BRPI0614313A2

BRPI0614313A2 - utilizaÇço de pelo menos um poliol, composiÇço destinada a formar a matriz de polÍmero de poliuretano de um material celular flexÍvel resistente À hidràlise, processo de fabricaÇço de um material celular por extrusço de uma composiÇço, e, material celular resistente À hidràlise

Info

Publication number: BRPI0614313A2
Application number: BRPI0614313-0A
Authority: BR
Inventors: Yves Lehmann
Original assignee: Saint Gobain Perfomance Plastics Chaineux
Priority date: 2005-08-17
Filing date: 2006-08-03
Publication date: 2012-11-20
Also published as: EP1917284A1; JP2009504870A; KR101351658B1; FR2889848A1; US20100260956A1; WO2007020552A1; JP2016130319A; JP2014088577A; FR2889848B1; KR20080045211A; CN103130975A; JP6243460B2; MX2008002131A; CN101283013A

Abstract

UTILIZAÇçO DE PELO MENOS UM POLIOL, COMPOSIÇçO DESTINADA A FORMAR A MATRIZ DE POLÍMERO DE POLIURETANO DE UM MATERIAL CELULAR FLEXÍVEL RESISTENTE À HIDRàLISE, PROCESSO DE FABRICAÇçO DE UM MATERIAL CELULAR POR EXTRUSçO DE UMA COMPOSIÇçO, E, MATERIAL CELULAR RESISTENTE À HIDRàLISE. Utilização de pelo menos um poliol (O) escolhido entre os poliésteres e os poliéteres-polióis enxertados por cadeias de pelo menos um entre o poliestireno, a poliacrilonitrila e os copolímeros de estireno e de acrilonitrila, como entrando na formulação do constituinte poliol ou do constituinte poliol-poliamina de um poliuretano que forma a matriz de polímero de um material celular flexível resistente à hidrólise, o dito ou os ditos polióis (P) representando pelo menos uma parte do dito constituinte poliol ou pelo menos uma parte da fração poliol do dito constituinte poliol-poliamina.

Description

"UTILIZAÇÃO DE PELO MENOS UM POLIOL, COMPOSIÇÃO DESTINADA A FORMAR A MATRIZ DE POLÍMERO DE POLIURETANO DE UM MATERIAL CELULAR FLEXÍVEL RESISTENTE À HIDRÓLISE, PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE UM MATERIAL CELULAR POR EXTRUSÃO DE UMA COMPOSIÇÃO, E, MATERIAL CELULAR RESISTENTE À HIDRÓLISE"

A presente invenção refere-se a materiais celulares, mais particularmente aos materiais maleáveis e flexíveis de poliuretano polimérico expandida, especialmente aqueles que possam ser utilizados para a obtenção de elementos de impermeabilidade, de isolamento e de amortecimento.

Tais materiais podem ser aplicados entre outras na indústria automotiva e nas indústrias de fabricação de diversos utensílios elétricos. A título de exemplos de aplicação da indústria automotiva, podem-se citar as juntas de espuma que são destinadas a vir se adaptar a modelos de portas, a acessórios de portas, de faróis, condicionadores de ar etc..

A produção destas juntas de poliuretano com espuma se efetua por deposição por extrusão sobre a peça que precisa estar dotada de uma junta de material adaptado que se desenvolve em espuma reticulando-se ao ar livre ou em atmosfera controlada, a aplicação do material que pode ser efetuada em uma ranhura, em uma forma ou sobre uma superfície lisa.

Pode-se igualmente fabricar espumas depositadas como revestimentos, o material de viscosidade adaptada sendo depositado por extrusão em manta sobre um suporte tal como papel ou um tecido de vidro impregnado de silicone, de produto fluorado, etc. ou de um filme de plástico, depois, após o ajuste da camada em espessura, formação de espuma e reticulação do produto, a manta é descascada depois recortada nas dimensões das junta s desejadas. Alternativamente, a espuma é depositada sobre um substrato não antiaderente, tal como um filme de poliéster, que constitui uma parte integrante do produto celular acabado. O material a ser depositado pode ser preparado com antecedência e se apresentar sob uma forma estável, que pode ser armazenada sob atmosfera inerte até a sua utilização. Um tal sistema é denominado "mono componente". Ou então o material a ser depositado é formado de componentes armazenados separadamente um do outro e misturados em quantidades apropriadas um instante antes da aplicação graças a instalações de dosagem e de misturação. O sistema é denominado "bi componente".

