BRPI0610585A2

BRPI0610585A2 - artigo de vestuário, método de fabricação de tal artigo, e artigo de calçado

Info

Publication number: BRPI0610585A2
Application number: BRPI0610585-8A
Authority: BR
Inventors: James Meschter; Susan Diane Cessor
Original assignee: Nike International Ltd
Priority date: 2005-04-25
Filing date: 2006-03-28
Publication date: 2010-07-06
Also published as: CN101179958A; US7424783B2; CN101589864A; EP1874149B1; CN101589864B; WO2006115675A1; US20050282454A1; EP1874149A1

Abstract

A presente invenção revela um artigo de vestuário tendo uma camada de substrato e uma camada incisada. A camada de substrato é formada pelo menos parcialmente de um material tendo um primeiro nível de estiramento. A camada incisada é fixada na camada de substrato e formada pelo menos parcialmente de um material com um segundo nível de estiramento, o primeiro nível de estiramento sendo maior do que o segundo nível de estiramento. Além disso, a camada incisada inclui pelo menos uma primeira incisão e uma segunda incisão que são concêntricas, a primeira incisão estando posicionada dentro da segunda incisão.

Description

"ARTIGO DE VESTUÁRIO QUE INCORPORA UM MATERIALESTRATIFICADO"

Referência Cruzada ao Pedido Relacionado

O presente Pedido de Patente US é um pedido decontinuação em parte do, e reivindica prioridade para o Pe-dido de Patente US de número de série 10/609.010, depositadono Escritório de Marcas e Patentes dos Estados Unidos em 30de junho de 2003 e intitulado "Article And Method For Laser-Etching Stratified Materials", o referido Pedido de PatenteUS anterior sendo incorporado na integra a este documentopara fins de referência.

Antecedentes da Invenção

Campo da Invenção

A presente invenção se refere a vestuários. Maisprecisamente, a invenção trata de um artigo de vestuáriotendo um material estratifiçado que inclui incisões para de-finir áreas de estiramento no vestuário.

Descrição da Técnica Anterior

Os artigos de vestuário são geralmente formados apartir de elementos planos de material, tais como tecidos,que são unidos para formar uma estrutura que recebe uma par-te do corpo humano. Em geral, o corpo humano apresenta umaforma incapaz de ser reproduzida facilmente por elementos dematerial meramente planos. Isto é, os artigos de vestuáriosão projetados a partir de elementos planos de material paraacomodar uma forma não plana, e podem variar substancialmen-te de proporção de um indivíduo para outro. Embora as dife-renças entre os indivíduos possam ser acomodadas por meio deartigos de vestuário com vários tamanhos ou propriedades deestiramento, mesmo individuos com o mesmo tamanho podem a-presentar proporções com diferenças significativas.

Um exemplo de artigo de vestuário que acomoda par-tes do corpo humano com tamanhos e proporções variáveis sãoos calçados. Os artigos convencionais de calçados esportivosgeralmente incluem dois elementos principais, uma parte su-perior e uma estrutura de sola. A parte superior é ligada àestrutura de sola e forma um espaço no interior do calçadopara receber o pé de forma confortável e segura. A estruturade sola é posicionada entre o pé e o solo para atenuar for-ças de reação ao solo à medida que o calçado vai de encontroao solo.

A parte superior geralmente se estende sobre opeito do pé e dedos, ao longo dos lados laterais e mediaisdo pé, e ao redor da área de calcanhar do pé. 0 acesso aoespaço no interior do calçado é geralmente proporcionado poruma abertura na região do tornozelo. Um sistema de cadarçosé geralmente incorporado à parte superior para aumentar se-letivamente o tamanho da abertura do tornozelo e permitirque o usuário modifique certas dimensões da parte superior,em particular a circunferência, para acomodar pés de varia-dos tamanhos. Além disso, a parte superior pode incluir umalingüeta que se estende sob o sistema de cadarços para me-lhorar o conforto do calçado, e a parte superior pode inclu-ir um contra-calcanhar para limitar o movimento do calca-nhar.

Vários materiais podem ser utilizados na produçãoda parte superior. A parte superior de um calçado esportivo,por exemplo, pode ser formada a partir de várias camadas dematerial, que incluem uma camada externa, uma camada centrale uma camada interna. Os materiais formando a camada externada parte superior convencional podem ser escolhidos tomandocomo base as propriedades de resistência ao desgaste, flexi-bilidade e permeabilidade ao ar, por exemplo. Com respeito àcamada externa, a área dos dedos do pé e a área do calcanharpodem ser formadas de couro, couro sintético ou um materialde borracha para obter um nivel relativamente alto de resis-tência ao desgaste. 0 couro, o couro sintético e os materi-ais de borracha podem não oferecer o nivel desejado de fle-xibilidade e permeabilidade ao ar. Logo, várias outras áreasda camada externa da parte superior podem ser formadas de umtecido sintético. A camada externa da parte superior podeser formada, portanto, de diversos materiais, cada um conce-dendo diferentes propriedades à parte superior.

A camada central da parte superior convencionalpode ser formada a partir de um material de espuma de polí-mero leve que ofereça amortecimento e que proteja o pé deobjetos que possam entrar em contato com a parte superior.De forma similar, a camada interna da parte superior conven-cional pode ser formada de um tecido com absorção de umidadeque remova a transpiração da área imediatamente ao redor dopé. Em alguns artigos de calçados esportivos, as várias ca-madas podem ser unidas com um adesivo, usando pontos de cos-tura para unir os elementos em uma só camada ou reforçar áreas especificas da parte superior.Baseado no que foi dito acima, a parte superiorconvencional é formada de várias camadas, em que cada umadelas pode ser formada de vários elementos de materiais. Nafabricação da parte superior, os materiais específicos uti-lizados para cada camada e elemento são selecionados e logodepois cortados em um formato predeterminado. Seguidamente,gastam-se enormes esforços para unir os vários elementos unsaos outros, em particular os vários elementos de materialque formam a camada externa da parte superior.

Sumário da Invenção

Um aspecto da presente invenção é um artigo devestuário tendo uma camada de substrato e uma camada incisa-da. A camada de substrato é formada pelo menos parcialmentede um material com um primeiro nivel de estiramento. A cama-da incisada é fixada na camada de substrato e formada pelomenos parcialmente de um material com um segundo nivel deestiramento, o primeiro nivel de estiramento sendo maior doque o segundo nivel de estiramento. Além disso, a camada in-cisada inclui pelo menos uma primeira incisão e uma segundaincisão que são concêntricas, a primeira incisão estando po-sicionada dentro da segunda incisão.

Outro aspecto da presente invenção é um artigo devestuário tendo uma configuração de calçado. 0 artigo devestuário inclui uma parte superior e uma estrutura de sola.A parte superior define um espaço para recepção do pé de umusuário, e inclui uma camada de substrato e uma camada deanéis. A camada de substrato se estende a o redor de pelomenos uma parte do espaço e a camada de anéis é fixada nacamada de substrato. A camada de anéis inclui pelo menos umprimeiro anel e um segundo anel que são concêntricos. 0 pri-meiro anel é posicionado adjacente ao segundo anel e o pri-meiro anel é posicionado dentro do segundo anel. A estruturade sola é presa à parte superior.

Ainda outro aspecto da presente invenção é um mé-todo de fabricação de um artigo de vestuário. 0 método in-clui determinar uma topografia de pelo menos uma parte de umindivíduo coberta pelo artigo de vestuário. Uma camada desubstrato é disposta e formada, pelo menos parcialmente, deum material com um primeiro nivel de estiramento. Váriasincisões concêntricas são formadas em uma camada incisada.

As incisões são formadas como linhas topográficas que cor-respondem à topografia. A camada incisada é formada de ummaterial com um segundo nivel de estiramento, o primeiro ni-vel de estiramento sendo maior do que o segundo nivel de es-tiramento. Além disso, a camada incisada está localizada namesma extensão que a camada de substrato.

As vantagens e aspectos de novidade que caracteri-zam a presente invenção são apresentados com particularidadenas reivindicações anexas. Entretanto, para entender melhoras vantagens e os aspectos de novidade, pode-se tomar comoreferência a matéria descritiva seguinte e os desenhos acom-panhantes que descrevem e ilustram várias concretizações econceitos relacionados à invenção.

Descrição dos Desenhos

O Sumário da Invenção anterior, bem como a Descri-ção Detalhada da Invenção a seguir, serão interpretados demelhor forma quando lidos em combinação com os desenhos a-companhantes.

A Figura 1 é uma vista em perspectiva de um pri-meiro artigo de vestuário que incorpora um material estrati-fiçado e possui uma configuração de calçado.

As Figuras 2 a 7 são várias vistas em seção trans-versal do primeiro artigo de vestuário, conforme definidas,respectivamente, pelas linhas de seção 2 a 7 na Figura 1.

As Figuras 8 a 17 são várias vistas em perspectivaesquemática de um aparelho de corte e do material estratificado.

A Figura 18 é uma vista lateral, em elevação late-ral, de um segundo artigo de vestuário tendo uma configura-ção de calçado.

A Figura 19 é uma vista em elevação lateral mediaido segundo artigo de calçado.

A Figura 20 é uma vista em seção transversal dosegundo artigo de vestuário, conforme definido pela linha deseção 20 nas Figuras 18 e 19.

A Figura 21 é uma vista plana de um elemento dosegundo artigo de vestuário.

A Figura 22 é uma vista lateral, em elevação late-ral, de um terceiro artigo de vestuário tendo uma configura-ção de calçado.

A Figura 23 é uma vista em elevação lateral mediaido terceiro artigo de vestuário.

A Figura 24 é uma vista em seção transversal doterceiro artigo de vestuário, conforme definido pela linhade seção 24 nas Figuras 22 e 23.

A Figura 25 é uma vista em elevação de um quartoartigo de vestuário tendo uma configuração de uma jaqueta.

A Figura 25 é uma vista em elevação de um quintoartigo de vestuário tendo uma configuração de calças.

