BR102020021007A2 - Dispositivo de para-choque móvel, implemento rodoviário e processo de fabricação de para-choque móvel - Google Patents

Dispositivo de para-choque móvel, implemento rodoviário e processo de fabricação de para-choque móvel Download PDF

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BR102020021007A2
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Fábio Lorenzini
Leonardo Knoller Adomilli
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Randon S/A Implementos E Participações
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Abstract

A presente invenção descreve um dispositivo, implemento e processo de fabricação de para-choque móvel de veículo comercial. Especificamente, a presente invenção compreende um dispositivo de habilitação e desabilitação capaz de desativar a atuação da força elástica de um elemento de resistência elástica durante movimento de elevação basculante do para-choque, bem como é capaz de travar o para-choque na posição elevada. A presente invenção se situa nos campos da engenharia mecânica voltada para estruturas aplicadas em veículos comerciais.

Description

DISPOSITIVO DE PARA-CHOQUE MÓVEL, IMPLEMENTO RODOVIÁRIO E PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE PARA-CHOQUE MÓVEL Campo da Invenção
[0001] A presente invenção descreve um componente de habilitação e desabilitação (24) de um elemento de resistência elástica (30), e travamento automático de para-choque móvel. Mais especificamente, a presente invenção compreende um sistema de trava capaz de desabilitar a atuação da força elástica do elemento de resistência elástica (30) durante movimento de elevação basculante do para-choque, bem como é capaz de travar o para-choque na posição elevada. A presente invenção se situa nos campos da engenharia mecânica voltada para estruturas aplicadas em veículos comerciais.
Antecedentes da Invenção
[0002] Os para-choques de implementos rodoviários atuais possuem um sistema de molas, eixos e pinos acoplados a ele que permitem que o para-choque realize movimento basculante em sentido contrário da maior aplicação de carga. Este tipo de para-choque é montado de tal modo a suportar um grande impacto em um dos sentidos e, ao mesmo tempo, possibilitar seu deslocamento no outro sentido. Ou seja, quando o vetor de força aponta para a estrutura do implemento, o para-choque necessita suportar uma grande carga, por exemplo, no caso de uma colisão. Já no sentido contrário, deve ser possível sua movimentação, por exemplo, para situações de manutenção ou para permitir que o veículo se desloque em terrenos de aclive, sem ficar atolado ou danificar a estrutura do para-choque ao realizar impacto com o solo.
[0003] No cenário atual, contudo, a estrutura pesada do para-choque em conjunto com a resistência do sistema de molas faz com que seja difícil para uma pessoa realizar a elevação do para-choque em movimento basculante, no caso de realizar uma manutenção, por exemplo, ou em operações de manobra como, decida de aclive em marcha ré para entrada ou saída de balsas, para travessia de Rios ou transporte do produto nessas embarcações. Para que essa resistência seja vencida, é necessária muita força física para conseguir elevar o para-choque, muitas vezes é necessário que dois ou mais operadores realizem tal função.
[0004] Ademais, os para-choques atuais possuem sistemas de articulação que não permitem a desativação das molas do sistema para que a elevação basculante seja facilitada, bem como não possuem pinos e/ou travas que auxiliem no travamento e articulação dos mesmos.
[0005] O documento JP2014104859A mostra um para-choque compreendendo movimentação por meio de um sistema de travamento de uma mola que facilita movimentação do para-choque. Contudo, é necessário que seu pino fique acionado durante toda a movimentação pelo operador e não permite travamento do para-choque em sua posição mais retraída.
[0006] O documento JP2007290676A mostra um para-choque compreendendo movimentação por meio de um sistema de travamento de articulação por pino, utilizando de mola facilitadora de movimento para suavidade de descida do para-choque. Contudo, para travar na posição mais recuada, é necessário encaixar o cabo do pino em um parafuso próximo e seu travamento é realizado na articulação do suporte do para-choque sem interferir na força elástica da mola na subida ou descida.
