BRPI0807200A2

BRPI0807200A2 - Dispositivo com borboleta enrolável em torno de um tambor

Info

Publication number: BRPI0807200A2
Application number: BRPI0807200-0A
Authority: BR
Inventors: Benoit Coenraets
Original assignee: Dynaco International Sa
Priority date: 2007-02-07
Filing date: 2008-02-04
Publication date: 2014-06-03
Also published as: EP1956179A1; CN101631927A; CA2676738A1; ES2401182T3; DK2118425T3; CN101631927B; US20100101739A1; WO2008101796A1; CA2676738C; EP2118425A1; PL2118425T3; RU2451148C2; US8272425B2; PT2118425E; EP2118425B1; BRPI0807200B1; RU2009133274A; JP2010518284A

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "DISPOSITIVO COM BORBOLETA ENROLÁVEL EM TORNO DE UM TAMBOR".

DOMÍNIO DA INVENÇÃO

A presente invenção refere-se a um dispositivo com borboleta flexível destinada ao fechamento de uma janela ou de qualquer tipo de aber- tura, compreendendo com meios de acionamento, permitindo deslocar a bor- boleta flexível entre uma posição de abertura e uma posição de fechamento; os meios de acionamento compreendem um tambor que pode girar em torno de seu eixo, em torno do qual a borboleta flexível é enrolada em sua posição de abertura, formando um cilindro constituído de espiras sucessivas que se encaixam umas nas outras e do qual a borboleta flexível pode ser desenro- lada e empurrada para a sua posição de fechamento. O dispositivo compre- ende também corrediças montadas sobre um suporte fixo para a orientação ao longo da janela da parte da borda lateral da borboleta não enrolada, a borboleta flexível compreendendo bordas laterais sensivelmente incompres- síveis salientes em relação ao plano da borda lateral da borboleta e sensi- velmente contínuas que se deslocam nas corrediças. O dispositivo, de acor- do com a invenção, pode, por exemplo, ser utilizado em construções, ou caminhões ou como cobertura de piscinas ou de barcos.

Estado da Técnica

Os dispositivos destinados ao fechamento de uma janela que comporta um tambor em torno do qual uma borboleta flexível é enrolada em sua posição de abertura são conhecidos. Nesses dispositivos, a borboleta é desenrolada, fazendo-se girar o tambor em torno de seu eixo, de modo que a borboleta desce, fechando a janela, enquanto que as bordas laterais desta são orientadas em duas pistas de orientação ou corrediças que se estendem paralelamente uma à outra. Pela rotação do tambor, uma força de impulso é exercida sobre bordas laterais da borboleta por intermédio das espiras, que são encaixadas umas na outras, segundo sua direção longitudinal, empur- rando assim as bordas laterais da borboleta a se deslocar nas corrediças.

Esses dispositivos apresentam vários inconvenientes. O diâme- tro do cilindro formado em torno do tambor variando segundo a posição da borboleta, forma-se um espaço livre entre as extremidades superiores das corrediças as mais próximas do tambor e o cilindro. Assim, uma parte das bordas laterais da borboleta não é mantida pelas corrediças. Considerando- se o caráter flexível da borboleta, essa parte não mantida da borboleta, fa- cilmente deformável e dobrável, pode tornar-se rapidamente incontrolável

Durante o fechamento da borboleta, a progressão das bordas laterais da borboleta nas corrediças pode ter a velocidade reduzida (atritos devido à pressão de vento podendo atingir 160 km/h). Esses atritos se o- põem à força de impulso, exercida sobre as bordas laterais da borboleta, 10 pela rotação do tambor. Nesse caso, se o tambor continuar a ser acionado em rotação, a borboleta continuará a se desenrolar. No espaço livre entre o cilindro e a borda superior das corrediças, as bordas laterais não são mais mantidas e correm risco, quando há impulso sobre estas de formar uma do- bra e chamuscar. A formação dessa dobra impede então qualquer desliza- 15 mento da borboleta nas corrediças. É preciso parar o motor e enrolar de no- vo a borboleta, a fim de absorver a dobra que se formou. Além disso, essa dobra pode degradar as bordas laterais da borboleta.

