BRPI0401690B1

BRPI0401690B1 - embreagem de fricção em particular para veículo automóvel

Info

Publication number: BRPI0401690B1
Application number: BRPI0401690A
Authority: BR
Inventors: Bernard Regulski
Original assignee: Valeo Embrayages
Priority date: 2003-05-05
Filing date: 2004-05-04
Publication date: 2016-01-05
Also published as: BRPI0401690A; FR2854671B1; DE102004022511A1; TR200400988A2; FR2854671A1; KR101205149B1; KR20040095173A; DE102004022511B4

Abstract

"embreagem de fricção em particular para veículo automóvel". a embreagem de fricção é destinada a acoplar dois elementos rotativos de entrada e de saída, sensivelmente coaxiais. ela compreende meios de amortecimento (a2) que compreendem duas arruelas de guia (8, 12) solidárias em rotação do elemento de entrada ou de saída, uma membrana (13) solidária em rotação do elemento de saída ou de entrada, órgãos elásticos (14) de efeito circunferencial alojados em janelas (8f, 12f, 13f) dispostas nas arruelas de guia (8, 12) e na membrana (13), e meios de atrito que solicitam axialmente a parte central de uma primeira arruela de guia (12). a embreagem compreende além disso meios de apoio (t, d) da parte central da primeira arruela de guia (12) contra a segunda arruela de guia (8). de preferência, os meios de apoio compreendem abas (t) sensivelmente axiais, solidárias da parte central da primeira arruela de guia (12), em apoio contra dentes (d) sensivelmente radiais da segunda arruela de guia (8).

Description

“EMBREAGEM DE FRICÇÃO EM PARTICULAR PARA VEÍCULO AUTOMÓVEL” A presente invenção se refere a uma embreagem de fricção, em especial para um veiculo automóvel.

Em um veículo automóvel, uma embreagem de fricção tem como função transmitir um torque entre um elemento rotativo de entrada e um elemento rotativo de saída, por pinçamento da fricção entre um prato de pressão e um volante motor, assim como assegurar a continuidade do torque e filtrar as vibrações em proveniência do motor. Já é conhecida no estado da técnica, por exemplo de acordo com o documento FR-A-2 804 190 (FR-00 00950), uma embreagem de fricção, em especial para veículo automóvel, destinada a acoplar dois elementos rotativos de entrada e de saída, sensivelmente coaxiais, do tipo que compreende meios de amortecimento que compreendem duas arruelas de guia solidárias em rotação do elemento de entrada ou do elemento de saída, uma membrana solidária em rotação do elemento de saída ou do elemento de entrada, órgãos elásticos de efeito circunferencial alojados em janelas dispostas nas arruelas de guia e na membrana, e meios de atrito que solicitam axialmente a parte central de uma primeira arruela de guia.

Geralmente os meios de amortecimento compreendem meios de acumulação da energia (notadamente molas) e meios de dissipação da energia que compreendem meios de atrito.

Mais especialmente, os meios de amortecimento são dispostos em um dispositivo de fricção da embreagem. O elemento de entrada é formado por um disco de fricção e o elemento de saída é formado por um cubo destinado notadamente a ser acoplado a uma árvore de entrada de caixa de marchas. Os meios de amortecimento formam um pré-amortecedor desse dispositivo de fricção. O pré-amortecedor compreende uma arruela de atrito solicitada elasticamente contra a parte central da primeira arruela de guia por uma arruela elástica de efeito axial.

Por outro lado, o dispositivo de fricção compreende além disso um amortecedor principal. A segunda arruela de guia do pré-amortecedor forma uma membrana do amortecedor principal. O disco de fricção é solidário de uma primeira arruela de guia do amortecedor principal. O órgão elástico de efeito axial é intercalado entre o órgão de atrito e uma arruela de guia do amortecedor principal sobre a qual esse órgão elástico se apóia axialmente.