Descrição Detalhada da Invenção

A discussão a seguir, junto com as figuras conco-mitantes, revelam vários artigos de vestuário que incorporamaspectos da presente invenção. Os artigos de vestuário sãorevelados como um calçado, uma jaqueta e uma calça. Os con-ceitos revelados com relação ao calçado, à jaqueta e às cal-ças poderão, no entanto, ser aplicados a uma variedade deestilos de vestuário, inclusive blusas, acessórios para acabeça, sobretudos, luvas e meias, por exemplo. Logo, osversados na técnica pertinente reconhecerão que os conceitosaqui revelados poderão ser aplicados a uma grande variedadede estilos de vestuários, sem limitar-se às concretizaçõesespecificas discutidas abaixo e representadas nas figuras.

Os artigos de vestuário revelados a seguir incor-poram um material estratifiçado com pelo menos uma incisão.0 termo "incisão" ou suas variantes, usados neste documento,pretendem abranger um espaço entre os elementos de material,bem como um corte ou fenda no material. Logo, dois elementosde material são separados por uma incisão quando colocadosadjacente um ao outro de modo a formar a um espaço entre oselementos de material.

0 material estratifiçado apresenta uma ou maispropriedades de estiramento que variam em pelo menos umaparte de uma espessura do material. Logo, a parte de super-fície do material estratifiçado pode ter menos estiramentodo que uma parte interna do material estratifiçado. Isto é,as propriedades de estiramento do material estratifiçado semodificam com relação à profundidade do material. A maneiraem que as propriedades de estiramento se modificam com rela-ção à profundidade também pode variar dentro do âmbito dapresente invenção. Por exemplo, as propriedades podem se mo-dificar gradativamente em toda a profundidade para obter umgradiente de estiramento. Em outras palavras, um materialcom estiramento gradativamente crescente em toda a profundi-dade do material é considerado um material estratifiçado.Além disso, as propriedades de estiramento podem se modifi-car em camadas distintas dentro do material estratifiçado.Por exemplo, uma primeira camada pode ter um primeiro nivelde estiramento, e uma segunda camada pode ter um segundo ni-vel diferente de estiramento, de modo que o material estra-tificado possua camadas distintas com diferentes proprieda-des de estiramento.

Um artigo de vestuário, denominado calçado 10, érepresentado na Figura 1 e tem a configuração geral de cal-çado que é utilizado durante atividades esportivas. Os prin-cipais elementos do calçado 10 são a estrutura de sola 20 ea parte superior 30. A estrutura de sola 20 pode ter umaconfiguração convencional e é representada como incluindouma entressola 21 e uma sola externa 22. A entressola 21 é oprincipal elemento de atenuação de impactos do calçado 10, epode ser formada de uma espuma de polímero, tal como acetatode etil vinila ou espuma de poliuretano. A sola externa 22 éfixada por meio adesivo na superfície inferior da entressola21 e constitui o elemento principal de contato com o solo docalçado 10. Conseqüentemente, a sola externa 22 é formada deum material durável e resistente ao desgaste, tal como com-posto de borracha de negro-de-fumo, e pode incluir texturaspara aprimorar a tração. A estrutura de sola inclui tambémuma palmilha 23 que está localizada dentro da parte superior30 para melhorar o conforto do calçado 10.

A parte superior 30 é fixada na estrutura de sola20 de maneira convencional e forma uma estrutura oca ou es-paço para receber o pé de forma segura e confortável. 0 ma-terial que forma a parte superior 30 é configurado para seestender ao longo dos lados mediai e lateral do pé, da áreade peito do pé e da área de dedos do pé. Além do mais, o ma-terial que forma a parte superior 30 é configurado para seestender ao redor da área de calcanhar do pé. Várias abertu-ras podem ser formadas na parte de peito do pé da parte su-perior 30, e um cadarço pode ser estender através das aber-turas para ajudar a ajustar o encaixe do calçado 10. Um con-tra-calcanhar, formado de um material polimérico semi-rigido, por exemplo, também podem ser posicionado dentro daárea de calcanhar para assegurar que o calcanhar permaneçaposicionado corretamente com respeito à parte superior 30.

Baseando-se na discussão acima, a parte superior30 tem a estrutura geral de uma parte superior convencional.Entretanto, ao contrário da parte superior convencional, aparte superior 30 é formada essencialmente de um materialestratifiçado 40 tendo várias camadas que são seletivamenteincisadas. Isto é, várias incisões são formadas no materialestratifiçado 40 para expor uma camada subjacente do materi-al estratifiçado 40. Ao expor a camada subjacente, as pro-priedades de estiramento do material estratifiçado 40, e,com isso, as propriedades da parte superior 30 podem ser mo-dificadas com seletividade. Por conseqüência, as incisõesformadas no material estratifiçado 40 são utilizadas paravariar seletivamente as propriedades de estiramento do mate-rial estratifiçado 40 em partes especificas da parte superi-or 30. O material estratifiçado 40 é representado e discuti-do no presente documento com uma configuração de camadas.Alternativamente, o material estratifiçado 40 pode ter pro-priedades que se alteram gradativamente.

O número de camadas que formam o material estrati-ficado 40 pode variar consideravelmente dentro do âmbito dapresente invenção, podendo ser, por exemplo, na faixa de du-as a dez camadas. Para fins de discussão, o material estra-tificado 40 é representado nas figuras e discutido neste do-cumento como tendo uma primeira camada 41, uma segunda cama-da 42 e uma terceira camada 43. As camadas 41 a 43 são dis-postas de modo que a primeira camada 41 forme uma camada ex-terna de material estratifiçado 40, as camadas 42 e 43 for-mem camadas subjacentes de material estratifiçado 40 e a se-gunda camada 42 seja posicionada entre a primeira camada 41e a terceira camada 43. Com respeito à parte superior 30, aprimeira camada 41 é posicionada na parte externa da partesuperior 30 e a terceira camada 43 é posicionada na parteinterna da parte superior 30 e adjacente ao espaço dentro daparte superior 30. O uso de três camadas 41-43 pretende sermeramente ilustrativo, não havendo intenção alguma em limi-tação o âmbito da presente invenção.

Cada uma das camadas 41 a 43 é formada de materi-ais com diferentes propriedades de estiramento. Isto é, aquantidade de força necessária para alongar, ou de outro mo-do deformar cada um dos materiais que formam as camadas 41 a43 varia. Logo, o material estratifiçado 40 pode ser formadode modo que a primeira camada 41 se estire em menor magnitu-de, a segunda camada 42 se estire a um grau intermediário ea terceira camada 43 se estire em maior magnitude, por exem-plo. Como alternativa, uma das camadas 41 a 43 pode apresen-tar uma propriedade de estiramento diferente da das outrasduas das camadas 41a 43. Outras propriedades associadas àscamadas 41 a 43 também podem divergir, inclusive, por exem-plo, na resistência à abrasão, durabilidade, permeabilidadeao ar e flexibilidade.

As incisões podem ser formadas nas camadas 41 e 42de modo a variar de forma seletiva as propriedades de esti-ramento do material estratifiçado 40 na área das incisões.Para os fins da discussão a seguir, suponha que o materialestratifiçado 40 seja formado de tal maneira que a primeiracamada 41 se estire menos, a segunda camada 42 se estire emnivel intermediário e a terceira camada 43 se estique mais.Isto é, a capacidade de estiramento das camadas 41 a 43 au-menta com a profundidade na parte superior 30. Dada essa si-tuação, pode-se formar uma incisão na primeira camada 41 pa-ra remover uma parte da primeira camada 41 e revelar a se-gunda camada 42. De modo similar, pode-se formar uma incisãoem ambas as camadas 41 e 42 para remover partes das camadas41 e 42 e revelar a terceira camada 43. Como alternativa,podem-se utilizar as incisões para segregar partes da pri-meira camada 41, e as partes segregadas podem ser removidaspara expor as camadas subjacentes. Portanto, na prática, asincisões podem ser utilizadas para remover o material dascamadas 41 e 42, dessa forma revelando as propriedades deestiramento associadas às camadas 42 e 43. Logo, remover ma-terial das camadas 41 e 42 expõe o material subjacente dascamadas 42 e 43, além de expor as propriedades de estiramen-to correspondentes do material subjacente.

Nas áreas desprovidas de incisões, as propriedadesde estiramento da parte superior 30 são uma combinação daspropriedades de estiramento de cada uma das camadas 41 a 43,uma vez que cada uma das camadas 41 a 43 está presente nes-sas áreas. Embora cada uma das camadas 41 a 43 contribua pa-ra as propriedades gerais de estiramento da parte superior30 pelo menos nessas áreas, o material com menor capacidadede estiramento (isto é, a primeira camada 41) geralmente es-tabelecerá o fator limitante no nivel de estiramento nessasáreas da parte superior 30. Nas áreas em que as incisões seestendem apenas através da primeira camada 41, as proprieda-des de estiramento da parte superior 30 são uma combinaçãodas propriedades de estiramento das camadas 42 e 43. Emboracada uma das camadas 42 e 43 contribua para as propriedadesgerais de estiramento da parte superior 30 nas áreas em queuma incisão se estende através da primeira camada 41, o ma-terial com menor capacidade de estiramento (isto é, a segun-da camada 42) geralmente estabelecerá o fator limitante nonivel de estiramento nessas áreas da parte superior 30. Deforma similar, as propriedades de estiramento da terceiracamada 43 irão determinar as propriedades de estiramento daparte superior 30 nas áreas em que as incisões se estendematravés de cada uma das camadas 41 e 42.

