BR112014004586B1 - Composição de plissagem, método para a impregnação de uma tripa artificial, tripaartificial e produto de carne - Google Patents

Composição de plissagem, método para a impregnação de uma tripa artificial, tripaartificial e produto de carne Download PDF

Info

Publication number
BR112014004586B1
BR112014004586B1 BR112014004586A BR112014004586A BR112014004586B1 BR 112014004586 B1 BR112014004586 B1 BR 112014004586B1 BR 112014004586 A BR112014004586 A BR 112014004586A BR 112014004586 A BR112014004586 A BR 112014004586A BR 112014004586 B1 BR112014004586 B1 BR 112014004586B1
Authority
BR
Brazil
Prior art keywords
casing
composition
pleating
resin
artificial
Prior art date
Application number
BR112014004586A
Other languages
English (en)
Other versions
BR112014004586A2 (pt
Inventor
Iñaki Garcia Martinez Ion
Original Assignee
Viscofan Sa
Priority date (The priority date is an assumption and is not a legal conclusion. Google has not performed a legal analysis and makes no representation as to the accuracy of the date listed.)
Filing date
Publication date
Application filed by Viscofan Sa filed Critical Viscofan Sa
Publication of BR112014004586A2 publication Critical patent/BR112014004586A2/pt
Publication of BR112014004586B1 publication Critical patent/BR112014004586B1/pt

Links

Classifications

    • AHUMAN NECESSITIES
    • A22BUTCHERING; MEAT TREATMENT; PROCESSING POULTRY OR FISH
    • A22CPROCESSING MEAT, POULTRY, OR FISH
    • A22C13/00Sausage casings
    • A22C13/0013Chemical composition of synthetic sausage casings
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A22BUTCHERING; MEAT TREATMENT; PROCESSING POULTRY OR FISH
    • A22CPROCESSING MEAT, POULTRY, OR FISH
    • A22C13/00Sausage casings
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A22BUTCHERING; MEAT TREATMENT; PROCESSING POULTRY OR FISH
    • A22CPROCESSING MEAT, POULTRY, OR FISH
    • A22C13/00Sausage casings
    • A22C13/02Shirring of sausage casings
    • YGENERAL TAGGING OF NEW TECHNOLOGICAL DEVELOPMENTS; GENERAL TAGGING OF CROSS-SECTIONAL TECHNOLOGIES SPANNING OVER SEVERAL SECTIONS OF THE IPC; TECHNICAL SUBJECTS COVERED BY FORMER USPC CROSS-REFERENCE ART COLLECTIONS [XRACs] AND DIGESTS
    • Y10TECHNICAL SUBJECTS COVERED BY FORMER USPC
    • Y10TTECHNICAL SUBJECTS COVERED BY FORMER US CLASSIFICATION
    • Y10T428/00Stock material or miscellaneous articles
    • Y10T428/13Hollow or container type article [e.g., tube, vase, etc.]
    • Y10T428/1324Flexible food casing [e.g., sausage type, etc.]

Landscapes

  • Life Sciences & Earth Sciences (AREA)
  • Engineering & Computer Science (AREA)
  • Wood Science & Technology (AREA)
  • Zoology (AREA)
  • Food Science & Technology (AREA)
  • Meat, Egg Or Seafood Products (AREA)
  • Processing Of Meat And Fish (AREA)
  • Orthopedics, Nursing, And Contraception (AREA)
  • Materials For Medical Uses (AREA)
  • Treatments Of Macromolecular Shaped Articles (AREA)
  • Medicinal Preparation (AREA)

