PT1237716E

PT1237716E - Laminados de espuma.

Info

Publication number: PT1237716E
Application number: PT00966306T
Authority: PT
Inventors: Roger John Leach
Original assignee: Thorstone Business Man Ltd
Priority date: 1999-10-08
Filing date: 2000-10-09
Publication date: 2007-05-31
Also published as: WO2001026890A1; CA2386640C; ZA200203583B; DK1237716T3; JP2003511273A; DE60033557D1; AU7675000A; AU768504B2; EP1237716B1; ES2282139T3; GB9923908D0; US7112364B1; GB0024687D0; EP1237716A1; NZ518768A; ATE354465T1; CA2386640A1; GB2357992A; GB2357992B; DE60033557T2

Description

ΕΡ 1 237 716 /PT DESCRIÇÃO "Laminados de espuma"

Este invento refere-se a painéis arquitectónicos com face de vidro do tipo em que um elemento que compreende uma folha de vidro para a face do painel é suportada por um corpo de espuma de plástico, e um outro elemento é ligado ao corpo de espuma como um suporte para ele, e refere-se também a processos para formar painéis deste tipo especifico.

Um painel arquitectónico com face de vidro deste tipo especifico e um processo para a sua formação, é conhecido de EP-A-0298659, em que a folha de alumínio é ligada por meio de um revestimento em pó fundido na superfície traseira de um vidro que é a face do painel, e a folha é ela própria suportada por um corpo de material de espuma de plástico de célula aberta. Uma rede de nylon finamente cosida ou tecida é ligada por soldadura de chama à parte de trás do corpo de espuma. É um objecto do presente invento proporcionar uma forma melhorada de painel arquitectónico com face de vidro do tipo específico, e um processo melhorado de formar um tal painel.

De acordo com um aspecto do presente invento um painel arquitectónico com face de vidro do tipo específico é caracterizado por o grau de formação de espuma dentro do dito corpo aumentar longe da interface com o dito elemento desde substancialmente zero na dita interface, e esse dito outro elemento é um tecido que é impregnado pelo material de plástico do corpo de espuma para assim se ligar ao dito corpo.

De acordo com outro aspecto do invento é proporcionado um processo para formar um painel arquitectónico com face de vidro do tipo específico, caracterizado por a formação da espuma dentro do dito corpo ser frustrada na sua interface com o dito elemento pela manutenção da dita interface fria durante o formação do dito corpo, de tal modo que o grau de formação de espuma dentro do dito corpo aumenta longe da dita interface desde substancialmente zero na dita interface, e 2

ΕΡ 1 237 716 /PT por o outro item ser tecido que é impregnado pelo material de plástico do corpo de espuma durante a formação de espuma do dito corpo, de modo a assim unir o tecido a ele. 0 tecido pode ser um tecido de fibra de vidro e pode ter uma folha de metal ligada a ele como seu suporte. Para além disso, o dito elemento, que pode ser um espelho, pode compreender uma folha de vidro e um revestimento de pó fundido na face traseira da folha de vidro. Ele pode também incluir um suporte de folha de metal para o revestimento. 0 material de espuma pode ser uma resina que contém agentes de gaseamento para originar uma formação de espuma exotérmica em condições de aquecimento. Em alternativa, pode ser utilizada uma mistura de resinas similar sem agentes de gaseamento, sendo a formação de espuma induzida pela injecção de agentes adequados durante a gelificação do material. No primeiro caso, a formação de espuma pode ser frustrada na interface com o dito elemento pela manutenção da interface fria, ao passo que (ou além disso) no segundo caso, a injecção de agentes de formação de espuma pode ser retardada até após ter começado a ser estabelecida a formação de uma ligação resinosa com o dito elemento.

Um painel arquitectónico com face de vidro, e um processo para a sua manufactura, todos de acordo com o presente invento, serão agora descritos, por via de exemplo com referência aos desenhos em anexo, em que: A Figura 1 é uma vista em corte em alçado lateral do painel de acordo com o invento; A Figura 2 é ilustrativa do processo de fabrico do painel da Figura 1, de acordo com o invento; e

As Figuras 3 e 4 são vistas em cortes em alçado lateral, mostrando modificações do painel da Figura 1.

Com referência à Figura 1, o painel é um laminado que tem uma face de uma folha 1 de vidro que é suportada por uma camada 2 de espuma de plástico resinosa ligada à superfície traseira 3 da folha 1; quando é envolvido um espelho a 3

ΕΡ 1 237 716 /PT superfície 3 é uma superfície prateada. A camada de espuma 2 é suportada por um tecido contínuo de fibra de vidro 4 que está ligado à camada 2 por impregnação com o material de espuma. Uma folha de alumínio 5 está ligada à mecha ou tecido 4; a folha 5 e o tecido 4 actuam em conjunto para protecção contra a deformação do laminado.