Para uma descrição mais detalhada destas técnicas, pode ser feita referência à patente européia O 930 323 Bl em nome da Companhia que está depositando a mesma.

Estes materiais de espuma precisam satisfazer numerosos testes para verificar que as suas propriedades mecânicas, o sem comportamento com a temperatura e a sua resistência ao envelhecimento especialmente em meio úmido correspondam a normas estabelecidas pelos fabricantes de automóveis. Estas normas são cada vez mais rigorosas.

Existe um risco de hidrólise das juntas de espumas de poliuretano pelo contato prolongado com a água. Os fabricantes de automóveis adaptaram testes rigorosos de envelhecimento em autoclave sob pressão que permitem avaliar a resistência à hidrólise. Que seja do conhecimento da Companhia que está depositando esta patente, as juntas de espumas de poliuretano atualmente no mercado não fornecem resultados correspondentes às novas exigências dos fabricantes de automóveis.

Procurando melhorar tais materiais de espuma, a Companhia que está depositando esta patente descobriu que a utilização de uma família específica de polióis para entrar na constituição da matriz de poliuretano permitia conseguir os resultados procurados. E esta utilização que constitui o objetivo da presente invenção.

A presente invenção tem, portanto, primeiramente por objetivo a utilização de pelo menos um poliol (P) escolhido entre os poliésteres- e os poliéteres-polióis enxertados por cadeias de pelo menos um entre o poliestireno, a poliacrilonitrila e os copolímeros de estireno e de acrilonitrila e os poliésteres- e poliéteres-polióis nos quais está disperso pelo menos um entre o poliestireno, a poliacrilonitrila e os copolímeros de estireno e de acrilonitrila, como entrando na formulação do constituinte poliol ou do constituinte poliol -poliamina de um poliuretano que forma a matriz de polímero de um material celular flexível resistente à hidrólise, o dito ou os ditos polióis (P) representando pelo menos uma parte do dito constituinte poliol ou pelo menos uma parte da fração poliol do dito constituinte poliol - poliamina.

Por "copolímero do estireno e da acrilonitrila" entendem-se tanto os copolímeros estatísticos como os copolímeros em blocos e combinações dos mesmos.

Os polióis (P) de acordo com a invenção são especialmente poliéteres- e poliésteres-polióis em cujo esqueleto são enxertados segmentos provenientes de pelo menos um entre o estireno e a acrilonitrila. Os esqueletos dos poliéteres e dos poliésteres-polióis são, por exemplo, um poli (óxido de etileno), um poli (óxido de propileno) ou um poli (oxido de propileno- óxido de etileno).

Em um PO/PE poliéter poliol enxertado, o esqueleto é um copolímero que incorpora um idades de óxido de etileno e um idades de óxido de propileno, tais copolímeros podendo ser copolímeros em blocos nos quais um oligômero de óxido de etileno está ligado a um oligômero de óxido de propileno, copolímeros estatísticos nos quais as subunidades de óxido de etileno e as subunidades de óxido de propileno estão dispersas ao acaso ou polímeros que são uma combinação dos polímeros em blocos e polímeros estatísticos.

Encontraremos exemplos de poliéteres polióis enxertados na patente americana US-A-4 670 477 na qual eles estão descritos como poliéteres polióis modificados. Estão igualmente descritos poli (óxido de etileno / óxido de propileno) éter polióis nos quais está disperso pelo menos

um entre o poliestireno e a poliacrilonitrila.

Podem ser encontrados polióis enxertados no comércio em

diversas companhias. Citaremos os polióis denominados "Polymer Poliol" pela Companhia Bayer, aqueles denominados "Graft Poliol" pela Companhia BASF e aqueles denominados "Co-polymer Poliol" pela Companhia Dow.

O ou os polióis (P) representam vantajosamente pelo menos 5% em peso, especialmente 10% em peso do constituinte poliol ou do constituinte poliol - poliamina do pré-polímero de poliuretano.

O material celular pode se apresentar sob a forma de tira, de placa, de cordão ou de tubo para junta ou parte de junta, de impermeabilidade, de isolamento e de amortecimento.

