PT1414813E - Trioxolano como agente anti-malária - Google Patents

Trioxolano como agente anti-malária Download PDF

Info

Publication number
PT1414813E
PT1414813E PT02763208T PT02763208T PT1414813E PT 1414813 E PT1414813 E PT 1414813E PT 02763208 T PT02763208 T PT 02763208T PT 02763208 T PT02763208 T PT 02763208T PT 1414813 E PT1414813 E PT 1414813E
Authority
PT
Portugal
Prior art keywords
trioxolane
spiro
group
substituted
malaria
Prior art date
Application number
PT02763208T
Other languages
English (en)
Inventor
J Vennerstrom
Jacques Chollet
Y Dong
Hugues Matile
M Padmanilayam
Y Tang
William N Charman
Original Assignee
Medicines Malaria Venture Mmv
Priority date (The priority date is an assumption and is not a legal conclusion. Google has not performed a legal analysis and makes no representation as to the accuracy of the date listed.)
Filing date
Publication date
Application filed by Medicines Malaria Venture Mmv filed Critical Medicines Malaria Venture Mmv
Publication of PT1414813E publication Critical patent/PT1414813E/pt

Links

Classifications

    • CCHEMISTRY; METALLURGY
    • C07ORGANIC CHEMISTRY
    • C07DHETEROCYCLIC COMPOUNDS
    • C07D405/00Heterocyclic compounds containing both one or more hetero rings having oxygen atoms as the only ring hetero atoms, and one or more rings having nitrogen as the only ring hetero atom
    • C07D405/02Heterocyclic compounds containing both one or more hetero rings having oxygen atoms as the only ring hetero atoms, and one or more rings having nitrogen as the only ring hetero atom containing two hetero rings
    • C07D405/12Heterocyclic compounds containing both one or more hetero rings having oxygen atoms as the only ring hetero atoms, and one or more rings having nitrogen as the only ring hetero atom containing two hetero rings linked by a chain containing hetero atoms as chain links
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K31/00Medicinal preparations containing organic active ingredients
    • A61K31/33Heterocyclic compounds
    • A61K31/335Heterocyclic compounds having oxygen as the only ring hetero atom, e.g. fungichromin
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K31/00Medicinal preparations containing organic active ingredients
    • A61K31/33Heterocyclic compounds
    • A61K31/335Heterocyclic compounds having oxygen as the only ring hetero atom, e.g. fungichromin
    • A61K31/357Heterocyclic compounds having oxygen as the only ring hetero atom, e.g. fungichromin having two or more oxygen atoms in the same ring, e.g. crown ethers, guanadrel
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P33/00Antiparasitic agents
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P33/00Antiparasitic agents
    • A61P33/02Antiprotozoals, e.g. for leishmaniasis, trichomoniasis, toxoplasmosis
    • A61P33/06Antimalarials
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P33/00Antiparasitic agents
    • A61P33/10Anthelmintics
    • A61P33/12Schistosomicides
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P35/00Antineoplastic agents
    • CCHEMISTRY; METALLURGY
    • C07ORGANIC CHEMISTRY
    • C07DHETEROCYCLIC COMPOUNDS
    • C07D323/00Heterocyclic compounds containing more than two oxygen atoms as the only ring hetero atoms
    • C07D323/02Five-membered rings
    • CCHEMISTRY; METALLURGY
    • C07ORGANIC CHEMISTRY
    • C07DHETEROCYCLIC COMPOUNDS
    • C07D405/00Heterocyclic compounds containing both one or more hetero rings having oxygen atoms as the only ring hetero atoms, and one or more rings having nitrogen as the only ring hetero atom
    • C07D405/14Heterocyclic compounds containing both one or more hetero rings having oxygen atoms as the only ring hetero atoms, and one or more rings having nitrogen as the only ring hetero atom containing three or more hetero rings
    • CCHEMISTRY; METALLURGY
    • C07ORGANIC CHEMISTRY
    • C07DHETEROCYCLIC COMPOUNDS
    • C07D491/00Heterocyclic compounds containing in the condensed ring system both one or more rings having oxygen atoms as the only ring hetero atoms and one or more rings having nitrogen atoms as the only ring hetero atoms, not provided for by groups C07D451/00 - C07D459/00, C07D463/00, C07D477/00 or C07D489/00
    • C07D491/02Heterocyclic compounds containing in the condensed ring system both one or more rings having oxygen atoms as the only ring hetero atoms and one or more rings having nitrogen atoms as the only ring hetero atoms, not provided for by groups C07D451/00 - C07D459/00, C07D463/00, C07D477/00 or C07D489/00 in which the condensed system contains two hetero rings
    • C07D491/10Spiro-condensed systems
    • CCHEMISTRY; METALLURGY
    • C07ORGANIC CHEMISTRY
    • C07DHETEROCYCLIC COMPOUNDS
    • C07D493/00Heterocyclic compounds containing oxygen atoms as the only ring hetero atoms in the condensed system
    • C07D493/02Heterocyclic compounds containing oxygen atoms as the only ring hetero atoms in the condensed system in which the condensed system contains two hetero rings
    • C07D493/10Spiro-condensed systems
    • CCHEMISTRY; METALLURGY
    • C07ORGANIC CHEMISTRY
    • C07DHETEROCYCLIC COMPOUNDS
    • C07D495/00Heterocyclic compounds containing in the condensed system at least one hetero ring having sulfur atoms as the only ring hetero atoms
    • C07D495/02Heterocyclic compounds containing in the condensed system at least one hetero ring having sulfur atoms as the only ring hetero atoms in which the condensed system contains two hetero rings
    • C07D495/10Spiro-condensed systems
    • YGENERAL TAGGING OF NEW TECHNOLOGICAL DEVELOPMENTS; GENERAL TAGGING OF CROSS-SECTIONAL TECHNOLOGIES SPANNING OVER SEVERAL SECTIONS OF THE IPC; TECHNICAL SUBJECTS COVERED BY FORMER USPC CROSS-REFERENCE ART COLLECTIONS [XRACs] AND DIGESTS
    • Y02TECHNOLOGIES OR APPLICATIONS FOR MITIGATION OR ADAPTATION AGAINST CLIMATE CHANGE
    • Y02ATECHNOLOGIES FOR ADAPTATION TO CLIMATE CHANGE
    • Y02A50/00TECHNOLOGIES FOR ADAPTATION TO CLIMATE CHANGE in human health protection, e.g. against extreme weather
    • Y02A50/30Against vector-borne diseases, e.g. mosquito-borne, fly-borne, tick-borne or waterborne diseases whose impact is exacerbated by climate change

