do primeiro essencialmente pela maneira como é extraído o líquido no interior da cápsula 3, do mesmo tipo que aquele previamente descrito mas que está representado neste exemplo sem nervuras de reforço ou de guiamento. O opérculo 7 é vedado unicamente por um anel 17 na base da chaminé 9 e o dispositivo de efeito venturi utilizado é o mesmo que aquele que foi descrito nas figuras 9 e 10, com excepção dos meios de extracçâo do líquido. Na realidade, o canal 33 de fornecimento ou de bombeamento é prolongado para além da base do difusor pelo bico recurvado 37 a 180°, de modo a que a sua extremidade 37a pontiaguda se encontre à frente do opérculo 7. O canal, de equilibragem de pressão (não representado) possui uma configuração análoga. Quando se imprime à cápsula um movimento de translação representado pela seta F da figura 12, a extremidade 37a perfura o opérculo 7 e permite que o líquido 23 seja aspirado, como explicado previamente. 0 difusor 1 pode comportar vários bicos 37 recurvados e vários canais 33 de fornecimento de liquido, por exemplo 3 ou 6, o que pode contribuir para melhorar a qualidade da emulsão ou da preparação espumosa, e apresentar uma outra vantagem explicada a seguir. A figura 13 representa em vista inferior sem o opérculo 7, uma cápsula 3 que comporta nervuras de reforço 6a em que algumas estão prolongadas para formar divisórias 16, cuja base 16a será vedada no opérculo 7 da mesma maneira que o anel 17 no bordo da chaminé 9. Assim, é possível fraccionar o líquido contido no interior da cápsula em várias doses, que podem ser extraídas sucessivamente por meio de um único bico 37. Os compartimentos formados pelas divisórias podem conter igualmente líquidos diferentes, que devem ser conservados separadamente e misturados apenas no momento de emprego por meio de um difusor, que comporta tanto o bico 37 como os compartimentos.

As figuras 14 e 16 mostram um exemplo de um terceiro modo de realização no qual a capacidade da embalagem, designada pela referência geral 4, é muito maior, por exemplo de alguns decilitros, até mesmo um litro, sendo uma tal embalagem destinada mais particularmente à restauração industrial. Uma tal embalagem, que possui, tipicamente, a forma de um pacote que comporta uma parede 41, um fundo 43 e um elemento 45 de fecho superior, possui no prolongamento do seu elemento 45 de fecho superior uma reserva 40 de volume pequeno, em comunicação com o interior da embalagem. Esta reserva 40 possui todas as características das cápsulas descritas previamente, nomeadamente uma parede lateral 42 que une a parede 41, um fundo 44 paralelo 24 ao fundo 43, e um elemento 46 de fecho superior no prolongamento do elemento 45. Esta reserva 40 é atravessada por uma chaminé 9 rodeada por um opérculo 7 perfurável ou descolável, pelo menos, parcialmente da base da chaminé de acordo com o tipo de difusor utilizado.

Como representado por transparência na figura 16, a chaminé 9, a zona 4 7 de vedação do opérculo 7 e um elemento de união aberto 48 podem ser realizados por termoformação para constituir uma inserção adaptável a uma embalagem realizada por outro lado, por exemplo, totalmente em cartão. Observa-se igualmente que a parede 42 está representada com um contorno poligonal, mas ela pode ter uma forma qualquer. A figura 17 representa esquematicamente um quarto modo de realização, designado pela referência geral 5, no qual o corpo da embalagem é realizado num material flexível. Mais particularmente, a embalagem compreende um saco flexível que compreende um reservatório 50 que contém o líquido e um subconjunto de aspiração e de mistura 51 ligado ao reservatório 50 por meio de uma conduta de aspiração 33. O subconjunto compreende meios equivalentes aqueles dos modos descritos previamente, nomeadamente, um meio 21 que permite introduzir um fluido sob pressão, uma zona 27 de restrição que permite acelerar o fluido sob pressão, um canal 48 de escoamento da mistura ou da emulsão, eventualmente uma entrada 31 de ar que permite introduzir uma certa quantidade de ar no interior da câmara de mistura ou de emulsão. A embalagem pode ser constituída por uma ou mais películas flexíveis vedadas que formam zonas de vedação 53, 55, as quais são removidas por corte, delaminagem ou rasgamento de acordo com linhas 54, 56 de enfraquecimento. A embalagem está assim totalmente estanque até 25 ao momento da abertura das zonas 53, 55 de vedação. A abertura provoca o acesso ao meio de introdução do fluido 21 que pode ser, por exemplo, um elemento de ligação que permite a introdução de uma agulha de injecção, ou um outro. A abertura provoca igualmente o destapamento da conduta 48 de escoamento da bebida. Entende-se igualmente que a embalagem do modo da figura 17 pode ser concebida por meio de elementos de embalagem rígidos, pouco ou não deformáveis, que formam as paredes do compartimento e do subconjunto de aspiração do tipo venturi.

