BR112017020707B1

BR112017020707B1 - Espaçador, barreira de segurança rodoviária e kit de fabricação para uma barreira de segurança

Info

Publication number: BR112017020707B1
Application number: BR112017020707-9A
Authority: BR
Inventors: Michael GREMLING
Original assignee: Arcelormittal
Priority date: 2015-04-02
Filing date: 2015-04-02
Publication date: 2022-04-12
Also published as: ES2790589T3; EP3277885B1; CA2981573C; AU2015389849B2; PL3277885T3; NZ735848A; AU2015389849A1; BR112017020707A2; CA2981573A1; MX2017012549A; EP3277885A1; WO2016156898A1; US20180119374A1; US10895048B2

Abstract

ESPAÇADOR, BARREIRA DE SEGURANÇA RODOVIÁRIA E KIT DE FABRICAÇÃO PARA UMA BARREIRA DE SEGURANÇA. A presente invenção refere-se a uma barreira de segurança rodoviária (1), a um kit de fabricação para uma barreira de segurança (1) e a um espaçador (4) para barreira de segurança rodoviária sendo do tipo que compreende um poste (3) e um trilho (2) conectado ao poste (3) por intermédio do espaçador (4) e de um conector (5), o espaçador (4) compreendendo um suporte de trilho (6) que compreende: - uma face frontal (7) projetada para ser fixa a um trilho (3), - uma face traseira (8) projetada para ser fixa ao poste (3) e - uma flange (9) conectando a face frontal (7) à face traseira (8), a face frontal (7) compreendendo uma carcaça do conector (11) e uma área mais fraca (12) conectando a carcaça do conector (11) à borda superior da face frontal (7), sendo a resistência mecânica da área mais fraca estritamente inferior à resistência mecânica intrínseca do material constituinte da parte restante da face frontal (7) do suporte de trilho (6), o espaçador (4) também compreende uma guia de trilho (14) que compreende sucessivamente: - uma área de fixação (15) adequada para a fixação da guia de trilho (14) ao poste (3) acima do suporte de trilho (6), - uma peça de conexão (16) e - uma área de reforço de trilho (17) adequada para a fixação da (...).

Description

CAMPO DA INVENÇÃO

[001] A presente invenção refere-se a um espaçador projetado para a construção de dispositivos de segurança rodoviária e mais particularmente um espaçador para uma barreira de segurança rodoviária do tipo que compreende um poste e um trilho conectado ao poste por intermédio do espaçador.

ANTECEDENTES DA INVENÇÃO

[002] Sabe-se que as barreiras de segurança podem ser usadas ao longo das estradas para impedir veículos cujos motoristas perderam o controle ao sair da estrada.

[003] No entanto, a grande variedade de veículos que viajam nas estradas torna necessário recorrer a barreiras de segurança, o nível de impedimento que é adequado para os tipos de veículo de modo que, por um lado, um carro ou outro veículo leve não seja esmagado contra uma barreira que é demasiado rígida e, por outro lado, um caminhão ou um veículo mais pesado não atravesse a barreira de segurança.

[004] Em particular, no caso de uma colisão, o trilho deve ser capaz de impedir tanto um veículo leve, o centro de gravidade do qual sendo baixo em relação ao chão, bem como um veículo pesado, o centro de gravidade do qual sendo muito mais alto.

[005] O documento EP 0 356 686 descreve a utilização de uma barreira de segurança que compreende um espaçador que é capaz de deformar progressivamente sob o efeito de um impacto de modo a que o trilho se eleve progressivamente e, desse modo, contenha um veículo pesado de forma mais eficaz. Em particular, o levantamento de trilho é controlado pela rotação do espaçador em relação ao poste, pela rotação de trilho em relação ao espaçador e pela deformação do espaçador. No entanto, a elevação do trilho é de amplitude limitada porque é uma função direta das dimensões modestas do espaçador e o trilho não se eleva alto o suficientemente para conter efetivamente um veículo pesado.