No que já foi descrito do laminado, ele é geralmente de uma forma convencional usada para o suporte de vidros transparentes e espelhos, em particular em aplicações arquitectónicas. Verificou-se que os laminados convencionais são de certo modo deficientes na sua resistência ao impacto aplicado na face do vidro, mas o laminado de acordo com o invento proporciona neste aspecto uma melhoria na resistência ao impacto. Para este fim, a camada de espuma 2 do presente laminado não é uniformemente espumada através da sua espessura, tal como as camadas de espuma de laminados convencionais. Mais particularmente, a região da camada de espuma 2 interligada com a superfície 3 não é de todo espumada, mas existe como um corpo contínuo resinoso que melhora a adesão e a resistência ao impacto no produto final. Além disso, o grau de formação de espuma aumenta progressivamente através da camada 2 desde a superfície 3 até ao tecido 4, de modo a haver uma transição gradual na formação de espuma para garantir uma melhor resistência.

Quando a folha de vidro 1 é transparente ou translúcida sem um suporte de prata, a camada 2 pode incluir pigmentação para dar um efeito de cor ao vidro. 0 fabrico do laminado pode ser realizado tal como ilustrado na Figura 2, utilizando uma cassete resistente à pressão 10. A folha de vidro 11 é colocada com a face para baixo na cassete 10 num leito de grelha 12 resilientemente compressível. Na produção convencional, o material resinoso produtor de espuma seria vertido numa superfície de suporte 13 do vidro 11 ao mesmo tempo que a superfície 13 é aquecida dentro da cassete 10 para propiciar a formação de espuma, contudo, neste caso a superfície é mantida fria (por exemplo a 15 graus Celsius) para frustrar a acção de formação de espuma. Em conformidade, à medida que o material é vertido, é estabelecida uma região em contacto com a superfície fria 13 4

ΕΡ 1 237 716 /PT onde não ocorre formação de espuma e o material estabiliza como um corpo resinoso continuo ligando-se fortemente à superfície 13 (a superfície 13 tem de estar limpa e seca para garantir a ligação forte) . À medida que o material começa a subir dentro da cassete 10, ele é progressivamente isolado mais e mais a partir da superfície fria 13, de modo a formar espuma em maior extensão com a geração exotérmica de calor a partir do processo de formação de espuma. Assim, células de espuma de dimensão que aumenta progressivamente são formadas à medida que se forma o leito 12. O tecido de fibra de vidro 14 é estendido ao longo da abertura superior da cassete 10 e mantido firmemente no lugar por baixo da tampa da cassete 15. A tampa 15 é aquecida (por exemplo a 40 graus Celsius) e isto aquece a folha de alumínio 16 inserida acima do tecido 14. A folha aquecida 16 acelera a formação de espuma quando a espuma ainda resinosa sobe dentro da cassete 10 para alcançar o tecido 14. A espuma empurra o tecido 14 para cima e sobe através dele, deslocando para fora qualquer ar ou outro gás que permaneça dentro da cassete através do tecido 14 quando ele se estende por baixo da tampa 15. A subida através do tecido 14 é mais rápida no centro da cassete 10 onde está mais quente, e isto assegura que o ar ou outro gás é empurrado para fora a partir do centro e à medida que a cassete 10 fica cheia com a espuma. A cura da espuma progride então até ao fim, por exemplo sob uma pressão dentro da cassete 10 de cerca de 50 psi (libras por polegada quadrada) (3,4 bar) durante cerca de vinte minutos. A placa quando libertada da cassete 10 pode ter tipicamente uma densidade acima de 50 quilos por metro cúbico. A resina forma uma boa ligação com o tecido impregnado 14 e a folha 16. Devido à ventilação do gás através do tecido 14, na região desta ligação não existe ou existe muito pouca espuma. A folha de vidro 11 quando colocada na cassete 10 é deitada com a face virada para baixo em relação ao leito de grelha resilientemente compressível 12. À medida que a folha 11 é comprimida para baixo com mais força pelo efeito da espuma que intumesce, o leito 12 provoca uma selagem que impede o escoamento da resina à volta do rebordo da folha 11 5

ΕΡ 1 237 716 /PT na direcção da face frontal do vidro. A espuma impregna o leito de grelha 12 quando este é exposto ao material de resina e assim forma uma embalagem natural para o laminado quando ele é libertado da cassete 10; em conformidade, o leito de grelha 12 é deixado no lugar quando o laminado é removido da cassete 10 após fabrico, para proporcionar protecção durante o trânsito para um local de construção ou outro destino e até que o laminado seja finalmente instalado.