Os exemplos que acabaram de ser dados, podem ser ainda objecto de numerosas modificações, ao alcance do especialista, sem sair do âmbito da presente invenção, definido pelo objecto das reivindicações.

Lisboa, 12 de Abril de 2007 26

Claims (29)

1. REIVINDICAÇÕES 1. Embalagem descartável para a distribuição de, pelo menos, uma preparação a partir de, pelo menos, um liquido bombeável compreendendo, pelo menos, um compartimento fechado contendo o liquido bombeável caracterizada por a referida embalagem (2, 3, 4, 5) compreender um subconjunto (1) de aspiração e de mistura de tipo venturi, e meios para receberem o subconjunto (1) de aspiração e de mistura sob a forma de uma passagem (9) que serve de alojamento para o referido subconjunto (1), e meios (7) de vedação da embalagem (2, 3, 4, 5) de modo a obturar o compartimento e isolá-lo do meio exterior, antes de ser utilizado.
2. 2. Embalagem descartável de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por os meios (7) de vedação se destinarem a cooperar, durante a abertura, com o subconjunto (1) de aspiração e de mistura na referida passagem (9) de modo a colocar o compartimento em comunicação com o subconjunto (1) de aspiração e de mistura, e uma abertura (8) para a ejecção da referida preparação.
3. 3. Embalagem descartável de acordo com a reivindicação 2, caracterizada por o subconjunto (1) de aspiração e de mistura estar solidário com o alojamento e apto a deslocar-se entre uma posição de fecho, na qual o subconjunto (1) de aspiração e de mistura é desengatado dos meios de vedação, e uma posição de abertura, na qual o subconjunto (1) de aspiração e de mistura se engata nos meios de vedação durante a abertura. 1
4. 4. Embalagem descartável de acordo com a reivindicação 2, caracterizada por a abertura (8) através do opérculo (7) ser obturada por uma rede (48).
5. 5. Embalagem descartável de acordo com a reivindicação 2 ou 3, caracterizada por a embalagem (2, 3, 4, 5) compreender um corpo compreendendo uma chaminé (9) que forma o alojamento do subconjunto (1) de aspiração e de mistura, por o corpo delimitar, pelo menos, o referido compartimento, e por os meios de vedação compreenderem um opérculo (7) vedado sobre o referido corpo para, pelo menos, obturar o referido compartimento.
6. 6. Embalagem descartável de acordo com a reivindicação 5, caracterizada por os meios de vedação compreenderem um anel (17) de vedação do opérculo (7) que está vedado sobre um bordo da chaminé, cujo anel (17) é forçado a deslocar-se por deslocamento relativo do subconjunto (1) de aspiração e de mistura no interior da chaminé (9).
7. 7. Embalagem descartável de acordo com a reivindicação 5 ou 6, em que a embalagem (2, 3) tem uma capacidade da ordem de alguns mililitros até algumas dezenas de mililitros, caracterizada por possuir a forma de uma cápsula circular com a chaminé (9) no seu centro, e por o opérculo (7) formar o elemento de fecho superior da referida cápsula.