[006] O documento EP 2 180 098 também descreve o uso de uma barreira de segurança que compreende um espaçador na forma de uma aba dobrada fixada ao poste no nível de dois encaixes em forma de V de cabeça para baixo. Os parafusos que conectam o espaçador ao poste são posicionados na garganta do V, em outras palavras na posição superior do encaixe. Quando o veículo golpeia uma barreira de segurança que compreende o espaçador e começa a dobrar um poste, o espaçador é ao mesmo tempo conduzido para baixo pelo poste e é obrigado a permanecer no lugar pelo conjunto de trilhos da barreira de segurança. O efeito destas forças antagônicas é fazer os parafusos que conectam o espaçador ao poste saltarem para fora de seu encaixe, liberando desse modo o espaçador do poste. O trilho assim liberado do poste impede que o veículo passe acima de trilho. No entanto, o desprendimento completo de trilho do poste torna impossível controlar o movimento subsequente de trilho.

[007] O objeto da presente invenção é remediar os problemas descritos acima, propondo um espaçador para uma barreira de segurança rodoviária do tipo que compreende um poste e um trilho conectado ao poste pelo intermédio do espaçador, que é capaz de controlar a elevação de trilho para conter tanto veículos leves quanto pesados.

DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO

[008] Para este propósito, um primeiro objeto da presente invenção é um espaçador para uma barreira de segurança rodoviária do tipo que compreende um poste e um trilho conectado ao poste pelo intermédio do espaçador e conector, pelo qual o espaçador compreende um suporte de trilho que compreende: - uma face frontal destinada a ser fixada a um trilho, - uma face traseira destinada a ser fixada a um poste e - uma flange que conecta a face frontal à face traseira,

[009] A face frontal que compreende uma carcaça do conector e uma área mais fraca conectam a carcaça do conector à borda superior da face dianteira, a resistência mecânica da área mais fraca é estritamente inferior à resistência mecânica intrínseca do material constituinte da parte restante da face frontal do suporte de trilho,

[010] O espaçador compreende também uma guia de trilho compreendendo sucessivamente: - uma área de fixação adequada para a fixação da guia de trilho a um poste acima do suporte de trilho, - uma peça de conexão e - uma área de reforço de trilho adequada para a fixação da guia de trilho no lado reverso de trilho.

[011] O espaçador reivindicado pela presente invenção pode também ter as características opcionais listadas abaixo, consideradas individualmente ou em combinação: - a guia de trilho compreende sucessivamente uma primeira ramificação vertical que funciona como uma área de fixação, a peça de conexão e uma segunda ramificação vertical que funciona como uma área de reforço de trilho, - a primeira ramificação vertical é orientada para baixo a partir da peça de conexão, - a peça de conexão é horizontal, - a área de reforço de trilho cobre pelo menos parcialmente a face frontal do suporte de trilho, - a área de reforço de trilho compreende uma primeira e uma segunda área de fixação de trilho, pelo qual a segunda área de fixação de trilho também constitui uma área de fixação ao suporte de trilho no nível da carcaça do conector, de modo que o trilho, a guia de trilho e o suporte de trilho podem ser conectados por um único conector, - a guia de trilho compreende ainda uma extensão localizada na porção alongada da área de reforço de trilho e é capaz de se estender por baixo do suporte de trilho, - a carcaça do conector é um orifício circular, - a área mais fraca compreende um encaixe que é uma extensão da carcaça do conector e emerge na borda superior da face frontal, pelo qual as duas bordas laterais do encaixe são separadas, pelo menos localmente, por uma distância que é menor do que o diâmetro do conector, - a área mais fraca compreende uma sucessão de orifícios que estão essencialmente alinhados ao longo da direção longitudinal do suporte de trilho, - a área mais fraca compreende uma garganta que é uma extensão da carcaça do conector e emerge na borda superior da face frontal.

[012] Um segundo objeto da presente invenção consiste em uma barreira de segurança que compreende um poste e um trilho conectados ao poste por intermédio de um espaçador reivindicado pela presente invenção.

[013] Um terceiro objeto da presente invenção consiste em um kit de fabricação para uma barreira de segurança que compreende um poste, um trilho, um conector e um espaçador como reivindicado pela presente invenção, por meio de que o espaçador é capaz de fixar o trilho ao porte por meio do conector.

