BR112017028182B1

BR112017028182B1 - Dispositivo de aplicação

Info

Publication number: BR112017028182B1
Application number: BR112017028182-1A
Authority: BR
Inventors: Frank Herre; Manfred Michelfelder; Michael Baumann; Sascha Herrmann; Bernhard Seiz; Thomas Buck
Original assignee: Dürr Systems Ag
Priority date: 2015-07-03
Filing date: 2016-07-01
Publication date: 2021-10-05
Also published as: ES2856681T3; JP6962905B2; EP3317023B1; PL3317023T3; JP2018526197A; US10807110B2; WO2017005353A1; HUE052424T2; EP3317023A1; CN107847951A; MX2017016168A; US11623232B2; CN107847951B; KR102612208B1; DE102015010158A1; US20180185860A1; US20200368766A1; ZA201800243B; RU2690353C1; BR112017028182A2

Abstract

em especial atomizador rotativo. a presente invenção refere-se a um aplicador (rz), em especial um atomizador rotativo, para a aplicação de um agente de revestimento, em especial uma tinta bicomponente, o aplicador compreendendo uma primeira conexão de agente de revestimento (sl) para alimentar um primeiro agente de revestimento, em especial uma resina básica de uma tinta bicomponente, uma primeira linha de agente de revestimento (l1-l4), que se estende no aplicador (rz) a partir da primeira conexão de agente de revestimento (sl) e transporta o primeiro agente de revestimento, e uma primeira válvula (slv1), que é disposta na primeira linha de agente de revestimento (l1-l4) e controla o fluxo do primeiro agente de revestimento, em que a primeira válvula (slv1) pode ser controlada por um primeiro sinal de controle. é proposto que uma primeira válvula de alívio de pressão (slv1), que é acionada por conta própria, seja disposta na primeira linha de agente de revestimento (l1-l4) e, a fim de evitar problemas causados por excedente de pressão, abra automaticamente quando a pressão a montante dela ultrapassar uma pressão máxima específica.

Description

RELATÓRIO DESCRITIVO

[001] A presente invenção refere-se a um aplicador, em especial um atomizador rotativo, para aplicar um agente de revestimento.

[002] Tintas bicomponente (tintas 2K), que são compostas por dois componentes, a saber um agente de cura (por exemplo, isocianato) e uma tinta-pai, são conhecidas com base na técnica anterior. Quando essas tintas 2k são conduzidas em um sistema de pintura, válvulas de agulha, que possuem uma agulha de válvula deslocável, são convencionalmente usadas como válvulas de fechamento. A agulha de válvula, assim sendo, estende-se através de uma câmara de válvula, que, durante a operação, é preenchida com a tinta 2K, a câmara de válvula sendo vedada em relação ao acionador de válvula que atua sobre a agulha de válvula por um anel de vedação. O anel de vedação corre com seu lado interno contra a superfície lateral externa da agulha de válvula e repousa com sua periferia externa na parede interna da câmara de válvula.

[003] Um problema aqui é que o agente de cura (por exemplo, isocianato) geralmente reage com a água e então cura. Até mesmo quantidades ínfimas de água são suficientes para iniciar o processo de cura, de tal modo que, por exemplo, até mesmo a umidade atmosférica normal provoca a cura. Isso é um problema porque a tinta 2K ou o agente de cura usado possuem propriedades de fluência excelentes e são de baixa viscosidade e, portanto, capazes de migrar abaixo do anel de vedação em torno da agulha de válvula, de tal modo que a tinta 2K ou o agente de cura podem escapar da câmara de válvula preenchida com tinta para a região do acionador de válvula. Em particular, em caso de tempos de interrupção relativamente longos (por exemplo, nos fins de semana), isso pode provocar a cura indesejada da tinta 2K ou do agente de cura. Por exemplo, a tinta 2K curada pode colar a agulha de válvula na sede de válvula. Além disso, a tinta 2K pode aderir-se à agulha de válvula e então, na condição curada, danificar o anel de vedação circundante, o que resultaria em vazamento. Ademais, sedimentos curados na sede de válvula podem fazer com que a válvula deixe de fechar. Sedimentos curados também podem ter o resultado de que a válvula feche mais lentamente.

[004] Uma falha na válvula é particularmente problemática se a válvula deixar de poder abrir, uma vez que pode haver então falha por sobrepressão a montante da válvula, o que, em casos extremos, pode provocar o estouro das mangueiras de alimentação, de tal modo que a tinta 2K ou agente de cura escapem, o que implicaria em tempos de interrupção consideráveis para limpeza e reparo.

[005] Por fim, pode ocorrer uma reação química na região da ponta da agulha entre o meio (tinta 2K ou agente de cura) e o material da ponta da agulha ou da sede de válvula, o que pode, à semelhança, provocar adesão, de tal modo que a válvula deixe de poder abrir.

[006] Logo, o objetivo subjacente à invenção consiste em propor um aplicador correspondentemente aprimorado que impeça as linhas de alimentação de estourar em caso de falha de uma válvula (isto é, adesão de uma válvula). Além disso, também pode ser desejável prevenir a falha de uma válvula por princípio, o que também seria vantajoso para atomizadores 1K.

[007] Esse objetivo é cumprido por um aplicador de acordo com a invenção em consonância com a Reivindicação principal.

[008] O aplicador (por exemplo, atomizador rotativo) de acordo com a invenção possui primeiramente, em conformidade com a técnica anterior, uma primeira conexão de agente de revestimento, através da qual um primeiro agente de revestimento pode ser alimentado, tal como, por exemplo, uma tinta-pai de uma tinta bicomponente (tinta 2K).

[009] Vale mencionar aqui que o termo aplicador, usado no contexto da invenção, não se limita à concretização preferida de um atomizador rotativo, que pode ter, como elemento pulverizador, um sino rotativo ou disco rotativo. Outras concretizações possíveis de aplicadores de acordo com a invenção incluem atomizadores a ar, atomizadores de descarga (por exemplo, de acordo com DE 10 2013 002 412 A1), pistolas pulverizadoras manuais, atomizadores a disco, atomizadores sem ar, atomizadores airmix e atomizadores ultrassônicos, só para citar alguns exemplos.

[0010] Vale mencionar também que a invenção não é limitada em termos do agente de revestimento aplicado a tintas ou constituintes de tinta. A bem da verdade, o agente de revestimento também pode ser outros fluidos, tais como, por exemplo, composições de vedação, materiais isolantes ou adesivos, só para citar alguns exemplos.

[0011] A esse respeito, vale mencionar também que a invenção não se limita a agentes de revestimento monocomponente ou bicomponente, mas, também pode ser usada com agentes de revestimento multicomponente, que podem ter, por exemplo, três componentes.

[0012] O aplicador de acordo com a invenção também possui, em conformidade com a técnica anterior, uma primeira linha de agente de revestimento, que, no aplicador, conduz desde a primeira conexão de agente de revestimento e guia o primeiro agente de revestimento.

[0013] Nessa primeira linha de agente de revestimento, é disposta, em conformidade com a técnica anterior, uma primeira válvula controlável, que controla o fluxo do primeiro agente de revestimento através da primeira linha de agente de revestimento, essa primeira válvula sendo controlável por um primeiro sinal de controle.

[0014] O sinal de controle pode ser, por exemplo, um sinal de controle elétrico ou um sinal de controle pneumático, mas a invenção não se limita a esses exemplos no que diz respeito ao controle das válvulas.

[0015] O aplicador de acordo com a invenção distingue-se da técnica anterior na qualidade de que é disposta, na primeira linha de agente de revestimento, uma primeira válvula de sobrepressão acionada por conta própria, que, a fim de evitar uma falha por sobrepressão, abre automaticamente quando a pressão a montante dela ultrapassa uma pressão máxima específica. Por conseguinte, se ocorrer uma falha por sobrepressão na primeira linha de agente de revestimento porque uma válvula nesta falhou ou não abre mais, evita-se o estouro das linhas de alimentação porque a primeira válvula de sobrepressão abre então automaticamente. A primeira válvula de sobrepressão é, portanto, uma válvula de sobrepressão acionada por conta própria que abre ou fecha dependendo da pressão de fluido presente no lado de entrada.

[0016] Todas as linhas de fluido no aplicador com risco de sobrepressão são preferivelmente protegidas por essas válvulas de sobrepressão a fim de permitir a redução da pressão em caso de falhas por sobrepressão. Isso pode incluir todas as linhas de fluido no aplicador, por exemplo, para tinta-pai, agente de cura, tinta bicomponente já misturada, tinta monocomponente, solvente (agente de descarga).