[0007] O documento JP2014019385A mostra um para-choque compreendendo movimentação por meio de um sistema de travamento por pino, onde o pino é retirado e encaixado no furo mais próximo do mecanismo, compreendendo uma mola para suavizar a descida do para-choque. Contudo, seu travamento é realizado na articulação do suporte do para-choque, sem interferir na força elástica da mola na subida ou descida.
[0008] O documento EP1870291 mostra um para-choque compreendendo movimentação por meio de um sistema de travamento por mola, onde seu movimento é realizado pela colisão do para-choque. Contudo, não há inibição da força elástica de sua mola e nem é mencionado um sistema de travamento do para-choque na posição mais retraída.
[0009] O documento WO0012357 mostra um para-choque compreendendo movimentação por meio de um sistema de travamento de articulação, onde seu movimento é realizado automaticamente pela colisão do para-choque ou, em uma concretização, por acionamento hidráulico, pneumático e/ou elétrico da cabine do motorista. Contudo, além de não utilizar mola, não há um sistema de travamento de posição do para-choque.
[0010] Desta forma, o estado da técnica carece de sistemas de articulação e travamento de para-choques construídos para facilitar a elevação basculante do para-choque, bem como carece de sistemas automáticos de travamento que otimizam a trava do para-choque na posição elevada.
[0011] Assim, do que se depreende da literatura pesquisada, não foram encontrados documentos antecipando ou sugerindo os ensinamentos da presente invenção, de forma que a solução aqui proposta possui novidade e atividade inventiva frente ao estado da técnica.
Sumário da Invenção
[0012] Dessa forma, a presente invenção resolve os problemas do estado da técnica a partir de um sistema de articulação e travamento automático de para-choques dotado de um sistema de trava capaz de desativar a atuação da mola no sistema de articulação facilitando a elevação do para-choque, bem como travar o para-choque na posição mais elevada.
[0013] Em um primeiro objeto, a presente invenção apresenta um dispositivo de para-choque móvel de veículo comercial, em que o para-choque é associado de maneira articulada ao chassi do veículo, o dispositivo compreendendo: ao menos um elemento de resistência elástica (30) ao movimento do para-choque; e ao menos um componente de habilitação e desabilitação (24) do elemento de resistência elástica (30), em que: o para-choque é móvel entre uma posição de rodagem, substancialmente vertical, e uma posição de trabalho, substancialmente horizontal; o elemento de resistência elástica (30) promove uma resistência ao movimento do para-choque; o componente de habilitação e desabilitação (24) é capaz de habilitar o elemento de resistência elástica (30); e o componente de habilitação e desabilitação (24) é capaz de desabilitar o elemento de resistência elástica (30), promovendo movimentação livre do para-choque.
[0014] Em um segundo objeto, a presente invenção apresenta um implemento rodoviário que compreende um para-choque móvel dotado de um dispositivo de para-choque móvel que compreende: ao menos um elemento de resistência elástica (30) ao movimento do para-choque; e ao menos um componente de habilitação e desabilitação (24) do elemento de resistência elástica (30), em que: o para choque móvel é articulado em relação ao chassi do implemento entre uma posição de rodagem e uma posição de trabalho; o elemento de resistência elástica (30) promove uma resistência ao movimento do para-choque móvel; o componente de habilitação e desabilitação (24) é capaz de habilitar o elemento de resistência elástica (30); e o componente de habilitação e desabilitação (24) é capaz de desabilitar o elemento de resistência elástica (30), promovendo movimentação livre do para-choque.
[0015] Em um terceiro objeto, a presente invenção apresenta um processo de fabricação de para-choque móvel de veículo comercial que compreende as etapas de: associação do componente de habilitação e desabilitação (24) a um para-choque móvel; associação de um elemento de resistência elástica (30) ao para-choque móvel por meio do componente de habilitação e desabilitação (24), de modo que o elemento de resistência elástica (30) promova resistência ao movimento do para-choque móvel.
[0016] Estes e outros objetos da invenção serão imediatamente valorizados pelos versados na arte e serão descritos detalhadamente a seguir.