[014] Outras características e vantagens da presente invenção serão descritas em maior detalhe na seguinte descrição.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[015] A presente invenção será melhor compreendida lendo a seguinte descrição, que é fornecida puramente para fins de explicação e não é de modo algum destinada a ser restritiva, com referência às figuras anexadas, em que: - A Figura 1 é uma vista em perspectiva de uma defensa metálica de segurança que compreende um espaçador como em uma realização da presente invenção; - A Figura 2 é uma vista em corte de uma defensa metálica de segurança que compreende um espaçador como em uma realização da presente invenção; - Figura 3 é uma vista em perspectiva de um suporte de trilho como em uma realização da presente invenção; - A Figura 4 é uma vista em perspectiva da porção de um suporte de trilho que compreende uma passagem de conector como em uma primeira realização da presente invenção; - A Figura 5 é uma vista em perspectiva da porção de um suporte de trilho que compreende uma passagem de conector como em uma segunda realização da presente invenção; - A Figura 6 é uma vista em perspectiva da porção de um suporte de trilhos que compreende uma passagem de conector como em uma terceira realização da presente invenção; - A Figura 7 é uma vista em perspectiva de um espaçador como em uma realização da presente invenção; e - A Figura 8 é um corte longitudinal de uma guia de trilho como em uma realização da presente invenção.

DESCRIÇÃO DE REALIZAÇÕES DA INVENÇÃO

[016] Os mesmos números de referência representam os mesmos elementos em cada uma das figuras.

[017] Deve-se notar que os termos “superior”, “inferior”, “frontal”, “traseira”, “acima”, “abaixo”, “maior”, “menor”, como usado neste pedido, referem-se à orientação dos diferentes elementos constitutivos da barreira de segurança rodoviária quando são instalados ao longo da estrada.

[018] Ao longo do texto, os parafusos serão utilizados como conectores para fins de simplificação. É possível, no entanto, fornecer outros conectores para conectar os diferentes elementos constitutivos da barreira de segurança rodoviária uns aos outros. Um técnico no assunto estará familiarizado com os diferentes conectores que são apropriados para cada caso e os usará em função de suas necessidades específicas.

[019] Ao longo do texto, uma aba significa um elemento que tem uma forma fina, estreita e alongada. A aba pode ser a forma de uma placa ou uma chapa que consiste em um único material ou em um conjunto compósito. Neste último caso, a aba é uma superposição de uma pluralidade de camadas do mesmo material ou de diferentes materiais. O material em questão pode ser, entre outras coisas, um material metálico ou um polímero. Por meio de exemplos não restritivos, os materiais de metal podem ser aço, alumínio, cobre ou zinco. A aba é de preferência uma chapa de metal. A aba é de preferência de aço, previamente galvanizado para protegê-lo contra a corrosão.

[020] No conjunto da presente invenção, a aba terá sido previamente formada por meio de qualquer processo de formação conhecido, entre os quais podem ser citados por meio de exemplos não restritivos dobragem, perfuração, estampagem e fundição injetada (die casting).

[021] Com referência às Figuras 1 e 2, uma barreira de segurança rodoviária (1) compreende uma pluralidade de postes e trilhos, em que um determinado trilho (2) está conectado a um dado poste (3) por intermédio do espaçador (4) e dos parafusos (5).

[022] No conjunto da presente invenção, a forma dos postes e dos trilhos não está limitado. Os postes são geralmente formas estruturais, o corte transversal do mesmo pode ser aberto e estar na forma de um C, um U, um H, um T, um sigma ou um Z. Alternativamente, o corte transversal pode ser fechado e pode ter uma forma redonda ou retangular ou mesmo um formato poligonal. Os trilhos são geralmente formas estruturais muito longas, um corte transversal do mesmo pode estar na forma de uma ondulação dupla, de uma ondulação tripla, de um C ou mesmo de um sigma.

[023] Com referência à Figura 3, o espaçador (4) compreende primeiramente um suporte de trilho (6) que compreende uma face frontal (7) projetada para ser fixada a um trilho, uma face traseira (8) projetada ser fixada a um poste e a uma flange (9) que conectam a face traseira à face frontal.

[024] Em uma realização da presente invenção, a flange (9) é plana e forma um ângulo reto com a face frontal, por um lado, e com a face traseira, por outro lado. A geometria da forma da flange (9), no entanto, pode ter outras formas, tais como, por meio de exemplos não restritivos, um arco circular ou ondulações, etc.

[025] Em uma realização da presente invenção, a flange conecta as bordas laterais das faces dianteiras e traseiras do suporte de trilho. No entanto, a flange pode, alternativamente, conectar as extremidades inferiores das faces dianteiras e traseiras.