[0017] Em uma concretização preferida da invenção, a primeira válvula de sobrepressão é formada pela primeira válvula controlável. Isso significa que a primeira válvula exerce duas funções. Por um lado, a primeira válvula permite controlar o fluxo de fluido através da primeira linha de agente de revestimento. Por outro lado, contudo, a primeira válvula também atua como uma válvula de sobrepressão e abre automaticamente (acionada por conta própria) quando a pressão presente no lado de entrada ultrapassa uma pressão máxima específica.

[0018] Na concretização preferida da invenção, a primeira linha de agente de revestimento conduz a um elemento de aplicação, o qual aplica o primeiro agente de revestimento. Por exemplo, esse elemento de aplicação pode ser um sino, ou um bico de tinta em um sino, mas a invenção não se limita a esse exemplo no que diz respeito ao tipo de elemento de aplicação.

[0019] Na primeira linha de agente de revestimento, entre a válvula de sobrepressão e o elemento de aplicação, é disposta uma primeira válvula principal, que ou bloqueia ou permite o fluxo de fluido na primeira linha de agente de revestimento. A primeira válvula principal é preferivelmente na forma de uma válvula de agulha principal e possui uma agulha de válvula deslocável que ou libera ou bloqueia uma sede de válvula. Essas válvulas de agulha são conhecidas per se com base na técnica anterior e, portanto, não precisam ser descritas em mais detalhes.

[0020] Na concretização preferida da invenção, o aplicador possui uma segunda conexão de agente de revestimento para alimentar um segundo agente de revestimento, tal como, por exemplo, um agente de cura da tinta 2K. Uma segunda linha de agente de revestimento, então, conduz desde essa segunda conexão de agente de revestimento, sendo disposta na segunda linha de agente de revestimento uma segunda válvula de sobrepressão, que é, à semelhança, acionada por conta própria e abre automaticamente quando a pressão a montante da primeira válvula de sobrepressão ultrapassa uma pressão máxima específica. A segunda linha de agente de revestimento preferivelmente une-se à primeira linha de agente de revestimento a montante da primeira válvula principal, o que permite que a tinta-pai seja misturada ao agente de cura.

[0021] Um misturador é, portanto, preferivelmente disposto na primeira linha de agente de revestimento entre o ponto onde a segunda linha de agente de cura une-se a ela e a primeira válvula principal, misturador esse que mistura a tinta-pai ao agente de cura para formar a tinta 2K.

[0022] O misturador é preferivelmente na forma de um misturador estático, por exemplo, na forma de um misturador em treliça ou misturador helicoidal. Esses misturadores são conhecidos com base na DE 10 2010 019 771 A1, por exemplo, de tal modo que o conteúdo dessa publicação se incorpora à presença descrição na íntegra no que diz respeito à concepção e funcionamento do misturador.

[0023] Além disso, o aplicador de acordo com a invenção preferivelmente possui uma primeira conexão de retorno para retornar fluidos (por exemplo, resíduos da tinta-pai) a um primeiro sistema de retorno. Uma primeira linha de retorno, que se abre para a primeira conexão de retorno, ramifica-se a partir da primeira linha de agente de revestimento a montante da primeira válvula de sobrepressão. Na primeira linha de retorno, é disposta preferivelmente uma terceira válvula de sobrepressão, que é, à semelhança, acionada por conta própria e abre automaticamente quando a pressão na primeira linha de retorno a montante dela ultrapassa um valor máximo específico.

[0024] Além disso, o aplicador de acordo com a invenção possui preferivelmente uma primeira conexão de solvente para alimentar um primeiro solvente, o qual é preferivelmente provido para a tinta-pai. Uma primeira linha de solvente preferivelmente conduz desde essa primeira conexão de solvente, a primeira linha de solvente unindo-se preferivelmente à primeira linha de agente de revestimento entre a primeira válvula de sobrepressão e a primeira válvula principal. Uma primeira válvula de solvente, que é controlável e permite ou bloqueia o fluxo de solvente, é preferivelmente disposta na primeira linha de solvente.

[0025] Além disso, o aplicador de acordo com a invenção preferivelmente possui uma conexão de ar pulsado para alimentar ar pulsado para fins de limpeza, a qual é conhecida per se com base na técnica anterior. Uma linha de ar pulsado preferivelmente conduz desde essa conexão de ar comprimido, linha de ar pulsado essa que se une à primeira linha de agente de revestimento entre a primeira válvula de sobrepressão e a primeira válvula principal, sendo possível a instalação de uma válvula de ar pulsado na linha de ar pulsado para controlar o ar pulsado.

[0026] Além disso, o aplicador de acordo com a presente invenção preferivelmente compreende uma segunda conexão de solvente para alimentar um segundo solvente, que é preferivelmente provido para o agente de cura. Uma segunda linha de solvente preferivelmente conduz desde essa segunda conexão de solvente, segunda linha de solvente essa que se une à primeira linha de agente de revestimento entre a primeira válvula de sobrepressão e a primeira válvula principal, uma segunda válvula de solvente sendo preferivelmente disposta na segunda linha de solvente. Essa segunda válvula de solvente é preferivelmente controlável a fim de ou permitir ou bloquear o fluxo de solvente.

[0027] No aplicador de acordo com a presente invenção, uma terceira linha de agente de revestimento preferivelmente também conduz desde a primeira conexão de agente de revestimento, sendo possível dispor uma segunda válvula principal, em especial na forma de uma válvula de agulha principal, na terceira linha de agente de revestimento, que é conhecida per se com base na técnica anterior e, portanto, não precisa ser descrita em mais detalhes. A primeira válvula principal e a segunda válvula principal preferivelmente unem-se no lado de saída e conduzem ao elemento de aplicação (por exemplo, sino). Nessa concepção, o aplicador pode ser usado, portanto, ou para a aplicação de uma tinta monocomponente ou para a aplicação de uma tinta bicomponente.

[0028] Além disso, o aplicador de acordo com a invenção preferivelmente possui uma segunda conexão de retorno para retornar fluidos (por exemplo, ar pulsado, espuma de tinta) a um segundo sistema de retorno. Ramifica-se, portanto, a partir da terceira linha de agente de revestimento, de preferência a montante da segunda válvula principal, uma segunda linha de retorno, a qual abre-se para a segunda conexão de retorno, uma válvula de retorno sendo preferivelmente disposta nessa segunda linha de retorno. Essa válvula de retorno é preferivelmente acionada por conta própria, a válvula de retorno preferivelmente distinguindo, em virtude de seu desenho, entre agente de revestimento líquido na entrada, por um lado, e ar comprimido ou espuma na entrada, por outro. A válvula de retorno, então, abre automaticamente quando ar comprimido ou espuma fazem-se presentes em sua entrada. Por outro lado, a válvula de retorno fecha quando agente de revestimento líquido se faz presente em sua entrada. A válvula de retorno também pode ser chamada, portanto, de válvula de parada de tinta, uma vez que fecha automaticamente quando tinta líquida se faz presente na entrada dela em vez de ar comprimido ou espuma. A concepção e funcionamento dessa válvula de parada de tinta são descritos em detalhes na DE 10 2009 020 064 A1, de tal modo que o conteúdo dessa publicação se incorpora à presente descrição na íntegra no que diz respeito à concepção e funcionamento da válvula de retorno (válvula de parada de tinta).

[0029] Além disso, o aplicador de acordo com a invenção preferivelmente possui ao menos uma conexão de descarga curta para alimentar um meio de descarga para a curta descarga do aplicador. Dirige-se, portanto, a partir da conexão de descarga curta ao menos uma linha de descarga curta, a qual pode guiar o meio de descarga ao elemento de aplicação contornando as linhas de agente de revestimento. É preferivelmente disposta na linha de descarga curta uma válvula de descarga curta controlável, a qual ou permite ou bloqueia o fluxo de meio de descarga.

[0030] Vale mencionar ainda que as válvulas de sobrepressão na condição aberta preferivelmente têm uma função de amortecimento dos surtos de pressão, de tal modo que surtos de pressão adentrando o lado de entrada sejam transmitidos no lado de saída somente em forma amortecida. Isso é possível, por exemplo, configurando as válvulas de sobrepressão como válvulas de membrana, como será descrito em mais detalhes abaixo.