Description

DESCRIÇÃO
1,2,4-TRIOXOLANO COMO AGENTE ΑΝΤΙ-MALÁRIA ÂMBITO DA INVENÇÃO A presente invenção tem por objecto composições e processos para o tratamento da malária. Especificamente, a presente invenção tem por objecto composições farmacêuticas incluindo di-espiro-trioxolanos, e processos para a sua utilização e produção.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO A malária é uma doença infecciosa aguda e muitas vezes crónica, que resulta da presença de parasitas protozoários dentro dos glóbulos vermelhos do sangue. Causada por parasitas de células únicas do género Plasmodíum, a malária transmite-se de pessoa a pessoa por meio da picada de mosquitos fêmeas.
Embora tenha sido prevalente na América do Norte e noutras regiões temperadas do mundo, hoje em dia a malária ocorre principalmente em países tropicais e sub-tropicais. Todos os anos, entre 400 milhões e 600 milhões de pessoas contraem a doença e 1,5 milhões a 2,7 milhões morrem desta doença.
Quatro espécies de parasitas protozoários de Plasmodíum são geralmente responsáveis pela malária, incluindo Plasmodíum vivax, Plasmodíum falcíparum, Plasmodíum malariae, e Plasmodíum ovale. Dos quatro, o mais perigoso é o Plasmodíum falcíparum, responsável por metade de todos os 1 casos clínicos de malária e por 90 % das mortes por esta doença. A transmissão da malária começa com uma picada de mosquito fêmea num ser humano já infectado com o parasita da malária. Quando o mosquito infectado pica outro ser humano, os esporozoários na saliva do mosquito são transferidos para o sangue, o qual circula então até ao fígado. No fígado, os esporozoários dividem-se rapidamente, entram então na corrente sanguínea, onde invadem os glóbulos vermelhos do sangue. Dentro destes glóbulos vermelhos, os merozoários multiplicam-se rapidamente até fazerem com que os glóbulos vermelhos do sangue rebentem, libertando para a corrente sanguínea uma nova geração de merozoários que infectam então outros glóbulos vermelhos do sangue.
Os sintomas associados à malária estão geralmente associados ao rompimento das células dos glóbulos vermelhos do sangue. A destruição das células dos glóbulos vermelhos do sangue espalha fragmentos, toxinas e outros resíduos para dentro do sangue. Isto, por sua vez, causa uma febre intensa, o que faz com que o indivíduo afectado fique exausto e permaneça acamado. Os sintomas mais severos associados a infecções repetidas e/ou à infecção pelo Plasmodium falciparum incluem anemia, dores de cabeça severas, convulsões, delírio e, nalguns casos, a morte. 0 tratamento da malária tem sido especialmente difícil devido à capacidade dos parasitas da malária para desenvolverem resistência a fármacos. O quinino, um composto anti-malárico, que é extraído da casca da árvore cinchona da América do Sul, é um dos produtos farmacêuticos mais antigos e mais eficazes que existe. 0 lado mau do quinino, é que é de acção curta e falha na prevenção das recaídas da doença. Além 2 disso, o quinino está associado com efeitos colaterais que variam desde a vertigem até à surdez. A cloroquina é um produto químico sintético semelhante ao quinino, Tornou-se o fármaco de escolha para a malária quando foi desenvolvido em 1940 devido à sua eficácia, facilidade de produção e há não existência em geral de efeitos colaterais. Contudo, nas últimas décadas, os parasitas da malária, em muitas áreas do mundo, tornaram-se resistentes à cloroquina. A mefloquina é outro análogo sintético de quinino, que tem sido utilizado no tratamento da malária. Os parasitas da malária também desenvolveram resistência à mefloquina. A mefloquina está associada a efeitos colaterais indesejáveis no sistema nervoso central em alguns pacientes, incluindo alucinações e pesadelos vívidos.
Os fármacos anti-folato são eficazes contra os parasitas da malária por meio da inibição da sua reprodução. Embora os parasitas tenham também desenvolvido uma resistência aos fármacos de anti-folato, os fármacos podem ainda ser utilizados com eficácia em combinação com outros tipos de agentes anti-malária. A utilização de terapias de combinação no tratamento da malária, tem a desvantagem de ser inconveniente e cara.
Desenvolvimentos maís recentes no tratamento da malária envolveram a utilização do grupo funcional perõxido, como é o caso do fármaco artemisinina, que contém um único farmacóforo, heterocíclico de 1,2,4-trioxano. A acção anti-malária de artemisinina, é devida à sua reacção com o ferro nas moléculas de heme livres no parasita da malária com a formação de radicais livres que levam à destruição celular. 3 A descoberta de artemisinina (qinghaosu), um endoperóxido de lactona e sesquiterpeno de ocorrência natural (Meshnick et al., 1996; Vroman et al., 1999; Dhingra et al. , 2000), iniciou um esforço substancial para elucidar o seu mecanismo de acção molecular (Jefford, 1997; Cumming et al. , 1997) e para identificar novos peróxidos anti-malãria (Dong and Vennerstrom, 2001). Preparam-se muitos 1,2,4-trioxanos, 1,2,4,5-tetraoxanos sintéticos e outros endoperóxidos.
Embora os derivados semi-sintéticos de artemisinina úteis do ponto de vista clínico tenham uma acção rápida e sejam fármacos anti-malãria potentes, eles têm várias desvantagens incluindo a recrudescência, a neurotoxicidade (Wesche et al. , 1994) e a instabilidade metabólica (White, 1994) . Um certo número destes compostos são bastante activos in vitro, mas a maior parte deles sofrem de uma baixa actividade oral. (White, 1994; van Agtmael et al., 1999). Embora muitos 1,2,4-trioxanos sintéticos, anti-malãria, tenham sido preparados (Gumming et al., 1996; Jefford, 1997), existe uma necessidade na técnica de identificar novos agentes de peróxido anti-maláricos, especialmente, os que sejam facilmente sintetizados, não sejam neurotóxicos e que possuam propriedades farmacocinéticas melhoradas, por exemplo, maior estabilidade, absorção oral, etc. Já foram sintetizados vários trioxolanos por vários processos. Ver, por exemplo, Keul, H., Chemische Berichte, vol. 108, n°. 4, 1975, pp. 1207-1217; Tabuchi, T. et al.,
Org. Chem. , vol. 56, 1991, pp. 6591-6595; Dussault, P.H. , Perj in Trans., vol • 1, 2000, pp. 3006-3013; Griesbaum K. et al., Tetrahedron, vol • 53, n°. 15, 1997, pp. 5463 -5470.
Contudo, até agora, ainda não se conhece nesta técnica alguns tipos de trioxolanos que são especialmente úteis na profilaxia e no tratamento da malária. 4
De acordo com isto, constitui um objecto principal da presente invenção, providenciar composições e processos para a profilaxia e o tratamento da malária utilizando espiro e di-espiro-1,2,4-trioxolanos,
Constitui ainda um objecto da presente invenção, providenciar uma composição e um processo para a profilaxia e o tratamento da malária, utilizando espiro e di-espiro-1,2,4-trioxolanos, que não sejam tóxicos.
Constitui ainda um objecto da presente invenção, providenciar uma composição e um processo para a profilaxia e o tratamento da malária, utilizando espiro e di-espiro-1,2,4-trioxolanos, que sejam estáveis sob o ponto de vista metabólico e activos oralmente.
Constitui ainda mais um objecto da presente invenção, providenciar uma composição e um processo para a profilaxia e o tratamento efectivo sob o ponto de vista do custo da malária, utilizando espiro e di-espiro-1,2,4-trioxolanos.
Constitui ainda um objecto da presente invenção, providenciar composições e processos para a profilaxia e o tratamento da malária, utilizando espiro e di-espiro-1,2,4-trioxolanos, que possam ser utilizados quer como medicamentos usados isoladamente ou em combinação com outros agentes.
Constitui ainda mais um objecto da presente invenção, providenciar novos produtos intermédios para a síntese de composições para a profilaxia e o tratamento da malária.
Um processo e os meios de realização de cada um dos objectos anteriores, assim como outros, tornar-se-ão 5 evidentes a partir da descrição detalha da presente invenção que se segue.
SUMARIO DA INVENÇÃO A presente invenção descreve um processo e uma composição para o tratamento da malária com espiro e di-espiro-1,2,4-trioxolanos. Os trioxolanos da presente invenção estão ligados sob o ponto de vis estérico num dos lados do heterociclo do trioxolano, de modo a providenciar uma estabilidade química e metabólica ao anel de trioxolano, para ter uma melhor actividade in vivo. Os espiro e di-espiro-trioxolanos são, preferencialmente, ligados sob o ponto de vista estérico com um mono-, di-, ou poli- grupo espiro-cicloalquilo em C5-Ci2, substituído ou insubstituído, que é, mais preferencialmente, espiroadamantano. Os trioxolanos de espiro e di-espiro também incluem, preferencialmente, um espirociclo-hexilo, que é preferencialmente funcionalizado ou substituído na posição 4 ou um anel de espiropiperidilo, que é funcionalizado ou substituído no átomo de azoto. A presente invenção engloba os diastereómeros aquirálicos, misturas racémicas, assim como, as formas enantioméricas dos compostos.
Os trioxolanos da presente invenção possuem uma potência e uma eficácia excelentes contra parasitas de Plasmodium e um baixo grau de neurotoxicidade. Além disso, vários dos trioxolanos são apropriados tanto para a administração oral como não oral. Além disso, em comparação com os derivados semi-sintéticos de artemisinina, os compostos da presente invenção são estruturalmente simples, fáceis de sintetizar e com uma síntese barata; e podem ser utilizados efectivamente de forma isolada ou em conjunto com outros agentes anti-malária. 6
DESCRIÇÃO DETALHADA DO ENQUADRAMENTO PREFERIDO A presente invenção tem por objecto o desenvolvimento de espiro e di-espiro-1,2,4-trioxolanos para serem utilizados na profilaxia e no tratamento da malária. A presente invenção baseia-se na descoberta inesperada de que os trioxolanos que estão relativamente ligados sob o ponto de vista estérico pelo menos num dos lados do heterociclo de trioxolano, providenciam estabilidade metabólica e química ao anel de trioxolano, providenciando assim uma melhor actividade in vivo, especialmente no que respeita à administração oral.
Tal como se utiliza aqui, a expressão "quantidade efectiva sob o ponto de vista da profilaxia", refere-se a uma concentração do composto da presente invenção, que é efectiva na inibição ou na prevenção da infecção e na doença subsequente provocada por parasitas da malária. Do mesmo modo, a expressão "quantidade efectiva para tratamento", refere-se a uma concentração do composto que é eficaz no tratamento da malária em termos da prevenção do aumento na concentração dos parasitas da malária, diminuição da concentração dos parasitas da malária e/ou "cura" de uma infecção de malária, isto é, sobrevivência durante 30 dias após a infecção.
De acordo com a presente invenção, providencia-se um espiro ou di-espiro-1,2,4-trioxolano com a estrutura geral seguinte;
7 em que os símbolos R3. e R2, considerados em conjunto, representam espiroadamantano e os símbolos R3 e R4, considerados em conjunto, representam um anel de espirociclo-hexilo, que está substituído na posição 4. A presente invenção tem por objecto um processo e uma composição para o tratamento da malária com espiro e di-espiro-1,2,4-trioxolanos, os seus pró-fãrmacos e os seus análogos. Os trioxolanos da presente invenção estão ligados sob o ponto de vista estérico num dos lados do heterociclo de trioxolano de modo a providenciar estabilidade química e metabólica ao anel de trioxolano para uma melhor actividade in vivo. Os espiro e di-espiro-trioxolanos são preferencialmente ligados sob o ponto de vista estereoquímico com um grupo espiro-cicloalquilo em C5-Ci2 insubstituído ou mono-, di- ou poli-substituído, que é mais preferencialmente, o espiroadamantano. Os espiro e di-espiro-trioxolanos também incluem, preferencialmente, um espirociclo-hexilo, que está preferencialmente funcionalizado ou substituído na posição 4 ou um anel de espiropiperidilo que está funcionalizado ou substituído no átomo de azoto. A presente invenção engloba diastereómeros aquirálicos, misturas racémicas, assim como, formas enantioméricas dos compostos.
Os trioxolanos da presente invenção possuem uma excelente potência e eficácia contra parasitas de Plasmodium e um baixo grau de neurotoxicidade. Além disso, em comparação com os derivados semi-sintéticos de artemisinina, os compostos da presente invenção são estruturalmente simples, fáceis de sintetizar e com uma síntese barata; e podem ser utilizados efectivamente de forma isolada ou em conjunto com outros agentes anti-maláría. 8
Os trioxolanos tetra-substituídos são compostos peroxídicos relativamente estáveis com base na literatura já existente (Griesbaum et al. , 1997a; 1997b). Isto pode ser devido, em parte, à falta dos átomos de α-hidrogénio. Os requerentes sintetizaram novos compostos da classe do trioxolano com uma potência e uma eficácia anti-malária superior. Além disso, os compostos da presente invenção têm uma baixa toxicidade e semi-períodos de vida que conduzem ao tratamento da malária, que se crê que vão permitir regimes de tratamento de curto prazo comparando-se favoravelmente com outros fármacos como a artemisinina. Estes compostos podem também ser utilizados na profilaxia da malária.
Os trioxolanos tetra-substituídos da presente invenção, têm a estrutura geral seguinte:
em que os símbolos Ri, R2, R3 e R4, representam combinações de sistemas de anel, sistemas acíclicos e grupos funcionais, que providenciam uma ligação suficiente sob o ponto de vista estereoquímico com o anel de trioxolano, de modo a dar ao anel uma estabilidade química e metabólica. Os símbolos R1; R2, R3 e R4, podem ser iguais ou diferentes e podem representar um grupo alquilo, arilo ou alcarilo linear ou ramificado, que é eventualmente substituído. Em alternativa, os símbolos Rx e R2, considerados em conjunto e/ou os símbolos R3 e R4, considerados em conjunto, podem formar um grupo alicíclico que é eventualmente interrompido por um ou mais átomos de oxigénio, enxofre ou azoto e em que esse grupo pode ser eventualmente substituído. Em nenhum caso, nenhum 9 dos símbolos Ri, R2, R3 ou R4 pode representar um átomo de hidrogénio.
Preferencialmente, os símbolos Ri e R2, considerados em conjunto e/ou os símbolos R3 e R4, considerados em conjunto, representam um grupo espirocicloalquilo em C5-C12, mono- ou di-substituído, que é eventualmente interrompido por um ou mais átomos de oxigénio, enxofre ou azoto e grupo esse, que pode ser eventualmente substituído.
Mais preferencialmente, os símbolos Ri e R2, considerados em conjunto ou os símbolos R3 e R4 representam espiroadamantano. Pôs-se a hipótese de que a necessidade estérica do adamantano protege o anel de trioxolano duma decomposição química ou metabólica prematura In si tu.
Os requerentes verificaram ainda que nos compostos mais preferidos da presente invenção, os símbolos Rx e R2, considerados em conjunto, representam adamantano e os símbolos R3 e R4, considerados em conjunto, representam um espirociclo-hexilo, que está funcionalizado ou substituído na posição 4. 0 anel de espirociclo-hexilo pode estar, eventualmente, interrompido por um ou mais átomos de oxigénio, enxofre ou azoto. O grupo funcional pode ser um alquilo linear ou ramificado, um grupo cetona, ácido, álcool, amina, amida, sulfonamida, guanidina, éter, éster, oxima, ureia, éter de oxima, sulfona, lactona, carbamato, semi-carbazona, fenilo, grupo heterociclo ou alicíclico, que está eventualmente substituído. O grupo funcional é, preferencialmente, uma amida. Verificou-se agora, inesperadamente, que os substituintes contidos na amida na posição 4, providenciam compostos anti-malária com uma boa absorção oral, uma boa actividade anti-malária e uma boa farmacocinética, isto é, taxas de absorção, metabolismo e 10 eliminação, que são as mais apropriadas e vantajosas para a profilaxia e o tratamento da malária.
Também se verificou agora que um heteroátomo no anel de espirociclo-hexilo faz com que o composto se metabolize mais rapidamente. Assim, para os fins das composições farmacêuticas da presente invenção, esses compostos não são os preferidos.
Outros substituintes na posição 4 do anel de espirociclo-hexilo, é também possível que caiam dentro do âmbito da presente invenção. O anel de espirociclo-hexilo, pode também ser substituído noutras posições para além da posição 4. Por exemplo, os requerentes sintetizaram vários compostos substituídos na posição 2 do anel de espirociclo-hexilo que têm uma excelente potência anti-malária.
Os compostos preferidos da presente invenção, incluem um grupo alquilo que liga o substituinte na posição 4 ao anel de espirociclo-hexilo. 0 grupo alquilo é, preferencialmente, um grupo metilo ou etilo, sendo o grupo metilo o mais preferido. O grupo de "ponte de alquilo", também melhora a estabilidade do ponto de vista metabólico (isto é, a actividade oral e a farmacocinética) dos compostos anti-malária da presente invenção.
Os requerentes identificaram dois di-espiro-1,2,4-trioxolanos principais, activos sob o ponto de vista oral, OZ03 e OZ05:
OZ03 OZ05 11
Estes trioxolanos têm CI50s entre 1 e 5 ng/mL contra P. falciparum in vitro e, presumivelmente, possuem bons índices terapêuticos como a ausência de toxicidade é evidente para qualquer um dos compostos numa linha de células de neuroblastoma ou em doses únicas de 640 mg/kg em ratos no ensaio de Rane. Estes resultados contrastam com os dados publicados (de Almeida Barbosa et al., 1992; 1996), descrevendo a fraca potência anti-malãria in vitro de vários trioxolanos tricíclicos, o melhor dos quais tem um CI50 de 2.000 ng/mL contra P. falciparum in vitro.