[026] Um técnico no assunto será capaz de adaptar a geometria, a forma e a posição da flange (9) do suporte de trilho para fornecer-lhe o nível desejado de restrição e deformabilidade, como uma função de requisitos normativos locais.

[027] Em uma realização da presente invenção, o suporte de trilho é um tubo com um eixo vertical. Dependendo da força desejada do tubo, seu corte transversal pode ter geometrias diferentes, tais como um corte transversal poligonal, retangular, quadrado ou mesmo essencialmente circular. De preferência, o corte transversal do tubo é retangular ou quadrado para que o tubo possa dobrar mais facilmente no caso de um impacto e, assim, absorver uma maior quantidade de energia. Além disso, a simetria do tubo permite que o suporte de trilho exiba o mesmo comportamento se o impacto vier da esquerda ou da direita. Por conseguinte, é possível utilizar uma geometria única de suporte de trilho para que a barreira de segurança rodoviária possa ser utilizada para proteger a borda esquerda ou a borda direita da estrada; esta capacidade facilita a instalação de tal barreira.

[028] O suporte de trilho compreende uma extremidade inferior e uma extremidade superior. Em particular, a extremidade inferior é formada pela borda inferior da face frontal (7) e a borda inferior da face traseira (8). Da mesma forma, a extremidade superior é formada pela borda superior da face frontal (7) e a borda superior da face traseira (8).

[029] De preferência, as extremidades inferiores e/ou superiores são chanfradas de modo a que, no caso de um impacto, o trilho não é rasgado nas extremidades de corte das extremidades do suporte de trilho. Consequentemente, o chanfro é executado de modo que a face traseira do suporte de trilho seja mais elevada do que sua face frontal. Mais especificamente, no caso de uma extremidade superior chanfrada, a borda superior da face frontal (8) do suporte de trilho está em um plano que está localizado acima do plano da borda superior da face frontal (7) do suporte de trilho. No caso de uma extremidade inferior chanfrada, a borda inferior da face traseira do suporte de trilho está em um plano localizado abaixo do plano da borda inferior da face dianteira do suporte de trilho. Os chanfros também facilitam a fixação do espaçador ao poste da barreira de segurança no nível dos orifícios, que são apropriados para a passagem dos parafusos, que estão localizados preferivelmente na parte superior e/ou inferior da face traseira do suporte de trilho.

[030] De preferência, o suporte de trilho (6) é feito de aço, e mais preferencialmente de aço que tem um limite elástico entre 235 e 500 MPa. Em particular, as características mecânicas do aço serão selecionadas a partir das especificadas nos padrões pertinentes europeus e americanos, tais como, incluindo, mas não limitados aos padrões EN10025-2, EN10149, EN10346, ASTM A 1011 e ASTM A 500. De preferência, o suporte de trilho (6) tem uma espessura entre 3 e 8 mm para produzir o melhor funcionamento da presente invenção possível. Uma espessura que é muito baixa pode apresentar riscos de instabilidade local, enquanto uma espessura que é demasiado grande corre o risco de resultar em um suporte de trilho que é muito forte.

[031] Um técnico no assunto será capaz de adaptar a forma do suporte de trilho, as características mecânicas intrínsecas do material e a espessura do suporte de trilho para fornecer ao espaçador o nível desejado de restrição e deformabilidade, como uma função de requisitos normativos locais.

[032] Com referência às Figuras 3 e 6, a face frontal (7) do suporte de trilho (6) também compreende uma passagem de conector (10) localizada na parte superior da face frontal. Esta passagem de conector compreende uma carcaça de conector (11) e uma área mais fraca (12) que conectam a carcaça do conector (11) à borda superior da face dianteira (7).

[033] A função da carcaça do conector (11) é permitir a inserção e a segurança no lugar de um conector que forneça uma conexão entre o trilho e o suporte de trilho. Para este propósito, as suas dimensões e a sua geometria são adaptadas às dimensões do conector, enquanto levam em consideração as folgas necessárias para a montagem.

[034] De preferência, a carcaça do conector (11) é um orifício que é pelo menos parcialmente circular. Neste caso, o diâmetro do orifício é adaptado ao diâmetro do conector que fornece a conexão entre o trilho e o suporte de trilho. Em particular, o diâmetro do orifício é essencialmente igual ou preferencialmente ligeiramente maior do que o diâmetro do conector. De maior preferência, o diâmetro do orifício é 1,01 a 1,25 vezes maior do que o diâmetro do conector. É evidente que o diâmetro do conector em questão é seu diâmetro em uma linha de prumo com a carcaça do conector. Portanto, no caso de um parafuso, o diâmetro em questão é o diâmetro do eixo roscado.