Abstract

composição de plissagem, método para a impregnação de uma tripa artificial, tripa artificial e produto de carne a presente invenção se refere a uma composição para a plissagem de tripas artificiais que permite conferir à tripa uma elevada capacidade de adesão à pasta de carne embutida nela. a composição da invenção compreende pelo menos um componente resinoso policatiônico termocurável, um componente poliólico e água, onde o índice de atividade de água (aw) apresenta um valor maior ou igual a 0,70. da mesma forma, é contemplada uma tripa impregnada por dita composição, o produto de carne embutido em dita tripa e o método para impregnar a tripa com a composição da invenção.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para: “COMPOSIÇÃO DE PLISSAGEM, MÉTODO PARA A IMPREGNAÇÃO DE UMA TRIPA ARTIFICIAL, TRIPA ARTIFICIAL E PRODUTO DE CARNE”.
CAMPO DA INVENÇÃO
[001] A presente invenção se enquadra dentro do campo da indústria de carne, mais concretamente, no setor dos envoltórios artificiais para embutidos. Em particular, se refere a uma composição para seu emprego durante a plissagem de tripas artificiais para embutidos, que permite conferir à tripa uma elevada capacidade de adesão à pasta de carne embutida nela. Da mesma forma, a presente invenção se refere à tripa impregnada com dita composição de plissagem, ao produto de carne envolto com dita tripa e ao método de impregnação de dita tripa com a composição da invenção. ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
[002] As tripas para embutidos admitem um elevado grau de especialização em relação às aplicações a que são destinadas. Em dita especialização são combinadas diversas propriedades (mecânicas, barreira/permeabilidade aos gases e/ou líquidos, adesivas, biológicas, organolépticas etc.) que se referem aos sucessivos processos e usos aos quais a tripa será submetida ao longo de seu percurso no mercado, desde a indústria de carne onde é embutida, até o consumidor final. O conjunto das propriedades de uma tripa permitem a esta um desempenho pré-determinado em cada uma das etapas de dito percurso.
[003] Uma particular combinação de propriedades depende por sua vez da composição do material e estrutura de construção da tripa, dos tratamentos físico-químicos a que foram submetidas durante sua fabricação, assim como da incorporação de elementos secundários, que apresentam propriedades adicionais ou modulam as existentes. Estes elementos consistem em geral por revestimentos das paredes interna e/ou externa da tripa realizados com substâncias ou composições distintas do material de constituição da mesma.
[004] Uma das especializações a que são destinados os revestimentos, e que é objeto da presente invenção, é aquela que acentua a capacidade adesiva (em inglês “cling”) que algumas tripas artificiais exercem sobre a superfície de carne à que envolvem. Quando um produto embutido deve ser submetido a processos ulteriores de cozimento e/ou cura ao ar, é muito conveniente que a tripa não se separe da carne, uma vez que assim é evitado a formação de bolsas de gordura ou gelatina (no caso de um processo de cocção) ou a formação de bolsas de ar conforme a carne se contrai durante sua secagem, uma vez que além de antiestéticas, podem favorecer o crescimento de mofos indesejados. Também é importante prevenir que a pele se separe da carne quando o embutido é cortado em fatias para seu consumo.
[005] Até os dias de hoje, os revestimentos utilizados para melhorar a adesão à carne das tripas celulósicas estão formados por composições as quais compreendem proteínas solúveis, sozinhas ou acompanhadas de monoglicerídeos acetilados, ou proteínas quimicamente modificadas, em cujas composições podem ser incluídos ou não os reticuladores de tipo aldeído ou outros compostos ricos em carbonilas como os humos líquidos. Outras substâncias que apresentam adesão são a quitosana, acetatos de polivinila e alguns copolímeros destes e resinas policatiônicas curáveis por calor (conhecidas também como termocuráveis ou termoendurecíveis, em inglês thermosetting); a técnica selecionou as resinas policatiônicas como uma das substâncias mais efetivas.
[006] As resinas policatiônicas termocuráveis utilizadas em filmes tubulares alimentícios, uma vez que tenham sido aplicadas em estado líquido, como revestimento de uma superfície, devem ser submetidas a um período de aquecimento para endurecer e ficar fixadas à mesma. Este endurecimento se deve aos processos de reticulação que são consequência de reações de enlace químico intermolecular, ativadas pelo calor. As resinas de poliamino-poliamida-epihalohidrina (epiclorohidrina, epifluorohidrina, epibromohidrina e epiiodohidrina) contém grupos funcionais ativos que reagem com os grupos amina, hidroxílicos, carboxílicos e tióis quando são aquecidos.
[007] As quantidades de resina aplicadas habitualmente como revestimento sobre a superfície interna das tripas são da ordem de 0,4 mg/dm2 a 4,8 mg/dm2 (US2010003376A1).
[008] Algumas classes de tripa, por exemplo as de celulose, reforçada (fibrosa) ou não, são portadoras, uma vez finalizada sua produção, de um revestimento sólido interno de resina curada, que tenha sido ligado à superfície da tripa por meio do mesmo processo térmico de cura da resina (US 3378379). Em outras palavras, a interfase celulose-resina se torna ponteada por enlaces químicos uma vez que a fase resinosa se torna reticulada em sua totalidade adquirindo uma grande coesão interna. [009] A camada de resina atua como um anexo entre a celulose, à qual está ligada na etapa de cura ou reticulação, e a carne, à que se adere após o embutimento. Incluso naquelas ocasiões nas quais o revestimento resinoso de adesão incorpora outras substâncias com efeito modulador da adesão ou favorecedoras do fácil descascamento (WO 2005/092108 A1), a resina sempre deve estar fixada à tripa.
[010] O método habitual para a aplicação do revestimento interno aderente está condicionado ao processo de cura da resina. Posto que no processo de fabricação de uma tripa celulósica existe sempre uma etapa de secagem por meio de ar quente a elevada temperatura, a aplicação de um revestimento líquido de resina policatiônica termocurável se realiza habitualmente na etapa anterior ao secagem, a fim de aproveitar: a) o calor deste último para a iniciação da cura da resina; b) a redução da umidade da tripa a níveis menores do que 10 % para favorecer a reação da resina com a tripa e c) aproveitar o inchamento com ar do tubo celulósico, que tem lugar por sua vez no secadouro, já que dessa forma a resina cria uma monocamada curada de revestimento, que não se aderirá (efeito blocking) consigo mesma quando a tripa for novamente colapsada antes de seu enrolamento em bobinas.
[011] No entanto, este é um grave inconveniente já que o método habitual de aplicação de revestimentos internos, conhecido no grêmio como “a bolha” ou “slugging” (US3158488 ou US3378379), requer a ruptura periódica da tripa e portanto da continuidade do processo, a fim de repor na bolha a resina consumida. Dita ação leva associado o custo econômico correspondente em espaço, equipamento, mão de obra e eficiência.
[012] Efetivamente, neste método da “bolha”: a) É feita uma incisão ou corte na tripa, para poder ter acesso ao seu interior. b) É adicionado um volume determinado de dissolução de revestimento ao interior da tripa através da abertura realizada. O volume não pode ser muito grande e dar uma bolha muito larga, porque se torna não manejável. c) Voltam a conectar as extremidades cortadas da tripa, por exemplo, por meio de tubos de goma, para voltar a restaurar o restante da tripa. d) A tripa é passada entre um par de rolos, de modo que se deixe passar uma camada (“coating”) de uma espessura determinado, produzindo uma quantidade determinada de revestimento. e) Quando todo o volume de dissolução da bolha foi consumida (ou antes, se se deseja ter um processo mais regular), é necessário reiniciar o processo.
[013] Além disso, tem que destacar que, enquanto o volume interno da tripa aumenta em proporção quadrática com respeito ao calibre, a superfície interna somente aumenta em proporção linear com respeito ao calibre. A relação Superfície/Volume é portanto inversamente proporcional ao Calibre, o qual significa que se incrementa de forma hiperbólica ao baixar o Calibre.
[014] Por exemplo, para recobrir a Superfície interna de 100 metros de tripa de Calibre 50, é necessário um Volume V1. Esse volume V1, introduzido dentro da tripa de Calibre 50, apresenta uma altura de bolha (considerando-a vertical de maneira convencional, embora as considerações sejam similares para uma bolha com qualquer outra orientação), de h1.
[015] Para revestir a superfície interna de 100 metros de tripa de Calibre 10 (com uma quantidade de revestimento por superfície, análoga ao caso anterior do calibre 50), é fácil demostrar que a altura de bolha deve ser de 5 x h1, isto é, 5 vezes superior ao caso anterior.
[016] As razões de ordem prática recomendam que a longitude da bolha deve ser limitada, já que, por exemplo, não seria manejável ou mantida uma tripa com uma coluna de muitos metros de líquido em seu interior em movimento. Os cálculos anteriores mostram que tripas de baixos calibres necessitam alturas de bolha relativamente maiores que os calibres altos para produzir uma longitude similar de revestimento. De maneira a se manter uma altura máxima de bolha h1, tanto na tripa de Calibre 50 como na de Calibre 10, isto implicará que a de Calibre 10 deve repor a bolha com frequência 5 vezes maior que na de Calibre 50, com todos os processos aparelhados (corte, preenchimento, conexão...) que isso implica. Isto adiciona alguns custos de operação inatingíveis quanto menor for o calibre (e, portanto, geralmente, seu preço comercial), que faz com que não se encontrem comercialmente tripas de alta adesão abaixo de Calibre 36. Assim, enquanto que o método da “bolha” é amplamente utilizado nas tripas “Fibrous” (de celulose reforçada) de calibres altos, sua aplicação a calibres baixos é praticamente nula (entendendo como “calibres baixos” todos aqueles com um diâmetro inferior a 36 mm).
[017] Portanto, existe no estado da técnica a necessidade de obter, de forma econômica, tripas de pequeno calibre com características de alta adesão à emulsão de carne.
[018] Uma alternativa ao revestimento interno ou externo de uma resina em tripas celulósicas fibrosas era a incorporação direta desta na dissolução da viscosidade, antes de sua extrusão nos correspondentes banhos coagulantes. A dissolução de resina é injetada ao circuito da viscosidade (US 2001/0045236 A1). Mais adiante, durante o processo de secagem da tripa, as altas temperaturas do secadouro ativam a reticulação da resina.
[019] O efeito desejado de adesão à emulsão de carne tem lugar principalmente entre dita emulsão de carne e a superfície interna da tripa. No caso das tripas celulósicas reforçadas, em que um substrato fibroso é revestido de viscosidade por sua face externa e/ou interna, a adição de resina à viscosidade pode estar limitada à viscosidade utilizada para o revestimento da superfície interna da tripa (US 2105273, US6395356) o qual apresenta um aproveitamento ótimo da resina. No entanto, no caso das tripas celulósicas não reforçadas, destinadas em geral a calibres muito mais baixos que as fibrosas, a viscosidade costuma constituir todo a espessura da tripa celulósica. A adição da resina à viscosidade fará com que a resina se encontre finalmente distribuída ao longo da espessura da tripa, e não somente na superfície interna, que é onde interessaria obter o efeito desejado de adesão à emulsão de carne. Isto implica que a quantidade adicionada de resina seja muito maior que a necessária para obter meramente o revestimento na camada interna, o qual apresenta um gasto extra. Além disso, a presença de resina na espessura da tripa pode ter efeitos adicionais negativos sobre a tripa, por exemplo, de variação de resistência mecânica, que modifiquem indesejavelmente as propriedades físicas finais do filme. [020] Existe, portanto, no estado da técnica a necessidade de desenvolver técnicas alternativas, econômicas e eficazes, para a obtenção de tripas com um alto grau de adesão à carne, em particular tripas de baixo calibre, com o fim de superar as dificuldades e inconvenientes derivados das técnicas atuais da bolha e da viscosa, utilizadas comumente para a aplicação dos aditivos que aportam o efeito de aderência da tripa à carne, mas sem modificar o resíduo do processo que conduze à fabricação da tripa acabada, com o fim de não introduzir riscos tecnológicos nem novos elementos de custo.