Uma característica notável destes trioxolanos em comparação com os derivados semi-sintéticos de artemisinina, é a sua simplicidade estrutural. Uma vantagem potencial dos trioxolanos sobre tanto trioxanos (Jefford, 1997; Cumming et al., 1997) como os tetraoxanos (Vennerstrom et al., 2000), é um acesso mais conveniente a compostos estruturalmente diversos, não simétricos e, na maior parte dos casos, aquirálicos. A seguir indicam-se vários dispiro-1,2,4-trioxolanos sintetizados de acordo com os ensinamentos da presente invenção. "OZ" representa uma designação interna para estes compostos, que será utilizada ao longo da parte restante do pedido de patente de invenção, por conveniência: 12 Séries 1 de OZ (OZ01-OZ09)
Séries 2 de OZ (OZ10-OZ18)
13 Séries 3 de OZ (OZ19-OZ27)
Séries 4 de OZ (OZ28-OZ36)
14 Séries 5 de OZ (OZ37-OZ45)
Séries 6 de OZ (OZ46-OZ54)
15 Séries 7 de OZ (ΟZ55-OZ63)
Séries 8 de OZ (OZ64-OZ72)
16 Série 9 de OZ (OZ73-OZ81)
Séries 10 de OZ (OZ82-OZ90)
17 Séries 11 de OZ (OZ91-OZ99)
Séries 12 de OZ (OZ100-QZ108)
Séries 13 de OZ (OZ109-OZ117)
Série 14 de OZ (OZ118-OZ126)
19 Série 15 de OZ (0Z127-OZ135?
Série 16 de OZ (OZ136-OZ144)
20 Série 17 de OZ (OZ145-OZ153)
Séries 18 de OZ (OZ154-OZ162)
21 Série 19 de OZ (OZ163-OZ171)
Série 20 de OZ (OZ172-OZ180)
22 Série 21 de OZ (OZ181-OZ189)
Série 22 de OZ (OZ190-OZ198)
23 Série 23 de OZ (OZ199-OZ207)
Séries 24 de OZ (OZ208-OZ216)
24 Séries 25 de OZ (OZ217-OZ225)
Séries 26 de OZ (OZ226-OZ234)
25 Série 27 de OZ (OZ235-OZ243) O 02243 PM 321,41 02225 (OZ177b) PM 441,54 OH · o=s=o N-, 1 <Wo-*-C *WCh, N ^ Lm 02238 jl PM 40750 ° 02237 PM 371,90
•MCI Série 28 de OZ (OZ244-OZ252)
26 Série 29 de OZ (OZ253-OZ261)
Série 30 de OZ (OZ262-OZ270)
Os protótipos dos trioxolanos da presente invenção são OZ03 e OZ05. Os compostos preferidos e identificados incluem assim OZ03, OZ05, OZ11, OZ25, OZ27, OZ61, OZ71, OZ78, OZ127, OZ145, OZ156, OZ163, OZ175, OZ177, OZ179, OZ181, OZ189, OZ205, OZ207, OZ209, OZ210, OZ219, OZ227, OZ229, OZ235, 27 ΟΖ255, ΟΖ256, ΟΖ257, ΟΖ263, ΟΖ264, ΟΖ265, ΟΖ266, ΟΖ267, ΟΖ268, ΟΖ269 e OZ270. Os compostos mais preferidos são OZ78, OZ163, 0Z181, OZ207, OZ209, OZ255, OZ256, OZ257, OZ263, OZ264 e OZ267. Em geral, a potência mais elevada in vitro contra os parasitas da malária, obtém-se para trioxolanos funcionalizados ou substituídos na posição 4 do anel de espirociclo-hexilo. Como regra geral, são também preferidos os trioxolanos aquirálicos não simétricos.
Características notáveis destes espiro e di-espiro-1,2,4-trioxolanos em comparação com os derivados semi-sintéticos de artemisinina são a sua simplicidade estrutural e a facilidade de síntese. Por exemplo, os di-espiro-trioxolanos podem ser facilmente sintetizados por meio da co-ozonólise das oximas de O-metilo de cicloalcanonas na presença dos derivados de cicloalcanona com os requisitos necessários, de acordo com o processo de Griesbaum et al. (1997a; 1997b), conforme ilustrado a seguir para o di-espirociclo-hexil-trioxolano simétrico:
Se os rendimentos são baixos nesta reacção de co-ozonólise, pode-se aumentar muito significativamente os rendimentos quando a O-metiloxima e a cetona são "invertidas". Este novo processo providencia um processo conveniente de uma forma única para sintetizar os espiro e di-espiro-trioxolanos. Os trioxolanos podem ser purificados por cristalização ou por cromatografia rápida em coluna. As suas estruturas e pureza podem ser confirmadas por CLER analítica, RMN do 1H e do 13C, IV, ponto de fusão e análise elementar. 28
Recentemente, Griesbaum et al. (1997b) descobriu que os 1,2,4-trioxolanos tetra-substituídos podem obter-se de forma conveniente por ozonólise de O-alquilo-cetona-oximas, na presença de compostos de carbonilo. As vantagens da via do éter de oxima em relação à abordagem com o alceno, incluem uma síntese conveniente dos materiais iniciais (éteres de oxima versus alcenos tetra-substituídos), rendimento e selectividade mais elevados da formação dos trioxolanos desejados pela selecção judiciosa de substratos de reacção emparelhados. A formação de um trioxolano a partir de um éter de oxima e uma cetona presume-se que seja um processo em três etapas. A sequência começa pela adição electrofílica de ozono à ligação dupla da oxima, para formar um ozonido primário. Em seguida, o sal de adição primário, muito instável, fragmenta-se com um óxido de carbonilo reactivo, trazido em parte pela expulsão concomitante do nitrito de metilo relativamente estável. Em terceiro lugar o óxido de carbonilo sofre uma ciclo-adição de [3+2] com uma cetona, para se obter o ozonido secundário ou o 1,2,4-trioxolano. Fica por se determinar se trata de um processo em etapas ou de uma recombinação concertada.
OZ03
Como se ilustrou ...antes pela síntese de OZ03, todos os di-espiro-trioxolanos alvo contém um espiroadamantano e podem ser sintetizados pela co-ozonólise de oxima de adamantanona e O-metilo na presença de o derivado de ciclo-alcanona necessário. Os dissolventes da reacção preferidos para as reacçóes de co-ozonólise são dissolventes de hidrocarbonetos, 29 tais como, pentano ou cíclo-hexano; os dissolventes mais polares tendem a diminuir o rendimento da reacção. Quando as cetonas não são facilmente solúveis no seio de pentano ou de ciclo-hexano, pode-se também utilizar um dissolvente misto (pentano/cloreto de metileno) ou cloreto de metileno sozinho. Há vários factores que comandam a relação entre éter de oxima e cetona. Nalgumas reacções, para se evitar a formação do diperóxido (1,2,4,5-tetraoxano), para precludir a formação de diózonido a partir de cetonas e para promover a reacção com cetonas facilmente solúveis em pentano, utiliza-se um excesso de cetona (2:1) . O que é mais comum no estado de síntese desta descoberta e, especialmente, nos casos em que as cetonas não são facilmente solúveis em pentano, que são caras e difíceis de eliminar no trabalho da reacção, pode-se utilizar uma relação entre a cetona e o éter de oxima de 1:1. Nas sínteses de trioxolano em larga escala, pode-se utilizar um excesso de 1,5 vezes de éter de oxima, para se conseguir conversões mais elevadas das cetonas nos produtos de trioxolanos desejados, sem causar problemas de purificação. Há vários exemplos em que foram utilizadas transformações pós-ozonólise para se obter os compostos de trioxolano desejados difíceis, nalguns casos, impossíveis de obter directamente (Kashima et al., 1987) pelo processo de co-ozonólise. Os álcoois terciários de trioxolano OZ90 e OZ108 podem obter-se pelo tratamento de metil-lítio da cetona de trioxolano OZ05 e do éster de trioxolano OZ70, res-pectivamente.
OZ05 0290 (37%) 30 ^£xy-co°B OZ70 ch3u o-o
O OZ108 (62%)
OH
Noutras reacções, obtêm-se a lactona de trioxolano 0Z17 e o álcool de trioxolano OZ32, por tratamento de OZ05 com m-CPBA e boro-hidreto de sódio, respectivamente. Além disso, também se obtiveram vários éteres de oxima, hidrazonas, cetais e aminas (aminação redutora com triacetoxiboro-hidreto de sódio) a partir da cetona de trioxolano OZ05 com rendimentos de bons a excelentes. Nos exemplos assinalados antes, é evidente que a cetona de trioxolano OZ05 é um produto intermédio chave, dado que o seu grupo funcional cetona fornece um meio conveniente para a transformação do grupo funcional.
éteres de óxima hidrazonas cetais aminas f
Uma outra evidência da estabilidade destes trioxolanos com agentes de redução, é indicada pela redução dos ésteres de trioxolano OZ70 e 0Z61, nos correspondentes álcoois de trioxolano 0Z119 e OZ89 com uma mistura de boro-hidreto de lítio e trietilboro-hidreto de lítio e a hidrazinólise das ftalimidas de trioxolano OZ136 e OZ146 nas suas correspondentes aminas de trioxolano OZ137 e OZ209. 31
ΟΖ70 0Ζ119 (96%)
ΟΖ61 ΟΖ89 (83%) Ο
ΟΖ136 Ο
1) ΝΗ2ΝΗ2 2) HCI
ΟΖ137 (50%) ΝΗ2 •hci
Tal como se mostra nos exemplos que se seguem, os ésteres de trioxolano podem ser convenientemente convertidos nos seus correspondentes ácidos de trioxolano.
OZ209 (87%)
Para além da cetona de trioxolano OZ05, a amina de trioxolano OZ209, o éster de trioxolano OZ61 e o ácido de trioxolano OZ78, os álcoois de trioxolano OZ119 e OZ89 e os seus correspondentes mesilatos (não assinalados por OZ#s), são e vão continuar a ser produtos chave para as transformações sintéticas pós-ozonólise. Um exemplo recente, é a síntese do triazole de trioxolano OZ177 numa reacção entre o derivado de mesilato do OZ119 e o sal de sódio de 1,2,4-triazole.
OH OZ119
OMs
OZ177 (61%)
32
Verificou-se que o processo de co-ozonólise utilizando éteres de metilo e oxima, oferece um acesso rápido, flexível e previsível a diversos trioxolanos com estruturas diferentes. De facto, vários trioxolanos chave que serviram como blocos de construção importantes, têm sido preparados em larga escala incluindo OZ05 (100 mmole), OZ61 (100 mmole) e OZ146 (60 mmole), sem diminuir os rendimentos da reacção acima da escala de 5-10 mmole. Além disso, tanto 0Z61 como OZ146, podem ser isolados de forma conveniente sob a forma de sólidos brancos, por meio da adição de etanol às misturas da reacção impuras.
Experiências de calorimetria de digitalização diferencial (CDD) (Cammenga e Epple, 1995) revelam que estes compostos têm uma boa estabilidade térmica, comparável com a artemisinina. A Tm média, com decomposição, foi de 16 0 + 15 °C, comparada com uma Tm, com decomposição, de 181 °C, para a artemisinina, Presume-se que a decomposição térmica destes trioxolanos foi iniciada pela formação de um di-radical 1,5 produzido pela clivagem homolítica da ligação de peróxido do anel de trioxolano.
Dado que a maior parte dos trioxolanos alvo contêm uma estrutura de espiroadamantano simétrica do ponto de vista estrutural, a sua estereoquímica é em grande parte uma função da estrutura da cetona inicial ou dos reagentes utilizados nas reacções de pós-ozonólise. Para ο OZ27 e outros trioxolanos substituídos de forma similar nas posições 1,4, são possíveis dois diastereómeros aquirálicos. Contudo, tal como exemplificado para 0Z27, a maioria destes trioxolanos foram isolados como diastereómeros aquirálicos simples, em vez de misturas de dois diastereómeros aquirálicos. Por exemplo, no OZ27, não está presente quiralidade dado que o anel de trioxolano e o substituinte fenilo estão numa relação 33 de 1,4 num anel com seis átomos no núcleo. Esses compostos possuem um plano de simetria.
OZ27 0Z78 02209
Tal como se determinou por cristalografia de raios X, a atribuição da estereoquímica para OZ78, OZ209 e os seus derivados, foi determinada como sendo cis em que os oxigénios do peróxido estão numa posição axial.
Os materiais iniciais de cicloalcanona e de cicloalcanodiona que se seguem podem ser obtidos da Aldrich Chemical Co. ou da TCI American Organic Chemicals: ciclo-hexanona, ciclododecanona, 1,4-cielo-hexanodiona, 2-adaman-tanona, biciclo[3,3,1]nonan-9-ona, tetra-hidro-4H-piran-4-ona, l-carboetoxi-4-piperidona, l-benzoil-4-piperidona, a-tetralona, β-tetralona, biciclo[3,3,1]nonan-3,7-diona, 1,4-ciclo-hexanodiona-mono-2,2-dimetiltrimetileno de cetal, cis-biciclo[3,3,0]octano-3,7-diona e 4-carboetoxiciclo-hexanona.
Os materiais iniciais de cicloalcanona podem também ser sintetizados. Por exemplo, os requerentes sintetizaram 4,4-dimetilciclo-hexanona e 4,4-difenilciclo-hexanona por hidro-genação catalítica (Augustine, 1958) a partir de enonas disponíveis comercialmente. Também se sintetizou 2-carboetoxietilciclo-hexanona por tratamento da enamina de pirrolidina de ciclo-hexanona com acrilato de etilo (Stork et al. , 1963). Os especialistas na matéria podem facilmente acertar outros meios apropriados de síntese dos materiais iniciais e dos compostos de acordo com a presente invenção.
As composições de espiro e di-espiro-trioxolano da presente invenção, podem ser utilizadas de uma forma geral 34 para a profilaxia e o tratamento da malária. As composições de trioxolano da presente invenção, são administradas em conjunto com um veículo aceitável sob o ponto de vista farmacêutico. Para este fim, pode-se utilizar geralmente qualquer veículo aceitável sob o ponto de vista farmacêutico, desde que o veículo não interfira significativamente com a estabilidade ou a biodisponibilidade dos compostos de trioxolano da presente invenção.
Os trioxolanos da presente invenção, podem ser administrados sob qualquer forma eficaz sob o ponto de vista farmacêutico, para animais de sangue quente, incluindo seres humanos e outros animais, por exemplo, sob a forma tópica, líquido de lavagem, forma oral, de supositório, parentérica ou formas de dosagem infusíveis, tal como, tópica, bocal, sublingual ou spray nasal ou de qualquer outra forma eficaz para libertar os agentes. A via de administração será, preferencialmente, escolhida de modo a optimizar a libertação e/ou a localização dos agentes em relação às células alvo.
Para além do composto activo, isto é, dos trioxolanos, as composições farmacêuticas da presente invenção podem conter excipientes e auxiliares apropriados, que facilitam o tratamento dos compostos activos em preparações, que podem ser utilizadas sob o ponto de vista farmacêutico. As formas orais de dosagem englobam comprimidos, cápsulas e grânulos. As preparações podem ser administradas rectalmente, incluindo sob a forma de supositórios. Outras formas de dosagem incluem soluções apropriadas para administração parentérica ou oral e composições que podem ser administradas bucalmente ou sublingualmente.
As preparações farmacêuticas da presente invenção, são produzidas de uma forma, que é ela própria conhecida na 35 técnica. Por exemplo, as preparações farmacêuticas podem ser feitas por meio de mistura, granulação, produção de drageias, dissolução ou processos de liofilização convencionais. Os processos que se utilizam dependerão, em última análise, das propriedades físicas do ingrediente utilizado. Os excipientes apropriados são, em particular, cargas, tais como açúcares, por exemplo, lactose ou sacarose, manitol ou sorbitol, preparações de celulose e/ou fosfatos de cálcio, por exemplo, fosfato tricálcico ou fosfato de hidrogénio e cálcio, assim como, ligantes, tais como, amido, pasta, utilizando, por exemplo, amido de milho, amido de trigo, amido de arroz, amido de batata, gelatina, goma de tragacanto, metilcelulose, hodrixipropilmetilcelulose, carboximetilcelulose de sódio e/ou polivinilpirrolidona. Se desejado, podem adicionar-se agentes de desintegração, tais como, os amidos mencionados antes, assim como, amido de carboximetilo, polivinilpirrolidona reticulada, agar ou ácido algínico ou um seu sal, tal como, alginato de sódio. Os auxiliares são agentes de regulação de fluxo e lubrificantes, por exemplo, tais como, sílica, talco, ácido esteárico ou os seus sais, tais como, estearato de magnésio ou estearato de cálcio e/ou polietileno-glicol. As formas de dosagem oral podem ser providenciadas com revestimentos apropriados que, se desejado, podem ser resistentes aos sucos gástricos.
Para este fim, podem utilizar-se soluções concentradas de açúcar, que podem eventualmente conter goma-arábica, talco, polivinilpirrolidona, polietileno-glicol e/ou dióxido de titânio, soluções de laca e dissolventes orgânicos apropriados ou misturas de dissolventes. Para produzir revestimentos resistentes aos sucos gástricos, pode-se adicionar aos comprimidos revestidos soluções de preparações de celulose apropriadas, tais como, ftalato de acetilcelulose ou ftalato de hidroxipropilmetilcelulose, corantes e pigmen- 36 tos, por exemplo, para identificação ou para caracterizar diferentes combinações de doses de compostos.
Outras preparações farmacêuticas que podem ser utilizadas oralmente, incluem cápsulas de "push-fit" feitas de gelatina, assim como, cápsulas moles seladas, feitas de gelatina e um plastificante, tal como, glicerol ou sorbitol. As cápsulas de "push-fit" podem conter os compostos activos sob a forma de grânulos, que podem ser misturados com cargas, tais como, lactose, ligantes, tais como, amidos e/ou lubrificantes, tais como, talco ou estearato de magnésio e, eventualmente, estabilizantes. Nas cápsulas moles, os compostos activos são, preferencialmente, dissolvidos ou suspensos em líquidos apropriados, tais como, õleos gordos, parafina líquida ou polietileno-glicóis líquidos. Além disso, podem adicionar-se estabilizantes. As preparações farmacêuticas possíveis que podem ser utilizadas rectalmente incluem, por exemplo, supositórios, que consistem numa combinação de compostos activos com uma base do supositório. As bases de supositórios apropriadas são, por exemplo, triglicéridos naturais ou sintéticos, hidrocarbonetos de parafina, polietileno-glicois ou alcanóis superiores. Além disso, é também possível utilizar cápsulas rectais de gelatina, que consistem numa combinação dos compostos.activos com uma base. 0 material de base possível inclui, por exemplo, triglicéridos líquidos, polietileno-glicois ou hidrocarbonetos de parafina.