SUMÁRIO DA INVENÇÃO

Uma finalidade da invenção é de prevenir esses inconvenientes, apresentando um dispositivo com borboleta que é fechado de uma maneira controlada, garantindo que as bordas laterais da borboleta não chamus- quem, isto é, não formem dobra entre o cilindro e a extremidade superior das corrediças, quando de seu desenrolamento.

Para isso, o dispositivo, de acordo com a invenção, é caracteri- zado pelo fato de comportar elementos de confinamento, permitindo evitar o chamuscamento das bordas laterais (2, 3) em sua parte não mantida.

De acordo com um primeiro modo de execução, os elementos de confinamento comportam um elemento de pressão, permitindo exercer uma força de impulso sobre as bordas laterais da borboleta no nível da parte 30 não mantida da borboleta que se estende entre uma primeira extremidade das corrediças e o cilindro, de modo a obter uma resultante de força de im- pulso radial que aplica, permanentemente, as bordas laterais da borboleta flexível, em sua parte não mantida, sobre o elemento de pressão.

Assim, quando do desenrolar, forma-se um excedente de borbo- leta entre a extremidade superior das corrediças (a mais próxima do tambor) e o cilindro. O elemento de pressão assegura que a parte não mantida das 5 bordas laterais da borboleta permaneça em apoio; evita-se assim a forma- ção de dobra entre o cilindro formado sobre o tambor e a extremidade das corrediças a mais próxima do tambor.

De acordo com um outro modo de realização particular da in- venção, os meios de confinamento comportam uma haste que se estende no prolongamento das ramificações dianteiraS das corrediças.

De preferência, a invenção é tal como descrita nas reivindica- ções dependentes.

BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS

Esses aspectos, assim como outros aspectos da invenção serão clareados na descrição detalhada de modos de realização particulares da invenção, referência sendo feita aos desenhos das figuras, nas quais:

figura 1: mostra uma vista esquemática frontal de um dispositivo com borboleta flexível na posição de fechamento;

figura 2: mostra uma vista lateral do dispositivo com borboleta flexível da figura 1;

figura 3: mostra um corte lateral de um dispositivo com borbole- ta, segundo a técnica anterior, quando do desenrolar da borboleta flexível;

figura 4: mostra um corte lateral do dispositivo com borboleta flexível da figura 3 na posição de fechamento;

figura 5: mostra um corte esquemático lateral de uma corrediça

no dispositivo da figura 3 (técnica anterior);

figura 6: mostra um corte lateral de um dispositivo com borboleta flexível, na posição de abertura, segundo um modo de realização da inven- ção;

figura 7: mostra um corte lateral do dispositivo da figura 6, quan-

do do desenrolar da borboleta flexível;

figura 8: mostra um corte lateral do dispositivo da figura 6 na po- sição de fechamento;

figura 9: mostra um corte esquemático lateral da parte superior de uma corrediça, de acordo com a invenção;

figura 10: mostra um corte, segundo a linha X-X da figura 9;

figura 11: mostra um corte segundo a linha Xl-Xl da figura 9;

figura 12: mostra um corte esquemático lateral da parte superior de uma corrediça de um dispositivo, de acordo com a invenção, na qual des- lizam as bordas laterais de uma borboleta flexível;

figura 13: mostra um corte segundo a linha XIII-XIII da figura 12; figura 14: mostra um corte segundo a linha XIV-XIV da figura 12;

figura 15: mostra a vista lateral da parte superior de um disposi- tivo, segundo um outro modo de realização da invenção; em posição de fe- chamento;

figura 16: mostra uma vista similar àquela da figura 15, o disposi- tivo estando em posição de abertura;

as figuras 17 a 20 representam vistas similares àquelas das figu- ras 15 e 16 de duas variantes de execução;

as figuras 21 e 22 representam vistas similares àquelas das figu- ras 15 e 16 de um outro modo de execução;

a figura 23 mostra um corte, segundo a linha XXIII-XXIII da figu-

ra 22.