A presente invenção tem igualmente como objetivo uma composição destinada a formar a matriz de polímero de poliuretano de um material celular flexível resistente à hidrólise, caracterizada pelo fato de que ela envolve:

(A) um constituinte poliol formado de pelo menos um poliol de funcionalidade pelo menos igual a 2 ou um constituinte poliol -poliamina formado de menos um poliol de foncionalidade pelo menos igual a 2 e de pelo menos uma poliamina de funcionalidade pelo menos igual a 2, pelo menos uma parte do dito constituinte poliol ou da fração poliol do dito constituinte poliol-poliamina sendo formada por pelo menos um poliol (P) escolhido entre os poliésteres- e poliéteres-polióis enxertados por cadeias de pelo menos uma entre o poliestireno, a poliacrilonitrila e os copolímeros de estireno e de acrilonitrila e os poliésteres- e poliéteres- polióis nos quais está disperso pelo menos um entre o poliestireno, a poliacrilonitrila e os copolímeros de estireno e de acrilonitrila; e

(B) um constituinte poliisocianato, as quantidades dos constituintes (A) e (B) sendo especialmente escolhidas de tal forma que os ditos constituintes (A) e (B) sejam capazes de reagir em uma proporção molar de NCO/ (OH+NH2) de pelo menos 2, especialmente da ordem de 2 a 5, preferencialmente de 2 a 3,5.

O ou os polióis sem ser os polióis (P) e as poliamina s suscetíveis de entrar na formulação do constituinte (A) podem ser escolhidos entre respectivamente os polióis e as poliaminas que tenham um esqueleto do tipo poliéster, policaprolactona, poliéter, poliolefina, especialmente copolímero EVA hidroxilado, polibutadieno saturado ou insaturado, poliisopreno, polidimetilsiloxano, par exemplo, do tipo:

- poliéster alifático e/ou aromático, de preferência essencialmente alifático, especialmente derivado de glicóis alifáticos, eventualmente o dietileno glicol e de ácidos alifáticos e/ou aromáticos ou

- poliéter, especialmente polióxido de etileno e/ou de polipropileno ou politetraidrofurano.

O constituinte poliol ou poliol-poliamina é vantajosamente um oligômero de massa molecular inferior ou igual a aproximadamente 10.000 /mol, de preferência da ordem de 500 a 4000 g/mol, em particular de 1500 a 3500 g/mol.

A sua funcionalidade é, de preferência, da ordem de 2 por valor superior, em particular de 1500 a 3500 g/mol.

O constituinte (B) pode ser escolhido entre moléculas simples, em particular aromáticas, que contenham pelo menos duas funções isocianato, assim como os oligômeros (de massas moleculares que podem especialmente ser escolhidas nas faixas indicadas aqui a seguir), os isocianatos acima modificados sob a forma de pré-polímeros e de isocianatos pré-polímeros, estes oligômeros e pré-polímeros, de funcionalidade pelo menos igual a 2, tendo grupos terminais isocianato.

O ou os poliisocianatos que formam o constituinte (B) podem assim ser escolhidos entre o diisocianato de para-fenileno, o diisocianato de trans-1, 4-ciclo-hexano, o isocianato de 3- isocianato-metil-3, 3, 5- trimetilciclo-hexila, o naftaleno-1, 5-diisocianato, o metileno-bis-4- fenilisocianato (MDI puro), o MDI bruto, o 2,4-tolueno diisocianato (TDI 2,4), o 2,6-tolueno diisocianato (TDI 2,6) e misturas dos mesmos, tais como o TDI 80/20 que compreende 80% de isômero 2,4 ou TDI 65/35, assim como o TDI bruto (TDI 80/20 não purificado).

Entre estes componentes, o MDI bruto ou puro ou uma misturas dos dois é particularmente preferido. Para o componente isocianato, a funcionalidade é, de preferência da ordem de 2 por valor superior, em particular da ordem de 2 a 2,8.

A composição de acordo com a invenção pode compreender também pelo menos um aditivo habitual escolhido entre as cargas partículadas ou pulverulentas, orgânicas ou minerais, tais como o carbonato de cálcio e o negro de fiimo; os plastificantes, os colorantes, os estabilizadores, os agentes tenso-ativos, os reguladores de células e os catalisadores, o dito ou os ditos aditivos sendo geralmente combinados ao constituinte (A).

Por carga, entende-se aqui, de maneira geral um produto nem solúvel nem miscível na matriz do polímero, dispersível nesta última, que permita melhorar uma ou diversas propriedades características (propriedades mecânicas, químicas, cor, custo de produção) da mistura final.