Várias incisões 44a a 44g são formadas na área dosdedos do pé da parte superior 30, conforme representado nasseções transversais das Figuras 2 e 3. As incisões 44a a 44grepresentam partes do material estratifiçado 40 que são re-movidas para expor as partes subjacentes das camadas 42 e43. A profundidade das incisões 44a a 44g varia de tal modoque a segunda camada 42 ou a terceira camada 43 é exposta.Mais especificamente, as incisões 44a a 44c possuem uma pro-fundidade que se estende através da primeira camada 41, ex-pondo assim a segunda camada 42. As incisões 44a a 44c cons-tituem, portanto, áreas do material estratifiçado 40 em queo estiramento limitado da primeira camada 41 é removido, oque permite utilizar as maiores propriedades de estiramentodas camadas 42 e 43. De forma similar, as incisões 44d a 44gpossuem uma profundidade que se estende através da primeiracamada 41 e da segunda camada 42, expondo assim a terceiracamada 43. As incisões 44d a 44g constituem, portanto, áreasdo material estratifiçado 40 em que o estiramento limitadodas camadas 41 e 42 é removido, o que permite utilizar aspropriedades de estiramento ainda maiores da terceira camada43.

Em geral, as incisões 44a a 44g são formadas remo-vendo, ou de outra forma cortando, as partes do material es-tratificado 40 que correspondem às incisões 44a a 44g. Umavariedade de aparelhos e métodos de corte pode ser utilizadapara formar as incisões 44a a 44g. Por exemplo, pode-se uti-lizar uma matriz convencional que corta áreas determinadasdo material estratifiçado 40. Além disso, pode-se utilizarum aparelho de laser para direcionar um laser ao materialestratif içado 40 para remover partes das camadas 41 e 42.Deve-se observar que as incisões 44a a 44g podem ser forma-das quando as camadas 41 a 43 são separadas uma da outra demodo a serem subseqüentemente combinadas, ou as incisões 44aa 44g podem ser formadas quando as camadas 41 a 43 estiveremem uma relação coextensiva. As incisões 44a a 44g são repre-sentadas com uma configuração relativamente reta. Dentro doâmbito da presente invenção, entretanto, as incisões 44a a44g podem apresentar uma configuração reta ou curvada, porexemplo.

A formação de incisões no material estratifiçado40 é um método geral pelo qual as partes subjacentes das ca-madas 42 e 43 podem ser expostas para modificar as proprie-dades de estiramento da parte superior 30. Várias áreas daprimeira camada 41 e da segunda camada 42, conforme repre-sentado na Figura 1, também podem ser removidas. Referindo-se à Figura 4, uma seção transversal definida na Figura 1 eatravés do calçado 10 é ilustrada. Uma área da primeira ca-mada 41 é removida do material estratifiçado 40 para exporuma parte subjacente da segunda camada 42. Considerando queas incisões 44a a 44g possuem uma configuração linear, a á-rea da primeira camada 41 que é removida tem dimensões sig-nificativamente maiores que a largura das várias incisões44a a 44g.

A área removida da primeira camada 41 é formadadefinindo uma incisão na primeira camada 41. A incisão se-grega a parte da primeira camada 41 que se torna a área re-movida do restante da primeira camada 41. A parte segregadada primeira camada 41 é então separada da segunda camada 42e removida, com isso expondo as propriedades de estiramentoda segunda camada 42. Esse processo forma de maneira eficaza área removida da primeira camada 41 representada na seçãotransversal da Figura 4. Esse processo geral será descritoem mais detalhes abaixo.

A estrutura da área removida discutida em relaçãoà Figura 4 incluia apenas parte da primeira camada 41. 0mesmo procedimento geral que formou a área removida na pri-meira camada 41 também pode ser utilizado para formar umaárea removida na segunda camada 42, dessa forma expondo aterceira camada 43. Referindo-se à Figura 5, outra seçãotransversal definida na Figura 1 e através do calçado 10 éilustrada. Uma área da primeira camada 41 é removida do ma-terial estratifiçado 40 para expor uma parte subjacente dasegunda camada 42 Além disso, uma área da segunda camada 42também é removida para expor uma parte subjacente da tercei-ra camada 43. A área removida da primeira camada 41 expõe asegunda camada 42 e a área removida da segunda camada 42 ex-põe a terceira camada 43. A borda da primeira camada 41 queforma a área removida da primeira camada 41 é espaçada daborda da segunda camada 42 que forma a área removida da se-gunda camada 42. Logo, o material estratifiçado 40 apresentauma configuração escalonada devido às áreas removidas daprimeira camada 41 e da segunda camada 42.

As áreas removidas da primeira camada 41 e da se-gunda camada 42 podem ser formadas por gravação a laser umaprimeira incisão na primeira camada 41, logo após gravar alaser uma segunda incisão na segunda camada 42. Entretanto,como discutido antes, é possivel utilizar outros métodos deremoção das áreas da primeira camada 41 e da segunda camada42. A primeira incisão segrega a parte da primeira camada 41que se torna a área removida do restante da primeira camada41. A parte segregada da primeira camada 41 é então separadada segunda camada 41 e removida, com isso expondo a segundacamada 42. Subseqüentemente, a segunda incisão é utilizadapara segregar a parte da segunda camada 42 que se torna aárea removida do restante da segunda camada 42. A parte se-gregada da segunda camada 42 é então separada da terceiracamada 43 e removida, com isso expondo a terceira camada 43.Esse processo forma de maneira eficaz as áreas removidas daprimeira camada 41 e da segunda camada 42, conforme repre-sentado na seção transversal da Figura 5. Esse processo ge-ral será descrito em mais detalhes abaixo.

A estrutura das áreas removidas representadas naFigura 5 apresentou uma configuração escalonada devido àsduas incisões separadas que são formadas na primeira camada41 e na segunda camada 42. O laser também pode ser utilizadopara formar uma única incisão que se estende através da pri-meira camada 41 e da segunda camada 42. Referindo-se à Figu-ra 6, outra seção transversal definida na Figura 1 atravésdo calçado 10 é ilustrada. Uma área da primeira camada 41 éremovida do material estratifiçado 40 e uma área similarmen-te dimensionada da segunda camada 42 também é removida domaterial estratifiçado 40. A borda da primeira camada 41 queforma a área removida coincide substancialmente, portanto,com a borda da segunda camada 42 que também forma a área re-movida. Logo, apenas a terceira camada 43 é exposta.

A área removida da primeira camada 41 e a área re-movida da segunda camada 42 são formadas por gravação a la-ser, ou de outra forma definindo uma única incisão que seestende através da primeira camada 41 e da segunda camada.As partes da primeira camada 41 e da segunda camada 42 queestão dentro dos limites da incisão são então separadas daterceira camada 43 e removidas, dessa forma expondo a ter-ceira camada 43. Esse processo forma de maneira eficaz asáreas removidas da primeira camada 41 e da segunda camada 42representadas na seção transversal da Figura 6. Esse proces-so geral será descrito em mais detalhes abaixo.

Outra vista em seção transversal definida na Figu-ra 1 e através do calçado 10 é representada na Figura 7, emque áreas da primeira camada 41 e da segunda camada 42 sãoremovidas. Entretanto, diferente da Figura 6, uma parte dasegunda camada 42 permanece fixa à terceira camada 43. A á-rea removida da primeira camada 41 é formada por gravação alaser, ou de outra forma definindo uma incisão que se esten-de através da primeira camada 41, e então a parte da primei-ra camada 41 dentro da incisão é separada da segunda camada42. Em seguida, uma incisão com as mesmas dimensões é forma-da na segunda camada 42 e outra incisão concêntrica também éformada na segunda camada 42. A área da segunda camada 42que está entre as duas incisões é então separada da terceiracamada 43, dessa forma expondo a terceira camada 43 e dei-xando uma parte da segunda camada 42 sobre a parte expostada terceira camada 43.

As Figuras 4 a 7 representam quatro configuraçõespossíveis para as áreas removidas da primeira camada 41 e dasegunda camada 42. Por exemplo, somente partes de uma camadapodem ser removidas, partes de duas camadas podem ser remo-vidas para formar uma configuração escalonada, partes de du-as camadas podem ser removidas de modo que as bordas das ca-madas coincidam, e partes das duas camadas podem ser removi-das de modo a deixar uma parte de uma das camadas removidasdentro da área removida. Um versado na técnica pertinentereconhecerá que muitas outras configurações para remover ma-teriais também estarão dentro do âmbito da presente inven-ção.

0 método pelo qual o material pode ser removida domaterial estratifiçado 40 será discutido agora em mais deta-lhes. Em geral, pode-se utilizar um laser para formar inci-sões no material estratifiçado 40. As incisões podem ter umaprofundidade que se estende apenas através da primeira cama-da 41 ou através da primeira camada 41 e da segunda camada42. De modo a formar linhas do material removido, conformerevelado com referência às incisões 44a a 44g das Figuras 2e 3, o laser é utilizado para meramente formar incisões emuma profundidade predeterminada. De modo a formar áreas dematerial removido, conforme revelado com referência às Figu-ras 4 a 7, as partes do material estratifiçado 40 que estãodentro de uma incisão podem ser separadas de uma camada sub-jacente. Como alternativa à formação de incisões no materialestratifiçado 40, pode-se utilizar um laser, ou outro apare-lho de corte, para formar incisões nas camadas 41 a 43 sepa-radamente, e as camadas separadas 41 a 43 podem então sercolocadas em uma configuração coextensiva para formar o ma-terial estratif içado 40. Isto é, as camadas 41 a 43 podemser combinadas para formar o material estratifiçado 40 apósa formação de incisões em uma ou mais das camadas 41 a 43.

Referindo-se à Figura 8, é representada uma partedo material estratif içado 40 e de um aparelho de laser 50.Conforme observado acima, também podem ser usados outros a-parelhos de corte. O material estratifiçado 40 inclui a pri-meira camada 41, a segunda camada 42 e a terceira camada 43,conforme discutido acima. O aparelho de laser 50 tem a capa-cidade de produzir um feixe de laser 51 de intensidade vari-ável que é capaz de formar uma incisão no material estrati-fiçado 40 em uma profundidade predeterminada. Mais particu-larmente, o aparelho de laser 50 pode ajustar a potência dofeixe de laser 51 para formar uma incisão que se estende a-través da primeira camada 41 ou através da primeira camada41 e da segunda camada 42. Além de ajustar a potência dofeixe de laser 51 de modo a variar a profundidade da inci-são, o foco do feixe de laser 51 e a velocidade do feixe delaser 51 em relação ao material estratifiçado 40 pode sermodificada. Um exemplo de aparelho de laser adequado 50 équalquer um dos aparelhos de laser de Nd:YAG ou CO2, confor-me revelado nas Patente US de N2 5.990.444 e 6.140.602 deCostin.

