BR112013025036B1

BR112013025036B1 - sistema de elevação aérea de tipo vaivém com segmentos múltiplos

Info

Publication number: BR112013025036B1
Application number: BR112013025036-4A
Authority: BR
Inventors: Luc Marnas
Original assignee: Pomagalski
Priority date: 2011-03-30
Filing date: 2012-03-30
Publication date: 2021-02-09
Also published as: WO2012131197A1; EP2691278B1; BR112013025036A2; EP2691278A1; CO6771461A2; FR2973321B1; CN103562043A; US8899157B2; FR2973321A1; ES2650218T3; CN103562043B; US20140020592A1

Abstract

SISTEMA DE ELEVAÇÃO AÉREA DE TIPO VAIVÉM COM SEGMENTOS MÚLTIPLOS. A presente invenção refere-se a um sistema de elevação aérea de tipo vaivém, comportando dois cabos sustentadores-tracionadores (11, 12) que se estendem segundo dois circuitos fechados individuais entre duas estações de extremidades (A, B), separadas uma da outra por uma estação intermediária ST, a qual é dotada de uma polia dupla (16). Esta é provida de duas calhas que têm diâmetros com fundo de calha (D1, D2) diferentes, tal que a relação dos diâmetros (D1/D2) é igual à relação (L1/L2), respectivamente, da distância (L1) axial entre a primeira polia de extremidade (14) e a dupla polia (16), e da distância (L2) axial entre a segunda polia de extremidade (15) e a dupla polia (16). As velocidades (v1) e (v2) dos veículos (13a, 13b) são também diferentes nos dois circuitos

Description

Domínio Técnico da Invenção

[001] A presente invenção refere-se a um sistema de elevaçãoaérea de tipo vaivém, comportando: - dois cabos sustentadores-tracionadores que se estendem, segundo dois circuitos fechados individuais entre duas estações de extremidades separadas uma da outra por uma estação intermediária; - veículos encaixados nos dois cabos sustentadores- tracionadores por pinças fixas não debreáveis para efetuar trajetos ida- volta entre as estações de extremidades e a estação intermediária por meio de um motorredutor; - uma primeira polia de extremidade em uma das estações de extremidades; - uma segunda polia de extremidades em uma outra estação de extremidade; e - uma polia dupla comum na estação intermediária.

Estado da Técnica

[002] O documento EP179708 descreve uma instalação detransporte aéreo que tem pelo menos duas seções que comportam, cada uma, um cabo sustentador-tracionador acionado em rotação em circuito fechado por um motor. As cabines são acopladas ao cabo em linha por pinças debreáveis, e cada circuito de cabo passa em uma estação de extremidade sobre uma polia de extremidade. Os dois circuitos são ligados entre eles em uma estação intermediária contendo duas polias de transmissão. As duas seções são ligadas por vias de ligação que se conectam por acionamentos a trilhos de transferência correspondentes, e rodas de atrito são escalonadas ao longo das vias de ligação para um acionamento dos carros.

[003] Cada seção pode funcionar independentemente uma daoutra, os acionamentos estando então em uma posição inativa, a fim de não desviar os carros para as vias de ligação. As seções podem também ser acopladas em série, colocando os acionamentos em posição ativa para transferir os carros de uma seção para a seguinte, tanto na ida, quanto na volta. A realização dessa instalação é complicada, pois ela necessita em cada seção de um motor de acionamento, um sistema de transferência dos veículos com pinças debreáveis, e vias de ligação.

[004] É também conhecida a realização de um sistema de elevação aérea entre duas estações de extremidades separadas uma da outra por uma estação intermediária, o cabo sendo subdividido em dois circuitos fechados individuais passando em polias de extremidades e ligadas entre elas por uma polia dupla situada em uma estação intermediária. As duas calhas da polia dupla apresentam os mesmos diâmetros. As cabines ou tele-assentos são ligadas aos dois circuitos por pinças debreáveis, que necessitam em cada estação dos meios de debreagem e de transferência. O movimento de passagem do primeiro circuito, que passa na polia de extremidade motriz, assegura a colocação em rotação da polia dupla, e uma transmissão direta pela polia dupla dos esforços necessários ao movimento de passagem do se-gundo circuito.

[005] Esses sistemas de elevação aérea com estações múltiplase com veículos debreáveis necessitam de um volume considerável das estações de embarque e de desembarque dos passageiros.

[006] Existe também um sistema de elevação aérea do tipo vaivém e com pinças fixas, tendo duas seções sucessivas, duas polias de extremidades e, na estação intermediária, um par de polias adjacentes de mesmos diâmetros. Cada seção possui seu motor de acionamento à velocidade regulável para ajustar a velocidade de deslocamento dos veículos em cada seção.

Objetivo da Invenção

[007] O objetivo da invenção consiste em realizar um sistema deelevação aérea de tipo vaivém e com segmentos múltiplos, tendo estações compactas para o embarque e o desembarque dos passageiros, e permitindo a chega sincronizada dos veículos nas estações independentemente do comprimento das seções.