As figuras não são desenhadas na escala. Geralmente, elemen- tos semelhantes são denotados por referências semelhantes nas figuras. Descrição detalhada de modos de realização particulares Será evidente para o técnico que a presente invenção não está

limitada ao que foi divulgado e descrito em particular acima. A invenção resi- de na apresentação de quaisquer características novas e em cada combina- ção dessas características. As referências numéricas nas reivindicações não limitam o alcance de sua proteção. O uso dos verbos "compreender, com- 30 portar ou incluir" e suas formas conjugadas não exclui a presença de outros elementos que aqueles enumerados nas reivindicações. O uso do artigo "um/uma" diante de um elemento não exclui a presença de uma pluralidade desses elementos.

De uma forma geral, a presente invenção é relativa a um dispo- sitivo com borboleta flexível cooperando com meios de acionamento, tal co- mo um tambor cujo eixo é sobre a árvore de um motor elétrico. A borboleta 5 flexível se desloca segundo um movimento descendente e ascendente entre, respectivamente, uma posição de fechamento e uma posição de abertura, e é destinada ao fechamento de uma janela em uma parede ou de uma pas- sagem, tal como um corredor.

Pela palavra "borboleta flexível", ocorre compreender, no âmbito 10 da presente invenção, qualquer elemento plano flexível tal como um toldo, lâminas articuladas, uma chapa metálica, etc., que é provido em suas extre- midades laterais de bordas sensivelmente incompressíveis. Trata-se, além disso, de uma borboleta que pode ser enrolada em torno de um tambor, cujo eixo é perpendicular à direção de deslocamento da borboleta, quando da 15 abertura desta.

Ocorre, todavia, anotar que uma preferência pronunciada é dada às borboletas flexíveis formadas, por exemplo, por um toldo. As figuras ane- xadas se referem, por conseguinte, mais particularmente a esse toldo.

Nas figuras 1 e 2, o dispositivo com borboleta está representado 20 esquematicamente na posição de fechamento. Esse dispositivo compreende uma borboleta flexível 1 com bordas laterais 2 e 3 salientes em relação ao plano da borboleta 1. As bordas laterais 2 e 3 são vantajosamente formadas por um friso contínuo 46 (ilustrado em detalhes nas figuras 13 e 14) ou por uma sucessão de pequenos dentes que se deslocam em corrediças 4 e 5 25 verticais. As corrediças 4 e 5 são previstas de ambos os lados de uma janela

6 que está presente em uma parede 7.

Acima da janela 6 é previsto um tambor 8 sobre o qual a borbo- leta flexível 1 pode ser enrolada. No interior do tambor 8 é disposto um mo- tor elétrico 9 que permite acionar o tambor 8 em torno de seu eixo 11. Isto 30 permite enrolar a borboleta 1 sobre o tambor 8 para levá-lo na posição de abertura ou de desenrolar a borboleta 1 para sua posição de fechamento. Quando do deslocamento da borboleta 1 para a posição de fechamento, as bordas laterais 2 e 3 desta são orientadas pelas corrediças 4 e 5.

No meio da borboleta 1, uma janela transparente 10 pode ser

prevista.

Quando da abertura da borboleta 1, esta é enrolada em torno do tambor 8, formando um cilindro constituído de espiras formadas por cama- das superpostas sucessivas da borboleta 1.

Quando a borboleta 1 é enrolada em torno do tambor 8, as espi- ras sucessivas da borboleta 1 se encaixam uma na outra. Se as bordas late- rais 3, 4 da borboleta forem munidas de pequenos dentes, estes permitirão evitar que as camadas sucessivas da borboleta 1 deslizem uma em relação à outra.

As figuras 3, 4 e 5 mostram um dispositivo com borboleta, se- gundo a técnica anterior.

A borboleta 1 é desenrolada, fazendo girar o tambor 8 em torno 15 de seu eixo, de modo que a borboleta 1 desce fechando a janela 6 enquanto que as bordas laterais 2, 3 desta são orientadas nas duas corrediças 4, 5 retas que se estendem paralelamente uma à outra. Pela rotação do tambor 8, uma força de impulso é exercida sobre as bordas laterais 2, 3 da borbole- ta 1, segundo sua direção longitudinal.