[0031] A invenção também envolve o ensinamento técnico de que a válvula de sobrepressão é uma válvula de agulha específica. A válvula de agulha de acordo com a invenção possui primeiramente, em conformidade com a técnica anterior, uma sede de válvula e uma agulha de válvula deslocável com um cabo de agulha e uma cabeça de agulha. A agulha de válvula desloca-se entre uma posição fechada e uma posição aberta. Na posição fechada, a cabeça de agulha da agulha de válvula fecha a sede de válvula e, com isso, bloqueia o fluxo de fluido. Na posição aberta, por outro lado, a agulha de válvula ergue-se a partir da cabeça de agulha e, com isso, permite o fluxo de fluido.

[0032] Em uma variante da invenção, várias posições intermediárias da agulha de válvula podem ser continuamente definidas entre a posição aberta e a posição fechada, a fim de controlar o fluxo de fluido não só qualitativamente (aberto/fechado) mas também quantitativamente, ou seja, com uma resistência de fluxo ajustável. Em outra variante da invenção, por outro lado, a válvula de agulha controla o fluxo de fluido apenas qualitativamente, sendo o fluxo de fluido ou permitido ou bloqueado.

[0033] A presente invenção propõe que a câmara de válvula, que circunda a agulha de válvula e, durante a operação, é preenchida com meio, seja vedada por uma membrana flexível que circunda a agulha de válvula a montante da cabeça de agulha de maneira anelar e vedante. A membrana flexível previne confiavelmente que o agente de revestimento (por exemplo, agente de cura) escape da câmara de válvula preenchida com meio em direção ao acionador de válvula e cure lá.

[0034] Em uma concretização preferida da invenção, a agulha de válvula é disposta deslocavelmente na câmara de válvula, a câmara de válvula sendo ao menos parcialmente cilíndrica A membrana então repousa em seu centro, de preferência de maneira vedante, contra o cabo de agulha da agulha de válvula e é fixada no cabo de agulha da agulha de válvula. Isso significa que a membrana não corre contra a agulha de válvula, mas executa o movimento de deslocamento da agulha de válvula entre a posição aberta e a posição fechada. Isso significa que o deslocamento da agulha de válvula provoca um desvio axial correspondente da membrana. Inversamente, um desvio axial da membrana, por exemplo, em decorrência de pressão atuando sobre um lado da membrana, também provoca o deslocamento correspondente da agulha de válvula. Em sua borda periférica, por outro lado, a membrana é fixada de maneira vedante na parede interna da câmara de válvula. A membrana permite, portanto, no centro, um curso axial que é ao menos tão extenso quanto a distância axial entre a posição fechada e a posição aberta da agulha de válvula, de tal modo que a membrana não impeça o movimento da agulha de válvula.

[0035] Na concretização preferida da invenção, a válvula de agulha possui um acionador de válvula para deslocar a agulha de válvula, em que o acionador de válvula pode ser na forma de um acionador de válvula pneumático com um pistão, por exemplo, que é conhecido per se com base na técnica anterior e, portanto, não precisa ser descrito em mais detalhes.

[0036] Além disso, a válvula de agulha de acordo com a invenção preferivelmente possui uma entrada de agente de revestimento para suprir o agente de revestimento (por exemplo, tinta 2K ou agente de cura), em que a entrada de agente de revestimento preferivelmente abre-se para a câmara de válvula no lado da membrana remoto ao acionador de válvula, de tal modo que a membrana vede o acionador de válvula em relação à câmara de válvula preenchida com agente de vedação.

[0037] A válvula de agulha de acordo com a invenção preferivelmente compreende ainda uma saída de agente de revestimento para descarregar o agente de revestimento, em que a saída de agente de revestimento preferivelmente abre-se para a sede de válvula de tal modo que o agente de revestimento seja capaz de fluir através da sede de válvula à saída de agente de revestimento quando a agulha de válvula estiver na posição aberta.

[0038] Já foi mencionado acima que a válvula de agulha de acordo com a invenção pode ter um acionador de válvula para deslocar a agulha de válvula. Na concretização preferida da invenção, o acionador de válvula compreende um pistão deslocável que atua sobre a agulha de válvula a fim de deslocá-la. O pistão é preferivelmente acionado pneumaticamente. Para tanto, a válvula de agulha preferivelmente possui uma entrada de ar de controle para alimentar ar de controle, em que o ar de controle atua sobre o pistão a fim de deslocá-lo e, portanto, também à agulha de válvula.

[0039] A válvula de agulha de acordo com a invenção preferivelmente compreende ainda uma mola de válvula que atua com uma força elástica sobre o pistão ou a agulha de válvula. A mola de válvula, por um lado, e o ar de controle, por outro, atuam preferivelmente em sentidos opostos.

[0040] Vale mencionar ainda que a força elástica da mola de válvula é preferivelmente de ao menos 20 N, 40 N ou ao menos 80 N e/ou não superior a 400 N, 200 N ou 100 N, o que se aplica preferivelmente tanto à posição fechada quanto à posição aberta da mola de válvula.

[0041] Na concretização preferida da invenção, a mola de válvula força a agulha de válvula em direção à posição fechada, ao passo que o ar de controle força a agulha de válvula, por intermédio do pistão, em direção à posição aberta. A mola de válvula e a cabeça de agulha são preferivelmente dispostas em lados opostos do pistão.

[0042] Vale mencionar aqui que o pistão preferivelmente possui um diâmetro de pistão relativamente grande a fim de gerar uma força de abertura tão forte quanto for possível ao mover a agulha de válvula à posição aberta. Deve-se considerar, portanto, que a força de abertura depende da área real do pistão e, por conseguinte, também do diâmetro do pistão e da pressão pneumática do ar de controle. O pistão, portanto, possui de preferência um diâmetro de pistão de ao menos 5 mm, 10 mm, 15 mm, 20 mm, 25 mm ou até mesmo 32 mm. De preferência, o diâmetro de pistão é grande o bastante para produzir uma força de abertura grande o bastante com uma pressão de ar de controle convencional menor que 6 bares. Isso é conveniente porque redes de ar comprimido de 6 bares encontram-se prontamente disponíveis na maioria dos sistemas de pintura e podem ser então usadas para acionar a válvula de agulha de acordo com a invenção. Dessa forma, uma rede de ar comprimido distinta para acionar a válvula de agulha, portanto, não é necessária.

[0043] Já foi mencionado acima que a mola de válvula preferivelmente força a agulha de válvula em direção à posição fechada, a saber com uma força de fechamento específica. O acionador de válvula pneumático, por outro lado, quando acionado pneumaticamente, força a agulha de válvula em direção à posição aberta com uma força de abertura específica. A força de abertura do acionador de válvula pneumático deve ser, portanto, maior que a força de fechamento por um excedente de força de abertura específico tal que a válvula de agulha possa ser confiavelmente aberta se a cabeça de agulha aderir à sede de válvula. A válvula de agulha é, portanto, preferivelmente concebida para que o excedente de força de abertura seja superior a 20 N, 40 N, 60 N, 80 N, 100 N, 120 N, 130 N ou mesmo 180 N.

[0044] Na descrição da técnica anterior, já foi mencionado no início o risco de que as mangueiras de agente de revestimento estourem a montante da válvula de agulha em caso de falha por sobrepressão também em decorrência da operação incorreta ou má interpreção da falha por sobrepressão, como resultado do que a tinta 2K ou agente de cura podem escapar, o que provocaria então tempos de interrupção mais longos porque a tinta 2K ou agente de cura que escaparam curariam. Após o estouro, não há mais falha por sobrepressão. Quando os operadores iniciam a usina novamente, uma parte ou grande parte da tinta escapa pela mangueira estourada e inunda, por exemplo, toda a região do eixo de mão. Na maioria dos casos, a falha só é descoberta quando vários litros já escaparam e outras novas falhas ocorrem, por exemplo, falha de velocidade, uma vez que o ar usado da turbina não é mais capaz de escapar devido à tinta A válvula de agulha de acordo com a presente invenção, portanto, preferivelmente possui uma função de sobrepressão que provoca a abertura automática da válvula se uma pressão de abertura específica na entrada de agente de revestimento for ultrapassada. Para tanto, o agente de revestimento presente na câmara de válvula faz força contra a membrana, com o que a membrana e, portanto, também a agulha de válvula são forçados a deixar a posição fechada para assumir a posição aberta se a pressão do agente de revestimento for grande o bastante para superar a força no sentido oposto da mola de válvula. A membrana, portanto, preferivelmente possui um diâmetro de membrana de ao menos 3 mm, 6 mm ou 9 mm e/ou não superior a 40 mm, 20 mm ou 11 mm. A pressão de abertura do agente de revestimento na entrada de agente de revestimento é, portanto, preferivelmente de ao menos 8 bares, 10 bares, 12 bares, 14 bares ou ao menos 38 bares e/ou não superior a 38 bares, 22 bares, 18 bares ou 16 bares. A força de fechamento da mola deve ser adaptada, portanto, de acordo com a pressão de abertura desejada e a seção transversal real da membrana com que a pressão do agente de revestimento na câmara de válvula força a membrana e, por conseguinte, também a agulha de válvula para deixar a posição fechada e assumir a posição aberta quando a pressão de abertura desejada é ultrapassada.