As formulações apropriadas para administração paren-térica incluem soluções aquosas de compostos activos sob uma forma solúvel em água ou dispersível em água. Além disso, as suspensões dos compostos activos podem ser administradas sob a forma de suspensões apropriadas de injecções oleosas. Os dissolventes lipofílicos ou os veículos apropriados incluem 37 óleos gordos, por exemplo, óleo de sésamo ou ésteres de ácidos gordos sintéticos, por exemplo, oleato de etilo ou triglicéridos. As suspensões aquosas de injecções podem conter substâncias que aumentem a viscosidade da suspensão, incluindo, por exemplo, carboximetilcelulose de sódio, sorbitol e/ou dextrano. Essas composições podem também compreender adjuvantes, tais como, agentes de conservação, agentes de molhagem, emulsionantes e agentes de libertação. Também podem ser esterilizados, por exemplo, por filtração através de um filtro que retém bactérias ou por incorporação de agentes de esterilização nas composições. Podem também ser produzidos sob a forma de composições sólidas esterilizadas, que podem ser dissolvidas ou suspensas em água esterilizada, solução salina ou outros meios injectáveis antes da administração.
Para além da administração com veículos convencionais, podem ser administrados ingredientes activos, por uma variedade de técnicas especializadas na libertação do fármaco, que são conhecidas dos especialistas na matéria, tais como, bombas de infusão portáteis.
As composições de trioxolano da presente invenção, são administradas em conjunto com um veículo aceitável sob o ponto de vista farmacêutico, numa quantidade suficiente para prevenir a infecção da malária e/ou tratar uma infecção activa. Os compostos de trioxolano da presente invenção, têm uma toxicidade extremamente baixa e um baixo grau de efeitos colaterais mesmo me doses elevadas. 0 intervalo de dosagem das composições de trioxolano, variará consoante um certo número de factores, tais como, se é para ser utilizado para profilaxia ou tratamento de uma infecção activa, também depende da via de administração, do esquema de dosagem, etc. Em geral, a dose terapêutica de trioxolano pode variar entre 38 cerca de 0,1-1.000 mg/kg/dia, sendo o intervalo preferido entre cerca de 1-100 mg/kg/dia. As doses anteriores podem ser administradas como uma única dose ou podem ser divididas em doses duplas para serem administradas. As composições de trioxolano podem ser administradas uma a várias vezes por dia. Para a prevenção da malária, um esquema de dosagem típico pode ser, por exemplo, 2,0-1.000 mg/kg/dia por semana, começando 1-2 semanas antes da exposição da malária ter lugar até a 1-2 semanas apõs a exposição.
Os espiro e di-espiro-trioxolanos da presente invenção, têm-se mostrado eficazes no tratamento da schistosomíase. A schistosomíase fica em segundo lugar atrás da malária em termos de importância socio-económica e de saúde pública nas áreas tropicais e sub-tropicais. A doença é endémica em 74 países em desenvolvimento, infectando mais do que 200 milhões de pessoas em áreas rurais de agricultura e peri-urbanas. Estima-se que 500 a 600 milhões de pessoas em todo o mundo estão em risco de contrair a doença.
As formas principais da schistosomíase humana são causadas por cinco espécies de platielminte, que aparecem nas águas ou fascíolas sanguíneas, chamados schistosomas. Uma destas espécies é o Schistosoma mansoni, que já foi referenciado em 53 países em África, no Mediterrâneo Oriental, nas Caraíbas e na América do Sul. Os parasitas entram no corpo através do contacto com águas superficiais infectadas, principalmente, entre pessoas que estão ligadas à agricultura e à pesca. Os parasitas normalmente infectam o hospedeiro durante a fase de cercaria (segunda fase da vida livre do parasita) ou de larva. Uma vez dentro do hospedeiro, a cercãria desenvolve-se em adultos ou schistosomas. 39
Os tratamentos correntes para a schistosomíase têm-se focado, principalmente, na profilaxia, isto é, na prevenção da infecção do hospedeiro pela cercária. Normalmente, o fãrmaco praziquantel é o mais largamente utilizado para o tratamento da schistosomíase. Embora o artemether tenha demonstrado actividade na profilaxia da schistosomíase, não demonstrou qualquer actividade contra S. mansoni adulto.
Verificou-se agora, inesperadamente, que os espiro e di-espiro-trioxolanos da presente invenção, são activos contra a S. mansoni, S. japonicum tanto na fase de cercária como de adultos, quando administrados em doses e nas formas sublinhadas antes, no que respeita ao tratamento dos parasitas da malária. Crê-se que os trioxolanos da presente invenção serão activos contra S. haematobium. Os compostos preferidos identificados para serem utilizados no tratamento da schistosomíase incluem OZ03, OZ05, 0Z11, 0Z16, OZ23, OZ25, 0Z2 7, 0Z3 2, 0Z71, OZ78, OZ89, OZ90, 0Z119, 0Z145, OZ163, OZ205, OZ207, OZ209, OZ210, OZ219, OZ227, OZ229, OZ235, OZ255, OZ256, OZ257, OZ263, OZ264, OZ265, OZ266, OZ267, OZ268, OZ269 e OZ270. Os compostos mais preferidos são OZ05, OZ23, 0Z2 5, 0Z71, OZ78, OZ89, 0Z119, OZ163, OZ205, OZ207 e OZ209. Os níveis de dosagem preferidos dos espiro e di-espiro-trioxolanos são de cerca de 100-200 mg/kg/dia, oralmente. Os protótipos dos trioxolanos da presente invenção são OZ03 e OZ05.
Os espiro e di-espiro-trioxolano da presente invenção podem também ter eficácia no tratamento do cancro. Os compostos têm uma parte de endoperóxido que é reactiva com heme e ferro e que têm demonstrado uma capacidade para matar as células cancerosas (ver, por exemplo, a patente de invenção norte-americana U.S. N°. 5.578.637, cuja descrição se incorpora aqui como referência). Tal como se fez notar no 40 que respeita à artemisinina, o mecanismo de acção dos trioxolanos contra os parasitas da malária baseia-se na capacidade dos compostos de trioxolano para reagir com o ferro nas moléculas de heme livre nos parasitas da malária, com a geração de radicais livres que levam à destruição celular. Do mesmo modo, os trioxolanos são selectivos contra células do cancro, devido à concentração mais elevada dos receptores de transferrina nas membranas das células do cancro que apanham o ferro numa taxa mais elevada do que as células normais. Na presença dos trioxolanos da presente invenção, as células de cancro vão acumular concentrações elevadas de radicais livres, o que leva à morte da célula. Para o tratamento do cancro, os trioxolanos da presente invenção podem ser administrados nas doses e na forma mencionada antes.
Também se podem incorporar no veículo outros fármacos para além dos trioxolanos, que são compatíveis com os ingredientes veiculares. Esses fármacos podem ser facilmente acertados pelos especialistas na matéria e podem incluir, por exemplo, antibióticos, outros agentes anti-malária, agentes anti-inflamatórios, etc.
Deve entender-se que a presente invenção contempla a utilização não só dos próprios compostos de trioxolano mencionados antes, mas os seus pró-fármacos que metabolizam com o compostos e os análogos e as suas formas de sais activas sob o ponto de vista biológico, assim como, os isómeros ópticos que providenciam os mesmos resultados farmacêuticos.
Os exemplos que se seguem são dados a título ilustrativo mas não limitam a presente invenção. Assim, eles apresentam-se com o entendimento de que as várias modificações da 41 formulação, assim como, do processo de modificações de libertação podem ser feitos e estão ainda dentro do espírito da presente invenção. EXEMPLO 1
Processo Geral para a Preparação de 1,2,4-Trioxolanos Síntese de oxima de O-metilo e 2-adamantanona (processo representativo). A uma solução de 2-adamantanona (4,51 g, 30 mmole), no seio de metanol (30 mL) , adicionou-se piridina (4,5 mL) e cloridrato de metoxilamina (3,76 g, 45,0 mmole). Agitou-se a mistura reaccional à temperatura ambiente, durante 48 horas, concentrou-se in vacuo e diluiu-se com CH2C12 (50 mL) e água (50 mL). Separou-se a camada orgânica e extraiu-se a camada aquosa no seio de CH2C12 (30 mL) . Lavaram-se os extractos orgânicos combinados com HC1 1 M (30 mL x 2) e NaCl aquoso, saturado (3 0 mL) e secou-se sobre MgS04. A evaporação in vacuo originou oxima de O-metilo e 2-adamantanona (4,77 g, 89 %) , sob a forma de um sólido incolor, pf 70-71 °C; RMN do *H (300 MHz, CDC13) δ 1,60-2,10 12H) , 2,54 (S, 1H) , 3,47 (s, 1H), 3,82 (s, 3H) . Ref : Corey, E . J.; Niimura, K. ; Konishi, Y.; Hashimoto, S.; Hamada, Y. A New Synthetic Route to Prostaglandins. Tetrahedron Lett. 1986, 27, 2199-2202.
Oxima de O-metilo e ciclo-hexanona. Rendimento, 76 %; óleo incolor; RMN do (300 MHz, CDC13) δ 1,40-1,80 (m, 6H) , 2,20 (t, J = 6,0 Hz, 2H), 2,45 (t, J = 6,1 Hz, 2H), 3,81 (s, 3H) .
Oxima de O-metilo e ciclododecanona. Rendimento, 98 %; óleo incolor; RMN do XH (500 MHz, CDC13) δ 1,20-1,4 9 (m, 42 14Η) , 1,50-1,60 (m, 2H) , 1,61-1,70 (m, 2H) , 2,22 (t, J = 6,8
Hz, 2H) , 2,35 (t, J = 6,6 Hz, 2H) , 3,81 (s, 3H) .
Oxima de O-metilo e 3,3,5,5-tetrametileiclo-hexanona.
Rendimento, 91 %; óleo incolor; RMN do (500 MHz, CDC13) δ 0,96 (S, 6H), 0,97 (s, 6H), 1,33 (s, 2H), 1,95 (s, 2H), 2,20 (S, 2H), 3,80 (s, 3H).
Oxima de O-metilo e 4-fenilciclo-hexanona. Rendimento, 92 %; óleo incolor; pf 45-47 °C ; RMN do XH (500 MHz, CDCI3) δ 1,57-1,76 (m, 2H) , 1,82-1,92 (m, 1H), 1,99-2,13 (m, 2H), 2,19-2,30 (m, 1H), 2,47-2,56 (m, 1H), 2,72-2,81 (m, 1H), 3,32-3,42 ( m, 1H), 3,85 (s, 3H), 7,17-7,34 (m, 5H) . Oxima de O-metilo e biciclo[3,3,1]nonan-9-ona. Rendimento, 96 %; óleo incolor; RMN do ΧΗ (500 MHz, CDCI3) δ 1,46-1,62 (m, 2H) , 1,72-2,11 (m, 10H) , 2,47 (s largo, 1H) , 3,40 (s largo, 1H), 3,82 (s, 3H). 1-(p-Toluenossulfonil)-4-piperidona, A uma solução de cloridrato de mono-hidrato de 4-píperidona (7, 68 g, 50 mmole), no seio de cloreto de metileno (50 mL), adicionou-se, sequencialmente, cloreto de p-toluenossulfonilo (10,50 g, 55,07 mmole) e trietílamina (21 mL) . Agitou-se a mistura à temperatura ambiente, durante 16 horas, antes de se parar a reacção com água (100 mL). Lavou-se a camada orgânica com HC1 1 M (100 mL) e salmoura (100 mL) e secou-se sobre sulfato de sódio. A evaporação do dissolvente originou a cetona desejada (8,60 g, 68 %), sob a forma de um sólido incolor, pf 130-132 °C; RMN do λΗ (500 MHz, CDCI3) δ 2,40 (s, 3H) , 2,58 (t, J = 6,4 Hz, 4H) , 3,38 (t, J = 6,4 Hz, 4H) , 7,35 (d, J = 7,8 Hz, 2H), 7,68 (d, J = 8,3 Hz, 2H). 43 1-[3-(Etoxicarbonil)propionil]-4-piperidona. A uma solução de cloridrato de mono-hidrato de 4-piperidona (7,68 g, 50 mmole) e trietilamina (21 mL) , no seio de cloreto de metileno (100 mL), adicionou-se cloreto de 3-(etoxicarbonil)propionilo (9,87 g, 60 mmole), a 0 °C, durante um período de 10 minutos. Agitou-se a mistura à temperatura ambiente, durante 16 horas, antes de se parar a reacção com água (100 mL) . Separou-se a camada orgânica e extraiu-se a camada aquosa no seio de cloreto de metileno (100 mL) . Lavaram-se as camadas orgânicas combinadas com HC1 1 M (100 mL), bicarbonato de sódio aquoso, saturado (100 mL) e salmoura (100 mL) , secou-se sobre sulfato de sódio e concentrou-se. A purificação por cromatografia rápida (gel de sílica, éter em hexanos a 30 %) originou a cetona desejada (3,80 g, 33 %) , sob a forma de um óleo amarelo claro. RMN do XH (500 MHz, CDC13) δ 1,27 (t, J = 7,3 Hz, 3H) , 2,48 (t, J = 6,4 Hz, 2H), 2,53 (t, J = 6,4 Hz, 2H) , 2,68 (s, 4H) , 3,82 (t, J = 6,3 Hz, 2H) , 3,82 (t, J = 6,3 Hz, 2H), 4,16 (q, J = 7,3 Hz, 2H). 1,l-Dioxotetra-hidrotiopiran-4-ona. A uma solução de tetra-hidrotiopiran-4-ona (400 mg, 3,45 mmole), no seio de acetonitrilo (5 mL), adicionou-se Na2EDTA aquoso (3 mL, 0,0004 M) . Adicionou-se, em pequenas porções, à mistura anterior, durante um período de 20 minutos, uma mistura de oxona (6,30 g, 10,30 mmole) e bicarbonato de sódio (2,70 g, 32 mmole). Agitou-se a pasta durante 1 hora, antes de se parar a reacção com cloreto de metileno. Decantou-se o dissolvente orgânico e triturou-se o resíduo sólido no seio de acetato de etilo (3 x 25 mL) . Secaram-se as camadas orgânicas combinadas sobre sulfato de sódio e concentrou-se para se obter a cetona desejada (0,37 g, 73 %), sob a forma de um sólido incolor, pf 170-172 “C (lit. 168-170 °C); RMN do ΧΗ (500 MHz, CDCI3) 2,99 (t, J = 6,8 Hz, 4H) , 3,39 (t, J = 44 6,8 Hz, 4H) . Ref: Yang, D.; Yip, Y.-C.; Jiao, G.-S.; Wong, M.-K. Design of Efficient Ketone Catalysts for Epoxidation by Using the Field Effect. J. Org. Chem., 1998, 63, 895.2-8956. Síntese de 1-benzenossulfonil-4-piperidona (processo representativo). A uma solução de cloridrato de mono-hidrato de 4-piperidona (4,59 g, 30 mmole), trietilamina (12,5 mL, 90 mmole) , no seio de CH2C12 (50 mL) , adicionou-se cloreto de benzenossulfonilo (5,30 g, 30 mmole). Agitou-se a mistura, a 25 °C, durante 16 horas. Depois da evaporação dos dissolventes, triturou-se o resíduo no seio água (100 mL) , filtrou-se e purificou-se por recristalização no seio de hexanos/CH2Cl2 (3:1), para se obter a cetona desejada (5,97 g, 83 %) , sob a forma de um sólido incolor. pf 116-118 ° C; RMN do XH (500 MHz, CDC13) δ 2,54 (t, J = 6, 4 Hz, 4H), 3,41 (t, J = 6,4 Hz, 4H), 7,58 (d, J = 7,8 Hz, 2H), 7,63 (t, J = 7,0 Hz, 1H), 7,81 (d, J = 7,8 Hz, 2H). 1-(4-Metoxibenzenossulfonil)-4-piperidona. Rendimento, 77 %; sólido incolor; pf 130-132 °C; RMN do αΗ (500 MHz, CDC13) δ 2,56 (t, J = 6,4 Hz, 4H) , 3,38 (t, J = 6,3 Hz, 4H) , 3,95 (s, 3H), 7,00 (d, J = 8,2 Hz, 2H) , 7,75 (d, J = 8,2 Hz, 2H) . 1-(4-Clorobenzenossulfonil)-4-piperidona. Rendimento, 73 %; sólido incolor; pf 166-168 °C; RMN do XH (500 MHz, CDCl3) δ 2,55 (t, J = 6,4 Hz, 4H) , 3,41 (t, J = 6,4 Hz, 4H) , 7,54 (d, J = 8,3 Hz, 2H), 7,81 (d, J = 8,4 Hz, 2H). 1-Metanossulfonil-4-piperidona. A uma suspensão de cloridrato de mono-hidrato de 4-piperidona (2,0 g, 13 mmole) e K2C03 (9,0 g, 65,2 mmole), no seio de acetona (40 mL) , adicionou-se cloreto de metanossulfonilo (5,96 g, 52,1 mmole) , a 0-5 °C. Agitou-se a mistura a 25 °C, durante 24 45 horas. Eliminou-se o material sólido por filtração e concentrou-se o filtrado até à secagem. Purificou-se o resíduo por cromatografia rápida (gel de sílica, éter em hexanos a 80 %), para se obter a cetona desejada (1,20 g, 52 %) , sob a forma de um sólido incolor, pf 102-104 °C; RMN do (500 MHz, CDC13) δ 2,58 (t, J = 6,4 Hz, 4H) , 2,90 (s, 3H) , 3,60 (t, J = 6,4 Hz, 4H).
Trifenilfosforano de etoxicarbonilmetileno. A uma solução de trif enilfosf ina (26,20 g, 100 mmole) , no seio de benzeno (150 mL) , adicionou-se bromoacetato de etilo (16,70 g, 100 mmole) , a 0-5 °C. Manteve-se a mistura à temperatura ambiente, durante 16 horas. Filtrou-se o sal de fosfónio resultante, lavou-se com benzeno (100 mL) e secou-se. A uma solução do sólido em água (200 mL) adicionou-se benzeno (200 mL), seguido de uma solução de NaOH a 10 % (100 mL). Separou-se a camada orgânica e extraiu-se a camada aquosa no seio de benzeno (200 mL). Lavaram-se as camadas orgânicas combinadas com água (100 mL) e salmoura (100 mL) , concentraram-se em 50 mL in vacuo e verteram-se sobre hexano (200 mL). Filtrou-se o precipitado e secou-se, para se obter o fosforano desejado (28,00 g, 80 %), sob a forma de um sólido incolor. Pf 128-130 0 C.
Ester etílico do ácido 4-oxociclo-hexilidenoacético. A uma solução de 1,4-ciclo-hexanodiona (5,00 g, 44,64 mmole), no seio de benzeno (100 mL), adicionou-se ileto (15,55 g, 44,68 mole). Aqueceu-se a mistura à temperatura de refluxo, durante 12 horas. Após a eliminação do dissolvente por evaporação, purificou-se o resíduo por cromatografia rápida (gel de sílica, acetato de etilo em hexanos a 5 %) , para se obter o éster de cetona (5,80 g, 71 %) , sob a forma de um óleo incolor. RMN do XH (500 MHz, CDC13) δ 1,26 (t, J = 6,4 46
Hz, 3H), 2,42-2,50 (m, 4H), 2,60-2,66 (m, 2H), 3,12-3,20 (m, 2H) , 4,16 (q, J = 6,4 Hz, 2H) , 5,86 (s, 1H) . Éster etílico do ácido 4-oxociclo-hexanoacético. A uma solução do éster insaturado (2,50 g, 13,74 mmole), no seio de etanol (25 mL), adicionou-se níquel de Raney (1,0 g). Agitou-se a mistura à temperatura ambiente sob atmosfera de H2 (balão), durante 24 horas. Depois de se eliminar o catalizador por filtração, concentrou-se o filtrado para se obter o éster de álcool, que foi utilizado para a oxidação de Jones sem mais purificação. A uma solução do resíduo anterior no seio de acetona (20 mL) , a 0 °C, adicionou-se reagente de Jones (6 mL), preparado por dissolução de Cr03 (27,20 g) , no seio de ácido sulfúrico concentrado (25 mL) e posterior diluição da solução para 100 mL com água. Agitou-se a mistura reaccional a 0 °C, durante 2 horas, antes de se parar a reacção com isopropanol (3 mL). Eliminou-se o dissolvente orgânico in vacuo e diluiu-se o resíduo com éter (100 mL) e lavou-se com água (50 mL) e salmoura (50 mL) . Secou-se a camada orgânica sobre MgS04 e concentrou-se para se obter o éster de cetona (1,80 g, 71 %) , sob a forma de um óleo incolor. RMN do XH (500 MHz, CDC13) δ 1,26 (t, J = 6,4 Hz, 3H), 1,44-1,48 (m, 3H), 2,08-2,10 (m, 2H), 2,29-2,31 (d, J = 8,3 Hz, 2H) , 2,39-2,40 (m, 4H), 4,18 (q, J = 6,4 Hz, 2H) . Ácido 4-oxociclo-hexanocarboxílico. Aqueceu-se a 50 °C, durante 1,5 horas, uma mistura de 4-oxociclo-hexanocarboxilato de etilo (1,74 g, 10 mmole), metanol (25 mL) e KOH aquoso a 17 % (5 mL) . Depois de se ter arrefecido para a temperatura ambiente, acidificou-se a mistura reaccional até a um pH 3 com HC1 concentrado, concentrou-se até 10 mL a pressão reduzida e extraiu-se no seio de clorofórmio (3 x 15 mL) . Secaram-se as camadas orgânicas combinadas sobre MgS04, filtraram-se e concentraram-se, para 47 se obter o ácido de cetona desejado (1,30 g, 91 %), sob a forma de um sólido incolor, pf 62-64 °C; RMN do 1H (500 MHz, CDC13) δ 2,05-2,10 (m, 2H), 2,23-2,27 (m, 2H), 2,35-2,41 (m, 2H) , 2,49-2,54 (m, 2H) , 2,80-2,84 (m, 1H) . 4-Oxociclo-hexanoearboxilato de neopentilo. A uma solução do ácido 4-oxociclo-hexanocarboxílico (852 mg, 6 mmole), trifenilfosfina (1,59 g, 6 mmole) e álcool de neopentilo (635 mg, 7,2 mmole), no seio de THF anidro (18 mL) , a 0 °C, adicionou-se, gota a gota, uma solução de azodicarboxilato de dietilo (0,96 mL, 6 mmole), no seio de THF anidro (7,5 mL). Agitou-se a mistura reaccional à temperatura ambiente, durante a noite antes de se parar a reacção por adição de NaHC03 aquoso, saturado (50 mL) . Separou-se a fase aquosa e extraiu-se com CH2C12 (2x30 mL). Combinaram-se os extractos orgânicos, secaram-se sobre MgS04 e concentraram-se in vacuo. Diluiu-se o resíduo no seio de éter (10 mL) e éter de petróleo (20 mL) e filtrou-se para eliminar o óxido de trifenilfosfina. Eliminou-se o dissolvente in vacuo e