O aparelho de laser 50 direciona o feixe de laser51 em direção ao material estratifiçado 40 para começar aformar uma incisão 45a no material estratifiçado 40, confor-me representado na Figura 9. Em seguida, o aparelho de laser50 move o feixe de laser 51 em relação ao material de estra-tificado 40 para estender a incisão através das partes dese-jadas do material estratifiçado 40, conforme representado naFigura 10. A incisão 45a possui uma profundidade que se es-tende através da primeira camada 41, expondo assim a segundacamada 42. Entretanto, referindo-se à Figura 11, uma incisão45b também pode ser formada no material estratifiçado 40 comuma profundidade que se estende tanto através da primeiracamada 41 como da segunda camada 42 para expor a terceiracamada 43. Logo, o aparelho de laser 50 pode ser configuradopara formar incisões de variadas profundidades no materialestratifiçado 40. Além do mais, o aparelho de laser 50 podeser utilizado para formar incisões com profundidades varia-das. Por exemplo, uma primeira parte da incisão 45a pode seestender somente através da primeira camada 41, e uma segun-da parte da incisão 45a pode se estender tanto através daprimeira camada 41 como da segunda camada 42. De modo a for-mar incisões com profundidade variável, a potência, focoe/ou velocidade do feixe de laser 51 pode ser variada aoformar a incisão 45a.

Os fatores que determinam a profundidade da inci-são 45a incluem potência de saida do aparelho de laser 50, ofoco do feixe de laser 51, a velocidade do feixe de laser 51em relação ao material estratifiçado 40 e os materiais espe-cíficos que formam o material estratifiçado 40. Para materi-ais como couro sintético, couro, folhas de polímero e teci-dos de polímeros, que geralmente são incorporados à partesuperior dos calçados, a potência do feixe de laser 51 estágeralmente na faixa de 0,25 a 25 watts, por exemplo. Se ofeixe de laser 51 tiver um foco relativamente estreito, apotência do feixe de laser 51 pode ser diminuída para consi-derar a maior energia por área de unidade no feixe de laser51. De forma similar, se o feixe de laser 51 tiver um focorelativamente largo, a potência do feixe de laser 51 podeser aumentada para considerar a menor energia por área deunidade no feixe de laser 51. A velocidade do feixe de laser51 também afeta a profundidade da incisão 45a. Se o feixe delaser 51 for direcionado para uma parte especifica do mate-rial estratifiçado 40 por um periodo de tempo relativamentecurto, então a profundidade da incisão 45a será relativamen-te rasa. Se, no entanto, o feixe de laser 51 for direcionadopara a parte especifica do material estratifiçado 40 por umperiodo de tempo relativamente longo, então a profundidadeda incisão 45a será maior. A velocidade do feixe de laser 51em relação ao material estratifiçado 40 geralmente determinao período de tempo em que o feixe de laser 51 está direcio-nado a uma parte especifica do material estratifiçado 40.

Finalmente, a composição das camadas 41 a 43 afeta a profun-didade da incisão 45a. Visto que materiais como o couro,couro sintético e tecidos de polímero podem precisar de umapotência relativamente pequena para formar a incisão 45a,outros materiais, tais como polímeros de alta densidade emetais, podem necessitar de mais potência para formar a in-cisão 45a com a mesma profundidade. Logo, levam-se em consi-deração muitos fatores ao determinar a potência correta, ofoco e a velocidade do feixe de laser 51 para formar a inci-são 4 5a em uma profundidade predeterminada.

O aparelho de laser 50 pode incluir um emissor pa-ra feixe de laser 51 que se move adjacente ao material es-tratificado 40 e forma as incisões no material estratifiçado40. Isto é, o formato das várias incisões pode ser controla-do pelos movimentos do aparelho de laser 50 em relação aomaterial estratifiçado 40. Alternativamente, o feixe de la-ser 51 pode se refletir de um ou mais espelhos móveis ou ar-ticuláveis, e o formato das incisões no material estratifi-cado 40 pode ser controlado pelos movimentos dos espelhos.

O feixe de laser 51 aquece áreas selecionadas domaterial estratifiçado 40 e forma incisões 45a e 45b quei-mando ou incinerando as áreas selecionadas do material es-tratificado 40. De modo a impedir que outras áreas do mate-rial estratifiçado 40 sejam queimadas por acidente, as inci-sões 45a e 45b podem ser formadas na presença de um fluidonão combustível, tal como dióxido de carbono ou nitrogênio.Isto é, o aparelho de laser 50 pode ser configurado para e-mitir um fluido não combustivel quando o feixe de laser 51estiver formando as incisões 45a e 45b.

A revelação do calçado 10 acima incluiu uma dis-cussão de várias incisões 44a a 44g que foram formadas naparte superior 30. A técnica geral utilizada para formar asincisões 45a e 45b também pode ser utilizada para formar asincisões 44a a 44g. Antes de incorporar o material estrati-ficado 40 no calçado 10, o material estratifiçado 40 é dis-posto em uma configuração plana, como na Figura 8. Em segui-da, o aparelho de laser 50 é utilizado para formar três in-cisões paralelas que correspondem às posições das incisões44a a 44c, que foram reveladas como tendo uma profundidadeque se estendia apenas através da primeira camada 41. Logo,as incisões 44a a 44c podem ser formadas criando três inci-sões paralelas que são similares à incisão 45a. Em seguida,utiliza-se o aparelho de laser 50 para formar uma incisãoque corresponde à posição da linha 44d, que foi revelada co-mo tendo uma profundidade que se expandiu através da primei-ra camada 41 e da segunda camada 42. Logo, a incisão 44d po-de ser formada criando uma incisão que é similar à incisão45b. Por meio de um processo similar, podem ser formadas in-cisões que correspondem às posições das incisões 44e a 44g.

O aparelho de laser 50 também pode ser utilizadopara remover áreas da primeira camada 41 ou da segunda cama-da 42. Referindo-se à Figura 12, o feixe de laser 51 é re-presentado como entalhando uma incisão geralmente circular4 6a que se estende apenas através da primeira camada 41 esegrega duas partes da primeira camada 41. O material queliga a primeira camada 41 à segunda camada 42 pode ser umadesivo que não está totalmente curado nesse estágio do pro-cesso, ou o material que liga a primeira camada 41 à segundacamada 42 pode ter resistência limitada, por exemplo. Logo,as camadas 41 a 43 do material estratifiçado 40 podem serapenas ligeiramente unidas (por exemplo, um adesivo entre ascamadas 41 a 43 pode não ser totalmente curado) de modo queas camadas 41 a 43 possam ser desgarradas com pouco impactona aparência. Em todo caso, a parte da primeira camada 41que está dentro dos limites da incisão 46a pode ser desgar-rada da segunda camada 42, conforme representado na Figura13. Em seguida, pode-se aplicar calor e pressão adicionalnas camadas 41 a 43 para curar totalmente o adesivo, ou deoutra forma fortalecer a união entre as camadas 41 a 43. Es-se procedimento geral forma a área removida discutida em re-lação à Figura 4. Ao formar a incisão 4 6 em uma profundidadeque se estende tanto através da primeira camada 41 quanto dasegunda camada 42, é possível formar a configuração discuti-da em relação à Figura 6.

0 aparelho de laser 50 pode então ser utilizadopara formar outra incisão geralmente circular 46b que se es-tende através da segunda camada 42, conforme representado naFigura 14. A parte da segunda camada 42 que está dentro doslimites da incisão 36b pode ser desgarrada da terceira cama-da 43, conforme representado na Figura 15, para formar outraárea de material removido. Logo, esse procedimento geral po-de ser utilizado para formar as áreas removidas discutidasem relação à Figura 5.

As Figuras 12 a 15 se relacionam a um método deremoção de partes das camadas que são limitadas por uma oumais incisões. As partes segregadas das camadas fora das in-cisões também podem ser removidas. Referindo-se à Figura 16,o aparelho de laser 50 formou uma incisão 47 em uma primeiracamada 41 que segrega duas partes da primeira camada 41. Aparte da primeira camada 41 que está fora da incisão 47 podeser removida, conforme representado na Figura 17, de modoque a parte da primeira camada 41 posicionada dentro da in-cisão 47 permaneça segura na segunda camada 42. Ao utilizaresse procedimento geral, é possivel formar a parte restanteda segunda camada 42 que é representada na Figura 7.

O material que une a primeira camada 41 à segundacamada 42 pode ser um adesivo que não é totalmente curado,conforme discutido acima, e as camadas 41 a 43 do materialestratifiçado 40 podem ser unidas apenas ligeiramente de mo-do que as camadas 41 a 43 possam ser separadas após a forma-ção das incisões. Assim que a estrutura final estiver com-pleta, o material estratifiçado 40 pode ser sujeito a umacombinação de calor e pressão para unir completamente as ca-madas 41 a 43. Logo, pode-se aplicar calor e pressão paracurar totalmente o material que une as camadas 41 a 43.

As considerações gerais discutidas acima com res-peito às Figuras 8 a 11 também são aplicáveis ao remover asáreas de material. Logo, os fatores que determinam a profun-didade das incisões 46a, 46b incluem a potência de saida doaparelho de laser 50, a largura do feixe laser 51, a veloci-dade do feixe de laser 51 em relação ao material estratifi-cado 40 e os materiais específicos que formam o material es-tratifiçado 40. Além do mais, o aparelho de laser 50 podeser configurado para emitir um fluido não combustível quandoo feixe de laser 51 estiver formando as incisões 46a, 46b,47, impedindo assim a queima em excesso do material estrati-ficado 40.

A discussão acima revela o calçado 10 como tendo aparte superior 30 formada do material estratifiçado 40. Vá-rias partes do material estratifiçado 40 são removidas paraexpor as camadas subjacentes do material estratifiçado 40.