[0045] Vale mencionar também que a sede de válvula preferivelmente estreita-se no sentido do fluxo a um ângulo de sede específico, assim como a cabeça de agulha de preferência também se estreita no sentido do fluxo a um ângulo de cabeça específico. Na concretização preferida, o ângulo de sede é substancialmente igual ao ângulo de cabeça. Por exemplo, o ângulo de sede pode ser na faixa de 35° a 50°, assim como o ângulo de cabeça também é preferivelmente na faixa de 35° a 50°, o que garante a vedação ideal. Um ângulo de cabeça maior melhora a fluxo do meio nas válvulas de agulha de acordo com a invenção que contêm uma membrana adicional, em que os cursos de agulha são pequenos (de cerca de 1,5 mm em vez de 3 mm como nas válvulas de agulha convencionais).

[0046] Na concretização preferida da invenção, um elemento de vedação adicional é instalado na cabeça de agulha da agulha de válvula a fim de vedar a sede de agulha na posição fechada. Esse elemento de vedação adicional pode ser feito de um material diferente que o da cabeça de agulha da agulha de válvula, sendo preferível o uso de um material resiliente, tal como, por exemplo, FFKM (perfluorelastômeros). Por exemplo, o elemento de vedação adicional pode ser moldado na cabeça de agulha. No entanto, também é possível que o elemento de vedação seja instalado na cabeça de agulha, por exemplo, em uma ranhura anelar na cabeça de agulha. A cabeça de agulha em si pode ser feita, por exemplo, de titânio ou de uma liga de titânio, a fim de que a cabeça de agulha seja resistente a agentes de cura quimicamente agressivos de tintas 2K.

[0047] Já foi mencionado brevemente acima que a cabeça de agulha e a sede de válvula preferivelmente afunilam de maneira substancialmente cônica no sentido do fluxo. A cabeça de agulha pode ter uma ranhura anelar na qual o elemento de vedação, que já foi mencionado brevemente acima, pode ser instalado. Pode surgir o problema, contudo, de que a força de fechamento que atua sobre a agulha de válvula seja absorvida por completo pelo elemento de vedação, o que poderia provocar sobrecarga mecânica e dano ao elemento de vedação. Isso pode ser prevenido se a cabeça de agulha tiver um batente rígido e repousar na posição fechada com o batente sobre a sede de válvula. Quando a válvula fecha, o elemento de vedação na cabeça de agulha é, portanto, submetido a pressão somente até que a agulha de válvula repouse com seu batente sobre a sede de válvula. Dessa forma, a compressão ao elemento de vedação na cabeça de agulha à medida que a válvula fecha é restringida, o que é benéfico para a vida útil do elemento de vedação.

[0048] Na concretização preferida da invenção, esse batente é formado por uma superfície de suporte periférica anelar que se situa na superfície lateral cônica da cabeça de agulha a montante do elemento de vedação. Isso pode causar o problema de o elemento de vedação vedar a região da cabeça de agulha a jusante do elemento de válvula, de tal modo que essa região não possa ser atingida pelo meio de descarga em uma operação de descarga. Esse problema pode ser solucionado no contexto da invenção se a superfície de suporte tiver ao menos uma ranhura de descarga estendendo-se axialmente, através da qual o meio de descarga advindo da câmara de válvula pode adentrar a região a jusante do elemento de vedação na direção axial. Por exemplo, essa ranhura de vedação pode ter uma largura de ranhura de 1 mm a 2 mm.

[0049] No contexto da invenção, é possível que a membrana flexível que veda a câmara de válvula substitua o anel de vedação que se faz presente nas válvulas de agulha convencionais. No entanto, também é possível, no contexto da invenção, que um anel de vedação convencional que circunda a agulha de válvula de maneira anelar e repousa de maneira corrediça na superfície lateral da agulha de válvula também se faça presente em aditamento à membrana flexível para vedação.

[0050] O cabo de agulha da agulha de válvula preferivelmente possui um diâmetro que pode ser na faixa de 2 mm a 10 mm, de 3 mm a 6 mm ou de 4 mm a 5 mm. O curso de agulha máximo da agulha de válvula, por outro lado, é preferivelmente menor que 3 mm, 2,5 mm, 2 mm ou até mesmo menor que 1,6 mm.

[0051] Diferentes variantes são possíveis no contexto da invenção, as quais diferem quanto ao número de diferentes linhas de agente de revestimento dentro do aplicador.

[0052] Uma primeira variante da invenção, na qual duas linhas de agente de revestimento estendem-se dentro do aplicador, já foi descrita acima. Uma linha de agente de revestimento é, portanto, reservada para um agente de cura de uma tinta bicomponente. A outra linha de agente de revestimento, por outro lado, pode ser usada ou para uma tinta-pai associada da tinta bicomponente ou para uma tinta monocomponente.

[0053] Em outra variante da invenção, por outro lado, três linhas de agente de revestimento estendem-se dentro do aplicador. Duas das linhas de agente de revestimento são reservadas aqui para a tinta-pai ou agente de cura de uma tinta bicomponente. A terceira linha de agente de revestimento, por outro lado, é reservada para uma tinta monocomponente. Essa variante da invenção difere, portanto, da variante da invenção descrita acima substancialmente no sentido de que uma linha de agente de revestimento distinta é incluída para a tinta monocomponente, através da qual não fluem nem a tinta-pai nem o agente de cura.

[0054] Uma terceira variante da invenção é simplificada em comparação à variante da invenção descrita a princípio e só possui duas linhas de agente de revestimento, a saber uma linha de agente de revestimento para uma tinta-pai de uma tinta bicomponente e uma segunda linha de agente de revestimento para um agente de cura da tinta bicomponente. Sendo assim, à diferença da primeira variante da invenção descrita a princípio, não é incluída uma alternativa para alimentar uma tinta monocomponente por intermédio da linha de agente de revestimento para a tinta-pai.

[0055] Outra variante da invenção, por outro lado, propõe que quatro linhas de agente de revestimento sejam incluídas no aplicador, a saber duas linhas de agente de revestimento para tinta-pai e agente de cura de uma primeira tinta bicomponente e duas linhas de agente de revestimento adicionais para tinta-pai e agente de cura de uma segunda tinta bicomponente.

[0056] Outros desenvolvimentos vantajosos inovadores da invenção são caracterizados nas Reivindicações dependentes e descritos em mais detalhes abaixo junto com a descrição das concretizações preferidas. Nos desenhos: a FIG. 1 é um diagrama de fluidos esquemático de um atomizador de acordo com a invenção em um robô de pintura, a FIG. 2 é uma vista em corte transversal através de uma válvula de sobrepressão de acordo com a invenção em uma posição fechada, a FIG. 3 é uma vista em corte transversal através de um acionador de válvula da válvula de sobrepressão de acordo com a Figura 2, a FIG. 4 é uma representação esquemática de uma cabeça de agulha cônica com uma sede de válvula cônica, a FIG. 5 é uma modificação da Figura 1 em que três linhas de agente de revestimento estendem-se no aplicador, a saber para tinta- pai, agente de cura e, como alternativa, uma tinta monocomponente, a FIG. 6 é uma modificação da Figura 1 em que a linha de tinta-pai no aplicador é reservada para a tinta-pai e não serve para alimentar alternativamente uma tinta monocomponente, e a FIG. 7 é uma modificação da Figura 1 com quatro linhas de agente de revestimento no aplicador para tinta-pai e agente de cura de duas tintas bicomponente diferentes.

[0057] A Figura 1 ilustra um atomizador rotativo RZ de acordo com a invenção, o qual é guiado por um robô de pintura e é instalado por meio de um eixo de mão robótico convencional na extremidade de um braço robótico RA.