purificou-se o resíduo por cromatografia (éter em éter de petróleo a 20 %) , para se obter o éster de cetona desejado (820 mg, 65 %) , sob a forma de um óleo incolor. RMN do 1H (500 MHz, CDCI3) δ 0,96 (s, 9H) , 2,04-2,07 (m, 2H), 2,22-2,25 (m, 2H), 2,34-2,40 (m, 2H), 2,46-2,50 (m, 2H), 2,80 (m, 1H), 3,82 (s, 2H).
Cetal de 4-hidroxi-4-(4-fluorofenil)ciclo-hexanona e etileno. A um frasco de fundo redondo de 500 mL, equipado com um agitador mecânico, um condensador e um funil de adição, adicionou-se pedaços de magnésio (3,50 g, 140 mmole) e THF suficiente para cobrir o magnésio. Adicionou-se, gota a gota, uma solução de l-bromo-4-fluorobenzeno (12,45 g, 70,43 mmole), no seio de THF (90 mL) , a uma taxa tal, que se manteve a mistura reaccional a um refluxo suave a seguir ao 48 início da reacção (o início pode ser conseguido aquecendo o frasco). Depois do refluxo da mistura durante mais 2,5 horas, adicionou-se, gota a gota, uma solução de cetal de 1,4-ciclo-hexanodiona e monoetileno {10,00 g, 64,03 mmole), no seio de THF (75 mL) . Manteve-se a mistura em refluxo durante mais 2 horas antes de se parar a reacção com uma solução saturada de cloreto de amónio (7 mL) . Depois da eliminação dos sais de magnésio por filtração, concentrou-se o filtrado até à secagem. Dissolveu-se o resíduo no seio de CHC13 e lavou-se com água e salmoura. Separou-se a camada orgânica, secou-se sobre MgS04 e concentrou-se. Purificou-se o resíduo por cromatografia rápida (éter em éter de petróleo a 30 %), para se obter o álcool desejado (13,50 g, 87 %) , sob a forma de um sólido incolor, pf 133-134 °C. RMN do *H (500 MHz, CDC13) δ 1,69 (d, J = 11,7 Hz, 2H), 1,79 (d, J = 12,2 Hz, 2H), 2,05-2,18 (m, 4H) , 3,98 (m, 4H) , 7,02 (t, J = 8,3 Hz, 2H) , 7,47-7,50 (m, 2H). 4-Hidroxi-4-(4-fluorofenil)ciclo-hexanona. Fez-se o refluxo, durante 14 horas, de uma mistura de cetal de 4-hidroxi-4-(4-fluorofenil)ciclo-hexanona e etileno (7,20 g, 28,6 mmole), THF (125 mL) e HC1 aquoso a 5 % (65 mL) . Arrefeceu-se a mistura para a temperatura ambiente, concentrou-se para 60 mL e extraiu-se no seio de CH2C12 (3 x 6 0 mL) . Secaram-se as camadas orgânicas combinadas sobre MgS04 e concentrou-se in vacuo. Purificou-se o resíduo por cristalização no seio de hexanos, para se obter a cetona de álcool desejada (5,30 g, 89 %) , sob a forma de um sólido incolor, pf 111-114 "C (lit. 115-117 °C). RMN do *H (500 MHz, CDC13) δ 2,17-2,20 (m, 2H) , 2,23-2,29 (m, 2H) , 2,32-2,37 (rn, 2H), 2,87-2,94 (m, 2H), 7,04-7,07 (m, 2H), 7,48-7,51 (m, 2H). 4-Acetoxi-4-(4-fluorofenil)ciclo-hexanona. A uma solução de 4-hidroxi-4-(4-fluorofenil)ciclo-hexanona (520 mg, 2,5 49 mmole), piridina (2 mL) e 4-dimetilaminopiridina (46 mg), no seio de CH2C12 (25 mL) , a 0 °C, adicionou-se, gota a gota, uma solução de anidrido acético (1 mL), no seio de CH2C12 (5 mL) . Aqueceu-se a mistura até à temperatura ambiente e agitou-se durante 28 horas antes de se parar a reacção com água (30 mL) . Lavou-se a fase orgânica com HC1 1 M (2x30 mL) e salmoura (30 mL), secou-se sobre MgS04 e concentrou-se in vacuo. Purificou-se o resíduo por cromatografia rápida (éter em éter de petróleo a 25 %) , para se obter a cetona desejada (510 mg, 82 %), sob a forma de um sólido incolor, pf 113-115 °C. RMN do XH (500 MHz, CDC13) δ 2,11 (s, 3H) , 2,20 (m, 2H), 2,43 (m, 2H), 2,68 (m, 2H), 2,86 (m, 2H), 7,05 (t, J = 8,3, 2H) , 7,35-7,38 (m, 2H) .
Processo geral para a preparação de 1,2,4-trioxolanos.
Produziu-se ozono com um gerador de ozono da OREC (0,6 L/min. 02, 60 V) , passados de uma garrafa de lavagem de gás vazia, que se arrefeceu para -78 °C e fez-se borbulhar através de uma solução de uma oxima de O-metilo e cetona, no seio de pentano/CH2Cl2, a 0 °C. As oximas de O-metilo de ciclo- hexanona, 2-adamantanona e 3,3,5,5-tetrametilciclo-hexanona (1 mmole), foram consumidas no prazo de 30 minutos enquanto a oxima de O-metilo e ciclododecanona (1 mmole), precisou de 6 minutos para desaparecer. Depois de tudo estar completo, fez-se passar pela solução oxigénio durante 5 minutos, antes de se concentrar in vacuo, à temperatura ambiente, para se obter um resíduo que foi purificado por cromatografia rápida. EXEMPLO 2
Actividade Anti-Malária de OZ01-OZ270
Analisou-se cada trioxolano in vítro em relação às estirpes P. falciparum Kl resistentes à cloroquina e às 50 estirpes NF54 sensíveis a cloroquina. Na análise in vivo com uma dose única de STI, infectaram-se ratos Moro SPF ou NMRI com a estirpe ANKA de P. berghei (grupos de três ratos) , foram tratados um dia após a infecção com trioxolanos dissolvidos ou suspensos em etanol a 3 % e Tween 8 0 a 7 %. Administraram-se os trioxolanos sob a forma de dosas únicas de 10 mg/kg sc e po. Administraram-se também os trioxolanos sob a forma de doses únicas de 10 mg/kg em veículo de suspensão padrão (VSP) . O VSP consiste em CMC a 0,5 % p/v, álcool de benzilo a 0,5 % v/v, Tween 80 a 0,4 % v/v e cloreto de sódio a 0,9 % p/v em água. Mediu-se a actividade anti-malária pela percentagem de redução em parasitémia três dias após a infecção e os tempos de sobrevivência comparados com um grupo de controlo não tratado. A sobrevivência no 30° dia após a infecção é considerada como sendo uma cura. Para a análise comparativa, no quadro 1 a seguir apresentam-se dados para os trioxolanos OZ01-OZ270 em conjunto com os controlos, fenozano, artemisinina, arteéter, artemether e artesunato:
Quadro 1 nmposto CI50 (ng/mL) K1/NF54 Actividade (%)po/SSVpo/sc Sobrevivência (dias) po/SSVpo/ ΝΟΝΕ — 0 5,6+0,3 ΟΖ01 >100/>100 0/na/o1 5,3/NA/5,31 OZ02 >100/94 O/NA/01 5,0/NA/5,01 OZ03 1,2/1,6 94/ΝΑ/100 7,2/NA/ll,9 OZ04 >100/>100 0/NA/01 5,3/NA/5,31 OZO 5 0,19/0,36 94/74/99,7 7,1/6,2/8,6 OZ06 18/22 T/NA/T1 1,0/NA/l,01 OZO 7 66/49 0/NA/01 6,O/NA/5,71 OZ08 2,4/2,8 99,7/NA/99,91 8,0/NA/9,71 OZ09 32/39 O/NA/811 5,0/NA/6,31 OZIO 0,40/0,67 99,6/NA/99,98 8,9/NA/10,5 0Z11 1,5/2,7 99,99/98/100 11,4/7,4/18 0Z12 0,60/0,77 75/NA/99,8 7,O/NA/9,3 51
Composto CI50 (ng/mL) K1/NF54 Actividade { %)po/SSVpo/SC Sobrevivência (dias) po/SSVpo/sc 0Z13 0,40/0,50 56/NA/99,7 6,7/NA/9,7 0Z14 91/>100 23/NA/96 6,O/NA/7,7 0Z15 0,60/1,0 99,8/88/99,9 7,4/6,8/8,2 OZ16 0,45/0,67 79/83/99, 26,7/6,7/7,3 0Z17 85/>100 0/NA/18 5,3/NA/6,3 0Z18 63/84 0/NA/0 5,O/NA/5,3 0Z19 1,3/2,7 98,3/56/99,98 7,5/6,0/13,4 OZ2 0 15/20 97/14/90 7,4/6,0/7,0 0Z21 14/25 0/NA/0 5,O/NA/6,0 OZ22 0,32/0,56 35/NA/99,6 6,O/NA/7,7 OZ23 0,29/0,57 99,5/99,34/99,9 7,7/7,0/8,9 OZ24 0,35/0,58 93/66/99,9 7,0/6,8/8,7 OZ25 1,1/2,1 99,9/96/99,97 8,4/7,2/16,5 OZ26 3,1/5,0 88/NA/99,9 7,0/NA/9,7 OZ27 2,2/4,8 99,97/96/99,92 12,6/8,0/17,1 OZ28 2,1/2,5 93/NA/99,97 7,3/NA/12,3 OZ29 9,7/13 0/NA/0 5,0/NA/5,0 OZ30 0,65/1,3 0/NA/86 5,3/NA/9,0 0Z31 3,0/3,0 99,95/90/99,95 9,0/7,3/17,7 OZ32 0,25/0,51 79/93/91 6,7/7,0/8,7 OZ33 2,3/3,5 8 0/NA/99,97 6,7/NA/11,7 OZ34 42/60 0/NA/0 5,3/NA/5,7 0Z3 5 1,7/2,1 74/NA/99,98 6,3/NA/9,3 0Z3 5 24/62 0/NA/0 5,7/NA/5,7 OZ37 1,1/1,6 83/NA/99,98 6,7/NA/13 OZ38 0,86/1,3 83/15/99,98 6,7/5,0/25,3 OZ39 1,4/1,8 61/NA/99,3 6,3/NA/7,7 OZ40 1,4/2,0 99/NA/99,8 7,3/NA/9,0 0Z41 3,5/4,6 99,98/81/99,5 12,1/6,8/10,7 OZ42 2,3/2,6 68/NA/92 6,O/NA/7,0 OZ43 11,7,5 99,97/18/97 8,9/5,4/7,3 OZ44 2,5/2,3 99,3/NA/99,9 7,O/NA/8,3 0Z45 17/27 15/NA/16 6,0/NA/5,0 OZ46 22/19 99/NA/62 7,7/NA/6,0 0Z4 7 7,5/7,4 99,98/NA/99 12,7/NA/8,0 0Z4 8 11/13 99,8/NA/42 8,7/NA/6,3 0Z4 9 0,82/0,93 81/NA/85 6,7/NA/7,3 0Z5 0 1,1/1,2 77/57/97 7,0/5,7/7,3 0Z51 2,5/2,5 8 9/NA/10 0 7,0/NA/14 52
Composto CI50 (ng/rnL) K1/NF54 Actividade (%)po/SSVpo/SC Sobrevivência (dias) po/SSVpo/sc OZ52 3,1/3,0 88/NA/99,7 6,7/NA/8,0 OZ53 1,4/1,7 9/NA/58 6,O/NA/6,3 OZ54 32/35 8 5/NA/97 7,0/NA/7,0 OZ55 0,49/0,60 45/NA/97 6,0/NA/7,3 OZ56 0,59/0,64 93/63/99,97 6,7/5,7/10,3 OZ57 3,1/2,8 32/NA/98,4 6,O/NA/7,7 OZ58 7,1/7,2 39/NA/52 6,O/NA/6,3 0Z59 1,4/1,3 51/NA/9 9,95 6,0/NA/10,0 OZ60 1,1/1,2 71/NA/100 6,0/NA/10,3 0Z61 0,52/0,53 91/NA/96 7,O/NA/7,3 OZ62 33/28 0/NA/0 6,0/NA/5,0 OZ63 1,6/1,6 99,62/65/99,91 7,3/6,0/9,3 OZ64 1,5/1,3 95/NA/98 7,3/NA/8,0 OZ65 57/65 0/NA/1 5,O/NA/5,0 0Z66 44/3 6 0/NA/0 5,3/NA/5,7 OZ67 >100/>100 0/NA/0 5,0/NA/5,0 OZ68 41/49 1/NA/6 5,0/NA/5,3 0Z6 9 1,6/1,4 56/NA/40 6,3/NA/6,3 07,7 0 1,2/1,1 98/NA/94 7,7/NA/7,7 0Z71 4,5/3,7 98/98/97 7,3/6,7/8,3 OZ72 15/13 97/NA/95 7,7/NA/6,7 OZ73 6,5/8,2 2 7/NA/3 6 6,O/NA/6,7 OZ74 2,3/3,5 63/NA/99,97 6,3/NA/10,0 OZ75 2,4/4,3 77/NA/5 7,3/NA/5,0 OZ76 1,7/3,0 49/NA/94 6,3/NA/8,0 OZ77 1,4/2,2 99,9/74/98 9,0/6,0/8,3 0Z7 8 24/42 94/97/79 8,7/7,0/6,7 OZ79 0,38/0,81 85/99,94 7,O/NA/9,3 OZ8 0 0,15/0,34 59/NA/84 6,3NA//7,7 0Z81 > 100/>100 0/NA/0 5,3/NA/5,0 OZ82 0,48/1,2 91/NA/7 9 7,3/NA/7,0 OZ83 0,30/0,60 92/78/99,8 7,0/6,3/8,0 OZ84 1,4/2,1 92/NA/99,99 7,7/NA/14,7 OZ85 0,86/1,8 34/NA/99,7 6,0/NA/8,3 OZ86 0,80/2,0 77/NA//99,9 6,7/NA/ll,3 OZ87 3,6/4,4 22/NA/53 5,7/NA/6,0 OZ88 5,7/4,2 62/NA/99,1 6,0/NA/11,7 OZ89 0,30/0,75 94/89/99,8 7,3/6,7/8,7 OZ90 0,44/0,84 89/95/99 7,0/7,0/8,0 53
Composto CI50 Sng/mL) K1/NF54 Actividade (%)po/SSVpo/sc Sobrevivência (dias) po/SSVpo/sc OZS1 1,4/0,42 20/0/85 5,7/6,0/7,3 OZ92 1,6/0,40 81/35/99,98 6,7/6,3/10,0 OZ93 3,3/0,92 57/3/100 6,7/6,0/13,3 OZ94 57/28 21/0/11 6,0/5,7/5,3 OZ95 2,8/1,3 31/0/49 6,0/6,0/6,0 OZ96 8,4 / > 10 12/14/19 5,7/5,7/5,3 OZ97 2,2/1,8 59/2/66 6,7/5,3/7,0 OZ98 2,3/0,9 72/11/77 6,3/5,3/7,3 OZ99 77/27 30/40/36 6,3/5,7/6,3 OZIOO 1,4/0,34 61/36/80 6,7/6,3/7,0 OZ101 3,0/1,6 44/0/99,97 6,3/5,3/13 OZ102 1,6/0,45 92/73/99,97 7,0/6,7/19,7 OZ103 0,64/0,17 86/63/87 7,3/6,7/7,3 OZ104 1,4/0,50 56/0/99,98 6,3/5,7/12,0 OZ105 5,4/5,0 16/0/28 5,7/5,7/6,3 OZ106 2,2/1,7 0/0/0 5,3/5,0/5,3 OZ107 1,0/0,30 70/32/99,74 6,3/6,3/8,0 OZ108 68/29 0/0/0 5,0/5,0/5,7 Z109 21/24 2/0/24 5,7/5,7/6,3 OZ110 5,3/2,1 50/0/97,97 6,7/5,3/7,7 OZ111 0,92/0,35 98/79/99,94 7,7/6,3/8,3 OZ112 >10/>10 6/0/36 5,7/5,7/6,3 OZ113 0,95/0,20 92/96/89 7,3/8,0/7,3 OZ114 3,7/2,2 0/0/99,64 5,7/6,0/8,7 OZ115 11/6,9 33/0/97 6,3/5,7/7,3 OZ116 4,2/3,3 97/96/96 7,7/8,3/8,0 OZ117 2,1/1,2 95/96/99,94 7,0/7,7/8,7 OZ118 1,0/0,24 99,0/98/99,57 7,0/8,0/8,3 OZ119 0,83/0,20 99,29/99,15/99,66 7,7/8,0/8,3 OZ120 1,2/0,59 33/8/96 6,0/5,7/8,0 OZ121 0,96/0,41 91/98/99,61 7,3/8,0/7,3 OZ122 >100/>100 10/3/0 5,7/5,3/5,0 OZ123 1,6/1,9 99,66/94/99,96 8,0/7,0/16 OZ124 2,1/1,7 72/17/86 6,3/5,3/7,0 OZ125 68/>100 8/0/0 5,3/5,7/6,0 OZ126 0,20/0,50 55/72/99,44 7,0/6,7/8,5 OZ127 0,61/1,3 95/98/97 7,0/7,7/7,7 OZ128 0,59/1,1 99,93/99,95/99,98 8,3/8,7/11,7 OZ129 10/>10 0/4/0 5,3/5,7/5,7
Composto CI50 (ng/mL) K1/NF54 Actividade (%)po/SSVpo/sc Sobrevivência (dias) po/SSVpo/sc OZ130 0,62/0,94 98,8/98,9/98,6 9,0/8,0/7,3 02131 1,7/4,1 21/41/90 5,7/6,0/8,0 OZ132 9,8 / > 10 38/0/40 6,3/5,7/6,3 OZ133 0,70/1,1 94/97/72 7,0/7,3/7,0 OZ134 0,88/1,1 72/27/99,95 6,3/6,0/15,3 OZ135 >100/>100 1/0/0 5,3/5,3/5,3 OZ136 23/21 0/0/0 6,0/6,0/6,0 0213 7 11/18 0/6/61 5,7/6,3/7,0 OZ138 10/19 0/5/7 5,7/6,3/6,3 OZ140 5,9/8,2 0/8/60 6,0/6,3/7,0 0Z141 1,7/1,9 98/97/99,89 8,0/8,0/8,7 OZ142 2,3/2,3 0/2/99,98 6,0/6,3/14,3 OZ143 0,98/1,8 48/44/99,85 6,7/6,7/9,7 OZ144 1,4/2,1 99,45/92/99,94 7,3/7,3/16,7 OZ145 0,50/0,76 99,82/99,21/99,87 8,3/10,7/10,7 OZ146 2,2/2,7 62/40/91 7,0/6,3/9,0 OZ147 1,1/1,8 85/71/99,89 8,0/8,0/19,7 OZ148 17/16 38/58/21 7,3/7,7/6,3 OZ149 8,0/8,8 64/3/87 7,7/6,0/14,3 0Z151 3,8/4,0 71/71/99,63 7,3/7,3/11,0 OZ152 3,2/7,2 0/12/22 6,3/6,7/6,7 OZ153 7,7/19 15/23/20 6,3/7,0/6,3 OZ154 5,0/6,1 99,74/81/59 14,7/8,7/7,7 OZ155 12/>10 53/53/73 6,3/7,0/8,3 OZ156 2,1/2,1 99,98/98,8/99,98 17,0/10,3/19,7 OZ157 0,20/0,22 90/80/97 7,3/8,3/8,3 OZ159 0,70/0,94 34/31/98 6,7/6,7/9,0 OZ160 0,70/0,87 45/43/99,94 6,3/6,7/12,0 0Z161 0,40/0,50 59/46/99,96 7,0/6,7/12,7 OZ162 0,50/0,71 41/22/99,55 6,3/6,3/9,3 OZ163 0,2/0,2 99,90/99,94/100 8,0/9,0/9,7 OZ164 59/>10 11/0/7 5,7/5,7/6,3 OZ165 39/>10 18/3/9 6,3/6,0/5,7 OZ166 28/>10 11/0/4 6,7/6,3/5,7 OZ167 6,7/>10 0/6/97 6,0/6,0/7,3 OZ169 15/>10 98/22/99,76 7,7/6,7/9,0 OZ171 1,3/1,4 98/85/99,94 9,0/7,0/9,7 OZ172 3,5/5,0 68/82/100 8,0/10, 3/10,3 OZ173 58/32 15/0/80 7,0/6,7/9,7 55
Composto CI50 (ng/mL) K1/NF54 Actividade (%)po/SSVpo/sc Sobrevivência (dias) po/SSVpo/sc OZ174 27/34 0/15/90 6,7/7,3/10,3 OZ175 1,4/2,0 99,1/97/92 10,0/12,3/8,7 OZ17 6 25/35 11/18/24 7,0/7,7/7,0 OZ177 0,9/1,7 99,91/99,88/99,91 12,3/12,7/17,7 OZ17 8 21/27 32/23/31 7,3/7,3/10,0 OZ179 1,3/1,1 99,91/99,78/99,91 11,3/10,3/11,3 OZ180 3,7/2,8 99,91/97/65 13,7/12,7/10,3 0Z181 0,58/0,35 99,98/99,91/100 9,0/10,0/11,0 OZ182 4,5/5,5 91/96/95 8,0/7,3/7,7 OZ183 0,80/2,1 65/19/81 6,0/6,0/8,3 OZ184 1,0/1,4 54/59/97 6,7/7,0/8,7 OZ185 1,1/1,4 86/56/99,96 7,7/6,7/10,7 OZ186 >10/>10 87/96/67 8,0/9,0/8,0 OZ187 4,0/6,8 77/94/77 7,7/10,0/7,0 OZ188 1,5/3,0 93/98/99,87 8,7/10,0/9,0 OZ189 1,7/3,0 95/99,79/98 9,3/9,0/10,7 OZ190 0,16/1,0 98/78/2 8,7/7,7/5,7 0Z191 6,0/>10 7/5/17 5,7/5,7/6,0 OZ192 2,5/4,4 38/45/99,98 6,0/7,0/13,7 OZ193 5,5/8,3 99,75/93/99,92 9,3/8,0/11,0 OZ194 2,0/6,6 87/73/99,95 8,3/8,0/20,3 OZ195 2,2/3,7 98/99,02/99,75 9,3/10,7/9,0 OZ196 >10/>10 10/0/17 6,0/5,3/5,7 OZ197 1,0/2,0 87/90/99,54 7,7/8,7/10,3 OZ198 >10/>10 4/6/6 5,7/6,0/5,7 OZ199 0,69/1,1 99,48/76/99,44 8,3/7,7/8,7 OZ200 1,0/2,9 81/78/92 7,0/7,3/8,0 OZ201 2,0/3,1 100/100/100 13/10,3/25 OZ202 6,0/7,9 79/51/74 7,0/7,3/7,3 OZ203 3,9/6,7 87/99,42/99,72 7,3/8,7/9,7 OZ204 >10/>10 0/0/0 6,0/6,3/6,0 OZ205 1,5/2,0 99,96/99,94/99,96 10,0/8,7/9,7 OZ206 1,0/2,7 93/92/91 8,0/8,7/9,7 0Z2Q7 0,33/0,57 99,96/99,98/99,98 9,3/12,0/11,3 OZ208 6,0/6,5 0/29/10 6,3/6,7/5,7 OZ209 0,21/0,32 99,94/99,96/99,97 9,5/10,0/12,5 OZ210 1,4/1,6 99,23/77/99,94 9,3/8,0/10,3 0Z211 1,0/1,2 82/78/99,90 8,0/7,3/8,7 OZ212 2,7/2,9 66/25/59 6,7/6,7/8,0 56
Composto CI50 (ng/mL) K1/NF54 Actividade (%)po/SSVpo/sc Sobrevivência (dias) po/SSVpo/sc OZ213 2,3/2,8 83/74/85 8,0/8,0/8,0 0Z214 >10/>10 44/54/65 6,3/7,3/7,7 OZ215 6,4/7,3 96/25/39 9,76/3/7,0 OZ216 0,40/0,67 62/69/99,02 6,3/7,7/11,0 OZ217 2,0/2,0 67/8/98 7,0/6,0/8, 0 OZ218 2,0/3,0 98/99,30/99,68 10,0/14,3/9,0 0Z219 0,85/1,6 99,89/99,82/99,91 8,7/8,0/9,3 OZ220 6,9/4,9 40/0/99,95 6,0/5,3/10,0 OZ221 >10/>10 80/87/97 6,3/7,0/8,0 OZ222 3,9/6,3 87/75/99,76 7,7/7,0/10,0 OZ223 4,0/>10 89/79/99,57 7,3/6,3/12,0 OZ224 2,0/3 , 0 0/5/20 6,0/5,7/5,7 OZ225 7,3/>10 0/0/17 5,7/5,7/6,3 0Z226 4,0/4,0 0/0/99,92 5,0/5,3/11,0 OZ227 0,20/0,20 99,68/99,90/99,84 8, 3/9,3/10,7 OZ228 2,0/2,1 99,94/28/99,94 10,3/6,0/14,0 OZ229 0,24/0,23 99,96/99,08/99,98 10,0/8,3/12,7 OZ230 3,9/3,6 0/0/0 5,3/5,7/5,7 OZ231 >10/>10 0/0/0 5,3/5,7/6,0 OZ232 0,30/0,50 76/74/99,94 8,0/7,3/8,7 OZ233 1,7/1,9 69/76/99,66 7,0/7,7/8,3 OZ234 3,0/3,6 12/0/0 6,0/6,0/6,3 OZ235 1,0/2,0 99,92/99,97/97 8,7/9,0/8,0 OZ2 3 6 2,0/2,0 89/86/98,61 6,3/7,7/7,7 OZ237 5,7/7,1 5/9/52 6,0/6,0/6, 7 OZ243 0,91/1,1 87/97/70 7,3/8,7/6,3 OZ244 4,0/4,2 6/0/18 5,7/5,3/6,3 OZ247 1,8/2,3 57/27/99,85 6,3/6,0/9,0 OZ251 0,60/0,35 29/6/99,87 6,7/6,0/9,0 OZ252 2,3/2,2 98,91/99,49/99,82 8,3/9,0/9,3 OZ253 0,56/0,45 75/59/99,82 7,0/6,7/9,3 OZ254 >100/57 27/11/2 6,0/5,7/5,7 OZ255 2,2/1,1 99,61/99,54/99,92 9,0/8,7/10,0 OZ256 0,3/0,2 99,70/99,67/99,95 8,7/8,7/9,7 OZ257 42/21 99,00/99,49/99,84 8,3/7,7/9,7 OZ258 5,8/5,2 75/70/99,95 6,0/6,0/10,7 OZ260 5,6/4,3 72/51/81 6,7/7,0/7,7 OZ261 39/18 61/47/92 7,0/7,0/8,0 OZ262 0,63/0,84 96/98/99,39 11,7/12,3/10,0 57
Composto CI50 (ng/mL) K1/NF54 Actividade (%)po/SSVpo/sc Sobrevivência (dias) po/SSVpo/sc 0Z263 0,84/1,1 99,53/99,45/99,92 13,0/13,3/11,0 OZ264 1,2/1,5 99,61/99,92/99,97 11,0/10,3/13,7 OZ265 0,56/1,6 99/98/99,67 13,0/9,7/11,7 OZ266 1,1/1,5 99/99,39/99,75 13,7/11,7/11,7 OZ267 0,20/0,34 99,92/99,89/99,97 8,3/8,7/9,3 OZ268 0,44/0,71 99,86/99,47/99,92 9,3/13,3/9,7 OZ269 0,32/0,61 98/86/99,92 10,7/11,3/9,0 OZ270 0,85/1,3 99,17/99,47/99,81 13,7/12,3/11,3 Fenozano 3,2/3,0 99,95/NA/100 8,6/NA/13,4 Artemisinina 1,2/1,9 62/NA/69 6,5/NA/6,8 Arteéter 0,41/0,54 98/NA/99,99 7,8/NA/9,5 Artemether 0,45/0,36 98/99,2/99,78 7,9/7,4/9,1 Artesunato 1,4/1,5 65/74/65 6,8/6,4/6,8 xDados para uma dose única de 100 mg/kg
Como se mostrou antes, a actividade anti-malária diminui guando a ligação do peróxido de trioxolano está demasiado exposta ou está inacessível sob o ponto de vista estereoquímico em relação às espécies de ferro (II). Outros factores que influenciam a actividade anti-malãria, incluem a estabilidade dos radicais de carbono formados pela subsequente cisão β com a transferência do electrão inicial para a ligação de peróxido e a influência dos efeitos estereoquímicos remotos da ligação do peróxido nas interacções entre radicais de carbono e potenciais alvos do fármaco. Os dados também demonstram que os ácidos carboxílicos de trioxolano são normalmente menos activos do que os seus hidrocarbonetos, ésteres e contrapartes de ácidos hidroxâmicos. 58 EXEMPLO 3
Actividade dos Trioxolanos contra P. berghei
Tal como se mostra no quadro 2 a seguir, os compostos de trioxolano possuem uma actividade anti-malária impressionante contra P, berghei in vivo tal como se determinou por um teste de Peter de 4 dias. Com base nos valores de DE5o/DE90 po, o OZ23 foi o composto mais activo tomado oralmente de todos os trioxolanos e dos compostos de controlo.