Ora, a primeira arruela de guia do pré-amortecedor tem muitas aberturas devido notadamente ao fato da presença de janelas de alojamento de molas de efeito circunferencial e do diâmetro relativamente pequeno dessa primeira arruela de guia de pré-amortecedor. Essa última é portanto pouco rígida na direção axial e tem tendência a se deformar sob o efeito da arruela elástica de efeito axial (colocação em cone da primeira arruela de guia do pré-amortecedor). Essa deformação é suscetível de provocar atritos parasitas entre a primeira arruela de guia e a membrana do pré-amortecedor.

Uma solução podería consistir em pré-deformar, em cone, a primeira arruela de guia do pré-amortecedor para que essa última se tome plana sob o efeito da carga da arruela elástica de efeito axial. No entanto, essa carga é variável, visto que ela depende notadamente do veículo ou do motor. Em conseqüência disso a pré-deformação da arruela de guia depende da carga que é aplicada a ela. Essa pré-deformação não é portanto desejável por razoes de padronização.

Uma outra solução podería consistir em aumentar a espessura da primeira arruela de guia de pré-amortecedor. Ora o aumento do volume axial da primeira arruela de guia de pré-amortecedor é tomado difícil devido ao fato de sua disposição entre uma arruela de guia do amortecedor principal e a membrana desse amortecedor principal. A invenção tem notadamente como objetivo limitar a deformação axial da primeira arruela de guia de pré-amortecedor sobre a qual a arruela elástica exerce ura esforço.

Com essa finalidade, a invenção tem como objeto uma embreagem de fricção, em especial para veículo automóvel, destinada a acoplar dois elementos rotativos de entrada e de saída, sensivelmente coaxiais, do tipo descrito no documento FR-A-2 804 190, caracterizada pelo fato de que ela compreende meios de apoio da parte central da primeira arruela de guia contra a segunda arruela de guia.

Assim, a primeira arruela de guia, que se apóia sobre a segunda, não se deformará sensivelmente, e não entrará em contato que pode gerar atritos incômodos com a membrana.

De acordo com características opcionais da embreagem de fricção: os meios de apoio compreendem abas sensivelmente axiais, solidárias da parte central da primeira arruela de guia, apoiadas contra dentes sensivelmente radiais da segunda arruela de guia; a membrana é delimitada por um contorno interno munido de um espaço livre radial que permite a passagem das abas de apoio da primeira arruela de guia; os meios de atrito compreendem um órgão de atrito solicitado elasticamente contra a parte central da primeira arruela de guia por um órgão elástico de efeito axial; o órgão de atrito é ligado em rotação com a membrana, com uma folga circunferencial; os meios de amortecimento são dispostos em um dispositivo de fricção da embreagem, o elemento de entrada sendo formado por um disco de fricção e o elemento de saída sendo formado por um cubo destinado notadamente a ser acoplado a uma árvore de entrada de caixa de marchas; os meios de amortecimento formam um pré-amortecedor do dispositivo de fricção; o. dispositivo de fricção compreende além disso um amortecedor principal, a segunda arruela de guia do pré-amortecedor formando uma membrana do amortecedor principal, as membranas do pré-amortecedor e do amortecedor principal sendo ligadas em rotação com o cubo respectivamente sem folga circunferencial e com folga circunferencial, o disco de fricção sendo solidário de uma primeira arruela de guia do amortecedor principal; o órgão elástico de efeito axial é intercalado entre o órgão de atrito e uma arruela de guia do amortecedor principal sobre a qual esse órgão elástico se apóia axialmente; o órgão elástico de efeito axial é ligado em rotação com a arruela de guia sobre a qual ele se apóia. A invenção será melhor compreendida com a leitura da descrição que vai se seguir, dada unicamente a título de exemplo e feita fazendo-se referência aos desenhos anexos nos quais: a figura 1 é uma meia vista superior em corte axial de uma embreagem de fricção de acordo com a invenção; a figura 2 é uma meia vista inferior em corte axial de uma embreagem de fricção de acordo com a invenção; a figura 3 é uma vista em perspectiva de elementos do pré-amortecedor da embreagem de fricção representada nas figuras precedentes; a figura 4 é uma vista em perspectiva da segunda arruela de guia do pré-amortecedor; a figura 5 é uma vista em perspectiva da membrana do pré-amortecedor; a figura 6 representa o contorno interno da membrana do pré-amortecedor; a figura 7 é uma vista em perspectiva da primeira arruela de guia do pré-amortecedor.