Breve Descrição das Figuras
[0017] São apresentadas as seguintes figuras:
[0018] A figura 1 mostra uma vista em perspectiva do componente de habilitação e desabilitação (24) associado a um eixo de articulação (10) e ao elemento de resistência elástica (30).
[0019] A figura 2 mostra outra vista em perspectiva da concretização da figura 1, com o componente de habilitação e desabilitação (24) associado ao eixo de articulação (10) e ao elemento de resistência elástica (30).
[0020] A figura 3 mostra a coluna de sustentação (50) do para-choque associada ao pino indexador (40) e ao eixo de articulação (10), associados ao chassi através do mancal de suporte (51).
[0021] A figura 4 mostra uma vista em perspectiva do para-choque em deslocamento entre as posições de trabalho e de rodagem, apresentando o tracionamento do elemento de resistência elástica (30) quando o pino indexador (40) está associado ao primeiro furo (21) do balancim (20).
[0022] A figura 5 mostra uma vista da desassociação do pino indexador (40), emergindo da coluna de sustentação (50).
[0023] A figura 6 mostra uma vista em perspectiva com o para-choque em transparência, onde aparecem a cavidade da coluna de sustentação (50) e o mancal de suporte (51), compreendendo o componente de habilitação e desabilitação (24), o elemento de resistência elástica (30) e o eixo de articulação (10).
[0024] A figura 7 mostra uma vista aproximada da concretização apresentada na figura 6, onde a cavidade da coluna de sustentação (50) e do mancal de suporte (51) estão em transparência, compreendendo o componente de habilitação e desabilitação (24), o elemento de resistência elástica (30) e o eixo de articulação (10).
[0025] A figura 8 mostra o para-choque na posição de trabalho, substancialmente horizontal, em repouso graças à associação do pino indexador (40) ao segundo furo (22) do balancim (20).
[0026] A figura 9 mostra uma vista em perspectiva de uma concretização da presente invenção, em que o para-choque móvel é apresentado em posição de rodagem, associado a um implemento rodoviário.
[0027] A figura 10 mostra a concretização apresentada na figura 9, em que o para-choque móvel é apresentado em posição de trabalho.
[0028] A figura 11 mostra uma vista lateral de uma concretização de um implemento rodoviário compreendendo o dispositivo da presente invenção, em que o para-choque móvel é apresentado em posição de trabalho.
[0029] A figura 12 mostra em destaque o para-choque móvel apresentado na figura 11, compreendendo o dispositivo da presente invenção.
[0030] A figura 13 mostra a concretização apresentada na figura 11, em que o para-choque móvel é apresentado em posição de rodagem.
[0031] A figura 14 mostra em destaque o para-choque móvel apresentado na figura 13, compreendendo o dispositivo da presente invenção.
Descrição Detalhada da Invenção
[0032] Em um primeiro objeto, a presente invenção apresenta um dispositivo de para-choque móvel de veículo comercial, em que o para-choque é associado de maneira articulada ao chassi do veículo, o dispositivo compreendendo: ao menos um elemento de resistência elástica (30) ao movimento do para-choque; e ao menos um componente de habilitação e desabilitação (24) do elemento de resistência elástica (30), em que: o para-choque é móvel entre uma posição de rodagem, substancialmente vertical, e uma posição de trabalho, substancialmente horizontal; o elemento de resistência elástica (30) promove uma resistência ao movimento do para-choque; o componente de habilitação e desabilitação (24) é capaz de habilitar o elemento de resistência elástica (30); e o componente de habilitação e desabilitação (24) é capaz de desabilitar o elemento de resistência elástica (30), promovendo movimentação livre do para-choque.
[0033] O componente de habilitação e desabilitação (24) proporciona elevação basculante facilitada do para-choque, uma vez que o componente de habilitação e desabilitação (24) é capaz de desabilitar o elemento de resistência elástica (30) na articulação para elevação do para-choque, sendo que esta elevação ocorre no sentido externo ao implemento rodoviário, ou seja, com o vetor de força apontando para fora do implemento.
