BRPI0006121B1 - processo para proteção de cordões de cabos - Google Patents

Abstract

patente de invenção: <b>"procedimento para proteção de cordões de cabos"<d>. os cordões de cabos, especialmente os respectivos pontos de ligação a componentes elétricos são danificados quando utilizados em um meio agressivo como por exemplo combustível. as medidas de proteção como tubos de encolhimento ou verniz de proteção não garantem todavia uma proteção suficiente. com o procedimento novo os cordões de cabos e respectivos pontos de ligação a componentes elétricos são protegidos da corrosão de meios agressivos. com o procedimento de acordo com a invenção os cordões de cabos são pulverizados com um plástico resistente ao combustível, em que a pulverização não abrange todo o comprimento do cordão de cabos, mas sim a zona em que aplica-se o meio agressivo. o procedimento não necessita de qualquer tratamento prévio dos cordões de cabos.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "PROCESSO PARA PROTEÇÃO DE CORDÕES DE CABOS". A presente invenção refere-se a um processo para proteção de cordões de cabos em um ambiente agressivo. Os cordões de cabos que consistem em vários fios de metal entrelaçados ou cablados uns nos outros são muitas vezes utilizados como linhas elétricas para ligação de componentes elétricos.

Muitos componentes elétricos são hoje em dia dispostos em ambientes agressivos. Assim, são, por exemplo, utilizados em bombas de combustível de veículos para transporte de combustível diretamente para os depósitos de combustível. Durante o funcionamento da bomba de combustível, o motor que aciona a bomba é também percorrido por combustível para efeitos de arrefecimento. Assim, os pontos de ligação do motor elétrico às linhas elétricas disponíveis são banhados com combustível. Devido aos componentes agressivos nos combustíveis estes pontos de ligação são corroídos de tal forma que levam a danos nos pontos de ligação e por último a avaria do componente. Não são, no entanto apenas os componentes dos combustíveis que provocam danos. Da mesma forma, em outros pontos, podem ocorrer danos nos cordões de cabos devido a umidade, sujidade ou água da chuva.

Além disso, é conhecido revestir-se os cordões de cabos com invólucros isolantes. Uma desvantagem nos invólucros desse tipo é o fato de quando se ligam os cordões de cabos a um componente se ter de retirar este invólucro libertando em seguida os pontos de ligação. Para proteger os pontos de ligação é conhecido aplicar uma camada de verniz de proteção. A desvantagem dos vernizes de proteção utilizados consiste no fato de estes não serem resistentes a todos os meios agressivos, especialmente em relação ao etanol que faz parte integrante de muitos combustíveis. Acresce o fato de a utilização de vernizes de proteção ser desvantajosa sob o ponto de vista ecológico.

Além disso, é conhecido isolar os cordões de cabos com tubos de encolhimento na medida em que um tubo de um plástico correspondente é colocado encolhido por efeito térmico. Além do isolamento, os tubos de encolhimento oferecem ainda também certa proteção em relação a meios agressivos. A ligação do tubo de encolhimento e do cordão de cabos nunca é, todavia, assim tão estanque de modo a se evitar de forma segura uma penetração de meios agressivos entre o cordão de cabos e tubo de encolhimento pelo que não fica excluída a hipótese de danos no cordão de cabos. Além disso, especialmente no caso de componentes pequenos, a montagem de cordões de cabos isolados dessa forma é associada a dificuldades devido à elasticidade do tubo de encolhimento. Outra desvantagem consiste no fato de os tubos de encolhimento não serem aplicáveis de forma ilimitada. Assim, apenas se pode utilizar um tubo de encolhimento para proteção de um ponto de ligação entre um cordão de cabo e um componente elétrico só quando o componente e o cordão de cabo tiverem praticamente as mesmas medidas em termos de diâmetro. A invenção tem como objetivo conceber um processo de proteção de cordões de cabos de forma a que estes sejam protegidos eficazmente contra a corrosão de meios agressivos. Especialmente os pontos de ligação entre os cordões de cabos e os componentes elétricos devem ser protegidos de acordo com o processo.

Descobriu-se que os cordões de cabos podem ser protegidos eficazmente em meios agressivos se forem parcialmente moldados por injeção com um plástico resistente ao combustível. Isto significa que o cordão de cabos não é moldado por injeção em todo o seu comprimento, mas sim só na zona em que está exposto a meios agressivos.

Isto é tão mais surpreendente, uma vez que, segundo a opinião anterior se assumiu que quando se faz moldagem por injeção, o plástico que está sob elevada pressão, penetra entre os fios do cordão de cabos e depois de endurecer forma arestas afiadas especialmente na zona da extremidade da moldagem por injeção. Se os cordões de cabos estiverem então sujeitos a movimentos, como por exemplo, é o caso dentro de veículos, estes movimentos nas arestas poderiam levar a quebra dos fios individuais. Em consequência disso pode ocorrer interrupção do cordão de cabos e por último avaria do componente elétrico.