De acordo com um primeiro modo de realização da composição de acordo com a invenção, esta se apresenta sob a forma de uma pasta viscosa (produto mono componente) que consiste no pré-polímero poliuretano com grupos terminais isocianato que resultam da reação dos constituintes (A) e (B) com a incorporação eventual de pelo menos um aditivo.

Uma tal reação é bem conhecida do perito na técnica, as temperaturas e as durações de reação sendo variáveis em função dos constituintes utilizados.

O pré-polímero de poliuretano com grupos terminais isocianato pode, de acordo com uma variante, ter sido submetido a uma reação de trialcoxissilação para fornecer um pré-polímero de poliuretano com terminações trialcoxissilila. Um trialcoxissilano suscetível de reagir com um grupo NCO pode ser um trialcoxiamiinossilano, por exemplo um aminopropil-trialcoxissilano, tal como o aminopropil trimetoxissilano ou então um trialcoximercaptossilano.

De acordo com um segundo modo de emprego da composição de acordo com a invenção, os constituintes (A) e (B) são destinados a serem misturados um pouco antes da utilização (sistema bi-componente) na presença de água como agente formador de espuma, a dita mistura sendo então extrudada no momento da aplicação sobre a peça ou sobre o suporte para 15 fornecer o material celular.

A presente invenção tem igualmente por objetivo um processo de fabricação de um material celular por extrusão de uma composição tal como definida aqui antes, caracterizado pelo fato que ele compreende as etapas que consistem em:

(a) preparar um pré-polímero de poliuretano por reação dos constituintes (A) e (B) tais como definidos aqui antes (produto mono componente);

(b) eventualmente armazenar o dito produto mono componente ao abrigo da umidade;

(c) misturar o dito produto com um gás sob pressão para formar uma matéria que possa ser extrudada;

(d) extrudar uma quantidade de matéria que pode ser extrudada para obter uma matéria extrudada cuja formação de espuma foi iniciada e

(e) prosseguir a formação de espuma e fazer reticular a matéria extrudada em uma atmosfera úmida.

0 gás sob pressão pode ser, de preferência, nitrogênio, porém também qualquer outro gás conhecido para este efeito: ar, dióxido de carbono, n-pentano,...

O tratamento de reticulação úmida pode ser efetuado em condições conhecidas do perito na técnica, por exemplo, em uma faixa de temperatura que vai desde a temperatura ambiente até 80 °C, em uma atmosfera que tenha uma umidade relativa da ordem de 40 a 100%.

A presente invenção refere-se também a um processo de fabricação de um material celular por extrusão de uma composição tal como definida aqui antes, caracterizado pelo fato de que ele compreende as etapas que consistem em:

(a) misturar, na presença de água os dois constituintes (A) e (B), os quais, armazenados separadamente, formavam um sistema bi- componente, a fim de obter uma matéria que pode ser extrudada, a água tendo sido adicionada desde o início ao constituinte (A) ou que foi introduzida somente no momento da misturação;

(b) extrudar uma quantidade de matéria que pode ser extrudada; e

(c) deixar que a reticulação prossiga ao ar livre ou em atmosfera controlada.

Na etapa (d) do primeiro processo citado aqui antes ou na etapa (b) do segundo processo citado aqui antes, pode-se depositar a matéria que pode ser extrudada sobre uma peça destinada a recebê-la ou cordão ou um bastão para formar uma junta de impermeabilidade, de isolamento e de amortecimento na dita peça.

Poder-se-ia também prever uma extrusão em um molde com superfície antiaderente que contém a matriz com o formato em negativo da superfície da peça, depois transferência para a esta superfície. Na etapa (d) do primeiro processo citado aqui antes ou na etapa (b) do segundo processo citado aqui antes, pode-se também depositar a matéria que pode ser extrudada em tira, manta ou torta sobre um suporte tal como papel ou um tecido de vidro impregnado de silicone, de produto fluorado etc., ou um filme de plástico, fazer eventualmente passar o conjunto do suporte-matéria extrudada entre dois cilindros para regular a sua espessura, depois destacar a matéria extrudada espumada eventualmente recortada nas formas e nas dimensões desejadas pela junta de impermeabilidade, de isolamento ou de amortecimento. Por extrusao, entende-se neste caso no sentido amplo uma técnica na qual se encaminha uma matéria no estado fluido ou viscoso para um orifício de aplicação ou bocal. Este termo não limita a invenção a uma técnica de conformação da matéria, esta sendo livre de adotar na saída do orifício dimensões sensivelmente diferentes daquelas da saída do bocal. A presente invenção refere-se, enfim, a um material celular resistente à hidrólise, obtido por extrusão de um pré-polímero de poliuretano com grupos terminais ísocíanato, a formação de espuma tendo sido realizada por injeção de gás sob pressão e/ou por reação química entre a água e os ditos grupos terminais isocianato, pelo menos um poliol (P) escolhido entre os poliésteres- e poliéteres-polióis enxertados por cadeias de pelo menos um entre o poliestireno, a poliacrilonitrila e os copolímeros de estireno e de acrilonitrila e os poliésteres- e poliéteres-polióis nos quais está disperso pelo menos um entre o poliestireno, a poliacrilonitrila e os copolímeros de estireno e de acrilonitrila, que entraram na formulação do constituinte poliol ou do constituinte poliol-poliamina de um poliuretano que forma a matriz polimérica do dito material celular, o dito ou os ditos polióis (P) representando pelo menos uma parte do dito constituinte poliol ou pelo menos uma parte da fração de poliol do dito constituinte poliol-poliamina.