Foi representada nas figuras 1 e 2 uma embreagem de fricção, que no exemplo descrito é destinada a um veículo automóvel, designada pela referência geral E.

Essa embreagem de fricção E compreende um dispositivo de fricção munido de meios de amortecimento que compreendem um amortecedor principal Al e um pré-amortecedor A2. Esses amortecedores Al, A2 são montados entre um elemento rotativo de entrada tal como um disco de fricção 1 e um elemento rotativo de saída tal como um cubo cilíndrico 2 para a transmissão de um torque de rotação para uma árvore dirigida tal como a árvore de entrada de uma caixa de marchas. Os elementos de entrada e de saída são sensivelmente coaxiais.

De modo conhecido, o disco de fricção 1 é destinado a ser comprimido entre um colante motor solidário em rotação de uma árvore diretora tal como o virabrequim de um motor de combustão interna, e um prato de pressão acionado por meios de embrear. O cubo 2 compreende caneluras longitudinais internas que permitem solidarizar o mesmo em rotação com uma extremidade da árvore dirigida. O amortecedor principal compreende duas arruelas de guia 3, 4 solidárias uma da outra e montadas em rotação sobre o cubo 2 com o auxílio de mancais anulares 5, 6 respectivamente. O disco de fricção 1 é fixado na primeira arruela de guia 3 com o auxílio de rebites 7.

Uma membrana anular 8 (isolada na figura 4) é disposta entre as duas arruelas de guia 3,4, coaxialmente a essas últimas, e compreende na periferia interna um dentado que engrena, com uma folga circunferencial predeterminada, com um dentado correspondente da periferia externa do cubo 2. Na figura 4, foram representados dentes D do dentado interno da membrana 8 que formam saliências sensivelmente radiais destinadas a operarem junto com rasgos complementares externos do cubo 2. t Órgãos elásticos de ação circunferencial, tais como molas helicoidais 9 de grande rigidez, são alojados em janelas 10 das arruelas de guia 3 e 4 e em janelas 11 da membrana anular 8. Um primeiro grupo dos órgãos elásticos 9 é alojado sem folga circunferencial nas janelas 10, 11 precitadas e participam na transmissão de um torque de rotação entre as arruelas de guia 3, 4 e a membrana 8 desde o início de uma rotação. Um segundo grupo dos órgãos elásticos 9 é alojado sem folga circunferencial nas janelas 10 das arruelas de guia e com uma folga circunferencial predeterminada nas janelas 11 da membrana anular 8, e só participam na transmissão de um torque de rotação quando a deflexão angular entre as arruelas de guia 3,4 e a membrana anular 8 excede um valor predeterminado que corresponde à folga circunferencial entre os órgãos elásticos 9 e as janelas 11 da membrana 8.

Assim os órgãos elásticos 9 do primeiro grupo transmitem o torque em permanência, e os órgãos elásticos do segundo grupo o transmitem unicamente quando o deslocamento angular entre as arruelas de guia 3,4 e a membrana anular 8 é superior ao dito valor predeterminado. O amortecimento das vibrações e irregularidades de torque é desse modo escalonado, os órgãos elásticos do segundo grupo só intervindo quando a deflexão angular entre as arruelas de guia 3,4 e a membrana anular 8 excede um valor limite a partir de uma posição de repouso. O pré-amortecedor A2 forma uma ligação entre a membrana anular 8 e do amortecedor principal e o cubo 2. É possível ver na figura 3 vários elementos do pré-amortecedor A2.