8. 8. Embalagem descartável de acordo com a reivindicação 5 ou 6, em que a embalagem (4) tem uma capacidade da ordem de alguns decilitros, caracterizada por o opérculo (7) estar colocado por cima de uma reserva (40) de volume pequeno em comunicação com o interior da embalagem (4), sendo a 2 referida reserva (40) formada lateralmente por uma extensão do elemento de fecho superior, por uma parede (42) lateral e por um fundo (44) paralelo ao fundo (43) da referida embalagem.
9. 9. Embalagem descartável de acordo com a reivindicação 5 ou 6, caracterizada por o opérculo (7) compreender um furo de diâmetro inferior ao diâmetro interior da chaminé (9) para formar um anel que pode ser vedado ou apertado na extremidade do subconjunto (1) de aspiração e de mistura para permitir deslocar, parcial ou totalmente, o opérculo (7) da chaminé (9) no momento do movimento relativo em translação do subconjunto (1) de aspiração no interior do alojamento para colocar o liquido alimentar em comunicação com, pelo menos, uma conduta (33) que desemboca no subconjunto (1) de aspiração para permitir aspirar o líquido bombeável, e uma conduta (31) que desemboca por cima do fundo da cápsula para equilibrar a pressão no interior da cápsula.
10. 10. Embalagem descartável de acordo com a reivindicação 9, caracterizada por o opérculo (7) ser arqueado em direcção do interior da embalagem antes do descolamento, de modo a que depois do descolamento, o opérculo (7) forme uma taça no interior da qual penetram as aberturas das condutas (1) de equilibragem e de aspiração do difusor.
11. 11. Embalagem descartável de acordo com qualquer uma das reivindicações 3 a 6, caracterizada por o opérculo (7) compreender um furo de diâmetro que corresponde sensivelmente ao diâmetro interior da chaminé (9) , e por o opérculo (7) ser fabricado num material que pode ser 3 perfurado pelos meios de abertura do subconjunto (1) de aspiração e de mistura no momento do movimento relativo em translação do subconjunto (1) de aspiração e de mistura no interior da chaminé (9).
12. 12. Embalagem descartável de acordo com a reivindicação 11, caracterizada por os meios de perfuração do opérculo (7) serem formados por, pelo menos, duas condutas cujas extremidades (37) são recurvadas com 180° para perfurar o opérculo (7), desembocando uma das condutas por cima do fundo da referida embalagem para equilibrar a pressão no interior, desembocando a outra no subconjunto (1) de aspiração e de mistura para permitir aspirar o liquido.
13. 13. Embalagem descartável de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada por o volume interior da cápsula (2, 3) estar separado por divisórias (16) que permitem formar, pelo menos, dois compartimentos contendo, cada um, uma dose de liquido, compreendendo cada compartimento, meios de vedação aptos a cooperarem independentemente durante a abertura, podendo, assim, colocar em comunicação os compartimentos com o subconjunto (1) de aspiração e de mistura.
14. 14. Embalagem descartável de acordo com a reivindicação 13, caracterizada por o volume interior da cápsula (2, 3) estar separado por divisórias (16) que permitem formar, pelo menos, dois compartimentos contendo, cada um, liquidos alimentares diferentes destinados a serem misturados por meio de, pelo menos, dois jogos de condutas de equilibragem de pressão e de aspiração. 4
15. 15. Embalagem descartável de acordo com qualquer uma das reivindicações 4 a 14, caracterizada por o corpo da embalagem (2, 3) comportar, além disso, nervuras (6a) de reforço e/ou de posicionamento (6b) do subconjunto (1) de aspiração e de mistura; estando estas nervuras (6a, 6b) formadas de modo reentrante no fundo e na parede, e orientadas em direcção da chaminé (9).
16. 16. Embalagem descartável de acordo com a reivindicação 15, caracterizada por algumas nervuras (6a, 6b) formarem, igualmente, divisórias (16) tendo a sua parte superior vedada ao opérculo.
17. 17. Embalagem descartável de acordo com qualquer uma das reivindicações 4 a 16, caracterizada por o corpo (2, 3) da cápsula comportar unhas (18) que facilitam a sua manipulação para a adaptar à tubagem de um gerador de fluido sob pressão ou a um acessório solidário com ele.