Quadro 2
Composto P. berghei P. yoelii DE50/DE90 (mg/kg) DE50/DE90 (mg/kg) po SC SC OZ03 1,0/2,7 0,6/1,1 1,6/3,1 OZ05 1,5/6,1 0,6/1,0 1,4/2,5 OZIO 1,3/3,0 0,5/0,9 1/2,2 0Z11 1,8/3,1 0,5/0,9 1,0/2,1 0Z12 6,8/10,5 0,8/1,4 1,1/2,3 0Z15 2,9/6,3 0,7/1,1 1,4/3,6 0Z2 3 0,9/2,0 0,5/0,9 0,7 OZ25 1,2/3,7 2,2/3,7 2,7/4,3 0Z2 7 1,3/2,6 0,2/0,9 4,4/10,2 OZ32 2,6/5,1 0,6/1,3 1,2/3,5 Fenozano 1,9/2,7 1,1/2,3 1,8/4,4 Artesunato 2,4/13 1,5/6,3 5,3/63 Cloroquina 1,7/3,1 1,5/3,0 1,6/28,0 59 EXEMPLO 4
Neurotoxicidade dos Trioxolanos
Mesmo sendo muito rara a neurotoxicidade clínica relatada para as artemisininas semi-sintéticas (Park et al. , 1998), a neurotoxicidade é uma desvantagem potencial para os peróxidos anti-malária de qualquer classe estrutural. Contra a linha de células NB2a (Fishwick et al.) os trioxolanos OZ03, OZ04, OZ05, 0Z7 e OZ08 têm uma CI50 relativamente alta de 13, 44, 31, 27 e 42 μΜ, respectivamente. Na mesma avaliação, a di-hidroartemisinina, o presumível metabolito de todas as artemisininas semi-sintéticas {Titulaer et al. , 1991; White, 1994), foi bastante neurotóxico com um CI50 de 0,22 μΜ. Não se verificou uma relação aparente entre a estrutura do trioxolano e a neurotoxicidade nestes cinco trioxolanos. EXEMPLO 5
Início da Acção e Recrudescência de OZ11, 0121, OZ78, OZ156, 01115, 01111, 01201 e OZ209
Experiências de Início da Acção e Recrudescência O início da acção do fãrmaco foi determinado após uma única dose fixada de 100 mg/kg (veículo VSP) po a grupos de cinco animais no dia +3 após a infecção (dia 0) . As parasitémias neste ponto estavam normalmente entre 25 e 40 %. Os controlos infectados não sobreviveram para além do dia +6 após a infecção. A redução da parasitémia é monitorizada 12, 24 e 48 horas após o tratamento e o tempo de recrudescência (> 5 % de parasitémia) é avaliado por esfregaços de sangue 60 diários, durante 14 dias, seguido de uma avaliação intermitente até 60 dias. A parte inicial desta experiência revela como um composto reduz rapidamente a carga de parasita; a parte da recrudescência da experiência dá informação acerca da eficácia do composto contra o parasita. Um longo atraso na recrudescência pode ser devido a um efeito anti-parasítico muito bom do composto ou a um composto com um semi-período de vida muito longo.
Tanto os trioxolanos como as artemisininas produziram um declínio rápido na parasitémia, confirmando que eles são agentes anti-malária de acção muito rápida. Pelo contrário, tanto a cloroquina como estes agentes anti-malária peroxídicos, mefloquina, têm um início de acção lento. A recrudescência (> 5 % de parasitémia) ocorre bastante rapidamente para a artemisinina e para o artesunato. O tempo de recrudescência aumentou para os derivados mais lipofílicos de artemisinina, artemether e arteéter.
Ao contrário do artemether, a recrudescência ocorreu mais lentamente para os trioxolanos lipofílicos OZ11 e OZ27; o tempo de recrudescência para OZ27 foi especialmente marcado, superior ao da mefloquina. Contudo, os tempos de recrudescência para os trioxolanos OZ78 e OZ175, relativamente polares, foram muito semelhantes ao do artemether. 0 trioxolano mais lipofílico (OZ156) do par OZ156/OZ177 produziu o atraso maior na recrudescência, maior do que o da cloroquina, mas inferior ao da mefloquina. O tempo de recrudescência para OZ177 foi mais ou menos equivalente ao da cloroquina. 61 Não se observou praticamente nenhuma recrudescência para OZ207 e OZ209, duas formas de sal diferentes (OZ207 tosilato, OZ209 - mesilato) do trioxolano de aminometilo OZ163 (cloridrato) . Os dados de recrudescência para estes dois trioxolanos sugerem que eles são agentes anti-malária mais poderosos ou têm semi-períodos de vida mais longos do que qualquer uma das artemisininas semi-sintéticas.
Quadro 3
Composto Tempo de Recrudescência (dias) OZ11 22,2 OZ27 22,0 (3/5), > 60 (2/5) OZ78 11,2 OZ156 19,0 (4/5), > 60 (1/5) OZ175 13,0 OZ177 18,5 OZ207 >60 OZ209 >60 Artemisinina 8,4 Artesunato 8,6 Artemether 12,0 Arteéter H H d* Cloroquina 17,8 Mefloquina 28,0 EXEMPLO 6
Tratamento de Schistosomíase
Infectaram-se ratos (MORO SPF fêmeas 18-20 g) com 90 (+ 10) cecária de Schistosoma mansoni subcutaneamente. No seguimento da infecção, trataram-se três dos animais com OZ05 Po, 100 mg/kg nos dias 7, 14, 21, 28, 35 e 42. 62
Comparados com os ratos de controlo, dois dos ratos tratados tinham uma redução na parasitémia de 100 % e o terceiro rato uma redução na parasitémia de 53 %. No mesmo ensaio, trataram-se ratos com artemether que mostraram actividades semelhante mas a dose quatro vezes mais elevadas do que as do OZ05. Além disso, no mesmo ensaio, artefleno (6 x 600 mg/kg po) e fenozano (6 x 100 mg/kg po) , estavam inactivos.
Além disso, os trioxolanos OZ05 200 mg/kg po e 0Z11 100 mg/kg po tratados uma vez no dia 49 da infecção, mostraram actividade contra S. mansoni adulto. Ao contrário, artemether não mostrou actividade contra S. mansoni adulto. EXEMPLO 7
Efeito dos Trioxolanos em Espécies de schistosoma
Efeito do Trioxolano OZ2Q7 no Schistosoma japonicum
Quadro 4
Efeito comparativo de QZ207 e artemether em ratos infectados com Schistosoma japonicum Fãrmaco Idade do Dose Ratos sem CMTP/x+DP TRP/% CMPF/x+DP RPF parasita (mg/kgxl) parasitas R/% Controlo -- -- 0/8 26,6+4,2 -- 11,6+2,4 -- OZ207 35 dias 200 4/7 9,1+3,9 66 0,6+0,7 95 OZ207 35 dias 400 4/6 4,3+1,2 84 0,7 + 1,2 94 Artemether 35 dias 400 0/7 10,1+4,4 62 3,4+1,6 71 OZ207 7 dias 200 0/8 5,4+2,4 81 2,1+1,0 82 CMTP, carga média total do parasita; TRP, taxa de redução do parasita; CMPF, carga média do parasita fêmea ; TRPF, taxa de redução do parasita fêmea 63 O quadro 4 ilustra que a carga média total de parasita e a carga média de parasita fêmea em OZ207 é de 400 mg/kg grupo, foi significativamente inferior às do grupo de 400 mg/kg de artemether (P < 0,01). A carga média de parasita fêmea no grupo de 200 mg/kg de OZ207, foi também significativamente inferior à do grupo de artemether (P < 0,01).
Efeito dos trioxolanos em schistosomules com 21 dias de idade
Infectaram-se ratos com 100 cercária de Schistosoma mansoni no 21° dia após o tratamento. Cada grupo foi tratado per os com trioxolanos, com uma dose única de 200 mg/kg. Os ratos não tratados serviram como controlo. Todos os grupos foram mortos 4 dias após o tratamento e o fígado e o intestino foram removidos e separados. O fígado e o intestino foram comprimidos e podiam ver-se larvas masculinas e femininas vivas e foram contadas. 0 efeito dos compostos foi avaliado pela carga média de parasita fêmea. Os resultados estão indicados no quadro 5.
Efeito dos trioxolanos em schistosomas adultos (com 49 dias de idade)
Infectaram-se ratos com 100 cercária de Schistosoma mansoni no 49° dia após o tratamento. Cada grupo foi tratado per os com compostos OZ com uma dose única de 4 00 mg/kg. Os ratos não tratados serviram como controlo. Todos os grupos foram mortos 4 semanas após o tratamento e o fígado e o intestino foram retirados e separados. O fígado e intestino foram comprimidos e as larvas femininas e masculinas vivas podiam ser vistas e foram cortadas. O efeito dos compostos foi avaliada pelo total da média e pela carga média de parasita fêmea e os resultados estão indicados no quadro 5. 64
Quadro 5
Actividade In Vivo contra Schistosoma Mansoni
Composto % de redução do crescimento de eschistosumula no dia 21 % de redução do crescimento da larva adulta no dia 49 OZ03 74 OZ05 90 19,701 OZIO 66 0Z11 85 0Z12 78 0Z15 63 0Z16 78 0Z19 77 OZ22 75 0Z2 3 90 OZ24 65 OZ25 86 0Z2 7 63 20 OZ32 73 27 OZ56 69 0Z71 91 0Z7 8 82 0Z8 9 86 OZ90 81 0Z111 71 0Z119 88 OZ145 80 OZ157 65 OZ163 84 OZ205 84 OZ207 93 Artemether 82 X1 x 600 mg per os 65 EXEMPLO 8
Actividade dos Trioxolanos Contra P. berghei
Nas determinações com doses únicas de DE50/DE90/DE99, ratos Moro SPF ou NMRI (grupos de três) infectados com a estirpe ΆΝΚΑ de Plasmodium berghei, foram tratados 1 dia após a infecção. Dissolveram-se ou suspenderam-se os trioxolanos num veículo de suspensão padrão (VSP)* e administraram-se como doses únicas de 10, 6, 3, 1, 0,3 e 0,1 mg/kg po e sc. O VSP consiste em SMC a 0,5 % p/v, álcool de benzilo a 0,5 % v/v, Tween 80 a 0,4 % v/v e cloreto de sódio a 0,9 % p/v em água. Mediu-se a actividade anti-malária pela redução percentual na parasitémia três dias após a infecção. Os valores de DE5o/DE90 foram calculados por ajustamento não linear. * Os primeiros dados de DE50/DE90 (exemplo 3, quadro 2) foram obtidos utilizando carboximetilcelulose a 0,5 % ou veículo
Tween 80 a 0,2 %.
Quadro 6
Composto DE50 (mg/kg) DE90 (mg/kg) DE99 (mg/kg) OZ05 8,7 12 15 OZ11 4,4 6,2 8,2 OZ27 2,9 5,7 9,9 OZ7 8 4,2 9,1 17 OZ113 3,6 9,0 19 OZ127 2,5 7,6 19 OZ156 1,3 2,6 4,7 OZ175 3,5 6,2 9,9 OZ177 2,1 3,7 5,8 OZ17 9 1,4 3,3 6,6 66
Composto DE50 (mg/kg) DE90 (mg/kg) DE99 (mg/kg) 0Z181 , KD O 1,8 4,0 OZ205 1,6 3,3 6,0 OZ207 0,37 1,2 3,0 OZ209 0,55 1,4 3,0 OZ219 1,6 3,0 5,2 OZ227 2,3 4,0 6,2 OZ235 4,0 7,1 11 Artesunato 4,7 19 60 Artelinato 4,8 10 18 Artemether 2,2 4,2 7,1 Cloroquina 1,8 3,5 5,9 Mefloquina 4,0 5,4 6,8 0 quadro 6 mostra os dados de DE50/DE90/DE99 obtidos por administração po de trioxolanos na formulação de VSP. A artemether relativamente lipofílica é substancialmente mais activa do que o artesunato e o artelinato mais polares. Uma tendência paralela é também evidente nos dados de trioxolano. Por exemplo, ο OZ156 altamente lipofílico é mais activo do que o seu triazole mais polar (OZ177, OZ235) e análogos de imidazole (OZ17 9) , embora neste caso a diferença de potência seja relativamente pequena. Com uma excepção significativa (0Z181, OZ207, OZ209), os trioxolanos relativamente polares OZ78, 0Z113 e OZ127 foram menos activos. Em resumo, os trioxolanos OZ177 e OZ179 foram tão activos e os OZ156 e 0Z181 foram mais activos do que a cloroquina, o fãrmaco de controlo mais activo. 67 EXEMPLO 9
Estudo da Toxicidade In Vivo de OZ23, OZ32 e OZ78 0 potencial tóxico de três trioxolanos principais (OZ23 - carbaraato de trioxolano, OZ32 - álcool de trioxolano e OZ78 ácido de trioxolano), foi investigado em função de artesunato num estudo de tolerância exploratório em ratos machos Wistar. As doses administradas foram de 100 ou 300 mg/kg/dia para OZ23 e OZ32 e de 30 ou 100 mg/kg/dia para OZ78 e artesunato. Todos os compostos foram suspensos em VSP e administrados a volume constante de 5 mL/kg/dia. Os animais de controlo receberam o veículo (VSP) a um volume de 5 mL/kg/dia. Trataram-se 6 animais por grupo, durante 5 dias consecutivos e 6 animais por grupo foram mantidos durante um período de recuperação adicional de 1 semana. Os exames incluíram observações clínicas, desenvolvimento do peso do corpo, investigações laboratoriais clínicas (hematologia, química clínica e análise de urina) no fim do tratamento e dos períodos de recuperação, respectivamente. No fim do período de estudo esquematizado, os ratos foram sacrificados e necropsizados e examinaram-se os órgão que se seleccionaram sob o ponto de vista histopatológico. Analisaram-se os níveis de trioxolanos e de artesunato de sódio no plasma empregando ensaios de CLER/EM validados e examinaram-se dados quanto à evidência da acumulação do fármaco durante o curso do estudo. Compararam-se os resultados, quando possível, com os dados de estudos farmacocinêticos exploratórios conduzidos previamente em ratos.
Todos os animais sobreviveram no fim do período de estudos esquematizado. As observações clínicas relacionadas com o tratamento, foram limitadas a ocorrências ocasionais de fezes pálidas em animais, que receberam doses elevadas de 68 ΟΖ23, 0Ζ78 ou artesunato. O desenvolvimento do peso do corpo foi reduzido durante o período do tratamento, para os animais que receberam doses elevadas de OZ23 ou de artesunato, mas foi na maior parte dos casos compensados durante o período de recuperação. As investigações laboratoriais clínicas revelaram alterações mínimas e praticamente reversíveis, principalmente, nos animais dos grupos de doses elevadas. Os pesos dos fígados tenderam a ser minimamente ou ligeiramente aumentados nos animais que receberam os trioxolanos ou o artesunato. Os exames histopatológicos indicaram uma ligeira irritação gástrica nos animais que receberam a dose mais elevada de OZ23 ou de artesunato.
As concentrações de OZ32 e de OZ78 no plasma observadas no estudo de toxicidade em ratos foram amplamente consistentes com as que se anotaram em estudos farmacocinéticos exploratórios. Os níveis de OZ23 foram desproporcionadamente mais elevados no estudo da toxicidade do que os níveis medidos nos estudos farmacocinéticos exploratórios, embora os dados disponíveis neste estado sejam insuficientes para confirmar a não linearidade observada na farmacocinética de OZ23. O que é importante, é que a análise toxicocinética não revelou evidência de acumulação de qualquer um dos compostos de OZ, artesunato de sódio ou dos principais metabolitos de artesunato de sódio e di-hidroartemisinina.
Em conclusão, o perfil toxicológico dos trioxolanos mostrou ser comparável ao do artesunato.
Deve entender-se que as composições de espiro e di-espiro-1,2,4-trioxolano da presente invenção podem conter trioxolanos dentro do âmbito das formas descritas antes ou pró-fármacos ou análogos destes compostos ou uma mistura 69 racémica, quer da forma D, quer da forma L. Também modificações menores da dosagem e formulação da composição e dos intervalos aqui expressos, pode ser feita e ainda está dentro do âmbito e do espírito da presente invenção.
Tendo descrito a presente invenção com referência a composições particulares, a teorias de eficácia e temas similares, será evidente para os especialistas na matéria que não se deve entender que a presente invenção esteja limitada por esses enquadramentos ou mecanismos ilustrativos e que se podem fazer modificações sem sair do âmbito ou do espírito da presente invenção, tal como ela está definida pelas reivindicações em anexo. Deve entender-se que todas essas modificações e variações óbvias estão incluídas dentro do âmbito da presente invenção, conforme definida nas reivindicações em anexo. Supõe-se que as reivindicações cobrem os componentes reivindicados e as etapas em qualquer sequência que seja efectiva para verificar os objectivos que se pretendem, a menos que o contexto indique especificamente o contrário. CITAÇÕES de Almeida Barbosa, L.-C. et al. , The Design, Synthesis and Biological Evaluation of Some Stable Ozonides With Anti-malarial Activity. J. Chem. Soc. Perkin Trans. I, 1996, 1101-1105. de Almeida Barbosa, L.-C. et al. , Synthesis of Some Stable Oozonides With Anti-malarial Activity. J. Chem. Soc. Perkin Trans. I, 1992, 3251-3252. 70
Augustine, R.L. Stereochemistry of the catalytic hydrogenation of some bicyclic a, β-unsaturated ketones. J. Org. Chem., 1958, 23, 1853-1856.
Cammenga, H.K. et al. , Basic principies of thermoanalytical techniques and their applications in preparative chemistry. Angew. Chem. Int. Ed. Engl. 1995, 34, 1171-1187.
Cumming, J.N. et al. , Antimalarial activity of artemisinin (qinghaosu) and related trioxanes: mechanism(s) of action. Adv. Pharmacol. 1997, 37, 254-297.
Dhingra, V.K. et al. , Current Status of Artemisinin and Its Derivatives As Antimalarial Drugs. Life Sei. 2000, 66, 279-300 .
Dong, Y. ; Vennerstrom, J. L Peroxidic Antimalarials. Expert Opin. Ther. Patents 2001, 11, 1753-1760.
Fishwick, J., et al., The Toxicity of Artemisinin and Related Compounds on Neuronal and Glial Cells in Culture. Chem. -
Biol. Interact. 1995, 96, 263-271.
Griesbaum, K. et al., Diozonides from coozonolyses of suitable 0-methyl oximes and ketones. Tetrahedron 1997a, 53, 5463-5470.
Griesbaum, K. et al. , Ozonolyses of O-alkylated ketoximes in the presence of carbonyl groups: a facile access to ozonides. Liebigs Ann./Recueil, 1997b, 1381-1390.
Jefford, C. Peroxidic Antimalarials. Adv. Drug Res. 1997, 29, 271-325. 71
Kashima, C. et al., Ozonolysis of Five-Membered Heteroeyeles. J. Het. Chem. 1987, 24, 637-639.
Meshnick, S.R. et al. , Artemisinin and the antimalarial endoperoxides: from herbal remedy to targeted chemotherapy. Microbiol, Rev. 1996, 60, 301-315.
Park, B.K. et al. , Safety Assessment of Peroxide Antimalarials: Clinicai and Chemical Perspectives. Br. J, Clin. Pharmacol. 1998, 46, 521-529.
Stork, G. et al. , The enamine alkylation and acylation of carbonyl compounds. J. Amer. Chem. Soc. 1963, 85, 207-222.
Titulaer, H.A.C., Zuidema, J., and Lugt, C.B. Formulation and pharmacokinetics of artemisinin and its derivatives. Int. J. Pharmaceut. 1991, 69, 83-92. van Agtmael, M.A. et al. , Artemisinin Drugs In the Treatment of Malaria: From Medicinal Herb to Registered Medication. Trends Pharmacol. Sei. 1999, 20, 199-205.
Vennerstrom, J.L. et al., Synthesis and Antimalarial Activity of Sixteen Dispiro-1,2,4,5-tetraoxane Analogs of WR 148999: Alkyl Substituted 7,8,15,16-Tetraoxadispiro[5,2,5,2] hexadecanes. J. Med. Chem. 2000, 43, 2753-2758.
Vroman, J.A. et al. , Current Progress in the Chemistry, Medicinal Chemistry and Drug Design of Artemisinin Based Antimalarials. Curr. Pharm. Design 1999, 5, 101-138.
Wesche, D.L. et al., Neurotoxicity of artemisinin analogs in vitro. Antimicrob. Agents. Chemother. 1994, 38, 1813-1819. 72
White, N.J. Clinicai pharmacokinetics and pharmacodynamics of artemisinin and derivatives. Trans. R. Soc. Trop. Med, Hyg. 1994, 88, 41-43.
Lisboa, 6 de Novembro de 2006