Cada uma das corrediças 4, 5 apresenta uma seção em forma

de U, cuja parte central 40 é encostada na estrutura da janela 6,a abertura do U de uma corrediça 4 ficando voltada para a abertura da outra corrediça

5.

Cada corrediça 4, 5 em forma de U comporta uma ramificação 42 que se estende do lado traseiro, em direção à parede 7, e uma outra ra- mificação 44 que se estende do lado da frente, em direção ao tambor 8. (fi- guras 11 e 14).

Considerando-se que o diâmetro do cilindro formado em torno do tambor 8 varia segundo a posição da borboleta 1, existe um espaço entre o cilindro e as extremidades superiores 30 das corrediças 4, 5 os mais pró- ximos do tambor 8, no qual a borboleta 1 não é nem mantida por suas bor- das laterais 2, 3 nas corrediças 4, 5, nem enrolada em torno do tambor 8. Por sua vez, o caráter flexível da borboleta 1, essa parte não mantida da borboleta 1 deformável e dobrável pode se tornar rapidamente incontrolável.

O tambor 8 é mantido em apoio contra a estrutura da parede 7, graças a molas 20 voltadas segundo um eixo sensivelmente horizontal.

As figuras 3 e 5 apresentam o caso em que, quando do fecha-

mento da janela 6, a descida da borboleta 1 ao longo das corrediças 4, 5 é bloqueada por um obstáculo ou pelos atritos devido à força do vento. O tam- bor 8 é sempre acionado em rotação e a borboleta 1 continua a se desenro- lar, criando um excedente de borboleta 1 entre o cilindro e a extremidade 10 superior 30 das corrediças 4, 5. Uma parte do excedente da borboleta 1 con- tinua enrolada no tambor 8 notadamente em razão da presença dos dentes de encaixe para a manutenção das espiras entre elas; o resto do excedente forma uma dobra 15 na parte da borboleta 1 não mantida, isto é, no espaço entre o cilindro 8 e a extremidade superior 30 das corrediças 4, 5. Se o tam- 15 bor 8 continuar a girar, o circuito da dobra 15 aumentará. A borboleta 1 se dobra em sua parte não mantida diretamente na saída das corrediças 4, 5; essa dobra impede a borboleta de entrar nas corrediças 4, 5. É preciso parar o motor 9 e enrolar de novo a borboleta 1, a fim de absorver a dobra 15 que é formada.

As figuras 6 a 12 mostram um dispositivo com borboleta flexível,

de acordo com um primeiro modo de realização da invenção.

Nesse primeiro modo de realização da invenção, as corrediças 4, 5 são substancialmente retas e verticais na maior parte de sua altura. A parte superior das corrediças 4, 5 é inclinada em direção à parede 7 em re- lação ao plano formado por essas mesmas corrediças 4, 5.

Em sua parte exatamente embaixo de sua parte superior, as cor- rediças podem apresentar uma bossagem convexa 34 para Ihe permitir vol- tar no plano vertical.

Por outro lado, a ramificação traseira 42 das corrediças 4, 5 é prolongada para cima por um guia 33 flexível recurvado 33. O conjunto das curvaturas 33 e 34 forma um "S" achatado.

As figuras 9 a 14 mostram esse guia 33 mais detalhadamente. tf 8

No exemplo ilustrado, o guia 33 apresenta um perfil em forma de U achata- do. Essa forma é adaptada à forma particular da borda lateral da borboleta, que apresenta no exemplo ilustrado, um friso saliente 46 (ilustrado nas figu- ras 13 e 14).

5 O guia 33 constitui um elemento de pressão que permite exercer

uma força de impulso (ilustrada sem flechas na figura 12) no local em que, quando do enrolamento da borboleta 1, a superfície da parte da borboleta 1 que não está ainda enrolada entra em contato com a parte da borboleta 1 que forma já espiras em torno do tambor 8. O guia 33 permite manter as es- 10 piras adjacentes uma à outra. No caso de borboleta que compreende dentes de encaixe, o guia 13 exerce uma pressão sobre esses dentes de encaixe, a fim de fixar as espiras sucessivas da borboleta uma na outra, quando do en- rolamento desta em torno do tambor 8.