[035] Em uma realização, a carcaça do conector (11) é um orifício circular em que o diâmetro é 1,01 a 1,25 vezes maior do que o diâmetro do parafuso. O trilho, o suporte de trilho e o parafuso podem consequentemente ser montados com um bom ajuste. Além disso, no caso de um afrouxamento acidental do parafuso, o trilho, entretanto. permanece corretamente preso no lugar.

[036] A área mais fraca (12) é definida pela sua largura que é igual à largura da carcaça do conector (11) e pelo seu comprimento que é igual à distância entre a carcaça do conector (11) e a borda superior da face frontal (7).

[037] A função da área mais fraca (12) é soltar o conector quando é submetido a uma força ascendente mínima. Para este propósito, a resistência mecânica da área mais fraca é estritamente inferior que a resistência mecânica intrínseca do material constituinte da parte restante da face frontal do suporte de trilho. Em particular, a sua geometria é adaptada para permitir que o conector se eleve para a borda superior da face frontal no caso da aplicação de uma força ascendente.

[038] Em uma realização da presente invenção ilustrada na Figura 3, a área mais fraca (12) é uma aba feita de material muito estreito. Por outras palavras, a carcaça do conector (11) está localizada na adjacência imediata da borda superior da face frontal. Mais preferencialmente, a largura da aba está entre 1 e 5 mm. No caso de uma força ascendente exercida sobre o parafuso, o eixo roscado do parafuso rasga esta aba e o parafuso é assim liberado.

[039] Em uma realização da presente invenção ilustrada na Figura 4, a área mais fraca (12) consiste em um encaixe que é uma extensão da carcaça do conector e emerge na borda superior da face frontal (7). As duas bordas laterais do encaixe são separadas pelo menos localmente por uma distância que é inferior ao diâmetro do parafuso. Em outras palavras, o encaixe inclui uma porção comprimida. O parafuso pode, portanto, subir ao longo deste encaixe apenas se o eixo roscado do parafuso forçar o seu caminho através do nível da porção comprimida.

[040] A porção comprimida pode ter as seguintes formas, que são citadas como exemplos não restritos: - as bordas laterais do encaixe são paralelas e separadas por uma distância que é estritamente menor do que o diâmetro do eixo roscado do parafuso (5), como ilustrado na Figura 4 a), - as bordas laterais do encaixe são paralelas e chanfradas de modo que a distância que as separa de um lado da face frontal do suporte de trilho seja estritamente menor, por um lado, do que o diâmetro do eixo roscado do parafuso e por outro lado, do que a distância que os separa do outro lado da face frontal do suporte de trilho, como ilustrado na Figura 4 b), - as bordas laterais do encaixe são separadas por uma distância que é estritamente menor do que o diâmetro do eixo roscado do parafuso (5) na proximidade da carcaça do conector (11), então por uma distância maior do que o diâmetro do eixo roscado do parafuso na proximidade da borda superior da face frontal, como ilustrado na Figura 4 c),

[041] Em uma realização da presente invenção ilustrada na Figura 5, a área mais fraca (12) compreende uma sucessão de orifícios que estão essencialmente alinhados ao longo da direção longitudinal do suporte de trilho. No caso de uma força ascendente exercida sobre o parafuso, o eixo roscado do parafuso rasga o material entre dois orifícios consecutivos e assim vai se elevando encaixe por encaixe. Dependendo do perfil de desconexão desejado, os orifícios podem ter um diâmetro constante ou podem ter um diâmetro decrescente da carcaça do conector em direção à borda superior da face frontal.

[042] Em uma realização da presente invenção ilustrada na Figura 6, a área mais fraca (12) compreende uma garganta que é uma extensão da carcaça do conector (11) e emerge na borda superior da face frontal. Em outras palavras, a face frontal do suporte de trilho tem uma espessura reduzida na área mais fraca. O parafuso pode, portanto, subir ao longo desta garganta apenas se o eixo roscado rasgar o material restante ao nível da garganta.