As partes removidas podem assumir a forma de incisões ou á-reas de material removidas dentro do material estratifiçado40. Em geral, as partes removidas podem ser formadas com oaparelho de laser 50 ou qualquer outro aparelho de corte.Logo, o aparelho de laser 50 é utilizado para direcionar ofeixe de laser 51 para o material estratifiçado 40 e formarincisões no material estratifiçado 40. As incisões podem seestender através de uma camada da parte lateral estratifica-da 40 ou através de várias camadas do material estratifiçado40. Como alternativa à formação das incisões no material es-tratificado 40 como um todo, as incisões podem ser formadasnas camadas individuais 41 a 43 separadamente, e as camadas41 a 43 podem então ser seguras uma na outra.

Baseando-se na discussão anterior, as partes domaterial estratifiçado 40 podem ser removidas para modificaras propriedades de estiramento da parte superior 30 em áreasespecificas. As propriedades de estiramento, no entanto, sãoapenas um exemplo das muitas propriedades da parte superior30 que podem ser modificadas removendo partes da primeiracamada 41 e/ou da segunda camada 42. Outras propriedades quepodem ser modificadas incluem resistência à abrasão, durabi-lidade, permeabilidade ao ar, flexibilidade e cor, por exemplo.

As considerações gerais vistas acima, relacionadasà formação de incisões e de áreas removidas para modificarseletivamente as propriedades de estiramento de um artigo decalçado, podem ser aplicadas a uma grande variedade de esti-los de calçados. Outro artigo de vestuário, denominado cal-çado 100, é representado nas Figuras 18 a 20 e inclui umaestrutura de sola 120 e uma parte superior 130. A estruturade sola 120 é segura a uma parte inferior da parte superior130 e propicia um componente durável, resistente ao desgas-te, para atenuar forças de reação ao solo à medida que ocalçado 100 vai de encontro ao solo durante uma caminhada,corrida ou outras atividades de movimentação. Os principaiselementos da estrutura de sola 120 são a entressola 121, umasola externa 122 e uma palmilha 123 de configuração geralconvencional. A parte superior 130 é formada de vários ele-mentos de material que são costurados ou unidos por adesivopara formar um espaço interno que recebe de maneira confor-tável o pé e mantém a posição do pé em relação à estruturade sola 120.

Para fins de referência, o calçado 100 pode serdividido em três regiões gerais: uma região de frente do pé101, uma região de meio do pé 102 e uma região de calcanhar103, conforme definido nas Figuras 21 e 22. As regiões 101 a103 não têm a intenção de demarcar áreas exatas do calçado100. Em vez disso, as regiões 101 a 103 pretendem represen-tar áreas gerais do calçado 100 que propiciam uma estruturade referência durante a discussão a seguir. Embora as regi-ões 101 a 103 apliquem-se em geral ao calçado 100, as refe-rências às regiões 101 a 103 também podem se aplicar de for-ma especifica à estrutura de sola 120, à parte superior 130ou a um componente ou parte individual dentro da estruturade sola 120 e/ou da parte superior 130.

Os vários elementos de material que formam a partesuperior 130, que serão descritos em mais detalhes a seguir,se combinam para formar uma estrutura tendo uma parte late-ral 131, uma parte mediai oposta 132, uma lingüeta 133 e umameia durável 134 que formam o espaço dentro da parte superi-or 130. A parte lateral 131 se estende através de cada umadas regiões 101 a 103 e é geralmente configurada para entrarem contato com, e cobrir uma superfície lateral do pé. Umaparte da parte lateral 131 se estende sobre o peito do pé esobrepõe uma parte lateral da lingüeta 133. O lado mediai132 tem uma configuração similar que em geral corresponde auma superfície mediai do pé. Uma parte da parte mediai 132também se estende sobre o peito do pé e sobrepõe uma partemediai oposta da lingüeta 133. Além disso, a parte lateral131, a parte mediai 132 e a lingüeta 133 formam cooperativa-mente uma abertura para o tornozelo 135, localizada essenci-almente na região de calcanhar 103 para fornecer acesso aoespaço dentro da parte superior 130 para o pé.A lingüeta 133 se estende longitudinalmente aolongo da parte superior 130 e é posicionada para entrar emcontato com a área do peito do pé. As partes laterais dalingüeta 133 podem ser seguras a uma superfície interna decada uma das partes lateral 131 e mediai 132. Um cadarço 136se estende sobre a lingüeta 133 e através das aberturas for-madas na parte lateral 131 e na parte mediai 132. A lingüe-ta 133 se estende sob o cadarço 136 para separar o cadarço136 da área do peito do pé. Ao aumentar o aperto do cadarço136, é possível aumentar o aperto na parte lateral 131 e naparte mediai 132 de modo a colocar a parte lateral 131 e aparte mediai 132 em contato com o pé. De forma similar, aodiminuir o aperto no cadarço 136, a tensão na parte lateral131 e na parte mediai 132 pode ser diminuída de modo a for-necer volume adicional para o pé dentro da parte superior130. Essa configuração geral possibilita, portanto, um meca-nismo para ajustar pelo menos parcialmente o encaixe da par-te superior 130 e acomodar várias dimensões de pé. O apertono cadarço 136 também pode ser diminuído de modo a aumentaro tamanho da abertura do tornozelo 135, permitindo assim queo pé entre e saia do calçado 100.

Uma variedade de materiais é adequada para a partesuperior 130, incluindo os materiais que são utilizados con-vencionalmente nas partes superiores de calçados. Logo, aparte superior 130 pode ser formada de combinações de couro,couro sintético, tecidos naturais ou sintéticos, folhas depolímero, espumas de polímero, tecidos de malha, feltros,polímeros nãotecidos ou materiais de borracha, por exemplo.Conforme representado nas Figuras 18 a 20, entretanto, aspartes da parte lateral 131 e da parte mediai 132 pode apre-sentar uma configuração que inclua um material estratifiçadoformado de pelo menos duas camadas: uma camada de substrato14 0 e uma camada de anéis 150.

A camada de substrato 140 e camada de anéis 150formam uma estrutura que seletivamente estira-se, ou de ou-tra forma acomoda o movimento do pé. Em geral, a camada desubstrato 140 é formada de um material que se estira em pelomenos uma direção, mas também pode ser formada de um materi-al com estiramento multidirecional. Embora qualquer um dosmateriais vistos acima para a parte superior 130 sejam ade-quados para a camada de substrato 140, um exemplo de um ma-terial adequado é um tecido que incorpora fibras de elasta-no, que podem ser obtidas pela E.I. duPont de Nemours Com-pany, sob a marca comercial LYCRA. A camada de anéis 150 ésegura à camada de substrato 140 por meio de qualquer pro-cesso convencional ou não convencional que inclua costura ouunião adesiva, por exemplo. Em geral, a camada de anéis 150é formada a partir de um material que se estira em proporçãomenor que a camada de substrato 140, dessa forma inibindoseletivamente o estiramento na camada de substrato 140.Qualquer um dos materiais discutidos acima para a parte su-perior 130 também é adequado para a camada de anéis 150, in-cluindo materiais relativamente não extensíveis, tal comocouro e couro sintético.

A camada de substrato 140 é representada como umelemento geralmente plano e continuo que inclui uma superfi-cie voltada para o lado externo 141 e uma superfície voltadapara o lado interno 142. Entretanto, em algumas concretiza-ções, a camada de substrato 140 pode ser formada a partir devários elementos unidos, ou a camada de substrato 140 podeter uma estrutura perfurada ou de outra forma não continua.Em comparação, a camada de anéis 150 é formada de vários e-lementos separados que incluem um primeiro anel 151a, um se-gundo anel 152a e um terceiro anel 143a situados na partelateral 131. Além disso, a camada de anéis 150 inclui umprimeiro anel 151b, um segundo anel 152b e um terceiro anel153b situados na parte mediai 132. A camada de anéis 150também pode incluir vários elementos adicionais 155 que po-dem ser anéis adicionais ou outros formatos.

O primeiro anel 151a, o segundo anel 152a e o ter-ceiro anel 153a formam uma configuração concêntrica. Uma re-gião que é central a cada um dos anéis 151a, 152a e 153a éposicionada na superfície de contato da região frontal do pé101 e da região central do pé 102. Portanto, a região cen-tral é posicionada aproximadamente em uma área que geralmen-te corresponde às localizações das articulações metacarpofa-langianas (isto é, as articulações entre os metacarpos e fa-langes) do pé recebido pela parte superior 130. 0 primeiroanel 151a é posicionado adjacente à região central, que éuma área da parte superior 130 em que a camada de substrato140 é exposta. O segundo anel 152a é posicionado adjacenteao primeiro anel 151a e circunda o primeiro anel 151a. Deforma similar, o terceiro anel 153a está posicionado de for-ma adjacente ao segundo anel 152a e circunda o segundo anel152a. Por conseqüência, os anéis 151a, 152a e 153a formamuma configuração concêntrica na parte superior 130.

Os anéis 151a, 152a e 153a apresentam uma configu-ração alongada e não regular. Em outras concretizações dainvenção, os anéis 151a, 152a e 153a podem apresentar umavariedade de formatos regulares e não regulares, incluindoelipses, circulos, triângulos, quadrados, retângulos, pentá-gonos e hexágonos, por exemplo. De forma similar, cada umdos anéis 151a, 152a e 153a pode apresentar diferentes for-matos, por exemplo, o primeiro anel 151a é circular e o se-gundo anel 152a é hexagonal. O número de anéis na camada deanéis 150 também pode variar. Em algumas concretizações,partes da camada de anéis 150 podem incluir apenas o primei-ro anel 151a e o segundo anel 152a, ou partes da camada deanéis 150 podem incluir mais de três anéis, conforme repre-sentado na Figura 18. Portanto, em geral, a camada de anéis150 forma uma configuração concêntrica com o número e formasdos anéis disponíveis. Embora os anéis 151a, 152a e 153a se-jam ilustrados dispositivos no exterior do calçado 100, osanéis 151a, 152a e 153a também podem estar localizados nointerior do calçado 100. Isto é, os anéis 151a, 152a e 153apodem estar localizados entre várias camadas de material demodo a serem, no máximo, o minimo visiveis pelo exterior docalçado 100.