[008] O sistema de elevação aérea, de acordo com a invenção, écaracterizado pelo fato da polia dupla da estação intermediária ser provida de duas calhas que têm diâmetros diferentes, tal que a relação dos diâmetros dessas calhas é igual à relação das distâncias axiais entre a dupla polia e respectivamente a primeira polia de extremidade e a segunda polia de extremidade.

[009] Vantajosamente, a relação dos diâmetros da polia dupla éigual à relação das velocidades dos veículos, respectivamente ao longo dos cabos sustentadores-tracionadores do primeiro circuito e do segundo circuito.

[0010] Para seções de comprimentos diferentes, a velocidade dosveículos é adaptada em cada seção em relação aos diâmetros da polia dupla para que os veículos cheguem, ao mesmo tempo, nas estações. Portanto, é possível utilizar um único motorredutor para o acionamento de todos os veículos de vaivém.

[0011] A direção principal do primeiro circuito pode ser alinhadacom aquela do segundo circuito, as três estações estendendo-se segundo uma direção retilínea.

[0012] O motorredutor reversível pode ser instalado em função doambiente do local, também em uma das estações de extremidades, ou na estação intermediária. É também possível que os dois circuitos de cabos sustentadores-tracionadores formem entre eles um ângulo qualquer.

Breve Descrição dos Desenhos

[0013] Outras vantagens e características sobressairão mais claramente da descrição que vai ser feita a seguir de um modo de realização da invenção determinado a título de exemplo não limitativo e representado nos desenhos anexados, nos quais: - a figura 1 representa uma vista esquemática em plano de um sistema de elevação aérea de tipo vaivém e com dupla polia na estação intermediária, uma das estações de extremidades servindo de estação motriz; - a figura 2 representa uma variante de realização da figura 1, com a estação motriz na estação intermediária.

Descrição Detalhada da Invenção

[0014] Com referência à figura 1, um sistema de elevação aérea10 de tipo vaivém é equipado com dois cabos sustentadores- tracionadores 11, 12 que se estende segundo circuitos fechados entre duas estações de extremidade A, B separadas uma da outra por uma estação intermediária ST. Cabines ou outros veículos 13a, 13b são encaixadas nos dois cabos sustentadores-tracionadores 11, 12 porpinças fixas não debreáveis, de maneira a efetuar idas e voltas entre as duas estações de extremidades A e B, e a estação intermediária ST. Estações de embarque e de desembarque dos passageiros são previstos em cada estação A, B e ST.

[0015] Os dois circuitos de cabos sustentadores-tracionadores 11,12 formam linhas independentes uma da outra, que passam nas estações de extremidades A, B sobre as primeira e segunda polias de extremidades 14, 15, e na estação intermediária ST sobre uma polia dupla 16 comum. As três polias 14, 15, 16 possuem, cada uma, um eixo vertical, a primeira polia de extremidade 14 sendo acoplada a um mo- torredutor M reversível para o acionamento do mecanismo de tipo vai- vém. A estação de extremidade A serve, nesse caso, de estação motriz para o acionamento dos dois cabos sustentadores-tracionadores 11, 12.

[0016] No exemplo de realização da figura 1, o motorredutor M reversível poderia ser acoplado mecanicamente à segunda polia de extremidade 15 (ver em traços pontilhados) e não à primeira polia de extremidade 14. A estação de extremidade B serve, nesse caso, de estação motriz, e não mais à outra estação de extremidade A.

[0017] A polia dupla 16 comum, que se acha na estação intermediária ST, é provida de duas calhas, tendo diâmetros com fundo de calha diferentes D1 e D2. O circuito do cabo sustentador-tracionador 11 passa em torno da calha de recebimento externa de diâmetro D1, enquanto que o outro circuito do cabo sustentador-tracionador 12 passa em torno da calha de recebimento interna de diâmetro D2 inferior àquele de D1. Cada uma das calhas da polia dupla 16 serve de polia de transmissão, e recebe um só dos dois circuitos para uma transmissão simultânea do movimento de acionamento do motorredutor M para os dois cabos sustentadores-tracionadores 11, 12.

[0018] A estrutura da polia dupla 16 é escolhida para que a relação dos diâmetros com fundo de calha D1/D2 seja igual à relação das distâncias L1/L2, L1 sendo o comprimento axial que separa os centros da primeira polia de extremidade 14 e da dupla polia 16, e L2 sendo o comprimento axial que separa os centros da segunda polia de extremidade 15 e da dupla polia 16.

[0019] Essa relação D1/D2 = L1/L2 é também igual à relação dasvelocidades v1/v2 dos veículos 13a, 13b nos dois circuitos, respectivamente ao longo do cabo sustentador-tracionador 11, e do cabo sus- tentador-tracionador 12. Essa diferença das velocidades dos veículos 13a e 13b nos dois circuitos resulta da relação dos diâmetros D1 e D2 da polia dupla 16 alojada na estação intermediária ST, assim como comprimentos dos segmentos do vaivém nos dois circuitos independentes.