[0034] Em uma concretização, componente de habilitação e desabilitação (24) compreende um balancim (20), que é associado a um eixo de articulação (10) que permite movimentação do para-choque em ao menos uma direção. Em uma concretização, o componente de habilitação e desabilitação (24) compreende um primeiro furo (21) e um segundo furo (22), ambos sendo capazes de acomodar um pino indexador (40).
[0035] Em uma concretização, o elemento de habilitação e desabilitação (20) compreende uma região de suporte (23), que limita o movimento de descida do para-choque móvel, agindo como um fim de curso quando este está em sua posição de rodagem, substancialmente vertical.
[0036] O dito pino indexador (40) é responsável por desativar a atuação da força elástica do elemento de resistência elástica (30) no processo de elevação basculante do para-choque. Desta forma, a elevação do para-choque é realizada sem a força de resistência do elemento de resistência elástica (30), tornando o movimento de elevação facilitado, de modo que apenas o peso do para-choque precisa ser elevado.
[0037] Ainda, ao elevar o para-choque, o dito pino indexador (40) realiza o travamento automático do para-choque na posição de trabalho, substancialmente horizontal, de forma a facilitar o acesso à parte inferior traseira do implemento, por exemplo, em situações de manutenção do implemento rodoviário ou do veículo de carga, além de auxiliar quando o veículo de carga precisar realizar manobra de entrada em balsas, etc.
[0038] Em uma concretização, o pino indexador (40) compreende ao menos uma mola interna que realiza movimento automático do componente de habilitação e desabilitação (24). Esta mola interna proporciona movimento automático ao pino, de modo que, no momento que o para-choque estiver na posição de trabalho, substancialmente horizontal, o pino indexador (40) é alojado automaticamente no segundo furo (22). Desta forma, o para-choque permanece elevado na posição de trabalho, substancialmente horizontal, e travado pelo pino indexador (40), permitindo que o frotista acesse a parte inferior do veículo para trabalho, até que seja destravado manualmente para realizar movimento para posição de rodagem, substancialmente vertical. Assim que o para-choque é liberado e desce por efeito de seu peso próprio, o pino indexador (40) é alojado automaticamente no primeiro furo (21) e o para-choque permanece travado em sua posição de rodagem, substancialmente vertical, permitindo que o veículo trafegue com o para-choque na posição adequada para rodagem.
[0039] Em uma concretização, a desativação da força elástica do elemento de resistência elástica (30) proporciona redução de uso de força física para elevar o para-choque em movimento basculante. Com a desativação momentânea da atuação do elemento de resistência elástica (40) na articulação do para-choque, o esforço feito para elevar o para-choque se resume apenas a elevação do peso do para-choque
[0040] Em uma concretização, a desativação da força elástica do elemento de resistência elástica (30) por meio do componente de habilitação e desabilitação (24) permite a incorporação de uma mola com constante elástica aumentada.
[0041] Como a atuação do elemento de resistência elástica (30) é desativada em momentos de elevação basculante do para-choque, o elemento de resistência elástica (30) do sistema de articulação e travamento automático atua somente como força de resistência ao movimento de oscilação normal do para-choque causado, por exemplo, por vibração provocada por rodovias não pavimentadas, por movimento provocado pela batida do para-choque em uma lombada, etc. Portanto, o elemento de resistência elástica (30) atua apenas para manter e posicionar o para-choque em sua posição de equilíbrio. Desta forma, o uso de uma mola com constante elástica maior, ou seja, com maior força de resistência ao movimento, ocasiona menor movimentação do para-choque. Assim, reduzem-se vibrações, ruídos e instabilidade do para-choque quando o veículo de carga estiver trabalhando em estradas não pavimentadas, em terreno acidentado, etc.