As posições dos anéis 151a, 152a e 153 também po-dem variar dentro do âmbito da presente invenção. Conformediscutido acima, os anéis 151a, 152a e 153a são posicionadosna superfície de contato da região frontal do pé 101 e daregião central do pé 102, ou em uma área que corresponde emgeral às localizações das articulações metacarpofalangianasdo pé recebido pela parte superior 130. Em outras concreti-zações, anéis similares aos anéis 151a, 152a e 153a podemestar localizados na lingüeta 133 ou na região do calcanhar103, por exemplo.

As considerações discutidas acima para os anéis151a, 152a e 153a também se aplicam ao primeiro anel 151b,ao segundo anel 152b e ao terceiro anel 153b. Ao passo queos anéis 151a, 152a e 153a estão localizados na parte late-ral 131, os anéis 151a, 152a e 153a estão localizados naparte mediai 132. O primeiro anel 151b, o segundo anel 152be o terceiro anel 153b formam uma configuração concêntrica,e uma região central dos anéis 151b, 152b e 153b é aproxima-damente posicionada em uma área que geralmente correspondeàs localizações das articulações metacarpofalangianas (istoé, articulações entre os metacarpos e as falanges) do pé re-cebido pela parte superior 130. O primeiro pé 151b é posi-cionado adjacente à região central, onde a camada de subs-trato 140 é exposta. 0 segundo anel 152b é posicionado adja-cente ao primeiro anel 151b e circunda o primeiro anel 151b.

De forma similar, o terceiro anel 153b está posicionado deforma adjacente ao segundo anel 152b e circunda o segundoanel 152b. Por conseqüência, os anéis 151b, 152b e 153b for-mam uma configuração concêntrica na parte superior 130.

Conforme discutido acima, a camada de anéis 150 éestruturada de modo que os anéis 151a, 152a e 153a sejam lo-calizados na parte lateral 131 e posicionados em uma áreaque geralmente corresponde às localizações das articulaçõesmetacarpofalangianas do pé recebido pela parte superior 130.De modo similar, a camada de anéis 150 é estruturada de modoque os anéis 151b, 152b e 153b sejam localizados na partemediai 132 e posicionados em uma área que geralmente corres-ponde às localizações das articulações metacarpofalangianasdo pé recebido pela parte superior 130. De forma mais sim-ples, as duas partes da camada de anéis 150 estão localiza-das em lados opostos da parte superior 130 e em posições quese estendem entre a região frontal do pé 101 e a região cen-tral do pé 102.

As Figuras 18 a 20 representam a parte superior130 em uma configuração geralmente não estirada, ou de outraforma não expandida, que ocorre quando o pé não está locali-zado no espaço na parte superior 130. Quando o pé é colocadono espaço na parte superior 130 ou o pé se flexiona ao an-dar, correr ou exercer outra atividade que envolva movimen-to, a parte superior 130 se estira, portanto, na prática, aparte superior se expande para acomodar os contornos do pé ea flexão do pé ao andar, correr ou exercer outra atividadeque envolva movimento.

Conforme discutido acima, a camada de anéis 150 éformada a partir de um material que se estira em proporçãomenor que a camada de substrato 14 0, dessa forma inibindoseletivamente o estiramento na camada de substrato 140. Essaestrutura propicia uma configuração em que ocorre um nivelde expansão maior nas áreas da parte superior 130 onde a ca-mada de substrato 140 é exposta do que nas áreas em que acamada de anéis 150 está presente. As forças externas sobrea parte superior 130 (isto é, as forças direcionadas parafora a partir do espaço dentro da parte superior 130) tendema colocar a parte superior 130 sob tensão e podem estirarpartes da parte superior 130. O nivel de estiramento em umlocal em particular depende do nivel de força e dos materi-ais que formam a parte superior 130 nesse local. De modo apermitir maior estiramento em locais selecionados, a camadade anéis 150 está ausente. Por exemplo, várias incisões sãoformadas entre os anéis adjacentes 151a, 152a, 153a, 151b,152b, 153b e os elementos adicionais 155 para expor partesda camada de substrato 140. Também estão presentes na partesuperior 130 várias áreas que correspondem às regiões em quea camada de anéis 150 está ausente e a camada de substrato140 está presente. Expor partes da camada de substrato 140permite efetivamente maior estiramento, portanto, nas partesda parte superior 130 em que a camada de anéis 150 está au-sente. Isto é, a formação seletiva das incisões e áreas re-movidas pode ser utilizada para controlar as propriedades deestiramento da parte superior 130.

Um elemento plano 160 que forma partes da camadade anéis 160 é representado na Figura 21. Várias incisões161 são definidas na camada de anéis 150 para definir os a-néis 151a, 152a, 153a, 151b, 152b, 153b e os elementos adi-cionais 155. As incisões 161 podem ser formadas por qualquerum dos métodos discutidos acima para o calçado 10. Isto é,uma matriz pode ser utilizada para formar as incisões 161 nacamada de anéis 150, e a camada de anéis 150 pode então sersegura à camada de substrato 140 e incorporada no calçado100. Em algumas concretizações, pode-se utilizar uma matrizpara formar incisões 161 quando a camada de anéis 150 é se-gura à camada de substrato 140. Um aparelho de laser tambémpode ser utilizado para formar as incisões 161, quer a cama-da de anéis 150 esteja ou não segura à camada de substrato140. Após a formação das incisões 161, várias áreas 162 po-dem ser removidas da camada de anéis 150 para formar as re-giões na parte superior 130 onde a camada de substrato 140 éexposta. Logo, a formação de incisões 161 e a remoção dasáreas 162 podem ser utilizadas para expor seletivamente par-tes da camada de substrato 140 e controlar o estiramento naparte superior 130.

Conforme discutido na seção "Antecedentes da In-venção" acima, os artigos de vestuário são projetados a par-tir de elementos de material planos para acomodar um formatoque não é plano. Mais particularmente, o calçado é formado apartir de elementos planos para acomodar a forma complexa deum pé. As localizações das incisões 161 no elemento 160 po-dem ser escolhidas para corresponderem à topografia de umaparte do pé. Conforme observado acima, os anéis 151a, 152a,153a, 151b, 152b, 153b são posicionados em uma área que ge-ralmente corresponde às localizações das articulações meta-carpofalangianas do pé recebido pela parte superior 130.Portanto, as incisões 161 podem corresponder à topografia dopé nas articulações metacarpofalangianas. Nas áreas em queas incisões 161 estão separadas uma da outra, a topografiado pé pode ser relativamente plana.Logo, é necessário menosestiramento nessas áreas para acomodar o formato do pé. Nasáreas em que as incisões 161 estão próximas, entretanto, atopografia do pé pode, em geral, modificar-se mais rapida-mente. Logo, é necessário maior estiramento para acomodar oformato do pé, e o maior estiramento é produzido de maneiraeficaz pela maior quantidade da camada de substrato 140 queé exposta pelas incisões 161 e pelas áreas 162.

Ao projetar o calçado 100, a topografia de pelomenos uma parte do pé é determinada. A topografia pode serde um indivíduo especifico (isto é, o indivíduo calçando ocalçado 100) , ou a topografia pode ser de um formato que seaproxima do formato comum de um pé. Em seguida, são formadasvárias incisões concêntricas 161 na camada de anéis 150, eas incisões 161 são formadas como linhas topográficas cor-respondendo à topografia do pé. Se já não estiver segura àcamada de substrato 140, a camada de anéis 150 está locali-zada em uma relação coextensiva com a camada de substrato140. A combinação da camada de anéis 150 e da camada desubstrato 140 é então incorporada ao calçado 100. Portanto,as incisões 161 efetivamente imitam os contornos topográfi-cos do pé e formam o estiramento na parte superior 130 quecorresponde aos contornos do pé. Um procedimento similar po-de ser utilizado para formar outros tipos de vestuários.

Outro artigo de vestuário, denominado calçado 200,é representado nas Figuras 22 a 24 e inclui uma estrutura desola 220 e uma parte superior 230. A estrutura de sola 220 ésegura a uma parte inferior da parte superior 230 e propiciaum componente durável, resistente ao desgaste, para atenuarforças de reação ao solo à medida que o calçado 200 vai deencontro ao solo durante uma caminhada, corrida ou outrasatividades de movimentação. A parte superior 230 é formadade vários elementos de material que são costurados ou unidospor adesivo para formar um espaço interno que recebe de ma-neira confortável o pé e mantém a posição do pé em relação àestrutura de sola 220.

Uma variedade de materiais é adequada para a partesuperior 230, incluindo os materiais que são utilizados con-vencionalmente nas partes superiores de calçados. Logo, aparte superior 230 pode ser formada de combinações de couro,couro sintético, tecidos naturais ou sintéticos, folhas depolimero, espumas de polímero, tecidos de malha, feltros,polímeros nãotecidos ou materiais de borracha, por exemplo.Entretanto, conforme ilustrado nas Figuras 22 a 24, as par-tes da parte superior 230 podem apresentar uma configuraçãoque inclui um material estratifiçado com uma camada de subs-trato 240 e uma camada de anéis 250.

A camada de substrato 240 e camada de anéis 250formam uma estrutura que seletivamente estira-se, ou de ou-tra forma acomoda o movimento do pé. Em geral, a camada desubstrato 240 é formada de um material que se estira em pelomenos uma direção, mas também pode ser formada de um materi-al com estiramento multidirecional. Apesar disso, qualquerum dos materiais discutidos acima para a parte superior 230é adequado para a camada de substrato 24 0. A camada de anéis250 é segura à camada de substrato 240 por meio de qualquerprocesso convencional ou não convencional que inclua costuraou união adesiva, por exemplo. Em geral, a camada de anéis250 é formada a partir de um material que se estira em pro-porção menor que a camada de substrato 24 0, dessa forma ini-bindo seletivamente o estirame.nto na camada de substrato240. Qualquer um dos materiais discutidos acima para a partesuperior 230 também é adequado para a camada de anéis 250.