[043] Em outra realização da presente invenção, a área mais fraca (12) não compreende nenhum orifício, encaixe ou garganta. Nesse caso, a menor resistência mecânica da área mais fraca (12) simplesmente foi obtida por tratamento térmico do material constituinte da área mais fraca.

[044] Um técnico no assunto será capaz de adaptar a geometria e a resistência mecânica da área mais fraca (12) de modo que o trilho seja liberado do suporte de trilho para uma força ascendente na faixa entre a força exercida por um veículo leve e a força exercida por um veículo pesado. Portanto, no caso de um impacto por um veículo leve, o trilho permanece no lugar e efetivamente retém o veículo. Da mesma forma, no caso de um impacto de um veículo pesado, o trilho se eleva e assim garante a efetiva retenção do veículo.

[045] A passagem do conector (10) pode ser criada por qualquer método conhecido por um técnico no assunto, tal como, por meio de exemplos não restritivos, perfuração, fresagem, corte mecânico, corte a laser, corte a plasma, jato de água ou corte por oxiacetileno.

[046] O espaçador (4) também compreende um guia de trilho (14) localizada entre o poste (3) e o trilho (2), acima do suporte de trilho (6), como ilustrado na Figura 7. A guia de trilho possibilita que o trilho se eleve de forma controlada, após a soltura do parafuso (5) através da passagem de conexão (10). Em particular, a função da guia de trilho é a de controlar o movimento ascendente de trilho após o seu desprendimento do suporte de trilho, para mais eficazmente conter veículos pesados, fazendo o trilho se elevar, por exemplo, até o nível dos eixos do veículo, impedindo o trilho de se elevar a uma altura muito alta, por exemplo, acima dos eixos do veículo. Uma elevação excessiva de trilho permitiria que as rodas do veículo alcançassem os postes da barreira de segurança e assim danificassem este último.

[047] Para garantir esta função, o guia de trilho (14) compreende, em sucessão, uma zona de fixação (15) adequada para a fixação da guia de trilho a um poste acima de um suporte de trilho, uma peça de conexão (16) e uma área de reforço de trilho (17) adequada para a fixação da guia de trilho no lado reverso ao trilho.

[048] Portanto, no caso de um impacto que cause a desconexão de trilho do suporte de trilho, a peça de conexão (16) é inclinada em direção ao poste sob a pressão do veículo. Consequentemente, o trilho é conduzido para cima dentro dos limites estabelecidos pelas dimensões da guia de trilho.

[049] Em uma realização ilustrada na Figura 8, a guia de trilho está na forma de uma aba que compreende em sucessão uma primeira ramificação vertical que serve como uma área de fixação (15) e é projetada para ser fixada ao poste, uma peça de conexão (16) e uma segunda ramificação vertical que atua como uma área de reforço de trilho (17) e é projetada para ser fixada ao lado reverso de trilho.

[050] A primeira ramificação vertical (15) torna possível fixar a aba ao poste acima do suporte de trilho. A primeira ramificação vertical (15) é, portanto, de preferência perfurada com um orifício para a passagem de um parafuso. É de preferência orientada para baixo da peça de ligação (16). Portanto, no caso de um impacto que resulta na desconexão de trilho do suporte de trilho, a aba é facilmente desdobrada na interseção da primeira ramificação vertical e da peça de conexão, assim, mais facilmente dirigindo o trilho para cima.

[051] A primeira ramificação vertical (15) é estendida por uma peça de conexão (16) que se estende para frente. Seu comprimento é adaptado de modo que a extremidade dianteira da peça de conexão esteja localizada aproximadamente no plano da face frontal do suporte de trilho quando a primeira ramificação vertical é fixada a um poste. A peça de conexão é de preferência horizontal para minimizar a quantidade de material necessário para chegar ao plano da face frontal do suporte de trilho. Em uma realização, este inclina-se para que o ângulo α entre a peça de conexão e a segunda ramificação vertical seja inferior a 90°. No caso de um impacto que resulte na desconexão do trilho do suporte de trilho, esta configuração facilita o dobramento da aba na interseção da peça de conexão e a segunda ramificação vertical e, assim, a ascensão da aba e de trilho que está conectado a ela.

[052] A peça de conexão (16) é estendida para baixo por uma segunda ramificação vertical (17). Na realização ilustrada, a segunda ramificação vertical (17) compreende uma área de fixação de trilho (18) localizada na parte superior da segunda ramificação vertical.