Verificou-se que quando um laminado fabricado tal como descrito é submetido a testes de fogo com temperaturas acima dos 700 graus Celsius na superfície frontal do vidro, a superfície do vidro resiste às chamas e embora a espuma possa eventualmente arder, torna-se um carvão que resiste a uma queimadura adicional. O vidro permanece suportado mas a chama no início deslamina o alumínio a depois carboniza a espuma mantida em posição pelo tecido ou grelha de vidro continuo (4,14); isto é uma vantagem significativa resultante da utilização da grelha contínua. O carvão suportado pelo vidro protege a espuma da chama e todo o compósito permanece integral.

As Figuras 3 e 4 ilustram modificações do laminado da Figura 1 e serão agora descritas.

Com referência à Figura 3, a folha de vidro 1 do laminado da Figura 1 é neste caso substituída por um laminado de vidro 20 formado por uma folha de vidro transparente ou translúcida 21 tendo um revestimento de suporte em poliéster 22. O revestimento 22, que pode ser de material de revestimento em pó fundido, inclui pigmentação para proporcionar um efeito de cor (com gráficos ou outros) na folha de vidro 21. Verificou-se que a presença do revestimento 22 contribui significativamente para a capacidade da folha de vidro 21 para permanecer como um corpo coerente sob o efeito do fogo. A resistência ao fogo é ainda melhorada nas circunstâncias ilustradas na Figura 4 quando a folha de vidro 1 do laminado da Figura 1 é substituída por um vidro laminado 23. O laminado 23, tal como o laminado 20 da Figura 3, envolve uma folha de vidro 24 tendo um revestimento de 6

ΕΡ 1 237 716 /PT suporte de pó fundido 25, mas neste caso o revestimento 25 é suportado por folha de alumínio 26. A folha 26, que actua como uma barreira à chama, melhora enormemente o grau de resistência ao fogo do laminado de espuma como um todo.

Lisboa,

Claims

ΕΡ 1 237 716 /PT 1/2 REIVINDICAÇÕES 1. Painel arquitectónico com face de vidro no qual um elemento que compreende uma folha de vidro para face do painel é suportada por um corpo de espuma de plástico, e um outro elemento é ligado ao corpo de espuma como um suporte para ele, caracterizado por o grau de formação de espuma dentro do dito corpo aumentar para longe da interface com o dito elemento desde substancialmente zero na dita interface, e por o dito outro elemento ser um tecido que é impregnado pelo material plástico do corpo de espuma de modo a poder assim o ligar ao dito corpo.
2. Painel de acordo com a reivindicação 1, em que o dito tecido é um tecido de fibra de vidro.
3. Painel de acordo com a reivindicação 1 ou reivindicação 2, em que uma folha de metal é ligada ao tecido impregnado.
4. Painel de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, em que o dito elemento é um espelho.
5. Painel de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, em que o dito elemento compreende uma folha de vidro e um revestimento de pó fundido na face traseira da dita folha de vidro.
6. Painel de acordo com a reivindicação 5, em que o dito elemento inclui uma folha de metal de suporte do dito revestimento.
7. Processo para formação de um painel arquitectónico com face de vidro em que um elemento que compreende uma folha de vidro para a face do painel é suportado por um corpo de espuma de plástico, e um outro elemento é ligado ao corpo de espuma como um suporte para ele, caracterizado por a formação da espuma dentro do dito corpo ser frustrada na sua interface com o dito elemento pela manutenção da dita interface fria durante a formação do dito corpo, de tal modo que o grau de formação de espuma dentro do dito corpo aumenta a partir da dita interface desde substancialmente zero na dita interface, ΕΡ 1 237 716 /PT 2/2 e por o outro elemento ser um tecido que é impregnado com o material de plástico do corpo de espuma durante a formação de espuma do dito corpo de modo a o ligar ao tecido.
8. Processo de acordo com a reivindicação 7, em que o tecido é tecido de fibra de vidro.
9. Processo de acordo com a reivindicação 7 ou reivindicação 8, em que o dito elemento é um espelho.
10. Processo de acordo com a reivindicação 7 ou reivindicação 8, em que o dito elemento compreende uma folha de vidro e um revestimento de pó fundido na face traseira da folha de vidro.
11. Processo de acordo com a reivindicação 10, em que o dito elemento inclui uma folha de metal para suporte do dito revestimento. Lisboa,