Esse pré-amortecedor A2 compreende uma primeira e segunda arruelas de guia. A primeira arruela de guia do pré-amortecedor é uma arruela 12 (isolada na figura 7) solidária em rotação da membrana 8. De fato, a arruela de guia 12 é solidarizada em rotação com a membrana 8 de amortecedor principal por encaixe de abas periféricas externas P em entalhes complementares C dispostos no contorno interno das janelas 11 da membrana 8 do amortecedor principal (ver as figuras 3,4 e 7). Será notado que as abas P formam também elementos de escoramento axial das primeira e segunda arruelas de guia do pré-amortecedor A2 por operação conjunta de ressaltos dessas abas P com uma face da membrana 8 (ver a figura 3). A segunda arruela de guia do pré-amortecedor é formada pela própria membrana anular 8.

Uma membrana anular 13 de pré-amortecedor (isolada na figura 5) é disposta entre a membrana anular 8 e a arruela 12 e é solidária em rotação do cubo 2, por exemplo por engrenamento com o dentado periférico externo desse cubo. Na figura 5 foram representados entalhes N dispostos na periferia interna da membrana 13 destinados a operarem junto com dentes complementares externos do cubo 2. A membrana 13 do pré-amortecedor é portanto ligada em rotação com o cubo 2 sem folga circunferencial. Órgãos elásticos 14 de ação circunferencial, tais como molas helicoidais de rigidez relativamente pequena, são alojados em janelas 8F, 12F, 13F da membrana anular 8 de amortecedor principal, da arruela 123 e da membrana anular 13 de pré-amortecedor (ver as figuras 3 a 5 e 7), para a transmissão de um torque de rotação entre a membrana anular 8 e o cubo 2. De modo análogo ao amortecedor principal, os órgãos elásticos 14 são distribuídos em dois grupos. Assim, alguns dos órgãos elásticos 14 são montados sem folga circunferencial nas janelas precitadas e participam na transmissão do torque desde o início da rotação, enquanto que os outros órgãos elásticos 14 são montados sem folga circunferencial nas janelas 8F, 12F da membrana anular 8 e da arruela de guia 12 e com uma folga circunferencial predeterminada nas janelas 13F da membrana anular 13 do pré-amortecedor, e só participam na transmissão de um torque de rotação quando a deflexão angular entre a membrana 8 e a arruela de guia 12, por um lado, e a membrana anular 13 de pré-amortecedor, por outro lado, é superior à folga circunferencial precitada. 0 conjunto dos órgãos elásticos 9, 14 permite portanto obter quatro níveis de amortecimento das vibrações e irregularidades de torque absorvidas pelo pré-amortecedor e pelo amortecedor principal, esses níveis de amortecimento sendo progressivamente crescentes. De fato, os órgãos elásticos 14 do pré-amortecedor A2 formam dois níveis de amortecimento de acordo com que eles são montados sem ou com folga circunferencial em suas janelas correspondentes. Por outro lado, no final de trajeto do amortecedor principal 1, os órgãos elásticos 9 desse amortecedor Al formam dois níveis de amortecimento suplementares de acordo com que eles são montados sem ou com folga circunferencial em suas janelas correspondentes.

Meios de atrito, dispostos entre as arruelas de guia 3, 4 do amortecedor principal, são associados ao pré-amortecedor A2 e ao amortecedor Al principal para amortecer as vibrações e irregularidades absorvidas por seus órgãos elásticos 14,9.

No que diz respeito ao pré-amortecedor A2, primeiros meios de atrito são formados pelos mancais 5 e 6 que operam junto com o cubo 2. O mancai 6 de centragem da arruela de guia 4 do amortecedor principal, compreende uma parte periférica interna de forma troncocônica apoiada em uma superfície de apoio troncocônica 15 do cubo 2. O mancai 6 compreende dedos 16 que se estendem paralelamente ao eixo de rotação e que são introduzidos em orifícios correspondentes 16A da arruela s guia 4 para solidarizar o mancai 6 e a arruela 4 em rotação. O mancai 5 da primeira arruela de guia 3 está no que lhe diz respeito em apoio axial sobre um ressalto 17 do cubo 2, formado por uma face radial de extremidade do dentado externo desse cubo.