[0042] Em um segundo objeto, a presente invenção apresenta um implemento rodoviário que compreende um para-choque móvel dotado de um dispositivo de para-choque móvel que compreende: ao menos um elemento de resistência elástica (30) ao movimento do para-choque; e ao menos um componente de habilitação e desabilitação (24) do elemento de resistência elástica (30), em que: o para choque móvel é articulado em relação ao chassi do implemento entre uma posição de rodagem e uma posição de trabalho; o elemento de resistência elástica (30) promove uma resistência ao movimento do para-choque móvel; o componente de habilitação e desabilitação (24) é capaz de habilitar o elemento de resistência elástica (30); e o componente de habilitação e desabilitação (24) é capaz de desabilitar o elemento de resistência elástica (30), promovendo movimentação livre do para-choque.
[0043] O implemento rodoviário apresenta um para-choque articulado, articulação que permite a movimentação do para-choque para diminuição de danos em situações de terrenos acidentados e de contato frontal com objetos na via, como lombadas. Em uma concretização, o para-choque é associado ao chassi através de uma coluna de sustentação (50) e um mancal de suporte (51). Em uma concretização, o mancal de suporte está associado a um eixo de articulação (10), que permite a movimentação do para-choque. Em uma concretização, a movimentação permitida pelo eixo é de rotação no sentido da traseira do veículo.
[0044] Para diminuir as oscilações causadas em situações de vias acidentadas e manter o para-choque em uma posição de rodagem, substancialmente vertical, um elemento de resistência elástica (30) é associado a um componente de habilitação e desabilitação (24) através de um primeiro furo (21). Em uma concretização, o elemento de resistência elástica é uma mola que está associada a um balancim (20).
[0045] Para diminuir a necessidade de força física em situações que é necessário levantar o para-choque, como em reparos ou análises, a associação entre o elemento de resistência elástica (30) e o componente de habilitação e desabilitação (24) é realizada através do engate automático de um pino indexador (40) no primeiro buraco (21). Em uma concretização, o engate automático é promovido por uma mola interna ao mecanismo do pino indexador (40).
[0046] O pino indexador (40) pode ser desengatado sem necessidade de ferramentas para desabilitar a atuação do elemento de resistência elástica (30), e promover a movimentação do para-choque livre de forças adicionais ao seu peso. O para-choque se movimenta entre a posição de rodagem, substancialmente vertical e a posição de trabalho, substancialmente horizontal, existindo na posição de trabalho, substancialmente horizontal um segundo furo (22) no balancim (20). Ao engatar o pino indexador (40) no segundo furo (22), o para-choque permanece travado na posição de trabalho, substancialmente horizontal. Em uma concretização quando o para-choque é liberado da posição de trabalho para a posição de rodagem, os esforços provenientes do peso do para-choque devido à sua descida são contidos pelo chassi do veículo através da região de suporte (23) do balancim (20), em que a região de suporte (23) limita o movimento de descida do para-choque móvel, agindo como um fim de curso quando este está em sua posição de rodagem, substancialmente vertical.
[0047] Para retornar para a posição de rodagem, substancialmente vertical, o pino indexador (40) é desengatado do segundo furo (22) e o movimento do para-choque é habilitado novamente. Em uma concretização, ao retornar o para-choque para a posição de rodagem, substancialmente vertical, o pino indexador (40) se associa automaticamente ao primeiro furo (21), através de uma mola presente no interior de seu mecanismo
[0048] Em um terceiro objeto, a presente invenção apresenta um processo de fabricação de para-choque móvel de veículo comercial que compreende as etapas de: associação do componente de habilitação e desabilitação (24) a um para-choque móvel; associação de um elemento de resistência elástica (30) ao para-choque móvel por meio do componente de habilitação e desabilitação (24), de modo que o elemento de resistência elástica (30) promova resistência ao movimento do para-choque móvel.
[0049] No processo de fabricação do para-choque móvel, o componente de habilitação e desabilitação (24) deve ser associado ao para-choque do veículo e ao elemento de resistência elástica (30), para promover: a desabilitação do elemento de resistência elástica (30) em situações onde é necessário levantar o para-choque e não se deseja a presença de uma força contrária adicional; e a habilitação do elemento de resistência elástica (30), em situações onde a força elástica promove o amortecimento de oscilações e promove a manutenção da posição do para-choque na posição de rodagem, substancialmente vertical.