O material celular se apresenta vantajosamente sob a forma de uma tira, de uma placa, de um cordão ou de um tubo para junta de impermeabilidade, de isolamento e de amortecimento.

Ele pode ter sido tornado solidário à peça à qual ele é destinado a ser aplicado para garantir a impermeabilidade, a contra-peça vindo em seguida se fixar ao conjunto peça-junta por qualquer dispositivo mecânico para colocar a junta em compressão.

Os exemplos a seguir ilustram a presente invenção em todavia limitar o seu alcance. Nestes exemplos, as percentagens são fornecidas em peso salvo indicação contrária.

Exemplo 1

Preparação de um pré-polímero de poliuretano

Prepara-se um pré-polímero de poliuretano fazendo reagir com isocianato de metileno-bis 4-fenila (MDI) um poliéter enxertado por um copolímero de estireno- acrilonitrila. Este poliéter enxertado é aquele comercializado na gama de produtos Lupranol pela Companhia BASF; ele se caracteriza por um número de HO de aproximadamente 19,8 (expresso em mg de KOH por grama de produto). O MDI utilizado é uma mistura de MDI puro que tem uma funcionalidade de 2,0 e uma taxa de grupamentos isocianato NCO de 33,5% (em% em peso de equivalentes NCO por grama de produto) e de MDI bruto que tem uma funcionalidade de 2,7 e uma taxa de grupamentos isocianato NCO de 31,5% (em% em peso de equivalentes NCO por grama de produto). 0 MDI bruto representa 24% em peso do peso total dos isocianatos.

50 kg de Lupranol são colocados em um misturador com varredura da superfície por ar seco e aquecidos até uma temperatura de 95 0C aproximadamente.

Adicionam-se em seguida 5,8 kg de MDI puro e 1,8 kg de MDI bruto, de sorte que a proporção molar de NCO/OH inicial seja de 3,4 e homogeneíza-se a mistura sob agitação média.

Quando a percentagem teórica de NCO for atingida, adiciona- se um catalisador do tipo amina à razão de 0,275% do produto, 0,4% de negro de fumo e 0,25% de um tenso ativo siliconado. Depois da homogeneização, o produto é condicionado rapidamente sob atmosfera seca.

Fabricação de um material celular

O produto mono-componente preparado aqui antes foi extrudado na presença de nitrogênio sob pressão em uma máquina de fabricação de espuma do tipo descrito na EP-A-O 654297, que envolve: uma reserva de produto e dispositivos de aquecimento do dito produto até a sua temperatura de extrusão;

- um dispositivo de misturação dotado de um conduto de entrada de produto viscoso e de um conduto de entrada de nitrogênio sob pressão e

- um conduto de entrada de matéria que pode ser extrudada equipada de um bocal de extrusão.

Sob o efeito da temperatura e da pressão no recinto do dispositivo de misturação, o nitrogênio se dissolve no produto mono- componente. Na saída do bocal de extrusão, a matéria é exposta à pressão atmosférica, provocando a liberação do nitrogênio por alivio da pressão com formação de bolhas de gás que provocam a expansão do polímero.

As condições de extrusão são adaptadas para formar um cordão extrudado de aproximadamente 6 mm de diâmetro. O bocal é aquecido até 35°C de forma a manter a viscosidade da matéria no valor desejado na saída do canal de extrusão.