[021] A fabricação do tubo ou tripa acabada é um processo continuo que acaba com o enrolamento da mesma. O tubo celulósico acabado e inflado proveniente em continuo do secadouro, é colapsado por meio de rolos pisones, evacuando assim o ar de seu interior. Desse modo é obtido um tubo esmagado em forma de cinta plana continua, que é enrolado sobre um mandril de cartão ou plástico, formando bobinas, que acumulam uma longitude pré-determinada de tripa, até que a bobina adquira dimensões adequadas para sua manipulação posterior. Depois disso, a tripa se rompe no momento que a bobina se separa do processo, sendo substituída por um novo mandril sobre o qual continuará o enrolamento da bobina seguinte.
[022] As bobinas passam a um stock, em espera de seu acesso a um seguinte processo off-line de conversão da tripa plana em sticks de tripa plissada, que se denomina “plissagem da tripa”.
[023] Durante o processo de plissagem, a tripa plana é devolvida primeiro a sua forma tubular para ser encamisada longitudinalmente sobre um mandril reto, pelo qual se desliza a grande velocidade com a ajuda de uma série de rolos tratores, enquanto é pulverizada com uma dispersão ou emulsão aquosa composta por um ou vários ingredientes, de ação principalmente lubrificante e plastificante, como é bem conhecido na técnica.
[024] Os rolos pressionam sobre a parede externa da tripa, enquanto a face interna desta se apoia sobre o mandril metálico polido. A disposição e geometria dos rolos cria um anel trator ao redor da tripa. Quando os rolos giram e arrastam no sentido da rotação, e na direção do eixo do mandril (embora o eixo de rotação dos rolos não seja exatamente perpendicular ao do conjunto tripa-mandril). A rotação simultânea dos rolos sobre a face externa da tripa cria a força motriz suficiente tanto para desbobinar e arrastar a tripa até a entrada daqueles, como para ao mesmo tempo dobrá-la e comprimi-la contra um dispositivo de freio, na sua saída. Desta forma é possível acumular bastante metros de tripa sob a forma de um tubo redobrado de forma reta e rígida (devido à forte compactação das redobras entre si) que tem poucos centímetros de longitude e que no grêmio se denomina canudo, em inglês “stick”.
[025] Os aditivos pulverizados na tripa celulósica durante a plissagem têm dois objetos principais: a) por um lado lubricar a interface de contato entre a face interna da tripa e a superfície do mandril, a fim de que o deslizamento da tripa sobre o mesmo se realize com a fricção mínima; e b) por outro lado tem o objetivo de preparar a tripa para evitar qualquer dano durante seu dobramento e compactação. Os aditivos adicionados com este fim no processo de plissagem podem incluir, por exemplo, substâncias plastificantes, tais como o glicerol, propilenoglicol ou outros polióis, que além disso, cumprem a função de retardar a tomada de água por parte da tripa celulósica dada sua elevada higroscopicidade (US3898348; US3981046).
[026] Subsequentemente, estes aditivos podem vir acompanhados de outros cuja funcionalidade seja diferente. Por exemplo, podem vir acompanhados de substâncias aromatizantes e corantes, que se transferem à carne, como os humos líquidos (CA 1325131), ou como uma composição corante de bixina, de acordo com o que é ensinado na patente ES2076904 A1 na qual também acompanham diversos agentes formadores de filme solúveis em água ou álcool ou misturas de ambos como os éteres de celulose, a zeína, caseína, as dextrinas ou derivados do amido ou o Shellac. Na dissolução de plissagem, é incluído também ocasionalmente um aditivo que facilite o posterior descascamento da tripa (por ex., a carboximetil-celulose). Também podem incluir uma enzima do tipo celulose com o fim de eliminar a tripa nas salsichas sem pele (skinless) (EP 1101406).
[027] A pulverização do aditivo ou composição de aditivos, é realizada em geral em spray, no início do processo de plissagem, por meio de um bico situado na extremidade do mandril que penetra e descola o tubo celulósico proveniente da bobina. Dessa forma, a fricção entre a tripa e o mandril se reduz desde o primeiro momento de contato.
[028] Baseado nas necessidades do estado da técnica, o inventor da presente solicitação desenvolveu uma composição para sua adição durante a etapa pré-existente de plissagem, capaz por si própria de conferir à tripa uma elevada capacidade de adesão à pasta ou produto de carne embutido nela.
[029] Dita composição compreende pelo menos um componente resinoso policatiônico termocurável, um componente poliólico e água.
[030] O momento da conversão da tripa lisa em tripa plissada é a etapa de produção da tripa mais adequada para o revestimento, já que em dito processo a tripa lisa contínua é segmentada e impregnada com as diversas composições líquidas funcionais mencionadas anteriormente. No entanto, para uma resina termocurável este apresenta o inconveniente de que não existem etapas subsequentes a plissagem em que se aplique o calor necessário para a cura da resina, e no caso de ter que adicioná-las, voltaria a infringir o princípio de economia de partida.
[031] No entanto, o trabalho de experimentação realizado pelo autor da presente invenção, permitiu chegar ao surpreendente e inesperado resultado de que a resina, incorporada à tripa junto com o resíduo de aditivos de plissagem, e sem a necessidade de cura térmica, é capaz de fixar-se à tripa, superando assim os prejuízos estabelecidos a este respeito no estado da técnica, já que nunca ocorreu ao técnico no assunto adicionar a uma composição de plissagem um aditivo que de acordo com o conhecimento existente somente pode fixar-se à tripa por cura térmica, posto que se tivesse corrido o risco de aderir as dobras e impossibilitar a posterior extensão da tripa.
[032] As tripas impregnadas com dita composição de plissagem, na ausência de cura térmica, desempenham, uma vez embutidas, uma excelente adesão à superfície da massa de carne que contêm e apresentam um excelente comportamento ao se referir, se refere aos processos de cocção e/ou secagem a que são submetidos, garantindo por sua vez a segurança alimentícia.
[033] A aplicação da composição de revestimento durante a plissagem, que constitui uma parte pré-existente do processo, configura uma vantagem técnica qualitativa já que evita a necessidade de utilizar outros métodos convencionais, como o da bolha ou o da viscosidade, muito mais custosos e com os inconvenientes mencionados anteriormente.
[034] Além disso, outro feito surpreendente derivado do emprego desta composição é que, apesar da fixação da resina sobre a tripa, esta não fica pegajosa consigo mesma nas dobras do stick, como poderia acontecer após um inerente processo de cura térmica da resina como o utilizado na técnica anterior em consequência do método da bolha. Ao contrário, os sticks se despregam perfeitamente durante o processo de embutimento, sem provocar nenhum defeito na tripa.
[035] Finalmente, outra importante vantagem derivada do emprego da composição da presente invenção é que, de forma surpreendente, as tripas tratadas com a composição da invenção, apresentam um perfeito desempenho, sob condições forçadas de processamento, em sua aplicação sobre certos produtos de carnes embutidos em baixos calibres, o que permite competir ali, onde as tripas naturais de intestinos animais e as tripas a base de colágeno são a única alternativa até os dias atuais.
[036] Este feito inesperado apresenta uma grande vantagem competitiva, uma vez que por um lado a composição e método da invenção permitem abordar, de forma econômica, um maior número de calibres (especialmente os calibres baixos) para aquelas aplicações nas quais a adesão da tripa à carne se faz imprescindível, e por outro lado, as tripas resultantes permitem encurtar alguns ciclos de processamento dos embutidos a que podem ser destinadas, incluindo embora estes sejam mais agressivos, aumentando assim a rentabilidade do produto.
BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS
[037] Figura 1: Coloração com azul de Coomassie da resina policatiônica termocurável presente na superfície interna de uma tripa celulósica. (1 .a) Sem revestimento, (1.b) revestimento por meio de injeção em viscosa, (1.c) revestimento por meio de o método de bolha e (1 .d) revestimento por meio de adição em plissagem da composição da invenção.
[038] Figura 2: Capacidade de adesão (cling) em função do pH da composição da invenção.
OBJETO DA INVENÇÃO
[039] É um objeto principal da presente invenção uma composição para seu emprego durante a plissagem de tripas artificiais, que permite conferir à tripa uma elevada capacidade de adesão à pasta de carne embutida nela.
[040] É da mesma forma um objeto da presente invenção uma tripa artificial impregnada com a composição de plissagem da invenção.
[041] É também objeto da invenção um produto de carne embutido em uma tripa artificial impregnada com a composição da invenção.
[042] É objeto da invenção, um método para a impregnação de uma tripa artificial com a composição de plissagem da presente invenção.
[043] É finalmente objeto da invenção a tripa plissada obtida pelo método da invenção.
DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO
[044] Baseado nas necessidades do estado da técnica, o autor da presente invenção tem buscado desenvolver uma composição capaz de conferir às tripas artificiais uma elevada capacidade de adesão à pasta ou produto de carne embutido nela, eliminando o chato uso da bolha utilizado comumente para a aplicação dos aditivos que apresentam o efeito de aderência da tripa à carne, mas sem modificar o resíduo dos processos que conduzem à fabricação do tubo ou tripa celulósica acabada, com o fim de não introduzir riscos tecnológicos nem novos elementos de custo.
[045] Para atender estas necessidades, em um aspecto principal da invenção se contempla uma composição para a plissagem de tripas artificiais que compreende pelo menos um componente resinoso policatiônico termocurável, um componente poliólico e água, onde o índice de atividade de água (aw) apresenta um valor maior ou igual a 0,70.
[046] Na presente invenção, uma “composição de plissagem” se define como aquela composição de aditivos para a pulverização da tripa na etapa de plissagem.
[047] Da mesma forma, se define como “etapa de plissagem” a etapa em que a tripa é pulverizada e dobrada sobre si mesma para formar canudos ou sticks. Posteriormente é realizada a sua embalagem e comercialização entre os produtores de carnes, que a recebem desta forma pronta para o seu embutimento.
[048] Se define como “tripas artificiais” os envoltórios artificiais para embutidos, uma vez que são celulósicas, reforçadas ou não, assim como tripas plásticas e, por extensão da palavra, envoltórios feitos com outros materiais, como proteínas e outros polissacarídeos. Em uma forma de realização preferida, a tripa artificial é de celulose. [049] Se entende por “componente resinoso policatiônico termocurável” um polímero sintético catiônico de tipo poliamida, poliamidoamina, polietilenimina, vinilamina ou N-vinilformamida, disperso em água, capaz de passar a um estado sólido reticulado e termoestável, em princípio, por meio da aplicação de calor.
[050] Em uma forma de realização particular, o componente resinoso policatiônico termocurável presente em a composição da invenção se encontra em uma proporção compreendida entre o 0,01 e 15 % em peso com respeito ao peso total da composição.
[051] Em outra forma de realização particular, o componente resinoso policatiônico termocurável compreende uma mistura de duas ou mais resinas policatiônicas termocuráveis.
[052] Em formas de realização preferidas, as resinas policatiônicas termocuráveis selecionadas pertencem ao grupo das obtidas da condensação de epiclorohidrina com uma poliamida ou uma poliamidoamina derivada da reação polimérica entre uma polialquileno-poliamina e ácidos dicarboxílicos, preferivelmente ácidos dicarboxílicos alifáticos saturados dentre 3 e 8 átomos de carbono, como o ác. malônico, succínico, glutárico, adípico, assim como também o ácido diglicólico. Entre as poliaminas de polialquileno utilizadas se encontram as polietileno-poliaminas, polipropileno-poliaminas e polibutileno-poliaminas. Por exemplo, uma resina catiônica de uso preferido pode ser o produto da reação entre a epiclorohidrina e uma poliamida formada pela reação da dietileno-triamina (deta) e o ácido adípico, o ácido glutárico ou o ácido succínico. Outras resinas policatiônicas preferidas podem ser também as pertencentes ao grupo das polietileno-iminas e produtos da condensação destas com a epiclorohidrina. Estas resinas são facilmente dispersáveis em água onde, dependendo da riqueza da dispersão de resina, a composição de plissagem da invenção pode ser complementada com a quantidade de água necessária.