18. 18. Embalagem descartável de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada por o subconjunto (1) de aspiração e de mistura compreender, pelo menos, uma conduta (33) de aspiração de liquido, pelo menos, uma conduta (31) de fornecimento de gás, pelo menos, uma entrada (21) de fluido sob pressão, pelo menos, uma câmara (25) de aspiração na qual comunicam as condutas, e, pelo menos, uma saida para a distribuição da preparação.
19. 19. Embalagem descartável de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por os meios para receberem o subconjunto (1) de aspiração e de mistura estarem construídos de modo a receberem o referido subconjunto (1), de modo permanente, 5 sem deslocamento relativo; estando o referido subconjunto em comunicação com o compartimento e estando os meios de vedação construídos de modo a isolar simultaneamente o referido compartimento e o subconjunto do meio exterior.
20. 20. Embalagem descartável para a distribuição de, pelo menos, um líquido alimentar, compreendendo a referida embalagem (2, 3, 4, 5) um compartimento contendo o líquido, sendo o compartimento obturado por um opérculo (7) que o isola do meio exterior antes de ser utilizado, caracterizada por um subconjunto de aspiração e de mistura de tipo venturi compreendendo os meios de extracção e de aspiração estar solidário com a referida embalagem (23, 45), e por o referido opérculo (7) estar apto a ser descolado ou perfurado numa zona determinada para colocar em comunicação o interior da embalagem com os referidos meios de extracção ou de aspiração.
21. 21. Método para produzir e distribuir uma preparação de modo higiénico, caracterizado por consistir em dispor de um dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 19 e compreender as etapas que consistem, entre outras possíveis, em: - abrir a embalagem (2, 3, 4, 5), servindo a abertura para colocar o compartimento em comunicação de modo sensivelmente estanque, com um meio (1) de tipo venturi; - aspirar por meio de um fluido sob pressão por efeito de vácuo, o líquido para fora do compartimento para o trazer para o meio de tipo venturi, o qual está em 6 comunicação com um fluido sob pressão aquecido e, eventualmente, um gás; - misturar o liquido com o fluido sob pressão aquecido e, eventualmente, o gás, de modo a reaquecer e, eventualmente, emulsionar ou espumar o líquido para formar a preparação, e - distribuir a preparação assim obtida, reaquecida e, eventualmente, emulsionada.
22. 22. Método de acordo com a reivindicação 21, caracterizado por a abertura da embalagem (2, 3, 4, 5) ser realizada por acção do deslocamento relativo do meio (1) de tipo venturi em relação à embalagem (2, 3, 4, 5) .
23. 23. Método de acordo com a reivindicação 22, caracterizado por a abertura do compartimento se efectuar por perfuração da embalagem (3) e colocação em comunicação do compartimento contendo o líquido pelo meio de tipo venturi por, pelo menos, uma conduta.
24. 24. Método de acordo com a reivindicação 22, caracterizado por a abertura do compartimento se efectuar por rotura de uma parte vedada da embalagem (2) e colocação em comunicação do compartimento contendo o líquido pelo meio de tipo venturi por, pelo menos, uma conduta.
25. 25. Método de acordo com a reivindicação 21, caracterizado por, no momento da aspiração, o compartimento ser reequilibrado em pressão pela colocação em comunicação do compartimento 7 com uma saída de pressão atmosférica com o auxílio de, pelo menos, uma conduta (31) de reequilibragem de pressão.
26. 26. Método de acordo com a reivindicação 21, caracterizado por o fluido sob pressão ser vapor ou água quente.
27. 27. Método de acordo com a reivindicação 21, caracterizado por o gás ser o ar.
28. 28. Método de acordo com a reivindicação 21, caracterizado por o meio de tipo venturi fazer parte integrante da embalagem e ser descartável com a embalagem.
29. 29. Método de acordo com a reivindicação 21, caracterizado por o meio de tipo venturi fazer parte de um difusor adaptado para estar ligado à embalagem. Lisboa, 12 de Abril de 2007 8