[0058] No braço robótico RA, há um trocador de cores linear LCC, o qual é conhecido, por exemplo, com base na DE 10 2008 037 035 A1. No lado de saída, o trocador de cores linear LCC conecta-se, por intermédio de uma bomba de medição PSL, a uma conexão de tinta-pai SL do atomizador rotativo RZ. A bomba de medição PSL é disposta igualmente no braço robótico RA e pode ser contornada por uma linha de desvio By1. A função da bomba de medição PSL é a de medir e transportar uma tinta-pai de uma tinta bicomponente (tinta 2K).

[0059] Também é localizada no braço robótico RA uma válvula de solvente VSV1 para alimentar um solvente para a tinta-pai, a válvula de solvente VSV1 sendo conectada, no lado de saída, a uma conexão de solvente VS1 para a tinta-pai.

[0060] Também é localizada no braço robótico RA uma bomba de medição PH para alimentar um agente de cura para a tinta bicomponente, a bomba de medição PH sendo conectada, no lado de saída, a uma conexão de agente de cura H do atomizador rotativo RZ.

[0061] Também é localizada no braço robótico RA uma válvula de solvente VHV1 para alimentar de maneira controlada um solvente para o agente de cura, a válvula de solvente VHV1 sendo conectada, no lado de saída, a uma conexão de solvente VH do atomizador rotativo RZ.

[0062] O atomizador rotativo RZ compreende ainda uma conexão de ar pulsado PL para alimentar ar pulsado, uma conexão de retorno RF1 para retornar material residual, uma conexão de retorno RF2 para retornar ar pulsado e espuma de tinta, e conexões de descarga curta KS1 e KS2 para alimentar um meio de descarga para a descarga curta do atomizador rotativo.

[0063] A conexão de tinta-pai SL do atomizador rotativo RZ conecta-se a uma linha de tinta-pai, a qual consiste nas partes de linha de L1 a L4, que conduzem a um misturador MIX e, por fim, a uma válvula de agulha principal HN1, a qual conecta-se a uma saída A2 que conduz a um sino.

[0064] Na linha de tinta-pai composta pelas partes de linha de L1 a L4, é localizada, a montante do misturador MIX, uma válvula de sobrepressão de membrana SLV1, cuja estrutura será descrita em mais detalhes abaixo. A válvula de sobrepressão de membrana SLV1 abre automaticamente, acionada por conta própria, quando a pressão da tinta-pai a montante da válvula de pressão de membrana SLV1 ultrapassa um valor máximo específico. Quando a válvula de sobrepressão de membrana SLV1 abre, a sobrepressão pode ser então dissipada através do misturador MIX e da válvula de agulha principal HN1. Isso impede uma falha por sobrepressão ou mesmo o estouro de linhas nas partes de linha L1 e L2 a montante da válvula de sobrepressão de membrana SLV1.

[0065] A partir da parte de linha L2 da linha de tinta-pai ramifica- se uma linha de retorno que é formada por uma parte de linha L5 e abre-se para a conexão de retorno RF1. Na parte de linha L5 da linha de retorno, é disposta igualmente uma válvula de sobrepressão de membrana RFV1, a qual pode ser da mesma estrutura que a válvula de sobrepressão de membrana SLV1. A função da válvula de sobrepressão de membrana RFV1 é a de permitir uma redução de pressão se a válvula de agulha principal HN1 estiver com defeito e deixar de abrir. Nesse caso, ocorria um aumento de pressão na linha de agente de revestimento, que consiste nas partes de linha de L1 a L4. Esse aumento de pressão provocaria então a abertura automática da válvula de sobrepressão de membrana RFV1 oportunamente antes de uma falha por sobrepressão, de tal modo que qualquer sobrepressão na linha de tinta-pai possa ser reduzida através da linha de retorno e da conexão de retorno RF1.

[0066] Da conexão de agente de cura H, dirige-se uma linha de agente de cura composta pelas partes de linha L6 e L7. A linha de agente de cura une-se à linha de tinta-pai a montante do misturador MIX e a jusante da válvula de sobrepressão de membrana SLV1. A tinta-pai e o agente de cura são, por conseguinte, misturados no misturador MIX.

[0067] Da conexão de solvente VH, dirige-se uma linha de solvente composta por uma parte de linha L8. Na parte de linha L8 da linha de solvente, é disposta uma válvula de solvente VHV2 que permite controlar o fluxo de solvente.

[0068] Da conexão de ar pulsado PL, dirige-se uma linha de ar pulsado composta pelas partes de linha L9 e L10. Na parte de linha L9 da linha de ar pulsado, é disposta uma válvula de ar pulsado controlável PLV que controla o fluxo de ar pulsado.

[0069] Da outra conexão de solvente VS1, dirige-se outra linha de solvente composta por uma parte de linha L11 e pela parte de linha L10. Na parte de linha L11 da linha de solvente para a tinta-pai, é disposta uma válvula de solvente VSV2 que é capaz de controlar o fluxo de solvente.

[0070] A válvula de agente de cura HV na linha de agente de cura é igualmente na forma de uma válvula de sobrepressão de membrana e, portanto, abre-se igualmente, acionada por conta própria, quando a pressão do agente de cura a montante da válvula de agente de cura HV ultrapassa um valor máximo específico. A sobrepressão na linha de agente de cura pode ser então reduzida através das partes de linha L7, L4 e L3, da válvula de sobrepressão de membrana SLV1, da válvula de sobrepressão de membrana RFV1 e da conexão de retorno RF1.

[0071] Além disso, o atomizador rotativo RZ também possui outra linha de tinta-pai composta pela parte de linha L1, já mencionada acima, e outra parte de linha L12. Na parte de linha L12 da outra linha de tinta-pai, é disposta uma válvula de tinta-pai SLV2 que conduz a uma válvula de agulha principal HN2. As duas válvulas de agulha principais HN1 e HN2 conectam-se, no lado de saída, à saída A2 e, portanto, ao sino. Uma tinta monocomponente pode ser, portanto, aplicada através da válvula de agulha principal HN2. Através da válvula de agulha principal HN1, por outro lado, uma tinta bicomponente pode ser aplicada, a qual é misturada de antemão no misturador MIX.

[0072] Da parte de linha L12, a montante da segunda válvula de agulha principal HN2, ramifica-se outra linha de retorno composta por uma parte de linha L13 que se abre para a conexão de retorno RF2. Na parte de linha L13 da segunda linha de retorno, é disposta uma válvula de retorno RFV2, que é na forma de uma válvula de parada de tinta. A válvula de retorno RFV2, portanto, abre-se, acionada por conta própria, quando ar comprimido ou espuma de tinta fazem-se presentes na entrada dela. A válvula de retorno RFV2 fecha, por outro lado, automaticamente e acionada por conta própria, quando tinta líquida se faz presente na entrada dela. A estrutura da válvula de retorno RFV2 é conhecida per se com base na técnica anterior e descrita, por exemplo, na DE 10 2009 020 064 A1.

[0073] De cada uma das duas conexões de descarga curta KS1 e KS2, dirige-se uma linha de descarga curta composta pelas partes de linha L14 e L15, respectivamente. Em cada uma das duas partes de linha L14 e L15, é disposta uma válvula de descarga curta controlável KSV1 e KSV2, respectivamente, as duas válvulas de descarga curta KSV1 e KSV2 conectando-se, no lado de saída, a uma saída A1 para descarga curta. Assim, as duas linhas de descarga curta contornam tanto as duas linhas de tinta-pai quanto a linha de agente de cura em uma operação de descarga e, por conseguinte, permitem a descarga curta, que é conhecida per se com base na técnica anterior. Entre a saída das duas válvulas de descarga curta KSV1 e KSV2, de outro lado, e a saída das duas válvulas de agulha principais HN1 e HN2, do outro, é disposta uma válvula de retorno RV.

[0074] Com relação à estrutura descrita acima, vale mencionar que as válvulas de sobrepressão de membrana SLV1 e RFV1 e a válvula de agente de cura HV, que é igualmente na forma de uma válvula de sobrepressão de membrana, são identificadas como tais por traços oblíquos. A válvula de retorno RFV2 na forma de uma válvula de parada de tinta, por outro lado, é identificada como válvula de parada de tinta por uma tonalidade negra sólida. As válvulas de agulha principais HN1 e HN2, por outro lado, são identificadas como válvulas de agulha por traços verticais. As demais válvulas são identificadas como válvulas de agulha convencionais por tonalidade branca.