A camada de substrato 240 é representada como umelemento geralmente plano e continuo, mas pode ser formadade vários elementos unidos, ou a camada de substrato 240 po-de ter uma estrutura perfurada ou de outro modo não conti-nua. Em comparação, a camada de anéis 250 é formada de vá-rios elementos separados que definem vários anéis 251 naspartes mediai e lateral do calçado 200. Os anéis formam umaconfiguração concêntrica, e um par de elementos centrais 252está localizado no centro dos vários anéis. Cada um dos ele-mentos centrais 252 é posicionada na superfície de contatoda região frontal do pé e da região central do pé do calçado200. Os elementos centrais são aproximadamente posicionados,portanto, em uma área que geralmente corresponde às locali-zações das articulações metacarpofalangianas (isto é, as ar-ticulações entre os metacarpos e falanges) do pé recebidopela parte superior 230. Os formatos e as posições dos anéis251 podem variar dentro do âmbito da presente invenção. Em-bora os anéis 251 sejam ilustrados situados na parte externado calçado 200, os anéis 251 também podem ser localizados nointerior do calçado 200.

As Figuras 22 a 24 representam a parte superior230 em uma configuração geralmente não estirada, ou de outraforma não expandida, que ocorre quando o pé não está locali-zado no espaço na parte superior 230. Quando o pé está loca-lizado no espaço na parte superior 230 ou o pé se flexionarao caminhar, correr ou exercer outra atividade que envolvemovimento, a parte superior 130 se estira. Portanto, na prá-tica, a parte superior 230 se expande para acomodar os con-tornos do pé e a flexão do pé ao andar, correr e exercer ou-tras atividades que envolvem movimento.

Conforme discutido acima, a camada de anéis 250 éformada a partir de um material que se estira em proporçãomenor que a camada de substrato 240, dessa forma inibindoseletivamente o estiramento na camada de substrato 240. Essaestrutura propicia uma configuração em que ocorre um nivelde expansão maior nas áreas da parte superior 230 onde a ca-mada de substrato 240 é exposta do que nas áreas em que acamada de anéis 250 está presente. As forças externas sobrea parte superior 230 (isto é, as forças direcionadas parafora a partir do espaço dentro da parte superior 230) tendema colocar a parte superior 230 sob tensão e podem estirarpartes da parte superior 230. O nivel de estiramento em umlocal em particular depende do nivel de força e dos materi-ais que formam a parte superior 230 nesse local. De modo apermitir maior estiramento em locais selecionados, a camadade anéis 250 está ausente. Por exemplo, várias incisões sãoformadas entre os anéis adjacentes 251 e os elementos cen-trais 252 para expor parte da camada de substrato 240. Tam-bém estão presentes, na parte superior 230, várias áreas quecorrespondem às regiões em que a camada de anéis 250 estáausente e a camada de substrato 240 é exposta. Expor partesda camada de substrato 240 permite efetivamente maior esti-ramento, portanto, nas partes da parte superior 230 em que acamada de anéis 250 está ausente.

Assim como no calçado 100, os espaços entre os a-néis 251 e os outros locais em que a camada de anéis 250 es-tá ausente podem ser selecionados para corresponderem à to-pografia de uma parte do pé. Portanto, ao projetar o calçado200, a topografia de pelo menos uma parte do pé é determina-da e vários anéis concêntricos 251, separados por incisões,são então formados na camada de anéis 250 para corresponde-rem à topografia do pé.

Embora os conceitos relacionados à presente inven-ção sejam aplicáveis a calçados, os conceitos também podemser incorporados em outros tipos de calçados, inclusive blu-sas, acessórios para a cabeça, sobretudos, roupas intimas,luvas e meias, por exemplo. Com referência à Figura 25, umajaqueta 300 é representada incluindo uma região de busto 310e um par de regiões de braço 320. Pelo menos nas partes decotovelo das regiões de braço 320, a jaqueta 300 incorporaum material estratifiçado que define várias incisões 321. Omaterial estratifiçado inclui pelo menos duas camadas comdiferentes propriedades de estiramento, e as incisões 321expõem de maneira eficaz o maior estiramento da camada sub-jacente. Com referência à Figura 26, uma calça 400 é repre-sentada como incluindo uma região de cintura 410 e um par deregiões de perna 420. Pelo menos nas partes de joelho dasregiões de perna 420, a calça 400 incorpora um material es-tratifiçado que define várias incisões 421. 0 material es-tratificado inclui pelo menos duas camadas com diferentespropriedades de estiramento, e as incisões 421 expõem de ma-neira eficaz o maior estiramento da camada subjacente. Lo-go, os conceitos relacionados à presente invenção são apli-cáveis a uma variedade de tipos de vestuário.

As várias configurações discutidas acima envolvempelo menos duas camadas de material, cada uma das quais pos-sui diferentes propriedades de estiramento. Entretanto, emalguns aspectos da invenção, várias propriedades de estira-mento podem ser incorporadas em uma única camada de materi-al. Por exemplo, uma parte superior pode ser formada de modoa ter uma estrutura têxtil formada por costura ou por outrosmétodos de manipulação mecânica de fios. Cada um dos fiosque formam a estrutura têxtil pode ter diferentes proprieda-des de estiramento. Logo, podem ser formados anéis concên-tricos com menor capacidade de estiramento que outras partesda estrutura têxtil, dessa forma criando uma estrutura simi-lar à reveladas com respeito ao calçado 100 e 200. Como al-ternativa adicional, a parte superior pode ser formada de ummaterial polimérico, e os anéis com um material de maior ca-pacidade de estiramento podem ser embutidos no material po-limérico. Em geral, os anéis que formam áreas relativamentefinas da parte superior, e o material com maior capacidadede estiramento dos anéis, irão aumentar a capacidade de es-tiramento dessas áreas. Alternativamente, os anéis podem a-presentar menor capacidade de estiramento. Logo, alguns as-pectos da invenção podem ser incorporados em uma única cama-da de material.

A presente invenção é revelada acima e nos dese-nhos concomitantes, com referência a uma variedade de con-cretizações. Entretanto, o fim proposto pela revelação é a-presentar um exemplo dos vários aspectos e conceitos rela-cionados à invenção, e não de limitar o âmbito da invenção.Os versados na técnica pertinente reconhecerão que numerosasvariações e modificação poderão ser realizadas nas concreti-zações supradescritas, sem divergir do âmbito da presenteinvenção, conforme definido pelas reivindicações anexas.

Claims

1. Artigo de vestuário, CARACTERIZADO por compre-ender :uma camada de substrato formada pelo menos parci-almente de um material tendo um primeiro nivel de estiramen-to; euma camada incisada fixa na camada de substrato,formada pelo menos parcialmente de um material tendo um se-gundo nivel de estiramento, o primeiro nivel de estiramentosendo maior do que o segundo nivel de estiramento, a camadaincisada incluindo pelo menos uma primeira incisão e uma se-gunda incisão que são concêntricas, a primeira incisão sendoposicionada dentro da segunda incisão.

2. Artigo de vestuário, de acordo com a reivindi-cação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que a camada de substra-to é um tecido.

3. Artigo de vestuário, de acordo com a reivindi-cação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que a camada incisadainclui uma terceira incisão que se estende ao redor da se-gunda incisão.

4. Artigo de vestuário, de acordo com a reivindi-cação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que pelo menos uma daprimeira incisão e da segunda incisão apresenta um formatonão geométrico.

5. Artigo de vestuário, de acordo com a reivindi-cação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que a camada de substra-to e a camada incisada são incorporadas em um vestuário pararevestir um dorso e em um vestuário para revestir as pernasde um indivíduo.

6. Artigo de vestuário, de acordo com a reivindi-cação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que a camada de substra-to e a camada incisada são incorporadas no calçado.

7. Artigo de calçado, de acordo com a reivindica-ção 6, CARACTERIZADA pelo fato de que a camada incisada éposicionada em pelo menos uma dentre uma parte mediai e umaparte lateral do calçado.

8. Artigo de calçado, de acordo com a reivindica-ção 7, CARACTERIZADO pelo fato de que o centro da primeiraincisão e da segunda incisão é localizado de forma a corres-ponder às articulações entre os metacarpos e as falanges dopé recebido pelo calçado.

9. Artigo de vestuário, de acordo com a reivindi-cação 7, CARACTERIZADO pelo fato de que o centro da primeiraincisão e da segunda incisão é localizado de forma a esten-der-se da região frontal do pé até a região central do pé docalçado.

10. Artigo de vestuário, tendo uma configuração decalçado, o artigo de vestuário sendo CARACTERIZADO por com-preender uma parte superior que define um espaço para rece-ber o pé de um usuário, a parte superior incluindo uma cama-da de substrato e uma camada de anéis, a camada de substratoestendendo-se ao redor de pelo menos uma parte do espaço, ea camada de anéis sendo fixada na camada de substrato, a ca-mada de anéis incluindo pelo menos um primeiro anel e um se-gundo anel que são concêntricos, o primeiro anel sendo posi-cionado adjacente ao segundo anel e o primeiro anel sendoposicionado dentro do segundo anel.

11. Artigo de vestuário, de acordo com a reivindi-cação 10, CARACTERIZADO pelo fato de que a camada de subs-trato forma uma superfície do espaço.

12. Artigo de vestuário, de acordo com a reivindi-cação 10, CARACTERIZADO pelo fato de que a camada de subs-trato é um tecido.

13. Artigo de vestuário, de acordo com a reivindi-cação 10, CARACTERIZADO pelo fato de que a camada de subs-trato é formada pelo menos parcialmente de um material tendoum primeiro nivel de estiramento, e a camada de anéis é for-mada pelo menos parcialmente de um material tendo um segundonivel de estiramento, o primeiro nivel de estiramento sendomaior do que o segundo nivel de estiramento.