[053] Na composição da invenção, o conteúdo de componente poliólico está em função do conteúdo de água e resina da mesma. Em uma forma de realização particular, o componente poliólico se encontra presente em uma proporção compreendida entre 18 e 65 % em peso com respeito ao peso total da composição, preferivelmente entre 40 e 60 %.
[054] A proporção do componente poliólico contido na presente composição de plissagem é muito superior à das composições utilizadas para os revestimentos resinosos aplicados por meio do método da bolha, em os que a proporção de água é muito maior. O componente poliólico, por sua lubrificação, atua como retardante da aquisição de água pela tripa, que é extraordinariamente higroscópica, particularmente no caso da celulose. Uma rápida hidratação da parede aumenta a adesão entre o mandril e a tripa o que obstrui o deslizamento da tripa durante a plissagem. A presença do componente poliólico diminui a atividade de água (aw) da composição, o que faz com que o água fique menos disponível para hidratar a parede da tripa.
[055] Em uma forma de realização preferida da presente invenção, o componente poliólico utilizado na composição é glicerol, embora possam ser empregados outros polióis entre os quais se incluem, a modo de exemplo mas sem se limitar aos mesmos, o propilenoglicol, sorbitol ou o trietilenoglicol, que podem ser combinados entre si e com o glicerol.
[056] Em uma forma de realização preferida, a atividade de água originada pela mistura poliol/água, para a execução dos efeitos ótimos da resina se situa em um valor compreendido entre 0,70 e 0,95, e mais preferivelmente em uma faixa compreendida entre 0,82 e 0,92.
[057] Por outro lado, o pH da composição se ajusta a um valor determinado com o objetivo de modular o grau de adesão da tripa à carne, sendo a faixa preferida de 7 a 10, por meio de um hidróxido metálico alcalino preferivelmente NaOH, ou uma dissolução tampão.
[058] Em uma forma de realização particular, a composição de plissagem da presente invenção pode incluir outros componentes adicionais ou aditivos capazes de apresentar diversas funcionalidades. Estes aditivos são selecionados dentre proteínas, grupos de substâncias de grau alimentar com função lubrificante, emulsificante, hidratante, antioxidante e conservante, bactericida, fungicida ou inibidora do crescimento de bactérias e mofos, aromatizante, corante, favorecedoras de descascar, álcalis inorgânicos ou orgânicos de metais e seus sais para o ajuste do pH e combinações dos mesmos (exemplos destes aditivos podem ser encontrados nas patentes CA 1325131; ES2076904 A1; US2004062888 (A1); US 7,83 3,594; US5928738 (A)).
[059] Em uma forma de realização preferida, os componentes adicionais podem estar presentes em até 10 % em peso com respeito ao peso total da composição.
[060] Em outro aspecto principal da presente invenção, se contempla uma tripa artificial plissada impregnada com a composição de plissagem da invenção.
[061] Em uma forma de realização preferida da invenção, a impregnação da tripa artificial é realizada sobre a superfície interna. Também se contempla na invenção que a impregnação pode ser realizada pela face externa; neste caso se prefere dar a volta à tripa antes de sua utilização.
[062] Em formas de realização preferidas, dado que as características da composição da invenção permitem que as resinas solidifiquem sem necessidade de aplicar uma etapa de calor, a tripa artificial da invenção apresenta resinas policatiônicas termocuráveis fixadas não curadas termicamente.
[063] De forma vantajosa, apesar da fixação da resina sobre a tripa, esta não fica pegajosa consigo mesma nas dobras do stick, como poderia acontecer após um inerente processo de cura térmica da resina como o utilizado na técnica anterior em consequência do método da bolha. Ao contrário, os sticks se despregam perfeitamente durante o processo de embutimento, sem provocar nenhum defeito na tripa.
[064] O conteúdo total do componente resinoso, com respeito ao peso total da composição, pode oscilar entre 0,01 % e 15 % , que é o necessário para que, uma vez o pulverizado da tripa alcance uma relação em peso da resina sobre o peso seco da tripa dentre 0,016 % e 1,199 % , e mais preferivelmente entre 0,02 % e 0,96 %; e seu cálculo pode ser realizado experimentalmente por qualquer técnico no assunto, em função do tipo e características do dispositivo de pulverizado e plissagem da plissadeira, assim como dos parâmetros reológicos da composição final e as dimensões da tripa; de maneira que, em uma forma de realização preferida, a quantidade média depositada de resina sobre a superfície da tripa seja de pelo menos 0,005 mg/dm2, preferivelmente entre 0,04 mg/dm2 e 3,00 mg/dm2, mais preferivelmente, entre 0,05 mg/dm2 e 2,40 mg/dm2 e particularmente entre 0,1 mg/dm2 e 1 mg/dm2; com as quais se obtém excelentes resultados.
[065] Por meio do uso de um reativo de coloração (azul de Coomassie) se comprova que a distribuição do revestimento, embora seja total sobre a superfície da tripa, não é perfeitamente homogênea, de forma que se traduza em um padrão de cor visualmente reconhecível, que se identifica com o padrão helicoidal das linhas de dobras da tripa ao ser plissada (Figura 1; 1 .d). Isto permite discriminar com clareza se a resina foi aplicada antes do processo de plissagem, ou ao início do mesmo tal como foi descrito, o que demonstra uma vantagem comercial ao poder identificar a tripa com o processo. Resulta um feito surpreendente que, apesar de a distribuição não ser completamente uniforme e homogênea, o comportamento de adesão à carne seja tão ótimo como o que proporcionam os revestimentos realizados por métodos tradicionais. [066] Em outro aspecto principal da invenção se contempla um produto de carne embutido em uma tripa artificial impregnada com a composição da presente invenção. [067] Na presente invenção se define “produto de carne” como qualquer produto alimentício em cuja composição se apreende a carne, e que é conformado no interior de uma tripa ou envoltório alimentício.
[068] Em outro aspecto principal da invenção, se contempla um método para a impregnação de uma tripa artificial com uma composição de plissagem que compreende os seguintes etapas: a) obter a composição de plissagem definida na presente invenção, b) borrifar a tripa, durante o processo de plissagem da mesma, com a composição obtida em a).
[069] O método da invenção permite abordar, de forma econômica, um maior número de calibres (especialmente os calibres baixos, entendendo-se como calibres baixos os menores de 36 mm) para aquelas aplicações nas quais a adesão da tripa à carne é imprescindível, e por outro lado, as tripas resultantes permitem encurtar alguns ciclos de processamento dos embutidos a que podem ser destinadas, incluindo embora estes sejam mais agressivos, aumentando assim a rentabilidade do produto.
[070] Assim, em uma forma de realização particular do método da invenção, se parte de uma bobina de tripa de um calibre menor de 36, preferivelmente compreendido entre 12 e 36 mm. Dita tripa se recoloca na desbobinadora da máquina de plissagem. Ao início da operação de plissagem, o tubo celulósico todavia esmagado, é reaberto, introduzindo em seu interior a extremidade distal do mandril, desde onde, à medida que a tripa avança até os rolos tratores, será pulverizada interiormente com a dissolução de plissagem.
[071] Dado que, uma vez que a composição de plissagem se absorve completamente, as resinas solidificam sem necessidade de uma etapa de calor adicional, em formas de realização preferidas, a tripa em forma de sticks plissagens, não é submetida a um tratamento térmico de cura adicional.
[072] Não obstante, opcionalmente, após a etapa c), a tripa já plissada (sticks) e tratada com a composição da invenção, pode ser submetida a um período de têmpera de uma duração dentre 5 minutos e 1 hora a temperatura dentre 70 e 120 °C, ou, entre 12 h e 5 dias a temperatura dentre 30 °C e 70 °C e mais preferivelmente a 35 °C durante 3 dias e particularmente a 40 °C durante 24 h. A tripa tratada de esta forma aumenta ligeiramente a resistência ao estouro, diminuindo paralelamente a elongação.
[073] Após a tripa ter sido plissada, obtida pelo método da invenção, esta é enviada a um produtor de carne, onde poderá passar a ser embutida com uma composição de carne, a fim de obter um produto de carne. Posteriormente, os embutidos são processados através de qualquer uma das formas convencionais.
[074] O produto obtido por meio do método da invenção não apresenta sob a tripa um desprendimento de gordura recusada. Da mesma forma, por meio de uma operação manual de descascar se comprova que a tripa apresenta uma aderência adequada em toda a superfície da carne em contato com ela.
Exemplos [075] Exemplo I: Comparativo entre o desempenho de uma tripa celulósica obtida por meio do método da invenção e as obtidas misturando a viscosidade com uma resina antes da extrusão ou aplicando a resina com “bolha”.
[076] Na forma de realização deste ensaio se quis comparar o comportamento de aderência à carne daquelas tripas celulósicas impregnadas por meio do método da invenção, utilizando uma resina policatiônica termocurável no líquido de plissagem, com ou sem tratamento térmico adicional, frente à alternativa tradicional de “resina curada” termicamente, quer seja no caso das resinas injetadas na viscosidade antes de sua extrusão como no caso das aplicadas por meio do método da bolha. A resina policatiônica termocurável utilizada foi proporcionada pela casa Ashland comercializada sob o nome de Kymene G3-X-CEL, com um conteúdo em matéria seca (basicamente componente resinoso) de 16,1 %. Na fabricação de dita resina policatiônica se introduziram etapas pós-fabricação para eliminar os AOX, e que consistem em um tratamento cáustico seguido de uma desalogenação microbiana que converte o DCP e o CPD em CO2 e sal, utilizando para isto uma mistura de microrganismos isolados do solo que realizam esta desalogenação como Arthrobacter histidinolovorans e Agrobacterium radiobacter, tal como se descreve nas patentes US5972691 e WO96/40967. A concentração da resina no líquido de impregnação foi a mesma no método de “bolha” e no da invenção. No método de injeção em viscosidade, se introduziu 8 % da solução de resina e em seu caso 0,1 % de proteína com respeito ao conteúdo em celulose da tripa. A fim de assegurar a cura da resina aplicada por meio do método da invenção, foram submetidos alguns dos sticks impregnados a um processo de endurecimento térmico a 120 °C durante um período de 60 minutos.
[077] Também se quis ver como a presença de proteínas influenciava na mistura com a resina. Neste exemplo e nos restantes foi utilizado como controle uma dissolução líquida de plissagem, composta por 50 % de água e outro 50 % de glicerol, denominada Suavizante. Também se utilizaram composições de plissagem com proteína e sem resina.
[078] As diferentes composições podem ser vistas no Quadro I, identificadas com uma série de referências que podem ser utilizadas para comprovar os resultados da aplicação em embutimento e processamento do produto de carne selecionado (Quadro IV). O pH de todas as formulações foi ajustado a 7,0.
[079] Quadro I. Composição dos aditivos de plissagem cujas quantidades se expressam em gramas.
Resultados: [080] No Quadro IV é recolhido os resultados do embutimento de um produto de carne preparado de acordo com a formulação do Quadro II e submetido ao ciclo de processamento descrito no Quadro III: [081] Quadro II. Formulação do produto de carne (Continuação) [082] Quadro III. Condições de Processamento do Produto de carne [083] Foi avaliado o grau de saída da gordura desde a emulsão de carne submetida ao ciclo de processamento do embutido descrito no Quadro III, assim como o grau de adesão da tripa à emulsão de carne (“cling”).
[084] Quadro IV: Resultados de embutimento comparados. As referências com o símbolo HH (“Heat Hardenning”) são as submetidas a cura térmica.
Chaves de resultados: Saída de gordura: (0) = nula; grau de adesão:(0) = nulo (1) = baixa (1) = moderado (2) = moderada (2) = notável (3) = alta (3) = alto (4) = massiva (4) = muito alto (5) = excessivo [085] Quando nos Quadros de Resultados citam-se dois Diâmetros de Embutimento, o primeiro corresponde ao Diâmetro de Embutimento medido no pólo inferior da peça embutida pendurada, e o segundo corresponde ao Diâmetro de Embutimento medido no pólo superior da peça embutida pendurada.