[0020] O funcionamento do sistema de elevação aérea 10 da figura 1 é o seguinte: - quando o motorredutor M aciona em rotação a primeira polia de extremidade no sentido dos ponteiros de um relógio, a polia dupla 16 e a segunda polia de extremidade 15 giram no mesmo sentido. Os veículos 13a do primeiro circuito são deslocados à velocidade v1 e em sentidos opostos ao longo dos dois lados do cabo sustenta- dor-tracionador 11, uns durante o trajeto de ida, e os outros durante o trajeto de volta. Os veículos 13b do segundo circuito são deslocados à velocidade v2 e em sentidos opostos ao longo dos dois lados do outro cabo sustentador-tracionador 12, uns durante o trajeto de ida, e os outros durante o trajeto de volta.

[0021] Quando o sentido de rotação da primeira polia de extremidade 14 é realizado no sentido inverso dos ponteiros de um relógio, o deslocamento dos veículos 13a, 13b se inverte em relação àquele descrito anteriormente, e voltam para suas posições de origem ilustradas na figura 1. Os veículos 13a e 13b, situados de um mesmo lado dos dois circuitos, se deslocam durante o trajeto de volta, enquanto que os veículos 13a, 13b, situados do outro lado dos circuitos são acionados sobre o trajeto de ida.

[0022] As distâncias L1 e L2 percorridas pelos veículos 13a, 13b,assim como suas velocidades v1 e v2 nos dois circuitos variam na relação dos diâmetros D1 e D2 da dupla polia 16. A distância L1 percorrida pelos veículos 13a é a mesma durante cada trajeto de ida ou de volta. O mesmo acontece para a distância L2 percorrida pelos veículos 13b, durante cada trajeto de ida ou de volta. Mas as distâncias L1 e L2 são diferentes, assim como as velocidades v1 e v2 nos dois circuitos.

[0023] Na figura 1, a direção principal do primeiro circuito é alinha- da com aquela do segundo circuito. As três estações A, B e ST se estendem, segundo uma direção retilínea.

[0024] De acordo com uma variante, o motorredutor M da figura 1poderia também ser acoplado à polia dupla 16. Nesse caso, as duas polias de extremidades 14, 15 servem de polias de transmissão e de colocação sob tensão dos dois circuitos.

[0025] Na figura 2, os dois circuitos de cabos sustentadores-tracionadores 11, 12 do sistema de elevação aérea 100 formam entre eles um ângulo qualquer, sem nenhuma estrutura adicional. O motor- redutor M é associado à polia dupla 16 da estação intermediária 16, mas poderia também ser acoplado a uma das estações de extremidades A ou B.

[0026] É claro que a instalação de transporte pode ter uma pluralidade de seções interconectadas por várias estações equipadas, cada uma, com uma polia dupla, de acordo com a invenção.

Claims

1. Sistema de elevação aérea (10, 100) de tipo vaivém, comportando: - dois cabos sustentadores-tracionadores (11, 12) que se estendem segundo dois circuitos fechados individuais entre duas estações de extremidades (A, B) separadas uma da outra por uma estação intermediária (ST); - veículos (13a, 13b) encaixados nos dois cabos sustenta- dores-tracionadores (11, 12) por pinças fixas não debreáveis para efetuar, por meio de um motorredutor (M), trajetos ida-volta entre as estações de extremidades (A, B) e estação intermediária (S, T); - uma primeira polia de extremidade (14) em uma das estações de extremidades (A); - uma segunda polia de extremidade (15) na outra estação de extremidade (B); - uma polia dupla (16) comum na estação intermediária (ST), caracterizado pelo fato de que a polia dupla (16) da estação intermediária é provida de duas calhas que têm diâmetros com fundo de calha (D1, D2) diferentes, tal que a relação dos diâmetros (D1/D2) é igual à relação (L1, L2), respectivamente da distância L1 axial que separa os centros da primeira polia de extremidade (14) e da polia dupla (16) e da distância L2 axial que separa os centros da segunda polia de extremidade (15) e da polia dupla (16).

2. Sistema de elevação aérea (10, 100), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a relação (D1/D2) dos diâmetros com fundo de calha da polia dupla (16) é igual à relação (v1/v2) das velocidades dos veículos (13a, 13b), respectivamente ao longo do cabo sustentador-tracionador (11) do primeiro circuito, e ao longo do outro cabo-sustentador (12) do segundo circuito.

3. Sistema de elevação aérea (10), de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que a direção principal do primeiro circuito é alinhada com aquela do segundo circuito, as três estações (A, B, ST) estendendo-se segundo uma direção retilínea.

4. Sistema de elevação aérea (100), de acordo com a rei-vindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que os dois circuitos de cabos sustentadores-tracionadores (11, 12) formam entre eles um ângulo qualquer.

5. Sistema de elevação aérea (10, 100), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de que o motorredutor (M) é acoplado a uma das primeira (14) ou segunda (15) polias de extremidades, ou diretamente à polia dupla (16).