A operação de extrusão é seguida de uma etapa de reticulação úmida do cordão extrudado em dois tipos de condições: à temperatura ambiente e umidade relativa da ordem de 50 a 60%, ou então em uma atmosfera quente, por exemplo a uma temperatura de 55°C a 60°C e a uma umidade relativa de 85% até 95% em um recinto apropriado.

Medidas do Alongamento Mediu-se o alongamento do material celular tal como foi obtido, depois após a hidrólise (15 horas em autoclave a 120 0C em uma atmosfera saturada de umidade nas condições da Norma ISO 2440).

O alongamento foi medido em bastões de 6 mm de diâmetro segundo a norma DIN 53571 com uma velocidade de estiramento de 300 mm/minuto, o espaçamento entre as pinças sendo de 100 mm.

Exemplos 2 a 4 da invenção

Procedeu-se como no Exemplo 1 (mesma proporção molar de NCO/OH), com exceção do fato de que em lugar do poliol enxertado, utilizou-se este mesmo poliol enxertado em mistura com um poliéter à base de uma mistura de óxido de etileno / óxido de polipropileno. O poliéter à base de uma mistura de óxido de etileno / óxido de polipropileno é aquele comercializado por um número de OH de aproximadamente 28 (expresso em mg de KOH por grama de produto).

Os Exemplos 2 a 4 se diferenciam pelas proporções relativas destes dois constituintes. As quantidades (em kg) destes últimos são fornecidas na tabela a seguir:

<table>table see original document page 13</column></row><table>

Exemplo Comparativo

Procedeu-se como nos Exemplos 1 a 4 da invenção com exceção do fato de que a fase poliol era composta unicamente do poliéter à base de uma mistura de óxido de etileno / óxido de polipropileno.

Avaliação da degradação por hidrólise dos materiais celulares pela modificação do seu valor de alongamento

A hidrólise de um material celular destrói as cadeias da matriz de poliuretano, o que irá se traduzir por um aumento do alongamento do dito material. De outra maneira, um material será tanto mais degradado quando menor a sua variação de alongamento. Na Tabela aqui a seguir, faz-se figurar, para cada um dos exemplos da invenção, a percentagem de variação do alongamento normalizado em relação à variação de alongamento obtida com o material celular do Exemplo Comparativo. Nesta tabela, faz-se igualmente figurar o encolhimento em altura ou a perda de altura (em%) da junta depois do mesmo envelhecimento.

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Esta tabela demonstra claramente que a presença de poliéter enxertado por um copolímero de estireno /acrilonitrila reduz bastante a degradação das cadeias de poliuretanos.

Claims

1. Utilização de pelo menos um poliol (P) escolhido entre os poliésteres- e os poliéteres-polióis enxertados por cadeias de pelo menos um entre o poliestireno, a poliacrilonitrila e os copolímeros de estireno e de acrilonitrila e os poliésteres- e os poliéteres-polióis nos quais está disperso pelo menos entre o poliestireno, a poliacrilonitrila e os copolímeros de estireno e de acrilonitrila, caracterizada pelo fato de que é como entrando na formulação do constituinte poliol ou do constituinte poliol-poliamina de um poliuretano que forma a matriz de polímero de um material celular flexível resistente à hidrólise, o dito ou os ditos polióis (P) representando pelo menos uma parte do dito constituinte poliol ou pelo menos uma parte da fração poliol do dito constituinte poliol-poliamina.

2. Utilização de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que se escolhe, como poliol (P), um poliéster - ou um poliéter- poliol enxertado por cadeias de pelo menos um entre o poliestireno, a poliacrilonitrila e os copolímeros de estireno e de acrilonitrila, estes últimos sendo copolímeros em blocos ou estatísticos ou de uma combinação dos dois.

3. Utilização de acordo com uma das reivindicações 1 e 2, caracterizada pelo fato de que se escolhe, como poliol (P), um poliéster - ou um poliéter-poliol enxertado cujo esqueleto é um poli (óxido de etileno), um poli (óxido de propileno) ou um poli (óxido de propileno- óxido de etileno).

4. Utilização de acordo com uma das reivindicações 1 a 3, caracterizada pelo fato de que o ou os polióis (P) representam pelo menos 5% em peso, especialmente 10% em peso do constituinte poliol ou do constituinte poliol-poliamina do pré-polímero de poliuretano.

5. Utilização de acordo com uma das reivindicações 1 a 4, caracterizada pelo fato de que o material celular está sob a forma de tira, de placa, de cordão ou de tubo para junta ou parte de junta, de impermeabilidade, de isolamento ou de amortecimento.