[0050] Em uma concretização, a fabricação é realizada através do associação de um balancim (20) a um eixo de articulação (10) do para-choque, e a associação do elemento de resistência elástica (30) ao mancal de suporte (51) e ao primeiro furo (10) do balancim, habilitando a atuação do elemento de resistência elástica (30) e possibilitando sua desabilitação através da retirada do pino indexador (40).
[0051] Deste modo, o conceito ora proposto possibilita que o para-choque seja deslocado por um operador de maneira mais fácil, do que quando comparado ao estado da técnica, sendo, ao mesmo tempo, capaz de suportar grandes aplicações de carga, por exemplo, no sentido de uma colisão traseira com o veículo de carga.
Exemplos
[0052] Os exemplos aqui mostrados têm o intuito somente de exemplificar uma das inúmeras maneiras de se realizar a invenção, contudo sem limitar, o escopo da mesma.
Exemplo 1 - Para-choque Móvel de Implemento Rodoviário
[0053] As figuras 1 e 2 apresentam o exemplo do componente de habilitação e 9 (24) associado ao eixo de articulação (10), compreendendo o balancim (20), o primeiro furo (21) e segundo furo (22) para associação do pino indexador (40) e a região de suporte (23) para limitar o movimento do para-choque móvel, agindo como um fim de curso. Adicionalmente, apresenta o elemento de resistência elástica (30), associado ao primeiro furo (21) através do pino indexador (40), configurando a habilitação do elemento de resistência elástica (30) e promovendo a manutenção do para-choque na posição de rodagem, substancialmente vertical.
[0054] A figura 3 mostra a coluna de sustentação (50) do para-choque, associada ao mancal de suporte (51), associado ao chassi do veículo. O mancal de suporte (51) está associado ao eixo de articulação (10), possibilitando a movimentação do para-choque na direção articulada.
[0055] A figura 4 mostra um exemplo da articulação do para-choque enquanto o elemento de resistência elástica (30) está habilitado pelo componente de habilitação e desabilitação (24). A força elástica promove a manutenção da posição do para-choque na posição de rodagem, substancialmente vertical, e atenua oscilações causadas por vias acidentadas e colisão do para-choque com objetos na via.
[0056] A figura 5 mostra a desassociação do pino indexador (40), emergindo da coluna de sustentação (50). A desassociação é feita através de uma mola existente no interior do mecanismo do pino indexador (40), e possibilita movimentação do para-choque livremente do elemento de resistência elástica (30).
[0057] As figuras 6 e 7 mostram o para-choque na segunda posição substancialmente horizontal, com o pino indexador (40) associado ao segundo furo (22) do balancim (20), indicando que o para-choque está travado na segunda posição substancialmente horizontal. A associação do pino indexador (40) com o segundo furo (22) do balancim (20) é feita de maneira automática pelo sistema de mola presente no interior do mecanismo do pino indexador (40).
[0058] As figuras 9, 13 e 14 mostram o dispositivo da presente invenção associado a um implemento rodoviário, em que o para-choque móvel é apresentado na posição de rodagem, substancialmente vertical, enquanto as figuras 10, 11 e 12 mostram o dispositivo da presente invenção associado a um implemento rodoviário, em que o para-choque móvel é apresentado na posição de trabalho, substancialmente horizontal.
[0059] Quando o para-choque é liberado da posição de trabalho, substancialmente horizontal, para a posição de rodagem, substancialmente vertical, os esforços provenientes do peso do para-choque são contidos pelo chassi do veículo através da associação entre a região de suporte (23) e o mancal de suporte (51), limitando o movimento de descida do para-choque móvel, agindo como um fim de curso quando este está em sua posição de rodagem, substancialmente vertical.
[0060] Os versados na arte valorizarão os conhecimentos aqui apresentados e poderão reproduzir a invenção nas modalidades apresentadas e em outras variantes e alternativas, abrangidas pelo escopo das reivindicações a seguir.