14. Artigo de vestuário, de acordo com a reivindi-cação 10, CARACTERIZADO pelo fato de que o primeiro anel e osegundo anel são separados por uma incisão na camada de a-néis.

15. Artigo de vestuário, de acordo com a reivindi-cação 14, CARACTERIZADO pelo fato de que a incisão é espaça-da de outra incisão que é definida pelo segundo anel e porum terceiro anel na camada de anéis.

16. Artigo de vestuário, de acordo com a reivindi-cação 14, CARACTERIZADO pelo fato de que a incisão é adja-cente a outra incisão que é definida pelo segundo anel e porum terceiro anel na camada de anéis.

17. Artigo de vestuário, de acordo com a reivindi-cação 10, CARACTERIZADO pelo fato de que a camada de anéisinclui um terceiro anel que é concêntrico com cada um dentreo primeiro anel e o segundo anel, o primeiro anel e o segun-do anel sendo posicionados dentro do terceiro anel.

18. Artigo de vestuário, de acordo com a reivindi-cação 10, CARACTERIZADO pelo fato de que a camada de anéisinclui um elemento central localizado dentro do primeiro a-nel.

19. Artigo de vestuário, de acordo com a reivindi-cação 10, CARACTERIZADO pelo fato de que a camada de anéis éposicionada em pelo menos uma dentre uma parte mediai e umaparte lateral do calçado, e o centro do primeiro anel e dosegundo anel é localizado de forma a corresponder às articu-lações entre os metacarpos e os falanges do pé.

20. Artigo de vestuário, de acordo com a reivindi-cação 10, CARACTERIZADO pelo fato de que a camada de anéis éposicionada em pelo menos uma dentre uma parte mediai e umaparte lateral do calçado, e o primeiro anel e o segundo anelsão localizados de forma a estenderem-se de uma região fron-tal do pé até uma região central do pé do calçado.

21. Artigo de vestuário tendo uma configuração decalçado que inclui uma parte superior e uma estrutura de so-la fixada na parte superior, a parte superior sendoCARACTERIZADA por compreender:uma camada de substrato formando pelo menos umaparte de uma superfície externa da parte superior, a camadade substrato sendo formada pelo menos parcialmente de um ma-terial tendo um primeiro nivel de estiramento; euma camada incisada fixa na camada de substrato eformando pelo menos outra parte de uma superfície externa daparte superior, a camada incisada sendo formada pelo menosparcialmente de um material tendo um segundo nivel de esti-ramento, o primeiro nivel de estiramento sendo maior do queo segundo nivel de estiramento, a camada incisada incluindopelo menos uma primeira incisão e uma segunda incisão queexpõem partes da camada de substrato, a primeira incisão e asegunda incisão sendo concêntricas de modo que a primeiraincisão seja posicionada dentro da segunda incisão, a pri-meira incisão e a segunda incisão sendo posicionadas em umadentre uma parte mediai e uma parte lateral da parte superi-or e localizadas de forma a estenderem-se de uma regiãofrontal do pé até a região central do pé do calçado.

22. Artigo de vestuário, de acordo com a reivindi-cação 21, CARACTERIZADO pelo fato de que a camada de subs-trato forma uma superfície de um espaço dentro da parte su-perior, o espaço tendo uma forma própria para receber o péde um usuário.

23. Artigo de vestuário, de acordo com a reivindi-cação 21, CARACTERIZADO pelo fato de que a camada de subs-trato é um tecido.

24. Artigo de vestuário, de acordo com a reivindi-cação 21, CARACTERIZADO pelo fato de que a primeira incisãoe a segunda incisão definem um anel de material na camadaincisada.

25. Artigo de vestuário, de acordo com a reivindi-cação 24, CARACTERIZADO pelo fato de que o anel de materialé espaçado de outro anel de material que é definido pela se-gunda incisão e por uma terceira incisão na camada incisada.

26. Artigo de vestuário, de acordo com a reivindi-cação 24, CARACTERIZADO pelo fato de que o anel de materialé adjacente a outro anel de material que é definido pela se-gunda incisão e por uma terceira incisão na camada incisada.

27. Artigo de vestuário, de acordo com a reivindi-cação 21, CARACTERIZADO pelo fato de que a camada incisadainclui uma terceira incisão que é concêntrica com cada umadentre a primeira incisão e a segunda incisão, a primeiraincisão e a segunda incisão sendo posicionadas dentro daterceira incisão.

28. Artigo de vestuário, de acordo com a reivindi-cação 21, CARACTERIZADO pelo fato de que a camada incisadainclui um elemento central localizado dentro da primeira in-cisão.

29. Artigo de vestuário, de acordo com a reivindi-cação 21, CARACTERIZADO pelo fato de que o centro da primei-ra incisão e da segunda incisão é localizado de forma a cor-responder às articulações entre os metacarpos e as falangesdo pé recebido pelo calçado.

30. Artigo de vestuário tendo uma configuração decalçado que inclui uma parte superior definindo um espaçopara receber um pé e uma estrutura de sola fixada na partesuperior, a parte superior sendo CARACTERIZADA por compreender:uma camada de substrato formando pelo menos umaprimeira parte de uma superfície externa da parte superior,a camada de substrato sendo formada de um material com capa-cidade de estiramento;uma primeira camada de anéis fixada na camada desubstrato e formando pelo menos uma segunda parte da super-fície externa da parte superior, a primeira camada de anéissendo posicionada em uma parte mediai da parte superior elocalizada de forma a corresponder às articulações entre osmetacarpos e as falanges do pé, a primeira camada de anéisincluindo pelo menos um primeiro par de anéis concêntricos;euma segunda camada de anéis fixada na camada desubstrato e formando pelo menos uma terceira parte da super-fície externa da parte superior, a segunda camada de anéissendo posicionada em uma parte lateral da parte superior elocalizada de forma a corresponder às articulações entre osmetacarpos e as falanges do pé, a segunda camada de anéisincluindo pelo menos um segundo par de anéis concêntricos.

31. Artigo de vestuário, de acordo com a reivindi-cação 30, CARACTERIZADO pelo fato de que a camada de subs-trato forma uma superfície de um espaço dentro da parte su-perior, o espaço tendo uma forma própria para receber o péde um usuário.

32. Artigo de vestuário, de acordo com a reivindi-cação 30, CARACTERIZADO pelo fato de que a camada de subs-trato é um tecido.

33. Artigo de vestuário, de acordo com a reivindi-cação 30, CARACTERIZADO pelo fato de que os anéis do primei-ro par de anéis são limítrofes e os anéis do segundo par deanéis são limítrofes.

34. Artigo de vestuário, de acordo com a reivindi-cação 30, CARACTERIZADO pelo fato de que os anéis do primei-ro par de anéis são espaçados um do outro e os anéis do se-gundo par de anéis são espaçados um do outro.

35. Artigo de vestuário, de acordo com a reivindi-cação 30, CARACTERIZADO pelo fato de que a primeira camadade anéis inclui um terceiro anel que se estende ao redor decada um do primeiro par de anéis.

36. Artigo de vestuário, de acordo com a reivindi-cação 30, CARACTERIZADO pelo fato de que a primeira camadade anéis inclui um elemento central localizado dentro doprimeiro par de anéis.

37. Método de fabricação de um artigo de vestuá-rio, o método sendo CARACTERIZADO por compreender as etapasde:determinar uma topografia de pelo menos uma partede um indivíduo coberta pelo artigo de vestuário;obter uma camada de substrato formada pelo menosparcialmente de um material tendo um primeiro nivel de esti-ramento;formar várias incisões concêntricas em uma camadaincisada, as incisões sendo formadas como linhas topográfi-cas que correspondem à topografia, a camada incisada sendoformada de um material tendo um segundo nivel de estiramen-to, o primeiro nivel de estiramento sendo maior do que o se-gundo nivel de estiramento; esituar a camada incisada de forma coextensiva coma camada de substrato.

38. Método, de acordo com a reivindicação 37,CARACTERIZADO por adicionalmente incluir uma etapa de incor-porar a camada de substrato e a camada incisada em um artigode calçado.

39. Método, de acordo com a reivindicação 38,CARACTERIZADO por adicionalmente incluir uma etapa de posi-cionar o centro das incisões de forma a corresponder às ar-ticulações entre os metacarpos e as falanges do pé recebidopelo calçado.

40. Método, de acordo com a reivindicação 37,CARACTERIZADO por adicionalmente incluir uma etapa de incor-porar a camada de substrato e a camada incisada em um vestu-ário para revestir um busto ou em um vestuário para revestiras pernas de um indivíduo.

41. Método, de acordo com a reivindicação 37,CARACTERIZADO pelo fato de que a etapa de posicionar é rea-lizada antes da etapa de formar.

42. Método, de acordo com a reivindicação 37,CARACTERIZADO pelo fato de que a etapa de formar inclui uti-lizar um aparelho de laser para gravar em partes da camadaincisada.

43. Artigo de vestuário, CARACTERIZADO por compre-ender pelo menos uma camada de material que inclui uma pri-meira zona e uma segunda zona, a primeira zona sendo formadapelo menos parcialmente de um material tendo um primeiro ní-vel de estiramento, a segunda zona sendo formada pelo menosparcialmente de um material tendo um segundo nivel de esti-ramento, o primeiro nivel de estiramento sendo maior do queo segundo nivel de estiramento, e a primeira zona formandovários anéis concêntricos.

44. Artigo de calçado, de acordo com a reivindica-ção 43, CARACTERIZADO pelo fato de que a pelo menos uma ca-mada de material é um material têxtil.

45. Artigo de calçado, de acordo com a reivindica-ção 44, CARACTERIZADO pelo fato de que a primeira zona e asegunda zona são áreas do material têxtil que são formadasde fios com diferentes capacidades de estiramento.

46. Artigo de calçado, de acordo com a reivindica-ção 43, CARACTERIZADO pelo fato de que a primeira zona é umanel de material que é pelo menos parcialmente embutido emum material que forma a segunda zona.