6. Composição destinada a formar a matriz de polímero de poliuretano de um material celular flexível resistente à hidrólise, caracterizada pelo fato de que ela envolve: (A) um constituinte poliol formado de pelo menos um poliol de funcionalidade pelo menos igual a 2 ou um constituinte poliol-poliamina formado de pelo menos um poliol de funcionalidade pelo menos igual a 2 e de pelo menos uma poliamina de funcionalidade pelo menos igual a 2, pelo menos uma parte do dito constituinte poliol ou da fração poliol do dito constituinte poliol-poliamina sendo formada por pelo menos um poliol (P) escolhido entre os poliésteres- e poliéteres-polióis enxertados por cadeias de pelo menos um entre o poliestireno, os copolímeros de estireno e de acrilonitrila e os poliésteres- e poliéteres- polióis nos quais está disperso pelo menos um entre o poliestireno, a poliacrilonitrila e os copolímeros de estireno e de acrilonitrila e (B) um constituinte poliisocianato, as quantidades dos constituintes (A) e (B) sendo especialmente escolhidas de tal forma que os ditos constituintes (A) e (B) sejam capazes de reagir em uma proporção molar de NCO/ (OH+NH2) de pelo menos 2, especialmente da ordem de 2 a 5, preferencialmente de 2 a 3,5.

7. Composição de acordo com a reivindicação 6, caracterizada pelo fato de que o ou os polióis sem ser os polióis (P) e as poliaminas suscetíveis de entrar na formulação do constituinte (A) são escolhidos entre respectivamente os polióis e as poliaminas que têm um esqueleto do tipo poliéster, policaprolactona, poliéter, poliolefma, especialmente o copolímero de EVA hidroxilado, polibutadieno saturado ou insaturado, poliisopreno, polidimetilsiloxano, por exemplo, do tipo: - poliéster alifático e/ou aromático, de preferência essencialmente alifático, especialmente derivado de glicóis alifáticos, eventualmente do dietileno glicol e de ácidos alifáticos e/ou aromáticos ou - poliéter, especialmente polióxido de etileno e/ou de polipropileno ou pohtetraidrofurano.

8. Composição de acordo com uma das reivindicações 6 e 7, caracterizada pelo fato de que o ou os poliisocianatos que formam o constituinte (B) é escolhido entre moléculas simples, em particular aromáticos, que contêm pelo menos duas funções isocianato, assim como os oligômeros, isocianatos acima modificados sob a forma de pré-polímeros e de isocianatos pré-polímeros, estes oligômeros e pré-polímeros, de funcionalidade pelo menos igual a 2, tendo grupos terminais isocianato, os ditos poliisocianatos sendo, por exemplo, escolhidos entre o diisocianato de para-fenileno, o diisocianato de trans-1, 4-ciclo-hexano, o isocianato de 3- isocianato-metil-3, 3, 5-trimetilciclo-hexila, o naftaleno-1, 5-diisocianato, o metileno-bis-4- fenilisocianato (MDI puro), o MDI bruto, o 2,4-tolueno diisocianato (TDI 2,4), o 2,6-tolueno diisocianato (TDI 2,6) e misturas dos mesmos, tais como o TDI 80/20 que compreende 80% de isômero 2,4 ou TDI 65/35, assim como o TDI bruto (TDI 80/20 não purificado).

9. Composição de acordo com uma das reivindicações 6 a 8, caracterizada pelo fato de que ela compreende, também, pelo menos um aditivo habitual escolhido entre as cargas particuladas ou pulverulentas, orgânicas ou minerais, tais como o carbonato de cálcio e o negro de fumo; os plastificantes, os colorantes, os estabilizadores, os agentes tenso-ativos, os reguladores de células e os catalisadores, o dito ou os ditos aditivos estando geralmente combinados ao constituinte (A).

10. Composição de acordo com uma das reivindicações 6 a 8, caracterizada pelo fato de que esta se apresenta sob a forma de uma pasta viscosa (produto mono componente) que consiste no pré-polímero de poliuretano com grupos terminais isocianato que resultam da reação dos constituintes (A) e (B) com a incorporação eventual de pelo menos um aditivo.

11. Composição de acordo com a reivindicação 10, caracterizada pelo fato de que o pré-polímero de poliuretano com grupos terminais isocianato foi submetido a uma reação de trialcoxissilação para fornecer um pré-polímero de poliuretano com terminações trialcoxissilila.