[053] De preferência, a segunda ramificação vertical, pelo menos parcialmente, cobre a face frontal (7) do suporte de trilho (6). Pode assim ser inserida entre o suporte de trilho (6) e o trilho (2). A guia de trilho constitui, portanto, um escudo entre o trilho e o apoio de trilho, de modo a que o trilho é menos danificado, em caso de um impacto, pelo único ponto representado pelo suporte de trilho. Na realização ilustrada na Figura 8, a segunda ramificação vertical (17), portanto, tem um comprimento de tal forma que a segunda ramificação vertical pode ser inserida entre o suporte de trilho (6) e o trilho (2). A segunda ramificação vertical (17) aumenta a rigidez da parte traseira de trilho e, assim, impede que ele se incorpore no suporte de trilho em caso de impacto, o que reduziria localmente o nível de contenção de trilho.

[054] De preferência, a segunda ramificação vertical (17) também compreende uma segunda área de fixação de trilho (19) localizada na parte inferior da segunda ramificação vertical para que o trilho seja fixado em dois pontos e seja, portanto, mais eficazmente mantido em posição. De preferência, a segunda área de fixação de trilho (19) constitui também uma área de fixação para o suporte de trilho (6) ao nível da carcaça do conector (11), de modo que o trilho (2), o guia de trilho (14) e o suporte de trilho (6) possam ser conectados por um único parafuso. Em outras palavras, a área de reforço de trilho (17) do guia de trilho (14) pode ser fixada à carcaça do conector (11) do suporte de trilho (6).

[055] De preferência, a segunda ramificação vertical (17) estende- se para baixo mais afastada do que a extremidade inferior do suporte de trilho, em especial mais baixo que a borda inferior da face frontal (7) do suporte de trilho, de modo que a guia de trilho constitua um escudo entre o trilho e o suporte de trilho sobre a altura total do suporte de trilho.

[056] A guia de trilho de preferência também compreende uma extensão (20) que está localizada na porção alongada da área de reforço de trilho (17) e que se estende por baixo do suporte de trilho. Para este propósito, o ângulo β entre a área de reforço de trilho (17) e o alongamento (20) é inferior a 180°, preferencialmente no intervalo entre 120 e 150°. Este alongamento melhora ainda mais a elevação de trilho ao longo do suporte de trilho, após a desconexão de trilho do suporte de trilho, impedindo o trilho de rasgar nas bordas de corte da extremidade inferior do suporte de trilho.

[057] Um técnico no assunto será capaz de adaptar as dimensões e geometria da guia de trilho para que a guia se eleve nas proporções desejadas após a sua desconexão do suporte de trilho e também para que o trilho esteja no nível desejado para efetivamente conter um veículo pesado. Em particular, um técnico no assunto será capaz de adaptar as respectivas dimensões e geometrias dos elementos constitutivos da guia de trilho em relação às dimensões e geometria do suporte de trilho de tal forma que o trilho se eleve nas proporções desejadas após sua desconexão do suporte de trilho e, assim, de modo que o trilho esteja no nível desejado para garantir a contenção eficaz de um veículo pesado.

[058] A título de exemplo, no caso ilustrado na Figura 7, o suporte de trilho (6) e o guia de trilho (14) têm as seguintes dimensões: - altura da face traseira (8) do suporte de trilho: 25,4 cm, - altura da face frontal (7) do suporte de trilho: 10,16 cm, - largura das faces frontal e traseira de trilho suporta: 13,33 cm, - largura da flange (9) do suporte de trilho: 18,44 cm, - ângulo α: 90°, - altura da primeira ramificação vertical (15) da guia de trilho: 6,86 cm, - comprimento da peça de conexão (16) da guia de trilho: 18,9 cm, - comprimento da segunda ramificação vertical (17) da guia de trilho: 35,1 cm, - ângulo entre a segunda ramificação vertical e o alongamento: 135°, - comprimento da extensão (20) da guia de trilho: 15 cm, - largura da guia de trilho: 15,24 cm, - distância que separa a borda superior da face traseira (8) do suporte de trilho da extremidade inferior da primeira ramificação vertical (15) da guia de trilho: 6,54 cm.

[059] As simulações de computador realizadas em barreiras de segurança que compreendem um espaçador como reivindicado pela presente invenção confirmaram o bom comportamento da barreira em caso de impacto com um veículo pesado e, em particular, uma elevação apropriada de trilho após a desconexão de trilho do suporte de trilho.