Claims (10)

  1. Dispositivo de para-choque móvel de veículo comercial, em que o para-choque é associado de maneira articulada ao chassi do veículo, o dispositivo caracterizado por compreender:
    a. ao menos um elemento de resistência elástica (30) ao movimento do para-choque; e
    b. ao menos um componente de habilitação e desabilitação (24) do elemento de resistência elástica (30);
    em que:
    • - o para-choque é móvel entre uma posição de rodagem e uma posição de trabalho;
    • - o elemento de resistência elástica (30) promove uma resistência ao movimento do para-choque;
    • - o componente de habilitação e desabilitação (24) é capaz de habilitar o elemento de resistência elástica (30); e
    • - o componente de habilitação e desabilitação (24) é capaz de desabilitar o elemento de resistência elástica (30), promovendo movimentação livre do para-choque.
  2. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo componente de habilitação e desabilitação (24) compreender ao menos um balancim (20) e ao menos um pino indexador (40), em que o balancim (20) compreende ao menos um primeiro furo (21) e ao menos um segundo furo (22), sendo o pino indexador (40) associável a cada um dos furos do balancim (20).
  3. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo para-choque ser móvel entre a posição de rodagem e a posição de trabalho sob efeito do elemento de resistência elástica (30) quando o pino indexador (40) está associado ao primeiro furo (21) do balancim (20).
  4. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 3, caracterizado pelo para-choque ser móvel entre a posição de rodagem e a posição de trabalho livre dos efeitos do elemento de resistência elástica (30) quando o pino indexador (40) está desassociado do primeiro furo (21) do balancim (20).
  5. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 4, caracterizado pelo para-choque repousar na posição de trabalho quando o pino indexador (40) está associado ao segundo furo (22) do balancim (20).
  6. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 5, caracterizado pelo pino indexador (40) compreender ao menos uma mola interna de travamento automático do pino indexador (40) aos furos do balancim (20).
  7. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pela desassociação entre o pino indexador (40) e o segundo furo (22) do balancim (20), quando o para-choque está na posição de trabalho, promover o movimento do para-choque para a posição de rodagem, gerando o travamento automático do pino indexador (40) no primeiro furo (21) do balancim (20).
  8. Implemento rodoviário caracterizado por compreender um para-choque móvel dotado de um dispositivo de para-choque móvel que compreende:
    a. ao menos um elemento de resistência elástica (30) ao movimento do para-choque; e
    b. ao menos um componente de habilitação e desabilitação (24) do elemento de resistência elástica (30);
    em que
    • - o para choque móvel é articulado em relação ao chassi do implemento entre uma posição de rodagem e uma posição de trabalho;
    • - o elemento de resistência elástica (30) promove uma resistência ao movimento do para-choque móvel;
    • - o componente de habilitação e desabilitação (24) é capaz de habilitar o elemento de resistência elástica (30); e
    • - o componente de habilitação e desabilitação (24) é capaz de desabilitar o elemento de resistência elástica (30), promovendo movimentação livre do para-choque.
  9. Processo de fabricação de para-choque móvel de veículo comercial caracterizado por compreender as etapas de:
    • a. associação de um componente de habilitação e desabilitação (24) a um para-choque móvel; e
    • b. associação de um elemento de resistência elástica (30) ao para-choque móvel por meio do componente de habilitação e desabilitação (24), de modo que o elemento de resistência elástica (30) promova resistência ao movimento do para-choque móvel.
  10. Processo, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pela etapa de associação de um componente de habilitação e desabilitação (24) a um para-choque móvel compreender as etapas de:
    • a. associação de um balancim (20) ao para-choque móvel;
    • b. associação de um pino indexador (40) a um primeiro furo (21) do balancim (20) ou a um segundo furo (22) do balancim (20);
    em que a etapa de associação de um elemento de resistência elástica (30) ao para-choque móvel ocorre por meio da etapa de associação de um pino indexador (40) do componente de habilitação e desabilitação (24) ao primeiro furo (21) do balancim (20) do componente de habilitação e desabilitação (24).
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