Com o processo de acordo com a invenção não ocorre a penetração temida do plástico entre os fios do cordão de cabos de forma que o cordão de cabos pode a partir de agora apresentar moldagem por injeção de plástico parciais sem haver o perigo de danos no cordão de cabos nas arestas do plástico moldado por injeção devido a movimentos. A grande vantagem consiste no fato de as moldagens por injeção poderem ser confeccionadas nas mais diversas formas. A proteção contra meios agressivos não fica assim limitada exclusivamente à forma simples do cordão de cabos. Ao contrário, podem também injetar-se geometrias complicadas, de forma que a partir de agora, sobretudo os pontos de ligação do cordão de cabos e componente elétrico são protegidos eficazmente contra corrosão de meios agressivos e o cordão de cabos não necessita de tratamento prévio.

Pode ocorrer devido a erros de fabricação ou montagem anterior que o cordão de cabos já não apresente a estanqueidade necessária. Nestes casos é vantajoso comprimir mecanicamente o cordão de cabos na zona da extremidade da moldagem por injeção. Assim evita-se a penetração de plástico no cordão de cabos.

Em outra aplicação vantajosa do processo, antes de se injetar com plástico envolve-se o cordão de cabos, nas zonas das ex- tremidades da moldagem por injeção, com uma manga fina de um metal resistente ao combustível. Esta manga impede, de forma ainda mais segura, a penetração de plástico na altura da moldagem por injeção do cordão de cabos. Simultaneamente, a pressão durante o processo garante a vedação necessária entre o cordão de cabos e a manga de forma que não pode entrar qualquer combustível entre a manga e o cordão de cabos.

Em outros casos de aplicação nos quais se ligam eletricamente dois componentes com um cordão de cabo, pode acontecer que os componentes já estejam suficientemente protegidos e apenas se encontre o cordão de cabos em uma zona com meios agressivos. Neste tipo de casos pode-se igualmente com o processo de acordo com a invenção equipar o cordão de cabos com uma moldagem por injeção parcial em que também aqui a moldagem por injeção está limitada às zonas que estão em perigo.

Em outra aplicação vantajosa da invenção, na qual o componente elétrico está disposto em uma caixa e o cordão de cabos sai de uma caixa, a moldagem por injeção parcial do cordão de cabos serve simultaneamente como vedação entre o cordão de cabos e a caixa.

Em outra aplicação vantajosa do processo utiliza-se como plástico polioximetileno (POM) ou PPS. A utilização destes plásticos tem a vantagem de estes plásticos não serem apenas resistentes em relação ao combustível, mas também em relação a outros meios agressivos.

Outra vantagem consiste no fato de, por intermédio de uma seleção adequada da espessura da parede de plástico se poder regular especificamente a mobilidade do cordão de cabos. Já no caso de espessuras de parede reduzidas, a mobilidade é limitada de tal forma que o cordão de cabos, nesta zona, apoia-se sem ajuda devido a rigi- dez mecânica. Da mesma forma, a moldagem por injeção do cordão de cabos pode forçar uma forma específica que corresponda à do cordão de cabos no estado de montagem. Assim a montagem fica significativamente facilitada.

Em um exemplo de aplicação a invenção é explicada em mais pormenor. A figura única ilustra um contato de tomada com um corte de um cordão de cabos.

Na figura encontra-se apresentado uma tomada 1 de um motor elétrico de uma bomba de combustível não ilustrado dentro de uma caixa 2 e a linha elétrica 3 para alimentação de corrente do motor elétrico. Entre a tomada 1 e a caixa 2 flui o combustível 4 transportado pela bomba de combustível. A tomada 1 tem uma chapa de contato 5 na qual penetra um pino de contato 6 da linha elétrica 3. Na extremidade oposta do pino de contato 6 está soldado um cordão de cabos 7. Para proteger o ponto de ligação 8 do cordão de cabos 7 e o pino de contato 6 que estão no combustível 4 o cordão de cabos 7 foi moldado por injeção com POM 9 na zona do ponto de ligação 8. Ao mesmo tempo, a moldagem por injeção 9 serve como vedação do cordão de cabos 7 que passa através da caixa 2 da bomba de combustível.

REIVINDICAÇÕES

Claims (6)

1. Processo para proteção de cordões de cabos (7) em um meio agressivo (4), onde o cordão de cabos (7) está ligado a pelo menos um componente elétrico (6), sendo que o cordão de cabos (7) está equipado com um invólucro (9), caracterizado pelo fato de incluir as etapas de, ligação (8) do cordão de cabos (7) com um componente (6), posicionamento do cordão de cabos (7) juntamente com o componente (6) em um molde para moldagem por injeção, moldagem por injeção do cordão de cabos (7) com plástico resistente ao combustível (4) apenas na zona de ligação com o componente elétrico (6), sendo que como plástico é utilizado um polioxime-tileno ou um PPS.

2. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de o cordão de cabos (7) já estar previamente comprimido mecanicamente nas extremidades de moldagem por injeção.

3. Processo de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de o cordão de cabos (7) já estar previamente envolvido por uma manga na zona de pelo menos uma das extremidades da moldagem por injeção.

4. Processo de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de como manga se utilizar um metal resistente ao combustível.

5. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de a mobilidade do cordão de cabos (7) ser regulada selecionando a espessura da parede da moldagem por injeção.

6. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de o cordão de cabos (7) ser moldado por injeção de tal forma que depois da moldagem por injeção passa a ter a forma do seu futuro local de montagem.