Uma arruela elástica 18 de compressão axial é montada apoiada entre a arruela de guia 3 e o mancai 5 para solicitar esse último em apoio sobre a superfície de apoio troncocônica 15 do cubo 2. A arruela elástica 18 é solidarizada em rotação com o mancai 5 por operação conjunta de abas e entalhes complementares.

No modo de realização representado, os mancais 5 e 6 são feitos de uma matéria plástica, eventualmente reforçada com fibras, e exercem um atrito relativamente suave sobre o cubo 2.

Segundos meios de atrito associados ao pré-amortecedor compreendem uma arruela de atrito 19, disposta entre a primeira arruela de guia 3 e a arruela de guia 12 do pré-amortecedor, e uma arruela elástica 20 de compressão axial montada em apoio entre a primeira arruela de guia 3 e a arruela de atrito 19 para solicitar essa arruela de atrito 19 em apoio axial sobre a arruela de guia 12 do pré-amortecedor.

Será notado que a arruela de atrito 19 é solicitada pela arruela elástica 20 contra a parte central (quer dizer a parte radialmente interna) da arruela de guia 12. A arruela elástica 20 é solidarizada em rotação com a arruela de guia 3 do amortecedor principal por operação conjunta de abas e entalhes complementares. A primeira arruela de guia 12 do pré-amortecedor sendo relativamente fina e com aberturas (ver a figura 7), para evitar uma deformação intempestiva dessa arruela 12, o pré-amortecedor A2 compreende meios de apoio da parte central da primeira arruela de guia 12 contra a segunda arruela de guia desse pré-amortecedor (formada pela membrana 8).

De preferência, como está visível notadamente na figura 3, os meios de apoio compreendem abas T sensivelmente axiais, que prolongam o contorno interno da parte central da primeira arruela de guia 12, em apoio contra os dentes D sensivelmente radiais da segunda arruela de guia do pré-amortecedor (membrana 8 de amortecedor principal).

Fazendo-se referência às figuras 5 e 6, será notado que o contorno interno da membrana 13 de pré-amortecedor é delimitado por setores de separação os entalhes N. Alguns desses setores de separação são munidos de um espaço livre radial G que permite a passagem das abas de apoio I da primeira arruela de guia 12 do pré-amortecedor. A arruela de atrito 19 compreende, em sua periferia externa, abas (não representadas) que permitem solidarizar em rotação a arruela de atrito 19 e extremidades dos órgãos elásticos 14 que são montados com uma folga circunferencial nas janelas 13F da membrana anular 13 do pré-amortecedor. Assim, a arruela de atrito 19 é ligada em rotação com a membrana 13 de pré-amortecedor com uma folga circunferencial. A arruela de atrito 19 só gira com a membrana anular 13 de pré-amortecedor quando a deflexão angular entre essa membrana 13 e o conjunto formado pela membrana 8 do amortecedor principal e a arruela de guia 12 excedeu um valor predeterminado que corresponde à folga circunferencial dos ditos órgãos elásticos 14 nas janelas das membrana 13.

No que diz respeito ao amortecedor principal Al, primeiros meios de atrito compreendem uma arruela de atrito 22 disposta entre, por um lado, a arruela de guia 3 do amortecedor principal e, por outro lado, a arruela de guia 12 e a membrana 13 do pré-amortecedor.

Uma arruela elástica 23 de compressão axial é montada em apoio entre a arruela de guia 3 do amortecedor principal e a arruela de atrito 22 para solicitar essa arruela de atrito 22 em apoio axial, por um lado, sobre a arruela de guia 12 do pré-amortecedor e, por outro lado, sobre a membrana 13 do pré-amortecedor.