[086] Os resultados mostraram por um lado que, a presença de resina aplicada por meio da composição e método da invenção, proporcionou à tripa uma capacidade de aderir-se à carne suficiente para impedir a saída de gordura durante o processamento do embutido, o mesmo que ao aplicar a solução em bolha; enquanto que a adição da resina por injeção na viscosidade não evitou a saída abundante de gordura durante o processamento, embora quando a injeção continha também proteína, a saída de gordura foi menor. Também se concluiu que a presença de proteínas junto à resina na composição de plissagem era irrelevante na hora de conferir a capacidade de, em qualquer caso, a cura da resina não ter maior efeito frente a sua aplicação direta sem cura térmica. Isto indica que não é necessário introduzir uma nova etapa de calor depois da plissagem, o que cumpre um dos objetivos da invenção. Finalmente observou-se que somente as proteínas, aplicadas por meio do método da invenção, tão pouco eram eficazes na hora de impedir a saída de gordura, possivelmente por não haver aderido à parede da tripa.
[087] Exemplo II: Efeito da variação na quantidade de resina por dm2 na superfície interna da tripa.
[088] Na forma de realização deste exemplo, foi empregado um conjunto de composições de líquido de impregnação de plissagem, nas que interferiram exclusivamente glicerol e propilenoglicol como polióis, resina e água; embora variando as quantidades de resina e água. A porcentagem da solução de resina (que contém o componente resinoso policatiônico termocurável) nas composições oscilou entre 1 % e 37 % e neste caso não se procedeu ao “heat hardening” (endurecimento térmico). Porque foi feito como todas as amostras a mesma quantidade de aditivo de plissagem; a distribuição de resina sobre a superfície interna da tripa oscilou entre 0,08 mg/dm2 e 2,78 mg/dm2 (Quadro V).
[089] Quadro V: Formulações do aditivo de plissagem. Quantidade dos ingredientes expressa em porcentagem em peso.______________________________ [090] As tripas revestidas com as distintas formulações foram embutidas com uma pasta de carne elaborada conforme a receita do Quadro II, e o embutido foram processados de acordo com o ciclo descrito no Quadro III.
[091] Os resultados do processamento dos embutidos são mostrados no Quadro VI.
Quadro VI: Resultados de processamento de embutidos entre tripas com diversas concentrações de resina._____________________________ Chaves de resultados: Saída de gordura: (0) = nula; Grau de adesão: (0) = nulo (1) = baixa (1) = moderado (2) = moderada (2) = relevante (3) = alta (3) = alto (4) = maciça (4) = muito alto (5) = excessivo [092] A partir do quadro VI se observa que, de maneira geral, o grau de adesão (cling) aumenta com a quantidade de resina presente no aditivo de plissagem. O grau de adesão (cling) começa a se perder em concentrações da solução de resina inferiores a 1 % na composição de plissagem; no entanto, a estas concentrações tão baixas a presença de resinas policatiônicas permite reduzir a saída de gordura às amostras de controle sem resina.
[093] Exemplo III: Ensaios comparativos com outras resinas termocuráveis. [094] Baseando-se na composição de plissagem da invenção, foram testados os efeitos de vários tipos de resinas termocuráveis, tanto catiônicas como aniônicas. As proporções dos componentes de cada formulação se apresentam no Quadro VII.
Quadro VII. Composições com diferentes tipos de resinas termocuráveis. Quantidade dos diferentes ingredientes expressas em porcentagem em peso.
[095] As tripas impregnadas com as soluções de plissagem do Quadro VII foram embutidas com uma pasta de carne elaborada conforme a receita do Quadro II, à qual se lhe acrescentou o % de Isolado de soja de 1 a 2 % e o de Caseína de 0 a 1 %, e foram submetidas ao ciclo de processamento descrito no Quadro III. Esta nova fórmula fez com que o embutido se tornasse menos propenso a liberar gordura durante o processamento do que no Exemplo I. Os resultados obtidos são mostrados no Quadro VIII.
[096] Quadro VIII. Resultados de processamento de embutidos entre tripas com diversas resinas termocuráveis.
Principais resultados: Saída de gordura: (0) = nula; Grau de adesão: (0) = nulo (1) = baixa (1) = moderado (2) = moderada (2) = relevante (3) = alta (3) = alto (4) = maciço (4) = muito alto (5) = excessivo [097] Como se pode observar no Quadro VIII, o melhor resultado foi obtido com a resina G3-XCEL, mas também se nota um ligeiro efeito para o caso do resíduo das resinas policatiônicas.
[098] Exemplo IV: Desempenho de uma tripa celulósica tratada com a composição da invenção quando é aplicada a um produto tradicional de baixo calibre, embutido habitualmente em colágeno ou tripa natural (Lapcheong).
[099] Por meio da presente forma de realização foi avaliado o desempenho de uma tripa celulósica de pequeno calibre, à que se aplicou a composição da invenção durante o método de plissagem. Para a forma de realização, foram testadas três concentrações diferentes de resina, como descrito no Quadro IX, sobre uma tripa celulósica de calibre 13 EUR equivalente ao utilizado para o embutimento de um produto tradicional de pequeno calibre e alto teor de gordura, realizado habitualmente em tripa natural ou em tripa de colágeno. O dito produto, denominado Lapcheong em seu país de origem (China), tem uma composição de carne típica descrita no Quadro X.
[0100] QUADRO IX: Formulações do aditivo de plissagem. Quantidade dos ingredientes expressa em gramas._______________________________.
[0101] Quadro X: Composição quantitativa do produto de carne Lapcheong. (*) Pirofosfato ácido de sódio (**) Tripolifosfato básico de sódio O processamento tradicional para este tipo de produto, consiste em três dias em forno de secagem (ver ciclo no Quadro XI).
[0102] Quadro XI: Condições tradicionais de maduração do Lapcheong.
[0103] Os resultados mostraram (ver Quadro XII) que as tripas tratadas com a solução da invenção acompanhavam perfeitamente a pasta de carne durante a redução sofrida no processo de secagem, dando um aspecto final ao produto perfeitamente aceitável, sem nenhum ponto de separação; enquanto que as tripas tratadas com a solução habitual de plissagem se apresentaram totalmente separadas da carne ao finalizar o processo.
[0104] Quadro XII: Desempenho comparado de a) tripas com soluções de plissagem standard (“Easy Peeling” e “Suavizante”); e b) tripas da invenção (o resíduo), durante o processamento de um Lapcheong tradicional.___________ Chaves: Acompanhamento da tripa ao embutido: (0) = Nulo (1) = Correto [0105] Exemplo V: Desempenho de uma tripa celulósica tratada com a composição da invenção quando é aplicada a um Lapcheong preparado por meio de um ciclo intenso de curta duração.
[0106] Em uma seguinte forma de realização se quis comprovar o desempenho da tripa em algumas condições de processamento mais agressivas e de ciclo muito mais curto que o tradicional (cujas características podem ser observadas no quadro XIII) que supõem uma significativa redução do tempo de elaboração do embutido. Utilizou-se a mesma composição de carne descrita no Quadro X.
[0107] Quadro XIII. Condições rápidas de maduração do Lapcheong.__________ [0108] Devido ao presente ciclo de processamento, embora mais curto que o mostrado no Exemplo IV, foi mais intenso no referente à temperaturas, era esperada uma tendência maior à saída de gordura do produto de carne, e portanto é mais desejável que a tripa tenha uma boa aderência à carne para impedir a formação de bolsas de gordura. Surpreendentemente, as tripas preparadas com resina por meio da composição e método da invenção apresentaram uma excelente adesão à emulsão de carne, evitando a saída de gordura durante o processamento do embutido.
[0109] Quadro XIV. Desempenho comparado, após o processamento de um Lapcheong preparado por meio de um ciclo intenso curto, de: a) tripas com soluções de plissagem standard (“Easy Peeling” e “suavizante”), e b) tripas da invenção (o resíduo) Principais resultados: Saída de gordura: (0) = nula; grau de adesão: (0) = nulo (1) = baixa (1) = moderado (2) = moderada (2) = relevante (3) = alta (3) = alto (4) = maciça (4) = muito alto (5) = excessivo [0110] Os resultados mostram (ver Quadro XIV) que as tripas tratadas com a composição da invenção evitaram completamente a saída de gordura da pasta de carne durante o processamento rápido do Lapcheong.
[0111] O Exemplo V, frente ao Exemplo IV, mostram que as tripas da invenção permitem a forma de realização de um ciclo muito mais curto que o tradicional, sem a saída de gordura do embutido, a diferença das tripas com composição de plissagem standard, que não o permitem porque originam-se grandes desprendimentos de gordura. Esta possível utilização em um ciclo alternativo, muito mais curto, das tripas da invenção, sugerem uma vantagem apreciável para o fabricante de embutidos.
[0112] Exemplo VI: Variação da atividade de água da solução de plissagem da invenção.
[0113] O análise da atividade de água (aw) das composições que tiveram melhor desempenho em plissagem variou em uma faixa entre 0,84 e 0,91. No Quadro XV mostram-se diversas composições da invenção com sua correspondente atividade de água e seu desempenho na operação de plissagem.
Quadro XV. Plissabilidade (aw) de diferentes composições da invenção.______ [0114] Exemplo VII: Efeito da variação do pH da solução de plissagem da invenção, sobre o grau de adesão (cling) da tripa ao produto de carne.
[0115] Ajustou-se o pH de uma composição de plissagem da invenção que consistia em uma solução aquosa com 50 % de glicerol e 6 % de G3-XCEL, em uma faixa de 1,0 a 13,0, a fim de determinar o efeito deste parâmetro na adesividade da tripa à pasta de carne. Para isso se empregou a pasta de carne descrita no exemplo III, que foi submetida ao ciclo de processamento descrito no Quadro XVI. Como controle negativo incluiu-se uma tripa plissada com Suavizante. A quantidade de resina adicionada foi de 0,45 mg/dm2 no resíduo de casos. Os resultados obtidos são descritos no Quadro XVII.
[0116] Quadro XVI. Condições de Processamento do Produto de carne [0117] Quadro XVII. Resultados de processamento de embutidos entre tripas plissadas com aditivo da invenção ajustado a diferente valor de pH.
Chaves de resultados: Saída de gordura: (0) = nula; Grau de adesão: (0) = nulo (1) = baixa (1) = moderado (2) = moderada (2) = relevante (3) = alta (3) = alto (4) = maciça (4) = muito alto (5) = excessivo [0118] Surpreendentemente a composição da invenção evitou a saída de gordura em toda a faixa do pH estudada. Por outro lado, o grau de adesão (“cling”) foi modulado pelo pH da composição de plissagem, observando-se um valor máximo em torno de pH= 9-10, e um mínimo a pHs ácidos (Figura 2). Assim, variando o pH da composição pode-se adaptar a adesão da tripa à carne de maneira específica para cada tipo de embutido.
[0119] Exemplo VIII: Aplicação do método da invenção sobre tripa de poliamida [0120] Testes foram realizados para comparar o efeito do aditivo utilizado em as tripas anteriores para incrementar a adesão da carne (“meat cling”) em uma tripa plástica.
[0121] Partiu-se de 2 amostras de Betan (tripa plástica de poliamida) preenchidas de Calibre 37, uma delas com plissagem com Suavizante e a outra com o aditivo da invenção, composto por uma solução aquosa com 50 % de glicerol e 6 % G3-XCEL, até uma quantidade de resina na tripa de 0,34 mg/dm2. Embutiram-se nelas uma emulsão Bratwurst Standard, em uma Embutidora VEMAG RUBBY-II com braço retorcedor de calibre 37 e as salsichas foram cozidas a 72 °C durante 45 minutos. Após a cocção, as salsichas foram lavadas e após cinco minutos de repouso, salsichas de ambas as amostras foram peladas. Observou-se um incremento da adesão da tripa à carne nas amostras que levaram aditivo de alto grau de adesão.
[0122] Exemplo IX. Determinação da distribuição da resina policatiônica termocurável por meio da Técnica: Coloração de resina policatiônica termocurável [0123] Para determinar a distribuição da resina policatiônica termocurável em uma tripa empregou-se uma solução aquosa de Azul de Coomassie com a seguinte composição: 0,125 % de Azul de Coomassie (Merck), 50 % metanol e 10 % ácido acético. O método consistiu em tomar uma amostra de tripa de uns 10 cm de largura, cortar longitudinalmente para abrir o tubo e mergulhar a amostra em a solução de Azul de Coomassie durante 10 s. Posteriormente lavou-se em água corrente durante 20 s colocou-se para secar entre dois papeis de filtro. Todo o método foi executado à temperatura ambiente. As zonas que apresentavam a resina policatiônica termocurável apareceram de cor azul, sendo mais intenso quanto mais quantidade de resina havia.
[0124] Na Figura 1 se pode apreciar a ausência de coloração para o caso de uma tripa celulósica sem revestimento com uma resina policatiônica termocurável (1.a), distribuição total e homogênea para o caso de injetar a dita resina na viscosidade (1.b), distribuição total e homogênea para o caso de adicionar a dita resina por meio do método de bolha (1.c) e distribuição total mas não homogênea, para o caso de adicionar a dita resina com a composição da invenção no processo de plissagem (1 .d).
REIVINDICAÇÕES