[0075] As Figuras de 2 a 4 ilustram diferentes vistas de uma possível estrutura das válvulas de sobrepressão de membrana SLV1 e RFV1 e da válvula de agente de cura HV, que é igualmente na forma de uma válvula de sobrepressão de membrana.

[0076] A válvula de sobrepressão possui uma entrada 1 para alimentar um fluido (por exemplo, agente de cura, tinta-pai) e uma saída 3 para descarregar o agente de revestimento.

[0077] O fluxo do agente de revestimento da entrada 1 à saída 3 é controlado por uma válvula de agulha. A válvula de agulha possui uma agulha de válvula deslocável 4, uma cabeça de agulha 5 sendo parafusada à extremidade distal da agulha de válvula 4. A cabeça de agulha 5 é feita de titânio e afunila conicamente em direção à sua extremidade, uma ranhura anelar sendo disposta na superfície lateral conicamente afunilada da cabeça de agulha 5, ranhura anelar essa na qual é instalado um anel de vedação 6 de FFKM (perfluorelastômeros).

[0078] Na posição fechada, de acordo com a Figura 2, a cabeça de agulha 5 repousa de maneira vedante junto ao anel de vedação 6 em uma sede de válvula 7, a qual, à semelhança, afunila conicamente e abre-se para a saída 3.

[0079] Na posição aberta (não ilustrada), por outro lado, a cabeça de agulha 5 ergue-se a partir da sede de válvula 7 e, assim, permite o fluxo através da sede de válvula 7 à saída 3.

[0080] A posição fechada e a posição aberta são definidas por um acionador de válvula 8, que é ilustrado em detalhes na Figura 3 e opera pneumaticamente.

[0081] O acionador de válvula pneumático, portanto, possui um inserto de alojamento externo 9, o qual é aparafusado a um corpo de alojamento 10 da válvula de fechamento bicomponente.

[0082] Um inserto de alojamento interno 11 é, por sua vez, aparafusado ao inserto de alojamento externo 9.

[0083] Um pistão 12 é disposto deslocavelmente dentro do acionador de válvula pneumático 8, o pistão 12 sendo forçado em direção à posição fechada, de acordo com a Figura 2, por uma mola de válvula 13. A mola de válvula 13 repousa no inserto de alojamento externo 9 e força-o em sua extremidade oposta contra o pistão 12 a fim de empurrá-lo à posição fechada. O pistão 12 conecta-se à agulha de válvula 4 por um inserto de pistão 14, de tal modo que o pistão 12 atue sobre a agulha de válvula 4 e, portanto, também sobre a cabeça de agulha.

[0084] O pistão 12 é circundado por um anel de vedação 15, que é disposto na lacuna anelar entre o pistão 12 e a parede interna do inserto de alojamento interno 11 e corre contra a parede interna do inserto de alojamento interno 11 quando o pistão 12 se move.

[0085] Além disso, outro anel de vedação 16 é incluído, o qual repousa de maneira corrediça na superfície lateral da agulha de válvula deslocável 4 e, portanto, proporciona outra vedação.

[0086] A agulha de válvula 4 corre em parte através de uma câmara de válvula 17, que, durante a operação, é preenchida com o respectivo fluido (por exemplo, agente de cura, tinta-pai).

[0087] Entre o acionador de válvula 8 e a câmara de válvula 17 preenchida com meio, é incluída uma membrana flexível 18 como elemento de vedação para vedar a câmara de válvula 17 em relação ao acionador de válvula 8. A membrana flexível 18 é fixada de maneira vedante na extremidade inferior do inserto de alojamento interno 11 por sua borda periférica externa e possui, no centro, um orifício através do qual a agulha de válvula 4 é guiada. A membrana 18 conecta-se de maneira fixa e estanque a fluido à agulha de válvula 4. Por um lado, a membrana 18 executa assim o movimento de deslocamento da agulha de válvula 4 entre a posição fechada e a posição aberta. Por outro lado, contudo, a membrana 4 também veda a câmara de válvula 7 preenchida com meio em relação ao acionador de válvula 8, não sendo necessário nenhum movimento corrediço, como no caso de um anel de vedação, de tal modo que não há risco de que o agente de cura H, que é de baixa viscosidade e possui boas propriedades de fluência, penetre no acionador de válvula 8.

[0088] O acionamento real é efetuado por ar de controle, que pode ser introduzido em uma câmara de ar de controle 19 abaixo do pistão 12, o ar de controle na câmara de ar de controle 19 impelindo então o pistão 12 para cima. O suprimento de ar de controle à câmara de ar de controle 19 ocorre através de uma conexão de ar de controle 20.

[0089] O ar de controle pode ser então alimentado a partir de uma rede de ar comprimido convencional de 6 bares, que já se faz presente na maioria dos sistemas de pintura. Isso traz a vantagem de que um suprimento de ar comprimido separado não é necessário. O pistão 12 possui um diâmetro real relativamente largo, de tal modo que o ar de controle que atua sobre o pistão gera uma força de abertura relativamente grande. Essa força de abertura, em caso de exposição a ar comprimido através do ar de controle, é maior por um excedente de força de abertura específico do que a força de fechamento que é exercida sobre o pistão 12 pela mola de válvula 13. Nessa concretização específica, o excedente de força de abertura é na faixa de 57,4 N a 136 N, em comparação a um excedente de força de abertura de apenas 15 N em uma válvula de agulha convencional. Isso permite que a cabeça de agulha 5 “liberte-se” da sede de válvula 7 mesmo quando estiver aderida a ela.

[0090] Pode-se observar ainda na Figura 4 que a cabeça de agulha 5 afunila no sentido do fluxo a um ângulo de cabeça À = 35° a 50°, assim como a sede de válvula 7 também afunila conicamente no sentido do fluxo a um ângulo de sede β = 35° a 50°.

[0091] A superfície lateral cônica da cabeça de agulha 5 a montante do anel de vedação 6 forma uma superfície de suporte 21 que, na posição fechada de acordo com a Figura 2, repousa sobre a sede de válvula 7. A superfície de suporte 21 forma um batente para o movimento axial da cabeça de agulha 5 à posição fechada. Com isso, a compressão excessiva do anel de vedação 6 é evitada, o que é benéfico para a vida útil do anel de vedação 6.

[0092] A superfície de suporte 21 é interrompida por várias ranhuras de descarga 22 que se estendem axialmente, as quais são distribuídas ao longo da periferia da cabeça de agulha 5. Na posição fechada, de acordo com a Figura 2, as ranhuras de descarga 22 permitem que a descarga de meio a partir da entrada 1 também chegue à região a jusante da superfície de suporte 21.

[0093] A Figura 5 ilustra uma modificação da Figura 1, de tal modo que, a fim de evitar repetição, deve-se referir à descrição acima, sendo os mesmos números de referência usados para detalhes correspondentes.

[0094] Uma característica específica dessa concretização é que três linhas de agente de revestimento estendem-se no atomizador rotativo RZ, a saber uma linha de agente de revestimento para um agente de cura, uma linha de agente de revestimento para uma tinta-pai e uma linha de agente de revestimento para uma tinta monocomponente. A linha de agente de revestimento para o agente de cura consiste nas partes de linha L8 e L7. A linha de agente de revestimento para a tinta- pai, por outro lado, consiste nas partes de linha L1, L3 e L4. A linha de agente de revestimento distinta para a tinta monocomponente consiste, por outro lado, na parte de linha L12. A diferença em comparação à concretização de acordo com a Figura 1 é substancialmente que uma linha de agente de revestimento distinta é providenciada para a tinta monocomponente, ao passo que, na Figura 1, a linha de agente de revestimento composta pelas partes de linha L1 e L12 serve ou para alimentar a tinta-pai ou para alimentar a tinta monocomponente.

[0095] A Figura 6 ilustra uma simplificação da Figura 1, de tal modo que, a fim de evitar repetição, deve-se referir à descrição acima, sendo os mesmos números de referência usados para detalhes correspondentes.

[0096] Uma característica específica dessa concretização é que só é possível aplicar uma tinta bicomponente, de tal modo que somente duas linhas de agente de revestimento são incluídas para aplicar tinta- pai e agente de cura. A linha de agente de revestimento para o agente de cura consiste nas partes de linha L6, L10 e L4. A linha de agente de revestimento para a tinta-pai, por outro lado, consiste nas partes de linha L1, L2, L3 e L4. Em contrapartida, não é possível, nessa concretização, aplicar alternativamente uma tinta monocomponente, assim como era possível na Figura 1.