O guia 33 é mantido em apoio contra a parede 7, por intermédio de um elemento de apoio 18. O elemento de apoio 18 é previsto no local em que, quando do enrolamento da borboleta 1, a superfície da parte da borbo- leta 1 que não está ainda enrolada entra em contato com a parte da borbole- ta 1 que forma já espiras em torno do tambor 8. (figuras 6 a 8).

De acordo com a invenção, o elemento de pressão 33 permite 20 exercer uma força de impulso sobre as bordas laterais 2, 3 da borboleta 1 no nível da parte não mantida da borboleta 1 que se estende entre a extremida- de superior 30 das corrediças 4, 5 e o cilindro, de modo a se conseguir uma resultante de força de impulso radial que aplica permanentemente as bordas laterais da borboleta, na parte não mantida, sobre o elemento de pressão 25 (33).

A extremidade 30 permite assim orientar a borboleta 1 na saída das corrediças 4, 5, de modo a formar uma curvatura 33 na parte não manti- da da borboleta 1. A curvatura 33 da borboleta 1 em sua parte não mantida é côncava em relação ao tambor 8 (figura 12).

As corrediças apresentam segundo o modo ilustrado uma curva-

tura 34 oposta à curvatura 33, de modo a recuperar o plano reto das corredi- ças 4, 5 em sua parte inferior. Graças a essa continuidade na curvatura 33, o excedente de borboleta 1 que se formaria em sua parte não mantida, em caso de atritos nas corrediças 4, 5, quando do desenrolar da borboleta 1, é "absorvido" pela curvatura 33 da borboleta 1 em sua parte não mantida. Com efeito, conside- 5 rando-se que é muito difícil inclinar uma curvatura em uma borboleta flexível, evita-se o chamuscamento e a formação de uma dobra (conforme no caso da figura 3) na parte não mantida das bordas da borboleta. Isto é mostrado na figura 12.

De preferência, em posição de abertura, a extremidade superior 30 das corrediças 4, 5 vem às proximidades da última espira da borboleta enrolada sobre o tambor 8.

Em posição de fechamento, um espaço pode aparecer entre a extremidade superior 30 das corrediças e a última espira enrolada. Nesse espaço, as bordas laterais 2, 3 da borboleta não são mantidas.

As figuras 15 a 23 representam quatro variantes de execução.

Nessas variantes de execução, o tambor 8 não é mais móvel, segundo um eixo sensivelmente horizontal, mas é mantido de maneira fixa.

Nas variantes de execução ilustradas nas figuras 15 a 20, o dis- positivo comporta uma estrutura de apoio móvel 50 que mantém o guia 33 20 em contato permanente com a última espira enrolada sobre o tambor 8, in- dependentemente do estado aberto ou fechado do dispositivo, isto é, inde- pendentemente do volume do cilindro. Nesses modos de realização, o guia 33 fornece principalmente um efeito de deslizamento que limita o atrito. To- davia, poder-se-ia também, sem se sair do âmbito da invenção, se livrar 25 desse guia e realizar uma estrutura de apoio 50 que seja diretamente em contato com a última espira do cilindro.

A estrutura de apoio móvel 50 pode assumir diferentes formas. Nas figuras 15 a 20, trata-se de um elemento sensivelmente triangular, gi- rando segundo um eixo de rotação 52 e cuja face 54 girada para o tambor apresenta uma curvatura côncava em relação ao tambor 8.

Diferentes sistemas de comando podem ser imaginados, de ma- neira a tornar o sistema de apoio móvel e a mantê-lo em apoio permanente, de maneira a evitar o chamuscamento e o desencaixe das espiras umas em relação às outras. Em particular, sistemas que comportam molas 56 e even- tualmente polias de transmissão 58, tais como ilustradas nas figuras 15 a 20, podem servir de sistema de comando.