Claims (18)

1. Composição de plissagem de tripas artificiais caracterizada por consistir em um componente resinoso policatiônico termocurável, um componente poliólico, álcalis de metais inorgânicos ou orgânicos e seus sais para o ajuste do pH, e água, onde o índice de atividade de água (aw) apresenta um valor maior ou igual a 0,70 e o pH da composição está entre 7 e 10.
2. Composição de plissagem de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por compreender um aditivo selecionado dentre os seguintes grupos: proteínas, substâncias de grau alimentar com ação lubrificante, emulsionante, hidratante, antioxidante e conservante, bactericida, fungicida ou inibidora do crescimento de bactérias e mofos, aromatizante, corante, e combinações dos mesmos.
3. Composição de acordo com as reivindicações 1 e 2, caracterizada por pelo menos o componente resinoso policatiônico termocurável estar presente em uma proporção compreendida entre 0,01 e 15 % em peso com respeito ao peso total da composição.
4. Composição, de acordo com as reivindicações 1 ou 3, caracterizada por o componente resinoso policatiônico termocurável compreender uma mistura de duas ou mais resinas policatiônicas termocuráveis.
5. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizada por as resinas policatiônicas utilizadas pertencerem ao grupo das resinas derivadas da reação polimérica da epiclorohidrina e uma poliamida, ou uma polietilenimina, ou uma poliamidoamina, derivada da condensação de uma polialquilen-poliamina com ácidos dicarboxílicos.
6. Composição de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizada por o componente poliólico estar presente em uma proporção compreendida entre 18 e 65 % em peso com respeito ao peso total da composição, preferivelmente entre 40 e 60 %.
7. Composição de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizada por o componente poliólico ser glicerol ou propilenglicol.
8. Composição de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizada por o componente poliólico ser uma mistura de dois ou mais polióis.
9. Composição de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizada por os componentes adicionais poderem estar presentes até em 10 % em peso com respeito ao peso total da composição.
10. Método para a impregnação de uma tripa artificial com uma composição de plissagem tal como descrito em qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado por compreender as seguintes etapas: a) obter uma composição de plissagem de acordo com qualquer das reivindicações 1-9, e b) borrifar a tripa, durante o processo de plissagem da mesma, com a composição obtida em a).
11. Método de acordo com a reivindicação 10, caracterizado por, após a etapa b), o envoltório já plissado ser submetido a um período de têmpera de entre 5 minutos e 1 hora a temperatura dentre 70 e 120 °C.
12. Método de acordo com a reivindicação 10, caracterizado por, após a etapa b), o envoltório já plissado ser submetido a um período de têmpera de entre 12 horas e 5 dias a uma temperatura dentre 30 °C e 70 °C, preferivelmente a 35 °C durante 3 dias ou a 40 °C durante 24 h.
13. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 10 a 12, caracterizado por a tripa utilizada em b) ser de calibre menor a 36 mm.
14. Tripa artificial obtida pelo método de acordo com qualquer uma das reivindicações 10 a 13 caracterizada por a distribuição em peso do componente resinoso sobre a superfície de dita tripa ser de pelo menos 0,005 mg/dm2.
15. Tripa artificial impregnada com a composição de plissagem de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizada por a distribuição em peso do componente resinoso sobre a superfície de dita tripa ser de pelo menos 0,005 mg/dm2.
16. Tripa artificial de acordo com a reivindicação 13, caracterizada por a distribuição em peso do componente resinoso sobre a superfície de dita tripa estar compreendida entre 0,04 e 3 mg/dm2, preferivelmente entre 0,05 e 2,4 mg/dm2 e mais preferivelmente entre 0,1 e 1 mg/dm2.
17. Tripa artificial de acordo com qualquer uma das reivindicações 13 a 14, caracterizada por ser à base de celulose.
18. Produto de carne embutido em uma tripa artificial de acordo com qualquer uma das reivindicações 12 a 15 caracterizado por apresentar alto grau de aderência.
BR112014004586A 2011-08-26 2012-08-23 Composição de plissagem, método para a impregnação de uma tripa artificial, tripaartificial e produto de carne BR112014004586B1 (pt)