Claims (25)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Di-espiro-1,2,4-trioxolano, com a fórmula estrutural seguinte:
    caracterizado pelo facto de os símbolos Rx e R2, considerados em conjunto, representarem espiroadamantano e os símbolos R3 e R4, considerados em conjunto, representarem um anel de espirociclo-hexilo, que está substituído na posição 4.
  2. 2. Di-espiro-1,2,4-trioxolano, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de o anel de espiro-ciclo-hexílo estar interrompido por um ou mais átomos de oxigénio, enxofre ou azoto.
  3. 3. Di-espiro-1,2,4-trioxolano, de acordo com a reivin dicação 1, caracterizado pelo facto de o anel de espiro-cielo-hexilo estar funcionalizado com um substituinte substituído ou insubstítuído, seleccionado no grupo que consiste num grupo alquilo de cadeia linear ou ramificada, cetona, ácido, álcool, amina, amida, sulfonamida, guanidina, éter, éster, oxima, ureia, éter de oxima, sulfona, lactona, carbamato, semi-carbazona, fenilo, grupo heterociclo e alicíclico.
  4. 4. Di-espiro-1,2,4-trioxolano, de acordo com a reivin dicação 1, caracterizado pelo facto de os símbolos R3 e 1 R4 representarem anéis de fenilo ou heterociclícos substituídos ou insubstituidos.
  5. 5. Di-espiro-1,2,4-trioxolano, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de o 1,2,4-trioxolano se seleccionar no grupo que consiste em OZ05, 0Z11, OZ25, OZ27, 0Z61, 0Z71 , OZ78, OZ127, OZ145, OZ156, OZ163, OZ175, OZ177, OZ179, 0Z181, OZ189, OZ205, OZ207, OZ209, OZ210, 0Z219, 0Z227, OZ229, OZ235, OZ255, OZ256, OZ257, OZ263, 0Z264, OZ265, OZ266, OZ267, OZ268, OZ269 e OZ270.
  6. 6. Composição farmacêutica para a profilaxia e o tratamento da malária, caracterizada pelo facto de compreender: uma quantidade efectiva, para a profilaxia da malária ou o tratamento da malária, de um espiro ou di-espiro-1,2,4-trioxolano e os seus isómeros ópticos e um veículo aceitável sob o ponto de vista farmacêutico, estando o referido trioxolano ligado, sob o ponto de vista estereoquímico, a pelo menos um dos lados do heterociclo do trioxolano.
  7. 7. Composição, de acordo com a reivindicação 6, caracterizada pelo facto de o espiro ou di-espiro-1,2,4-trioxolano ter a seguinte fórmula estrutural geral:
    caracterizada pelo facto de os símbolos Rlf R2, R3 e R4, serem iguais ou diferentes, seleccionados no grupo que consiste em grupos alquilo, arilo e alcarilo, lineares ou ramificados, substituídos ou insubstituidos, grupos 2 alicíclicos substituídos ou insubstituídos, que podem estar interrompidos por um ou mais átomos de oxigénio, enxofre ou azoto e grupos aromáticos ou heterocíclicos substituídos ou insubstituídos, em que nenhum dos símbolos Ri, R2, R3 ou R4 pode ser um átomo de hidrogénio; e ainda na condição de que os símbolos Ri e R2/ considerados em conjunto e/ou os símbolos R3 e R4/ considerados em conjunto, poderem formar um grupo alicíclico, substituído ou insubstituído, que está eventualmente interrompido por um ou mais átomos de oxigénio, enxofre ou azoto.
  8. 8. Composição, de acordo com a reivindicação 7, caracterizada pelo facto de os símbolos Ri e R2, considerados em conjunto e/ou os símbolos R3 e R4, considerados em conjunto, representarem um grupo espirociclo C5-Ci2 mono- ou di-substituído, que está eventualmente interrompido por um ou mais átomos de oxigénio, enxofre ou azoto, estando os referidos átomos de enxofre ou azoto eventualmente substituídos.
  9. 9. Composição, de acordo com a reivindicação 8, caracterizada pelo facto de os símbolos θ R-2 considerados em conjunto e/ou os símbolos R3 © R4/ considerados em conjunto, representarem espiroadaman-tano.
  10. 10. Composição, de acordo com a reivindicação 9, caracterizada pelo facto de os símbolos Ri e R2/ considerados em conjunto, representarem espiroadamantano e os símbolos R3 e R4, considerados em conjunto, representarem um anel de espirociclo-hexilo, que está substituído na posição 4. 3
  11. 11. Composição, de acordo com a reivindicação 9, caracterizada pelo facto de os símbolos Rx e R2, considerados em conjunto representarem espiroadamantano e os símbolos R3 e R4, representarem anéis de fenilo ou heterocíclicos, substituídos ou insubstituídos.
  12. 12. Composição, de acordo com a reivindicação 10, caracterizada pelo facto de o anel de espirociclo-hexilo estar interrompido por um ou maís átomos de oxigénio, enxofre ou azoto.
  13. 13. Composição, de acordo com a reivindicação 12, caracterizada pelo facto de o anel de espirocilo-hexilo ter sido substituído por um grupo piperidilo substituído no átomo de N.
  14. 14. Composição, de acordo com a reivindicação 9, caracterizada pelo facto de o anel de espirociclo-hexilo estar funcionalizado com um substituinte, substituído ou insubstituído, seleccionado no grupo que consiste num grupo alquilo de cadeia linear ou ramificada, cetona, ácido, álcool, amina, amida, sulfonamida, guanidina, éter, éster, oxima, ureia, éter de oxima, sulfona, lactona, carbamato, semi-carbazona, fenilo, grupo heterociclo e alicíclico.
  15. 15. Composição, de acordo com a reivindicação 9, caracterizada pelo facto de o 1,2,4-trioxolano se seleccionar no grupo que consiste em: OZ03, OZ05, OZ11, OZ25, OZ27, OZ61, OZ71, OZ7 8, OZ127, OZ145, OZ156, OZ163, OZ175, OZ177, OZ179, OZ181, OZ189, OZ205, OZ207, OZ209, OZ210, OZ219, OZ227, OZ229, OZ235, OZ255, OZ256, OZ257, OZ263, OZ264, OZ265, OZ266, OZ267, OZ268, OZ269 e OZ270. 4
  16. 16. Processo de produção de uma composição farmacêutica para a profilaxia e o tratamento da malária, caracterizada pelo facto de compreender: a mistura de uma quantidade, efectiva para a profilaxia da malária e o tratamento da malária, de um espiro ou di-espiro-1,2,4-trioxolano e os isómeros ópticos e um veículo aceitável sob o ponto de vista farmacêutico, estando o referido trioxolano ligado, sob o ponto de vista estereoquímico, a pelo menos um dos lados do heterociclo do trioxolano.
  17. 17. Composição farmacêutica para o tratamento de cancro, caracterizada pelo facto de compreender: uma quantidade efectiva para o tratamento do cancro de um espiro ou di-espiro-1 , 2 , 4 -trioxolano e dos seus isómeros ópticos e um veículo aceitável sob o ponto de vista farmacêutico, estando o referido trioxolano articulado do ponto de vista estereoquímico em pelo menos um dos lados do heterociclo de trioxolano.
  18. 18. Composição farmacêutica para a profilaxia ou o tratamento de schistosomíase, caracterizada pelo facto de compreender: uma quantidade efectiva para a profilaxia ou o tratamento da schistosomíase de um espiro ou diespiro-1,2,4-trioxolano e dos seus isómeros ópticos e um veículo aceitável sob o ponto de vista farmacêutico, estando o referido trioxolano articulado, do ponto de vista estereoquímico, em pelo menos um dos lados do heterociclo de trioxolano.
  19. 19. Di-espiro-1,2,4-trioxolano com a seguinte fórmula estrutural geral: 5
    caracterizado pelo facto de os símbolos Ri e R2, considerados em conjunto, representarem espiroadamantano e os símbolos R3 e R4/ considerados em conjunto, representarem um anel de espirociclo-hexilo, que está substituído na posição 4 com uma ponte de alquilo, em que o referido anel de espirociclo-hexilo pode estar interrompido por um ou mais átomos de oxigénio, enxofre ou azoto.
  20. 20. Di-espiro-1,2,4-trioxolano, de acordo com a reivindicação 19, caracterizado pelo facto de a ponte de alquilo ser metilo ou etilo.
  21. 21. Di-espiro-1,2,4-trioxolano, de acordo com a reivindicação 19, caracterizado pelo facto de a ponte de alquilo estar funcionalizada com um substituinte, que se selecciona no grupo que consiste num grupo alquilo de cadeia linear ou ramificada, cetona, ácido, álcool, amina, amida, sulfonamida, guanidina, éter, éster, oxima, ureia, éter de oxima, sulfona, lactona, carbamato, semi-carbazona, fenilo, grupo heterociclo e alicíclico.
  22. 22. Di-espiro-1,2,4-trioxolano, de acordo com a reivindicação 19, caracterizado pelo facto de a ponte de alquilo estar funcionalizada com um substituinte que é uma base fraca. 6
  23. 23. Di-espiro-1,2,4-trioxolano, de acordo com a reivin dicação 22, caracterizado pelo facto de a base fraca compreender uma amida.
  24. 24. Di-espiro-1,2,4-trioxolano, de acordo com a reivindicação 19, caracterizado pelo facto de a ponte de alquilo ser metilo.
  25. 25. Processo de síntese de um di-espiro-1,2,4-trioxolano, caracterizado pelo facto de compreender: o tratamento de um trioxolano que comporta um grupo funcional que se selecciona no grupo que consiste numa cetona, um aldeído, um éster e uma ftalimida, com um reagente, para formar um composto seleccionado no grupo que consiste em lactona, álcool, éter de oxima, hidrazona, cetal, acetal, amina e ácido. Lisboa, 6 de Novembro de 2006 7
PT02763208T 2001-06-21 2002-06-21 Trioxolano como agente anti-malária PT1414813E (pt)