[0097] Por fim, a Figura 7 ilustra outra modificação da Figura 6, de tal modo que, a fim de evitar repetição, deve-se referir à descrição acima.

[0098] Uma característica específica dessa concretização é que um total de quatro alinhas de agente de revestimento estendem-se no atomizador rotativo, a saber para a tinta-pai 1 e agente de cura 1 de uma primeira tinta bicomponente e para a tinta-pai 2 e agente de cura 2 de uma segunda tinta bicomponente. O diagrama de fluidos esquemático de acordo com a Figura 4 é, portanto, substancialmente paralelizado e dobrado. Os componentes para a primeira tinta bicomponente são indicados pela adição de “.1” em comparação à Figura 6. Os componentes para a segunda tinta bicomponente, por outro lado, são indicados pela adição de “.2” em comparação à Figura 6. Do contrário, deve-se referir à descrição acima.

[0099] A invenção não se limita às concretizações preferidas descritas acima. Em vez disso, a invenção permite um grande número de variantes e modificações que, à semelhança, enquadram-se no âmbito de proteção. Em particular, a invenção também reivindica proteção para a matéria inventiva e as características das Reivindicações dependentes em cada caso sem as Reivindicações das quais dependem e em particular sem as características da Reivindicação principal. Lista de números de referência: A1, A2 Saída para o sino By1 Linha de desvio para contornar a tinta-pai da bomba de medição PSL.1 By.1 Linha de desvio para contornar a bomba de medição PSL.1 By.2 Linha de desvio para contornar a bomba de medição PSL.2 H Conexão de agente de cura H.1 Conexão de agente de cura para o agente de cura 1 H.2 Conexão de agente de cura para o agente de cura 2 HN1 Válvula de agulha principal 1 HN2 Válvula de agulha principal 2 HV Válvula de agente de cura KS1 Conexão de descarga curta KS2 Conexão de descarga curta KSV1 Válvula de descarga curta KSV2 Válvula de descarga curta LCC Trocador de cores linear MIX Misturador P1K Bomba de medição para tinta monocomponente PH Bomba de medição para agente de cura PH.1 Bomba de medição para agente de cura 1 PH.2 Bomba de medição para agente de cura 2 PL Conexão de ar pulsado PL.1 Conexão de ar pulsado PL.2 Conexão de ar pulsado PLV Válvula de ar pulsado PLV.1Válvula de ar pulsado PLV.2Válvula de ar pulsado PSL Bomba de medição para tinta-pai PSL.1 Bomba de medição para tinta-pai 1 PSL.2 Bomba de medição para tinta-pai 2 RA Braço robótico RF1 Conexão de retorno RF1.1Conexão de retorno para tinta bicomponente 1 RF1.2Conexão de retorno para tinta bicomponente 2 RF2 Conexão de retorno RFV1 Válvula de retorno na forma de uma válvula de sobrepressão de membrana RFV2 Válvula de retorno na forma de uma válvula de parada de tinta RV Válvula de retorno RZ Atomizador rotativo SL Conexão de tinta-pai SL.1 Conexão de tinta-pai para tinta-pai 1 SL.2 Conexão de tinta-pai para tinta-pai 2 SLV1 Válvula de tinta-pai na forma de uma válvula de sobrepressão de membrana SLV1.1 Válvula de tinta-pai na forma de uma válvula de sobrepressão de membrana SLV1.2 Válvula de tinta-pai na forma de uma válvula de sobrepressão de membrana SLV2 Válvula de tinta-pai na forma de uma válvula de agulha VH Conexão de solvente para linha de agente de cura VHV1 Válvula de solvente VHV2 Válvula de solvente VS1 Conexão de solvente para linha de tinta-pai VS1.1Conexão de solvente para tinta-pai 1 VS1.2Conexão de solvente para tinta-pai 2 VSV1 Válvula de solvente VSV1.1 Válvula de solvente VSV1.2 Válvula de solvente VSV2 Válvula de solvente VSV2.1 Válvula de solvente VSV2.2 Válvula de solvente L1-L4 Partes de linha da linha de tinta-pai L5 Parte de linha da linha de retorno L6, L7 Partes de linha da linha de agente de cura L8 Parte de linha da linha de solvente para o agente de cura L9, L10 Partes de linha da linha de ar pulsado L11 Parte de linha da linha de solvente para a tinta-pai L12 Parte de linha da segunda linha de tinta-pai L13 Parte de linha da segunda linha de retorno L14 Parte de linha das linhas de descarga curta L15 Parte de linha das linhas de descarga curta Entrada Saída Agulha de válvula Cabeça de agulha Anel de vedação Sede da válvula Acionador de válvula Inserto de alojamento externo Corpo de alojamento da válvula de fechamento bicomponente Inserto de alojamento interno Pistão Mola de válvula Inserto de pistão Anel de vedação em torno do pistão Anel de vedação em torno da agulha de válvula Câmara de válvula Membrana Câmara de ar de controle Conexão de ar de controle Superfície de suporte Ranhura de descarga Ângulo de cabeça β Ângulo de sede

Claims

1. Dispositivo de Aplicação, (RZ), em especial um atomizador rotativo, para aplicar um agente de revestimento, em especial uma tinta bicomponente, o dispositivo de aplicação (RZ) compreendendo: a) uma primeira conexão de agente de revestimento (SL) para alimentar um primeiro agente de revestimento, em especial uma tinta-pai da tinta bicomponente, b) um elemento de aplicação, que aplica o agente de revestimento, c) uma primeira linha de agente de revestimento (L1-L4) que conduz, no dispositivo de aplicação (RZ), a partir da primeira conexão de agente de revestimento (SL) e guia o primeiro agente de revestimento para o elemento de aplicação e d) uma primeira válvula (SLV1), que é disposta na primeira linha de agente de revestimento (L1-L4) e controla o fluxo do primeiro agente de revestimento através da primeira linha de agente de revestimento (L1-L4), a primeira válvula (SLV1) sendo controlável por um primeiro sinal de controle, e) em que é disposta na primeira linha de agente de revestimento (L1-L4) uma primeira válvula de sobrepressão acionada por conta própria (SLV1) que, a fim de evitar uma falha por sobrepressão, abre automaticamente quando a pressão a montante da primeira válvula de sobrepressão (SLV1) ultrapassa uma pressão máxima específica, caracterizado por que f) a primeira válvula de sobrepressão (SLV1) é formada pela primeira válvula controlável (SLV1).

2. Dispositivo de Aplicação, (RZ), de acordo a Reivindicação 1, caracterizado por que é disposta na primeira linha de agente de revestimento (L1-L4), entre a primeira válvula de sobrepressão (SLV1) e o elemento de aplicação, uma primeira válvula principal (HN1), na forma de uma válvula de agulha principal, que ou bloqueia ou permite o fluxo de fluido na primeira linha de agente de revestimento (L1-L4).

3. Dispositivo de Aplicação, (RZ), de acordo com a Reivindicação 2, caracterizado por que: a) o dispositivo de aplicação (RZ) possui uma segunda conexão de agente de revestimento (H) para alimentar um segundo agente de revestimento, em especial um agente de cura da tinta bicomponente, b) uma segunda linha de agente de revestimento (L6, L7) conduz a partir da segunda conexão de agente de revestimento (H), c) na segunda linha de agente de revestimento (L6, L7), é disposta uma segunda válvula de sobrepressão (HV) que é acionada por conta própria e abre automaticamente quando a pressão a montante da primeira válvula de sobrepressão ultrapassa uma pressão máxima específica e d) a segunda linha de agente de revestimento (L6, L7) une- se à primeira linha de agente de revestimento (L1-L4) a montante da primeira válvula principal (HN1), e) na primeira linha de agente de revestimento (L1-L4), entre o ponto onde a segunda linha de agente de revestimento (L6, L7) une-se a ela e a primeira válvula principal (HN1), é disposto um primeiro misturador (MIX) que mistura a tinta-pai ao agente de cura para formar a tinta bicomponente e f) o primeiro misturador (MIX) é um misturador estático, em especial um misturador em treliça ou um misturador helicoidal.