Applications Claiming Priority (2)

Application Number Priority Date Filing Date Title
ES201131422A ES2401284B1 (es) 2011-08-26 2011-08-26 Composición de plisado y aplicaciones de la misma.
PCT/ES2012/070633 WO2013030424A1 (es) 2011-08-26 2012-08-23 Composición de plisado y aplicaciones de la misma

Publications (2)

Publication Number Publication Date
BR112014004586A2 BR112014004586A2 (pt) 2017-04-25
BR112014004586B1 true BR112014004586B1 (pt) 2019-12-10

Family

ID=47755379

Family Applications (1)

Application Number Title Priority Date Filing Date
BR112014004586A BR112014004586B1 (pt) 2011-08-26 2012-08-23 Composição de plissagem, método para a impregnação de uma tripa artificial, tripaartificial e produto de carne

Country Status (17)

Country Link
US (1) US9596866B2 (pt)
EP (1) EP2749168B1 (pt)
JP (1) JP6087925B2 (pt)
CN (1) CN102948452B (pt)
AR (1) AR087675A1 (pt)
BR (1) BR112014004586B1 (pt)
CA (1) CA2846934C (pt)
ES (2) ES2401284B1 (pt)
HK (1) HK1199374A1 (pt)
HR (1) HRP20212012T1 (pt)
LT (1) LT2749168T (pt)
MX (1) MX2014002278A (pt)
PL (1) PL2749168T3 (pt)
RS (1) RS62719B1 (pt)
RU (1) RU2612316C2 (pt)
UA (1) UA112782C2 (pt)
WO (1) WO2013030424A1 (pt)