De fato, a arruela de atrito 22 é solidarizada em rotação com a arruela de guia 12 por encaixe de abas 24 nas janelas 12F dessa arruela de guia 12. As abas 24 se apoiam sobre a membrana 13 do pré-amortecedor. A arruela elástica 23 é solidarizada em rotação com a arruela de guia 3 do amortecedor principal por operação conjunta de abas e entalhes complementares.

Segundos meios de atrito do amortecedor principal que compreendem uma arruela de atrito 25 disposta entre a membrana anular 13 e a arruela de guia 4 do amortecedor principal. A arruela de atrito 25 é solidarizada em rotação com a membrana 8 de amortecedor principal por encaixe de abas periféricas 26 nos entalhes complementares C dispostos no contorno interno das janelas 11 da membrana 8 de amortecedor principal.

Sob o efeito da força de compressão da arruela elástica 23 transmitida via as abas 24 e a membrana 13, a arruela de atrito 25 é solicitada em apoio axial contra uma arruela de acionamento 28 intercalada entre essa arruela de atrito 25 e a segunda arruela de guia 4. Essa arruela de acionamento 28 opera com uma folga circunferencial junto com a membrana 8. De fato, abas 29 que prolongam axialmente a arruela de acionamento 28 são encaixadas com uma folga circunferencial nas janelas 11 da membrana 8 que alojam, com uma folga circunferencial, os órgãos elásticos 9.

Por outro lado, a arruela de acionamento 28 é solidarizada em rotação com uma arruela de atrito 3o por encaixe das extremidades das abas 29 em entalhes complementares dessa arruela de atrito 30. Essa arruela de atrito 30 é solicitada elasticamente por uma arruela elástica de compressão axial 31 que se apóia sobre essa arruela de atrito 30 e a primeira arruela de guia 3. A arruela elástica 31 é solidarizada em rotação com a primeira arruela de guia 3 por operação conjunta de abas e entalhes complementares. O funcionamento da embreagem de fricção E, notadamente a sucessão dos quatro níveis de amortecimento, é descrito de modo geral por exemplo em FR-A-2804 190. No entanto, serão precisados abaixo certos aspectos do funcionamento da embreagem de fricção E ilustrada nas figuras.

No regime de desaceleração do motor de combustão interna acoplado à embreagem E de acordo com a invenção, o amortecedor principal Al se comporta como um órgão rígido em razão da rigidez relativamente grande de seus órgãos elásticos 9 e o torque de rotação fornecido pelo virabrequim do motor é transmitido pelo disco de fricção 1 diretamente para a membrana anular 8 do amortecedor principal que forma um órgão de entrada do pré-amortecedor A2, No final da ativação do segundo nível de amortecimento do pré-amortecedor, a membrana 13 de pré-amortecedor é solidária em rotação, por um lado, da arruela de guia 12 do pré-amortecedor e da membrana 8 do amortecedor principal que forma arruela de guia do pré-amortecedor e, por outro lado, das duas arruelas de atrito 22, 25. A membrana 13 de pré-amortecedor também é solidária da arruela de atrito 19. Devido a isso, no final do trajeto do pré-amortecedor, o atrito entre a arruela de atrito 19 e a arruela de guia 12 é interrompido enquanto que o atrito entre a arruela de atrito 19 e a arruela elástica 20 é mantido. O atrito interrompido é substituído pelo atrito, por um lado, entre a arruela de atrito 22 e a arruela elástica 23 e, por outro lado, entre a arruela de atrito 25 e a arruela de acionamento 28 que opera com uma folga circunferencial junto com a membrana 8 de amortecedor principal.

Quando o segundo nível de amortecimento do amortecedor principal é ativado, a arruela de acionamento 28 se desloca conjuntamente com a membrana 8 de modo que o atrito entre a arruela de atrito 25 e a arruela de acionamento 28 é interrompido.