5 Nas figuras 21 a 23, o elemento de confinamento é constituído

de uma haste sensivelmente reta 66 que se estende para cima no prolon- gamento da ramificação dianteira 44 de cada corrediça 4, 5. Essa haste 66 se estende, de preferência, entre a última espira enrolada do cilindro e parte não ainda enrolada da borboleta (1), nas proximidades da borda lateral 2, 3, exatamente diante do friso 46 (figura 23).

No exemplo ilustrado, a ramificação traseira de cada corrediça 4, é também prolongada para cima por um guia 60, sensivelmente reto. Um U de reforço 68 pode ser previsto em torno do guia 60 e da haste 66. Um sis- tema de comando que comporta molas 62 e polias de transmissão 64 permi- te manter o guia 60 em apoio contra o cilindro.

A haste 66 pode se estender até uma altura correspondente ao ponto de contato entre o cilindro e o guia 60.

Neste último modo de execução, não há mais força de impulso radial; o sistema de comando deve, portanto, ser menos potente quanto aos modos de realização precedentes. O atrito entre a haste 60 e as espiras é, portanto, vantajosamente diminuído.

Quando de um enrolamento e desenrolamento sem esforço da borboleta, a haste 66 não entra em contato com a borboleta, um pequeno espaço é mantido entre a haste e a borboleta de ambos os lados da haste. 25 Se um obstáculo interromper o fechamento da borboleta ou se uma pressão particular aumentar os atritos, a borboleta, nas proximidades de sua borda lateral virá então contra a haste. Esta impede, então, a borboleta de cha- muscar.

A presente invenção foi descrita em termos de realizações espe- cíficas que são uma ilustração da invenção e que não devem ser considera- das como limitativas.

Em particular, o dispositivo foi descrito em uma posição na qual a borboleta se desloca em um plano vertical e em uma direção de cima em- baixo (quando do fechamento).

Naturalmente, a posição da borboleta e do tambor não é Iimitati- va. O mesmo dispositivo pode ser utilizado em outras posições, em particu- 5 lar, a borboleta pode ser vertical, mas se abrir em uma direção lateral. Da mesma forma, o dispositivo, de acordo com a invenção, pode ser utilizado em uma posição horizontal, por exemplo, para a cobertura dos barcos ou de piscinas.

A extremidade superior das corrediças deve então se compre- ender como a extremidade a mais próxima do tambor; mas por razões de clareza do exposto em relação às figuras, ela é denominada extremidade superior na presente descrição.

Por exemplo, o dispositivo, de acordo com a invenção, apresen- ta a vantagem de fechar uma janela, ou qualquer tipo de abertura, sem ne- nhuma lastração da borboleta flexível.

Claims

1. Dispositivo com borboleta flexível destinado ao fechamento de uma janela (6) ou de qualquer tipo de abertura, compreendendo: - uma borboleta (1) que compreende bordas laterais (2, 3); - meios de acionamento que permitem deslocar a borboleta (1) entre uma posição de abertura e uma posição de fechamento, os meios de acionamento compreendendo um tambor (8) que pode girar em torno de seu eixo (11), em torno do qual a borboleta (1) é enrolada em sua posição de abertura, formando um cilindro constituído de espiras formadas por camadas sucessivas que se encaixam umas nas outras, e do qual a borboleta (1) po- de ser desenrolada e empurrada para sua posição de fechamento; - corrediças (4, 5) montadas sobre um suporte fixo para a orien- tação ao longo da janela (6) das bordas laterais (2, 3) da parte da borboleta (1) não enrolada; caracterizado pelo fato de o dispositivo compreender um ele- mento de pressão (33) que apresenta uma curvatura côncava em relação ao tambor (8) e permitindo evitar o chamuscamento das bordas laterais (2, 3) em sua parte não mantida, estendendo-se entre uma primeira extremidade (30) das corrediças (4, 5), a mais próxima do cilindro, e o cilindro, e pelo fato de as bordas laterais (2, 3) serem sensivelmente incompressíveis.