Applications Claiming Priority (1)

Application Number Priority Date Filing Date Title
US09/886,666 US6486199B1 (en) 2001-06-21 2001-06-21 Spiro and dispiro 1,2,4-trioxolane antimalarials

Publications (1)

Publication Number Publication Date
PT1414813E true PT1414813E (pt) 2006-12-29

Family

ID=25389491

Family Applications (1)

Application Number Title Priority Date Filing Date
PT02763208T PT1414813E (pt) 2001-06-21 2002-06-21 Trioxolano como agente anti-malária

Country Status (24)

Country Link
US (1) US6486199B1 (pt)
EP (1) EP1414813B1 (pt)
JP (1) JP4303585B2 (pt)
KR (1) KR100759144B1 (pt)
CN (1) CN1545508B (pt)
AT (1) ATE339411T1 (pt)
AU (1) AU2002327183B2 (pt)
BR (1) BRPI0210549B8 (pt)
CA (1) CA2451006C (pt)
CY (1) CY1106214T1 (pt)
DE (1) DE60214733T8 (pt)
DK (1) DK1414813T3 (pt)
ES (1) ES2271323T3 (pt)
HU (1) HUP0400246A3 (pt)
IL (1) IL159474A0 (pt)
MX (1) MXPA03011915A (pt)
NO (1) NO20035721L (pt)
PL (1) PL226418B1 (pt)
PT (1) PT1414813E (pt)
RU (1) RU2271357C2 (pt)
SI (1) SI1414813T1 (pt)
UA (1) UA78709C2 (pt)
WO (1) WO2003000676A1 (pt)
YU (1) YU100703A (pt)

Families Citing this family (29)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
ATE536887T1 (de) * 2002-06-06 2011-12-15 Univ Washington Kovalente konjugate zwischen mit artemisinin verwandten endoperoxiden und eisentragenden proteinen und anwendungsverfahren
US7371778B2 (en) * 2002-06-21 2008-05-13 Medicines For Malaria Venture Mmv Spiro and dispiro 1,2,4-trioxolane antimalarials
US6906205B2 (en) * 2002-06-21 2005-06-14 Medicines For Malaria Venture Mmv Spiro and dispiro 1,2,4-trioxolane antimalarials
US20080125441A1 (en) * 2002-06-21 2008-05-29 Medicines For Malaria Venture Mmv Spiro and dispiro 1,2,4-trioxolane antimalarials
US6825230B2 (en) * 2002-06-21 2004-11-30 Medicines For Malaria Venture Mmv Spiro and dispiro 1,2,4-trixolane antimalarials
FR2862304A1 (fr) * 2003-11-14 2005-05-20 Centre Nat Rech Scient Molecules duales racemiques ou achirales contenant un derive peroxydique, leur synthese et leurs applications therapeutiques
US20080275112A1 (en) * 2004-07-23 2008-11-06 Schreiner Peter R Invention Concerning Aminoadamantane Compounds
US20060040761A1 (en) * 2004-08-23 2006-02-23 Sam-Kyu Shin Scale mark mat for putting practice
US8067620B2 (en) 2005-05-04 2011-11-29 Medicines For Malaria Venture Mmv Dispiro 1,2,4-trioxolane antimalarials
US20090042821A1 (en) * 2005-05-18 2009-02-12 Arno Appavoo Enose Stable dosage forms of spiro and dispiro 1,2,4-trioxolane antimalarials
WO2007036947A1 (en) * 2005-09-30 2007-04-05 Ipca Laboratories Limited Delayed release anti-malarial composition
DE602006013668D1 (de) 2005-10-04 2010-05-27 Director General Defence Res & Aus gomphostemma niveum isolierte verbindung gegen malaria
WO2007112451A2 (en) * 2006-03-28 2007-10-04 University Of Washington Covalent conjugates between endoperoxides and transferrin and lactoferrin receptor-binding agents
TW200806627A (en) 2006-04-11 2008-02-01 Novartis Ag Organic compounds
CN101472582A (zh) * 2006-05-17 2009-07-01 兰贝克赛实验室有限公司 联用合成青蒿素衍生物和双喹啉衍生物的抗疟疗法
DK2029569T3 (da) * 2006-05-24 2013-02-11 Ranbaxy Lab Ltd Fremgangsmåde til fremstillingen af dispiro-1,2,4-trioxolan-antimalariamidler (oz277 salte)
FR2902100A1 (fr) * 2006-06-13 2007-12-14 Sanofi Aventis Sa Molecules duales contenant un derive peroxydique, leur synthese et leurs applications en therapeutique
GB0619333D0 (en) * 2006-09-30 2006-11-08 Univ Liverpool Dispiro tetraoxane compounds
US7692030B2 (en) 2006-10-13 2010-04-06 University Of Washington Conjugates of artemisinin-related endoperoxides and hydrazone derivatives for the treatment of cancer
FR2924343A1 (fr) * 2007-12-04 2009-06-05 Palumed Sa Nouvelles utilisations therapeutiques de molecules duales contenant un derive peroxydique.
US20110172445A1 (en) * 2008-07-01 2011-07-14 National University Corporation Okayama University Novel Antischistosomal Agent
US8618096B2 (en) 2008-07-21 2013-12-31 The Regents Of The University Of California Prodrug compositions and methods for using the same in treating cancer and malaria
JP2014522856A (ja) 2011-07-14 2014-09-08 ランバクシー ラボラトリーズ リミテッド アルテロランおよびピペラキンの安定した投与形態物
WO2015123595A1 (en) 2014-02-14 2015-08-20 The Regents Of The University Of California Cyclic peroxides as prodrugs for selective delivery of agents
KR20170115042A (ko) 2014-12-23 2017-10-16 베르겐바이오 에이에스에이 Akt 키나아제의 저해제
RU2601315C1 (ru) * 2015-06-10 2016-11-10 Федеральное государственное бюджетное учреждение науки Институт нефтехимии и катализа Российской академии наук Способ получения пентаоксаспироалканов
US11072594B2 (en) 2017-06-27 2021-07-27 The Regents Of The University Of California Trioxolane agents
CN108424371B (zh) * 2018-01-19 2021-07-16 北京理工大学 2-(4-氨基环己基)-乙酸乙酯的制备方法
US20210386814A1 (en) * 2020-05-20 2021-12-16 Amanuel Tesfazion Methods and compound for the treatment of malaria

Family Cites Families (21)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
US3621062A (en) 1966-10-25 1971-11-16 Sterling Drug Inc 2-(8-cyclohexyloctanoyl or 7-cyclohexylheptanoyl)-1-naphthol
US3673222A (en) 1969-11-26 1972-06-27 Sydney Archer 2-(8-cyclohexyloctyl or 7-cyclohexylheptyl)-1,4-naphthoquinone and process for preparation and use thereof
US3682991A (en) 1970-10-19 1972-08-08 Sterling Drug Inc 3,3,5-trimethylcyclohexyl-alkyl-carboxylic acids
US4916204A (en) 1987-07-31 1990-04-10 Massachusetts Institute Of Technology Pure polyanhydride from dicarboxylic acid and coupling agent
US4816478A (en) 1987-08-24 1989-03-28 Thornfeldt Carl R Treatment of acquired immunodeficiency syndrome
US5053342A (en) 1987-12-24 1991-10-01 Litmus Concepts, Inc. Fecal occult blood test reagents
US5559145A (en) 1988-06-01 1996-09-24 Oxaco S.A. 1,2,4-trioxane derivatives
US5270344A (en) 1988-06-24 1993-12-14 Stephen Herman Method of treating a systemic disorder using trioxolane and diperoxide compounds
JP2867529B2 (ja) 1990-01-22 1999-03-08 三菱電機株式会社 投写型表示装置
US5216175A (en) 1990-03-23 1993-06-01 Sri International Antimalarial analogs of artemisinin
US5219880A (en) 1991-03-29 1993-06-15 Dermatologic Research Corporation Treatment of viral tumors and hemorrhoids with artemisinin and derivatives
US5510356A (en) 1991-10-03 1996-04-23 University Of Nebraska Board Of Regents Bisquinolines and processes for their production and use to treat malaria
US5171676A (en) 1991-10-31 1992-12-15 The United States Of America As Represented By The Secretary Of The Department Of Health And Human Services Method of introducing hydroxyl groups into artemisinin and its derivatives
US5430148A (en) 1992-03-31 1995-07-04 Agouron Pharmaceuticals, Inc. Antiproliferative quinazolines
WO1994002176A1 (en) 1992-07-28 1994-02-03 The Procter & Gamble Company Pharmaceutical composition for topical use containing a crosslinked cationic polymer and an alkoxylated ether
US5721209A (en) 1995-02-03 1998-02-24 The Regents Of The University Of California Iron chelator and inhibitor of iron-mediated oxidant injury
US5780675A (en) 1995-04-28 1998-07-14 The University Of New Mexico Deoxygossylic compounds
US5578637A (en) 1995-05-03 1996-11-26 University Of Washington Methods of inhibition or killing cancer cells using an endoperoxide
US5672624A (en) 1995-11-22 1997-09-30 The Johns Hopkins University Endoperoxides useful as antiparasitic agents
US5817692A (en) 1995-11-22 1998-10-06 The Johns Hopkins University Endoperoxides useful as antiparasitic agents
US5932591A (en) 1996-12-02 1999-08-03 Johns Hopkins University C3 substituted trioxanes useful as antiparasitic drugs

Also Published As

Publication number Publication date
KR20040030697A (ko) 2004-04-09
WO2003000676A1 (en) 2003-01-03
MXPA03011915A (es) 2004-05-21
YU100703A (sh) 2006-03-03
PL226418B1 (pl) 2017-07-31
BR0210549A (pt) 2005-01-11
DE60214733T2 (de) 2007-09-13
EP1414813A1 (en) 2004-05-06
NO20035721L (no) 2004-02-23
EP1414813B1 (en) 2006-09-13
ATE339411T1 (de) 2006-10-15
AU2002327183B2 (en) 2006-03-09
CA2451006C (en) 2011-08-23
DE60214733T8 (de) 2008-02-21
CN1545508B (zh) 2012-06-06
JP2004535436A (ja) 2004-11-25
RU2271357C2 (ru) 2006-03-10
JP4303585B2 (ja) 2009-07-29
DK1414813T3 (da) 2007-01-02
RU2004101409A (ru) 2005-06-10
ES2271323T3 (es) 2007-04-16
DE60214733D1 (de) 2006-10-26
HUP0400246A2 (hu) 2004-08-30
SI1414813T1 (sl) 2006-12-31
KR100759144B1 (ko) 2007-09-14
US6486199B1 (en) 2002-11-26
NO20035721D0 (no) 2003-12-19
UA78709C2 (en) 2007-04-25
CY1106214T1 (el) 2011-06-08
IL159474A0 (en) 2004-06-01
HUP0400246A3 (en) 2009-12-28
CA2451006A1 (en) 2003-01-03
BRPI0210549B1 (pt) 2020-11-10
AU2002327183C1 (en) 2003-01-08
CN1545508A (zh) 2004-11-10
BRPI0210549B8 (pt) 2021-05-25
PL367158A1 (en) 2005-02-21

Similar Documents

Publication Publication Date Title
PT1414813E (pt) Trioxolano como agente anti-malária
TWI507410B (zh) 新穎磷酸二酯酶抑制劑
US20040186168A1 (en) Spiro and dispiro 1,2,4-trioxolane antimalarials
KR101588468B1 (ko) 디스피로 1,2,4-트리옥솔란 항말라리아제
US6753333B2 (en) Chiral fluoroquinolone arginine salt forms
AU2004203864B2 (en) Spiro and dispiro 1,2,4,- trioxolane antimalarials
EP1687312B1 (fr) Molecules duales contenant un derive peroxydique, leur synthese et leurs applications therapeutiques
WO2001077105A1 (fr) Molecules duales contenant un derive peroxydique, leur synthese et leurs applications therapeutiques