No entanto, o atrito interrompido é substituído pelo atrito, por um lado, entre a arruela de atrito 30 e a arruela elástica 31 e, por outro lado, entre a arruela de acionamento 28 e a segunda arruela de pia 4. A invenção não se limita ao modo de realização descrito acima. Em especial, seria possível equipar, se for o caso, o amortecedor principal com meios de apoio da parte central de uma arruela de pia desse amortecedor principal sobre a outra arruela de guia desse amortecedor principal.

Claims

1. Embreagem de fricção em particular para veículo automóvel, destinada a acoplar dois elementos rotativos de entrada (1) e de saída (2), sensivelmente coaxiais, do tipo que compreende meios de amortecimento (A2) que compreendem duas arruelas de guia (8, 12) solidárias em rotação do elemento de entrada (1) ou do elemento de saída (2), uma membrana (13) solidária em rotação do elemento de saída (2) ou do elemento de entrada (1), órgãos elásticos (14) de efeito circunferencial alojados em janelas (8F, 12F, 13F) dispostas nas arruelas de guia (8,12) e na membrana (13), e meios de atrito (19, 20) que solicitam axialmente a parte central de uma primeira arruela de guia (12), caracterizada pelo fato de que ela compreende meios de apoio (T, D) da parte central da primeira arruela de guia (12) contra a segunda arruela de guia (8).

2. Embreagem de fricção de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que os meios de apoio compreendem abas (T) sensivelmente axiais, solidárias da parte central da primeira arruela de guia (12), apoiadas contra dentes (D) sensivelmente radiais da segunda arruela de guia (8).

3. Embreagem de fricção de acordo com a reivindicação 2, caracterizada pelo fato de que a membrana (13) é delimitada por um contorno interno munido de um espaço livre radial que permite a passagem das abas de apoio da primeira arruela de guia.

4. Embreagem de fricção de acordo com uma qualquer das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que os meios de atrito compreendem um órgão de atrito (19) solicitado elasticamente contra a parte central da primeira arruela de guia (12) por um órgão elástico (20) de efeito axial.

5. Embreagem de fricção de acordo com a reivindicação 4, caracterizada pelo fato de que o órgão de atrito (19) é ligado em rotação com a membrana (13), com uma folga circunferencial.

6. Embreagem de fricção de acordo com uma qualquer das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que os meios de amortecimento são dispostos em um dispositivo de fricção da embreagem, o elemento de entrada sendo formado por um disco de fricção (1) e o elemento de saída sendo formado por um cubo (2) destinado notadamente a ser acoplado a uma árvore de entrada de caixa de marchas.

7. Embreagem de fricção de acordo com a reivindicação 6, caracterizada pelo fato de que os meios de amortecimento formam um pré-amortecedor (A2) do dispositivo de fricção.

8. Embreagem de fricção de acordo com a reivindicação 7, caracterizada pelo fato de que o dispositivo de fricção compreende além disso um amortecedor principal (Al), a segunda arruela de guia do pré-amortecedor (A2) formando uma membrana (8) do amortecedor principal, as membranas (13, 8) do pré-amortecedor e do amortecedor principal sendo ligadas em rotação com o cubo (2) respectivamente sem folga circunferencial e com folga circunferencial, o disco de fricção (l) sendo solidário de uma primeira arruela de guia (3) do amortecedor principal.

9. Embreagem de fricção de acordo com as reivindicações 4 e 8 tomadas juntas, caracterizada pelo fato de que o órgão elástico (20) de efeito axial é intercalado entre o órgão de atrito (19) e uma arruela de guia (3) do amortecedor principal sobre a qual esse órgão elástico (20) se apóia axialmente.

10. Embreagem de fricção de acordo com a reivindicação 9, caracterizada pelo fato de que o órgão elástico (20) de efeito axial é ligado em rotação com a arruela de guia (3) sobre a qual ele se apóia.