[060] A presente invenção foi descrita no caso da integração de um espaçador em uma barreira de segurança rodoviária. No entanto, o espaçador reivindicado pela presente invenção não é naturalmente limitado a esta utilização única. É fácil visualizar potenciais utilizações para outros tipos de equipamentos de segurança rodoviária.

Claims

1. ESPAÇADOR (4) PARA BARREIRA DE SEGURANÇA RODOVIÁRIA, caracterizado por ser do tipo que compreende um poste (3) e um trilho (2) conectado ao poste (3) por intermédio do espaçador (4) e de um conector (5), o espaçador (4) compreendendo um suporte de trilho (6) que compreende: - uma face frontal (7) projetada para ser fixa a um trilho (2), - uma face traseira (8) projetada para ser fixa ao poste (3) e - uma flange (9) conectando a face frontal (7) à face traseira (8), a face frontal (7) compreendendo uma carcaça do conector (11) e uma área mais fraca (12) conectando a carcaça do conector (11) à borda superior da face frontal (7), a qual a largura é igual à largura do carcaça do conector (11) e que o comprimento é igual à distância entre carcaça do conector (11) e a borda superior da face frontal (7), sendo a resistência mecânica da área mais fraca estritamente inferior à resistência mecânica intrínseca do material constituinte da parte restante da face frontal (7) do suporte de trilho (6), o espaçador (4) também compreende um guia de trilho (14) que compreende sucessivamente: - uma área de fixação (15) adequada para a fixação do guia de trilho (14) ao poste (3) acima do suporte de trilho (6), - uma peça de conexão (16) e - uma área de reforço de trilho (17) adequada para a fixação do guia de trilho (14) no lado reverso de trilho (3).

2. ESPAÇADOR (4), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo guia de trilho (14) compreender sucessivamente uma primeira ramificação vertical que funciona como uma área de fixação (15), a peça de conexão (16) e uma segunda ramificação vertical que funciona como uma área de reforço de trilho (17).

3. ESPAÇADOR (4), de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pela primeira ramificação vertical ser orientada para baixo a partir da peça de conexão (16).

4. ESPAÇADOR (4), de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 a 3, caracterizado pela peça de conexão (16) ser horizontal.

5. ESPAÇADOR (4), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pela área de reforço de trilho (17) cobrir pelo menos parcialmente a face frontal (7) do suporte de trilho (6).

6. ESPAÇADOR (4), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pela área de reforço de trilho (17) compreender uma primeira e uma segunda área de fixação de trilho (18 ou 19, respectivamente), a segunda área de fixação de trilho também constituindo uma área de fixação do suporte de trilho (6) ao nível da carcaça do conector (11), de modo que o trilho, o guia de trilho (14) e o suporte de trilho (6) possam ser conectados por um único conector.

7. ESPAÇADOR (4), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo guia de trilho (14) também compreender uma extensão (20), localizada na porção alongada da área de reforço de trilho (17) e capaz de se estender por baixo do suporte de trilho.

8. ESPAÇADOR (4), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pela carcaça do conector (11) ser um orifício circular.

9. ESPAÇADOR (4), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pela área mais fraca (12) compreender um encaixe que é uma extensão da carcaça do conector (11) e emerge na borda superior da face frontal (7), pelo qual as duas bordas laterais do encaixe estão a uma distância uma da outra, pelo menos localmente, que é menor do que o diâmetro do conector.

10. ESPAÇADOR (4), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pela área mais fraca (12) compreender uma sucessão de orifícios que estão essencialmente alinhados ao longo da direção longitudinal do suporte de trilho.

11. ESPAÇADOR (4), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pela área mais fraca (12) compreender uma garganta que é uma extensão da carcaça do conector (11) e emerge na borda superior da face frontal (7).

12. BARREIRA DE SEGURANÇA RODOVIÁRIA (1), caracterizada por compreender um poste (3) e um trilho (2) conectado ao poste pelo intermédio de um espaçador (4), conforme definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 11.

13. KIT DE FABRICAÇÃO PARA UMA BARREIRA DE SEGURANÇA (1), caracterizado por compreender um poste (3), um trilho (2), um conector (5) e um espaçador (4), conforme definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 11, sendo o espaçador (4) capaz de fixar o trilho ao poste por meio do conector.