12. Composição de acordo com uma das reivindicações 6 a 9, caracterizada pelo fato de que os constituintes (A) e (B) são destinados a serem misturados um pouco antes da utilização (sistema bi-componente) na presença de água como agente formador de espuma, a dita mistura sendo então extrudada no momento da aplicação sobre a peça ou sobre o suporte para fornecer o material celular.

13. Processo de fabricação de um material celular por extrusão de uma composição tal como definida em uma das reivindicações 6 a 9, caracterizado pelo fato que ele compreende as etapas que consistem em: (a) preparar um pré-polímero de poliuretano por reação dos constituintes (A) e (B) tais como definidos em uma das reivindicações 6 a 9 (produto mono componente); (b) eventualmente armazenar o dito produto mono componente ao abrigo da umidade; (c) misturar o dito produto com um gás sob pressão para formar uma matéria que possa ser extrudada; (d) extrudar uma quantidade de matéria que pode ser extrudada para obter uma matéria extrudada cuja formação de espuma foi iniciada e (e) prosseguir a formação de espuma e fazer reticular a matéria extrudada em uma atmosfera úmida.

14. Processo de fabricação de um material celular por extrusão de uma composição tal como definida em uma das reivindicações 6 a 9, caracterizado pelo fato que ele compreende as etapas que consistem em: (a) misturar, na presença de água os dois constituintes (A) e (B), os quais, armazenados separadamente, formavam um sistema bi- componente, a fim de obter uma matéria que pode ser extrudada, a água tendo sido adicionada desde o início ao constituinte (A) ou que foi introduzida somente no momento da misturação; (b) extrudar uma quantidade de matéria que pode ser extrudada; e (c) deixar que a reticulação prossiga ao ar livre ou em atmosfera controlada.

15. Processo de acordo com uma das reivindicações 13 e 14, caracterizado pelo fato que na etapa (d) do processo de acordo com a reivindicação 13 ou na etapa (b) do processo de acordo com a reivindicação -14, deposita-se a matéria que pode ser extrudada sobre uma peça destinada a recebê-la, em particular, deposita-se a dita matéria seguindo uma tira ou um cordão ou um bastão para formar uma junta de impermeabilidade, de isolamento ou de amortecimento sobre a dita peça.

16. Processo de acordo com uma das reivindicações 13 e 14, caracterizado pelo fato que na etapa (d) do processo de acordo com a reivindicação 13 ou na etapa (b) do processo de acordo com a reivindicação -14, deposita-se a matéria que pode ser extrudada em tira, manta ou torta sobre um suporte tal como papel ou um tecido de vidro impregnado de silicone ou de produto fluorado ou de um filme de plástico, faz-se eventualmente passar o conjunto do suporte-matéria extrudada entre dois cilindros para regular a sua espessura, depois se destaca a matéria extrudada espumada eventualmente recortada nas formas e nas dimensões desejadas para a junta de impermeabilidade, de isolamento ou de amortecimento.

17. Material celular resistente à hidrólise, caracterizado pelo fato que é obtido por extrusão de um pré-polímero de poliuretano com grupos terminais isocianato, a formação de espuma tendo sido realizada por injeção de gás sob pressão e/ou por reação química entre a água e os ditos grupos terminais isocianato, pelo menos um poliol (P) escolhido entre os poliésteres- e poliéteres-polióis enxertados por cadeias de pelo menos um entre o poliestireno, a poliacrilonitrila e os copolímeros de estireno e de acrilonitrila e os poliésteres- e poliéteres-polióis nos quais está disperso pelo menos um entre o poliestireno, a poliacrilonitrila e os copolímeros de estireno e de acrilonitrila, que entraram na formulação do constituinte poliol ou do constituinte poliol-poliamina de um poliuretano que forma a matriz polimérica do dito material celular, o dito ou os ditos polióis (P) representando pelo menos uma parte do dito constituinte poliol ou pelo menos uma parte da fração de poliol do dito constituinte poliol-poliamina.

18. Material celular de acordo com a reivindicação 17, caracterizado pelo fato que se apresenta sob a forma de uma tira, de uma placa, de um cordão ou de um tubo para junta de impermeabilidade, de isolamento e/ou de amortecimento.

19. Material celular de acordo com a reivindicação 18, caracterizado pelo fato que ele é solidário à peça à qual ele é destinado a ser aplicado.