2. Dispositivo, de acordo com a reivindicação precedente, carac- terizado pelo fato de as bordas laterais (2, 3) da borboleta (1) apresentarem um friso saliente (46) em relação ao plano da borboleta (1).

3. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracteri- zado pelo fato de o elemento de pressão (33) permitir exercer uma força de impulso sobre as bordas laterais (2, 3) da borboleta (1) no nível da parte da borboleta (1) não mantida, que se estende entre uma primeira extremidade (30) das corrediças (4, 5), a mais próxima do cilindro e o cilindro, de modo a se conseguir uma resultante de força de impulso radial que aplica permanen- temente as bordas laterais (2, 3) da borboleta (1), na parte não mantida, so- bre o elemento de pressão (33).

4. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de as corrediças (4, 5) serem substan- cialmente retas e apresentarem em sua parte superior exatamente sob o elemento de pressão (33) uma inclinação em relação ao plano das corredi- ças (4, 5) afastando a extremidade superior (30) das corrediças (4, 5) do tambor (8).

5. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de o elemento de pressão comportar um guia flexível (33).

6. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de as corrediças apresentarem uma seção em forma de U, cuja parte central (40) é encostada na estrutura da janela (6), as duas ramificações (42, 44) do U sendo dispostas, cada uma, em um plano paralelo ao plano da borboleta (1), o elemento de pressão (33) sendo constituído pelo prolongamento em direção ao cilindro das ramifica- ções traseiras (42) de cada corrediça (4, 5).

7. Dispositivo com borboleta flexível destinado ao fechamento de uma janela (6) ou de qualquer tipo de abertura, compreendendo: - uma borboleta (1) que compreende bordas laterais (2, 3); - meios de acionamento que permitem deslocar a borboleta (1) entre uma posição de abertura e uma posição de fechamento, os meios de acionamento compreendendo um tambor (8) que pode girar em torno de seu eixo (11), em torno do qual a borboleta (1) é enrolada em sua posição de abertura, formando um cilindro e do qual a borboleta (1) pode ser desenrola- da para sua posição de fechamento; - corrediças (4, 5) montadas sobre um suporte fixo para a orien- tação ao longo da janela (6) das bordas laterais (2, 3) da parte da borboleta (1) não enrolada; caracterizado pelo fato de as corrediças apresentarem uma se- ção em forma de U, cuja parte central (40) é encostada na estrutura da jane- Ia (6), as duas ramificações (42, 44) do U sendo dispostas, cada uma, em um plano paralelo ao plano da borboleta (1), dos elementos de confinamento (50, 66) sendo constituídos pelo prolongamento em direção ao cilindro das ramificações traseiras (42) de cada corrediça (4, 5) e pelo fato de as bordas laterais (2, 3) serem sensivelmente incompressíveis.

8. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de as corrediças apresentarem uma seção em forma de U, cuja parte central (40) é encostada na estrutura da janela (6), as duas ramifica- ções (42, 44) do U sendo dispostas cada uma em um plano paralelo ao pla- no da borboleta (1), o elemento de confinamento, comportando uma haste (66) sensivelmente reta que se estende em direção ao cilindro, no prolon- gamento da remificação dianteira (44) de cada corrediça.

9. Dispositivo, de acordo com a reivindicação precedente, carac- terizado pelo fato de a haste (66) se estender entre a última espira enrolada do cilindro e a parte não ainda enrolada da borboleta (1), nas proximidades da borda lateral (2, 3).

10. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de os elementos de confinamento compreenderem uma estrutura de apoio (50) rígida e móvel em torno de um eixo de rotação (52), graças a um elemento de comando, de tal modo que exercem uma pressão sobre as bordas laterais (2, 3) da última espira enrolada do cilindro.

11. Dispositivo, de acordo com a reivindicação precedente, ca- racterizado pelo fato de a estrutura de apoio (50) comportar uma superfície (54) que apresenta uma curvatura côncava em relação ao tambor (8).

12. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 7 a 11, caracterizado pelo fato de os elementos de confinamento (66, 50) serem mantidos em contato com a última espira enrolada em torno do tam- bor (8), graças a um sistema de comando (56, 58, 62, 64).