4. Dispositivo de Aplicação, (RZ), de acordo com a Reivindicação 2 ou 3, caracterizado por que: a) o dispositivo de aplicação (RZ) possui uma primeira conexão de retorno (RF1) para retornar fluidos a um primeiro sistema de retorno, b) uma primeira linha de retorno se ramifica a partir da primeira linha de agente de revestimento (L1-L4) a montante da primeira válvula de sobrepressão (SLV1), c) a primeira linha de retorno se abre para a primeira conexão de retorno (RF1) e d) na primeira linha de retorno, é disposta uma terceira válvula de sobrepressão (RFV1) que é acionada por conta própria e abre automaticamente quando a pressão na primeira linha de retorno a montante da terceira válvula de sobrepressão (RFV1) ultrapassa uma pressão máxima específica.

5. Dispositivo de Aplicação, (RZ), de acordo com a Reivindicação 4, caracterizado por que: a) o dispositivo de aplicação (RZ) possui uma primeira conexão de solvente (VS1) para alimentar um primeiro solvente, para a tinta-pai, b) uma primeira linha de solvente (L11, L10) se ramifica a partir da primeira conexão de solvente (VS1), c) a primeira linha de solvente (L11, L10) se une à primeira linha de agente de revestimento (L1-L4) entre a primeira válvula de sobrepressão (SLV1) e a primeira válvula principal (HN1) e d) na primeira linha de solvente (L11, L10), é disposta uma primeira válvula de solvente (VSV1).

6. Dispositivo de Aplicação, (RZ), de acordo com qualquer uma das Reivindicações anteriores, caracterizado por que: a) o dispositivo de aplicação (RZ) possui uma conexão de ar pulsado (PL) para alimentar ar pulsado, b) uma linha de ar pulsado (L9, L10) conduz a partir da conexão de ar pulsado (PL), c) a linha de ar pulsado (L9, L10) se une à primeira linha de agente de revestimento (L1-L4) entre a primeira válvula de sobrepressão (SLV1) e a primeira válvula principal (HN1) e d) é disposta na linha de ar pulsado (L9, L10) uma válvula de ar pulsado (PLV).

7. Dispositivo de Aplicação, (RZ), de acordo com qualquer uma das Reivindicações anteriores, caracterizado por que: a) o dispositivo de aplicação (RZ) possui uma segunda conexão de solvente (VH) para alimentar um segundo solvente, para o agente de cura, b) uma segunda linha de solvente (L8, L7) conduz a partir da segunda conexão de solvente (VH), c) a segunda linha de solvente (L8, L7) se abre para a primeira linha de agente de revestimento (L1-L4) entre a primeira válvula de sobrepressão (SLV1) e a primeira válvula principal (HN1) e d) é disposta na segunda linha de solvente (L8, L7) uma segunda válvula de solvente (VHV1).

8. Dispositivo de Aplicação, (RZ), de acordo com qualquer uma das Reivindicações anteriores, caracterizado por que: a) é disposta uma terceira linha de agente de revestimento (L1, L12) que conduz a partir da primeira conexão de agente de revestimento (SL), b) na terceira linha de agente de revestimento (L1, L12), é disposta uma segunda válvula principal (HN2), na forma de uma válvula de agulha principal, c) a primeira válvula principal (HN1) e a segunda válvula principal (HN2) se unem no lado de saída e conduzem ao elemento de aplicação.

9. Dispositivo de Aplicação, (RZ), de acordo com a Reivindicação 8, caracterizado por que: a) o dispositivo de aplicação (RZ) possui uma segunda conexão de retorno (RF2) para retornar fluidos a um segundo sistema de retorno, b) uma segunda linha de retorno (L13) se ramifica a partir da terceira linha de agente de revestimento (L1, L12) a montante da segunda válvula principal (HN2), c) a segunda linha de retorno (L13) se abre para a segunda conexão de retorno (RF2) e d) uma válvula de retorno (RFV2) é disposta na segunda linha de retorno (L13), e) a válvula de retorno (RFV2) é acionada por conta própria, f) a válvula de retorno (RFV2) distingue, graças à sua concepção, entre agente de revestimento líquido, por um lado, e ar comprimido ou espuma, por outro, f1) em que a válvula de retorno (RFV2) abre quando ar comprimido ou espuma se fazem presentes na entrada da válvula de retorno (RFV2), f2) ao passo que a válvula de retorno fecha quando agente de revestimento líquido se faz presente na entrada da válvula de retorno (RFV2).

10. Dispositivo de Aplicação, (RZ), de acordo com qualquer uma das Reivindicações anteriores, caracterizado por que: a) o dispositivo de aplicação (RZ) possui pelo menos uma conexão de descarga curta (KS1, KS2) para alimentar um meio de descarga para uma descarga curta do dispositivo de aplicação, b) uma linha de descarga curta (L14, L15) conduz a partir da conexão de descarga curta (KS1, KS2), c) a linha de descarga curta (L14, L15) guia o meio de descarga ao elemento de aplicação cotornando as linhas de agente de revestimento, d) é disposta na linha de descarga curta (L14, L15) uma válvula de descarga curta controlável (KSV1, KSV2).

11. Dispositivo de Aplicação, (RZ), de acordo com qualquer uma das Reivindicações anteriores, caracterizado por que a primeira válvula de sobrepressão (SLV1), a segunda válvula de sobrepressão (HV) e/ou a terceira válvula de sobrepressão (RFV1), na condição aberta, têm uma função de amortecimento dos surtos de pressão, de tal modo que surtos de pressão adentrando o lado de entrada sejam transmitidos no lado de saída somente em forma amortecida.

12. Dispositivo de Aplicação, de acordo com qualquer uma das Reivindicações anteriores, caracterizado por que a primeira válvula de sobrepressão (SLV1), a segunda válvula de sobrepressão (HV) e/ou a terceira válvula de sobrepressão (RFV1) são uma válvula de agulha contendo a) uma sede de válvula (7), b) uma agulha de válvula deslocável (4) com um cabo de agulha e uma cabeça de agulha (5), b1) em que a cabeça de agulha (5) fecha a sede de válvula (7), quando a agulha de válvula (4) está na posição fechada, b2) ao passo que a cabeça de agulha (5) libera a sede de válvula (7), quando a agulha de válvula (4) está na posição aberta, c) uma membrana flexível (18) que circunda a agulha de válvula (4) a montante da cabeça de agulha (5) de maneira anelar e vedante.

13. Dispositivo de Aplicação, (RZ), de acordo com a Reivindicação 12, caracterizado por que: a) a agulha de válvula (4) é disposta de maneira deslocável dentro de uma câmara de válvula (17), em que a câmara de válvula (17) é pelo menos, em parte, cilíndrica, b) a membrana (18) é fixada no meio do cabo de agulha da agulha de válvula (4) de maneira vedante e c) a membrana (18) é fixada, por sua borda periférica, na parede interna da câmara de válvula (17) de maneira vedante.

14. Dispositivo de Aplicação, (RZ), de acordo com a Reivindicação 13, caracterizado por que a) um acionador de válvula para deslocar a agulha de válvula (4), na forma de um acionador de válvula pneumático com um pistão (12), b) uma entrada de agente de revestimento (1) para suprir o agente de revestimento, em que a entrada de agente de revestimento (1) se abre para a câmara de válvula (17) no lado da membrana (18) remoto do acionador de válvula, de tal modo que a membrana (18) vede o acionador de válvula em relação à câmara de válvula (17) preenchida com agente de revestimento e c) uma saída de agente de revestimento (3) para descarregar o agente de revestimento, em que a saída de agente de revestimento (3) se abre para a sede de válvula (7), de tal modo que, quando a agulha de válvula (4) está na posição aberta, o agente de revestimento pode fluir através da sede de válvula (7) à saída de agente de revestimento (3).

15. Dispositivo de Aplicação, (RZ), de acordo com a Reivindicação 14, caracterizado por que o acionador de válvula possui o seguinte: a) um pistão deslocável (12) que atua sobre a agulha de válvula (4) a fim de deslocá-la, b) uma entrada de ar de controle (20) para alimentar ar de controle, em que o ar de controle atua sobre o pistão (12), a fim de deslocá-lo e, assim, também à agulha de válvula (4), c) uma mola de válvula (13) que atua sobre o pistão (12) ou a agulha de válvula (4) com uma força elástica, d) em que a força elástica da mola de válvula (13) na posição fechada e na posição aberta é de pelo menos 20 N, 40 N ou 80 N e/ou igual ou menor que 400 N, 200 N ou 100 N.