Families Citing this family (3)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
RU2627202C1 (ru) * 2016-10-21 2017-08-03 Общество С Ограниченной Ответственностью "Производственно-Коммерческая Фирма "Атлантис-Пак" Гофрированная в виде жесткой самонесущей гофрокуклы влагобарьерная оболочка и способ ее получения
AT15731U1 (de) * 2017-07-05 2018-05-15 Johann Kellersperg Rafffluid
EP3704946A1 (en) * 2019-03-07 2020-09-09 Viscofan, S.A. Edible tubular food casings and method for their production

Family Cites Families (28)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
US2105273A (en) 1935-06-08 1938-01-11 Visking Corp Apparatus for manufacturing cellulose coated and impregnated fibrous tubes
US3158488A (en) 1962-08-20 1964-11-24 Tee Pak Inc Dry sausage preparation and casings therefor
US3378379A (en) 1963-05-21 1968-04-16 Union Carbide Corp Food casing and method of producing same
US3917894A (en) * 1968-01-15 1975-11-04 Tee Pak Inc Process for coating regenerated cellulose film and the coated film
US3898348A (en) 1971-06-10 1975-08-05 Union Carbide Corp Food casing and method of preparing same
US3981046A (en) 1972-05-05 1976-09-21 Union Carbide Corporation Process for production of shirred moisturized food casings
US3935320A (en) * 1973-04-04 1976-01-27 Union Carbide Corporation Tubular cellulosic casing with cationic thermosetting resin coating
US4207353A (en) * 1977-11-03 1980-06-10 Union Carbide Corporation Food casing and method of preparing same
US4161968A (en) * 1977-11-03 1979-07-24 Union Carbide Corporation Food casing and method of preparing same
FI66278C (fi) 1978-11-18 1984-10-10 Becker & Co Naturinwerk Slangfolie foer foerpackning och omhoeljande av pastaartade lismedel speciellt korv och smaeltost foerpackad i form av kenrv
DE3248338A1 (de) * 1982-12-28 1984-06-28 Wolff Walsrode Ag, 3030 Walsrode Verfahren zum verpacken von schlauchfoermigen gerafften nahrungsmittelhuellen
US4818551A (en) 1986-08-05 1989-04-04 Viskase Corporation Method of making a liquid smoke impregnated shirred casing stick
CA2110096C (en) 1993-07-23 1999-11-02 Eric M. J. Verschueren Fibrous food casings having modified release properties and methods of manufacture
US5955126A (en) 1993-09-21 1999-09-21 Viskase Corporation Self-coloring food casing
US5972691A (en) 1995-06-07 1999-10-26 Hercules Incorporated Dehalogenation of polyamine, neutral curing wet strength resins
DE19625094A1 (de) 1996-06-24 1998-01-02 Kalle Nalo Gmbh Raupenförmige Verpackungshülle
US6395356B1 (en) 1997-05-14 2002-05-28 Teepak Properties, Llc Food casings having modified release properties and methods of manufacture
US6132779A (en) 1998-08-28 2000-10-17 Viskase Corporation Method for removing cellulosic casings from sausages
DE10208858A1 (de) * 2002-03-01 2003-09-11 Kalle Gmbh & Co Kg Rauch- und wasserdampfdurchlässige Nahrungsmittelhülle aus einem thermoplastischen Gemisch
US20040062834A1 (en) 2002-09-26 2004-04-01 Casematic, S.A. De C.V. Polyamide-based sausage casing
DE10330762A1 (de) * 2003-07-07 2005-02-10 Kalle Gmbh & Co. Kg Rauch- und wasserdampfdurchlässige Nahrungsmittelhülle mit aromatisierter Innenfläche
DE102004015088A1 (de) 2004-03-25 2005-10-13 Kalle Gmbh Cellulosehydrat-Wursthülle mit minimaler Bräthaftung
US7507150B2 (en) * 2004-08-23 2009-03-24 Visko Teepak Belgium Nv Shirred casing
FI118949B (fi) * 2005-10-04 2008-05-30 Eriksson Capital Ab Menetelmä verkkosuolen valmistamiseksi
ES2306577B1 (es) * 2006-05-11 2009-09-28 Viscofan, S.A. Procedimiento de obtencion de una tripa con marcas y de un producto carnico con marcas, tripa y productos carnicos asi obtenidos.
DE202008000145U1 (de) * 2008-01-02 2009-05-20 Voss Automotive Gmbh Verbindungssystem für fluidführende Systeme
PL2266410T3 (pl) * 2008-03-17 2015-04-30 Viscofan Sa Sposób zamykania końca pofałdowanej rurkowatej powłoki
EP2140765B1 (de) * 2008-07-03 2013-04-17 CaseTech GmbH & Co. KG Wursthülle mit verbesserter Bräthaftung

Also Published As

Publication number Publication date
EP2749168B1 (en) 2021-08-18
HK1199374A1 (en) 2015-07-03
ES2897792T3 (es) 2022-03-02
ES2401284A1 (es) 2013-04-18
US20140314915A1 (en) 2014-10-23
LT2749168T (lt) 2022-01-10
BR112014004586A2 (pt) 2017-04-25
AR087675A1 (es) 2014-04-09
WO2013030424A1 (es) 2013-03-07
PL2749168T3 (pl) 2022-01-31
MX2014002278A (es) 2014-03-31
CN102948452A (zh) 2013-03-06
HRP20212012T1 (hr) 2022-04-29
JP2014525757A (ja) 2014-10-02
EP2749168A4 (en) 2015-01-14
UA112782C2 (uk) 2016-10-25
US9596866B2 (en) 2017-03-21
CN102948452B (zh) 2016-12-21
CA2846934C (en) 2020-04-14
ES2401284B1 (es) 2014-02-19
CA2846934A1 (en) 2013-03-07
EP2749168A1 (en) 2014-07-02
RU2612316C2 (ru) 2017-03-06
JP6087925B2 (ja) 2017-03-01
RS62719B1 (sr) 2022-01-31
RU2014107982A (ru) 2015-10-10

Similar Documents

Publication Publication Date Title
US4563376A (en) Tubular food casing having a coating on its inside surface, a process for its manufacture and use as a sausage skin
FI64498B (fi) Vaesentligen neutraliserade vaetskeformiga roekblandningar
US5096754A (en) Flat or tubular film based on cellulose hydrate, process for producing same and sausage products made therewith
DE602005000313T2 (de) Überzug mit Geschmacksabgabe
JP7307094B2 (ja) 抗真菌性を有する食品ケーシング及びその製造方法
US4278694A (en) Modified liquid smoke compositions and food casings prepared therefrom
JPS62248445A (ja) 食肉用ケ−シング及びその製法
US3427169A (en) Casing for dry sausages
BR112014004586B1 (pt) Composição de plissagem, método para a impregnação de uma tripa artificial, tripaartificial e produto de carne
JPH0614699A (ja) 液状燻煙調剤を有するチューブ状食品ケーシング
EP1814398A1 (en) Coating to allow additives to anchor to casings
JPH0838031A (ja) 剥離性を改良した水和セルロース系食品ケーシング
HU219148B (hu) Cellulózhidrát-alapú, tömlő alakú, belső felületén füst páclével impregnált, élelmiszer-burkolat, eljárás ilyen előállítására és alkalmazása
US10264798B2 (en) Biopolymer-based flexible-tube type food casing with internal impregnation
DE3240847A1 (de) Nahrungsmittelhuelle aus cellulosehydrat mit einer als langzeitfungicid wirkenden beschichtung
US6083581A (en) Cellulase resistant cellulose casing and process
DE102005036688A1 (de) Imprägnierte oder beschichtete schlauchförmige Nahrungsmittelhülle auf Cellulosebasis
US3658560A (en) Easily peeled synthetic casing
CN105192043A (zh) 可剥离的人造肠衣
MX2011005306A (es) Envoltura para alimento, de alta adherencia.

Legal Events

Date Code Title Description
B06F Objections, documents and/or translations needed after an examination request according [chapter 6.6 patent gazette]
B07A Application suspended after technical examination (opinion) [chapter 7.1 patent gazette]
B09A Decision: intention to grant [chapter 9.1 patent gazette]
B16A Patent or certificate of addition of invention granted [chapter 16.1 patent gazette]

Free format text: PRAZO DE VALIDADE: 20 (VINTE) ANOS CONTADOS A PARTIR DE 23/08/2012, OBSERVADAS AS CONDICOES LEGAIS. (CO) 20 (VINTE) ANOS CONTADOS A PARTIR DE 23/08/2012, OBSERVADAS AS CONDICOES LEGAIS